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A Associação Nacional de Membros do Ministério Público Pró-Sociedade, que reúne promotores e procuradores linha-dura, enviou nesta terça-feira (29) uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedindo a abertura de investigação contra o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-SP), por prevaricação.

No documento, a entidade sustenta que o senador incorreu no delito por ter se omitido a pautar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) mesmo após um requerimento expresso por questão de ordem apresentado pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS) em sessão plenária na última quarta-feira (23).

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"Confirma-se, no caso, a prática do ilícito penal por não dar nenhum andamento aos pedidos de impeachments de Ministros do STF, fato que deve ser apurado por esta Procuradoria-Geral da República", diz um trecho do pedido assinado pelo advogado Douglas Ivanowski Bertelli Kirchner.

Em julho do ano passado, a própria Associação MP Pró-Sociedade pediu a abertura de procedimento para afastar o ministro Dias Toffoli, então presidente do STF.

A decisão de iniciar o processo de impeachment é exclusiva do presidente do Senado. Uma vez aberto, porém, o pedido deve ser analisado por uma comissão especial de senadores e, em seguida, pelo Plenário. São necessários os votos de 54 dos 81 parlamentares da Casa para cassar um integrante da Corte Suprema. A legislação determina que o ministro seja afastado de suas funções após a abertura do processo.

Alcolumbre tem resistido à pressão para pautar os processos e adota um discurso de conciliação para evitar embates com o Supremo. O parlamentar, porém, não chegou a arquivar as petições - o que abre margem para uma mudança de posição no futuro.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, afirmou nesta segunda-feira (14) ser favorável à possibilidade de reeleição das presidências da Câmara e do Senado e elogiou o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). "Você elege um presidente, você articula e constrói uma base de apoio na Câmara e no Senado, e no meio do mandato você precisa enfrentar uma nova eleição de Mesa Diretora? Eu acho que não faz sentido a gente ter reeleições indefinidas, uma após outra, mas se você tem uma reeleição para presidente da República, deveria ter uma reeleição para as mesas diretoras, seja do Congresso, seja das Assembleias, seja das Câmaras Municipais", disse o senador em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Como mostrou o Estadão, em busca de apoio para sua tentativa de reeleição ao comando do Congresso, Alcolumbre intensificou os acenos à gestão de Jair Bolsonaro. Com absoluto controle sobre a pauta de votações, Alcolumbre adia há um mês, por exemplo, a análise de vetos mais polêmicos de Bolsonaro, o que tem evitado novas derrotas ao Palácio do Planalto. O governo, por sua vez, tem retribuído os acenos feitos por Alcolumbre, com o apoio de líderes como Bezerra à PEC.

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O senador justificou que o debate sobre a reeleição precisa ser melhor esclarecido, uma vez que é aplicado de formas diferentes nos âmbitos federal, estadual e municipal. "Como é que um presidente de Assembleia pode ter 7, 8, 9 mandatos consecutivos e você não permitir dentro da legislatura apenas uma reeleição?", questionou Bezerra, lembrando que, mesmo no Congresso, a reeleição dos presidentes é autorizada, desde que em legislaturas diferentes (ou seja, após uma nova eleição geral).

O debate sobre a possibilidade de reeleição no Congresso tem mobilizado os parlamentares em Brasília. Até o momento, a principal iniciativa para assegurar a hipótese de reeleição é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES). A estratégia também beneficia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nega ser candidato.

Sobre a iniciativa, Bezerra afirmou não haver tempo hábil para a apreciação e aprovação da PEC nas duas Casas. No entanto, apontou que a solução pode vir do Poder Judiciário. "Estamos aguardando uma manifestação do Supremo Tribunal Federal provocada pela Adin que foi impetrada pelo PTB. Nessa Adin, o PTB manifesta a inconstitucionalidade de uma reeleição dentro de uma mesma legislatura. Então o Supremo deverá estar se manifestando até o final de setembro", afirmou.

Projetando um cenário em que a reeleição no Congresso seja autorizada, Bezerra disse ver boas chances para a continuidade de Alcolumbre no Senado, enaltecendo "as pontes de diálogo" mantidas pelo presidente com os demais Poderes.

"Existe um reconhecimento ao trabalho que ele (Alcolumbre) desenvolve no sentido de manter as pontes de diálogo tanto com o Poder Judiciário quanto com o Poder Executivo. E, havendo a possibilidade de reeleição, eu creio que o senador Davi Alcolumbre tem grandes chances de ser reeleito. Mas é uma matéria ainda pendente e vamos ter que aguardar se haverá chance ou não espaço para essa reeleição".

Em busca de apoio para sua tentativa de reeleição ao comando do Congresso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), intensificou os acenos a Jair Bolsonaro. Com controle sobre a pauta de votações, Alcolumbre adia há um mês a análise de vetos mais polêmicos de Bolsonaro, o que tem evitado novas derrotas ao Planalto. Coube ao senador também escolher um relator do Orçamento simpático ao governo.

O governo, por sua vez, tem retribuído. Entre os senadores que assinaram uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para permitir sua recondução ao cargo estão os líderes do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A adesão de governistas foi vista como sinal verde do Planalto. Em 2019, Alcolumbre chegou à presidência do Senado com apoio do então ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, hoje titular da Cidadania.

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No caso dos vetos pendentes de votação, entre eles a desoneração da folha salarial, o novo marco do saneamento básico e o pacote anticrime, o adiamento da votação dá mais tempo para o Planalto negociar e evitar uma derrota maior. A oposição já avisou, porém, que questionará a análise do Orçamento se os vetos não forem votados antes.

Nos bastidores, Alcolumbre é apontado como uma espécie de "bombeiro" na relação entre os parlamentares e Bolsonaro. Em maio, ele puxou para si a relatoria do socorro financeiro a Estados e municípios e desenhou uma proposta, em acordo com o Executivo, contrariando uma versão da Câmara que tinha resistência da equipe econômica do governo. Agora, deve fazer o mesmo na preparação do novo pacto federativo.

"Fica parecendo que o Congresso é um puxadinho do Palácio do Planalto", criticou o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP). Alcolumbre não respondeu. "O Davi sempre foi próximo do governo, não está fazendo essa aproximação agora", disse o senador Marcos Rogério (DEM-RR), vice-líder do governo na Casa. "Bolsonaro, desde o começo, estabeleceu uma distinção entre Presidência e Parlamento. Não é agora que vai inverter a postura."

A eleição que vai renovar o comando do Congresso está marcada para fevereiro de 2021. A Constituição proíbe que presidentes da Câmara e do Senado sejam reconduzidos ao posto na mesma legislatura. Para mudar esse quadro, o Congresso precisa aprovar uma PEC.

Alcolumbre tenta aval do Supremo Tribunal Federal para a iniciativa. Além disso, articulou a apresentação da PEC que trata da reeleição, que foi protocolada pela senadora Rose de Freitas (Podemos-ES). A estratégia também beneficia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nega ser candidato. Punida pelo Podemos, Rose anunciou que vai deixar a sigla.

"O Planalto não quer interferir no Congresso. De qualquer forma, como o Davi tem sido um parceiro, o governo não tem nada contra (a reeleição)", afirmou o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), também vice-líder do governo no Senado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autora de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para permitir a reeleição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em 2021, a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) diz ter sido suspensa do partido ao qual é filiada "igual a aluno em banco de escola". Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Rose confirmou que vai sair do Podemos por conta própria e defendeu a iniciativa apresentada por ela para tornar viável a recondução de Maia e Alcolumbre.

Após protocolar a PEC, na semana passada, a senadora foi punida pelo Podemos. O partido abriu processo de expulsão e suspendeu Rose das atividades partidárias por 60 dias. Líder da bancada no Senado, Álvaro Dias (PR) é apontado como adversário de Alcolumbre na disputa pela presidência daquela Casa.

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Um dos pedidos de expulsão da senadora foi protocolado pela deputada Patrícia Ferraz (Podemos-AP), pré-candidata à prefeitura de Macapá. Josiel Alcolumbre, irmão do presidente do Senado, também concorrerá ao cargo naquela cidade. De acordo com a ação, Rose desrespeitou normas e interesses da legenda ao propor a PEC.

"Eu fui suspensa que nem um aluno em banco de escola, como se não tivesse feito o dever de casa. Vou sair do partido", afirmou a senadora. Para ela, a proibição de reeleição da Mesa do Congresso é "um cadáver da ditadura que fica boiando". Entre os senadores que assinaram a PEC estão os líderes do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A adesão foi vista nos bastidores como um aceno do Palácio do Planalto a Alcolumbre.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem segurado a pauta do Congresso Nacional e adiado a análise de vetos polêmicos do presidente Jair Bolsonaro há quase um mês. Líderes da Câmara e do Senado pressionam por uma nova sessão de deputados e senadores e articulam novas derrotas para o Palácio do Planalto. A sessão, contudo, depende exclusivamente da vontade de Alcolumbre.

O Congresso Nacional começou a analisar vetos presidenciais no início de agosto, mas deixou alguns para depois, entre eles a desoneração da folha salarial, o novo marco do saneamento básico, a ampliação do auxílio emergencial e o pacote anticrime. Após um novo adiamento, a sessão para votação desses itens ficou para o dia 16. Na fila, 22 vetos estão pendentes de votação. Um deles, o do pacote anticrime, é ainda do ano passado.

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Em agosto, o governo quase perdeu na votação da proposta que permitiria reajuste salarial de servidores públicos até 2021. Temendo uma nova derrota, o Executivo age para adiar uma nova sessão e prometeu apresentar contrapartidas para propor um acordo, o que ainda não ocorreu.

Responsável por convocar a votação, Alcolumbre tem sido apontado por aliados como um "bombeiro" na relação entre o Legislativo e o Palácio do Planalto, ao mesmo tempo, tenta apoio de governistas para sua reeleição no comando da Casa em 2021. Procurado, o presidente do Senado não comentou.

O cenário hoje é de retomada das propostas aprovadas pelo Legislativo. Um veto é derrubado quando há no mínimo 257 votos entre deputados federais e 41 entre senadores. "O Davi (Alcolumbre) não está ajudando o governo, está ajudando o Brasil até se encontrar uma solução mediana para manter o veto da desoneração", afirmou o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado.

Nesta terça-feira (8) líderes do Congresso iriam se reunir para discutir a pauta de vetos. A reunião, porém, foi cancelada e substituída por uma entre bancadas do Senado. Alcolumbre foi novamente cobrado para convocar a sessão. "Não podemos mais empurrar com a barriga. Fica parecendo que o Congresso é um puxadinho do Palácio do Planalto", disse o líder do PSL no Senado, Major Olímpio.

Medida

A desoneração beneficia 17 setores da economia, entre eles alguns dos que mais empregam no País (call center, comunicação, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil). A medida permite que empresas optem por contribuir para a Previdência Social com um porcentual que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de recolher 20% sobre a folha de pagamento.

A lei atual prevê que o benefício da desoneração será concedido até o fim de 2020. O Congresso aprovou a prorrogação até o fim de 2021, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou a medida no dia 7 de julho. Ontem, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estimou que o aumento da tributação sobre a folha pode eliminar 97 mil postos de trabalho formais no setor até 2025.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) rebateu, nesta quinta-feira (3), críticas ao texto que apresentou para permitir a reeleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) no Senado. A parlamentar defendeu o livre debate da sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e argumentou que o texto não restringe demais candidaturas e não fere a democracia.

Atualmente, a Constituição proíbe a recondução de um parlamentar para o mesmo cargo da Mesa Diretora da Câmara e do Senado na mesma legislatura. O Supremo Tribunal Federal (STF) também analisa o caso. A senadora, no entanto, afirmou que a discussão sobre a possível reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de e Alcolumbre também deve ser feita no Congresso.

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A PEC em articulação no Senado permite apenas uma recondução consecutiva, mesmo entre uma legislatura e outra. A medida dá aval para a reeleição de todos os membros das Mesas Diretoras das duas Casas do Congresso. A estratégia do presidente do Senado e aliados é afastar críticas de que a medida abriria margem para um presidente se "eternizar" no poder do Legislativo.

"É evidente que aqueles que pleitearem a reeleição vão ser submetidos ao voto como todo mundo", argumentou Rose. "Por que nós não podemos aqui submeter à opinião dos nossos colegas se devemos reconduzir ou não esse ou aquele? Evidentemente ele não vai ser reconduzido compulsoriamente. Vai disputar, e, portanto, quem disputar com ele terá o voto ou não."

A senadora destacou que a PEC "não proíbe ninguém de se candidatar, de pleitear presidir o Congresso" e que não há interesses pessoais na proposta. "Não é um atentado contra nada. Isso é o exercício da democracia, da expressão verdadeira de quem quer ter opções. Este momento, acreditem, para mim, é muito diferente. Não temos nada parecido, depois da redemocratização do País, com um momento como este."

"Dizer que não podemos falar sobre esse assunto, isso sim é um certo rescaldo daquele regime que proibia que pudéssemos tratar de assuntos que entraram, felizmente, na pauta deste País, quer dizer, democracia é votar, expressar e se posicionar. É a posição que vai definir", afirmou.

Desculpas

A fala foi uma resposta ao seu próprio partido que divulgou nota com posicionamento a favor da alternância de poder. O documento foi apresentado pelo líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias (PR), durante a sessão. Em resposta, Rose pediu desculpas.

"Portanto, eu peço desculpas a vocês se contrariei, por algum momento, o pensamento de vocês, mas exerci o livre e democrático direito de Senadora de legislar e de tentar emendar a Constituição que eu ajudei a escrever para este País."

Aliada do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) anunciou a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para permitir a reeleição do parlamentar na presidência da Casa. O texto também dá aval para a recondução do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O anúncio da PEC foi feito pela parlamentar durante sessão remota do Senado na quarta-feira (2). Rose de Freitas chegou a pedir desculpas a Alcolumbre por não ter votado nele na eleição para presidência da Casa em 2019.

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A PEC consolida uma articulação feita há meses pelo presidente do Senado para ficar mais dois anos no cargo

Atualmente, a Constituição proíbe a recondução de um parlamentar para o mesmo cargo da Mesa Diretora da Câmara e do Senado na mesma legislatura. O Supremo Tribunal Federal (STF) discute uma ação sobre a possibilidade de reeleição de Maia e Alcolumbre, mas ainda não houve julgamento.

Para que a proposta comece a tramitar no Senado, o texto precisa de 27 assinaturas. Além disso, cabe ao próprio Alcolumbre pautar a PEC e, se for à votação, precisa de no mínimo 49 votos favoráveis entre os 81 senadores.

Aliados do amapaense dizem que há votos suficientes para viabilizar a recondução dele no comando. A Câmara também teria de aprovar a proposta, com no mínimo 308 votos entre os 513 deputados.

Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Rose de Freitas argumentou que a possibilidade de reeleição é necessária diante do contexto político da pandemia de Covid-19.

Para ela, Alcolumbre e Maia conciliaram interesses na crise e precisam ter aval para continuar no poder. Nesse período, em que as comissões não funcionaram, coube exclusivamente a Maia e Alcolumbre a pauta das duas Casas.

"Há uma discussão de que fazer a reeleição em função do Davi, do Rodrigo, é muito personalista esse processo, mas acontece que é o voto da democracia. Se você não quer reeleger, vota contra a pessoa que está disputando", comentou a parlamentar. "Além dele (Alcolumbre), quem? Aí você fica jogando no escuro."

Para a senadora, o Congresso não pode esperar uma decisão do Supremo sobre a reeleição. "Ficar dependendo de um sim ou não, um tudo ou nada, em uma situação tão delicada, esperar que o Supremo decida é muito difícil." O partido de Rose de Freitas faz oposição interna a Alcolumbre no Senado. Ela já manifestou interesse em deixar a legenda.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou, nessa quarta-feira (26), ter viajado a São Paulo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte deve avaliar nos próximos meses a possibilidade de ambos concorrerem à reeleição, o que hoje é vedado. Em entrevista a jornalistas, porém, Maia negou que este tenha sido o tema do encontro e voltou a dizer não ser candidato.

"Foi uma conversa. Nada de reeleição, nada desse assunto. Eu não sou candidato à reeleição", afirmou Maia. "Toda hora que eu for encontrar o ministro agora estarei tratando da ação do PTB que trata da possibilidade da não reeleição."

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Como mostrou o Estadão, Maia e Alcolumbre têm mantido conversas reservadas com ministros do Supremo. Nos bastidores, Moraes e Gilmar Mendes têm ajudado a encontrar uma solução jurídica que permita a recondução.

De acordo com interlocutores, o presidente da Câmara admite disputar o quarto mandato apenas se for aclamado por líderes de partidos e tiver apoio, ainda que informal, do governo. Embora tenha um histórico de desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro, Maia se relaciona bem com ministros como Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Fábio Faria (Comunicações).

Em entrevista ao Estadão, o novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse que sua chegada melhora o relacionamento do Executivo com Maia. "O presidente da Câmara é influente no plenário e, quando ele acompanha, as coisas facilitam." Na semana passada, Maia atuou para impedir que os deputados derrubassem o veto de Bolsonaro ao aumento para o funcionalismo.

Os ministros Cármen Lúcia, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski resistem à ideia de permitir a reeleição na mesma legislatura. O ministro Luís Roberto Barroso ainda não se debruçou sobre o tema. Já o ministro Marco Aurélio Mello é contra a possibilidade de reeleição.

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), têm mantido conversas reservadas com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de concorrerem à reeleição, em fevereiro de 2021. A movimentação marca uma mudança na postura de Maia, que até então vinha deixando ao colega senador a missão de costurar uma saída jurídica que permita a recondução, hoje autorizada apenas em legislaturas diferentes. Nos bastidores, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes têm ajudado a encontrar uma solução.

Na quarta-feira passada, os dois parlamentares embarcaram em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo a São Paulo. O compromisso, segundo três pessoas próximas a eles confirmaram ao Estadão, era um jantar com Moraes. Na mesma hora, ocorria a sessão do Congresso Nacional em que senadores derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste dos servidores. A derrota foi revertida no dia seguinte na Câmara.

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O encontro não consta na agenda dos três. Desde a semana passada, a reportagem pede esclarecimentos a Maia e a Alcolumbre sobre a ida dos dois à capital paulista, mas não obteve resposta. O ministro do STF também não se manifestou.

Embora Alcolumbre já atue abertamente pela recondução, Maia tem dito que não pretende concorrer, mesmo que autorizado pelo Supremo. "Não sou candidato à reeleição", disse ele ao Estadão. Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, em 3 de agosto, ele já havia negado a possibilidade de concorrer novamente. "Acho que alternância de poder é muito importante", disse na ocasião.

De acordo com interlocutores, o presidente da Câmara admite disputar o quarto mandato apenas se for aclamado por líderes de partidos e tiver apoio, ainda que informal, do governo. Embora tenha um histórico de desentendimentos com Bolsonaro, Maia se relaciona bem com ministros como Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Fábio Faria, das Comunicações.

Em entrevista ao Estadão, o novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), admitiu que sua chegada melhora o relacionamento do Executivo com Maia. "O presidente da Câmara é influente no plenário e, quando ele acompanha, as coisas facilitam", disse. Na semana passada, Maia participou ativamente para impedir que os deputados derrubassem o veto de Bolsonaro ao aumento ao funcionalismo.

Equilíbrio

Moraes, Gilmar e o atual presidente do STF, Dias Toffoli, avaliam que Maia e Alcolumbre têm desempenhado um papel fundamental no equilíbrio entre os Poderes e na contenção de excessos do Palácio do Planalto - e estão mais propensos a dar aval à reeleição.

Um dos temores do tribunal é o de que parlamentares mais imprevisíveis e alinhados a Bolsonaro assumam o comando da Câmara e do Senado, o que poderia resultar, na visão de magistrados, em retaliações contra o Judiciário, como a abertura da CPI da Lava Toga e até mesmo a votação de pedidos de impeachment de ministros do STF. Até agora, Alcolumbre tem resistido à pressão de senadores "lavajatistas".

Segundo o Estadão apurou, os ministros Cármen Lúcia, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski resistem à ideia de permitir a reeleição na mesma legislatura. O ministro Luís Roberto Barroso ainda não se debruçou sobre o tema. Já o ministro Marco Aurélio Mello é publicamente contra a possibilidade de reeleição. "A Constituição é clara: vedada a recondução na eleição subsequente. Está em bom vernáculo e, onde a norma não distingue, não cabe ao intérprete fazê-lo. Mas, há o famoso jeitinho brasileiro. Pobre República!", escreveu o ministro, em mensagem ao Estadão.

O tema é o pano de fundo de uma ação movida pelo PTB, sem data prevista de julgamento, mas que o relator, Gilmar Mendes, pretende liberar para ser analisada ainda neste semestre. A sigla acionou o Supremo no início de agosto, sob a alegação de que a Constituição foi clara quanto à sua intenção de "evitar a reeleição e a perpetuação de um indivíduo no poder, em homenagem ao princípio republicano".

Deverá ficar para o ministro Luiz Fux, que assume em 10 de setembro, a missão de pautar o julgamento. O futuro presidente da Corte também considera aderir à tese da recondução.

Tese

Um dos pontos discutidos nos bastidores do Supremo, que pode ser usado a favor de Maia e Alcolumbre, é o de que em 1997 o Congresso aprovou emenda constitucional que permite a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos. Dessa forma, permitir a reeleição também para o comando da Câmara e do Senado evitaria uma "diferenciação" e "desequilíbrio" entre os Poderes.

Integrantes da Corte, no entanto, apontam que essa tese pode favorecer mais Alcolumbre do que Maia, já que o presidente da Câmara está no poder da Casa desde 2016, e permitir uma nova reeleição o liberaria a acumular um total de seis anos no posto. Outro ponto é que enquanto os mandatos de deputados são de quatro anos, os de senadores são de oito, o que justificaria a possibilidade de um período maior no poder. 

Com a paralisação do funcionamento das comissões temáticas do Congresso, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), concentraram um poder inédito desde que assumiram o comando das duas Casas. Há quatro meses, cabe exclusivamente a eles decidir tudo o que vai ou não ser votado. Líderes relatam incômodo com a situação e cobram a instalação dos colegiados, onde os debates são mais aprofundados e a pauta não tem interferência de Maia e Alcolumbre.

Ao todo, existem 19,5 mil projetos parados nas 25 comissões permanentes da Câmara. Destes, 1.092 estão prontos para serem votados, ou seja, já foram debatidos e os relatores já deram seus pareceres. No Senado, são outras 2.814 propostas - 628 aguardando a fase de votação. Até pela composição - os colegiados têm, no máximo, 66 parlamentares - os debates são mais detalhados e, muitas vezes, envolvem audiências públicas com pessoas de fora do parlamento chamadas a opinar sobre os mais diversos temas. A votação diretamente no plenário das duas Casas Legislativas pula essa etapa do debate.

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Entre as pautas à espera da volta das comissões estão a PEC que prevê a prisão após condenação em segunda instância, uma agenda da Lava Jato, além de reformas - como a tributária, cuja proposta foi enviada ao Congresso no último dia 21. Uma sessão virtual de debates com o ministro da Economia, Paulo Guedes, está marcada para o próximo dia 5, mas votação mesmo só quando as comissões forem instaladas.

Como revelou a Coluna do Estadão, nesta quarta-feira (29), a paralisação das comissões também comprometeu a prerrogativa do Legislativo de fiscalizar o Executivo. Dos 87 requerimentos de convocação de autoridades do governo, apenas um foi aprovado pelo Senado neste ano - o do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Na Câmara, são 66 pedidos para ouvir autoridades na gaveta.

No Senado, os presidentes das comissões têm mandato de dois anos. Na Câmara é de apenas um ano e, pela primeira vez, a Casa está há cinco meses sem sequer escolher quem vai comandar os colegiados. A eleição deveria ter ocorrido em fevereiro, antes mesmo da suspensão das sessões presenciais.

Limitação

O sistema virtual criado para votações à distância durante a pandemia tem sido usado apenas no plenário, tanto na Câmara quanto no Senado, e virou referência para outros parlamentos no mundo. Os comandos das duas Casas dizem, porém, que não há condições técnicas para expandir seu funcionamento também para as comissões - sem dar detalhes sobre o motivo de o sistema funcionar bem para o plenário, que reúne os 513 deputados e 81 senadores, e não funcionaria para os colegiados, onde os grupos são menores.

O poder maior nas mãos de Maia e Alcolumbre também os favorece na sucessão no comando do Congresso. Enquanto o presidente da Câmara tenta fazer seu sucessor, seu colega no Senado ainda busca uma manobra que lhe permita disputar a reeleição. Para isso, precisará de apoio dos colegas para aprovar uma mudança na lei. Um controle maior da pauta é um instrumento importante de barganha na busca de votos.

Para o deputado Paulo Ganime (RJ), líder do Novo, a ausência dos colegiados gera uma concentração de poder excessivo nas mãos dos presidentes das Casas. "Não há espaço para as pautas que são terminativas em comissões (alguns projetos não precisam ser votados no plenário pelos 513 deputados e 81 senadores; basta deliberação nas comissões). A pauta do plenário sempre dependeu do presidente da Casa", afirmou. "Precisamos avançar em alguns temas importantes, que estão em comissões especiais, como segunda instância, reforma tributária, código brasileiro de energia elétrica, código de processo penal."

"Além dos projetos já aptos para serem pautados, muitos relatores já estão com seus pareceres prontos e, como as comissões não estão funcionando, eles não podem protocolar no sistema", afirmou o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), que até o ano passado presidiu a Comissão de Constituição e Justiça.

O apagão das comissões gera no Senado uma fila de 28 indicações de autoridades, entre embaixadores e dirigentes de agências reguladoras. Só de embaixadores, há 22 indicações na gaveta da Comissão de Relações Exteriores, responsável por sabatinar os candidatos. No caso das agências reguladoras, várias estão com diretores provisórios à espera da votação no Senado. Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo, dos cinco diretores, três são substitutos.

Procurados, Maia e Alcolumbre não quiseram comentar sobre quando os trabalhos das comissões serão retomados. Tanto a Mesa Diretora da Câmara quanto a do Senado foram questionadas sobre a paralisia dos colegiados e a possibilidade de adotar o sistema remoto para a retomada das deliberações, mas também não responderam à reportagem.

Orçamento

O apagão das comissões do Congresso afeta não apenas a tramitações de projetos e propostas de emenda à Constituição, mas também pode impactar o Orçamento da União. A exemplo dos outros colegiados, a Comissão de Orçamento do Congresso (CMO) não foi sequer instalada e não há previsão de quando isso será feito nem de como será seu funcionamento.

O governo tem até o fim de agosto para enviar sua proposta ao Congresso, que precisa votá-la até dezembro. Caso contrário, o País entra em 2021 sem uma previsão de como poderá distribuir os recursos ao longo do ano.

Com a paralisação, alguns prazos poderão ser descumpridos. A apresentação das emendas parlamentares, por exemplo, deve ocorrer no máximo até outubro.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que define as regras de como o dinheiro público poderá ser gasto, já estourou o cronograma. O projeto foi encaminhado pelo governo em maio e o prazo para sua votação era até o início do mês. Agora, deve ser analisado só quando os trabalhos voltarem.

Diante deste cenário, parlamentares e técnicos da Câmara e do Senado já discutem uma forma de viabilizar as sessões remotas ao menos para a CMO.

Mas nem quem é cotado para encabeçar a discussão sabe dizer ao certo quando isso pode ocorrer. "Está tudo paralisado ainda, nada está sendo discutido. Com a volta das sessões presenciais, as coisas vão se restabelecer aos poucos", afirmou o senador Irajá Abreu (PSD-TO), indicado pelo PSD para relatar a LDO. 

O senador Weverton (PDT-MA) deverá ser o relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) que adiará as eleições municipais de outubro deste ano para novembro ou dezembro. O senador comunicou que recebeu a incumbência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para estudar as PECs que já foram apresentadas sobre o adiamento das eleições devido à pandemia da Covid-19 e apresentar um texto para o Senado deliberar.

“Nunca na nossa história havia acontecido de ter de adiar as eleições. Vamos tratar de [alterar] o calendário. Depois de uma reunião nesta terça-feira (16) com vários líderes da Câmara, do Senado, de ministros do Tribunal Superior Eleitoral e de infectologistas e outros especialista na saúde pública, foi acertado se apresentar uma proposta de adiamento das eleições em um mês e meio (45 dias) a dois meses (60 dias)”, explicou Weverton.

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O senador disse que ouvirá todos os senadores, assim como os magistrados dos tribunais eleitorais estaduais e do Tribunal Superior Eleitoral para definir sobre o texto a ser colocado em votação. Ele partirá da PEC 18/2020, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), à qual serão apensadas as PECs 16/2020, do senador Marcelo Castro (MDB-PI), e 22/2020, do senador José Maranhão (MDB-PB). Os senadores Soraya Thronicke (PSL-MS), Rose de Freitas (Podemos-ES) e Jaques Wagner (PT-BA) também devem apresentar propostas, que estão em fase de coleta de assinaturas e também deverão ser apensadas.

“Temos a PEC do senador Randolfe Rodrigues, que propôs a alteração da data das eleições já por conta da pandemia, assim como as PECs dos senadores Marcelo Castro e José Maranhão. Deveremos apensá-las [para fazer um texto final]”, disse Weverton.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) reconhece a impossibilidade de realização das eleições municipais em 2020 e sugeriu a suspensão do pleito em 2020 havendo a coincidência de mandatos em 2022. Os infectologistas também pedem o adiamento para melhor combater a covid-19 neste meio tempo. Por sua vez, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, lembrou nesta terça-feira (16) que cada dia de eleições custa aproximadamente R$ 180 milhões, devido ao transporte, alimentação e demais despesas necessárias. 

Alguns partidos, como o PT e o MDB, propuseram as datas de 15 de novembro para primeiro turno e 29 de novembro para o segundo turno. Outros partidos propuseram o segundo turno já em dezembro. Segundo Weverton, uma solução será elaborada ouvindo a todos.

O texto da PEC que for aprovado pelo Senado será enviado para a Câmara dos Deputados. Após sua aprovação pela Câmara, a PEC será promulgada, já entrando em vigência para as eleições. Não cabe sanção do presidente da República, pois as PECs são de competência única e exclusiva do Congresso Nacional.

*Da Agência Senado

 

Parlamentares, membros do Judiciário e especialistas em saúde participaram nesta terça feira (16) de uma reunião virtual para discutir a possibilidade de adiamento das eleições 2020 em razão da pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus.

Entre os participantes, houve um consenso pelo adiamento do pleito por algumas semanas, garantindo que seja realizada ainda este ano, em data a ser definida pelo Congresso Nacional com base em uma janela que varia entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sugeriu que o primeiro turno ocorra em 15 de novembro.

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*Da Agência Senado

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), determinou à polícia legislativa a retirada dos manifestantes bolsonaristas que invadiram a cúpula do Congresso neste sábado (13). De acordo com a assessoria de Alcolumbre, a polícia negocia uma saída pacífica do grupo das instalações do Legislativo.

Depois de ter o acampamento desmontado pelo governo do Distrito Federal na manhã, um grupo do movimento que se autodenomina "300 do Brasil" invadiu a parte de cima da cúpula do Congresso, pelo lado do Senado Federal, onde é proibido o acesso ao público.

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Liderado pela militante pró-governo Sara Winter, o grupo ficou na cúpula por 30 minutos.

Depois, ocupou o gramado em frente ao espelho d'água do Congresso.

Em um vídeo publicado em redes sociais, Sara relatou que, se retirados, os manifestantes voltariam a ocupar o local.

O Congresso oficializou a devolução da medida provisória que permitia o governo nomear reitores de universidades federais durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão, tomada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi publicada em edição extra do Diário do Congresso Nacional.

Na prática, a devolução anula os efeitos da medida provisória.

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O governo ainda pode recorrer da decisão, atitude considerada improvável por articuladores do Planalto.

Ao justificar o ato, Davi Alcolumbre considerou a medida assinada pelo presidente Jair Bolsonaro como inconstitucional.

Alcolumbre não citou um erro formal da MP, mas o mérito, mandando um recado político ao governo.

O presidente do Congresso apontou dispositivos da Constituição que garantem "gestão democrática do ensino público e autonomia administrativa às universidades".

Além da constitucionalidade, uma MP não pode ser reedita se outra norma com o mesmo temor perdeu efeitos no mesmo ano. Foi o caso da MP 914/2020, que mudava as regras de nomeação dos reitores. O texto perdeu a eficácia no último dia 2 por não ter sido votado no Congresso.

Desde 1988, só três MPs haviam sido devolvidas pelo Legislativo, nos governos José Sarney, Lula e Dilma Rousseff.

A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de devolver uma medida provisória assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, levou o chefe do Executivo a telefonar para o parlamentar nesta sexta-feira, 12. Apesar do ruído, a conversa foi amena, segundo apurou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A MP dava poder ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, para nomear reitores de universidades federais durante a pandemia do novo coronavírus.

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No Congresso, Alcolumbre era pressionado para devolver a medida, anulando imediatamente os efeitos do texto. E tomou a decisão sem comunicar Bolsonaro, com quem mantém uma relação de diálogo.

A atitude pegou articuladores do Planalto de surpresa.

"Eu não quero chutar uma coisa que eu não sei, mas eu desconfio que quem for no campo só da simples devolução pode estar errando", afirmou o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), para quem Alcolumbre deveria ter conversado com Bolsonaro e costurado um acordo.

Entre as matérias aprovadas pelo Senado nesta semana estão a que destina leitos de UTI particulares para pacientes do SUS com covid-19; a que autoriza universidades públicas a fabricarem respiradores, máscaras cirúrgicas e álcool gel; e a que cria crédito especial para profissionais liberais durante a pandemia. Esses três textos ainda serão analisados na Câmara dos Deputados. O Senado também aprovou outras propostas nesta semana; veja mais informações no vídeo.

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* Da Agência Senado

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira (28) numa tentativa de esfriar os ânimos entre os Poderes. No encontro, que não estava previsto na agenda, o senador iniciou a conversa dizendo ser preciso "pacificar o País". Como resposta, ouviu que o presidente exige "respeito".

A reunião, pedida por Alcolumbre, ocorreu horas após o Bolsonaro ameaçar descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal. Segundo interlocutores, o senador foi ao Palácio no intuito de se colocar como um "emissário da paz" e defender o diálogo para que a "corda não estique mais".

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A conversa entre os dois durou cerca de 40 minutos. Ao retornar ao Congresso, Alcolumbre comentou com alguns senadores que a conversa foi "honesta e sincera".

Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também defendeu o diálogo. "É importante que todos os poderes possam continuar dialogando. Nós começamos um encaminhamento de diálogo muito produtivo. Não podemos, em um momento de crise, desorganizar e deixar que instituições fiquem conflitando e gerando insegurança para toda sociedade. O diálogo é importante", disse Maia.

A reação dos chefes do Legislativos ocorre após Bolsonaro subir o tom do confronto com Supremo após a investigação das fake news fechar o cerco contra o chamado "gabinete do ódio", grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho zero dois do presidente. Em operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, a Polícia Federal apreendeu, nesta quinta-feira, documentos, computadores e celulares em endereços ligados a pessoas suspeitas de atacar, ofender e caluniar integrantes da Corte nas redes sociais.

Bolsonaro reagiu em tom exaltado nesta quinta-feira. "Idiotas inventaram (a expressão) gabinete do ódio. Outros imbecis publicaram matérias disso e lamento julgamento em cima disso", afirmou. O presidente voltou a criticar ministros da Corte e afirmou que "ordens absurdas não se cumprem".

As declarações foram criticadas por Maia. "Qualquer cidadão pode recorrer de decisão de qualquer ministro do STF, mas tem que ser pelos caminhos legais, não pela forma de tentar intimidar ou acuar outro Poder sobre as decisões que toma", afirmou Maia. "As declarações de hoje (quarta-feira) do presidente são muito ruins. Vão no caminho contrário de tudo o que a gente começou a construir, todos os Poderes juntos, desde a semana passada".

Na quarta-feira, 27, após a operação, Bolsonaro convocou uma reunião de emergência com ministros no Palácio do Planalto para discutir uma reação do governo ao Supremo. Uma das medidas tomadas foi um habeas corpus preventivo para o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Integrante da ala ideológica do governo, Weintraub foi convocado pelo Supremo para prestar depoimento na Polícia Federal após dizer que, por ele, magistrados da Corte deveriam ser presos. O depoimento também faz parte do inquérito das fake news, a mesma investigação que tem como alvo apoiadores do governo.

A proposta de adiar as eleições municipais, que estão marcadas para outubro, não será apresentada antes de julho. A decisão foi tomada durante reunião de líderes partidários com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A intenção é aguardar até 30 de junho para saber como estará a situação da pandemia de Covid-19 no país e só depois dessa data propor uma solução.  

“Vamos esperar e ver os efeitos dessa pandemia, da curva da pandemia no Brasil, pra tomar uma decisão. Até lá não tem nada definido”,  informou o líder do PDT, senador Weverton (MA).

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De acordo com o senador, na próxima sexta-feira (29) uma comissão de parlamentares deve fazer uma visita ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) que será empossado presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) logo mais, nesta segunda-feira (25). Eles devem discutir a situação das eleições junto com uma comissão do tribunal.

Colegiado

Na última terça-feira (19), Davi Alcolumbre anunciou a formação de uma comissão de deputados e senadores para discutir uma proposta de adiamento das eleições municipais em razão da pandemia de covid-19. A proposta foi feita pelo presidente do Senado ao ministro Barroso. A intenção é discutir o texto com o TSE e só depois votar o adiamento na Câmara e no Senado.

*Da Agência Senado

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a reunião que ocorreu na manhã desta quinta-feira (21) com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ministros e governadores é um momento "histórico na reconstrução do País". No encontro por videoconferência, eles buscam consenso em torno do projeto de lei de socorro financeiro da União aos Estados e municípios para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Alcolumbre também disse repetidamente que, "diferente do que muitos pensam ou falam", não há uma "divisão" entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Em seu discurso inicial, o senador exaltou a "honra" que teve de construir um texto para a proposta que fosse capaz de "unificar as opiniões e construir o consenso".

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"Além dos R$ 60 bilhões (em repasses diretos), a gente também conseguiu, com apoio do governo federal, inserir cláusulas importantes", apontou, referindo-se à suspensão do pagamento das parcelas da dívida dos entes federados com a União, que ele estimou em R$ 49 bilhões. "A gente conseguiu, nessa conciliação dentro do projeto, inserir segurança jurídica."

Alcolumbre insistiu que a "fotografia" do encontro desta quinta-feira mostrará a "união" entre os Poderes, pedindo que todos "deem as mãos e levantem uma bandeira branca". O senador afirmou que o País vive um "momento de guerra" e uma "crise sem precedentes". "Vinte mil brasileiros perderam suas vidas, milhares perderam empregos. É preciso responsabilidade", afirmou.

O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quinta-feira, 7, que é "um direito" do presidente Jair Bolsonaro vetar a possibilidade de algumas categorias de servidores públicos receberem reajustes salariais nos próximos 18 meses.

Perguntado sobre a fala de Bolsonaro, Alcolumbre não se alongou sobre o assunto. Apesar de ter dado aval para ampliar os grupos que podem ter reajustes, o presidente voltou atrás e afirmou nesta quinta-feira que segue "a cartilha de (ministro) Paulo Guedes na economia". "Se ele acha que deve vetar, assim será feito", disse, ao lado do ministro da Economia.

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A alteração do texto tinha sido interpretada como derrota para equipe econômica, que defende o congelamento dos salários.

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