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Com a aposentadoria de Franklin Feder, a Alcoa América Latina e Caribe anuncia para a presidência Aquilino Paolucci. Ele vinha atuando como vice-presidente de Desenvolvimento Corporativo e Assuntos Institucionais para América Latina & Caribe. Feder passou os últimos 23 anos na companhia, da qual se aposenta no dia 1º de agosto.

Além do novo posto, Paolucci, 49 anos, também assume a presidência para a região da operação Global Primary Products (GPP). O executivo está na Alcoa desde 2004.

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De acordo com a IDC, o investimento em Tecnologia da Informação na América Latina será de US$ 139 bilhões, com um crescimento de 8,4% em comparação com o fechamento de 2013. Já os gastos com serviços de telecomunicações alcançarão US$ 219 bilhões, um crescimento de 8%. Além disso, o levantamento prevê que tablets, smartphones, serviços de TI, armazenamento e software embutido serão as categorias de crescimento mais rápido do ramo, com 34%, 18%, 11%, 11% e 10% respectivamente. As previsões especificas para o Brasil serão divulgadas na próxima semana.

“A migração para a terceira plataforma será o centro da transição entre o valor e a inovação, impulsionada pela transformação dos processos nas organizações, onde a mobilidade será a prioridade desta nova geração de consumidores”, ressalta o vice-presidente da IDC na América Latina, Ricardo Villate.

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Apesar do aumento com gastos no setor de TI, a companhia adianta que 2014 será um ano de crescimento mais moderado em comparação com os anteriores no ramo empresarial, onde as empresas e as indústrias começarão a transformação completa das soluções de outras plataformas que tiveram início em 2013.

“Além dos dois motores da região (Brasil e México), os fornecedores estarão realizando apostas de longo prazo nos países que vêm mostrando uma clara preferência pelas políticas de livre comércio que incentivam o aumento dos investimentos em TI, tais como Colômbia, Chile e Peru”, finaliza a empresa. 

Líderes da América Latina e do Caribe assinaram nesta quarta-feira uma resolução declarando a região uma "zona de paz", com a promessa de solucionar suas disputas como vizinhos respeitosos, sem recorreram às armas.

A declaração conjunta foi divulgada em Havana, no dia de encerramento da reunião de cúpula Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac), que reúne todos os países das Américas, com exceção de Estados Unidos e Canadá.

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A Celac foi fundada em 2011, concebida como um organismo de integração regional independente da influência de Washington.

Os líderes dos 33 países reunidos em Havana comprometeram-se com a não intervenção em assuntos internos de seus vizinhos, a cultivar a cooperação e a amizade e a "respeita o direito inalienável de cada Estado escolher seu próprio sistema político".

O texto da resolução foi lido pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, anfitrião da reunião de cúpula da Celac.

Mais cedo, Raúl Castro, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outros líderes latino-americanos participaram da inauguração de um museu dedicado à memória de Hugo Chávez. O falecido presidente venezuelano foi um dos principais proponentes da Celac. Fonte: Associated Press.

Após participar do Fórum Econômico Mundial na Suíça, a presidenta Dilma Rousseff viaja neste fim de semana a Cuba para agenda bilateral e evento com países da América do Sul, Central e do Caribe. Os compromissos marcados para segunda (27) e terça-feira na ilha antecedem o anúncio da reforma ministerial, a ser feito por ela quando retornar ao Brasil. Alguns ministros deixarão o governo para disputar as eleições deste ano.

Na segunda-feira (27), Dilma se encontra com o presidente cubano Raúl Castro e na terça (28) representa o Brasil na reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O evento tem programação também para quarta-feira, mas a participação da presidenta deve se restringir ao primeiro dia.

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Criada oficialmente em 2011, a Celac visa ao diálogo político e à cooperação de todos os 33 países da América Latina e do Caribe. Esta é a segunda cúpula do órgão, e vai tratar de temas como a luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades na região. O Chile foi a sede do primeiro encontro da Celac no ano passado.

No último dia 9, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que vai propor o ingresso na Celac de Porto Rico, território associado aos Estados Unidos. A agenda do evento tem programação durante todo o dia 28, incluindo fotografia oficial dos chefes de Estado no Palácio da Revolução. Durante a cúpula, a presidência pro tempore da organização será repassada por Cuba à Costa Rica.

Dilma terá ainda, na segunda-feira, encontro particular com o presidente cubano, Raúl Castro. Ao lado dele, participa também da inauguração da primeira fase do Porto de Mariel. A obra, segundo o Itamaraty, conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao ser reeleito em 2013 para mais quatro anos à frente de Cuba, Raúl Castro assumiu a necessidade de transição política no país e de mudanças que consertem erros do passado. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre o Brasil e Cuba aumentou quase sete vezes no período de 2003 a 2013, subindo de US$ 91,99 milhões para US$ 624,79 milhões. Os principais produtos brasileiros vendidos a Cuba são o óleo de soja, arroz e milho.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu destinar voos para "serviços aéreos exclusivamente cargueiros" à OceanAir Linhas Aéreas (Avianca) e à Aerolinhas Brasileiras (ABSA) para países da América Latina e Central. A decisão está em cinco portarias do órgão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 21.

Segundo as portarias, a Avianca recebeu aval para uma frequência semanal entre Brasil e Argentina; uma frequência semanal entre Brasil e Chile; duas frequências semanais entre Brasil e Colômbia; e duas frequências semanais entre Brasil e Panamá. Já para a ABSA, a Anac alocou 5 frequências semanais entre Brasil e Argentina e três entre Brasil e Chile.

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O Brasil cobra quase o dobro dos impostos praticados na América Latina e a carga tributária brasileira supera até a média dos países ricos. Os dados constam de pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização que reúne os países desenvolvidos.

Levantamento divulgado nesta segunda-feira, 20, mostra que a carga tributária brasileira encerrou 2012 em 36,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O número revela que o País cobra muito mais impostos que a maioria dos vizinhos. Na média, a carga tributária da América Latina fechou o mesmo ano em 20,7% do PIB. Isso quer dizer que, na média, os governos latino-americanos cobram cerca de US$ 20,70 em impostos a cada US$ 100 produzidos. No Brasil, a proporção chega quase ao dobro: US$ 36,30.

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Entre os países da região, o Chile cobra 20,8% do PIB em impostos, Colômbia e México têm carga tributária idêntica, de 19,6%, e o Peru registra 18,1% do PIB. Ou seja, o brasileiro paga o dobro de impostos que o desembolsado por um peruano. Entre os demais países da região, Venezuela (13,7%), República Dominicana (13,5%) e Guatemala (12,3%) contam com as menores cargas tributárias da América Latina. A carga tributária do País ultrapassa a dos países ricos. Na média da OCDE, a carga tributária foi de 34,1% do PIB em 2011.

O laboratório francês Ipsen e o britânico GW Pharmaceuticals anunciaram nesta terça-feira um acordo para distribuir na América Latina o medicamento Sativex, um derivado da cannabis receitado para aliviar as dores ocasionadas pela esclerose múltipla.

O acordo exclui o México e o Caribe, informaram as empresas farmacêuticas em um comunicado.

"O Ipsen é um sócio ideal com, ao mesmo tempo, uma presença forte na região e uma experiência internacional nos dois âmbitos terapêuticos da neurologia e da oncologia", declarou o diretor-geral da GW Pharmaceuticals, Justin Gover, citado no comunicado.

Os direitos concedidos ao Ipsen sobre o Sativex nesta região também cobrem sua futura utilização como tratamento contra a dor para os pacientes que sofrem de câncer.

Na França, onde o fármaco foi autorizado no dia 9 de janeiro, a GW Pharmaceuticals concedeu a comercialização do Sativex, prevista não antes de 2015, ao seu sócio europeu, o laboratório espanhol Almirall.

Este medicamento, formulado como um spray bucal, já foi aprovado em 24 países, 18 deles europeus.

De acordo com uma pesquisa de mercado realizada pela IDC, o Windows Phone detém a medalha de prata na disputa de sistemas operacionais na América Latina, onde 20 países contam com o serviço da Microsoft. Outra boa notícia para os usuários é que o envio de produtos para a região cresceu em 20% em relação aos últimos meses. No Chile, o crescimento foi de 50%. Anualmente, o crescimento global é 156% maior do que seus rivais.

Segundo a empresa realizadora do levantamento, o segredo do sucesso é que os aparelhos possuem baixo custo e bons recursos, o que mostra que a Microsoft, aos poucos, está entendendo melhor o mercado latino-americano.

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Em 28 de junho de 2009, a América Latina acordou com a notícia de um golpe de Estado em Honduras: o então presidente Manuel Zelaya havia sido retirado de sua casa, ainda pela manhã, trajando apenas pijamas, rumo à República Dominicana. Para centro-americanos, acostumados às numerosas ingerências externas, era apenas mais um capítulo em sua trajetória de periferia capitalista.

Fato tanto controverso quanto surpreendente, o golpe de Estado em Honduras abriu um precedente perigoso em uma região que, há poucas décadas convivia com golpes e outras rupturas democráticas mais drásticas, como guerras civis. Afinal de contas, ainda é possível – e até mesmo fácil – interromper democracias latino-americanas?

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Micheletti assumiu interinamente a presidência hondurenha, até que fossem convocadas novas eleições, das quais Porfírio Lobo, o atual presidente, saiu vencedor. A Honduras pós-golpe de Estado conseguiu piorar drasticamente pelo menos em dois aspectos: pobreza e segurança. De 2009 a 2013, o país figura nas primeiras colocações de rankings pouco simpáticos: é um dos países mais pobres e é o mais violento do mundo. Há, ainda, outros problemas que emergem dentro do espectro desses dois temas: corrupção, penetração do crime organizado nas estruturas de governo e a ação do narcotráfico.

Estará nas ruas para votar uma população acostumada a uma disputa política polarizada, entre o Partido Nacional (PN) e o Partido Liberal (PL), mas que terá que lidar, pela primeira vez, com um cenário em que nove partidos (quatro deles surgidos depois do Golpe de Estado) competem pela Presidência. Pese a quantidade de novos partidos na disputa eleitoral, no entanto, a sociedade hondurenha permanece dividida. Se não entre direita e esquerda, entre golpistas e anti-golpistas.

Às vésperas do pleito, ainda não se pode falar em favoritos. Há um empate técnico entre Xiomara Castro (Partido Libertad y Refundación – LIBRE) e Juan Orlando Hernández (PN).

Xiomara é conhecida pela população: é a esposa do ex-presidente Manuel Zelaya e cobrou espaço na política após ter desempenhado papel de destaque nos protestos contra o golpe e, justamente esse tema é no que ela insistido em debater durante a campanha eleitoral. Não há dúvidas de que a eleição presidencial de 24 de novembro será tratada como histórica, pois é, também, o reencontro de Honduras com a democracia. E é Xiomara quem se coloca como garantidora desse processo.

E algo nessa eleição também diz respeito ao Brasil. Em 2009, quando de regresso a Tegucigalpa, Manuel Zelaya pediu asilo à Embaixada brasileira naquela cidade e lá permaneceu por aproximadamente três meses, com anuência do então Presidente Lula. Em 2013, Lula reaparece, dessa vez na campanha de Xiomara Castro, para quem gravou um vídeo divulgado na última semana, e que foi interpretado pelos opositores da candidata como uma intromissão nos problemas internos de Honduras.

Por Juliana Vitorino

O clima econômico na América Latina se manteve estável em 4,4 pontos no trimestre de agosto a outubro, segundo o Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o Instituto alemão Ifo. Em julho, o índice trimestral havia registrado 4,4 pontos, uma piora em relação ao trimestre anterior. Agora, com os dados finalizados de outubro, o indicador revela equilíbrio entre as perspectivas atuais e expectativas futuras para a economia da região, mantendo o índice em 4,4 pontos.

De acordo com os componentes do indicador, houve piora na percepção do cenário momentâneo. O Índice de Situação Atual (ISA), que recuou de 4,5 pontos para 4 pontos. O indicador vem em sequência de queda desde abril, quando registrou 5,1 pontos. Por outro lado, uma melhora na avaliação no Índice de Expectativas (IE), que passou de 4,3 para 4,8 pontos, permitiu um equilíbrio nas variações e a estabilização do indicador cheio.

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Ainda assim, o índice repete o patamar mais baixo registrado na pesquisa desde julho do ano passado. Na avaliação do Ibre, apesar da melhora, "ambos os indicadores ficaram abaixo da média histórica dos últimos dez anos, permanecendo na zona de avaliação desfavorável." Em comparação com resultados de outras regiões, no período entre julho e outubro, o ICE do mundo aumentou de 5,2 para 5,5 pontos, puxada pela União Europeia e Ásia. Nos Estados Unidos, houve piora, em função dos problemas com a definição do teto da dívida, que culminaram na paralisação parcial do governo na primeira metade de outubro.

Entre os países emergentes, integrantes do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), apenas China e Brasil apresentaram melhora. O indicador do País passou de 3,8 pontos em julho para 4,8 em outubro, um patamar ainda classificado como "zona de avaliação negativa", abaixo da média histórica. "Apesar do ICE desfavorável, os três indicadores melhoraram e as expectativas estão na zona favorável, sinalizando uma fase de recuperação da economia. Nota-se que a melhora sinaliza a interrupção da tendência de piora no clima econômico iniciada em janeiro do presente ano", diz o estudo.

Na América Latina, o estudo aponta como problemas para o crescimento econômico a "falta de competitividade internacional seguida de falta de confiança nas políticas governamentais e escassez de mão de obra qualificada". Entre os países da região, Bolívia, Colômbia, Peru, Paraguai, Chile e Equador apresentaram ICE favorável em outubro de 2013.

Para apurar o indicador, especialistas nas economias da América Latina respondem trimestralmente um questionário elaborado pelas instituições. Respostas favoráveis recebem nove pontos, enquanto as neutras recebem cinco pontos e as desfavoráveis, um ponto. (

Enquanto a  quantidade de spams no mundo no último trimestre caiu 2,4% em relação aos três meses passados e agora representa 68,3% do tráfego total de emails globais, a proporção de spams maliciosos aumentou mais de 1,5% em relação ao trimestre anterior. A maioria dos programas maliciosos propagados por mensagens buscavam conseguir dados de contas de usuários, senhas e informações financeiras confidenciais.  E como 2013 foi um ano rico em eventos que capturaram a atenção do público, como o parto real no Reino Unido, Edward Snowden caçado pelo FBI, e o acidente de trem na Espanha, os hackers aproveitaram essas notícias para espalharem malware. O levantamento foi realizado pela Kaspersky Lab.

Já quanto as regiões dissipadoras de spams, não houveram muitas mudanças significativas. A Ásia se manteve como a primeira fonte regional, seguida pela América do Norte e Europa Ocidental. A América Latina manteve-se em quinto lugar. O Brasil não aparece na lista de países com maior incidência de spams.

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Os links embutidos em todas as mensagens de sites comprometidos desviaram os usuários para páginas infectadas com um dos mais famosos blocos de exploração: o Blackhole. Depois que os usuários acessaram o link, o Blackhole começou a procurar vulnerabilidades nos programas instalados em seus computadores, e, quando encontrou uma brecha, fez o download de vários malwares, incluindo spyware Trojans destinados a roubar dados pessoais da vítima.

O jornalista Glenn Greenwald, autor de uma série de reportagens sobre programas secretos de vigilância dos EUA, alegou nesta segunda-feira que todos os países da América Latina foram alvo de espionagem de Washington.

De acordo com Glenn Greenwald, vários encontros latino-americanos foram monitorados, incluindo reuniões da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de negociações de tratados de livre-comércio. Contudo, o jornalista não forneceu mais detalhes.

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Falando a uma associação de imprensa, o jornalista afirmou que relevará em futuras reportagens cada caso na região e alertou que mais operações de espionagem dos EUA também deverão vir a publico.

Os comentários de Greenwald foram feitos em meio a reação de França e México contra alegações de espionagem dos EUA em seus países. Ambos os países já exigiram explicações de autoridades norte-americanas. As informações sobre os programas de vigilância foram fornecidas pelo ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden.

Segundo reportagens publicadas recentemente, os EUA espionaram milhões de conversas telefônicas francesas e a NSA também invadiu a conta de e-mail do ex-presidente mexicano Felipe Calderon.

De acordo com Greenwald, as informações reveladas nesta segunda-feira pelo Le Monde sobre operações de espionagem na França já estavam nas mãos do jornal há algum tempo.

O jornalista também disse que os documentos vazados por Snowden estão sendo mantidos em diferentes partes do mundo.

O jornalista norte-americano Glenn Greenwald está morando no Brasil e se apresentou por videoconferência na 69ª assembleia da Associação de Imprensa Interamericana. Ele deixou o jornal britânico The Guardian na semana passada e afirmou que deverá se focar agora em lançar um novo projeto de jornalismo apoiado pelo fundador do eBay, Pierre Omidyar. Fonte: Dow Jones Newswires.

A espionagem praticada pelos Estados Unidos, revelada pelo ex-prestador de serviços da inteligência americana Edward Snowden, e a censura que marca a realidade de países como Cuba, Venezuela e Equador foram, nesta sexta-feira, os focos das discussões da Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada em Denver, no estado americano do Colorado, até 22 de outubro.

A Assembleia tem por objetivo avançar na luta contra a impunidade diante dos ataques sofridos pela imprensa na região, em que, nos últimos seis meses, 14 jornalistas foram mortos: três no México, dois no Brasil, dois na Colômbia, dois na Guatemala, um no Equador, dois no Haiti, um em Honduras e um no Paraguai, de acordo com dados da própria Sociedade.

"Estamos diante de um dos semestres mais negativos para a liberdade de imprensa nos últimos anos em nossa região", disse à AFP Ricardo Trotti, diretor da SIP.

Os casos de espionagem e vigilância dos Estados Unidos inspiraram dois debates. O primeiro foi no sábado, quando Gary B. Pruitt, presidente e diretor-geral da Associated Press (AP), apresentou a perspectiva de uma agência de notícias sobre a interferência do Departamento de Justiça dos Estados Unidos nos registros telefônicos de jornalistas e de suas fontes, revelados este ano.

No outro debate sobre o tema, o colunista Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian, relatará suas aventuras para revelar os vazamentos de informação realizados por Edward Snowden, ligados aos programas de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA).

Após a Assembleia, a SIP divulgará seu relatório sobre a liberdade de imprensa em vários países, como Argentina, Brasil, Cuba, Equador, México, Venezuela e Estados Unidos, em que consideram que haja "sérios problemas de liberdade de expressão”.

Além da trágica lista de jornalistas mortos no exercício de sua profissão, a SIP contabilizou 17 processos de ataques a jornalistas que prescreveram ou vão prescrever este ano: cinco na Colômbia e 12 no México. Três outros jornalistas foram para o exílio por medo de ameaças: dois na Colômbia e um em Honduras.

A estes dados, acrescenta-se a expulsão de dois jornalistas estrangeiros na Nicarágua.

Segundo Trotti, a organização também abordará as restrições de acesso à informação oficial, o que supostamente ocorre na Argentina, Bolívia, Canadá, Barbados, São Vicente e Granadinas, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador , El Salvador, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Além da revisão de questões relacionadas à liberdade de imprensa, mais de 300 jornalistas, editores e profissionais da mídia da região foram convidados para participar de seminários técnicos, que abordarão temas como o uso de canais de vídeo em portais de notícias, publicidade digital e conteúdo para dispositivos móveis.

Os países da América Latina perderam o medo da desvalorização cambial, avalia o Banco Mundial, que nesta quarta-feira (9) divulgou um relatório analisando as moedas dos países da região. Pela primeira vez, conclui o documento, as moedas absorveram parte dos choques que vieram do aumento da volatilidade da economia global sem gerar maiores problemas.

As moedas acabaram tendo o papel de absorver os choques externos e, ao se desvalorizarem, ajudar a estimular a atividade econômica com preços de produtos exportados da região mais competitivos internacionalmente, afirma o economista-chefe do Banco Mundial para América Latina, Augusto de la Torre em uma entrevista à imprensa nesta quarta-feira.

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O Banco Mundial prevê que a América Latina vai crescer 2,5% este ano e a região vai entrar em uma fase de menor expansão da economia, na medida em que a situação externa fica mais difícil e desafiadora. A região precisa administrar três fatores, que podem comprometer a atividade econômica de cada país, destacou o economista. A desaceleração da China, a mudança da política monetária nos Estados Unidos, que devem elevar as taxas de longo prazo no mercado norte-americano, e a queda dos preços das commodities no mercado internacional.

O economista ressaltou que o pessimismo em relação à América Latina aumentou recentemente entre os analistas. Mas o Banco Mundial, disse ele, discorda dessa visão, pois vê os países com bons fundamentos, que permitem que os riscos financeiros sejam dissipados.

O Banco Mundial destaca que as economias da América Latina são muito heterogêneas, com países se expandindo em níveis bem diferentes. A decepção são os dois gigantes, Brasil e México, que devem crescer abaixo da média esperada para a região este ano. Enquanto isso, mercados como Peru e Panamá, que devem crescem em um "nível asiático", com avanços estimados de 5,5% e 8%, respectivamente. Enquanto isso, países como Jamaica e Venezuela vão crescer menos de 1%. No meio destes dois extremos, alguns países como Chile, Argentina, Guatemala e Uruguai devem ter expansão acima da média da região, na casa de 3% a 4%.

Sobre o câmbio, Torre ressaltou que é errado avaliar a América Latina hoje tomando o passado como base. Em outros momentos de turbulência do mercado financeiro mundial, havia dias em que a desvalorização cambial "espalhava o desastre na região e esses dias virtualmente se foram". Nos anos 90, por exemplo, uma depreciação das moedas como a vista nas últimas semanas se traduziria em inflação maior e caos financeiro.

O grande desafio para a região agora, avalia o Banco Mundial, é melhorar a produtividade. Para isso, alguns problemas estruturais precisarão ser resolvidos. No caso do Brasil, ele citou os gargalos em infraestrutura e a necessidade do país estimular mais o investimento privado, passando a depender menos do consumo para expandir a demanda agregada. Na avaliação de Torre, a agenda da região para os próximos 10 a 15 anos deve ter o aumento da produtividade como ponto central, com a questão fiscal e cambial deixando de ser o foco principal.

O Banco Mundial faz sua reunião anual em paralelo ao encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Festival Internacional Brasil Stop Motion segue com inscrições de filmes abertas até o dia  1º de outubro. As inscrições podem ser feitas online pelo site do festival ou pelos Correios. O evento acontece de 26 a 30 de novembro no Cinema São Luiz.

O festival é o único da América Latina exclusivamente dedicado à técnica centenária de animação stop motion e conta mostras competitivas e de convidados, além de palestras e oficinas com animadores nacionais e internacionais.

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O Windows Phone agora é o segundo sistema operacional mais utilizado na América Latina, segundo o relatório Mobile Phone Tracker, divulgado pela IDC. O SO teve um crescimento de 12% no uso da plataforma, que passou de quarto para a segunda posição.

Nos países como Argentina, Chile e Brasil, a plataforma da Microsoft cresceu em popularidade, já que figurava em 3º lugar no ranking do trimestre passado.

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Liliana González, diretora da divisão de Windows Phone para a América Latina, afirmou que Durante o Mobile World Congress desse ano, nos propusemos ser a segunda plataforma móvel mais utilizada na América Latina até o final de 2013.

“Vamos continuar o trabalho ao lado da Nokia para oferecer, cada vez mais aos consumidores na América Latina, a experiência completa que o Windows Phone oferece, sendo o melhor smartphone para pessoas e empresas”. O Windows Phone está presente em mais de 20 países na América Latina.

Brasília - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse hoje (4) que os países da América Latina devem trabalhar juntos para conseguir a "descolonização". Morales discursou durante o encerramento do Foro São Paulo, encontro que reúne os partidos de esquerda latino-americanos. "Se queremos mudar o mundo, temos que começar a mudar a gente e para mudar temos que nos descolonizar do fascismo, do racismo, do mercantilismo e do luxo. Juntos", disse.

Morales lembrou a colonização da América Latina pelos europeus e disse ainda que é preciso avançar nas políticas voltadas para os segmentos "historicamente abandonados" e que os países latino-americanos precisam também descolonizar a Europa da "anarquia do mercado de capital".

"Teremos que descolonizá-los, será outra tarefa que nós teremos", disse. Evo disse que os partidos de esquerda têm a responsabilidade de defender o que chamou de "processos de libertação" na Venezuela, na Nicarágua, na Argentina, no Brasil, no Uruguai, no Equador e na Bolívia. Ele também falou da necessidade de enfrentamento da corrupção e que ele mesmo, inicialmente, não queria fazer política, pois a política era vista como uma atividade de traficantes e pessoas corruptas. "Nossos povos estão cansados de abuso de poder e de autoridade. A política não pode ser para quem a trata como negócio ou em seu [próprio] beneficio. A política é a ciência de servir aos nossos povos", disse Morales.

Morales criticou o sistema capitalista e as políticas neoliberais e falou sobre a situação da Bolívia antes de sua chegada à Presidência. "Tivemos que recuperar os nossos recursos naturais que estavam nas mãos de poucos e retorná-los para o povo. Antes [de nacionalizar os recursos] a gente tinha que pegar empréstimo no Banco Mundial. Depois da nacionalização não foi mais preciso", disse. "Não é possível que nos países da América Latina quem governe sejam os banqueiros e empresários", completou.

No sábado, Morales se encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a assessoria do ex-presidente, durante a reunião, que durou uma hora e trinta minutos, foram discutidos temas como a situação política e econômica da América do Sul e a integração do continente. "Principalmente sobre a necessidade de uma integração que não só amplie as trocas comerciais, como aumente o intercâmbio político, cultural e universitário na região", diz a nota. Outro tema debatido pelos dois foi o fortalecimento da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a ampliação do Mercosul.

Em mensagem por vídeo aos participantes no evento, a presidenta Dilma Rousseff  disse que os governos de esquerda do continente "não se refugiam em um nacionalismo estreito" e buscam a integração regional. A presidenta falou ainda dos protestos que desde junho têm tomado as ruas do país.

O 19º Foro de São Paulo reuniu cerca de 100 partidos de esquerda da América Latina. Neste domingo, os participantes aprovaram uma resolução de apoio à presidenta Dilma Rousseff e aos movimentos que convocaram os protestos que sacudiram o país em junho. "Avançou e pode avançar mais, foi a reivindicação das manifestações no Brasil, cujas vozes determinam um relançamento das lutas sociais no país", diz a resolução.

O documento afirma que "os próprios partidos de esquerda no governo (no Brasil) e os movimentos sociais" sustentam que os protestos por melhores serviços públicos e transparência na política "comprovam os avanços democráticos conquistados pelo povo brasileiro". O próximo encontro será realizado na Bolívia.




O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse neste domingo (4) que propôs ao ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a criação de comissões técnicas e jurídicas para auxiliar os governos socialistas da América Latina a prevenir problemas internacionais devido às suas políticas de estatização, chamadas por ele de "anti-imperialistas".

"Temos de começar a organizar esses conselhos econômicos e jurídicos com especialistas em temas internacionais que podem nos ajudar a lidar com esses processos que surgem, porque nacionalizamos os serviços básicos, recursos naturais ou de telecomunicações", disse o presidente boliviano. Morales esteve reunido no sábado à noite na capital paulista com o ex-presidente Lula por cerca de 1h30, de acordo com assessoria do líder petista.

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De acordo com Morales, os Estados sempre saem lesados em disputas envolvendo órgãos internacionais. "Nestas demandas nunca ganham os Estados, sempre ganham os privados", criticou. "Se nossos governos fracassarem em seus países, não poderemos seguir avançando", emendou, referindo-se aos governos de esquerda da região.

O presidente boliviano criticou os organismos e empresas transacionais que pedem segurança jurídica para investirem em seu país. "Eles me pedem segurança jurídica e política. Para mim, o mais importante é a segurança da pátria e do povo", afirmou.

Mesmo sem ser questionado, Morales justificou o fato de ter feito a proposta para criação de tais comissões ao ex-presidente Lula e não à atual presidente, Dilma Rousseff, devido à sua relação de confiança com ele. "Tenho muito respeito pelo companheiro Lula. Construímos uma confiança com sinceridade quando ele era presidente e eu candidato, em 2005. Temos muitas coincidências", afirmou. Morales ressaltou, entretanto, que mantém boa relação com Dilma.

O presidente boliviano chegou ao local onde o evento está sendo realizado, em um hotel na região central da capital, por volta das 11h30 e foi saudado com o canto "Evo, amigo, el pueblo está contigo".

Este é o 19º encontro do Foro de São Paulo, que reúne 91 organizações de 37 países da América Latina e Caribe. Ontem, Morales reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir a integração dos países latino-americanos no âmbito comercial e também político.

Uma pesquisa realizada pela GSMA apontou a internet móvel brasileira como a mais cara da América Latina. O estudo abrange 16 paísese mostra a evolução dos valores cobrados pelo conteúdo digital móvel nos países entre 2010 e 2013 onde é possível perceber a redução nos custos de modo geral, com exceção do Brasil onde os preços subiram.

Entre os vários dados analisados, a empresa fez uma comparação do valor cobrado por planos de franquia superiores a 1 GB e, enquanto o custo nacional médio fica em torno de 32 dólares, a média dos demais países é de 15,60 dólares. Já no custo de franquias inferiores a 1 GB, a média do Brasil é de 24,70 dólares, e nos demais países 14,44 dólares. Com o aumento dos preços no Brasil, o país, que antes ocupava a oitava posição no ranking, agora lidera a lista e possui o serviço mais caro da região.

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Em alguns aspectos o país mostrou um resultado mais positivo quando em relação, por exemplo, à banda larga média de 250 MB que aparece na faixa dos 5,90 dólares, 30% do que era cobrado em 2010, enquanto em outros países a média é de 48%.

Com lançamento previsto para o final de agosto e começo de setembro, o filme Latitudes, dividido em oito partes, tem direção de Felipe Braga e acaba de estrear nesta quarta (24) novo trailer com cenas de projeto transmídia dos atores, rodado em oito cidades de diferentes países. 

Produzido pelos atores Alice Braga e Daniel de Oliveira, Latitudes narra os encontros e separações de um casal sem raízes, que se encontra em hotéis de alto padrão, estações de trem e aeroportos na América Latina, Europa e Ásia. No filme, Alice Braga é Olívia, uma editora de moda que viaja o mundo pesquisando tendências, e Daniel de Oliveira é José um renomado fotógrafo que viaja o mundo fazendo editoriais.

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O longa será lançado na internet na versão em 12 minutos, em formato convencional de ficção, em canal customizado em parceria com o Google, além de estrear também no canal TNT com episódios de 22 minutos de duração cada, mesclando ficção, making of e a rotina de ensaios dos atores. 

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