Tópicos | antropologia

Pesquisadores se surpreenderam com a descoberta de um dente molar pertencente à um indivíduo da misteriosa espécie dos denisovanos em uma caverna no Laos, que só haviam sido encontrados na Sibéria e na China. De acordo com pesquisa, isso significa que essa espécie viveu tanto em áreas tropicais do Sudeste da Ásia quanto nas regiões gélidas do Norte. As informações são do History Channel Brasil.

O dente foi descoberto após uma pesquisa arqueológica liderada pelo professor Fabrice Demeter, da Universidade de Copenhagen, que analisou o fóssil. Após estudo,  foi descoberto que ele pertencia a um exemplar da mesma população de hominídeos, cujos vestígios foram identificados pela primeira vez na Caverna Denisova, nas Montanhas Altai da Sibéria (Rússia). Ainda foi identificado na pesquisa que o molar pode ser de uma menina que morreu entre 3 e 8 anos de idade.

##RECOMENDA##

De acordo com os cientistas, essa menina viveu entre 164 mil e 131 mil anos nos trópicos quentes do Norte do Laos. Além disso, também indica que sudeste Asiático abrigava uma grande diversidade de espécies humanas, já que ao menos cinco delas viveram na região em momentos diferentes.

Desde fevereiro, a série "Cidade Invisível" (Netflix), que mescla investigação policial e elementos do folclore brasileiro, tem depertado o interesse do público. A produção alcançou o top 10 das produções mais assistidas na plataforma em mais de 40 países. Após o feedback positivo do espectador e da crítica, demorou menos de um mês para a atração ter uma segunda temporada confirmada.

Muitos tiveram uma experiência única ao assististir a série e puderam, de alguma maneira, reconhecer parte da identidade nacional. Foi o caso da universitária Thayse Gandra, 21 anos. "Foi diferente porque ela [a série] trata o folclore como ponto principal e não como pano de fundo. É muito legal saber que o estrangeiro aceitou bem a série, porque nossa cultura é muito rica. Isso mostra um lado artístico, um lado humano. Nossa história agora está sendo contada", comenta.

##RECOMENDA##

A estudante se sentiu nostálgica em alguns momentos da série. "Os episódios me lembraram as produções brasileiras que eu assistia quando criança, como 'Sítio do Picapau Amarelo' [Globo, 2001-2007]. Também me lembrei das histórias que meus avós me contavam. Eu gostava e achava que alguns seres, como a Mula sem Cabeça, viriam atrás de mim se eu ficasse esperando de noite no portão. Essas e outras lembranças foram revividas por causa da série", conta.

Para a professora de antropologia cultural Rachel Panke, "Cidade Invisícel" é uma grande oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo suas belezas naturais e a riqueza cultural. "Muitos twitte’s revelam que várias pessoas ficaram com vontade de aprender a língua portuguesa por causa da série. A repercussão é interessante porque mostra globalmente a diversidade cultural brasileira, para além de vários estereótipos", comenta. A antropóloga afirma que a série pode contribuir no sentido de publicizar as riquezas culturais brasileiras para além da visão parcializada e fragmentada do Brasil sobre Carnaval e futebol.

Segundo a especialista, além de revisitar o folclore, "Cidade Invisível" propõe um novo caminho para as produções nacionais no mercado audiovisual. "Percebeu-se que os reflexos na mídia internacional, utilizando nossas riquezas, aquilo que é genuinamente brasileiro, tem um apelo lá fora. Talvez até as pessoas do exterior valorizem mais do que nós mesmo. Nossa riqueza, nosso quintal", explica.

De olho nas lendas

De acordo com Rachel, todos as lendas e mitos apresentados em "Cidade Invisível" ajudaram a construir o imaginário popular, passado pelas gerações por meio de histórias. Todos eles, auxiliaram de alguma forma a mostrar uma relação com a natureza. "O Brasil é reconhecido por ter essa riqueza. Mas que riqueza é essa? Sabe-se que é rico. Desta forma, através da série, é possível materializar essa riqueza", afirma.

Os personagens apresentados na atração, como Saci, Cuca e Boto-Cor-De-Rosa são, segundo a antropóloga, pautados na cultura indígena e trazem um debate sobre os espaços culturais e a preservação. "Isso mostra uma fluidez dos conteúdos que foram relacionados. Quanto mais conhecedores da nossa rica cultura tivermos, mais pessoas passarão a valorizar e por consequência, uma pretensão maior para proteger", aponta.

A forma como a produção abordou as lendas e mitos folclóricos, como pessoas disfarçadas no ambiente urbano carioca, traz uma visão mais modernizada desses personagens. "A série é uma luz no fim do túnel, para a ressignificação do nosso folclore. Para o público internacional, é um novo olhar sobre as riquezas naturais de nosso país. Promovendo então, essa valorização e a divulgação de tanta diversidade, fruto da nossa miscigenação", finaliza Rachel.

Hospedado na Pós-Graduação em Antropologia do Departamento de Antropologia e Museologia (PPGA/DAM) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Programa de Estudos Avançados de Cultura Contemporânea (PAC) realiza cursos de verão a partir desta sexta-feira (23), a distância. As candidaturas devem ser feitas virtualmente, de forma gratuita.

As formações são destinadas a estudantes da graduação e da pós-graduação. Denominada “Fotografia pública na pesquisa social”, a primeira formação será realizada nesta sexta-feira, das 14h às 17h, pelas professoras Ana Maria Mauad - nome forte na área de imagem e fotografia no País -, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Fabiana Bruce, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), especialista em história contemporânea e pesquisadora no segmento de imagem e fotografia.

##RECOMENDA##

No site Observamus, estão disponíveis mais informações sobre o evento e as próximas capacitações. Outros detalhes informativos também podem ser obtidos pelo e-mail do Programa de Pós-Graduação em Antropologia: antropologiappgaufpe@gmail.com.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou os editais de seleção para os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) para ingresso em 2021. As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de setembro por meio de um formulário eletrônico

Ao todo, são oferecidas 30 vagas (20 de mestrado e 10 de doutorado) em dez linhas de pesquisa: Religião, sociedade e cultura; Família, gênero e saúde; Etnologia, etnicidade e processos identitários; Imagens, patrimônio, museus e contemporaneidade; e Poder, desigualdade e educação. 

##RECOMENDA##

O resultado será divulgado no dia 6 de novembro. Para mais informações, confira os editais completos e seus anexos, disponíveis na página eletrônica do programa de pós-graduação

LeiaJá também

--> UFPE abre inscrições para pós-graduação em química

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizará minicurso sobre “As Implicações da Etnografia On-line”. No total, serão realizadas cinco aulas on-line, de 2 de julho a 6 de agosto. 

O curso é direcionado, principalmente, aos estudantes de antropologia da instituição, sendo preciso realizar inscrição por meio de formulário on-line. Para outras pessoas que tiverem interesse, as aulas serão postadas depois no canal oficial do Laboratório de Antropologia Visual no Youtube.

##RECOMENDA##

Segundo nota da UFPE, a partir da década de 80, com a criação da rede mundial de computadores que a etnografia sente a necessidade de estudar as novas relações criadas entre seres humanos e máquinas. 

“É a partir dos anos 80, com o advento da rede mundial de computadores, que a etnografia começa a se confrontar com a necessidade de explorar as novas relações criadas entre seres humanos e máquinas. Etnografia da infraestrutura, netnografia, etnografia digital, ciberetnografia são algumas das metodologias de pesquisas que remetem a específicas e diferenciadas epistemologias e que foram teorizadas nos últimos 30 anos”, informa a nota.

Para debater sobre esse temas, o minicurso terá a participação dos docentes da UFPE Alex Vailati e Cleonardo Mauricio Junior, de Adriana Dias (Unicamp), Jean Segata (UFRGS), entre outros.

LeiaJá também

--> Datafolha: 76% dizem que escolhas deveriam seguir fechadas

A pernambucana Evelyne Soriano foi eleita a presidente da Associação Brasileira de Antropologia Forense. Com a nomeação, a doutora torna-se a primeira mulher e a primeira nordestina a assumir tal cargo na Associação. O mandado se estende até o ano de 2020. A Antropologia Forense é uma das subdisciplinas da antropologia física, que se divide em três ramos importantes: além da própria antropologia forense, existem a arqueologia forense e a antropologia cultural forense. Suas maiores aplicações são dentro de investigações criminais, onde se faz necessário a identificação da vítima por meio das ossadas, entre outros aspectos.

Questionada sobre a sensação de ser eleita para um cargo inédito para a história da Região, Evelyne não esconde o sentimento de felicidade. “Estou muito feliz e recebo essa missão com muita responsabilidade e disposição para divulgar o trabalho de excelência que fazemos no Brasil”, afirma com entusiasmo. 

##RECOMENDA##

A candidatura da pernambucana foi apoiada pelos três presidentes anteriores da ABRAF. Para Diogo Ramos, Presidente da Comissão de Perícias Forenses da OAB de Pernambuco, a nomeação de Evelyne para o cargo é de suma importância para Pernambuco e toda região nordestina. “Ela é a representante do Nordeste frente a essa instituição importantíssima para os advogados e cientistas jurídicos brasileiros. Vai ser a voz do Nordeste ecoando para todo o Brasil.”, exalta Diogo.

Após a notícia da morte de um dos maiores sociólogos e filósofos contemporâneos, o polonês Zygmunt Bauman, acadêmicos e seguidores das teorias do autor de "Amor Líquido", "Modernidade Líquida", "Globalização" e "Vidas Desperdiçadas" foram surpreendidos pela notícia, no dia 9 de janeiro. Para relembrar a trajetória do estudioso, a TV Brasil fará uma pré-estreia nesta sexta-feira (13), às 23h30, apresentando uma entrevista exclusiva com Bauman realizada meses antes da sua morte. Em sua residência, ele recebeu a equipe de reportagem, refletiu sobre as perspectivas de futuro para os jovens e discutiu o uso das redes sociais como o Facebook. A gravação foi para o programa Incertezas Críticas.

"Você pode ser quem quiser e ter um mundo imaginário, online, que não aparece na realidade, offline. Pode ter várias identidades diferentes, fingir ser algo que não é e realizar todos os seus sonhos. É uma maneira de fugir das duras exigências e asperezas do mundo offline", disse Zygmunt, durante a entrevista à TV Brasil.

##RECOMENDA##

Apesar da idade, 91 anos, Bauman escrevia sem parar seus livros, concedia palestras e organizava um grupo de estudos na Inglaterra. Sua principal teoria, com a qual ficou mundialmente conhecido, é a da chamada 'modernidade líquida', que aborda  a "liquidez" das relações sociais na modernidade e pós-modernidade e abriu um vasto campo de estudos para diferentes áreas, como a filosofia, a cultura, o relacionamento humano. Grande parte das suas obras foi traduzida para o português e o seu último livro lançado no Brasil foi "A riqueza de poucos beneficia todos nós?".

O professor emérito de sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia fez uma crítica, e explicita o atual sistema fragmentado de absorção de informações. "A combinação dos sentimentos de ignorância e impotência dá um resultado que é a humilhação, um golpe pesado na autoconfiança e na autoestima. Sou um homem sem valor, não sou quem deveria ser. De acordo com as estatísticas, a depressão é a doença mais comum no momento", pontuou o escritor, ainda em entrevista à TV Brasil. "Viver nessas circunstâncias exige que as pessoas tenham nervos muito fortes. Que tenham determinação e, também, eu acho, que pensem em maneiras de transformar o mundo em que vivem. As condições de vida do mundo e não apenas as suas condições particulares. É muito difícil propor isso e ainda mais difícil conseguir”, ponderou Bauman.

Produção

Em 12 programas de 26 minutos na TV Brasil, a série Incertezas Críticas traz reflexão sobre o mundo atual na visão de alguns dos mais importantes intelectuais contemporâneos. Cada episódio destaca um pensador, em uma entrevista exclusiva em sua casa ou escritório.

A proposta da série Incertezas Críticas é debater o mundo contemporâneo em diversas perspectivas como sociedade, economia, cultura e arte. Em cada episódio, o espectador pode ter uma introdução sobre o pensamento de alguns dos mais notáveis intelectuais de nosso tempo.

Serviço

Incertezas Críticas - entrevista de Zygmunt Bauman

Pré-estreia

13 de janeiro | às 23h30

TV Brasil 

Será lançado nesta terça-feira (23) o livro "Michel Foucault e a Antropologia", do autor paraense Heraldo de Cristo Miranda, professor e doutor em Ciências Sociais. O evento será às 19 horas, no Sesc Boulevard, em Belém.

A obra é resultado da tese de doutorado do autor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA), defendida em 2012, sob a orientação do Prof. Dr. Ernani Pinheiro Chaves, que assina a apresentação do livro. Durante a pesquisa, foi necessário recorrer à produção original do autor na França, não disponível no Brasil à época.

##RECOMENDA##

Além da sessão de autógrafos, haverá o bate-papo “Tensões e prazeres do pesquisar: experiências nas ciências humanas”, com a participação do Prof. Dr. Ernani Chaves e do Prof. Dr. Fabiano Gontijo, com mediação do próprio Heraldo.

Heraldo de Cristo Miranda é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2000); mestre em Sociologia pela UFPA com a dissertação "Desencantamento e Transcendência: uma Sociologia da Modernidade na Obra de Dostoiévski", sob orientação da Prof. Dra. Katia Marly Leite Mendonça, e doutor pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Universidade Federal do Pará, com a tese de intitulada "Michel Foucault e a Antropologia", sob orientação do Prof. Dr. Ernani Chaves.

Por Gabriella Barros.

Em homenagem aos 40 anos de história do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (PPGA), a UFPE promoverá a palestra “As tradições da Antropologia na Inglaterra e Itália” com o professor Peter Burke, nesta segunda (22), às 14h30, no auditório do Núcleo Integrado de Atividades de Ensino, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas e do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (Niate CFCH-CCSA). A entrada é gratuita.

Peter Burke é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Lund (Suécia), Copenhague (Dinamarca) e Bucareste (Romênia). Historiador inglês com doutorado pela Universidade de Oxford, Inglaterra, é professor emérito da Universidade de Cambridge do mesmo país. Burke é considerado por muitos profissionais da área como um dos maiores especialistas do período da Idade Moderna européia.

##RECOMENDA##

Mais informações, entrar em contato através do e-mail do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE (ppga@ufpe.br) ou pelo número (81) 2126.8286.

Serviço

Palestra "As tradições da Antropologia na Inglaterra e Itália"

Segunda (22) | 14h30

Auditório do Núcleo Integrado de Atividades de Ensino do (Niate CFCH-CCSA), na UFPE

Entrada gratuita

LeiaJá também

--> Simpósio sobre suicídio será realizado na UFPE

--> Dois em três alunos de federais são das classes D e E

O  Ver-o-Peso é tema de livro que será lançado nesta terça-feira (26), na livraria Fox, em Belém. "Ver-o-Peso: estudos antropológicos no mercado de Belém", organizado por Wilma Marques Leitão, reúne vários estudos sobre a tradicional feira da capital paraense. A obra conta com nove capítulos e 15 autores que discorrem sobre temas variados a respeito do mercado. A publicação tem patrocínio do Banco da Amazônia, por meio de edital.

O primeiro volume, lançado em 2010, com financiamento da Fapespa, nasceu como resultado do Programa de Educação Tutorial (PET), coordenado pela professora Wilma Leitão, vinculado à Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará. Os resultados do projeto, reunidos na forma de artigos no primeiro volume, logo despertaram muito interesse, não apenas da comunidade acadêmica mas também de muitas outras pessoas que se encantam com o mercado.

##RECOMENDA##

Este é o caso de Celma Chaves, Paola Maués, Benedito Silva e Abraão de Oliveira Neto, que souberam do primeiro volume por meio da mídia e buscaram o contato para partilhar suas próprias pesquisas sobre o Ver-o-Peso. A partir daí, surgiram novos projetos que puderam concretizar o segundo livro.

Este volume traz, também, trabalhos de jovens pesquisadores, a exemplo de Suellen Santos, que iniciou sua pesquisa na graduação, levou a reflexão para o mestrado, apresentou uma abordagem mais aprofundada sobre o seu tema: formas de conhecimento necessárias e habilidades específicas para a formação do feirante que detém conhecimentos sobre os produtos.

“A maior parte dos artigos aqui reunidos foi produzida para objetivos específicos: apresentação em congresso, dissertação e tese. Este fato, por si só, valoriza ainda mais nossa obra, uma vez que, antes de aqui chegarem, esses trabalhos já passaram pelo crivo de membros de bancas ou coordenadores de reuniões científicas, o que nos garante a chancela da qualidade dos trabalhos e importância do tema,” ressalta a professora Wilma Leitão.

 “O nome Ver-o-Peso é o mesmo que Coca-Cola, todo mundo conhece, todo mundo já sabe o que é, a palavra já traz tudo”. Essas são palavras do seu Dalci Silva, feirante do setor de industrializados.

Não há dúvidas de que o Ver-o-Peso tem imensa repercussão local, sendo representado pelos moradores como o símbolo da cidade de Belém. Não é por acaso que praticamente todos os artigos apresentam a preocupação em tratar o Ver-o-Peso da perspectiva do patrimônio. “Este lugar é depositário de práticas tradicionais, não somente da cidade, mas  também de toda uma região. Mais forte ainda do que se pode observar, cotidianamente, nas alas do mercado, é a forte carga simbólica que o lugar carrega,” afirma Wilma, que termina falando da felicidade de lançar este segundo volume no ano de aniversário dos 400 anos da cidade de Belém.

Todos os livros serão comercializados na livraria Fox e também será feito outro lançamento na Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, no final do mês de maio. E outro no Rio de Janeiro, por volta de 20 de maio, na Unirio, a convite da professora Tereza Scheiner, coautora de um artigo.

Serviço

Lançamento do Livro Ver-o-Peso: estudos antropológicos no mercado de Belém. Volume II. Data: 26 de Abril de 2016, 19 horas. Local: Livraria Foz, localizada na Travessa Doutor Moraes, 584, entre Conselheiro e Mundurucus.

Informações da assessoria de comunicação da UFPA.

A antropóloga Catarina Morawska Vianna estudou as relações de grupos sociais com os meninos de rua do Recife e Olinda assistidos por eles. Desta pesquisa nasceu o livro Os enleios da tarrafa: etnografia de uma relação transnacional entre ONGs. Entre outros objetivos, a pesquisadora procurou compreender os efeitos que a presença das organizações gera no mundo. 

A obra introduz o conceito de emaranhados institucionais de combate à pobreza para explorar a disseminação de saberes e políticas entre os envolvidos. A pesquisa que originou o livro se valeu do deslocamento pelos canais institucionais que ligam doadores no Reino Unido a beneficiários no Brasil e apresenta um debate teórico-metodológico que pode interessar tanto a antropólogos quanto pesquisadores em ciências humanas cujas pesquisas envolvam relações institucionais entre órgãos estatais, organizações não governamentais e empresas privadas.

##RECOMENDA##

Catarina Morawska é professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Sâo Carlos e coordenadora do Laboratório de Experimentações Etnográficas (LE-E). Doutorou-se em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo e atua principalmente na área de cooperação internacional, antropologia política, antropologia da globalização, antropologia do desenvolvimento e metodologia de pesquisa.

(Programar para sábado às 15h 20) O Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou os editais de seleção para ingresso nos cursos de mestrado acadêmico e de doutorado para o ano letivo de 2015. Para se candidatar, os interessados devem realizar a inscrição, entre 15 de setembro e 15 de outubro, na secretaria do programa, situada no 13º do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), entre 9h e 12h e entre 14h e 16h ou via através de procuração ou sedex.

Ao todo são ofertadas 20 vagas para o mestrado e 15 para o doutorado. As linhas de pesquisa do Programa são religião, sociedade e cultura; família, gênero e saúde; rtnicidade e processos identitários; cultura, patrimônio e contemporaneidade; Poder, Desenvolvimento e Desigualdade. O Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE obteve nota 5 na última Avaliação Trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), conceito conferido aos programas de pós-graduação considerados de excelência em nível nacional.

##RECOMENDA##

UFPE

Centro de Filosofia e Ciências Humanas (Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária)

"As torcidas agem de acordo com o grau de represália que estão sofrendo". Esta é a opinião do mestre em Antropologia Eduardo Araripe Pacheco de Souza, que analisou por dois anos as TO's. O professor da UFPE avalia a morte do torcedor do Sport, Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, após o jogo entre Santa Cruz e Paraná, no estádio do Arruda. Para o estudioso, a reação das autoridades públicas deverá ser o divisor de águas para a reeducação ou a intensificação de violência nas torcidas uniformizadas em Pernambuco.

Sobre a melhor medida a ser tomada, Eduardo Araripe Pacheco de Souza acredita que se não forem tomadas atitudes enérgicas sobre este assunto o efeito poderá ser potencialmente negativo. "A proliferação de mais violência em detrimento deste último caso dependerá exclusivamente da postura adotada em relação à punição dos culpados. Se forem encontrados e punidos severamente pode ser que tenha um efeito positivo", declarou. E explicou: "No sentido de que outras pessoas passem a repensar os atos antes de cometê-los. Caso não aconteça algo enérgico, ou se os culpados não forem encontrados, o temor maior será a represália em outras torcidas.​"

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com o antropólogo, as principais tragédias que envolvem as torcidas unformizadas não são realizadas durante os 90 minutos de jogo. "A violência das organizadas são acometidas principalmente fora dos estádios. Este caso que aconteceu foi bem atípico. Dentro dos estádios elas são contidas, porque existe uma força maior como o policiamento, e até mesmo a estrutura fechada. Nas ruas, eles agem como se fossem os donos. A violência deste fim de semana transbordou os limites"

O antropólogo foi bastante enfático também sobre a rivalidade entre as uniformizadas. "​Devemos lembrar que da mesma forma que a uniformizada do Sport tem ligação direta com a torcida do Paraná, a do Santa Cruz também é aliada da organizada da Bahia", avisou. E avisou, como que em mais uma pedra cantada: "Se a postura adotada não for a correta, quem garante que os torcedores não irão se infiltrar em outras organizadas para cometer um grande ato de vandalismo?​ O poder p​ú​blico tem que estar atento. ​Os atos dependerão muito do que será feito."

Eduardo Araripe Pacheco de Souza lamenta o que ocorreu, mas também acredita que, às vezes, só uma tragédia é capaz de gerar mudanças em problemas de convívio social. "Espero que aproveitem esse momento para que os bons torcedores possam vir à tona e dar o seu exemplo. Atualmente, os estádios são apenas para os jogadores. A torcida prefere ficar em casa, e essa atitude já vem sendo manifestada naturalmente. Os horários dos jogos tardios, as torcidas organizadas nos estádios e a violência fazem com que ninguém queira mais ver um jogo de futebol", comenta.

Sobre banir torcidas uniformizadas dos estádios, o especialista não acredita que seja a melhor opção. "Atualmente, o Nordeste tem se destacado, de forma ruim, no cenário das cidades mais violentas relacionadas a torcidas organizadas. A mera proibição e extinção das TO's não promete que a violência seja extinta. Quem garante que os grupos e torcedores que estão envolvidos em atos de vandalismos irão acabar? Os componentes continuarão frequentando os estádios, independente se em organizadas ou não."

As torcidas uniformizadas não podem ser analisadas isoladamente, sem levar em conta suas raízes e contexto social, como esclareceu o antropólogo." É importante registrar que, enquanto a violência das torcidas for tratada meramente como um ‘caso de polícia’, nós vamos continuar repetindo erros passados, que atribuíam a violência no Brasil à pobreza”, conclui.

Medida preventiva - ​Eduardo Araripe Pacheco de Souza acredita que uma medida importante para combater a violência nos estádios seria o cadastramento dos torcedores. Líderes de organizadas não têm todo o controle dos participantes justamente pela falta do cadastro. A liderança tem contato com os mais presentes. Para se ter uma ideia, qualquer pessoa pode comprar as camisas das organizadas e, em dias de jogos, praticarem crimes, que são associados a elas de uma forma geral. “O anonimato provocado pela falta de cadastramento estimula a violência”, afirma.

Lançamento do livro - O mestre em antropologia Eduardo Araripe Pacheco de Souza lançará o livro Paixão perigosa. Uma etnografia das torcidas do Recife no dia 21 de maio, no Centro de Filosofias e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco. O lançamento acontecerá durante um fórum, em que será colcocado em debate as manifestações culturais e a violência das organizadas. O evento acontece a partir das 9h e a entrada é gratuita.

O minúsculo osso de um dedo do pé de uma mulher Neandertal que viveu há cerca de 50.000 anos revela que algumas linhagens humanas primitivas se miscigenaram antes que um único grupo, o "Homo sapiens", ascendesse e dominasse os demais.

O osso fornece a última peça de um projeto lançado em 2006 pelo antropólogo evolutivo europeu Svante Paabo de usar um DNA antigo para rastrear a odisseia humana.

Em estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature, uma equipe reportou que o osso adiciona um conhecimento genético extraordinário sobre os nossos primos, os Neandertais, que desapareceram cerca de 30.000 anos atrás.

Os cientistas compararam o genoma com aqueles de dois outros grupos humanos que compartilharam o planeta na mesma época. Eram eles os denisovanos - outro subgrupo misterioso, que teve vestígios descobertos na Sibéria - e os "Homo sapiens", como são chamados os Homens anatomicamente modernos.

A comparação aponta para a miscigenação - o "fluxo genético" na linguagem científica - entre os três grupos, embora sua extensão tenha sido, limitada. Entre 1,5% e 2,1% dos genomas dos humanos atuais podem ser atribuídos aos neandertais, revelou o estudo. A exceção são os africanos, que não têm contribuição dos neandertais.

"Não sabemos se a miscigenação aconteceu uma vez, onde um grupo de Neandertais se misturou com os humanos modernos, se não voltou a acontecer ou se os grupos viveram lado a lado, e se houve miscigenação por um período prolongado", afirmou Montgomery Slatkin, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Os denisovanos também deixaram sua marca no Homem moderno. Estudos anteriores revelaram que cerca de 6% dos genomas dos aborígines australianos, dos neoguineanos e alguns povos insulares do Pacífico vieram deste grupo.

A nova análise revelou que os genomas da etnia Han, majoritária na China, e de outras populações asiáticas, assim como dos nativos americanos, contêm cerca de 0,2% de genes dos denisovanos.

Os Neandertais, por sua vez, contribuíram com pelo menos 0,5% de seu DNA com os denisovanos. Segundo o novo estudo, os dois grupos têm um passado genético intrigante.

Cerca de 5% do genoma dos denisovanos vêm de algum antepassado mais antigo. Uma hipótese é que este antepassado é o "Homo erectus", segundo Kay Pruefer, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, Alemanha, que chefiou a comparação.

Tudo em família- Empregando um termo atual para este comportamento, o incesto parece ter sido desenfreado entre os Neandertais, que assim como os denisovanos, viviam em pequenos grupos e tinham uma piscina genética para equiparar.

Os cientistas fizeram simulações de alguns cenários de miscigenação com base no osso da Neandertal encontrado. Eles descobriram que os familiares da fêmea ou eram meio-irmãos filhos da mesma mãe, ou primos duplos em primeiro grau, ou um tio e uma sobrinha, ou uma tia e seu sobrinho, ou um avô e uma neta, ou uma avó e um neto.

Geneticamente, o que torna o "Homo sapiens" tão diferente destas ramificações extintas da nossa árvore genealógica? Por que sobrevivemos e por que eles desapareceram? A resposta pode estar em pelo menos 87 genes do nosso genoma que parecem "significativamente diferentes" daqueles encontrados nos Neandertais e Denisovanos, destacou o estudo, embora seja necessário fazer novas pesquisas para definir de que forma.

"Não há gene que possamos apontar e dizer, 'este responde pela linguagem ou alguma outra característica única dos humanos modernos'", disse Slatkin. "Mas a partir desta lista de genes, aprenderemos algo sobre as mudanças que aconteceram na linhagem humana, embora estas mudanças provavelmente serão muito sutis", prosseguiu.

A principal fonte de material para a comparação veio de ossos encontrados em uma caverna nas montanhas Altai, no sul da Sibéria. Em 2008, foi encontrado ali o osso de um dedo mindinho de uma mulher denisovana em uma camada de solo datado de 40.000 anos.

O osso do dedo do pé da Neandertal foi encontrado na mesma caverna em 2010, mas em uma camada mais profunda de sedimento, datada de cerca de 50.000 a 60.000 anos atrás. A caverna também contém artefatos feitos pelos humanos modernos, o que significa que pelo menos três grupos de humanos primitivos ocuparam o local em diferentes épocas.

O mestrado em antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abrirá inscrições no dia 14 do próximo mês. Os interessados em participar do curso devem se inscrever na secretaria da Pós-Graduação, localizada no 13º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) do Campus Recife da instituição de ensino. A unidade da capital pernambucana fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.

De acordo com a instituição de ensino, existem 20 vagas. O início do curso está previsto para o próximo ano. Outras informações podem ser conseguidas no edital do mestrado.

##RECOMENDA##

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai promover o minicurso Antropologia e Biologia: Para Ler Tim Ingold. O evento será realizado dos dias 29 deste mês ao dia 8 de novembro, abordando temas das diversas disciplinas existentes na obra do antropólogo Tim Ingold.

De acordo com a UFPE, a qualificação valerá como atividade de extensão, com carga horária de 30 horas/aula. As aulas serão realizadas sempre às sextas-feiras, no horário das 9h às 12h. Porém, na abertura da ação, o horário de início será às 10h. As atividades ocorrerão no Auditório 1 do PPGA, no Campus Recife da instituição de ensino. O local fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.

##RECOMENDA##

Após o minicurso, quem frequentar 75% das aulas receberá certificado. As inscrições para o evento podem ser feitas até o primeiro dia do curso, no horário das 10h às 17h, na secretaria do programa, no 13º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE. É necessário levar a ficha de inscrição preenchida. Outros detalhes sobre o curso podem ser obtidos pelo telefone (81) 2126-8286.

Logo mais, às 15h30, ocorre uma mesa redonda sobre o sociólogo Pierre Bourdieu, ligado aos estudos da antropologia e da sociologia. A ação será realizada no Instituto Ricardo Brennand, com a condução do professor francês, Roger Chartier.

Quem quiser assistir o encontro só precisa pagar a entrada para o museu, ao custo de R$ 18 (inteira) e R$ 9 (meia). O Instituto Ricardo Brennand fica na Alameda Antônio Brennand, sem número, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife.



 

##RECOMENDA##

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através do seu Programa de Pós-Graduação em Antropologia, inicia nesta segunda-feira (20) as inscrições para o processo seletivo e admissão ao corpo discente das turmas de mestrado e doutorado referentes ao ano letivo de 2013. As inscrições devem ser realizadas pessoalmente ou via Sedex, até o dia 14 de setembro deste ano. A UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Recife.

De acordo com a universidade, a seleção constará de avaliação de projeto de tese/dissertação; prova de conhecimento da área; defesa de projeto; e avaliação de currículo. No total, 26 vagas para mestrado e 15 para doutorado serão oferecidas.

Religião, sociedade e cultura; Simbolismo e imaginário; Família, gênero e saúde; Etnicidade e processos identitários; Cultura, patrimônio e contemporaneidade; e Poder, desenvolvimento e desigualdade são as linhas de pesquisa que o programa oferece.

Obras do escritor e sociólogo Gilberto Freyre serviram de pontapé inicial para o antropólogo Raul Lody discutir temas como ecologia, gastronomia, estética, religiosidade e outros aspectos encontrados nos cenários sociais nordestinos, particularmente em Pernambuco.  A análise resultou no livro “Caminhos do açúcar”, pela editora Topbooks, que será lançad no dia 20 de março, às 19h, na Arte Plural Galeria.

Além de admirador, Lody é intérprete e pesquisador da obra de Gilberto Freyre, o que proporciona aos leitores a passear por referências freyrianas. A começar de um modo geral e partindo depois para particularidades e peculiaridades.

Festividades como São João, natal, carnaval e semana santa são algumas dos motes de pesquisa utilizados por Raul para traçar o perfil da culinária e religiosidade nordestina. Os modos de vestir e dançar e a relação existente com a África, sobretudo o legado deixado pelas culturas do Magreb, do norte africano.

A relação entre e Freyre foi além da academia. A amizade entre os dois também é relatada no livro, inclusive vivências e encontros dos dois em festas na casa de Gilberto, em Apipucos.

SERVIÇO

Lançamento do livro “Caminhos do Açúcar”, de Raul Lody

20 de março, às 19h.

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife - Recife – PE)

Informações: (81) 3424.4431

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando