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"O cinema não é apenas uma expressão artística. Nesses tempos obscuros em que vivemos no Brasil e no mundo, a arte cinematográfica se torna uma ferramenta muito potente, porque reflete sobre a realidade, ampliando o que vemos na tela”, explicou Lorena Montenegro, crítica de cinema. Segundo ela, por meio do contexto histórico e do discurso do realizador das obras é possível entender melhor o espirito de cada era. O cinema, de acordo com Lorena, também cumpre a função de dar relevância e espaço para grupos minorizados.

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Para Lorena, o audiovisual tem funções sociais, políticas e econômicas. “Quando o Bolsonaro diz que faz muito tempo que nao há filmes brasileiros bons sendo feitos, ele desmerece a capacidade artística das pessoas que movimentam a indústria cinematográfica brasileira e também invalida todo o desenvolvimento de um mercado que gera muito emprego e movimenta a economia criativa de uma maneira absurda. Hoje, o cinema é o carro-chefe da economia criativa do país, dando visibilidade e oportunidade para muitas pessoas”, afirmou.

Lorena destaca que a arte cinematográfica brasileira contribui de forma positiva e fundamental para a sociedade, pois ela não só fala sobre temas e períodos difíceis sobre os quais nós temos pouco conhecimento ou reflexão, como também traz visibilidade para o país, reforçando valores importantes e reafirmando a identidade do povo. “Ter uma cinematografia própria é uma forma de defender a sua soberania. Ter um mercado que não seja 90% ocupado por filmes norte-americanos é importante. Assim, as crianças brasileiras crescem se enxergando e vendo exemplos que elas podem seguir de algo próximo à realidade delas”, esclareceu Lorena.

“Eu ministro cursos de cinema, de crítica, de roteiro e de criação, e o que mais me dá satisfação é ensinar jovens das periferias de Belém. É muito bom estar envolvida em projetos que têm essa preocupação, pois é dessa maneira que vejo a transformação social, de fato, acontecendo”, disse a crítica de cinema.

Segundo Lorena, é preciso cada vez mais ter diversidade de etnia, de gênero, de raça e de nacionalidade no cinema mundial. “É necessário ter pessoas diferentes que não sejam as que sempre estiveram com esses meios de produção artística nas mãos”, reiterou.

Em Belém, o Festival Osga de Vídeos Universitários, que existe há 16 anos, valoriza a produção audiovisual independente na Amazônia e no Brasil, servindo de vitrine pra alunos de todas as escolas e universidades brasileiras que produzem vídeos alternativos, vídeos documentários, vídeos ficcionais, etc., de acordo com Mário Camarão, coordenador do curso de Comunicação Social da UNAMA – Universidade da Amazônia e coordenador do Osga.

Segundo Mário, o Osga é um festival sério e comprometido com as causas e discussões do cenário contemporâneo. “A cada ano, o Festival propõe um tema suscetível para discutir a realidade, a conjectura e a liberdade de expressão do país A escolha do tema deste ano, ‘O livro é a felicidade encadernada’, é inspirada no escritor paraense João de Jesus Paes Loureiro e é interessante por refletir este tempo de descrédito em relação à ciência, à cultura, à educação e ao conhecimento”, declarou o professor.

“Nós incentivamos os alunos a essa prática durante o ano inteiro nas aulas das disciplinas ligadas ao audiovisual, em oficinas, em bate-papos, etc. É muito importante que eles aprendam roteirização, captação de imagem, edição de imagem e produção de video”, diz Mário. O professo informa que recebe muito material de pessoas que produzem vídeos no cotidiano, que estão acostumadas com a praticidade dos celulares, o que facilita a produção.

“Temos orgulho de manter um festival que é tão bem recebido por todos e que tem uma grande credibilidade, formado por professores, alunos e profissionais técnicos da área cinematrográfica que avaliam os produtos inscritos de forma precisa”, concluiu o coordenador.

Por Ana Luiza Imbelloni.

 

Mesmo após a redefinição da Cota de Tela, medida que assegura a presença dos filmes nacionais nas salas dos cinemas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a produção audiovisual brasileira. Segundo ele, há tempos não faz um "bom filme no país" e por isso, o presidente defende que não se use mais recursos públicos para o cinema nacional.

Em live nas redes sociais, transmitida na última quinta (26), Bolsonaro afirmou que devem ser feitas no Brasil produções que interessam à população de maneira geral "e não às minorias". Ainda segundo o presidente, essa medida diminuiria gradualmente a necessidade da Cota de Telas. "Obviamente que, fazendo bons filmes, não vamos precisar de cotas mais. Há quanto tempo a gente não faz um bom filme, não é? Vamos fazer filmes da história do Brasil, da nossa cultura e arte, que interessa a população como um todo não às minorias". 

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Além das críticas, o presidente disse que não deverá mais ser usado recurso público para as peças do audiovisual e insistiu, ainda, que não cabe à indústria cinematográfica fazer filmes que abordem a "questão da ideologia", embora para ele, a recomendação não configure "censura". "Os filmes que estamos fazendo a partir de agora não vão ter mais a questão da ideologia, aquelas mentiras todas de histórias passadas, falando do período de 1964 a 1985. é sempre fazendo a cabeça da população com se esse pessoal da esquerda foi o mais puro, ético e moral do mundo. E o resto como se fosse o resto". 

 

O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta semana, um decreto que estabelece a chamada Cota de Tela. A medida estabelece um número mínimo de filmes nacionais a serem exibidos pelas salas de cinema do país durante o ano. A decisão foi publicada na última terça (24), no DIário Oficial da União. 

O objetivo da Cota é proteger o cinema nacional evitando que blockbusters internacionais façam ocupações predatórias nos cinemas minimizando, ou até mesmo excluindo, o espaço para os filmes produzidos no Brasil. Segundo o decreto, uma empresa que tiver apenas uma sala será obrigada a exibir títulos nacionais durante 27 dias em 2020. 

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Esse número varia de acordo com o tamanho dos complexos exibidores. Empresas que tenham a partir de 201 salas, por exemplo, deverão dedicar 57 dias de sua programação ao cinema nacional no ano que vem. O regulamento também estabelece a quantidade de títulos a serem distribuídos nesse período. A partir de 10 salas, deve ser feita a exibição de um mínimo de 15 filmes nacionais. 

 

O REContent faz sua primeira edição no Recife entre os dias 2,3,4 e 5 de outubro. Voltado para o audiovisual e games, o evento acontece no Apolo 235, no Porto Digital e oportuniza a articulação entre produtores e compradores da economia criativa. O REContent é realizado pelo Porto digital, em parceria como Sebrae-PE e a Proa Marketing Cultural.

A programação do evento conta com 23 atividades, entre rodadas de negócios, mesas, workshops, pitchings, clínicas, cases e networking criativo estão abertas. Além de canais de TV, editoras e potenciais investidores. A expectativa é que o evento favoreça a compra e venda de conteúdo, roteiros, filmes, jogos e serviços, criando novas perspectivas para o setor. Os interessados podem acessar o site do evento para conferir a programação completa.

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Entre os confirmados estão Tereza Gonzalez, CEO do Porta dos Fundos; Clarisse Goulart, Chefe de desenvolvimentos e negócios da Conspiração Filmes; Arisio Coutinho, da Globo Nordeste; Felipe Lopes, Diretor da Vitrine Filmes; Vicente Vieira Filho, Vice-presidente da ABRAGAMES; Diego Sales e Thaís Sales, Salles e Medeiros Advogados Associados e outros nomes compõem a lista de convidados do evento.

Para quem deseja participar de mais de uma atividade, o evento oferece o Passaporte REContent, que permite participar das quatro atividades pagas, além de garantir lugar em uma das mesas do evento e participação em pelo menos um networking criativo. O passaporte custa R$ 500 com vendas até o dia 2 de outubro. Também é possível comprar ingressos para atividades distintas. Os ingressos custam R$ 150 disponíveis no site do REContent.

Serviço

REContent Conexões e Negócios

02, 03, 04 e 05 de outubro

Apolo 235 (Rua do Apolo, 235, Recife Antigo)

Informações: (81) 3419 8070

No última sexta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar os filmes com temáticas LGBT e prostituição que visam recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Em uma live no Facebook, Bolsonaro declarou que a atitude sobre o veto das produções que buscam patrocínio não é tratada como censura. Após a declaração do presidente, diversos órgaos ligados ao cinema de Pernambuco reagiram.

Em um comunicado, a Associação Brasileira de Documentaristas e Curtamestragistas de Pernambuco / Associação Pernambucana de Cineastas (ABD/Apeci) informou que repudia veementemente as ações e arbitrariedades do governo de Jair Bolsonaro.

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"Os últimos acontecimentos reforçam o nosso desejo de união e de continuidade de luta. Atuaremos em todas as frentes necessárias, políticas, jurídicas ou midiáticas, a fim de fazer face aos desmandos desta política excludente, antidemocrática, preconceituosa e ignorante", diz um trecho da nota, publicada no Facebook.

Confira o posicionamento da ABD/Apeci sobre as declarações de Jair Bolsonaro relacionadas ao cinema brasileiro:

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A segunda noite da mostra competitiva do Cine PE 2019 foi marcada pela presença do público e pela participação de obras pernambucanas e carioca. Foram expostos quatro curtas, sendo um deles o da pernambucana Luci Alcântara, que apresentou, em “Carrero, o Áspero Amável”, o trabalho do jornalista e escritor Raimundo Carrero.

O longa da noite trouxe uma discussão sindical na obra “Abraço”, de DF Fiuza.

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A 23ª edição do Festival do Audiovisual vai até o próximo domingo (04), quando acontece a pregação.

Confira os detalhes no vídeo:

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Nessa segunda-feira (29), no Cinema São Luiz, área central do Recife, foi dada a largada para a 23ª edição do Cine PE. Até o dia 4 de agosto, o local irá reunir fãs do audiovisual para a exibição de longas e curtas, além de fechar o festival com chave de ouro por meio da entrega do troféu Calunga de Prata para os premiados. Foram selecionadas para a categoria Mostra Competitiva de Longas-Metragens seis produções nacionais, incluindo "Abraço", de DF Fiuza, e "Vidas Descartáveis", de Alexandre Valenti e Alberto Graça.

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Abrindo os trabalhos, o festival resolveu exibir dois filmes que não fazem parte da competição. A organização do festival escolheu como Hors Concurs a estreia do documentário "Frei Damião, o santo do Nordeste", da cineasta Deby Brennand, e "Parto Sim", curta-metragem com a assinatura da pernambucana Kátia Mesel. Para Sandra Bertini, a primeira noite do Cine PE é uma estreia das mulheres.

"A abertura está sendo com dois filmes de mulheres, produções de duas pernambucanas. Estou muito feliz, e também estou fechando o meu ciclo cerimonial com Graça Araújo, que hoje se conclui com uma homenagem especial, reiniciando agora com a apresentação da atriz Nínive Caldas", declarou Bertini, diretora do festival.

Entrevistada pelo LeiaJá, Deby Brennand falou do desafio de capitanear o projeto cinematográfico sobre o capuchinho italiano Frei Damião. "Ele continua sendo um símbolo de fé. Você falar de um mito não é fácil. O filme fala do mito, mas ao mesmo resgata o homem Frei Damião. A minha curiosidade era entender como essa pessoa, esse ser, chegou a santidade", explica.

Este ano, a direção do Cine PE nomeou a atriz Drica Moraes para ser a grande homenageada. Com mais de 30 anos de carreira, Drica encarnou personagens marcantes, destaque para a vilã Violante na novela "Xica da Silva", protagonizada por Taís Araújo e exibida na extinta Rede Manchete em 1996. Até o último dia do festival, as pessoas podem curtir as exibições cinematográficas gratuitamente. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Cinema São Luiz a partir das 17h30, duas horas antes do evento.

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Na noite desta segunda-feira (29), a cineasta Katia Mesel esteve presente na abertura da 23ª edição do Cine PE. Apresentando o curta-metragem 'Parto Sim' como Hors Concours, Katia afirmou que o atual cenário da cultura brasileira não deve ser tratado com indiferença. 

"Eu acho que a gente não deve se resignar por situação nenhuma. Se o artista tiver respaldo e dinheiro para idealizar seus projetos, tudo bem. Mas se ele não tiver nada disso, a arte não pode parar por isso, e é assim que a gente vai conquistar e mostrar que somos realmente resistência", disse, em entrevista ao LeiaJá

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"O audiovisual traz um PIB incrível, além de movimentar a economia. Temos que equilibrar tudo. Bater de frente não adianta", completou Katia, referindo-se aos rumos que a arte vem caminhando no governo do presidente Jair Bolsonaro. Sobre a exibição do seu curta na primeira noite do Cine PE, ela falou da importância do tema abordado. 

"Esse filme levanta discussão e eu espero que venha surtir efeito. Que esse tema traga benefícios para as mulheres nativas de Fernando de Noronha", finaliza. O curta Katia Mesel, baseado em fatos reais, retrata a luta delicada das mulheres grávidas no arquipélago pernambucano.

Na próxima segunda-feira (29), no Cinema São Luiz, área central do Recife, será realizada a 23ª edição do Cine PE. Até o dia 4 de agosto, o festival irá reunir os apaixonados pelo audiovisual. Entre as novidades deste ano, está uma homenagem em memória da jornalista Graça Araújo, morta em setembro de 2018, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

De acordo com a organização do Cine PE, um membro da família de Graça irá receber das mãos de Sandra Bertini o troféu Calunga de Ouro. A repórter ficou à frente da apresentação do evento nas 22 edições. A atriz Nínive Caldas irá comandar o festival no lugar de Graça Araújo.

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"Ela foi, é e sempre será uma referência. Era uma mulher de fibra. O seu lugar estará cativo em todas as edições", disse Nínive, em entrevista ao LeiaJá"A voz dela continua no meu imaginário. Na verdade, eu não estou substituindo ela. A ficha vai cair quando eu estiver naquele palco", completa.

Profissionais, amadores e público geral da Zona da Mata Norte interessados em audiovisual e cinema contam com uma grande oportunidade de capacitação. Estão abertas até a próxima quinta-feira (25) inscrições para a 3ª edição do Curso Engenho de Imagem, um projeto gratuito de formação livre na área, que acontece de 8 de agosto a 9 de setembro, na cidade de Carpina.

As aulas acontecem durante seis fins de semana consecutivos, uma imersão intensa em nove conteúdos relacionados à realização audiovisual com importantes nomes do cinema pernambucano, como Hilton Lacerda, Pedro Severien e Lívia Falcão. As temáticas abordam desde o planejamento e a concepção de projetos até a concretização, culminando com a realização de dois curtas-metragens feitos inteiramente pelos participantes.

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Ao todo, são 25 vagas disponíveis, exclusivas para naturais ou residentes da Zona da Mata Norte. Para participar, basta realizar a pré-inscrição no formulário on-line do projeto. Os 25 contemplados serão selecionados tendo em vista expertise ou interesse na área, bem como disponibilidade para as aulas. O resultado da seleção será divulgado na sexta-feira (26). Além do curso, os selecionados recebem alimentação, hospedagem, transporte e material didático.

O curso Engenho de Imagem é uma realização das produtoras 9Oitavos e Anilina, que se juntaram para aquecer e fomentar o mercado de audiovisual da Mata Norte. Com incentivo do Funcultura, através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco, a iniciativa já ocorreu em duas edições, trazendo visibilidade e fortalecimento ao cinema independente feito na Zona da Mata.

A primeira edição do curso, em 2013, aconteceu no Engenho Poço Comprido, em Vivência; e a segunda, em 2017, na Praia de Atapuz, em Goiana. Ao todo, foram 50 pessoas formadas nas mais diversas habilidades para realização audiovisual, em temáticas como Produção Executiva, Direção de Arte, Roteiro e Atuação.

*Da assessoria

O Porto Digital vai receber, durante as férias, uma oficina de audiovisual para jovens. A atividade é promovida pelos produtores Txai ferraz e Vinícius Gouveia, do Trela, entre os dias 15 e 27 de julho. As inscrições já estão abertas.

A atividade é voltada para adolescentes de 14 a 18 anos, que buscam se profissionalizar na área do audiovisual. Serão oferecidas 30 vagas para as aulas que acontecem no Porto Digital, no Bairro do Recife. As inscrições podem ser feitas, até o dia 28 de junho, pelo e-mail trelaaudiovisual@gmail.com.

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Esta é a terceira edição da ação formativa que é totalmente gratuita. O projeto tem incentivo do Funcultura Audiovisual e idealização dos produtores Vinicius Gouveia e Txai Ferraz. Metade das vagas da oficina são reservadas a estudantes de escolas públicas. Os inscritos serão divulgados no dia 5 de julho, no Instagram do projeto (@trelaaudiovisual).

 

Estudantes da rede pública de ensino municipal e estadual participaram nesta quinta-feira (30) da 19ª edição da Mostra Infantil de Cinema, desenvolvida pelo CinePE. O evento terá dois dias de duração e tem como objetivo incentivar e ensinar, através do trabalho audiovisual. 

Neste primeiro momento, os estudantes puderam conferir a obra ‘Meus 15 Anos’, de Caroline Fioratti. 

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A Mostra Infantil acontece fora do período oficial do festival, cuja 23ª edição será entre 29 de julho e 4 de agosto, também no Cinema São Luiz, local das sessões para as crianças e adolescentes.

Confira os detalhes no vídeo a seguir: 

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 A organização da Mostra Itinerante de Cinemas Negros - Mahomed Bamba (MIMB) divulgou nesta quinta-feira (23), via Facebook, uma nota de repúdio aos cineastas brancos que inscreveram seus trabalhos no festival. De acordo com a produção, 20% dos 230 filmes inscritos, eram de cineastas brancos, que não atendiam ao regulamento do festival.

“Nossa principal premissa é disseminar o cinema construído por pessoas negras através de conexões mundiais de cineastas pretxs (sic). Levando para os bairros populares e periféricos de Salvador um incrível processo de feitura construído sobre óticas mundiais. Mesmo com o passar dos séculos ainda é lastimável o desrespeito frente a trajetória do povo preto. A nossa mostra tem como fundamento regulamentar a submissão de obras criadas por realizadores pretos e pretas. Tivemos 230 filmes inscritos, deste total, quase 20% por cento foram de realizadores brancxs. (sic) O que não está inteligível no nosso regulamento?”, diz a nota.

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A 2º edição do MIMB acontece entre os dias 14 e 18 de agosto de 2019, em bairros da cidade de Salvador, Bahia. Leia nota na íntegra:

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Foram anunciados nesta quinta-feira (16) alguns detalhes da 23ª edição do Cine PE. Além da mudança na data de realização, o festival contará com uma nova apresentadora. Durante coletiva de imprensa, Sandra Bertini, diretora do Cine PE, informou que Nínive Caldas será a "substituta" da jornalista Graça Araújo, falecida em 2018.

Para a atriz pernambucana, que este ano deu vida à personagem Maria Madalena na "Paixão de Cristo" de Nova Jerusalém, Graça sempre estará presente na cerimônia do audiovisual. "Ela foi, é e sempre será uma referência. Era uma mulher de fibra. O seu lugar estará cativo em todas as edições", disse. "A voz dela continua no meu imaginário. Na verdade, eu não estou substituindo ela. A ficha vai cair quando eu estiver naquele palco", completa.

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No ano passado, Nínive recebeu o convite para apresentar o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) um dia antes, mas atesta que cair de cabeça nos estudos relacionados a sua profissão dá uma acalmada. "Tenho que ficar segura. No Cine PE, por exemplo, as pessoas não precisam ficar sabendo da minha emoção. O que me conforta é saber que vou falar sobre cinema, principalmente nesse momento de resistência que estamos vivendo".

A 23ª edição do Cine PE será realizada de 29 de julho a 4 de agosto, no Cinema São Luiz, Centro do Recife. A entrada é gratuita e os ingressos serão disponibilizados nas bilheterias do local às 17h30, duas horas antes do evento.

A cantora Duda Beat se envolveu em uma confusão nas redes sociais. Uma campanha para gravar seu próximo videoclipe, produzida pela Spcine, recrutava mulheres profissionais da área do audiovisual para realizar o trabalho, porém sem remuneração. As críticas dos seguidores foram tantas que a campanha foi retirada do ar.

Na convocatória, publicada na página da produtora Spcine, o projeto era explicado como uma busca por "quatro novos talentos femininos". A campanha estava sendo feita em parceria com o Music Video Festival e uma outra produtora, a Stink Filmes, e anunciada como m-v-f future talents. "As vencedoras receberão uma ajuda de custo para a participação no projeto em São Paulo, mas não serão remuneradas pelas funções desempenhadas". O comunicado dizia ainda que a ação seria "urgente e necessária" pois "ainda existe um abismo entre o número de filmes dirigidos por homens e mulheres; algo precisa ser feito para corrigir isso".

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Diante das críticas à ação, a Spcine decidiu suspender o projeto e promover uma roda de diálogo com o público e as diretoras da instituição para pensar em melhorias para o m-v-f future talents. Nas redes sociais estão sendo compartilhados dois prints que teriam sido postagens de Duda Beat. No primeiro, a cantora diz que já trabalhou "por amor" várias vezes e que esta seria uma oportunidade para outras mulheres fazerem o mesmo. Na outra, a artista diz que decidiu não participar mais da ação e pede para que as pessoas procurem a Spcine para quaisquer esclarecimentos.

A Secretaria do Audiovisual publicou, nesta sexta (3), no Diário Oficial da União (DOU), uma portaria que determina a devolução de R$ 2,2 milhões ao Fundo Nacional de Cultura usados na produção do filme pernambucano O Som ao Redor (2012), do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho. A cobrança já havia sido feita em 2018 e, agora, segundo publicação no DOU, o realizador tem até 30 dias para efetuar a devolução do valor.

De acordo com a determinação, a devolução do dinheiro se deve a irregularidades na captação do filme, em 2012. Kleber pode recorrer ao Tribunal de Contas da União (TCU) mas, caso perca nessa esfera, sua produtora ficará impossibilitada de participar de editais e programas de incentivos ligadas ao Ministério da Cidadania, ao qual pertence atualmente a Secretaria do Audiovisual. No último mês de abril, a secretaria negou o último dos três recursos apresentados pelo cineasta.

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A cobrança foi feita ao realizador pernambucano em 2018. Na ocasião, ele se manifestou através de uma carta aberta, publicada no Facebook, se dizendo surpreso e indignado com a situação: "O Som ao Redor custou R$ 1,700,000,00 - Um milhão e setecentos mil reais - no seu processo de produção, nos anos de 2010 e 2011. Em câmbio corrigido do dia de hoje, O Som ao Redor custou 465 mil (quatrocentos e sessenta e cinco mil) dólares. O MinC (extinto Ministério da Cultura) deveria premiar produtores que fazem tanto e que vão tão longe com orçamento de cinema tão reconhecidamente enxuto".

Após decisão da Secretaria Especial de Cultura, subpasta do Ministério da Cidadania, de suspender o recolhimento de direitos autorais para diretores, roteiristas e intérpretes, a atriz Glória Pires reagiu. Presidindo a InterArtis, associação que representa atores e atrizes, Glória afirmou que recorreria da decisão.

A suspensão do pagamento de direitos autorais em obras de audiovisual havia sido pedida por entidades que representam salas de cinema e canais de TV. Com a decisão favorável a esses grupos, a Gedar (Gestão de Direitos de Autores Roteiristas), a DBCA (Diretores Brasileiros de Cinema e do Audiovisual) e a InterAtis (Associação de Gestão Coletiva de Artistas Intérpretes do Audiovisual do Brasil), presidida por Glória Pires, ficam proibidas de cobrar qualquer valor destinado às três categorias cada vez que uma obra audiovisual for exibida por um canal de televisão ou cinema, dentro ou fora do país.

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Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Glória afirmou que não acataria a decisão. "Não iremos abrir mão dos nossos direitos". A InterArtis entrou com recurso contra a suspensão e estuda ir à Justiça caso não seja atendida. "Cada vez mais o audiovisual está fazendo parte da vida das pessoas. Com seus usos se expandindo, é justo que os intérpretes participem dessa expansão", completou a atriz.

Queridinhas da cultura pop, as séries de televisão costumam fazer parte da rotina dos millennials. Nacionais ou estrangeiras, elas traçam histórias que podem durar anos, nos ajudando a entender contextos históricos, criar embasamento para produções textuais e até mesmo abrir a mente para temáticas da sociedade.

Por que, então, não somar a diversão de desopilar assistindo a uma série com as responsabilidades de criar embasamento para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)? Na era da Netflix, os professores garantem que é possível sim aprender com o mainstream. “Na série Grey's Anatomy, a médica Miranda Bailey, na 14ª temporada, ensina ao filho de 13 anos, negro, como se comportar numa abordagem policial, o que pode ser relacionado à morte de pessoas negras no Rio de Janeiro em abordagem da polícia ou do exército”, lembra o professor de redação Diogo Xavier.

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Com a ajuda de Xavier e do professor de filosofia e sociologia Salviano Feitoza, listamos séries que podem te ajudar a descansar, pensar em ética e ainda assim enriquecer a mente. Confira:

Grey’s Anatomy

Disponível na Netflix, a série conta a história da rotina em um hospital da cidade de Seattle. Ela tem 15 temporadas recheadas de drama e reviravoltas, mas também com uma grande carga emocional e de problematizações importantes para linkar a cultura norte-americana com os costumes brasileiros. Nela, é possível estudar até mesmo a ética.

Black Mirror

A série criada pelo canal britânico Channel 4 e coordenada pela Netflix desde 2016 e traz uma sequência de dilemas envolvendo a tecnologia e ética. Os diversos impactos das tecnologias idealizadas em cada episódio podem ter links com a “vida real” e servir como argumentação e também como questionamento para dilemas pessoais dos candidatos. A previsão é de que um livro da série seja lançado entre 2019 e 2020. O criador da produção televisiva, Charlie Brooker, será responsável pela edição das produções.

Cara gente branca

“Dear White People” é uma série norte-americana realizada após o sucesso de um filme homônimo. Pontos como colorismo, solidão da mulher negra e até mesmo racismo sofrido por outras etnias são abordados na produção, que se passa majoritariamente dentro de uma universidade. A série é um interessante ponto para pensar em temáticas relacionadas à raça na sociedade moderna.

Os 13 porquês

Por narrar de forma detalhada um suicídio, a série “13 Reasons Why” (os 13 porquês) causou polêmica na internet. Apesar disso, ela pode servir de base para falar sobre dois assuntos de importante discussão para a sociedade. “A série que explana a necessidade de prevenção ao suicídio, bem como a cultura do estupro, já que a protagonista enfrenta o descrédito e a culpabilização após sofrer abuso sexual”, afirma o professor Diogo Xavier.

Neste sábado (27) é comemorado o Dia Nacional da Empregada Doméstica. A data foi escolhida em homenagem a Santa Zita, denominada padroeira das empregadas. Ela nasceu na Toscana, Itália e trabalhou como doméstica desde os 12 anos.

No Brasil, a categoria só conseguiu conquistar direitos similares aos demais trabalhadores em 2015. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o país é recordista em número de pessoas no setor e chega a empregar 7 milhões.

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Conhecida por ser mulher forte e corajosa, a empregada doméstica é intérprete de músicas, poemas e produções audiovisuais. O LeiaJá listou 5 filmes que traz domésticas como protagonista principal. Confira:

Que horas ela volta?

 

Roma

 

Histórias Cruzadas

 

Domésticas

 

Doméstica

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O curso de Comunicação Social da UNAMA - Universidade da Amazônia lançou, em Belém, o projeto Claquete, que são atividades que fomentam a produção audiovisual dos alunos. O primeiro produto é o documentário.

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O objetivo do projeto é fazer com que os alunos entrem no Laboratório de Comunicação (Labcom) para pensar formas, narrativas e tipos de construção para documentário. Trata-se, também, de um exercício de técnica e criatividade.

O técnico do Labcom Alesson Barros, que está à frente do projeto, disse que os alunos já tiveram duas semanas de curso com aulas práticas e teóricas. “Durante as duas semanas nós abordamos os tipos de documentários, estéticas e os exemplos de construções documentais. Vimos também a parte técnica, som e estamos vendo edição”, contou.

 

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