Além do ministro Alexandre de Moraes, outros cinco ministros que integram o Supremo Tribunal Federal exaltaram, neste domingo (30), a democracia e o trabalho da Justiça Eleitoral no pleito deste ano. A presidente da Corte máxima, Rosa Weber, apontou que, a cada vez que o povo vai às urnas e escolhe seus dirigentes, 'reafirma-se a democracia e o Estado Democrático de Direito'. Seu vice, Luís Roberto Barroso, apontou como o voto é uma 'oportunidade que ninguém deve desperdiçar'. "Quem não vota está deixando que outras pessoas decidam pela sua vida", afirmou.
Barroso também afirmou que, em um ambiente democrático, 'não há espaço para derrotados não aceitarem o resultado das urnas'. "O Brasil vive há 34 anos com estabilidade institucional, e nunca considero hipóteses que não sejam as previstas na Constituição", ponderou. "Ganhe quem ganhar, o resultado será respeitado. É assim que se faz nas democracias, é assim que se vive a vida civilizada".
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O vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski ressaltou que 'as urnas eletrônicas constituem um instrumento de facilitação da expressão da vontade popular': "Brasil ingressou definitivamente no rumo da democracia". As declarações foram divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Os outros ministros que se pronunciaram após votarem neste segundo turno foram Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Dos seis magistrados citados, quatro votam em Brasília - Rosa, Toffoli, Lewandowski e Barroso. O decano, Gilmar, se dirigiu a Diamantino, em Mato Grosso, para votar. Já Alexandre votou na capital paulista.
Na avaliação do ministro Ricardo Lewandowski, a participação dos eleitores 'com convicção e tranquilidade demonstra que o Brasil ingressou definitivamente no rumo da democracia'. O ministro Dias Toffoli afirmou que trata-se do sistema que permite a todo cidadão decidir o seu destino. "Por esse motivo, é preciso sempre lembrar que as eleições são a celebração da democracia, e todos devem defendê-la", afirmou.
O tema também foi abordado pela ministra Rosa Weber, que afirmou: "É um lugar comum, mas é preciso sempre reiterar: as eleições constituem a festa da democracia. Agora, é só esperar até as 17 horas para que todos possamos juntos, ao final, mais uma vez, celebrar".
Lewandowski ainda destacou o trabalho da Justiça Eleitoral 'como elemento garantidor da paz social e da tranquilidade dessas eleições'. "A atuação do TSE mostra que a opção do legislador, feita em 1932, de entregar a arbitragem das eleições para o Poder Judiciário, um poder neutro, foi uma decisão sábia", afirmou.
Na mesma linha, Toffoli diz que este domingo, 30, é o dia de 'celebrar o esforço' de todas as pessoas que trabalham no processo eleitoral. Segundo o ministro, as eleições brasileiras são as mais bem organizadas do mundo. "Quem diz isso não sou eu, mas os próprios observadores de vários grupos e de organismos internacionais diferentes".
Zambelli
Tanto Barroso como Lewandowski foram questionados sobre a conduta da deputada Carla Zambelli neste sábado, 29, em São Paulo. O vice presidente do TSE disse que a corte 'tomou todas as medidas para evitar o uso de armas durante as eleições'. "A população deve permanecer desarmada e deve confiar nas forças de segurança". Já Barroso indicou que 'os fatos devem ser apurados pelas instâncias próprias para gerar as responsabilizações eventualmente devidas'.