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Na próxima quarta-feira (5), o Fórum Suape apresentará, de forma online, o documentário “Sangue: vidas e lutas quilombolas em defesa do rio”, da jornalista Débora Britto. O filme conta histórias de resistência da comunidade quilombola da Ilha de Mercês, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, contra os impactos ambientais e humanitários causados pelo Porto de Suape.

Em 2007, a Ilha de Mercês, teve seu principal curso d'água, o Rio Tatuoca, ser cortado ao meio por um dique de enrocamento. Construída para ser uma via de acesso provisório ao Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo Industrial Portuário de Suape, a obra suprimiu o fluxo natural da maré e trouxe como consequências a destruição da vegetação de mangue, o desaparecimento de diversas espécies de animais  e o comprometimento da subsistência de toda a comunidade, que vivia da pesca.

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Realizado pelo Fórum Suape, o filme se constrói a partir de relatos de moradores/as e pesquisadores/as. "As entrevistas são capazes de dar a dimensão do dano social e ambiental, ao mesmo tempo em que revela uma articulação comunitária potente em sua resistência", diz o Fórum Suape.

O lançamento de "Sangue" ocorre no contexto da celebração do Dia Mundial da Água, no último dia 22, e corrobora a jornada de luta pela preservação e pelo cuidado com os recursos hídricos. “Abordamos a história, a identidade, o processo de violação de direitos e a perspectiva de luta. Contar essa história é uma forma de preservar a memória e inspirar outras pessoas”, afirma Débora Britto.

O Fórum Suape ressalta que, além da Ilha de Mercês, dezenas de outras comunidades têm sido atingidas pela atividade do Complexo Portuário de Suape, seja pela expulsão de moradores de seus territórios, seja pela destruição de ecossistemas. O filme será disponibilizado no canal do Youtube do Fórum Suape.

A prova do líder, que começou na última quinta (30) e permanece sendo disputada nesta sexta (31), tem sido um verdadeiro ‘racha’ de resistência para os brothers e sisters. Além do teste físico imposto, as provocações durante as horas têm sido intensas. Cantorias, indiretas e conversas ácidas estão dando um molho mais à prova que já dura há mais de seis horas.

Ao longo da madrugada, Bruna e Aline começaram a cantar diferentes músicas e irritaram Domitila. Larissa e Fred também se desentenderam, antes mesmo do início da prova, por conta de lugar nos totens da disputa, e promoveram um climão. Além disso, conversas sobre indicação de voto irritaram Alface e Cezar Black. 

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Na manhã desta sexta (31), Marvila, Sarah,Larissa, Domitila e Amanda já haviam sido eliminadas da prova, restando Aline, Bruna, Cezar, Fred e Ricardo Alface. A disputa também segue rendendo nas redes sociais, com muitos comentários e torcida aos que ainda estão no páreo.  

Produtor de cinema que se tornou motorista de ambulância voluntário, Yevhen Titarenko compareceu ao Festival de Berlim ao lado de outros cineastas ucranianos para mostrar a guerra filmada "por dentro" e denunciar a ofensiva russa iniciada há um ano.

"Na linha de frente não há tapetes vermelhos, apenas um chão encharcado de sangue", disse recentemente o embaixador da Ucrânia na Alemanha, Oleksii Makeyev, ao apresentar o cinema de seu país.

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O primeiro grande festival europeu do ano, que termina no próximo sábado (25), destacou a solidariedade aos produtores, idealizadores e artistas ucranianos com um programação de filmes e discussões sobre o país atingido pelos conflitos.

O próprio presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, fez uma aparição em vídeo na Berlinale na última quinta-feira (16), ocasião em que pediu compromisso com a arte e o cinema.

O ex-comediante é o protagonista do documentário dirigido pelo ator americano Sean Penn, que apresentou a produção no festival.

Na sexta-feira, 24 de fevereiro, quando se completa um ano da invasão russa, o tapete vermelho da Berlinale receberá manifestações de apoio à Ucrânia.

- "A guerra por dentro" -

Entre os filmes ucranianos exibidos, "Sem Retorno" (2020), de Titarenko, retrata a vida de um paramédico próximo à linha de frente.

Enquanto filmava um documentário no ano passado na região de Donetsk, o diretor de 34 anos tomou a decisão de se candidatar "como voluntário", contou à AFP.

Desde então, fez uma série de filmes "para mostrar às pessoas como é a guerra por dentro".

"Os ucranianos não querem fazer guerra. Preferem fazer coisas normais, se dedicar à cultura como em todos os outros países. Mas não temos escolha a não ser lutar", diz ele, cujo filme selecionado para o festival foi produzido junto ao documentarista russo que vive em exílio, Vitaly Manskiy.

Alisa Kovalenko também trocou de papel após o início da ofensiva russa.

A cineasta de 35 anos interrompeu a produção do documentário iniciado em 2018 sobre cinco adolescentes na região ucraniana do Donbass que faziam planos para o futuro antes da guerra.

Após quatro meses na linha de frente, onde participou de mutirões de voluntários em Kiev e Kharkiv, a diretora retomou o projeto e começou a editá-lo.

"Entendemos que precisávamos mudar tudo. É um filme completamente diferente" do previsto inicialmente, contou à AFP.

O documentário "We will not fade away" (2023), rodado entre 2019 e 2022, retrata as frágeis esperanças destas jovens da região de Luhansk, uma área sob controle ucraniano.

- Uma "luz" interior -

"A Rússia pode bombardear nossas cidades e nos deixar sem eletricidade (...) Se você preserva a esperança e continua sonhando, sempre terá uma luz dentro de si. E essa luz, os russos não podem tirar de nós", disse Kovalenko.

Durante as filmagens, dois adolescentes que protagonizavam o filme deixaram a região e outros dois desapareceram, conta a diretora.

Entre as outras produções ucranianas apresentadas estão "Do you love me?" (2023), uma ficção sobre uma adolescente no fim da União Soviética, e "In Ukraine" (2023), documentário sobre o cotidiano do país em guerra.

Além de "Iron butterflies" (2023), do cineasta Roman Liubyi, que conta a história do voo MH17 da Malaysia Airlines, derrubado em 2014 por separatistas do leste da Ucrânia, e como esse drama foi um prelúdio para o conflito atual.

Além do festival, os ministérios da Cultura da Alemanha, França e Luxemburgo lançaram um fundo europeu de US$ 1,06 milhão (cerca de R$ 5,49 milhões) para apoiar o cinema ucraniano em 2023.

Em apoio à renúncia da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, nesta quinta-feira (19), a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) e a ex-deputada Manuela d’Ávila fizeram publicações nas redes sociais falando sobre o ambiente hostil e exaustivo que a política proporciona para as mulheres, mães e crianças. Jacinda disse ter renunciado por não ter mais “combustível suficiente no tanque”.

No Instagram, d’Ávila questionou “quantos líderes homens você já ouviu falar sobre seus limites para exercer o tão cobiçado poder?”, e relembrou da primeira-ministra interrompendo uma live para colocar a criança para dormir. Ela falou, ainda, das reflexões que fez quando decidiu não concorrer à eleição de 2022, pela necessidade de exercer o papel de mulher e mãe e dar suporte à filha. 

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“Muitas vezes eu respondia aos meus interlocutores que me provocavam para concorrer ao Senado nas eleições de 2022: olha, minha filha precisa de mim neste momento, não foi fácil o que vivemos no último período. Eles interpretavam isso como um gesto equivocado meu. Como se eu estivesse cedendo aos ataques ou virando uma pessoa menor. Claro, eu entendo as razões para que ninguém fale sobre família quando um homem político se movimenta no cenário como quem joga xadrez”, disse. 

Manuela contou ter sido interpelada por um homem que a filha a acompanhava demais na campanha eleitoral. “Quem cuidava das crianças dele em suas longas ausências de quinze, vinte dias? Eu vivo em uma casa em que responsabilidades afetivas e com cuidados são compartilhadas. Sei que essa não é a realidade da maioria das mulheres. Sei que a forma como Duca, meu marido, assume essa jornada, não lembra em nada a realidade de praticamente nenhum dos homens com quem cruzei na jornada política”. 

Já Marília Arraes, por sua vez, grávida, ao lado da deputada federal Talíria Petrone (PSOL), que também aparece grávida na foto, falou sobre o ambiente político para as mulheres. A parlamentar destacou a importância da representatividade por “resistir e ser luz no caminho de tantas outras que virão depois de nós”. 

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As redes sociais ficaram cheias de reações, das mais diversas, durante a cerimônia de posse do presidente Lula (PT), no último domingo (1º). Entre postagens emocionadas e divertidas, de homens e mulheres em vários lugares do país, as que mais chamaram a atenção foram as que traziam vídeos de 'doguinhos' reagindo à presença de Resistência, a pet presidencial, quando esta subiu a rampa do Planalto. Os cachorrinhos deram um show de fofura. 

Vários tutores compartilharam a reação de seus pets ao verem a Resistência durante a posse. Entre risadas e comentários de seus donos, os pets pularam e latiram em frente às TVs aumentando ainda mais a fofura do momento. Um dos vídeos foi publicado com a legenda: “Representatividade generalizada”.

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Nos comentários das publicações, as pessoas se derreteram pelos cãezinhos e contaram como os seus também reagiram ao momento ‘canino’ da posse. “Minha Mel ficou super atenta também”; “Doguinhos com Lula”; “RepresentAUtividade’; “A minha fez a mesma coisa aqui, fofuras”; “Momento que nunca irei esquecer”; “Resstência deu o nome”; “Que amor”. 

O Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF) está com uma campanha de financiamento para a reforma do Casarão, local que sedia o Centro, no Carmo, em Olinda, há 50 dos 100 anos de fundação. É possível doar valores simbólicos de R$5 ou R$10. As doações podem ser feitas por Pix, cartão de crédito e boleto através deste link

O CCLF surgiu em 1972, na época, com o objetivo da redemocratização do País, como ambiente de luta e resistência para florescer novos tempos em que a diversidade, o respeito aos direitos humanos e as garantias fundamentais fossem garantidos. 

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Atualmente, o Centro atua nas áreas de educação, comunicação, cultura e democratização da gestão pública. Já transformou realidades e colocou no mundo projetos como a incidência no orçamento público, o espaço Criar em Peixinhos, a defesa pelos direitos das meninas quilombolas pelo Fundo Malala, a participação ativa no Fórum Pernambucano e Nacional pelo Direito à Comunicação, além de tantas outras iniciativas. 

O Centro, como patrimônio vivo da história que abriga um movimento político relevante para o País, também vem oferecendo o Casarão para que organizações, coletivos e projetos continuem produzindo cultura, arte e transformação.

Objetivo da arrecadação

O objetivo da arrecadação é “mil reais para cada ano de atuação do CCLF”, sede física composta por três imóveis interligados com oito salas, uma recepção e uma sala multiuso, que comporta cerca de 60 pessoas sentadas. A casa precisa de alguns reparos, e as chuvas vêm contribuindo para isto.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso reiterou, nessa segunda-feira (27), que a Corte está preparada para combater eventuais investidas autoritárias durante o processo eleitoral deste ano. Segundo o ministro, o Supremo tem "histórico de sucesso na resistência democrática". As declarações foram feitas durante participação no X Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal. A programação do evento também incluiu os ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça e Ricardo Lewandowski.

Sem mencionar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), Barroso, que foi presidente do TSE, afirmou que "uma característica do populismo autoritário é dizer: 'se eu perder, houve fraude'. E já se fala antes (da eleição)", disse o ministro. É recorrente nos discursos do chefe do Executivo a insinuação de que o processo eleitoral brasileiro possa ser fraudado para tirá-lo do Poder, embora nunca tenha sido comprovada qualquer brecha de segurança nas urnas eletrônicas. O presidente costuma atacar ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e lançar dúvidas, sem provas, sobre a confiabilidade das urnas.

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Ainda sem mencionar casos deste governo, Barroso criticou o que chamou de "empacotamento das Cortes". O magistrado apontou a nomeação de "juízes submissos" como uma estratégia de líderes autoritários. Bolsonaro já indicou dois ministros ao STF: André Mendonça e Kassio Nunes Marques. O segundo já deferiu decisões alinhadas aos interesses do Planalto, como por exemplo a devolução do mandato a dois deputados bolsonaristas cassados pelo TSE devido à divulgação de desinformação.

"A segunda (característica do populismo autoritário) é a tentativa de redução dos poderes das Cortes constitucionais para colocar os tribunais a serviço do governo", apontou Barroso. O ministro acrescentou que, em sua avaliação, o Supremo salvou "milhares de vidas" com decisões proferidas durante a pandemia de covid-19. No âmbito da crise sanitária, o STF travou um duelo com o Planalto ao conferir poder de decisão a governadores e prefeitos quanto ao uso de máscara e medidas de restrição.

No mesmo evento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu o TSE e afirmou que desconfianças sobre a lisura do processo eleitoral acontecem "absolutamente sem justa causa".

"Teremos eleições este ano, que acontecerão no sistema eletrônico de votação, sob a guarda do eficiente Tribunal Superior Eleitoral, que é uma justiça especializada que custa à sociedade brasileira e que não pode ser desprezada sob uma desconfiança absolutamente sem justa causa", afirmou o senador, também nesta segunda-feira.

Se você gosta de BBB22, se prepare, porque será um dia longo. A madrugada dos brothers foi marcada pela Prova do Líder de Resistência, e por incrível que pareça, apenas Gustavo desistiu até o momento - com cerca de sete horas de disputa.

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De acordo com as regras da prova, os participantes deverão se manter em sua base e segurar em um bastão inclinado - que irá subir e descer durante a dinâmica. Os brothers terão que permanecer lá durante todo o tempo, enquanto são atingidos por ventiladores, ondas de calor e água.

Gustavo brinca sobre o vip

Pelo menos, a madrugada foi bem animada. Os participantes conversaram bastante durante a noite, inclusive fazendo planos do que fariam se ganhassem a liderança. Gustavo, por exemplo, fez todos rirem ao dizer que levaria apenas Douglas Silva, Jessi e Eli para o vip.

Os planos era deixar a xepa sem participantes que sabem cozinhar. Nesse sentido, Natália brincou dizendo que também sabe se virar na cozinha, então Gustavo dispara: "Se eu levar a Nat com o Eli pro vip eu vou perder o quarto".

Eslovênia brinca com o Arthur

Em determinado ponto, os brothers estavam conversando sobre a prova, quando Eslovênia dispara para Arthur: "Cai aí só pra ver como é que é".

Fazendo referência a piscina de espuma que fica embaixo dos bastões, para impedir que os participantes se machuquem caso desistam da prova. "Não, eu aguento esse teste ainda", disse.

*Foto: Reprodução/TV Globo

A votação do pacote proposto pelo Senado para reduzir o preço dos combustíveis no País pode ser adiada para março. Os dois projetos de lei relacionados ao tema entraram na pauta da quarta-feira, 23, no Plenário, mas não há acordo de líderes para aprovação, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Nos bastidores da Casa, há quem diga que o pacote "já subiu no telhado" e não será aprovado, sob a avaliação de que as propostas causaram ruídos maiores do que o potencial benefício de reduzir o preço do diesel, da gasolina e do gás de cozinha.

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Ainda há uma articulação para aprovar subsídios e ampliar o alcance do vale-gás a famílias carentes neste ano, mas propostas que mexem no ICMS, imposto arrecadado pelos Estados, e na política de preços da Petrobras enfrentam impasses maiores.

O pacote do Senado incluiu a criação de uma conta de estabilização dos preços, um imposto sobre a exportação de petróleo, a alteração no modelo de cobrança do ICMS e o aumento do vale-gás.

Os projetos ainda precisam passar pela Câmara, que não expressou concordância com o conteúdo.

Líderes do Senado pediram para que sejam votados apenas projetos de consenso no plenário nesta semana, sem grande impacto.

Não há previsão de sessões na próxima semana e novas votações só devem ocorrer a partir do dia 8 de março.

Após quase 12 horas de prova, as sisters Bárbara e Laís conquistaram a primeira imunidade do Big Brother Brasil 22. O desafio, que contou apenas com participantes da Pipoca, conferiu às duas não só uma semana de imunização como um prêmio de R$ 10 mil, para cada, em compras em uma das lojas patrocinadoras da atração. 

Jessilane e Eslovênia foram as primeiras a deixarem a prova, seguidas por Rodrigo e Eliezer. Logo depois de completarem 7 horas de prova, Natália e Vinicius foram a terceira dupla a sair da disputa e a decisão ficou entre Bárbara e Laís e Lucas e Luciano.

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Os meninos resistiram bastante, ao lado da dupla campeã, porém,quando já se aproximava das 12 horas de duração da prova, os dois acabaram sendo desclassificados ao deixarem cair os blocos que deveriam manter suspensos. Após a derrota, Lucas elogiou as colegas. “As meninas são bravas véio, tem que aprender com elas. Eu olhava pra elas e elas estavam plenas!”, disse. 

A articulação para que o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) seja vice na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva tem sido alvo de críticas públicas de integrantes do PT e potenciais aliados. Opositores da dobradinha argumentam que o ex-tucano e ex-governador de São Paulo contraria o programa defendido historicamente pelo PT. O avanço das negociações em torno da sigla motivou, ainda, filiados a organizarem um abaixo-assinado pedindo a escolha de outro nome para a vice na disputa pela Presidência.

A petição cobra que a cadeira de vice na chapa de Lula seja ocupada por alguém sem nenhuma ligação com o que eles chamam "golpismo" e neoliberalismo. O presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, disse ao Estadão na semana passada que Alckmin precisa se mostrar "engolível" e passar a "falar diferente" se quiser ser vice de Lula.

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O ex-tucano e o petista têm um histórico de divergências que remonta de décadas, sendo que ambos já trocaram críticas e acusações publicamente um contra o outro. "Ele tem de saber que estará defendendo um projeto que tem CPF, tem lado, tem CNPJ. Ele tem de se tornar engolível. É disso que se trata", afirmou Marinho.

O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente da legenda, disse considerar a presença de Alckmin na chapa como uma "contradição" a tudo o que o PT já fez ou pretende fazer. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o parlamentar afirmou que Lula não precisa de uma "muleta eleitoral". O principal objetivo de uma aliança com o ex-tucano é atrair o voto de eleitores mais ao centro e à direita.

A possível dobradinha é alvo também de potenciais aliados do PT. Guilherme Boulos, do PSOL, disse que considera um "mau sinal" que Lula esteja em tratativas com o ex-tucano. "Eu fui professor na rede estadual quando Alckmin era governador: um desastre", afirmou. As declarações foram feitas à Globonews.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, também fez críticas ao acordo e disse em dezembro que avalia ser um "erro" a possível presença de Alckmin na chapa do líder petista. Segundo Juliano Medeiros, a dobradinha não faria sentido devido ao histórico do ex-tucano, que sempre se contrapôs aos candidatos de esquerda nas eleições das quais participou. Alckmin disputou o segundo turno da eleição presidencial de 2006 contra Lula. À época, o petista descreveu a candidatura do então postulante do PSDB como "um projeto de desmonte".

"A França me tornou o que sou e serei eternamente grata. Pode dispor de mim como quiser". Ao oferecer seus serviços no outono de 1939 a um oficial da contraespionagem, a estrela de cabaré Joséphine Baker se uniu à resistência.

"Desde o início da Segunda Guerra Mundial, Joséphine Baker leva uma vida dupla: artista de music-hall (...) e agente de inteligência impulsionada por um patriotismo feroz" com sua terra de adoção, explica o pesquisador Géraud Létang, do Serviço Histórico de Defesa na França.

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Nacionalizada francesa em 1937 após seu casamento com Jean Lion, um industrial judeu, a artista colocou seu talento musical à disposição nos primeiros meses do conflito para entreter os soldados franceses e aproveitou as recepções nas embaixadas para coletar informações para a contraespionagem.

A "Vênus de Ébano", vítima da segregação racial em seu Estados Unidos natal, rejeitou em 1940 cantar para os alemães em Paris ocupada. E após a convocação para a resistência do general Charles de Gaulle nesse mesmo ano, serviu de disfarce para Jacques Abtey.

O chefe da contraespionagem militar em Paris a serviço das Forças Francesas Livres de De Gaulle se tornou seu "representante" e viajou com ela, sob a falsa identidade de Jacques Hébert, junto a outros agentes secretos.

"Sua fama permite que se desloque, cruze as fronteiras em grupo, já que uma artista precisa de companhia, enquanto a França controla todo o mundo", explica Létang.

As informações coletadas foram escritas com tinta invisível em suas partituras musicais.

"É muito prático ser Joséphine Baker. Quando me anunciam em uma cidade, os convites chovem para mim. Em Sevilha, em Madri, em Barcelona, o roteiro é o mesmo. Gosto das embaixadas e dos consulados, estão cheios de gente interessante", escreveu em sua autobiografia "Joséphine".

Mas quando ia embora das recepções, tomava notas minuciosamente, explicou no livro. "Sempre passo pela alfândega de forma tranquila. Os funcionários sorriem muito para mim e é claro que me pedem papéis, mas são autógrafos!", acrescentou a bailarina.

A partir de 1941, instalada no norte da África, a vedette, cansada dessa vida dupla, ficou gravemente doente. Mas em 1943 retomou sua atividade artística a serviço das tropas aliadas, coletando informações para o Estado-Maior de De Gaulle.

"Os aliados não dizem tudo às Forças Francesas Livres", aponta o historiador.

Em junho de 1944, Baker quase morreu em um acidente aéreo em Córsega.

Alistada nas forças femininas do exército aéreo com o grau de segundo tenente, desembarcou em Marselha em outubro de 1944. A cantora ofereceu concertos perto do front tanto para os soldados quanto para os civis.

E depois de 8 de maio de 1945, quando os aliados aceitaram a rendição incondicional da Alemanha nazista, a artista performou para os deportados liberados dos campos.

Em 1946, recebeu a medalha da Resistência e depois recebeu a proposta da Legião de Honra no âmbito civil, mas ela a quis no militar.

"Joséphine Baker tinha uma vontade ferrenha de não ser uma cantora a serviço do exército e sim uma combatente que canta. Esse status de combatente era uma busca existencial para ela", afirma Geraud Létang.

Por fim, chegou a uma solução. Em 1957, a artista foi condecorada com a Legião de Honra no âmbito civil, mas também com a Cruz de Guerra com palma de bronze.

"Nossa mãe serviu ao país. É um exemplo dos valores republicanos e humanistas", mas "ela sempre disse: 'Eu só fiz o que era normal'", explicou à AFP seu filho mais velho, Akio Bouillon.

O fenômeno das bactérias cada vez mais resistentes aos medicamentos - acelerado pelo consumo excessivo de antibióticos - preocupa as autoridades de saúde mundiais há muitos anos, pois tem consequências letais, embora sejam difíceis de calcular com precisão.

- O que é? -

"Matam os micróbios, é verdade, mas nem todos morrem", escreveu em 1902 o escritor francês Alphonse Allais. "Os que resistem ficam mais fortes que antes". Era uma piada, mas, várias décadas antes do desenvolvimento dos antibióticos, a frase era visionária.

Allais resumiu bem o mecanismo pelo qual são registradas bactérias cada vez mais resistentes a estes medicamentos.

Os antibióticos, descobertos nos anos 1930-1940 e utilizados em larga escala após Segunda Guerra Mundial, são moléculas que destroem as bactérias que provocam doenças ou, pelo menos, impedem seu desenvolvimento.

Mas com o tempo, bactérias resistentes aparecem devido a mutações genéticas. Ao eliminar as bactérias vulneráveis, os antibióticos têm um efeito perverso, pois permitem que as resistentes invadam o espaço.

Além disso, há outro fenômeno: as bactérias 'teimosas' podem transmitir suas características às vizinhas ainda sensíveis aos antibióticos.

"A maior parte das resistências observadas, principalmente aquelas que se propagam de maneira rápida e problemática, acontece por esta capacidade de serem transferidas, destaca à AFP o microbiologista francês Christian Lesterlin.

Como consequência dos diferentes mecanismos, os antibióticos, que hoje constituem grande parte dos medicamentos em circulação, vão perdendo gradativamente sua eficácia.

- Como começou? -

A resistência aos antibióticos é um fenômeno natural. Mas está aumentando com o consumo excessivo ou inadequado dos tratamentos, como por exemplo contra a gripe, que tem origem viral e não bacteriana.

Os países desenvolvidos perceberam o problema há 20 anos e iniciaram campanhas de conscientização, como na França, que tem o slogan "Os antibióticos não são a solução para tudo".

O consumo de antibióticos finalmente se estabilizou na década de 2010 em muitos países ricos. Mas as preocupações se voltaram para os países em desenvolvimento, onde o uso aumenta fortemente.

"Estas tendências refletem tanto um melhor acesso aos antibióticos para aqueles que precisam como um aumento do uso inapropriado", resume a CDDEP, organização americana de pesquisa em saúde pública.

A utilização abusiva de antibióticos nos animais também está em jogo, pois alguns agricultores utilizam o medicamento por sua capacidade de acelerar o crescimento do gado.

A União Europeia proibiu, entre outras coisas, este uso desde 2006.

- Qual o nível de gravidade? -

"A resistência aos antibióticos constitui atualmente uma das ameaças mais graves para a saúde mundial", resumiu em 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com medicamentos menos eficazes, aumenta o risco de não conseguir curar uma ampla gama de doenças bacterianas que podem ser fatais, como a tuberculose ou a pneumonia.

Neste sentido, a resistência aos antibióticos mata. As autoridades de saúde europeias calculam que 25.000 pessoas morrem a cada ano na União Europeia vítima das consequências.

Nos Estados Unidos, o número alcança 35.000 mortes por ano.

Mas continua muito difícil obter uma estimativa mundial do fenômeno, e é justamente nos países em desenvolvimento que o problema pode aumentar nos próximos anos.

O tema também é propício para algumas estimativas alarmistas. Uma delas, frequentemente retomada, cita 10 milhões de mortes por ano em 2050. Mas este número, que procede de um relatório encomendado há alguns anos pelo governo britânico, nada mais é do que uma apreciação feita por duas consultorias e não o resultado de um trabalho de pesquisadores.

As consequências econômicas também são difíceis de medir, mas provavelmente elevadas: custos de saúde pública e, com o uso de antibióticos nos animais, efeitos nocivos sobre a agricultura e a alimentação.

- O que fazer? -

Os antibióticos devem continuar sendo utilizados de maneira seletiva e não excessiva, embora os médicos às vezes se sintam desprotegidos.

"O medo das complicações e da pressão que os médicos sentem por parte de alguns pacientes os levam a prescrever antibióticos aos pacientes idosos", afirmou o organismo francês de saúde pública a partir de uma pesquisa feita entre os médicos.

É necessário encontrar soluções prévias, como por exemplo tentar identificar o mais rápido possível o surgimento de bactérias mais resistentes para evitar sua propagação.

Por fim, a pesquisa se orienta para o desenvolvimento de tratamentos alternativos aos antibióticos, a base de vírus "bacteriófagos" que atacam as bactérias e as neutralizam.

O líder de um movimento de resistência aos talibãs prometeu nunca se render, mas está aberto a negociar com os novos governantes do Afeganistão - conforme entrevista publicada na revista Paris Match nesta quarta-feira (25).

Ahmad Masud, filho do lendário comandante rebelde afegão Ahmad Shah Masud, retirou-se para seu vale natal de Panjshir, ao norte de Cabul, junto com o ex-vice-presidente Amrullah Saleh.

"Prefiro morrer a me render", disse Masud ao filósofo francês Bernard-Henri Lévy, em sua primeira entrevista desde que os talibãs tomaram Cabul.

"Sou o filho de Ahmad Sha Masud. A rendição não é uma palavra que faça parte do meu vocabulário", frisou.

Masud afirmou que "milhares" de homens estão se somando à Frente de Resistência Nacional (FRN), no Vale do Panjshir. Esta região nunca foi capturada pelas forças invasoras soviéticas em 1979, nem pelos talibãs durante seu primeiro período no poder, entre 1996 e 2001.

Na subida das montanhas estão caminhões de tropas soviéticas enferrujados, tanques de guerra e outros equipamentos soviéticos, uma lembrança das derrotas da URSS para os tadjiques panshiris durante a Guerra do Afeganistão (1979-1989).

Ele renovou seu pedido de apoio aos líderes mundiais, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, e expressou sua amargura com o fato de terem-lhes negado armas pouco antes da queda de Cabul, no início deste mês.

"Não posso esquecer o erro histórico cometido por aqueles a quem pedi armas há apenas oito dias, em Cabul", declarou Masud, segundo uma transcrição da entrevista publicada em francês.

"Eles se negaram. E essas armas - artilharia, helicópteros, tanques fabricados nos Estados Unidos - estão hoje nas mãos dos talibãs", frisou.

Masud acrescentou que está aberto a falar com os talibãs e expôs as linhas gerais de um possível acordo.

"Podemos conversar. Em todas as guerras, há conversas. E meu pai sempre falou com seus inimigos", completou.

"Vamos imaginar que os talibãs aceitem respeitar os direitos das mulheres, das minorias, a democracia, os princípios de uma sociedade aberta", afirmou.

"Por que não tentar explicar a eles que esses princípios beneficiariam todos os afegãos, incluindo eles?", questionou.

O pai de Masud, que tinha vínculos estreitos com Paris e com o Ocidente, foi apelidado de "Leão de Panjshir" por seu papel na luta contra a ocupação soviética do Afeganistão, na década de 1980, e contra o regime talibã, na década de 1990.

Foi assassinado pela Al-Qaeda dois dias antes dos atentados de 11 de setembro de 2001.

A TV Globo oficializou nesta quinta (25), a volta do reality show ‘No Limite’, cujo retorno já vinha sendo especulado há algum tempo. Nas redes sociais, a emissora ainda adiantou que os participantes da atração serão ex-BBBs.

“O reality lendário está de volta! Já que a gente ama o brasileiro e o brasileiro ama um reality, vem aí mais uma edição de #NoLimite! Um programa que une resistência e ex-BBBs. A equação perfeita para a sua marca superar resultados”, diz o aviso no Instagram, que faz o chamado a possíveis interessados em anunciar no programa.

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Devido à pandemia do novo coronavírus, no dia 24 de abril de 2020 a prefeitura Municipal de Belém publicou o decreto 96.170/2020, que tornou o uso de máscaras obrigatório em toda a cidade, não apenas em ambientes fechados. Hoje, seis meses depois, o decreto ainda está m vigor. Porém, mesmo com a pandemia em ascendência nas últimas semanas, há muitas pessoas que se recusam a usar máscaras na capital.

Em ambientes fechados como academias, shoppings e restaurantes, o uso de máscara é obrigatório. Mas na rua é comum que as pessoas dispensem a máscara, chegando até mesmo a entrar em ônibus ou outros transportes públicos, já que muitas vezes os motoristas ignoram a obrigatoriedade.

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Mesmo com o decreto sinalizando que o não uso de máscaras pode gerar multas, muitos parecem não se importar com isso. Henrique Fraga, estudante de Artes, concorda com a obrigatoriedade de máscaras em ambientes fechados, porém acredita que não há necessidade de usar na rua. “Em caminhadas na rua não acredito ser necessário, já que é um espaço amplo e se não tem ninguém por perto não vejo problema. Agora, em lugares pequenos, onde qualquer pessoa pode espirrar e infectar os outros, concordo que seja obrigatório", disse.

Fraga complementa que por vezes a máscara pode atrapalhar. “As pessoas ficam botando a mão na máscara para ajeitar, e aí passam a mão na máscara infectada, colocam em um corrimão por exemplo e infectam alguém.”

O técnico de informática Carlos Muniz não é a favor da obrigatoriedade, e explica o motivo. “Máscara não é o suficiente pra parar o vírus, e prejudica muito o dia a dia de algumas pessoas, por exemplo a respiração de gente com asma, ou que não consegue prender a máscara na orelha devido aos óculos, e também o gasto de dinheiro no meio da crise comprando o material pra usar”, afirmou.

Márcio Uchoa, infectologista e especialista em vírus, destacou que a finalidade das máscaras é prevenir a disseminação de doenças transmissíveis pelo ar como, a covid-19. "O uso é recomendado para reduzir a possibilidade de disseminação do vírus dentro da comunidade, já que o vírus é carreado por pequenas gotas que eliminamos ao falar, tossir e espirrar. Quando usamos máscaras, essas gotas ficam contidas pelo material, logo, diminuindo a contaminação”, disse.

Por Henrique Herrera.

Um pré-candidato a vereador e dono de um projeto social em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi preso em flagrante com pornografia infantil na quarta-feira (23). Ele também vai responder por resistência à prisão.

A polícia suspeita que o homem pedia fotos íntimas a crianças e adolescentes atendidos pela ONG. O acusado teria confessado estar com material pornográfico de menores no celular.

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Quando a polícia chegou ao local, o pré-candidato tentou apagar o material. Segundo a delegada Alessandra Brito, os arquivos foram recuperados.

A Polícia Civil continua as investigações do caso. O suspeito será encaminhado para audiência de custódia.

O deputado estadual Wellington Moura (Republicanos) foi chamado a dar seu voto durante sessão extraordinária na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na quinta-feira passada. Na tela de TV no plenário, Moura apareceu no banco do motorista em seu próprio carro. "Pela ordem, senhor presidente", ele respondeu, com os olhos atentos ao trânsito, o nariz e a boca sob uma máscara facial. Enquanto manobrava uma curva à esquerda, votou a favor da redação final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estadual.

A cena se repetiu ao longo da sessão, e tem sido comum nas últimas semanas. O deputado Coronel Telhada (PP) estava no banco do passageiro, trafegando na Marginal do Tietê. Com o sinal do celular intermitente, a conexão travou no momento em que ele deu o voto.

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O presidente da sessão, deputado Gilmaci Santos (Republicanos), teve de pedir para que ele repetisse. Votou "sim" para um projeto que proíbe ruído nos fogos de artifício em todo o território estadual.

Com a flexibilidade para acessar as sessões virtuais com o celular, deputados aproveitaram os últimos meses para ficar mais próximos das regiões onde estão suas bases e dar início às articulações para as eleições municipais deste ano.

A Alesp voltou às atividades presenciais na terça, sob reclamações de parte dos deputados. A oposição ao presidente da Casa, deputado Cauê Macris (PSDB), chama atenção para o número de mortes por Covid-19, que ultrapassou a marca de 15 mil no último fim de semana.

Alguns deputados da base do governo estadual também são contra a atividade presencial. O retorno vale apenas para o plenário e comissões permanentes, mas não para as CPIs.

Uma resolução que propõe autorizar sessões virtuais até o início de outubro, protocolada na terça, deve ser votada na semana que vem, em sessão presencial. A expectativa é a de que seja aprovada pela maioria.

Na mesma sessão da semana passada, ao menos três outros deputados votaram enquanto estavam em trânsito: Itamar Borges (MDB), Rodrigo Moraes (DEM) e Márcio Nakashima (PDT). Tanto a LDO estadual quanto o projeto que proíbe fogos de artifício com ruídos foram aprovados.

Moura disse que chegou a estacionar o carro na primeira vez que foi chamado pelo plenário - mas em seguida o voto foi postergado e ele teve de voltar a conduzir. Ele defende uma alternativa que permita tanto a presença de deputados na Casa quanto reuniões virtuais. "Tem deputados que, diante do afastamento presencial dele, acabam aproveitando esse momento para visitar suas bases eleitorais, ficar na própria região", conta. "Eu sou da capital, moro na zona sul, então, para mim, não vejo tanto problema. Mas acho que os deputados do interior preferem a modalidade virtual, diante dessa flexibilidade que eles têm."

Autor da proposta que prevê sessões virtuais por cerca de dois meses, o deputado Campos Machado (PTB) disse que eventuais articulações eleitorais não têm prejudicado os trabalhos da Assembleia. "A maioria dos deputados não está fazendo atividade política, está recolhida em suas casas e trabalhando", disse. "Não está havendo prejuízo e, ao mesmo tempo, você os resguarda (deputados e funcionários)."

Presidente estadual do PTB, Campos Machado tem participado da coordenação da pré-candidatura de Marcos da Costa à Prefeitura da capital pelo partido. Ele afirmou que reuniões presenciais não têm sido necessárias no comitê.

A oposição trata o retorno à sede com ceticismo.

"Eu tenho criticado isso por uma questão de saúde pública. Não há condições de voltar", disse o deputado Paulo Fiorilo (PT).

Em nota, a Alesp informou que a Casa continua fechada ao público. Deputados e funcionários devem passar por checagem de temperatura em todos portões de acesso.

"O Poder Legislativo tem agido em sintonia com as normas de Saúde estabelecidas na capital paulista", afirmou a Casa. "O uso de máscaras é obrigatório. Servidores do grupo de risco e os que apresentaram sintomas da Covid-19 estão mantidos em trabalho remoto." 

Em meio a incertezas sobre o plano de retomada das aulas presenciais no Estado de São Paulo e o risco de contaminação de crianças, parte dos pais de estudantes em São Paulo já decidiu: não vai mandar seus filhos de volta para a escola. O governo estadual afirmou ontem que o planejamento de volta às aulas em setembro está mantido se as condições de saúde permitirem.

O plano prevê que as aulas sejam retomadas em 8 de setembro caso o Estado esteja na fase amarela (em que há menor taxa de infecção e ocupação de leitos) por 28 dias consecutivos.

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Mariana Pazitto, mãe de um menino de 2 anos, mantém o plano de não mandar o filho para a escola neste ano mais. O menino estudava em uma escola pública de São Paulo, fechada após o decreto de quarentena. "Ele tem convulsão febril, não pode ter febre. O meu plano é que ele não vá este ano. Como está nessa faixa dos 2 anos, não tem a obrigação de estar no colégio e eu não vejo necessidade, é um risco desnecessário."

Estudante de Pedagogia, ela reconhece a importância da escola, principalmente para a socialização das crianças nessa faixa etária, mas teme pela saúde de parentes que tenham contato com o menino, caso ele volte ao ambiente escolar. "Temo por ele e pela minha família, moro com minha mãe e ela é do grupo de risco (é hipertensa). Como as crianças são assintomáticas, eu não quero arriscar."

Pietro recebe atividades que as professoras mandam pelo WhatsApp e Mariana tenta acompanhar com o filho. Como ela não está trabalhando, considera possível manter o plano de permanecer em casa.

Mãe de dois meninos, João e Pedro, de 2 e 4 anos, respectivamente, a psicóloga Maria Cecília Cinque, de 33 anos, já decidiu: não vai mandar o mais novo para a escola. O pequeno tem diabete. "Ele vai voltar só no ano que vem ou assim que tiver a vacina. Ele não é do grupo de risco porque a criança diabética não faz parte, mas também não vamos pagar para ver."

A dúvida agora é em relação ao mais velho. "Nossa decisão (de não mandar o mais novo) só se mantém coerente se a gente cuidar do retorno do Pedro porque, com ele voltando, há um risco de transmissão." Ela já negociou com o colégio para que Pedro continue acompanhando as aulas remotas, pelo menos por um tempo, em um eventual retorno.

A desistência de frequentar as aulas é mais comum na educação infantil, já que a escola não é obrigatória para crianças com menos de 4 anos, mas pais de alunos do ensino fundamental também avaliam com cuidado a possibilidade de retorno. "A gente vê o platô se alongando por muito tempo, acho prematuro colocar uma data (para o retorno presencial). Se estiver como está hoje, não mandaria. É um risco desnecessário", diz o consultor John Wendell, de 47 anos, pai de um menino de 8.

Diretor da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), Arthur Fonseca Filho, diz que pesquisas sobre impactos da volta às aulas têm de ser avaliadas com cuidado e deve haver cautela para não atemorizar a população. "Temos de reconhecer que o mundo não pode ficar sem escola."

Em parceria com o Hospital Albert Einstein, a Abepar deve fazer um mapeamento da infraestrutura física das escolas e dos modelos de transportes utilizados por alunos e colaboradores. O acordo inclui criação de padrões médicos para o atendimento a casos suspeitos.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ambulatório Médico de Especialidades (AME), em Campinas (SP), recebeu quatro pacientes com a Covid-19 transferidos da Região Metropolitana de São Paulo, onde a oferta de leitos beira o colapso. Autoridades de saúde e o prefeito, Jonas Donizette (PSB), afirmam que a cidade não tem como suportar essa demanda extra. O temor é de sobrecarga na rede de atendimento local - referência para uma região de 6,5 milhões de habitantes - e aumento da transmissão do coronavírus, ainda abaixo da média estadual.

Sem detalhar, o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, afirmou que já transferiu 15 pacientes da região metropolitana de São Paulo para outros locais, uma vez que a lotação no interior do Estado ainda é menor do que na capital.

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"Nós temos duas preocupações", afirmou o secretário municipal de Saúde de Campinas, Cármino Antônio de Souza. "Uma de que não sejamos capazes de atender esse volume (de pacientes). Mas a maior preocupação que nós temos é a circulação de pessoas que estejam convivendo com quem seja covid-19 positivo. Isso aumentaria o fluxo de parentes, amigos e pessoas que eventualmente viriam para a cidade", explicou.

Maior cidade o interior paulista, Campinas registrou até a segunda-feira 403 casos confirmados da doença e 22 mortes. Há outros 157 casos suspeitos.

Transferidos

A reportagem apurou que os doentes foram enviados para Campinas de forma excepcional, levando em consideração a localidade onde estavam na Grande São Paulo (Francisco Morato e Franco da Rocha), sendo mais fácil sua transferência para o interior, do que para outra região no entorno da capital. Balanço da Secretaria de Estado da Saúde mostra que a taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a covid-19 no último sábado era de 88,8% nas cidades da Região Metropolitana da capital, enquanto no Estado essa média era de 67,9%.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, afirmou que já pediu ao governo do Estado para que a rede local seja preservada nesse processo de transferência de internados, quando a capital chegar ao colapso.

"Não dava para a gente fazer esse recebimento com pena de colocarmos a perder o trabalho que fizemos de aumento dos leitos, de preservar leitos", afirmou o prefeito.

Na semana passada, a prefeitura anunciou seu plano para retomada gradual das atividades econômicas, que leva em conta a taxa reduzida e estável de contágio na cidade. O secretário municipal de Saúde afirmou que o atendimento que a cidade faz de referência para a região metropolitana de Campinas também torna inviável o recebimento desses doentes da Grande São Paulo.

Sede de uma área regional de saúde de 42 cidades do interior paulista, Campinas tem duas unidades públicas estaduais de referência para atendimentos da Covid-19: o recém-inaugurado AME Campinas e o Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp. Juntos, eles têm 66 leitos de UTI reservados para pacientes com a doença e taxa de ocupação bem abaixo das registradas na Grande São Paulo.

A reportagem apurou, porém, que a Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS) do Estado reconhece que Campinas tem um quadro subdimensionado para atendimento da região, problema histórico que se agrava todo ano no inverno, com aumento de casos de doenças respiratórias, e deve tratar a cidade somente como opção emergencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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