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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta sexta-feira (17) os próximos passos importantes para o desconfinamento do país, dizendo que espera "um retorno à normalidade o mais rápido possível a partir de novembro, talvez a tempo do Natal".

Com 45.000 mortos, o Reino Unido é o país mais atingido na Europa pela pandemia, e o governo conservador de Boris Johnson tem sido bastante criticado por sua administração da crise.

No entanto, o líder conservador se mostrou bastante otimista para o futuro. "Espero sinceramente a retirada das medidas extraordinárias" implementadas para conter a epidemia "e permitir um retorno real à normalidade o mais rápido possível a partir de novembro, talvez a tempo do Natal", declarou em uma coletiva de imprensa.

Para alcançar esse objetivo, o governo britânico planeja aumentar ainda mais sua capacidade de triagem, visando "pelo menos 500.000 testes por dia ou 3,5 milhões por semana" até o final de outubro.

Também destinará 3 bilhões de libras adicionais (3,3 bilhões de euros) ao serviço público de saúde britânico (NHS).

Boris Johnson também revelou as próximas etapas do seu plano para retirar gradualmente a Inglaterra do confinamento estabelecido em 23 de março, a fim de combater a propagação do novo coronavírus.

Desta forma, o líder conservador encorajou os ingleses a retomar o transporte público a partir desta sexta-feira e os incentivou a voltar ao local de trabalho a partir de 1º de agosto, contando com os empregadores para determinar se os funcionários podem continuar a trabalhar em regime de home office ou se devem retornar para os escritórios.

Na quinta-feira, no entanto, o consultor científico do governo, Patrick Vallance, considerou que o teletrabalho era uma "solução perfeitamente boa" e que "não havia absolutamente nenhuma razão" para alterar as recomendações a esse respeito.

Cassinos, pistas de boliche, pistas de patinação, salões de beleza e salas de espetáculos também poderão reabrir a partir de 1º de agosto, anunciou Boris Johnson.

Escolas, faculdades e creches retomarão seus serviços de período integral a partir de setembro. O outono (boreal) marcará o retorno dos casamentos reunindo até 30 pessoas, conferências e eventos em estádios.

O primeiro-ministro, no entanto, esclareceu que este calendário permanece "condicional" e sujeito à evolução da epidemia.

As autoridades locais em toda a Inglaterra receberão novos poderes para poder impor rapidamente restrições locais em caso de surtos localizados.

"Se continuarmos trabalhando juntos, como temos feito até agora, sei que poderemos derrotar esse vírus", disse Boris Johnson, acrescentando que "espera o melhor cenário, mas se prepara para o pior".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta segunda-feira (29) que deseja se inspirar no presidente americano Franklin D. Roosevelt, que nos anos 1930 criou o "new deal", para reativar a economia do Reino Unido, duramente afetada pela pandemia do novo coronavírus.

"Acredito que é hora de um enfoque 'rooseveltiano' no Reino Unido", declarou Johnson à Times Radio, em referência à política de recuperação pela demanda e a intervenção estatal aplicada após a Grande Depressão nos Estados Unidos.

O líder conservador deve pronunciar um discurso na terça-feira (30) para anunciar um programa de grandes investimentos nas infraestruturas do país. Durante a campanha eleitoral no fim de 2019, Johnson se comprometeu a injetar milhões de libras nos serviços públicos.

"O que vamos fazer nos próximos meses é duplicar nosso programa original que se concentrou em investimentos em infraestrutura, educação, tecnologia, para unir o país", disse.

O programa inclui um plano de reconstrução de escolas de um bilhão de libras (1,23 bilhão de dólares). Começará no período 2020/21 e incluirá inicialmente 50 projetos.

Johnson prometeu que após a crise o país não retornará às políticas de austeridade impostas há 10 anos, quando o também conservador David Cameron estava no poder.

O confinamento contra o coronavírus provocou uma queda de 20,4% do Produto Interno Bruto (PIB) britânico apenas em abril, um recorde histórico.

Sem a ajuda do governo, o desemprego poderia alcançar níveis que não eram registrados desde os anos 1980 e superar o pico de 3,3 milhões de pessoas sem trabalho de 1984, informou no domingo o jornal The Observer, ao citar uma análise da Biblioteca da Câmara dos Comuns.

"Todos entendem que quando sairmos desta situação teremos tempos difíceis, mas o Reino Unido é uma economia incrivelmente dinâmica e resistente e vamos seguir adiante muito, muito bem", afirmou Johnson.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou a criação de uma comissão sobre as desigualdades raciais, pedindo o combate à "substância" do racismo, e não aos símbolos, em uma alusão às recentes depredações de estátuas à margem dos protestos antirracistas.

"Temos que enfrentar a substância do problema, não os símbolos. Temos que abordar o presente, não tentar reescrever o passado - e isso significa que não podemos, e não devemos, nos envolver em um debate sem fim sobre qual figura histórica bem conhecida é suficientemente pura, ou politicamente correta, para permanecer à vista do público", escreveu o líder conservador em uma coluna no jornal "The Telegraph" nesta segunda-feira (15j).

Reconhecendo que "mais precisa ser feito", ele anunciou o estabelecimento de uma comissão para examinar "todos os aspectos das desigualdades" no emprego, na saúde e até nos estudos universitários.

Na televisão, Johnson disse que quer "mudar o discurso para acabar com esse sentimento de vitimização e de discriminação", atraindo a ira da oposição.

"Os negros não fazem papel de vítimas, como Boris indica, eles protestam precisamente porque o tempo para estudar terminou, e agora é o momento de agir", protestou David Lammy, responsável por questões de justiça no Partido Trabalhista.

"É profundamente perturbador - e francamente imaturo - que o Reino Unido ainda esteja debatendo se o racismo realmente existe", ressaltou.

A morte de George Floyd, um negro asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos, foi seguida por grandes protestos antirracistas no Reino Unido e em outras partes do mundo.

No sábado, policiais e manifestantes de direita que alegavam "proteger" monumentos de atos de vandalismo entraram em confronto. A polícia prendeu 113 pessoas.

No "Telegraph", Boris Johnson declarou ser "absolutamente absurdo que grupos de vândalos de extrema direita e criadores de problemas convergissem em Londres com a missão de proteger a estátua de Winston Churchill".

O monumento havia sido vandalizado no fim de semana anterior à margem de manifestações antirracismo provocadas pela morte de George Floyd. A inscrição "era um racista" foi pichada sobre o nome do líder conservador, acusado de ter feito comentários racistas, principalmente contra os indianos.

Churchill "era um herói", escreveu Johnson.

"Resistirei com todas as minhas forças a qualquer tentativa de remover esta estátua da Praça do Parlamento e, quanto mais cedo pudermos remover a proteção que a cerca, melhor", insistiu.

Em vez dos ataques a estátuas, como a do "comerciante de escravos" Edward Colston, arrancada de seu pedestal por ativistas antirracistas em Bristol (sudoeste da Inglaterra), Boris Johnson se ofereceu para "construir outras e celebrar as pessoas que, de acordo com nossa geração, merecem um monumento".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou nesta quarta-feira (3) o assassinato do afro-americano George Floyd por um policial branco nos Estados Unidos e afirmou que o racismo "não tem lugar em nossas sociedades", em uma "mensagem" ao presidente dos EUA, Donald Trump.

"Minha mensagem ao presidente Trump, a qualquer pessoa nos Estados Unidos, a partir do Reino Unido, é que o racismo, a violência racista, não têm lugar em nossas sociedades e estou seguro de que é uma opinião muito difundida no mundo todo", disse Johnson em coletiva de imprensa em Londres.

Mais cedo, na sessão semanal de perguntas na Câmara dos Comuns, ele condenou "o ocorrido nos Estados Unidos" como algo "terrível, indesculpável".

"Entendo perfeitamente o direito das pessoas de protestar pelo o que ocorreu", acrescentou. Mas, "obviamente, também acredito que os protestos devem ocorrer de forma legal e razoável".

Ao meio dia, centenas de pessoas - muitas cobertas com máscaras - se reuniram no Hyde Park de Londres para exigir justiça pela morte de Floyd.

Com gritos de "Silêncio é violência" e cartazes com os dizeres "Vidas negras importam", os manifestantes se reuniram em pequenos grupos que mantiveram a distância de segurança entre si.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta terça-feira (2) que oferecerá vistos a milhões de cidadãos de Hong Kong e uma possível via para obter a nacionalidade se a China persistir na lei de segurança nacional para a antiga colônia britânica.

"Muita gente em Hong Kong teme que sua forma de vida, que a China se comprometeu a defender, esteja ameaçada", escreveu em um artigo aos jornais The Times e South China Morning Post.

"Se a China continuar justificando seus medos, o Reino Unido não poderá, com a consciência tranquila, dar de ombros e olhar para o outro lado; ao invés disto, cumpriremos as nossas obrigações e ofereceremos uma alternativa".

Umas 350.000 pessoas de Hong Kong têm passaportes nacionais britânicos (internacionais), razão pela qual não precisam de visto para entrar no Reino Unido por até seis meses, escreveu Johnson. Outros 2,5 milhões poderiam solicitar um.

"Se a China impuser sua lei de segurança nacional, o governo britânico mudará a legislação migratória e permitirá àqueles que tiverem um destes passaportes procedentes de Hong Kong virem ao Reino Unido por um período renovável de 12 meses e poderão obter outros direitos migratórios, como o de trabalhar, o que os coloca no caminho para a obtenção da cidadania", assegurou.

O Parlamento chinês aprovou na semana passada uma lei de segurança nacional a partir dos protestos pró-democracia em Hong Kong para fazer frente ao "terrorismo" e ao "separatismo".

A oposição teme que esta lei seja uma arma para erradicar qualquer dissidência neste centro financeiro asiático, erodindo as liberdades e a autonomia supostamente garantidas em sua retrocessão, em 1997, da Grã-Bretanha à China.

Segundo Johnson, esta lei poderia "delimitar suas liberdades e erodir radicalmente a autonomia" da antiga colônia britânica.

Se chegar a ser implementada, o Reino Unido "não terá outra alternativa que defender nossos profundos laços de história e amizade com a população de Hong Kong", escreveu.

Londres já havia anunciado planos para ampliar os direitos de visto àqueles que puderem aplicar a um passaporte nacional britânico e se somou às críticas internacionais contra Pequim. A intervenção pessoal de Johnson aumenta significativamente a pressão.

Johnson rejeita e chama de "falsas" as afirmações de que Londres teria organizado os protestos, antes de acrescentar: "o Reino Unido só quer que Hong Kong tenha êxito" como "um país, dois sistemas". "Espero que a China queira o mesmo. Trabalharemos juntos para que seja assim".

O índice de popularidade de Boris Johnson sofreu a maior queda em uma década para um primeiro-ministro conservador, devido ao escândalo sobre seu influente e polêmico assessor Dominic Cummings, indica uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (27).

Enquanto o primeiro-ministro se prepara para enfrentar os ataques da oposição na sessão semanal de perguntas na Câmara dos Comuns, uma pesquisa do instituto YouGov para o jornal The Times mostra que a vantagem dos conservadores sobre os trabalhistas caiu nove pontos em uma semana.

A pesquisa mostra o apoio de 44% dos entrevistados ao partido de Johnson, quatro pontos a menos que na semana passada, e de 38% ao Partido Trabalhista, cinco pontos a mais.

O último líder conservador que viu uma queda tão rápida de sua vantagem foi David Cameron durante a campanha para as legislativas de 2010.

Uma pesquisa do jornal Daily Mail mostra ainda que o índice de aprovação de Johnson caiu de 19% para menos de 1% em apenas alguns dias.

A queda do apoio da opinião pública se soma a uma sensação crescente de rebelião interna a respeito da gestão do escândalo de Cummings: quase 40 deputados conservadores exigiram ele deixe o cargo de "assessor especial" e um secretário de Estado pediu demissão na terça-feira como forma de protesto.

O Executivo defende há vários dias o braço direito do primeiro-ministro. Nesta quarta-feira, o apoio veio do ministro de Governo Local, Robert Jenrick.

"É o momento para que sigamos avançando", declarou à BBC, insistindo que Cummings não infringiu, como é acusado, as regras de confinamento impostas pelo governo em 23 de março.

Cummings fez uma viagem de 425 quilômetros de carro, de Londres a Durham, nordeste da Inglaterra, no momento mais grave da crise do coronavírus, com a esposa e o filho de quatro anos.

Sob forte pressão durante o fim de semana, Cummings explicou na segunda-feira que, temendo estar infectado pela Covid-19, os três seguiram para a casa de seus pais em Durham porque precisavam de pessoas para cuidar do filho.

As viagens estavam proibidas naquele momento e os britânicos ainda não têm autorização para visitar suas famílias.

Cummings, que recebeu o apoio de Johnson, não disse que se arrependeu nem pediu desculpas. Ele também afirmou que não considera pedir demissão.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, decidiu neste domingo manter seu conselheiro mais próximo, Dominic Cummings, acusado de violar medidas de confinamento para combater a propagação do novo coronavírus.

Até agora, o governo britânico rejeitou pedidos para demitir Cummings, acusado de viajar pelo país com sua esposa, apesar do fato de ela ter sintomas da Covid-19.

Mesmo dentro do próprio partido conservador do primeiro-ministro, muitos pediram a renúncia do poderoso conselheiro. Mas o chefe do governo afirmou neste domingo que seu consultor agiu de "maneira responsável, legal e honesta".

Cummings foi visto com o filho próximo à casa de seus pais na cidade de Durham, no nordeste da Inglaterra, a cerca de 400 quilômetros de Londres em 31 de março, um dia depois que ele próprio anunciou que apresentava sintomas do novo coronavírus.

Os jornais Observer e Sunday Mirror informaram que testemunhas o viram novamente em 19 de abril no norte, cinco dias após seu retorno a Londres para retomar o trabalho após sua recuperação.

"Não perderemos tempo respondendo a uma cascata de falsas acusações sobre o Sr. Cummings de jornais militantes", disse Downing Street, sede do primeiro-ministro, na noite de sábado.

Segundo a imprensa, outra testemunha especificou que viu Cummings na cidade de Barnard Castle, a 50 quilômetros de Durham, em 12 de abril. Questionado neste domingo pela BBC, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, afirmou que Cummings não vai deixar o cargo.

No dia anterior, Shapps assegurou que o conselheiro tinha o "apoio total" do primeiro-ministro. No Reino Unido, o segundo país mais atingido pelo coronavírus, com 36.793 mortes, esse assunto atinge primeiro-ministro, que já é alvo de críticas por sua gestão da crise.

Cummings, idealizador da campanha de 2016 para a saída do Reino Unido da União Europeia, é frequentemente visto como uma companhia prejudicial para Johnson.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson não será alvo de uma investigação criminal após ser acusado de fornecer fundos públicos a uma suposta empresária americana com quem ele estava tendo um caso, anunciou a polícia nesta quinta-feira (21).

O caso, que explodiu em setembro, destacou os laços estreitos entre o líder conservador e Jennifer Arcuri, uma ex-modelo que virou empresária de alta tecnologia que recebeu numerosos endossos públicos enquanto Johnson era prefeito de Londres entre 2008 e 2016.

O primeiro-ministro sempre negou qualquer irregularidade e se recusou a esclarecer se ele teve um caso com a americana.

A autoridade pública da região de Londres encaminhou o caso à polícia para avaliar se uma investigação criminal deveria ser aberta contra o ex-prefeito da capital.

Após examinar "900 documentos" e escrever e-mails por mais de oito anos sobre essas suspeitas, a polícia considerou desnecessário abrir uma investigação desse tipo.

"Não encontramos evidências de que Johnson tenha influenciado o pagamento de fundos de patrocínio à Arcuri ou que tenha influenciado ou desempenhado um papel ativo na obtenção de sua participação em missões comerciais", disse o chefe de polícia Michael Lockwood.

A polícia determinou que as evidências sugerem que os funcionários responsáveis por tomar essas decisões "acreditavam que havia um relacionamento próximo entre Johnson e Arcuri e isso influenciou suas decisões".

Johnson deveria ter declarado esse relacionamento um conflito de interesses, acreditam os investigadores. Mas não fazer isso não é crime, embora possa violar o código de conduta da autoridade regional.

A Greater London Authority instruiu seu comitê de supervisão para continuar investigando. Uma auditoria do governo concluiu meses atrás que a alocação de uma dotação de £ 100.000 de um fundo do governo para Arcuri era justificada.

O filho do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e de sua companheira Carrie Symonds vai-se chamar Wilfred Lawrie Nicholas Johnson, em homenagem aos respectivos avós e aos médicos que curaram o dirigente, após sua internação por coronavírus.

"Wilfred, como o avô de Boris; Lawrie, como meu avô; Nicholas, como o doutor Nick (Nicholas) Price e o dootor Nick Hart, os dois médicos que salvaram a vida de Boris no mês passado", explicou Carrie, de 32 anos, no Instagram.

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"Não poderia estar mais feliz", disse a mãe, que agradeceu pelos cuidados recebidos no hospital londrino onde o bebê nasceu na última quarta-feira.

O bebê nasceu dois dias depois de o premiê, de 55 anos, ter voltado ao trabalho. Diagnosticado positivo para a Covid-19 no final de março, Johnson foi hospitalizado durante uma semana no início de abril. Ficou por três dias na UTI. Sua companheira também testou positivo para a doença.

Este é o primeiro filho de Carrie Symonds. Já o premiê tem outros quatro filhos, de sua segunda mulher, de quem se divorciou. Ele reconheceu um quinto filho, fruto de uma relação extraconjugal, e teria um sexto, de acordo com a imprensa local.

A companheira do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Carrie Symonds, deu à luz a um menino, anunciou nesta quarta-feira (29) o porta-voz do chefe de Governo, ao destacar que o bebê tem "boa saúde".

O menino "nasceu em um hospital de Londres esta manhã e está muito bem", assim como a mãe, afirmou o porta-voz, em um anúncio que surpreendeu o país, já que o parto estava previsto para daqui a alguns meses.

Johnson, 55 anos, foi hospitalizado no início do mês devido ao coronavírus e Symonds, 32 anos, também afirmou que sofreu os sintomas da doença nas últimas semanas da gravidez.

Os dois anunciaram em 29 de fevereiro que esperavam o bebê "para o início do verão" (hemisfério norte, inverno no Brasil) e que se casariam em breve.

Casado duas vezes e separado da segunda esposa desde 2018, Johnson anunciou publicamente o relacionamento com Symonds no início de 2019, antes de virar o líder do Partido Conservador e primeiro-ministro.

Johnson tem quatro filhos com a segunda esposa, Marina Wheeler, e sua filha mais velha é apenas cinco anos mais jovem que Carrie Symonds.

O primeiro-ministro tem uma quinta filha, fruto de uma relação extramatrimonial de 2009, e se nega a responder quando é questionado se tem mais filhos.

Johnson e Wheeler, uma advogada de renome, alcançaram um acordo econômico para o divórcio, que deve ser concretizado em breve.

Symonds, que já foi consultora de imagem do Partido Conservador, tem sido muito discreta desde que se mudou para Downing Street.

Ela também trabalhou na campanha para a reeleição de Johnson à prefeitura de Londres em 2012 e depois foi nomeada diretora de comunicação do Partido Conservador.

Em seu primeiro discurso depois que voltou a comandar o Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson avaliou na manhã desta segunda-feira (27) que o país termina de passar pelo momento de auge do impacto da pandemia de coronavírus e alertou que este possa ser o período de "risco máximo", já que as pessoas passam a considerar que o pior já passou e que poderia ser a hora de afrouxamento das medidas de distanciamento social.

Falando diretamente para os que estão sentindo os efeitos econômicos da doença, como lojistas e pessoas que dependem da continuidade do trabalho para sobreviver, o premiê pediu mais apoio para a manutenção da quarentena.

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"Devemos reconhecer o risco de um segundo pico, o risco de perder o controle desse vírus e deixar a taxa voltar porque isso significaria não apenas uma nova onda de mortes e doenças, mas também um desastre econômico e seríamos forçados mais uma vez a pisar no freio em todo o país e em toda a economia e voltar a impor restrições de forma a causar danos mais duradouros", considerou.

"Eu sei que é difícil e quero que essa economia se mova o mais rápido possível, mas me recuso a jogar fora todo o esforço e o sacrifício do povo britânico e arriscar um segundo grande surto e uma enorme perda de vidas e peço e você que contenha sua impaciência porque acredito que estamos chegando agora ao fim da primeira fase desta batalha", disse na frente da porta de Downing Street, o endereço oficial do governo.

Johnson esteve afastado do comando do país por 20 dias e, nos últimos deles ficou em sua casa de campo para se reabilitar da infecção por covid-19, que o levou a ficar sete dias no hospital, dos quais três em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No seu lugar estava o ministro das Relações Exteriores e Secretário de Estado, Dominic Raab. "Lamento ter estado longe da minha mesa por muito mais tempo do que gostaria e quero agradecer a todos que intensificaram seus trabalhos, em particular Raab, que fez um ótimo trabalho."

Considerando o surto como "o maior desafio que este país enfrentou desde a guerra" e citando sua experiência pessoal, o premiê disse que não minimizaria os problemas contínuos que estão sendo enfrentados por todos. Ele afirmou também que pode ver as consequências a longo prazo do bloqueio de forma tão clara quanto qualquer outra pessoa e enfatizou que a urgência dessas pessoas também é a urgência do governo.

"Sei o quão difícil e estressante tem sido desistir, mesmo que temporariamente, dessas liberdades antigas e básicas: não ver amigos, entes queridos, trabalhando em casa, gerenciando as crianças, se preocupar com o seu trabalho e sua empresa", citou. "Deixe-me dizer diretamente para as empresas britânicas, aos lojistas, aos empreendedores, ao setor de turismo, para todos de quem nossa economia depende: entendo sua impaciência, compartilho sua ansiedade e sei que sem o nosso setor privado, sem o impulso e o compromisso dos criadores de riqueza deste país, não haverá economia, não haverá dinheiro para pagar nossos serviços públicos, nenhuma maneira de financiar nosso NHS (como é conhecido o Sistema Nacional de Saúde)."

O primeiro-ministro destacou que, sem as medidas de distanciamento social, o impacto da doença teria sido muito maior e ele comemorou o sucesso do achatamento do pico da doença. A segunda fase da estratégia do governo para a pandemia, conforme ele, só será aplicada por Downing Street quando houver a certeza de que a primeira fase acabou, que os testes estão sendo feitos, que o número de mortes está caindo, que o NHS está protegido, que a taxa de infecção é baixa e que se evitará um segundo pico. "Então será a hora de passar para a segunda fase", disse, acrescentando que, mesmo assim, será preciso um esforço para continuar a suprimir a doença.

A ideia nessa ocasião, de acordo com Johnson, é começar gradualmente a abrir as restrições econômicas e sociais. Ele considerou, no entanto, que durante esse processo serão feitos julgamentos difíceis. No momento, afirmou, não é possível dizer o quão rápidas essas alterações serão feitas ou mesmo quando serão feitas.

O premiê garantiu, porém, que o governo falará mais sobre o assunto "nos próximos dias". "Quero enfatizar agora que essas decisões serão tomadas com a máxima transparência possível", afirmou, encerrando o discurso avaliando que o Reino Unido emergirá deste período "mais forte do que nunca".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que se recupera de sua internação por coronavírus, está "em muito bom estado de saúde" - afirmou seu ministro da Saúde, Matt Hancock, nesta sexta-feira (24).

"Falei com ele ontem [quinta]. Está muito bem e, obviamente, se recupera", disse Hancock em entrevista à Sky News.

O ministro não confirmou, porém, as informações do jornal The Telegraph, segundo as quais Johnson, atualmente substituído pelo ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, voltaria ao trabalho na próxima segunda.

"Estou certo de que voltará assim que seus médicos recomendarem", comentou o ministro da Saúde. "Ainda não foi tomada a decisão, mas recebe telefonemas e permanece em contato", acrescentou.

Segundo seu porta-voz, Boris Johnson, de 55 anos, conversou esta semana com o presidente americano, Donald Trump, e com a rainha Elizabeth II.

Ele deixou o hospital em 12 de abril e se recupera em Chequers, a casa de campo dos chefes de governo britânicos, junto com a noiva, Carrie Symonds, que está grávida.

"Estava muito bem. De fato, me surpreendeu", disse Trump em uma entrevista coletiva. "É como o velho Boris. Energia fenomenal. Dinamismo fenomenal", afirmou.

Apesar da crescente pressão, mesmo nas fileiras conservadoras, o governo exclui por enquanto qualquer flexibilização do confinamento. A medida foi instaurada em 23 de março e deve ser prolongada por pelo menos duas semanas.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se "recupera" do novo coronavírus, afirmou um integrante de seu governo, e transmite ao Executivo suas instruções, ao mesmo tempo que aumentam as críticas na imprensa à lentidão de sua resposta à pandemia.

O chefe de Governo, que recebeu alta no domingo passado do hospital, "se recupera bem, está de bom humor", declarou o ministro do gabinete, Michael Gove, ao canal de televisão Sky News.

O líder do Partido Conservador, de 55 anos, conversou com Dominic Raab, o ministro das Relações Exteriores que o substitui durante o período de recuperação à frente do governo e que transmitiu "as instruções do primeiro-ministro ao restante do gabinete durante uma ligação no sábado", revelou Gove.

O Reino Unido é um dos países da Europa mais afetados pela COVID-19. O número de mortos nos hospitais subiu para 15.464, de acordo com o balanço oficial atualizado divulgado no sábado.

Mas os balanços diários incluem apenas os óbitos de pacientes em hospitais que apresentaram resultado positivo, e não contabilizam as pessoas que perderam a vida em casas de repouso para idosos ou em suas residências.

As organizações que representam as casas de repouso calculam que entre 4.000 e 7.500 pessoas morreram nestes centros.

O governo britânico decidiu na quinta-feira prolongar por pelo menos outras três semanas o confinamento decretado em 23 de março.

"O número de mortos é muito preocupante", disse Michael Gove. "A taxa de infecções e a taxa de mortalidade diminuem, mas não estamos em absoluto seguros de estar em uma trajetória descendente", completou, ao citar a condição que o governo deseja ver estabelecida antes de flexibilizar as medidas de confinamento.

Desde o início da pandemia, o governo é acusado de demorar a reagir. O jornal Sunday Times voltou à carga neste domingo, ao denunciara que o Executivo ignorou os alertas de cientistas e os pedidos para obter equipamentos de proteção para os profissionais de saúde nos hospitais. Também afirma que Boris Johnson faltou a várias reuniões de crise sobre o vírus.

Em um artigo no jornal Mail on Sunday, o líder do Partido Trabalhista, o principal da oposição, Keir Starmer, afirma que o governo demorou muito para decretar o confinamento, aumentar o número de testes de diagnóstico e fornecer material de proteção aos profissionais da saúde.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está em uma casa de campo se recuperando do coronavírus, no primeiro dia da semana em que seu governo deve decidir sobre a extensão do confinamento para conter uma epidemia que deixou mais de 10.000 mortos no Reino Unido.

Depois de uma semana difícil no hospital Saint Thomas, em Londres, onde passou vários dias em terapia intensiva, o líder conservador de 55 anos chegou a Chequers no domingo (12), cerca de 50 quilômetros a noroeste de Londres.

Foi nesta mansão do século XVI, de tijolos vermelhos, residência de campo dos chefes de governo desde 1921, que ele começou sua recuperação, ao lado de sua companheira grávida, Carrie Symonds.

"O primeiro-ministro está dedicado à sua recuperação. Não está trabalhando no momento", disse um porta-voz de Boris Johnson.

A gestão da crise cabe, portanto, ao governo, sob a liderança do ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab.

"Vamos derrotar o coronavírus e vamos vencê-lo juntos", declarou Johnson no domingo (12), em um vídeo filmado assim que chegou à residência onde seu glorioso predecessor Winston Churchill passou vários Natais.

Embora o Reino Unido seja agora um dos países mais afetados da Europa, tendo passado da trágica marca de 10.000 mortes causadas pela doença, seu governo terá de decidir nos próximos dias uma possível extensão do confinamento, decretado em 23 de março por três semanas.

"Deixe-me esclarecer, para que ninguém tenha ilusões: é pouco provável que a revisão das medidas de contenção resulte no levantamento das restrições em um futuro próximo", disse nesta segunda a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, em um discurso oficial.

"As medidas que estamos tomando estão funcionando, mas precisamos cumpri-las", ressaltou.

As autoridades britânicas afirmaram que devem esperar até que o pico da pandemia seja ultrapassado para suavizar as medidas em vigor.

E, se essa primeira extensão, da ordem da formalidade, for decidida sem Boris Johnson, o líder acabará por abordar a espinhosa questão do levantamento do confinamento e de suas modalidades. O assunto divide a cúpula do governo.

De acordo com o jornal conservador "The Times", o governo agora está dividido em dois grupos. No primeiro, estão ministros partidários de um curto período de confinamento, até maio. Entre eles, o ministro do Interior, Priti Patel; o das Finanças, Rishi Sunak; e do Comércio, Alok Sharma. No outro, estão aqueles que pedem uma extensão das medidas para além de mais três semanas, como o ministro da Saúde, Matt Hancock.

Sob condição de anonimato, um ministro explicou ao jornal que é importante não causar "mais danos", prolongando "desnecessariamente" um confinamento com consequências econômicas devastadoras.

Ele também defendeu o relaxamento das medidas após três novas semanas.

Os conselheiros científicos do governo se reunirão nesta terça-feira (14), antes do anúncio oficial do governo na quinta (16).

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson, hospitalizado há uma semana com COVID-19, agradeceu neste domingo (12) ao serviço público de saúde, o NHS, por ter salvado "sua vida".

"Nunca agradecerei o suficiente" a equipe do NHS, "devo a eles minha vida", disse Johnson, em sua primeira declaração oficial desde a segunda-feira passada, quando foi hospitalizado na unidade de terapia intensiva do Hospital St Thomas.

Segundo a imprensa britânica, o líder conservador de 55 anos, que deixou os cuidados intensivos na quinta-feira, se distrai fazendo sudokus e assistindo a filmes, como a comédia romântica "Love Actually".

Sua namorada Carrie Symonds, de 32 anos e que está grávida, enviou a ele uma cópia de seus últimos ultrassons.

"O primeiro-ministro continua melhorando", declarou no sábado o ministro do Interior, Priti Patel, em entrevista coletiva.

Johnson contraiu a COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no final de março.

No Reino Unido, a pandemia já causou 9.875 mortes.

O agradecimento público ocorre em um momento em que aumenta o descontentamento entre os profissionais da saúde, denunciando a falta de equipamentos de proteção.

A Associação Real de Enfermeiros (RCN), o maior sindicato do setor, aconselhou seus membros a se recusarem a trabalhar "como último recurso" no caso de uma grave falta de equipamentos de proteção.

"Para o pessoal de saúde, isso é contrário aos seus instintos. Mas a segurança não deve ser comprometida", explicou um porta-voz do sindicato à agência de notícias britânica PA.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que deve sua vida para os médicos e enfermeiros do National Health System (o sistema de saúde público do Reino Unido) que cuidaram dele enquanto se recupera da Covid-19.

Johnson fez seus primeiros comentários neste domingo (12), três dias após sair da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital St. Thomas, em Londres, dizendo que "não consigo agradecê-los o suficiente. Eu devo a eles minha vida".

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O primeiro-ministro, que tem 55 anos, foi diagnosticado com a Covid-19 há mais de duas semanas, se tornando o primeiro líder mundial a contrair a doença. Seus primeiros sintomas foram leves, incluindo tosse e febre.

Ele deu entrada no Hospital St. Thomas no último domingo (5), após seu quadro piorar e foi transferido para a UTI no dia seguinte, onde recebeu oxigênio, mas não precisou de um respirador mecânico. Ficou três noites lá antes de voltar para um quarto na quinta-feira (16).

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acometido pela COVID-19, continuava hospitalizado nesta sexta-feira, após sair da terapia intensiva, enquanto seu governo apelou para que a população siga respeitando o isolamento durante a Semana Santa.

"O primeiro-ministro foi transferido para outro setor e continua sua recuperação, que ainda está em sua fase inicial", disse seu porta-voz antes de acrescentar que Johnson retomará a liderança do executivo quando "a opinião de sua equipe médica" for favorável.

No dia anterior, o porta-voz havia informado que o líder conservador de 55 anos estava sob "vigilância rigorosa".

Johnson é o único chefe de governo de uma grande potência infectado com COVID-19, que causou quase 8.000 mortes no Reino Unido.

Ele foi hospitalizado no domingo e um dia depois foi internado em terapia intensiva porque os sintomas da doença não diminuíram. O premier recebeu tratamento à base de oxigênio, mas não precisou de respirador.

O chefe da diplomacia, Dominic Raab, ficou encarregado do governo durante sua ausência.

- "Precisa descansar" -

"Ele precisa descansar. Pelo que entendi, ele foi transferido da terapia intensiva para uma unidade de recuperação, mas acho que não podemos dizer que ele se livrou" do coronavírus, declarou seu pai, Stanley Johnson, à BBC.

Segundo Tom Wingfield, do Instituto de Medicina Tropical de Liverpool, "o monitoramento rigoroso" no hospital envolve "a tomada regular de sinais vitais, como pressão arterial, pulso, frequência respiratória e saturação de oxigênio".

"Cada paciente é diferente e o tempo necessário para deixar o hospital ou se recuperar totalmente pode variar bastante", acrescentou.

O governo alertou na quinta-feira para uma possível prorrogação do confinamento, inicialmente planejado para três semanas - até segunda-feira -, mas não deve tomar uma decisão formal até o final da próxima semana.

As autoridades não deixam de lembrar que as medidas de distância social devem ser respeitadas, especialmente durante o longo fim de semana da Páscoa.

O governo teme que, se as medidas não forem seguidas, uma segunda onda de infecções ocorrerá, embora o pico do surto não tenha sido alcançado.

O ministro da Habitação, Robert Jenrick, foi criticado nesta sexta-feira e ilustrou a capa de vários jornais por ter visitado seus pais, a cerca de 60 km de sua casa, apesar das mensagens oficiais.

Jenrick se justificou no Twitter, afirmando que foi levar medicamentos para seus pais, idosos e em quarentena.

O chefe dos serviços de saúde, Chris Whitty, expressou preocupação com os efeitos devastadores que o confinamento prolongado pode casuar, como o empobrecimento da população, a suspensão temporária de cuidados regulares, uma queda na vacinação de crianças e mais casos de depressão ou suicídio, informou o jornal Telegraph.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, foi transferido no início da noite desta quinta-feira, 9, na Inglaterra (pelo horário local) dos cuidados intensivos para a ala comum do hospital St. Thomas, localizado no centro de Londres, segundo informou um porta-voz do Número 10 de Downing Street - o endereço oficial do governo local. A partir de agora o premiê, que foi infectado com a covid-19, receberá um monitoramento "rigoroso" durante a fase inicial de sua recuperação. "Ele está extremamente de bom humor", disse o porta-voz.

O governo britânico estuda, nesta quinta-feira (9), a necessidade de prolongar o confinamento após as primeiras três semanas, uma decisão que deve ser tomada nos próximos dias sem o primeiro-ministro Boris Johnson, ainda em tratamento intensivo, embora "melhorando".

O núcleo duro do Executivo e seus consultores médicos e científicos vão se reunir no comitê governamental de resposta a crises, conhecido como COBRA, presidido pelo ministro das Relações Exteriores, Domic Raab, que substitui Johnson interinamente.

O "COBRA determinará o caminho para a revisão (do confinamento), mas no momento estamos tendendo a manter as recomendações", declarou o ministro da Cultura, Oliver Dowden, à BBC.

No entanto, ele alertou, que não se deve esperar um resultado imediato: "a revisão ocorrerá na próxima semana".

"Quando tivermos a oportunidade de realizar mudanças, o faremos, mas agora não é a hora", disse, começando a conscientizar os britânicos de que a situação, iniciada há quase três semanas, provavelmente continuará, como está acontecendo em outros países europeus.

O confinamento no Reino Unido é menos rigoroso do que em outros países vizinhos. Seus habitantes estão autorizados a sair para trabalhar - caso seja absolutamente necessário -, fazer compras, ir ao médico e fazer exercícios físicos, algo totalmente proibido, por exemplo, na Espanha.

O exercício físico é teoricamente limitado a uma vez por dia, mas, diferentemente da França, não exige uma justificativa por escrito, não há controle policial eficaz e os parques estão lotados de pessoas correndo.

Com a chegada do feriado de Páscoa, as autoridades multiplicaram as mensagens nos meios convencionais e redes sociais insistindo para que as pessoas "fiquem em casa".

- Johnson, "se senta" e "conversa" -

Único líder de uma grande potência doente com COVID-19, Johnson, de 55 anos, está há quatro dias na unidade de terapia intensiva do Hospital St Thomas de Londres, perto de Westminster.

"Está estável, melhorando, consegue se sentar e conversou com o pessoal médico", afirmou o ministro das Finanças Rishi Sunak. "Acredito que as coisas estão melhores", acrescentou.

O governo insistiu que o primeiro-ministro não necessitou de respirador e que mantém o ânimo.

Ele foi diagnosticado com COVID-19 em 27 de março e imediatamente colocado em quarentena em seu apartamento em Downing Street. Mas dez dias depois, enquanto outros pacientes como o príncipe Charles - herdeiro do trono de 71 anos - haviam se recuperado, continuou a ter sintomas, incluindo febre.

Seus médicos decidiram hospitalizá-lo no domingo para exames, mas um dia depois sua condição piorou e ele teve que ser transferido para terapia intensiva.

Ele deixou instruções muito claras sobre o caminho a seguir na luta contra a pandemia, segundo seu governo.

Mas, nos últimos dias, cresceram as perguntas sobre quanto poder Raab realmente tem à frente de um gabinete que toma decisões coletivamente, a menos que haja disparidade de opinião; nesse caso, seu chefe decide.

Muito criticado por demorar em adotar medidas de distanciamento social, Johnson mudou sua estratégia inicial aparentemente destinada a obter uma imunidade coletiva e, em 23 de março, ordenou o confinamento.

Uma "medida excepcional para circunstâncias excepcionais", disse ele em um discurso solene na televisão.

O Reino Unido está se tornando o novo ponto quente da pandemia na Europa. O país já contabiliza mais de 7.000 mortes por coronavírus, com um balanço diário de 938 mortes na quarta-feira.

O Reino Unido registrou nessa terça-feira (7) um recorde de 786 mortes e 3,6 mil novos casos de coronavírus em 24 horas, dados que mostram que a pandemia vem se acelerando no país. A síntese da calamidade é a situação do primeiro-ministro Boris Johnson, que ocupa um quarto de UTI no Hospital St. Thomas, em Londres. O governo britânico disse que ele recebeu oxigênio durante o dia, mas garante que Johnson respira sem a ajuda de aparelhos.

O modelo estatístico do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), centro de pesquisa da Universidade de Washington, que tem sido usado pela Casa Branca e vários governos do mundo, prevê que o Reino Unido será o país mais afetado da Europa e terá 40% do total de mortes no continente, podendo chegar a 66 mil em agosto - com um pico de até 3 mil óbitos por dia, com base no avanço da doença no início da pandemia.

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O Reino Unido atingiria o ápice do surto no dia 17, segundo o IHME, quando o país precisaria de pelo menos 102 mil leitos de hospital - o sistema de saúde britânico tem apenas 18 mil disponíveis. O país também não terá vagas de UTI e respiradores suficientes para todos, segundo os dados da Universidade de Washington.

Muitos analistas britânicos, porém, preferem adotar o modelo do Imperial College, de Londres, que mostra um cenário menos catastrófico, de um mínimo de 20 mil mortos, contanto que o governo mantenha as duras medidas restritivas. "O modelo da IHME não se aplica ao Reino Unido", disse Neil Ferguson, professor do Imperial College, responsável pelo estudo que convenceu Johnson a declarar quarentena no país, no dia 23.

O premiê, que foi diagnosticado com coronavírus há duas semanas, permanece na UTI.

Os médicos disseram que ele não tem pneumonia, está estável e respira sem a ajuda de aparelhos. "Ele vem recebendo o tratamento-padrão de oxigênio e respirando sem nenhuma outra ajuda", disse um porta-voz do governo.

O primeiro-ministro, de 55 anos, foi internado no domingo para ser submetido a exames. Na segunda-feira, seu estado de saúde se agravou e ele foi transferido para a UTI. A notícia provocou comoção no Reino Unido, entre governistas e opositores. Com Johnson fora de combate, o governo passou a ser liderado pelo chanceler Dominic Raab.

Há um mês, Johnson abordava a crise do coronavírus de maneira descontraída. Em uma entrevista coletiva, em 3 de março, ele se gabou de ter "apertado a mão de todos" depois de visitar um hospital onde 19 pacientes estavam sendo tratados com covid-19 - e garantiu que pretendia continuar fazendo isso.

Dois dias depois, o Reino Unido anunciou sua primeira morte. Foi o que bastou para Johnson, no dia 12, chamar a pandemia de "a pior crise de saúde pública em uma geração" e alertar para a possibilidade de que muitos britânicos perderiam parentes. Ainda assim, a estratégia divergia das medidas radicais adotadas por outros países da Europa, onde o confinamento já estava em vigor.

Aos jornalistas, Johnson repetia sua recomendação de lavar bem as mãos "durante o tempo necessário para cantar Parabéns Pra Você duas vezes". Para os idosos, acima dos 70 anos, mais vulneráveis ao coronavírus, ele simplesmente desaconselhava ir a um cruzeiro.

A estratégia de Johnson era atingir a chamada "imunidade coletiva", quando a maioria dos britânicos já teria contraído o vírus e estaria imune à doença. Mas, diante das críticas crescentes e especialmente após o estudo do Imperial College, ele mudou de opinião - os dados previam 250 mil mortos sem medidas de distanciamento e 20 mil com quarentena rígida.

Devagar

O isolamento, no entanto, aconteceu em câmera lenta. No dia 16, Johnson pediu à população que evitasse contato social "não essencial", viagens desnecessárias e realizasse trabalho remoto, quando possível. No dia 20, deu ordem para fechar escolas, bares, restaurantes, cinemas e academias. Apenas no dia 23, ordenou um confinamento de três semanas - mesmo assim, manteve reuniões presenciais com o gabinete.

Quatro dias depois, no dia 27, Johnson pegou todos de surpresa quando anunciou que havia testado positivo para a covid-19. Segundo o próprio premiê, seus sintomas eram "leves" e ele ficaria isolado na residência oficial, em Downing Street, comandando o país por videoconferência.

Dúvidas sobre sua capacidade de continuar cumprindo suas obrigações se multiplicaram. No sábado, sua noiva Carrie Symonds, de 32 anos, que está grávida, mas não está com o premiê, disse que se recuperava após uma semana de cama com os sintomas da doença. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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