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Vereador do Recife e pré-candidato a deputado federal, André Régis acredita que o PSDB de Pernambuco deveria “ousar” na disputa eleitoral deste ano. Régis é da ala tucana que defende candidatura própria do partido ao governo. A legenda, entretanto, está alinhada com o  PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB na frente ‘Pernambuco Quer Mudar’, criada em dezembro do ano passado para tentar desbancar a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). 

“O PSDB poderia ousar nesta disputa, se antecipar e colocar o nome na rua. Ter um candidato ao governo, ao Senado. Agora, isso não significa que esteja errado o processo de construção de aliança, é uma eleição grande e precisa de um projeto grande, mas sempre fui defensor do PSDB como protagonista”, salientou, nesta terça-feira (27), em conversa com o LeiaJá.

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Para justificar a postura, André Régis também fez um panorama nacional do PSDB. “A eleição presidencial é importante para o PSDB, Geraldo Alckmin tem todas as condições de ganhar a eleição. Uma candidatura competitiva nova, trazendo o partido para uma posição protagonista é melhor do que ser coadjuvante”, reforçou. 

Nos bastidores da construção da aliança em Pernambuco, comenta-se que o PSDB deve protagonizar uma disputa pelo Senado com o ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo. Os partidos que integram a frente ‘Pernambuco Quer Mudar’ devem confirmar a composição da chapa até abril.

Dando seguimento as articulações políticas para tentar desbancar o PSB do comando da gestão estadual, lideranças dos partidos que compõem a frente “Pernambuco quer mudar” voltam a se reunir no dia 3 de março para um ato em Caruaru, no Agreste. No último sábado (27), o grupo, que tem as pré-candidaturas a governador dos senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Armando Monteiro (PTB), esteve reunido em Petrolina, no Sertão

A região do Agreste será a terceira visitada pelos políticos. A expectativa é de que ainda em março ou no início de abril aconteça evento deste molde também na Zona da Mata. O primeiro encontro foi no Recife, quando houve o lançamento do bloco opositor ao governador Paulo Câmara (PSB). Os eventos de grande porte estão acontecendo em paralelo às agendas pessoais dos políticos que buscam apoio para endossar seus nomes da disputa em outubro.

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Além de Armando e Bezerra, os ministros de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), e da Educação, Mendonça Filho (DEM); o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e os ex-governadores Joaquim Francisco (PSDB) e João Lyra Neto (PSDB) também encabeçam o grupo, juntamente com membros do Podemos, PV, PRB e PRTB. 

Grupo bate em Paulo Câmara e prega unidade

No sábado, em Petrolina, as lideranças não pouparam críticas ao governador. Durante os discursos, prefeitos apontaram “perseguição política” e a “ausência” de Câmara diante de gestões municipais comandadas por políticos de oposição, como em Petrolina, com Miguel Coelho (PSB), e Caruaru, com Raquel Lyra. 

Outro ponto mencionado foi a paternidade de obras que vêm sendo inauguradas ou anunciadas pelo governador. “Eu sabia desse governo como incompetente e despreparado, mas nós vemos agora que além de tudo é um governo desonesto com as informações”, chegou a classificar o ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo, lembrando de ações do Governo Federal para liberar verbas para intervenções em Pernambuco que, segundo ele, não estão sendo citadas em entregas e atos de assinaturas de serviço. 

Já sobre o palanque montado pelo grupo, a pregação foi de unidade. “Estamos aqui assumindo o compromisso que vamos resgatar a autoestima dos pernambucanos. No início de abril esta frente vai escolher o seu candidato a governador, estaremos absolutamente unidos. Todos que estão aqui têm experiência e luta para liderar este momento importante que Pernambuco vive”, afirmou Fernando Bezerra Coelho.

O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), avaliou a composição da frente de oposições capitaneada pelos senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Armando Monteiro (PTB), pré-candidatos a governador de Pernambuco, além do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Para o psolista, que também se colocou à disposição do partido que integra para participar da disputa em 2018, o grupo faz uma “oposição engraçada” porque as lideranças que o integram ajudaram a construir a gestão do governador Paulo Câmara (PSB).

“Acho muito engraçado quando vejo na mídia eles sendo chamados de oposição, pois representam quem manda no país desde sempre. Eles são oposição a quem? A esse governo que ajudaram a montar? Essa mesma rapaziada que cresceu com eles na política, os mesmos nomes e sobrenomes?”, questionou Moraes. “Aí vão fazer um debate, como foram os de Paulo Câmara e Armando Monteiro [em 2014], e ficam ‘vou construir duas escolas’ e o outro diz ‘vou fazer quatro’. Não tem diferença programática nenhuma”, acrescentou.

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Na análise de Ivan Moraes, o grupo político está “pragmaticamente e pontualmente contra esses outros sujeitos apenas porque querem disputar esse espaço de poder, mas eles não têm propostas diferentes”. “Em Pernambuco quem faz oposição de verdade é o PT, ainda, o PRB e o PSOL”, argumentou. 

Definição do PSOL

Ivan Moraes se colocou à disposição do PSOL para disputar o Governo de Pernambuco em 2018. Além dele, Jesualdo Campos que disputou a prefeitura de Olinda em 2016 também pleiteia o espaço na chapa majoritária. De acordo com Ivan, a expectativa interna é de que a direção estadual defina qual será o nome que representará o partido no próximo da 14, quando acontece o primeiro encontro do grupo depois do anúncio das pretensões eleitorais dele e de Jesualdo. 

O presidente Michel Temer (PMDB) iniciou uma série de articulações para uma nova reforma ministerial com a intenção de ampliar as possibilidade de aprovar a reforma da Previdência. As mudanças no comando das pastas estavam previstas inicialmente para acontecer apenas entre os meses de março e abril de 2018 - prazo em que os candidatos devem se desincompatibilizar para a disputa eleitoral -, mas a saída do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) do Ministério das Cidades antecipou o processo. Com as alterações, Temer quer agradar os partidos do chamado Centrão e alas do próprio PMDB, que está insatisfeita com a participação da legenda na gestão.

A pasta das Cidades, uma das principais do governo, já estava sendo cortejada por diversos partidos, entre eles o PP e o PMDB, mas Temer optou por fazer um afago ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e nomeou o deputado federal Alexandre Baldy (GO). Baldy é amigo de Maia e estava filiado ao Podemos, que o expulsou depois da indicação ao cargo. Agora, nos bastidores, já é dada como certa a filiação do novo ministro ao PP. Caso isso aconteça, o ministério terminará ficando com a sigla que já o pleiteava. 

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O agrado a Maia e, consequentemente ao Centrão, resulta em benefícios para Temer diante da tramitação, por exemplo, da reforma da Previdência que estava travada na Câmara, mas agora já tem data prevista para a votação: 6 de dezembro. Para passar pela Casa, o texto que promove uma emenda à Constituição precisa do apoio de pelo menos 308 parlamentares, mas nas contas dos líderes aliados ao presidente ainda não tem a quantidade de votos necessários.

Isso pode mudar, entretanto, com a saída do PSDB da base, já que abrirá mais espaço no primeiro escalão governista e Temer vai poder agradar a outros partidos. A expectativa é de que o partido desembarque oficialmente do governo após a convenção nacional marcada para o próximo dia 9. O presidente, inclusive, já ensaiou a mudança de mais uma pasta administrada por tucanos: a Secretaria de Governo. Ela é de responsabilidade do ministro Antonio Imbassahy (BA) e no último dia 22, quando aconteceu a posse de Alexandre Baldy, o Twitter do Palácio do Planalto divulgou que o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) assumiria a titularidade da secretaria que tem status de ministério. 

A publicação foi excluída em seguida, mas o resultado dela respinga até hoje, uma vez que o clima entre Temer e Imbassahy azedou. Já a sinalização da alteração é positiva e ficou mais endossada porque pouco antes da posse de Baldy, Marun e Temer estiveram reunidos. O deputado peemedebista é um dos defensores ferrenhos do presidente no Congresso Nacional. Um cena recente marcou a aliança entre os dois, depois que a segunda denúncia por corrupção e obstrução de justiça contra o presidente foi arquivada na Câmara, ele fez uma paródia com a música “Tudo está no seu lugar” de Benito de Paula para comemorar a derrota de oposição. 

O recuo, segundo informações de bastidores, aconteceu depois de um acordo de Temer com o senador Aécio Neves. Além de Imbassahy, os tucanos Aloysio Nunes (Itamaraty) e Luislinda Valois (Direitos Humanos) ainda compõem a equipe ministerial. Ou seja, três pastas podem ficar desocupadas e abrir espaço para que Temer contemple outros partidos. 

Após passar por cidades históricas como Tiradentes (MG), Ouro preto (MG) e Paraty (RJ), o MIMO Festival, maior festival de música gratuito da América Latina, chega a Olinda, com o intuito de promover cultura e divulgar o ritmo musical de cinco continentes do planeta. Considerada cidade-mãe do festival, Olinda recebe o MIMO desde 2004 e sempre atrai uma multidão de visitantes.

Um dos destaques desse ano é o cantor Otto e o pianista pernambucano Zé Manoel, que conversou com o LeiaJá. Lu Araújo, diretora do MIMO, conta que o festival é importante para promover a cultura, principalmente por ser acessível e gratuito. Confira mais detalhes no vídeo:

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Serviço

MIMO Festival 2017

Sítio Histórico de Olinda

De 17 a 19 de novembro

Gratuito

Outros três partidos da base aliada entraram na disputa com o PP pelo comando do Ministério das Cidades, após a saída do tucano Bruno Araújo (PSDB-PE) nesta segunda-feira, 13. Políticos do PMDB, PSD e DEM começaram a se articular para indicar um nome ligado às suas respectivas legendas. Apesar de estar em 11º lugar no ranking de orçamento da Esplanada (R$ 10,1 bilhões), a pasta comanda programas com impacto direto nas bases eleitorais, como construção de moradias, redes de esgoto e transporte urbano.

O cargo de ministro das Cidades ficou vago após Araújo pedir demissão, alegando não possuir mais apoio interno no PSDB para permanecer no cargo. Visando às eleições do próximo ano, o partido já anunciou que deve desembarcar oficialmente do governo Michel Temer em breve. A sigla ainda comanda Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos.

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O comando de Cidades era cobiçado antes mesmo da saída de Araújo. Com a demissão, porém, a pressão aumentou. Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) já colocou seu nome para a vaga. Ele ressaltou que tem experiência na área, por ter sido secretário estadual de Habitação. Na bancada do PSD, parlamentares defendem o nome do ministro Gilberto Kassab, hoje na Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para o cargo.

Partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), o DEM também pleiteia o comando da pasta. "É uma disputa natural e legítima, por ser um ministério que gera uma pauta positiva nos Estados", disse o líder do partido na Câmara, Efraim Filho (PB). Ele ressalta que o partido tem expertise na área, pois comanda secretarias estaduais de Habitação em São Paulo e no Paraná.

A avaliação nos demais partidos da base aliada é de que, se Temer der o comando de Cidades para o PP, o partido ficará super-representado. Dona da quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados, a sigla já comanda atualmente o ministério da Saúde, que tem um dos maiores orçamentos do governo, da Agricultura e a Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo financiamento na área de habitação.

O PP trabalha hoje com dois nomes técnicos para indicar para Cidades. O preferido é o de Gilberto Occhi, atual presidente da Caixa e que já comandou a Pasta entre março de 2014 e abril de 2016, durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O outro nome é o do economista Carlos Vieira, que já foi secretário-executivo de Cidades e do ministério da Integração Nacional.

O deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) acredita que a decisão do ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo (PE), de pedir demissão do cargo foi acertada e servirá para apaziguar os ânimos dentro do PSDB. O tucano foi o primeiro a deixar o alto escalão do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Ele pediu demissão nessa segunda-feira (13). Betinho salientou a “coragem” e o “desprendimento” de Bruno diante do pedido de exoneração. 

“Esse gesto contribuirá muito no sentido de apaziguar os ânimos dentro da nossa legenda e, certamente, o retorno de Bruno Araújo ao parlamento significará um reforço importante no sentido reunificar a nossa bancada”, destacou. A exoneração de Bruno foi publicada no Diário Oficial da União desta terça (14), no início de novembro o ex-ministro também se tornou presidente do PSDB de Pernambuco. 

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O PSDB ainda controla três ministérios. A divisão na legenda diante da aliança com Michel Temer tem se acentuado cada vez mais nos últimos meses, na semana passada, inclusive, o senador Aécio Neves (MG) resolveu destituir o também senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do partido, causando ainda mais desconfortos. 

A decisão do tucano Bruno Araújo (PE) de deixar o cargo de ministro das Cidades pegou de surpresa os principais líderes do PSDB, apesar de ele ter dito que conversou "com vários quadros do partido" antes de apresentar a carta de demissão.

O presidente interino da legenda, Alberto Goldman, e os demais integrantes da executiva não foram avisados previamente. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, que está em Roma, também não. "Foi uma decisão pessoal dele, até porque o PSDB não indicou nenhum ministro. O partido decidiu ajudar o governo nas reformas. Vai continuar da mesma forma, seja com quatro ou nenhum ministro", disse Goldman.

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Um dos poucos consultados por Araújo foi o governador de Goiás, Marconi Perillo, que está em campanha para presidir o PSDB. "A saída do ministro mostra que o afastamento natural e elegante é o melhor caminho e que é falsa a afirmação de que o PSDB se resume a um plebiscito entre aqueles que querem ficar ou sair do governo Temer."

"Que ministro saiu? Vocês estão me falando agora", afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a jornalistas brasileiros em Washington, onde foi homenageado pelo Inter-American Dialogue. Em entrevista à TV colombiana NTN24, parceira do evento, o ex-presidente disse que o PSDB terá, agora, "mais autonomia".

Abril

Aloysio Nunes não deve seguir o caminho de Araújo por ora. O plano inicial era ficar até abril, quando deve deixar o governo para disputar a reeleição ao Senado por São Paulo. O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou que a saída de Araújo mostra que o partido "não tem apego" a cargos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palácio do Planalto confirmou a exoneração de Bruno Araújo (PSDB) do comando do Ministério das Cidades, mais cedo, nesta segunda Bruno havia enviado a carta se desligando do governo. Claro que ele antecipou uma decisão que mais dia menos dia seria tomada pelo presidente Temer. O que o agora deputado fez foi simplesmente se antecipar ao que iria acontecer. A saída de Bruno Araújo aconteceu em meio ao racha no PSDB sobre apoiar ou não o governo do presidente Temer. A confusão dentro do PSDB é grande e ninguém se entende no partido. Parte quer que todos do PSDB deixem o governo e a ala comandada pelo propineiro Aécio Neves quer que todos fiquem apoiando Temer. A decisão de Bruno de Araújo de deixar o Ministério das Cidades dá início à reforma ministerial do governo, Michel Temer anunciou que até a primeira metade de dezembro faz a tão pedida reforma ministerial isso para ajudar as outras legendas vampiras do congresso como o PP por exemplo. Bruno Araújo tem 45 anos e estava no governo   desde o ano passado, ele é advogado e está no terceiro mandato consecutivo como deputado. Agora você leitor procure saber um pouco mais nestes doze anos de mandato como deputado o que o ex-ministro fez por Pernambuco.

Mudando tudo

Com a saída de Bruno Araújo do governo, o Presidente Michel Temer vai dar início à reforma ministerial já na próxima semana. Temer vai iniciar as negociações com a base aliada recebendo o dono do maior partido do centrão, Ciro Nogueira (PI), do PP.

Conversas

Programado para hoje temer vai bate um longo papo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O presidente deu sinais de que não vai distribuir cargos a aliados, será?

CPI do transporte coletivo em Pernambuco

A Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou uma audiência pública para debater os problemas do Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife.

Motivos

Na ocasião, várias entidades da sociedade civil organizada denunciaram que as empresas não estão cumprindo com suas obrigações e deveres previstos no edital da licitação das linhas de ônibus.

Bronca

Segundo exposição feita pela Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP), Rede Meu Recife, Observatório do Recife, Associação dos Funcionários do Grande Recife, Sindicato dos Metroviários e dos Rodoviários, dos sete lotes licitados, apenas dois, que correspondem ao BRT, tiveram seus contratos administrativos assinados, operando os demais por meio apenas de permissão.

Quem comanda?

A Frente de Luta pelo Transporte Público, que requereu à Deputada Tereza Leitão (PT) a realização da audiência pública, expôs que 2018 será ano de revisão dos contratos e que o Grande Recife até agora não convocou reunião alguma do Conselho Superior de Transporte Metropolitano para discutir a pauta.

CPI 

Com a presença dos Deputados João Eudes (PDT), Rogério Leão (PR), Tereza Leitão (PT), Ricardo Costa (PMDB) e Eriberto Medeiros (PTC), foi encaminhado um pedido de abertura de CPI do Transporte Público para investigar tais irregularidades. A CPI para ter abertura precisa de 17 assinaturas dos deputados da ALEPE.

Farra do judiciário

Parece mentira, mas é verdade, órgãos do Poder Judiciário se mobilizam para aumentar a quantidade de cargos e por consequência, seu impacto nos cofres públicos.

Pedido 

O Conselho Nacional de justiça (CNJ) tem hoje sobre a mesa 15 pedidos para a criação de 5.516 novos cargos ou gratificações. As solicitações se acumulam desde 2013.

Dinheiro

As solicitações são cargos efetivos, que incluem 36 juízes, com salários iniciais de R$ 27,5 mil, e também de livre nomeação, aqueles em que o funcionário não precisa ser aprovado em concurso público, com vencimentos que variam de R$ 6 mil a R$ 14,6 mil. Se os pedidos forem aprovados, o impacto no orçamento pode chegar a R$ 606 milhões por ano.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), pediu demissão do cargo nesta segunda-feira (13) pouco antes de participar de uma cerimônia, no Palácio do Planalto, preparada para ser uma "agenda positiva" do governo. O movimento do primeiro tucano a deixar a equipe deflagrou a reforma ministerial planejada pelo presidente Michel Temer para obter apoio político no Congresso e conseguir aprovar as mudanças na Previdência.

Em carta dirigida a Temer, que foi pego de surpresa, Araújo mencionou indiretamente o racha interno vivido pelo PSDB. Disse que não tinha mais o aval do partido para continuar no comando da pasta. "Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa", escreveu.

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Quatro horas depois, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou nota confirmando que "o presidente dará início agora a uma reforma ministerial que estará concluída até meados de dezembro".

Araújo conversou com Temer pouco antes de acompanhá-lo na entrega do Cartão Reforma. Já estava demissionário quando participou da cerimônia. Moradores de Caruaru, em Pernambuco - reduto eleitoral do ex-ministro - receberam o cartão. Ali, o tucano chegou a usar verbos no passado sobre o período em que comandou a pasta das Cidades, mas ninguém na plateia percebeu que ele estava de malas prontas para deixar a Esplanada.

Deputado licenciado, Araújo disse ao Estado que não havia mais "clima" para permanecer no ministério porque o PSDB não lhe dava respaldo para isso. "Agora, vou me dedicar a trabalhar pela unidade do PSDB", afirmou ele, que não quis confirmar se será candidato ao governo de Pernambuco, em 2018. "Vou retomar o meu mandato na Câmara e construir alianças para o ano que vem."

A saída do ministro das Cidades - uma das pastas mais cobiçadas da Esplanada - escancara a crise na coalizão governista. O Centrão pressiona Temer para tirar todos os tucanos do primeiro escalão, se quiser aprovar a reforma da Previdência. Formado por partidos como PP, PR, PSD e PTB, o bloco ameaça paralisar outras votações na Câmara, caso não seja atendido.

Sem Cidades, o PSDB ainda tem três ministérios (Secretaria de Governo, Relações Exteriores e Direitos Humanos). A tendência é de que a pasta antes ocupada por Araújo seja entregue ao PP, justamente o partido que mais fez ameaças a Temer.

Cota

No Planalto, auxiliares de Temer afirmam que a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, também deve deixar o cargo. Ela esteve ontem com o presidente em evento no Rio. Temer pretende manter, em sua cota pessoal, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira - que será candidato à reeleição ao Senado - e Antônio Imbassahy, titular da Secretaria de Governo. Mas Imbassahy deve ser deslocado para outra pasta, porque o Centrão cobra mudança na articulação política do Planalto com o Congresso.

Dos atuais 28 ministros, pelo menos 17 pretendem disputar as eleições de 2018 e terão de deixar os cargos até abril. A intenção do presidente, porém, é de que os candidatos saiam ainda neste ano para que os novos já assumam com o orçamento de 2018. "Todos os ministros que forem disputar as eleições estarão sujeitos à reforma até dezembro", afirmou o deputado Baleia Rossi (SP), líder do PMDB na Câmara, que esteve ontem com Temer. O presidente já marcou uma série de reuniões para tratar do assunto.

O presidente também não quer ficar a reboque do PSDB, que em 9 de dezembro fará convenção e deve anunciar o rompimento com o governo. O presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG), admitiu no sábado que os tucanos deixarão o Executivo. "Vamos sair do governo pela porta da frente, da mesma forma que entramos", disse. Temer vai aproveitar a demissão de Araújo para começar a fazer as trocas na equipe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, disse ao Estado/Broadcast que a decisão do tucano Bruno Araújo (PE) de deixar nesta segunda-feira, 13, o Ministério das Cidades foi "pessoal".

"Foi uma decisão pessoal dele, até porque o PSDB não indicou nenhum ministro. O partido decidiu ajudar o governo nas reformas e medidas estruturantes que o País precisa. E vai continuar da mesma forma, seja com quatro ou nenhum ministro".

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A decisão de Araújo pegou de surpresa os principais quadros do partido, entre eles Goldman e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que está em Roma em viagem oficial. Segundo aliados, Nunes não planeja seguir o caminho de Araújo por ora, e deve permanecer no cargo pelo menos até abril, quando deve disputar a reeleição ao Senado.

Araújo era um dos quatro ministros tucanos no governo. Desde a votação da segunda denúncia, partidos do Centrão vinham pressionando Temer por uma reforma ministerial que lhes desse mais espaço no governo e excluísse os tucanos do alto escalão, em troca de aprovar projetos de interesse do governo como a reforma da Previdência. Pelo seu gordo orçamento, o Ministério das Cidades era um dos principais objetivos da base aliada.

Em entrevista à "GloboNews", Bruno Araújo disse que conversou "com diversos quadros do partido" antes de tomar uma decisão. "Não foi decisão partidária, mas um movimento meu sintonizado com a compreensão política que tenho do momento", disse Araújo.

O deputado e ex-ministro tomou a decisão em meio a uma crise no PSDB, após a destituição do então presidente interino da sigla, Tasso Jereissati, pelo senador Aécio Neves, presidente afastado do partido. Após sua saída, Araújo disse ao Estado/Broadcast que vai se dedicar para tentar ajudar o PSDB a resolver a crise interna. "Vou descansar alguns dias e depois mergulhar e me dedicar para trabalhar pela unidade do PSDB", disse.

Com a saída de Tasso, Goldman assumiu interinamente o comando do partido até a convenção nacional tucana, no dia 9 de dezembro, quando será escolhido o novo presidente do PSDB.

O agora ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo, fez um discurso no Palácio do Planalto depois de já ter entregue ao presidente Michel Temer a sua carta de demissão e trouxe ao Planalto alguns beneficiários do programa do seu Estado natal, Pernambuco. No discurso, Araújo afirmou que o "País responde com velocidade e governança" e que tinha sido testemunha disso. "Eu testemunhei isso nesse período no ministério", afirmou. Em outra parte de sua fala, o então ministro disse que não tinha a menor dúvida de que deixava bons exemplos.

O evento desta segunda-feira, 13, foi agendado na semana passada depois de duas visitas canceladas pelo presidente Temer a Caruru (PE), que foi escolhida como espécie de cidade piloto do programa. Alguns aliados acusavam o então ministro tucano de usar o programa cartão reforma e outras ações das Cidades, que é uma pasta com bom orçamento e visibilidade, como palanque.

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A cerimônia desta segunda-feira no Planalto foi marcada justamente pela presença da população comum, já que três moradores de Caruru foram trazidos para simbolicamente receber das mãos do presidente e do ministro o cartão reforma. Luiz Santos da Silva, Maria do Socorro da Silva Rosado e Valéria Ana da Silva representam os 150 moradores do bairro de São João da Escócia, em Caruaru (PE). Silva chegou a discursar no evento para agradecer o benefício que dará a cada família R$ 6 mil, em média. Temer ao agradecer a presença dos beneficiários se atrapalhou na hora de mencionar Luiz Santos e ficou alguns segundos "procurando" o seu nome.

Em sua fala, o presidente elogiou a atuação de Bruno Araújo e disse que ele tinha tido o cuidado de organizar a estrutura do benefício. "É com extraordinária alegria - alegria cívica, não é? -, que nós nos reunimos hoje todos em torno do Cartão Reforma, que é um dos pilares da nossa política habitacional, como ficou muito claro nas palavras do Bruno Araújo", disse o presidente.

"Até eu relembro - viu, Bruno? - que logo no lançamento, nós tivemos um pré-lançamento, assinamos alguns termos, hoje a solenidade é de entrega. Ou seja, nós tivemos um cuidado extraordinário, o Bruno, o (Gilberto) Occhi (presidente da Caixa) e todos que trabalharam nessa matéria, tiveram um cuidado extraordinário de organizar muito bem a estrutura do Cartão Reforma para que, tendo ele início numa espécie de plano piloto lá em Caruaru, ao estender-se para os demais municípios do Brasil, pudesse estar formatado de uma maneira que desse bons resultados", completou.

Além da entrega dos cartões, Araújo assinou na cerimônia uma portaria para levar o Cartão Reforma a municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Alagoas e Pernambuco, que decretaram calamidade pública por causa das fortes chuvas nessas regiões.

Saída

O tucano chegou a entregar o cargo em maio assim que as denúncias contra o presidente, que depois viraram investigações arquivadas, começaram a surgir. Agora, com a crise interna do PSDB, Bruno Araújo de certa forma antecipa o desembarque dos tucanos no governo Temer.

Segundo fontes, a exoneração do ministro não sairá em edição extra do Diário Oficial e deve estar publicada somente nesta terça-feira, 14. No Planalto, após a divulgação da demissão de Bruno, Temer reuniu-se com auxiliares e outros ministros para discutir o andamento da reforma ministerial que deve fazer em breve.

O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou nesta segunda-feira, 13, que a saída do tucano Bruno Araújo do Ministério das Cidades demonstra que o partido "não tem nenhum apego aos cargos" do governo, nem os coloca "como condição de apoio" para votações. Bauer relembrou que, assim como o ex-tucano e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Araújo sai "pela porta da frente" e "sem reclamações". "Bruno fez belo trabalho, cumpriu bem com as suas obrigações", elogiou.

Por meio de nota, Bauer disse também que é preciso "respeitar" a decisão de Araújo. Sem mencionar o possível desembarque do partido da base aliada, Bauer afirmou apenas que o colega de partido "tem muito a realizar" no exercício do seu mandato como deputado.

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"O PSDB contribuiu e ainda contribui de forma substantiva para que o Brasil vença de forma substantiva as dificuldades que o governo do PT deixou para o País. Bruno Araújo cumpriu com competência e muito trabalho sua missão à frente do Ministério das Cidades", afirmou no comunicado. "Sua decisão deve ser respeitada tendo em vista que, como deputado federal do PSDB de Pernambuco, ainda tem muito a realizar no exercício do seu mandato em favor de seu Estado e do País", complementou.

Paulo Bauer também "destacou" a contribuição dada pelo ministro ao governo do presidente Michel Temer. "O PSDB tem um projeto a ser desenvolvido no próximo ano, que é o de oferecer uma candidatura presidencial que possa unir os brasileiros e levar a nação ao desenvolvimento pleno à justiça social e à tranquilidade política. Certamente, a contribuição de nossos ministros colaborando com o governo deve ser destacada. E o trabalho prestado por Bruno Araújo orgulha o PSDB", defendeu.

Leia a nota na íntegra:

"O PSDB contribuiu e ainda contribui de forma substantiva para que o Brasil vença de forma substantiva as dificuldades que o governo do PT deixou para o país. Bruno Araújo cumpriu com competência sua missão e muito trabalho sua missão à frente do Ministério das Cidades.

Sua decisão deve ser respeitada tendo em vista que, como deputado federal do PSDB de Pernambuco, ainda tem muito a realizar no exercício do seu mandato em favor de seu estado e do país.

O PSDB tem um projeto a ser desenvolvido no próximo ano, que é o de oferecer uma candidatura presidencial que possa unir os brasileiros e levar a nação ao desenvolvimento pleno à justiça social e à tranquilidade política. Certamente, a contribuição de nossos ministros colaborando com o governo deve ser destacada. E o trabalho prestado por Bruno Araújo orgulha o PSDB."

Dono da quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados, o PP reivindica o Ministério das Cidades e quer indicar para o posto o atual presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi. O titular da pasta, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), pediu demissão do posto nesta segunda-feira, 13. O argumento foi o de não ter mais apoio entre os demais tucanos para continuar no posto.

O PP reivindica o comando de Cidades por ser um das pastas de maior capilaridade política. Integrante do chamado Centrão, grupo do qual também fazem parte PR, PTB e PSD, a legenda encabeça pressão para que Temer faça uma reforma ministerial para diminuir o espaço do PSDB no governo.

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Filiado ao PP, Occhi já foi ministro das Cidades durante o segundo mandado da presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Ele ficou no cargo entre março de 2014 e abril de 2016, véspera da votação do impeachment da petista na Câmara. De perfil técnico, ele é homem de confiança do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e sua indicação agradaria a bancada da sigla no Congresso Nacional. Como não pretende disputar as eleições de 2018, Occhi não precisaria deixar o ministério em abril.

"Estou num projeto de fortalecer a Caixa, mas sou soldado", afirmou Occhi à reportagem antes do pedido de demissão de Araújo.

Articulação política

Temer cogita fazer uma reforma ministerial em busca de apoio para aprovar a reforma da Previdência, considerada a principal aposta do governo. Além do Centrão, o próprio PMDB, partido do presidente da República é filiado, cobra que Temer diminua o tamanho do PSDB. A sigla comanda três ministérios: Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos.

A bancada do PMDB, por exemplo, já avisou a Temer que quer o comando da Secretaria de Governo, pasta responsável pela articulação política. Peemedebistas nunca aceitaram o fato de Temer ter nomeado um tucano para o cargo, no caso, o deputado licenciado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). Segundo um influente parlamentar do PMDB, a bancada quer indicar alguém que não vá concorrer a eleição de 2018, para que fique no cargo até o fim do próximo ano.

Um pouco antes de participar de cerimônia simbólica de entrega de cartão reforma no Planalto, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, teve uma conversa com o presidente Michel Temer e pediu a exoneração do cargo. Na carta entregue ao presidente, Bruno Araújo diz "não há mais apoio" para que ele siga no comando da Pasta e fala indiretamente da crise vivida no PSDB. "Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa", escreveu.

A Pasta está sendo cobiçada por aliados da base insatisfeitos com o espaço no governo e que pedem a mudança administrativa em troca de aprovar projetos de interesse do governo como a reforma da previdência.

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"Tenho a convicção, Sr. Presidente, que a serenidade da história vai reconhecer no seu Governo resultados profundamente positivos para a sociedade brasileira. Receba minha exoneração e meus agradecimentos", completa o deputado pernambucano que estava licenciado.

Bruno diz que, em maio do ano passado, aceitou o convite "para ajudar o País no processo de transição que permitisse, nas palavras do ex-presidente Fernando Henrique, 'repor em marcha o governo federal' e preparar o País para o seu próximo líder a ser eleito daqui a alguns meses".

Bruno Araújo, que discursou no evento no Planalto, afirmou que sob seu comando o Ministério das Cidades avançou em governança. "Recuperamos o Minha Casa, Minha Vida e a credibilidade nos compromissos financeiros. Implantamos duas ações que vão deixar marcas relevantes no desenvolvimento social do País: o Cartão Reforma e a Nova Legislação de Regularização Fundiária", escreveu. "Preciso agradecer o apoio de toda nossa competente equipe nessas realizações, e de modo especial a sua confiança, que de trato sempre fidalgo e republicano, permanentemente nos deu autonomia em busca da melhor entrega possível a população brasileira", completa.

O agora ex-ministro afirmou que há ainda muito o que se fazer. "O País responde rapidamente ao comando da boa gestão, testemunhei isso. É hora das prioridades serem mais da sociedade e menos das corporações. É fundamental coragem de todos para os enfrentamentos que protejam as necessidades dos que não conseguem faltar ao trabalho para vir a Brasília clamar por melhores serviços públicos."

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, pediu nesta segunda-feira, 13, demissão do cargo. Em carta enviada ao presidente Michel Temer pedindo sua exoneração, o ex-ministro agradece "o apoio de toda nossa competente equipe nessas realizações" e a confiança do seu partido, o PSDB.

Araújo era um dos quatro ministros tucanos com pastas no governo. Partidos do Centrão vinham pressionando Temer por uma reforma ministerial que excluísse os tucanos do alto escalão. Pelo seu gordo orçamento, o Ministério das Cidades era um dos principais objetivos da base aliada. Os tucanos têm mais três pastas, Relações Exteriores, Secretaria de Governo e de Direitos Humanos.

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Apesar de lideranças do PSDB de Pernambuco pregarem a unidade da legenda, o racha interno tem ficado cada vez mais evidente. Depois de denunciar retaliações contra ele, o deputado federal Daniel Coelho solicitou à direção da legenda um relatório sobre a movimentação financeira dos últimos dois anos, colocando em suspeição as contas da sigla. 

No último domingo (5), Coelho protagonizou um imbróglio durante a convenção do PSDB ao criticar o novo presidente e ministro das Cidades, Bruno Araújo, que, segundo ele, interferiu para que o seu nome não fosse conduzido para assumir a tesouraria da legenda. 

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"Fui alvo de perseguição por conta de minhas posições nacionais, onde defendo a saída do PSDB do governo Temer. Por conta disso, fui impedido de ser o tesoureiro do partido. Quero saber o que há de tão misterioso nas contas do PSDB de Pernambuco que me impede de ser o tesoureiro. Eu solicitei esse cargo na Executiva justamente para poder fiscalizar. E, se estão me impedindo de fiscalizar, quero saber se há alguma coisa errada", provocou Daniel. 

O parlamentar também apresentou outros dois requerimentos ao partido. Em um deles, Coelho desautoriza o PSDB de utilizar a sua imagem ou áudios nas inserções e programas emissoras de rádio e TV. O outro ele solicita cópias do edital de convocação da eleição interna da sigla, da chapa inscrita e da ata de eleição, bem como das folhas de assinaturas dos livros de atas e coletas de assinaturas que foram utilizadas durante o certame.

O PSDB de Pernambuco realizou convenção, ontem, e elegeu como presidente do partido para o biênio 2018/2019 o ministro das Cidades, deputado federal licenciado Bruno Araújo. O encontro foi marcado por discursos em favor da unidade das forças de oposição em busca de uma alternativa para o Estado nas eleições do próximo ano.

Presentes ao encontro, representantes do PMDB (senador Fernando Bezerra Coelho), Democratas (deputada estadual Priscila Krause), PPS (ministro Raul Jungmann), PTB (deputado federal Jorge Corte Real), e Podemos (o advogado João Campos) reconheceram que o PSDB terá um papel central na construção não somente da unidade, como de um projeto diferente do atual modelo de gestão do qual todos atestaram como "falido".

Além da eleição da nova executiva estadual e dos comandos de segmentos da legenda como o Mulher, Juventude e Tucanafro, o PSDB reconheceu o papel importante do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, que teve seu nome pré-lançado ao Governo.

"Elias tem uma importante missão nesse projeto de unidade. Ao levar seu nome para todo o Estado, estará levando o nome do partido, levando uma proposta que todos nós acreditamos. Vamos pensar e construir juntos com o PMDB, com o Democratas, com o PTB, com o Podemos, com o PPS e com tantos outros partidos, vamos avançar no diálogo em torno de qual é o Pernambuco que devolve a autoestima aos pernambucanos", ressaltou o ministro Bruno Araújo.

A nova executiva do PSDB-PE tem o ministro Bruno Araújo na presidência; 1º Vice o ex-governador João Lyra; 2º vice Guilherme Coelho; 3º vice André Régis; Secretário-geral Betinho Gomes; 1º secretário Antônio Moraes; Tesoureiro Joaquim Neto; 1ª vogal Terezinha Nunes; 2ª Vogal prefeito João Tenório; 3ª Vogal -Alessandra Vieira; 4ª vogal Izabel Urquiza.

QUERIA A CHAVE - O deputado federal Daniel Coelho abandonou a convenção da Executiva Estadual do PSDB afirmando sofrer perseguição interna por conta de sua posição nacional, contrária à participação do partido no governo Temer. Embora tenha lutado para construir a unidade entre os tucanos locais - que vivia uma disputa entre o ministro Bruno Araújo e o ex-prefeito Elias Gomes -, Daniel afirma que não teve sua "proporcionalidade respeitada" dentro da chapa única. "Fui excluído da chapa e não estão respeitando a minha proporcionalidade, eu que fui o deputado federal mais votado de Pernambuco, com 138 mil votos", afirmou Daniel. Na verdade, a rebelião do tucano se deve ao fato dele ter exigido a chave do cofre do partido, ou seja, queria ser o tesoureiro.

Museu de Igarassu – Com o objetivo de fortalecer o turismo e a preservação da cultura e história de Igarassu, o governador Paulo Câmara inaugura, hoje, o Museu e a Casa do Artesanato do Centro Histórico do município. Com um investimento total de R$ 1,8 milhão, os dois espaços foram requalificados com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O restauro da arquitetura histórica irá contribuir com a salvaguarda do sítio tombado de Igarassu, além de oferecer locais adequados e de qualidade para os visitantes. A nova Casa do Artesanato contempla áreas para exposição e venda de artesanato local, que receberá peças de 70 artesões e 4 mestres; a Associação Cultural dos Artesãos de Igarassu (ACAI); o Centro de Atendimento ao Turista; além de salas para realização de oficias e cursos; salas para curadorias e reuniões; e espaço para depósito.

Mais casas – O ministro das Cidades, Bruno Araújo, anuncia, hoje, em Recife, a contratação de novas unidades habitacionais para Pernambuco, na Faixa 1, por meio de recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). A entrevista coletiva será realizada às 10h30, no Empresarial Graham Bell - Rua Frei Matias Teves, 285 - Ilha do Leite - Recife/PE. As novas contratações, que contemplam famílias com renda de até R$ 1,8 mil, fazem parte do segundo lote de unidades habitacionais do Programa no Estado deste ano.

Unidade tucana – O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) prestigiou a eleição do novo diretório estadual do PSDB. O ministro das Cidades, o deputado federal Bruno Araújo, foi eleito para comandar o partido, substituindo o deputado estadual Antônio Moraes. A cerimônia contou com a presença dos ex-governadores João Lyra Neto e Joaquim Francisco, além de deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças tucanas. Outras siglas que compõem a oposição de Pernambuco também marcaram presença: o ministro da Defesa Raul Jungmann representou o PPS, o deputado federal Jorge Côrte Real esteve em nome do PTB e a deputada estadual Priscila Krause pelo Democratas. O advogado e escritor Antônio Campos foi indicado pelo Podemos para a cerimônia. Fernando Bezerra Coelho destacou a unidade da oposição para construir uma alternativa política à atual gestão.

Mendonça em campanha - Pré-candidato a governador, o ministro da Educação, Mendonça Filho, inaugurou a creche municipal Tia Nelize Cordeiro em Ipubi, no Sertão. A obra teve início em 2012, mas ficou paralisada durante um longo período na gestão do prefeito anterior e foi retomada pela atual gestão municipal, só foi concluída este ano 2017. Foram investidos R$ R$ 619.999,96 de recursos federais pactuados com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A contrapartida do município foi R$ 120.974,31. “A educação, todos sabem, é a fonte de transformação verdadeira da sociedade”, pontua Mendonça Filho sobre a importância dos investimentos realizados pelo MEC.

CURTAS

TRINDADE – O prefeito de Trindade, Dr. Everton Costa (PSB), esteve acompanhando ao lado da sua comitiva, a convite do ministro da Educação Mendonça Filho, agenda ao Sertão do Araripe. Mendonça conversou com o prefeito do qual trataram a respeito de futura construção de escola/creche para a Capital do Gesso. "O ministro nos assegurou pessoalmente e, em seus discursos a mesma disposição das cidades da região e do Brasil, visando investimentos futuros para a aquisição de mais escolas e creches para Trindade", disse ele.

MAIS ÁGUA – A Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária realizou uma extensa agenda de entregas nos municípios de Solidão, Iguaracy e Carnaíba, no Sertão do Pajeú. O governador Paulo Câmara e o secretário Wellington Batista promoveram a entrega de quatro Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água (SSAA) já em funcionamento e de 175 títulos de propriedades para moradores da região. As ações beneficiaram, ao todo, mais de 500 famílias nos três municípios, com um montante de investimento da ordem de R$ 3,6 milhões aproximadamente.

Perguntar não ofende: Por que o PSDB entregaria a tesouraria a Daniel sendo ele candidato à reeleição?

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, foi eleito presidente do PSDB de Pernambuco para o biênio 2018/2019, nesse domingo (5), durante a convenção do partido. No evento, os tucanos também lançaram a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Elias Gomes a governador. A convenção, que também reuniu lideranças do PMDB, DEM, PPS, Podemos e PTB, foi marcada por discursos em favor da unidade das forças de oposição do estado e pautado por críticas à gestão do governador Paulo Câmara (PSB). 

"Estamos aqui para construir a unidade que seja a convergência das coisas que são possíveis e para buscar o que é importante para Pernambuco… Mas não adianta Pernambuco ter apenas bons ministros, para os pernambucanos vale é o comandante de Pernambuco ter autoridade nacional e é isso que vamos buscar com a construção dessa unidade entre todos esses partidos", salientou Bruno ao lado do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB); ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS) e da deputada estadual Priscila Krause (DEM).

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Sobre a pré-candidatura de Elias, o novo presidente do PSDB disse que o partido está construindo a missão de encontrar um novo rumo para o estado. “Vamos pensar e construir juntos com o PMDB, com o Democratas, com o PTB, com o Podemos, com o PPS e com tantos outros partidos, vamos avançar no diálogo em torno de qual é o Pernambuco que devolve a autoestima aos pernambucanos. Não vamos falar em cargos, vamos deixar para tratar isso depois que tivermos o principal: que estado queremos", destacou. 

Por sua vez, Elias Gomes declarou que pretende articular propostas que gerem mais igualdade ao estado. “O debate dos conteúdos deve substituir a velha arenga, a discussão surrada que não leva a lugar nenhum. A questão da violência, que em todos os debates surge com muita frequência, não pode ser vista apenas à luz das estatísticas. É preciso se aproximar do povo e construir com os municípios um verdadeiro pacto pela paz em Pernambuco”, observou. 

“O PSDB deve discutir não apenas um projeto de poder, mas um projeto de sociedade, um projeto de governança. É necessário não apenas contestar o que está aí, mas apontar o rumo e propostas para fazer diferente. Queremos fazer a boa e a nova política para fazer um PSDB mais forte e um Pernambuco melhor. Reconhecemos a liderança de Bruno Araújo, não vamos disputar com ele espaço algum, ao contrário, vamos construir todos juntos", acrescentou tentando minimizar os imbróglios internos instaurados antes da convenção. Já que o nome de Bruno Araújo também era defendido como pré-candidato a governador. 

Não tão unido

Outro ponto frisado pelos tucanos foi a unidade partidária. O que não foi visto quando o deputado federal Daniel Coelho denunciou estar sendo perseguido internamente, por se posicionar contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB), e ser impedido de assumir a tesouraria estadual da legenda.

"O que lamento é não poder dizer que há unidade dentro do PSDB… A gente tentou conversar sobre a unidade dentro do PSDB. Quando é possível, a gente faz de forma clara e aberta. Eu nunca me furtei a fazer um debate público”, disse. “Tenho convicção das minhas posições, daquilo que acredito. Em tendo convicção, discuto numa convenção, discuto numa rádio, na televisão, na tribuna da Câmara Federal, ou de qualquer ambiente as posições políticas que acredito. Votei pela abertura de inquérito contra Temer. O PSDB devia ter se colocado ao lado do povo brasileiro. O que ocorre hoje é um veto às minhas posições nacionais, ao voto que dei contra Temer", criticou acrescentando.

Além de Bruno, a nova executiva do PSDB-PE é formada pelos seguintes integrantes: 1º vice, o ex-governador João Lyra; 2º vice, Guilherme Coelho; 3º vice, André Régis; Secretário-geral, Betinho Gomes; 1º secretário, Antônio Moraes; Tesoureiro, Joaquim Neto; 1ª vogal, Terezinha Nunes; 2ª vogal, prefeito João Tenório; 3ª vogal, Alessandra Vieira; 4ª vogal, Izabel Urquiza. 

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, deve voltar a comandar o PSDB de Pernambuco a partir do próximo domingo (5), quando acontece a convenção estadual da legenda. Bruno Araújo presidiu o PSDB em 2014 e 2015. O tucano lidera a única chapa que concorre ao cargo até o momento e, mesmo em meio a um racha interno, tem o nome referendado pela maioria dos correligionários. O evento começa às 11h na sede do PSDB, no bairro no Derby, área central do Recife.

Caso seja confirmado na presidência, Bruno vai liderar as articulações da sigla para as eleições de 2018. Inclusive, na convenção os tucanos também devem analisar a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, para o Governo de Pernambuco. Não há um consenso sobre o assunto. Entre os filiados, há quem defenda que o PSDB lance o nome do próprio Bruno para cabeça de chapa ou se alie a outros partidos e componha a majoritária de outra forma.

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Na convenção também devem ser renovados os comandos de vários segmentos do partido como a Juventude, o Tucanafro e o PSDB Mulher. O ex-governador Joaquim Francisco será reconduzido à presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV).

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