Tópicos | COB

Com mais confederações para dividir o "bolo" dos recursos da lei Agnelo/Piva, muitas entidades devem perder o status no próximo ciclo olímpico por causa da campanha abaixo da expectativa do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio. Enquanto modalidades como a natação e basquete deixaram a desejar, outras, como canoagem e ginástica, mostraram que podem subir degraus.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) determina ao final de todo ano qual é a expectativa de valor que terá para repassar às confederações. Os recursos são oriundos de uma parte dos 1,7% da renda bruta das loterias federais que o COB recebe. Em 2015, por exemplo, o montante foi R$ 244,7 milhões.

##RECOMENDA##

Assim, as modalidades entram em faixas diferentes de importância, de acordo com critérios definidos para a distribuição. Um deles é ter obtido um desempenho igual ou melhor que o esperado. Pela campanha no Rio, modalidades importantes devem perder espaço e outras, que entraram no programa olímpico, como surfe, skate, caratê, escalada, beisebol e softbol, vão passar a receber verba.

"Vai haver uma reanálise e possivelmente elas vão trocar de posição. Essas divisões das modalidades são vivas", explicou Marcus Vinicius Freire, diretor-executivo de esportes do COB.

Após receber investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos e ficar abaixo da meta de conquistar pelo menos o décimo lugar no quadro geral de medalhas, o COB considerou "extraordinária" a participação do Time Brasil nos Jogos do Rio. O País encerrou a competição com 19 medalhas e o 12º lugar na soma total de pódios - empatado com a Holanda - e em 13º na classificação geral, que tem como critério de desempate o maior número de ouros. Em Londres-2012, o Brasil havia conquistado duas medalhas a menos.

O baixo crescimento - de cerca de 10% - não pode ser creditado à falta de investimentos nos últimos quatro anos. No total, o COB recebeu cerca de R$ 700 milhões em repasses através da Lei Agnelo-Piva, e o montante dobrou com a injeção de recursos de patrocinadores privados. No ciclo olímpico anterior, entre os Jogos de Pequim e Londres, o orçamento da entidade foi 50% inferior - o COB recebera R$ 390 milhões em leis de incentivo e praticamente o mesmo valor em patrocínios.

Após receber investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos e ficar abaixo da meta de conquistar pelo menos o décimo lugar no quadro geral de medalhas, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) considerou "extraordinária" a participação do Time Brasil nos Jogos do Rio. O País encerrou a competição com 19 medalhas e o 12º lugar na soma total de pódios. Em Londres-2012, o Brasil havia conquistado duas medalhas a menos.

O baixo crescimento - de cerca de 10% - não pode ser creditado à falta de investimentos nos últimos quatro anos. No total, o COB recebeu cerca de R$ 700 milhões em repasses através da Lei Agnelo-Piva, e o montante dobrou com a injeção de recursos de patrocinadores privados. No ciclo olímpico anterior, entre os Jogos de Pequim e Londres, o orçamento da entidade foi 50% inferior - o COB recebera R$ 390 milhões em leis de incentivo e o praticamente o mesmo valor em patrocínios.

##RECOMENDA##

"A meta (de ser Top 10) foi difícil e ousada, mas era factível. Tanto se mostrou que era factível que ficamos três medalhas abaixo do necessário. Os (países) que ficaram na frente estão há vários quadriênios com o investimento que tivemos agora", afirmou Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de Esportes do COB.

Presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman não pareceu muito à vontade quando o assunto era a meta não atingida. Ao ser lembrado que outros países que sediaram Jogos Olímpicos tiveram um salto de conquistas muito maior, ele rebateu menosprezando a situação da Grécia (sede dos Jogos de 2004, em Atenas) e, sobretudo, da Espanha (que sediou a Olimpíada de 1992, em Barcelona).

"Eu acho que a Espanha fez Olimpíada também, a Grécia fez Olimpíada também. O objetivo não é meramente numérico, ele é num todo. E ao ter esse objetivo num todo ele tem que abranger um legado que vai ficar no futuro", ponderou Nuzman.

Pouco depois, ele voltou à mesma questão e, apesar de a Espanha ter conquistado o mesmo número de ouros do Brasil nos Jogos do Rio, considerou que o país europeu não pode ser considerado uma potência olímpica.

"Se falou muito na Espanha, mas não que a Espanha depois de Barcelona-1992 tivesse melhorado. Ao contrário, ela caiu em número de medalhas. Eu não quero que transformem a Espanha por causa do Nadal ou por causa do basquete num grande país olímpico que não o é", disse o dirigente.

A delegação do Brasil neste ano foi a maior da história e chegou a 465 atletas. Contou muito para o número inchado o fato de a disputa ter sido no País e o Brasil ter vagas garantidas. Na avaliação do COB, o Time Brasil poderia ter até 90 atletas a menos se a competição tivesse acontecido em outro lugar.

A conquista de uma medalha olímpica pode render muito mais do que a realização esportiva. Reportagem publicada na última semana pela BBC Brasil mostra que os atletas brasileiros que sobem ao pódio nos Jogos do Rio também podem ser premiados com recursos financeiros. De acordo com o levantamento feito na matéria, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) informou que os valores são oriundos de patrocinadores do evento.

De acordo com a BBC, cada atleta brasileiro que subir ao pódio, independente da medalha, receberá R$ 35 mil. Em relação às vitórias em equipe, a quantia destinada é de R$ 17, 5 mil. Mas segundo a matéria, o futebol nacional, após ter conquistado o saudoso ouro olímpico, deve receber um valor maior: a estimativa é de R$ 330 mil para cada jogador.

##RECOMENDA##

A reportagem BBC Brasil ainda mostra que a política de premiações acontece também em outros países. Segundo a matéria, em Cingapura, por exemplo, atletas que ganham ouro recebem 753 mil dólares, enquanto os italianos deverão ganhar 164 mil dólares por medalha.

A apuração conta também que o México oferece em dólares 160 mil, 109 mil e 55 mil para ouro, prata e bronze, respecativamente. Os argentinos também diferenciam por medalha e prometem pagar em dólares: 75 mil, 35 mil e 25 mil.

Para acompanhar todas as informações dos Jogos do Rio, veja a página especial da Olimpíada que o LeiaJá preparou. Confira no hotsite o quadro geral de medalhas.

 

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi notificado sobre o primeiro caso de doping de um brasileiro competindo nos Jogos do Rio. Trata-se de Kleber Ramos, que disputou a prova do ciclismo de estrada. A entidade aguarda um processo final na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).

O teste positivo foi registrado em uma coleta de amostras fora de competição e antes do início dos Jogos Olímpicos. A reportagem do Estado apurou que o atleta chegou a competir, mas já deixou a Vila dos Atletas. Seu teste foi flagrado no dia 27 de julho.

##RECOMENDA##

A reportagem também apurou que o primeiro doping brasileiro foi recebido com preocupação por parte da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). A entidade vinha alertando sua insatisfação com os controles brasileiros e indicou que o País passaria a ser monitorado diante das falhas apresentadas. A Wada havia criticado o Brasil por conta da redução no número de testes de controle de doping realizados em atletas nacionais, antes dos Jogos Olímpicos.

Depois de realizar em média 370 testes por mês em atletas, o número caiu para apenas 110 em julho, às vésperas dos Jogos. Uma carta foi enviada pela Wada ao Ministério do Esporte no final de julho para se queixar. Agora, a entidade alerta terá de passar a controlar de forma intensa o laboratório do Rio de Janeiro e a política nacional de combate ao doping.

"Isso é uma prática inaceitável da parte da Agência Nacional Antidoping, em especial em um momento tão crucial antes dos Jogos Olímpicos", indicou a Wada, em um comunicado. "Não podemos dar números exatos sobre o que deve ser feito, mas esses números (de 110 testes) não estão em linha com um programa eficiente", alertou.

"Um programa de testes coordenados deveria ter sido estabelecido no caminho final para os Jogos Olímpicos, em especial focando no que a agência classifica como esportes de 'alto risco'", alertou a Wada.

Segundo a agência, o assunto foi transferido para a força-tarefa estabelecida antes da Olimpíada e "também para nosso comitê de avaliação do cumprimento das leis antidoping". "O programa brasileiro antidoping estará sob um escrutínio ainda mais intenso e monitoramento a partir de agora", alertou a Wada.

Além de entrar para o seleto grupo de medalhistas olímpicos, o atleta brasileiro que subir ao pódio nos Jogos do Rio-2016 ganhará um reforço no bolso. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta sexta-feira uma premiação em dinheiro de R$ 35 mil para quem conquistar medalha em esportes individuais. Nos esportes coletivos, o prêmio será de R$ 17,5 mil para cada atleta.

Não haverá distinção pela cor da medalha - conquistar ouro, prata ou bronze renderá o mesmo valor aos atletas. Assim, o comitê brasileiro age com o mesmo critério utilizado em sua meta de colocar o País no Top 10 do quadro de medalhas: a soma de pódios, e não a quantidade de ouros, que é como é feita a contagem oficial.

##RECOMENDA##

A premiação será bancada pelos patrocinadores do COB, a P&G, por intermédio da marca Gilette, e o Bradesco Seguros, que dará sua parte em planos de previdência privada. "Tenho certeza de que estas premiações serão um incentivo a mais para todos", afirmou o presidente Carlos Arthur Nuzman.

"O COB se empenhou para que essas ações fossem colocadas em prática, pois reconhecemos o intenso trabalho feito pelos atletas para representar o Brasil da melhor forma possível nos Jogos Olímpicos", disse o dirigente.

O patrocínio para o pagamento de bonificação resolve um problema do COB. Como a maior parte dos recursos da entidade é oriunda de verba pública, havia um impedimento legal de oferecer premiação aos medalhistas. A última vez que isso aconteceu foi nos Jogos de Atenas-2004. Na ocasião, os recursos também vieram de um patrocinador privado.

O anúncio desta sexta-feira veio antes da definição do "bicho" que será pago pela CBF aos jogadores da seleção masculina de futebol. A bonificação para eles deverá ser fechada neste sábado, quando o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, se encontrará com o grupo em Goiânia, onde a seleção faz amistoso com o Japão. A expectativa é que a premiação que será oferecida pela CBF seja mais generosa, já que em Londres-2012 a promessa era de que chegasse a US$ 100 mil (R$ 325 mil) para cada jogador.

O prêmio destinado aos medalhistas pelos patrocinadores do COB será entregue no Espaço Time Brasil, montado pelo comitê em um shopping na Barra da Tijuca, a poucos quilômetros da Vila dos Atletas. O local será inaugurado na próxima quinta-feira e servirá como ponto de encontro diário para atletas e convidados.

O diretor executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil, Marcus Vinícius Freire, defendeu o sucesso dos Jogos Olímpicos nesta quarta-feira (27) após a pesquisa Ibope, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, constatar que o brasileiro tem mais sentimentos negativos em relação à Olimpíada. Apesar de se dizer "suspeito para falar", mostrou confiança.

"Não vejo por que esse viés de pessimismo, sou completamente otimista com o que já vem acontecendo no Brasil e com o que vai ficar para a frente", exaltou Marcus Vinícius;

##RECOMENDA##

O dirigente destacou a capacitação profissional como consequência do evento no Brasil. "Para a gente que é ligado ao esporte, a qualificação profissional de qualquer área - eventos, ciência do esporte, administração de centros de treinamento - é o maior legado."

Ele também apontou a visibilidade que os Jogos Olímpicos deram ao País desde a escolha do Rio como cidade-sede. "A partir do momento que ganhamos em 2009, já foi uma mudança radical para o esporte brasileiro", enfatizou.

Além disso, descartou que o Brasil tenha sido prejudicado de qualquer forma pela realização do evento. "No meu entender, quem foi procurado e diz que o País foi prejudicado é porque não acompanhou."

A pesquisa Ibope também repercutiu entre as autoridades. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, rechaçou o resultado na manhã desta quarta-feira ao dizer que a população ainda vai compreender "a grandeza dos Jogos Olímpicos."

Falta um mês para a abertura dos Jogos Olímpicos e os atletas entram na reta final de preparação. Claro que nenhum campeão surgirá nesse período, pois o trabalho vem de anos, mas todos foram treinados para que cheguem no auge no Rio. Os bons resultados recentes deixam o Comitê Olímpico do Brasil (COB) otimista para cumprir a meta de ficar entre os dez países mais bem colocados pelo número total de medalhas.

Fabiana Murer, por exemplo, conquistou no domingo a melhor marca da carreira no salto com vara, ao marcar 4,87 m no Troféu Brasil. Felipe Wu, do tiro esportivo, assumiu a liderança no ranking mundial na pistola de ar 10 m. Ana Sátila, da canoagem slalom, vem tendo ótimos resultados e está na quarta posição no ranking mundial.

##RECOMENDA##

"Duas semanas atrás, quando voltei da Europa, fiz treinos difíceis e achei que a velocidade não saía mais como antigamente. Até passou pela minha cabeça: ‘Nossa, estou ficando velha, está mais difícil’. Mas acho que faltava mesmo o descanso e a adaptação ao fuso. Foi uma emoção muito grande atingir a melhor marca no último ano da minha carreira. Vou me esforçar ao máximo para conseguir uma medalha olímpica, porque sei que não vai ser fácil", explicou Fabiana Murer.

No COB, a meta agora é possibilitar aos atletas uma privacidade para treinar e se preparar antes de entrar para a disputa. Uma grande estrutura está sendo montada, principalmente no Rio, para abrigar a maior parte das modalidades com tudo que elas precisam. A ideia é oferecer autonomia nos horários de treinamentos, boa alimentação e um descanso adequado para os atletas.

ESTRUTURA - Com todas as instalações olímpicas já entregues, o comitê organizador agora corre para finalizar as estruturas temporárias e dar "cara" aos Jogos. No momento, quatro mil funcionários do Rio-2016 atuam nas arenas espalhadas pela cidade, no Parque Olímpico e no Complexo de Deodoro. Além deles, há 30 mil terceirizados.

"Estamos na fase de finalização das estruturas temporárias, colocação de tendas, cabines, cercas e look dos Jogos", diz o diretor de Gestão de Instalações do Comitê Rio-2016, Gustavo Nascimento. Hoje, começa o processo de varredura das instalações pelos órgãos de segurança. A previsão é de que todos os locais estejam vistoriados em até 28 dias.

Faltando dois meses para os Jogos Olímpicos do Rio, as federações esportivas estrangeiras pressionam os organizadores brasileiros, ao mesmo tempo que são orientadas a reduzir as suas expectativas sobre o evento diante da crise econômica e política que atravessa o País.

Nesta quinta-feira, dirigentes e políticos brasileiros apresentaram ao COI o que tem sido feito para corrigir a rota. O encontro, porém, deixou claro que o evento no Rio está sendo marcado pela falta de recursos, os atrasos em obras, a falta de data para a abertura do Velódromo, a recusa em aceitar pedidos de federações, a incerteza política, a venda de ingressos abaixo do esperado e até as suspeitas sobre o zika.

##RECOMENDA##

Faltando dois meses para a Olimpíada, os dirigentes são alertados de que suas exigências e expectativas terão de mudar. "O Brasil passou de ser um país que até encontrou petróleo e que tudo dava certo para a um país que deu tudo errado", admitiu Craig Reedie, um dos vice-presidentes do COI e que não deixa de elogiar o trabalho do Comitê Organizador.

Por videoconferência, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tentou dar garantias de que o presidente interino, Michel Temer, está comprometido com o evento e que, por serem do mesmo partido, a coordenação entre o governo federal e o municipal será maior. "Paes nos disse que Temer é seu amigo e que dará prioridade ao evento", contou um dos vice-presidente do COI, John Coates.

Mas as desconfianças persistem. Reedie indicou que o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, terá um encontro com Michel Temer no próximo dia 16 justamente para garantir que o processo do impeachment de Dilma Rousseff não afete o evento.

O encontro ainda foi marcado por uma pressão do COI, diante de atrasos e de problemas ainda a serem resolvidos. Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio-2016, deu garantias ao COI de que o velódromo estará em pleno funcionamento ao final de junho, meses depois da previsão inicial.

Por enquanto, porém, não existe um evento-teste marcado e a União Internacional de Ciclismo (UCI) se recusou a mandar seus atletas apenas para testar, sem uma competição. Paes também deu garantias de que o local estará pronto no fim do mês, depois que trocou de empresa que liderava a obra. As instalações ainda da esgrima, hipismo e tênis precisam de ajustes. "A questão equestre precisa ser resolvida. Está atrasado", cobrou Reedie.

Outro ponto foi o orçamento. A Rio-2016 insiste que as contas estão "em equilíbrio". Mas apresentaram dados apontando para riscos nestes próximos dois meses. As vendas de ingressos chegaram a só 67% da capacidade - 2 milhões de entradas ainda estão disponíveis, o que significa problemas para a receita. No caso dos Jogos Paralímpicos, as vendas apontam para apenas 24% das entradas. E isso por conta da decisão da prefeitura do Rio de comprar 500 mil ingressos para o evento.

"Eles ainda trabalham para ter um orçamento equilibrado", disse Mark Adams, porta-voz do COI. "Fiemos muitos esforços e mostramos solidariedade com o povo brasileiro", afirmou, numa referência à decisão do COI em abandonar algumas das exigências.

Dirigentes indicaram que, de fato, as diferentes modalidades esportivas e as federações já foram informados de que não poderão mais esperar um nível de exigência semelhante a Pequim-2008 ou Londres-2012. O presidente das Associações Olímpicas Europeias e integrante do COI, Patrick Joseph Hickey, espera que o "espírito carnavalesco" contamine o evento para compensar pelos problemas. "Os brasileiros são apaixonados pelo esporte", disse. "Espero que o espírito carnavalesco entre e que tenhamos um grande evento".

Antes mesmo da chegada da Tocha Olímpica no Recife, a cidade já poderá respirar o clima de Olimpíadas a partir do próximo domingo (22). O Museu Itinerante dos Jogos chegará a cidade neste final de semana e ficará estacionado no Marco Zero, próximo aos armazéns do porto. As duas carretas que formam o museu vem rodando o país desde abril contando a história da competição. Serão percorridas 45 cidades de todas as regiões até o dia 31 de julho.

O destaque maior do museu fica para as participações brasileiras nas Olimpíadas e a preparação para recebê-la a partir de agosto, no Rio de Janeiro. As carretas oferecem painéis digitais interativos, álbuns, clipes, fotografias, réplicas de medalhas e demais curiosidades. Tudo é dividido em cinco sessões: história, esportes, história brasileira, curiosidades e Rio 2016. É possível também visualizar todas as áreas da Vila Olímpica em uma simulação 3D.

##RECOMENDA##

Os 120 anos de Olimpíadas e paralimpíadas são contados por meio de um acervo de peças do The Olympic Museum, COB e Rio 2016. O Museu Itinerante das Olimpíadas ficará no Recife até a terça-feira (24). O horário de funcionamento será das 10h às 15h.

LeiaJá também

--> Joanna Maranhão: 'Atleta veterana com fome de iniciante'

--> Etiene sobre estreia em Olimpíadas:'Uma coisa que sonhava'

--> Brasil chega a 61 vagas olímpicas no atletismo

À medida que os Jogos Olímpicos do Rio se aproximam, a preocupação com desfalques na delegação brasileira aumenta. O que tem inquietado o Comitê Olímpico do Brasil (COB) no momento é a possibilidade de novos casos de doping. Muitos atletas têm se ausentado nos testes surpresa realizados pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Em caso de três faltas, o teste é considerado positivo.

Os esportistas posicionados entre os 50 melhores do mundo de cada modalidade devem se cadastrar pela internet no sistema ADAMS, para gerenciar e a administrar o controle de dopagem. Pela ferramenta, o atleta precisa informar sua localização a cada três meses e fornecer uma data para receber a visita de uma "autoridade de teste".

##RECOMENDA##

Se os brasileiros não estiverem presentes em três visitas dos oficiais para coleta da urina ou sangue em 12 meses, a falta será considerada como violação às regras antidopagem. "Minha maior preocupação nesse momento são as faltas. É a autoridade ir fazer o teste e não encontrar o nosso atleta. Se ele leva três punições, é considerado positivo", explicou Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do COB.

De acordo com Freire, os casos aumentaram porque a quantidade de testes também cresceu. "É matemático. Quanto mais testes você faz, mais faltas acontecem", analisou. O representante do COB não revelou nomes dos atletas envolvidos ou o número de faltas.

Neste mês, a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) reconheceu que o Brasil adequou a sua legislação antidoping e não corre mais risco de ter o laboratório descredenciado. O País será o responsável pelos exames dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O Laboratório Brasileiro de Controle Antidoping (LBCD), sediado no Rio de Janeiro, ganhou a chancela em maio de 2015.

Quando o assunto são os resultados positivos pelo uso de substâncias proibidas, Marcus Vinícius não é condescendente. "Sou muito forte contra o doping. Se o teste deu positivo, tem de tomar pancada mesmo e ficar fora. Sou radical".

CASO CONFIRMADO - A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou que a contraprova solicitada por Ana Cláudia Lemos acusou a presença da substância proibida Oxandrolona, um esteroide anabolizante. Com o resultado das amostras "A" e "B", a atleta foi suspensa preventivamente e aguarda "as providências cabíveis" do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Atletismo.

Ana Cláudia foi pega em teste realizado fora de competição, durante o Camping Nacional de Treinamentos dos Revezamentos, em fevereiro, no Rio. Ela tem índice olímpico para os 200 metros rasos e os 100 metros.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) se tornou réu de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposta contratação irregular de uma empresa de tradução durante a candidatura do Rio de Janeiro para ser sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano.

O MPF considera que a licitação vencida pela V&B Serviços Ltda. em 2008 ocorreu de maneira fraudulenta. O serviço contou com recursos do governo federal, e por causa disso a ação pede a restituição de até R$ 800 mil à União.

##RECOMENDA##

Além do COB, estão sendo acusados o vice-presidente da entidade, André Gustavo Richer, o ministro interino do Esporte à época, Wadson Nathaniel Ribeiro - que substituía Orlando Silva, ambos do PCdoB -, Paulo Sérgio Oliveira da Rocha, gerente-geral de prestação de contas do COB, dois servidores do Ministério do Esporte e uma segunda empresa, a Primacy Idiomas Ltda.

Segundo as investigações, que contaram com quebra de sigilo bancário das empresas, a licitação foi direcionada de modo a beneficiar a V&B Serviços. Ela foi contratada para traduzir para o inglês e o francês toda a documentação brasileira encaminhada ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

Três empresas participaram do processo licitatório, mas, segundo o MPF, duas pertencem à mesma família (V&B e Primacy) e uma nem sequer existe. Além disso, nem todos os serviços contratados teriam sido realizados, apesar de constar o pagamento.

Na acusação, o MPF sustenta que "o procedimento de contratação adotado pelo COB contém graves irregularidades, embora sua execução tenha sido aprovada pelo ministério do Esporte". O documento, ao qual o site do canal ESPN teve acesso, sustenta também que "a contratação das empresas se deu com violação grave das normas, princípios e regras".

Na ação, o MPF pede "a condenação dos réus, de forma solidária, a ressarcirem integralmente os danos ocasionados à União", além de perda dos direitos políticos e a impossibilidade de os envolvidos receberem incentivos fiscais por cinco anos. Vale lembrar que boa parte do orçamento do COB é proveniente de convênios com a União.

O processo corre na 2ª Vara Federal do Rio. Apesar de os réus negarem as acusações, houve uma tentativa de derrubada da ação na Justiça por prescrição de prazo (cinco anos). O juiz Mauro Luis Rocha Lopes, porém, negou o pedido na semana passada. Ele considerou que "a pretensão de indenização ao erário é imprescritível", além de apontar que o MPF só teve conhecimento dos fatos em 2011, período em que Wadson Ribeiro ainda trabalhava na secretaria executiva do Ministério do Esporte.

Para negar o arquivamento da ação, o magistrado aponta ainda que o político, "então ministro interino, sem qualquer justificativa, autorizou, contra a lei, a redução da contrapartida em diversos convênios".

Procurado pela reportagem, o COB informou que "o processo está em andamento" e que "está à disposição do Judiciário para prestar os devidos esclarecimentos".

Para engajar a torcida pelos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos do Rio, o Comitê Olímpico do Brasil lançou na noite desse domingo a música que vai embalar o Time Brasil na competição. Composição de Jair Oliveira e Simoninha, a canção é interpretada por artistas do cenário musical nacional, como Ivete Sangalo, Toni Garrido, Preta Gil, Gaby Amarantos, Ana Carolina e Thiaguinho.

O clipe foi produzido em dezembro, no Rio de Janeiro, e reuniu atletas, como a judoca Sarah Menezes e a ginasta Flávia Saraiva, e até a mascote Ginga. A produção também mostra momentos históricos do Brasil em edições anteriores da Olimpíada.

##RECOMENDA##

A cerimônia de abertura dos Jogos do Rio será em 5 de agosto de 2016, enquanto o encerramento está marcado para o dia 21.

Confira a letra da música do Time Brasil:

Um time de heróis de verdade

De carne, de osso e coragem

De raça, de força e vontade

Com ginga e brilho no olhar

Um time para se orgulhar

Esse é o time que eu quero

Com o coração todo verde e amarelo, é assim

Milhões de vozes, um só coração

Time Brasil, a torcida canta

Time Brasil, a torcida levanta

Time Brasil, a torcida canta

Time Brasil, a torcida levanta

Time Brasil!

Um time, uma nação, um país, um só coração

Eu vou junto, eu torço, eu canto junto, eu venço junto

Um time, uma nação, um país, um só coração

Eu vou junto, eu torço, eu canto junto, eu venço junto

Time Brasil, Time Brasil

Um time, uma nação, um país, um só coração

Eu vou junto, eu torço, eu canto junto, eu venço junto

Time Brasil, Time Brasil, Time Brasil, Time Brasil

A gente veste a mesma camisa, Time Brasil

A gente veste a mesma camisa, Time Brasil

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou nesta terça-feira (24) os atletas indicados pelas respectivas confederações e que foram escolhidos como melhores de suas respectivas modalidades no País em 2015. Entre os premiados está o líbero Serginho Escadinha, de 40 anos, que nesta temporada voltou à seleção masculina.

No futebol, o COB aparentemente optou por escolher um atleta que atua no futebol brasileiro e premiou Lucas Lima, do Santos - no ano passado, Neymar foi o escolhido. Já no basquete o prêmio vai para Leandrinho Barbosa, que se sagrou campeão da NBA com o Golden State Warriors.

##RECOMENDA##

Como acontece em ano de Jogos Pan-Americanos, o COB vai premiar em 2015 também os atletas das modalidades pan-americanas (que não fazem parte do programa olímpico, mas estão no Pan). No boliche, por exemplo, ganhou Marcelo Suartz.

No adestramento, pelo segundo ano seguido o vencedor é João Victor Oliva, filho da Rainha Hortência, do basquete. No judô a escolhida pela primeira foi Erika Miranda, bronze no Mundial na categoria até 52kg. Os atletas serão premiados em 15 de dezembro, no Rio, em cerimônia no Teatro Bradesco.

CONFIRA OS VENCEDORES POR MODALIDADE:

Atletismo - Fabiana Murer

Badminton - Lohaynny Vicente

Basquete - Leandrinho Barbosa

Boliche - Marcelo Suartz

Boxe - Robson Conceição

Canoagem Slalom - Ana Satila

Canoagem Velocidade - Isaquias Queiroz

Ciclismo BMX - Renato Rezende

Ciclismo Estrada - Flavia Paparella

Ciclismo Mountain Bike - Henrique Avancini

Ciclismo Pista - Kacio Freitas

Desportos na Neve - Michel Macedo

Desportos no Gelo - Edson Bindilatti

Esgrima - Renzo Agresta

Esqui Aquático - Marcelo Giardi

Futebol - Lucas Lima

Ginástica Artística - Arthur Zanetti

Ginástica de Trampolim - Camilla Gomes

Ginástica Rítmica - Natália Gáudio

Golfe - Lucas Lee

Handebol - Ana Paula Rodrigues

Hipismo Adestramento - João Victor Oliva

Hipismo CCE - Ruy Leme

Hipismo Saltos - Pedro Veniss

Hóquei sobre Grama - André Luiz Couto

Judô - Érika Miranda

Karatê - Valéria Kumizaki

Levantamento de Peso - Fernando Reis

Lutas - Aline Silva

Maratona Aquática - Ana Marcela Cunha

Natação - Thiago Pereira

Nado Sincronizado - Luisa Nunes Borges e Maria Eduarda Miccuci

Patinação Artística - Marcel Stürmer

Pentatlo Moderno - Yane Marques

Polo Aquático - Felipe Perrone

Remo - Fabiana Beltrame

Rugby - Paula Ishibashi

Saltos Ornamentais - Giovanna Pedroso e Ingrid de Oliveira

Softbol - Martha Murazawa

Squash - Giovanna Veiga de Almeida

Taekwondo - Iris Tang Sing

Tênis - Marcelo Melo

Tênis de Mesa - Hugo Calderano

Tiro com Arco - Marcus Vinicius D'Almeida

Tiro Esportivo - Cassio Rippel

Triatlo - Manoel Messias

Vela - Martine Grael e Kahena Kunze

Vôlei de Praia - Alison e Bruno Schmidt

Voleibol - Serginho Escadinha

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) abriu sua votação online para eleger o "Atleta da Torcida" em 2015. A premiação, que acontece paralelamente ao Prêmio Brasil Olímpico, permite ao público votar pela internet em um de oito escolhidos. O mais votado será anunciado na cerimônia que premiará os melhores do ano, no dia 15 de dezembro. O vencedor não ganhará apenas reconhecimento, mas também R$ 30 mil.

São cinco homens (uma dupla) e quatro mulheres que estão disputando: Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Erika Miranda (judô), Fabiana Murer (atletismo - salto com vara), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Marcelo Melo (tênis), Thiago Pereira (natação), Alison e Bruno (vôlei de praia) e Yane Marques (pentatlo moderno).

##RECOMENDA##

A votação será toda em dois sites: na página do Facebook da entidade e no site do COB. É a segunda vez que a entidade premia os favoritos do público. Já o prêmio de melhor atleta do ano está em sua 17ª edição. São escolhidos os melhores em cada uma das 49 modalidades, feitos por um júri de especialistas composto por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte.

Confira os perfis dos concorrentes ao prêmio de Atleta da Torcida 2015:

Alison e Bruno - Vôlei de Praia

Campeões Mundiais e Campeões do Circuito Mundial em 2015, Alison e Bruno levaram ainda os seguintes prêmios da Federação Internacional de Voleibol: Jogador mais marcante da temporada, Melhor Bloqueio, Melhor Defesa, Melhor Ataque, Melhor Atleta do Ano e Melhor Equipe do Ano.

Ana Marcela Cunha - Maratona Aquática

Medalha de bronze na prova olímpica de 10km, e ouro na prova de 25km, ambas no campeonato mundial de Kazan, Ana Marcela conquistou, desde o ano passado, 15 pódios internacionais consecutivos, mantendo-se entre as líderes do ranking mundial da maratona aquática.

Érika Miranda- Judô

Medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Toronto e no Grand Slam de Baku, na temporada 2015, Érika conquistou ainda o bronze no Campeonato Mundial no Cazaquistão, sendo a única judoca brasileira a chegar ao pódio nos três campeonatos mundiais desse ciclo olímpico.

Fabiana Murer - Atletismo

Há 10 anos no Top 10 da modalidade, Fabiana Murer continua entre os destaques do salto com vara e conquistou, na temporada 2015, sua quarta medalha em campeonato mundial, sendo a principal atleta brasileira na história dos Mundiais de Atletismo.

Isaquias Queiroz - Canoagem

Além de conquistar três medalhas no Pan-americano de Toronto, no campeonato mundial na Itália, Isaquias abriu mão de competir na prova C1 1000, onde tinha potencial para ser campeão, para buscar a classificação em outras duas provas para os Jogos Rio 2016: terminou a competição como campeão no C2 1000 e com um bronze no C1 200, classificando os dois barcos.

Marcelo Melo - Tênis

Campeão em Roland Garros, em duas etapas do ATP 1000 e em três do ATP 500, Marcelo Melo tornou-se o número 1 de duplas no ranking mundial, fato inédito para o tênis brasileiro.

Thiago Pereira - Natação

Há mais de uma década mantendo-se entre os melhores, Thiago Pereira conquistou uma prata no Campeonato Mundial de Kazan, e cinco medalhas no Pan de Toronto, tornando-se o maior medalhista dos Jogos Pan-americanos, com 23 medalhas.

Yane Marques - Pentatlo Moderno

Em 2015, Yane Marques conquistou o ouro nos Jogos Pan-americanos de Toronto e o Bronze no Campeonato Mundial de Pentatlo Moderno, continuando a destacar o Brasil no cenário mundial de uma das mais tradicionais modalidades do programa dos Jogos Olímpicos. Essa foi a segunda vez que a atleta subiu ao pódio em campeonatos mundiais.

As algas que habitam a água da Lagoa Rodrigo de Freitas continuam a atrapalhar o desempenho dos atletas da paracanoagem, que disputam o evento-teste da modalidade na tarde deste sábado, no Rio de Janeiro. "No final, quase virei o barco", contou o atleta brasileiro Fernando Fernandes.

Na manhã deste sábado, competidores da Alemanha e de Portugal já haviam reclamado da presença de algas, que atrapalham o movimento dos atletas da canoagem. Integrantes da organização atuam em barcos para remover excessos, mas a operação não tem sido suficiente.

##RECOMENDA##

"Não tenho dúvida de que isso será resolvido até 2016. Até sugeri que colocassem umas redes para conter as algas", disse Fernandes, admitindo que o País não está acostumado a sediar eventos tão grandes da modalidade.

Apesar de reclamar das algas, o atleta brasileiro disse que a poluição da Lagoa, que preocupa competidores estrangeiros, não o afeta. "A poluição é mais pra gringo do que pra gente. Não me sinto remando num ligar poluído", afirmou.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) confirmou que o Thyê Mattos, goleiro da seleção de polo aquático, está retornando para o Brasil. O atleta, acusado de agressão sexual no Canadá, estava com a equipe nacional que vai disputar o Mundial da modalidade em Kazan, na Rússia. "O Thyê está no meio do caminho para o Brasil e chega hoje", avisou Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de esportes do COB.

O dirigente se disse incomodado com a forma como a polícia canadense está tratando o assunto e acha que o atleta precisa ser preservado. "Eu não sou advogado, sou economista, mas se fosse meu filho eu não traria nunca mais na vida para cá. A polícia canadense fez um prejulgamento, anunciou ele como um criminoso perguntando se havia outras vítimas e dando um telefone para que ele fosse denunciado. Não faz o menor sentido trazer ele para o Canadá", disse.

##RECOMENDA##

Marcus Vinicius lamenta como o caso ocorreu e a falta de detalhes. "A polícia não deu nenhuma informação sobre o caso. A CBDA confirmou quem é o advogado que vai representá-lo e ele fez contato com nosso escritório aqui em Toronto para passar os dados do processo".

O dirigente do COB explicou que está em seu sexto Pan e que já foi a nove edições da Olimpíada, e nunca viu um caso com essa gravidade de denúncia antes. "Toda vez que temos um caso diferente, a gente volta para casa e estuda. Foi uma experiência que nunca tivemos", lembrou.

O basquete brasileiro terá neste sábado (18), a partir das 11 horas (de Brasília), a sua primeira decisão em Toronto - mas fora de quadra. As diretorias da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB) irão se reunir com o comitê executivo da Federação Internacional de Basquete (Fiba) em busca de um acordo que garanta a presença do País na modalidade nos Jogos Olímpicos do próximo ano, no Rio. Por ser país-sede, o Brasil tinha as suas vagas garantidas, mas uma dívida passou a ameaçar esta condição.

O impasse se prolonga já há alguns meses e, apesar de não haver uma confirmação oficial, tem um preço: US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,18 milhões). Esse seria o valor do "convite" que a CBB ganhou da Fiba para que a seleção masculina disputasse o Mundial do ano passado, na Espanha. O convite se fez necessário porque o time não se classificou dentro de quadra.

##RECOMENDA##

O valor acabou não sendo pago e no mês passado a CBB enviou uma proposta de parcelamento de seu débito que só terminaria em 2019. A Fiba se mostrou irredutível e estabeleceu o prazo de 31 de julho para que a conta seja paga. Caso isso não aconteça, garantiu que irá tirar as vagas diretas do Brasil na Olimpíada.

A última tentativa de acordo acontecerá na reunião deste sábado, em Toronto. "Eu estou bem otimista e acho que vai dar tudo certo", disse nesta sexta-feira Carlos Nunes, presidente da CBB, à reportagem. "Acredito que vamos definir já amanhã (sábado). Vamos sentar e ver o que eles querem. Tem muito diz que me diz nessa história toda".

Nos bastidores, comenta-se que o montante devido já foi levantado. Ele viria da Nike, patrocinadora do COB. Certo, porém, é que a CBB não receberá ajuda do governo para quitar a sua dívida. "Entendemos que é um problema da CBB. O que esteve dentro do nosso alcance nós conseguimos fazer com a mobilização. Eles perderam o patrocínio da Eletrobrás e tentamos recentemente que outras empresas pudessem fazer isso", declarou na semana passada o ministro do Esporte, George Hilton.

JOGOS - Apesar de garantir que está focada na disputa dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a equipe feminina do Brasil não consegue se manter alheia ao assunto. "A gente fica ansioso. É uma Olimpíada que está em jogo", disse o técnico da seleção, Luiz Zanon.

"No meu início de projeto, eu planejei de participar de todos os campeonatos com essas meninas. Começamos lá no Sul-Americano, depois fomos para o Mundial, o Pan-Americano, o outro pré-olímpico, Copa América e Olimpíada", enumerou. "Seria triste ficar de fora porque quebraria esse ciclo de primeiro amadurecimento deste grupo".

A ala Patty Teixeira, uma das destaques do time nos Jogos Pan-Americanos, disse inicialmente que o time se mantém alheio a essa questão, mas depois deixou escapar a preocupação de ficar de fora da Olimpíada. "Nos deixa nervosas, ainda mais que é no Brasil. Mas se não for por sermos o país sede, vamos disputar o pré-olímpico e buscar essa vaga".

A pivô Kelly Santos, por sua vez, procurou passar tranquilidade. "A gente quer ser campeã da Copa América. Não importa se é vaga ou não, se vai estar pago ou não. É o nosso objetivo. Se estiver valendo vaga, vai ser mais gostoso ainda". (colaboraram Marcius Azevedo, de São Paulo, e Nathalia Garcia, de Toronto)

Contra a vontade de muitos atletas, a Confederação Brasileira de Levantamento de Peso aceitou como atleta brasileiro o norte-americano Pat Mendes, que teve as portas fechadas nos EUA depois de ser pego duas vezes no doping e suspenso por dois anos. Ele competiu no Pan defendendo o Brasil e caiu no doping mais uma vez.

De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), Pat, que foi quarto lugar na categoria até 105kg do levantamento de peso, sem obter medalha, testou positivo para um anabolizante, em exame coletado antes da competição, no domingo. Ele está suspenso provisoriamente até que seja julgado. Se punido, será expulso do esporte.

##RECOMENDA##

"Lamentamos o ocorrido e aguardamos o julgamento do atleta por parte das instâncias competentes antes que seja feito qualquer comentário precipitado. No entanto, o Comitê Olímpico do Brasil e a Missão Brasileira em Toronto reiteram a tolerância zero com o doping no esporte", afirmou Roberto Nahon, chefe-médico da Missão Brasileira em Toronto.

Pat já foi conhecido como o "adolescente mais forte dos Estados Unidos". Fenômeno no Youtube, aparece, em vídeos de 2010, batendo o recorde mundial júnior em treinos. Natural de Las Vegas, Pat foi logo tratado como fenômeno, mas não era bem assim.

Campeão norte-americano da categoria +105kg em 2011, levantando um total de 389kg (Fernando Reis Saraiva foi campeão pan-americano naquele ano com 410kg), Pat não repetia nas competições o desempenho dos treinos. Até que passou por dois testes antidoping fora de competição, em 7 e 27 de fevereiro de 2012. Testou positivo para hormônio do crescimento nos dois exames. Admitiu o doping e recebeu dois anos de suspensão. Ficou fora da Olimpíada de Londres, no mesmo ano.

A punição acabou em março do ano passado e, em setembro, Pat já estava competindo pelo Brasil. Ele é filho de pai brasileiro e, com as portas fechadas nos Estados Unidos, decidiu tentar competir na Olimpíada pelos donos da casa. Em maio passado, participou da seletiva para o Pan e se classificou na categoria até 105 kg (uma abaixo da que competia anteriormente), levantando um total de 370 kg, sendo 170 kg no arranco e 200 kg no arremesso. No Pan, teve o mesmo resultado e terminou em quarto lugar.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) confirmou nesta segunda-feira que Thiago Pereira será o porta-bandeira da equipe do País na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, marcada para a próxima sexta-feira, após receber e aceitar o convite de Carlos Arthur Nuzman.

Thiago Pereira já teve a honra de carregar a bandeira do Brasil em um Pan, o de 2007, realizado no Rio, na cerimônia de encerramento, depois de se consagrar nas piscinas ao faturar oito medalhas, sendo seis de ouro, uma de prata e uma de bronze.

##RECOMENDA##

Esses feitos levaram Thiago Pereira a receber o apelido de "Mister Pan". Afinal, ele é o atleta brasileiro com mais ouros conquistados na história do Pan - 12 -, além de estar a apenas uma medalha de igualar as 19 do ex-nadador Gustavo Borges como competidor que mais vezes foi ao pódio pelo País no evento poliesportivo.

A marca deve até ser superada por Thiago Pereira, que está inscrito para oito provas no Pan. A primeira com participação do brasileiro será a dos 200 metros peito, com eliminatórias marcadas para 15 de julho. O nadador deve desembarcar em Toronto na próxima quinta-feira.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, realizou na tarde desta quarta-feira a primeira visita ao novo ministro Esporte, George Hilton. Entre os tópicos discutidos, o principal assunto foi a preparação para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio. E Nuzman se mostrou animado com o que foi conversado.

"Vamos manter a parceria, a sinergia e o trabalho em conjunto. O ministro está entusiasmado com a preparação para os Jogos", afirmou Nuzman. "O Brasil vem se preparando para organizar os melhores Jogos Olímpicos e Paralímpicos da história. A integração de todos os entes públicos com o Comitê Rio 2016 é um fator chave para o sucesso da organização."

##RECOMENDA##

Esta aliança entre os órgãos responsáveis pela realização dos Jogos foi o ponto mais elogiado por Nuzman. "A relação entre o Ministério do Esporte, o COB e o Comitê Rio 2016 é exemplar para o mundo olímpico."

Os elogios de Nuzman vão de encontro às críticas que vêm sendo feitas à escolha de Hilton como novo ministro do Esporte, na vaga de Aldo Rebelo. O político, que se apresentava como "radialista, apresentador de televisão, teólogo e animador", nunca trabalhou com esporte e chegou a admitir que não entendia muito do assunto.

Mas isso não abalou a confiança de Nuzman, que apostou em uma grande edição dos Jogos Olímpicos no Brasil. Os eventos-testes estão previstos para terem início em julho deste ano e nem mesmo o atraso em diversas obras desanimou o presidente do COB.

"Os eventos estão sendo bem alinhados. Para nós, são importantes pela estrutura dos locais e pela operação de cada modalidade que teremos durante os Jogos, para podermos fazer ajustes, caso seja necessário", afirmou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando