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Quinta-feira, 19h. Dez pessoas estão reunidas às margens do Rio Capibaribe, na aresta da Rua do Sol com a Ponte Duarte Coelho, no Centro da cidade. Outras vão chegando aos poucos. Em pé, algumas entregam folhetos aos transeuntes. Sentadas, as demais se conectam ao que a fé lhes dirige. Em um microfone conectado a um amplificador, participantes fiéis do ponto de pregação "Gideões de Cristo" se alternam em cânticos, orações e mensagens.

O encontro - que ocorre todas as quintas e, nesta semana, completou 19 anos - não é vinculado a nenhuma instituição religiosa. Ele surgiu do ensejo de amigos, irmãos, evangélicos das mais diversas denominações, de pregar a palavra que há séculos norteia o cristianismo e seus seguidores.

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As falas são de encorajamento, pacifismo e mudança de vida. O convite é para qualquer um que deseje sentir o que os participantes chamam da "presença do Espírito Santo". As histórias de vida dos membros do ponto de pregação conotam a trajetória árdua de quem encontrou na fé o amparo para as dores do mundo. 

Conheça um pouco mais dos "Gideões de Cristo" na matéria em vídeo abaixo. 

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Após o deputado federal Marco Feliciano (PSC) contar que irá representar contra o também deputado Jean Wyllys (PSOL), após ter dito durante uma entrevista que transaria com todo mundo que quisesse e usaria drogas ilícitas se o mundo tivesse data para acabar, o psolista rebateu. Sem citar nomes, Jean chamou de “canalhas” os que membros da bancada fundamentalista que venderam a alma para salvar o presidente Michel Temer (PMDB).

“A minha resposta foi mais longa que o trecho que publicaram alguns canalhas da bancada fundamentalista, esses que venderam a alma para salvar Michel Temer das acusações do Ministério Público por corrupção passiva, formação de quadrilha e obstrução de justiça, e que ainda têm a cara de pau de falar em nome de Deus. Respondi, primeiro, que pediria perdão a toda pessoa que eu tivesse ferido. Essa primeira parte foi omitida nos vídeos editados. E também disse que consumiria drogas ilícitas e transaria muito. E, sim, faria”, escreveu por meio da sua página do Facebook.

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Jean ressaltou que não finge ser outra pessoa e que deu uma resposta “humana e com humor”. “Eu sou quem eu sou, não finjo ser outro. A diferença entre mim e eles, esses parlamentares que se indignaram falsamente com minha resposta, não tem nada a ver com sexo e drogas, que muitos deles usam no sigilo, embora eu tenho dúvidas de que transem muito pela infelicidade que vejo neles quando os encontro”. 

O parlamentar falou que se diferencia dos demais por não ser “ladrão” e por não ter enriquecido por meio da política e tampouco ter recebido dinheiro de cultos. “Somos diferentes porque eu sou honesto tanto na minha conduta quanto numa entrevista. Se o mundo fosse acabar, entre outras coisas, eu pediria perdão a quem tiver ferido, usaria drogas para que esse momento apocalíptico fosse mais leve e transaria muito, sim, senhor (...) e, diferentemente desses ladrões, não tenho nada de que me envergonhar — e durmo bem todas as noites, com a consciência tranquila. Se o mundo acabar e o céu e o inferno existirem, tenho a certeza de que eu e eles não nos encontraremos no mesmo lugar", detonou. 

 

 

 

 

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O culto que celebra o aniversário de cem anos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco – IEADPE está sendo realizado na Arena Pernambuco na tarde deste sábado (21). A expectativa de público é de 65 a 70 mil pessoas, que só é possível porque foram colocadas cadeiras do lado de fora e na área do gramado, que foi coberto, e telões. 

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O estádio tem capacidade para 45 mil pessoas nas arquibancadas e teve seu recorde absoluto de público em uma partida entre Brasil e Uruguai em março de 2016, com 45.010 torcedores enquanto que por volta das 17h, quando foi divulgado o último levantamento, cerca de 48 mil fiéis já chegaram à arena para o culto religioso desta tarde. O governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), também marcaram presença no evento, cumprimentando o presidente da igreja. 

Os portões do estádio foram abertos às 9h para o evento que teve início às 15h e segue até as 21h30 com a participação do pastor presidente Ailton Alves, que estará acompanhado no palco por cerca de 400 pastores, além de apresentação de cantores locais da igreja e de um coral de 2 mil vozes até o horário do culto oficial, que será realizado às 18h30.

A grande expectativa de público levou a um reforço no esquema de mobilidade e segurança. A organização do evento disponibilizou 1.030 ônibus saindo de todos os municípios pernambucanos, que chegarão  em horários pré-determinados, divididos entre 9h e 15h. 

Para caso de emergências, três postos de saúde foram montados e há 8 ambulâncias, sendo três delas equipadas com UTI. A segurança será realizada por 970 pessoas, entre orientadores, seguranças patrimoniais, seguranças de grandes eventos, PRF, BPRv, CIPIMOTOS, BPRP e Corpo de Bombeiros.   

Na quarta-feira (18) desta semana, todas as vagas de estacionamento da arena já haviam sido vendidas e há cinco Pontos de Verificação Veicular (PVVs) em volta do estádio para que apenas veículos credenciados tenham acesso ao estacionamento, em um esquema semelhante ao que foi utilizado na Copa do Mundo. 

Para as pessoas que pretendem utilizar o transporte público, é possível chegar através do metrô até o TI Cosme & Damião e a linha especial 047 – Cosme & Damião/Arena está funcionando para levar os usuários do TI Cosme & Damião até a Arena. Outra opção será o BRT Derby que disponibilizará 10 veículos e também haverá 15 ônibus circulando das 9h até às 22h30. 

*Com informações de Thayná Aguiar

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--> Evento religioso promete recorde de público na Arena PE

No próximo sábado (21), a Arena de Pernambuco será palco do culto de abertura oficial do Centenário da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco – IEADPE. A celebração acontecerá das 15h às 21h30. A expectativa é que a Arena receba seu maior público desde a sua inauguração, com uma estimativa de, aproximadamente, 65 mil pessoas. 

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus foi fundada em 24 de outubro de 1918, e possui membros em todas as cidades de Pernambuco. Além das atividades religiosas e missionárias, administra também projetos sociais por todo o Estado. Às 18h30, a celebração oficial será conduzida pelo pastor presidente Ailton Alves, que estará acompanhado, no palco, por cerca de 400 pastores, e contará também com a apresentação de um coral de 2 mil vozes, e cantores locais da própria igreja.

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Sendo este o evento de maior público na Arena de Pernambuco, um forte esquema de organização, mobilidade e segurança foi montado para atender à demanda.  Para acomodar o público, além das arquibancadas (45 mil lugares), o gramado será coberto para dar espaço ao público, com cerca de 8 mil cadeiras. Na área externa serão disponibilizadas mais de 12 mil cadeiras para acomodar os fiéis que assistirão toda a programação através de 3 mega telões.

A organização do evento disponibilizará 1.030 ônibus, vindos de todo o Estado para trazer os fiéis, previamente cadastrados nas igrejas, e que vão participar da celebração, sendo a maioria da Região Metropolitana do Recife. Para evitar congestionamentos na BR 408, que dá acesso à Arena, um esquema de mobilidade está sendo preparado. Os veículos credenciados chegarão  em horários pré-determinados, divididos entre 9h e 15h. Os portões serão abertos às 9h.

 Todas as vagas de estacionamento da Arena de Pernambuco já foram vendidas. Sendo assim, nos estacionamentos azul e verde serão disponibilizados para os ônibus que vierem pela BR 232, enquanto os estacionamentos laranja e amarelo serão para os ônibus que devem vir por Camaragibe. Todos os ônibus já estão previamente credenciados pela organização do evento.

5 Pontos de Verificação Veicular (PVVs) serão montados no entorno da Arena, que estarão localizados nos acessos de São Lourenço da Mata, Camaragibe e BR 232. O esquema será similar ao usado na Copa do Mundo de 2014. Desta forma, não será permitido o acesso de carros particulares não credenciados.

Quem optar por usar o transporte público terá como opções o metrô (R$1,60), até o TI Cosme & Damião; a linha especial 047 – Cosme & Damião/Arena também irá funcionar neste dia, levando os usuários do TI Cosme & Damião até a Arena. 15 ônibus estarão circulando das 9h até às 22h30, custando R$3,20. Outra opção será o BRT Derby que disponibilizará 10 veículos. As saídas do Derby para a Arena de Pernambuco acontecerão das 13h às 17h30. O retorno será de acordo com a saída do público do evento. O serviço ficará disponível até às 22h30, custando R$15 (ida e volta).

Devido ao grande número de pessoas no estádio, três postos de saúde serão montados, com o apoio de 8 ambulâncias, sendo três equipadas com UTI. Em todas as unidades haverá o suporte de médicos, enfermeiros e socorristas.

A segurança do evento contará com um efetivo de aproximadamente 970 pessoas, entre orientadores, seguranças patrimoniais, seguranças de grandes eventos, PRF, BPRv, CIPIMOTOS, BPRP e Corpo de Bombeiros. 

O deputado federal Jean Wyllys (Psol) repercutiu, nesta segunda-feira (15), uma reportagem recente do Estado de S.Paulo na qual destaca que tem se intensificado, nos últimos anos, o uso dos plenários de comissões da Câmara dos Deputados para a realização de cultos evangélicos e missas em horário de funcionamento da Casa. Para o parlamentar, utilizar do espaço para eventos religiosos é "gravíssimo". 

“Acho gravíssimo. Todas as religiões podem ter espaço e expressão nas audiências públicas, mas não podem se apropriar da instituição como se uma igreja fosse”, cravou o parlamentar. 

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A reportagem publicada pelo Estado de S.Paulo chega a citar o deputado da bancada pernambucana Pastor Eurico (PHS). A matéria diz que um encontro evangélico teria sido conduzido por ele na Comissão de Tributação e Finanças. O pastor teria dito que “Deus manda fazer justiça” na Câmara.“Temos tido compromisso e temos buscado fazer o que Deus manda através da sua palavra fazer justiça nesta Casa. E louvo a Deus porque aqui estão os homens que aceitaram o preço e nós sabemos o quanto temos pago. Aqui tem homens de Deus sérios, não tem nenhum aqui com cara de propina”. 

Ainda de acordo com o veículo, as cerimônias religiosas ocorrem em uma média de três vezes por semana e que os deputados pedem que sejam reservadas salas onde não serão realizadas sessões. 

A vereadora reeleita mais votada do Recife, Michele Collins (PP), que obteve 15.357 votos na última eleição irá realizar, no próximo sábado (10), um culto de ação de graças em agradecimento ao resultado obtido. Ela pretende reunir mais de 50 mil pessoas no evento que será realizado, às 19h, gratuitamente, no Campo do Singapura, na Linha do Tiro. Na ocasião, também será comemorado os 20 anos de existência do Ministério Recuperando Vidas com Jesus. 

Durante o culto, haverá apresentação musical da cantora gospel Cassiane. O Ministério Recuperando Vidas com Jesus é desenvolvido por Michele Collins e seu esposo, o pastor Cleiton Collins, que foi candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes na disputa deste ano. O projeto, criado em 1996, trabalha com jovens dependentes químicos com foco na ressocialização por meio da evangelização.

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Em entrevista ao Portal LeiaJá, após o resultado da eleição, a missionária disse que não esperava ser o primeiro lugar. “Mas eu sentia uma força muito grande das pessoas nas ruas. Sentia o calor humano e muito apoio. Estou muito feliz por essa oportunidade. O povo reconheceu o nosso trabalho”, chegou a dizer.

 

 

 

"Amém", "Aleluia, irmãos", "glória a Deus". Sempre acompanhadas de exclamações efusivas, essas palavras têm sido ouvidas cada vez mais em um local onde todos os temas deveriam ser discutidos e tratados, mas nenhuma oração, de crença nenhuma, deveria ser proferida: a Câmara Municipal de São Paulo. Ela é o endereço de pelo menos um encontro religioso por semana neste ano.

Levantamento feito pela reportagem na agenda de eventos do Cerimonial da Câmara mostra que a Casa foi sede de 24 atos de cunho religioso entre janeiro e junho (praticamente um por semana), com custos pagos pelo Legislativo. Os vereadores e entidades envolvidas dizem que exercem a liberdade de expressão nesses encontros e afirmam não cometer ilegalidade. Especialistas em Direito Constitucional ouvidos pela reportagem discordam.

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Muitos disfarçam a natureza do evento, transformando as sessões de louvor em "homenagens" a personalidades da cultura gospel ou ao aniversário de inauguração de algum prédio religioso. Alguns, por outro lado, nem se esforçam para isso.

Com reuniões mensais desde 2014, o Grupo de Oração Ministério Ágape Reconciliação, ligado à Igreja Bola de Neve, chega a reunir 200 participantes no Auditório Prestes Maia, no 1º andar do Palácio Anchieta.

Os encontros duram três horas. Têm pregação, momentos fervorosos de oração - em que os fiéis dão as mãos, fecham os olhos e pedem a intervenção do Espírito Santo - e muita doutrina. O grupo pode ocupar o espaço a pedido do vereador Eduardo Tuma (PSDB) - autor do projeto de lei, vetado anteontem pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que queria instituir o "Dia de Combate à Cristofobia".

Pregações

"Se alguém vier falar para vocês que o islamismo é uma religião de paz, é mentira. Eles fazem todo cristão renunciar a Jesus Cristo. Todos são convocados para a matança de cristãos", afirmou um homem ao microfone em um dos encontros do Ágape, em fevereiro.

E a pregação também não deixa de tratar de temas políticos. "Quero pedir perdão. A gente sabe que existe algo chamado Foro de São Paulo, e sabemos que nosso governo atual (na época, de Dilma Rousseff) está envolvido nisso. Nós Te pedimos perdão por alianças com países que estão tentando implantar o comunismo, que já estão em processo de doutrinação desde a época em que houve ditaduras em toda a América Latina. Pedimos que tende piedade de nós, porque essa é uma doutrina feita por um satanista chamado Karl Marx", afirma outro homem, no encontro.

Os discursos também trazem a visão religiosa para assuntos ligados aos direitos civis: "Pedimos perdão por todo tipo de casamento gay, de doutrinação", afirmou outro fiel no evento.

No dia 18 de abril, o momento evangélico ocorreu no Salão Nobre, no 8º andar do prédio que fica no Viaduto Jacareí, centro da capital. Iniciativa de Noemi Nonato (PR), missionária da Assembleia de Deus, autora do projeto de lei que incluiu o Dia do Círculo de Oração no calendário de festas paulistano. Em certo momento, um grupo de seis mulheres com vestidos semelhantes a fardas militares roubou a cena, cantando e dançando uma animada coreografia. "O sonho não pode acabar, Deus está sempre ao teu lado", entoavam. "É hora de se levantar, não desista de lutar, o escolhido de Deus não para não, mesmo que esteja em uma prisão."

Louvorzão

Em encontro chamado "Louvorzão Fé São Paulo", no dia 10 de junho, no Plenário Primeiro de Maio - local onde os projetos de lei são discutidos e votados pelos vereadores, a ideia foi homenagear "os representantes da música gospel". Foi um evento proposto pelo vereador Jean Madeira (PRB), pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. "Se diziam que não tinha como acontecer isso na Câmara, pronto. Já está acontecendo. Uma salva de palmas para Jesus."

Madeira pregou, cantou, orou e reclamou que fez o pedido para que houvesse música gospel na Virada Cultural - mas não foi atendido. "Queremos fazer e avançar cada vez mais na cidade de São Paulo."

Procurada, a Presidência da Câmara informou que os vereadores têm direito de requisitar os auditórios para eventos particulares - o Estado contou quase 80 somente neste ano. E destacou que os assuntos tratados nas cerimônias são de responsabilidade do parlamentar que convocou o encontro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Reunidos na noite de domingo na Assembleia de Deus de Madureira, zona norte do Rio, fiéis vestiam roupa de festa para o culto de agradecimento a Deus pela eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de 56 anos, à presidência da Câmara. Por mais de duas horas, cantaram, oraram e ouviram discursos de vários políticos. No ambiente de devoção e comemoração, houve espaço para ironia com o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor dos direitos dos homossexuais e visto com resistência entre os evangélicos.

"Houve uma falha grave, esquecemos de convidar o Jean Wyllys para estar aqui. Ele foi uma das pessoas que ficaram mais felizes com a eleição do Eduardo", disse o deputado estadual Fábio Silva (PMDB). Os fiéis riram. O presidente da Câmara evitou achar graça e olhou em volta.

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"Vocês têm imunidade parlamentar, eu não tenho", brincou o presidente da Igreja Assembleia de Deus em Madureira, pastor Abner Ferreira, com os políticos que ocupavam lugar de destaque no templo. "O deputado Jean Wyllys tem nosso respeito, mas a brincadeira foi válida."

Fábio Silva é filho do empresário e ex-deputado Francisco Silva, responsável pela entrada de Cunha no mundo evangélico, há 20 anos. Pelas mãos de Silva, dono da rádio evangélica Melodia, ele passou a frequentar cultos e ingressou na Igreja Sara Nossa Terra. No domingo, o peemedebista confirmou a troca pela Assembleia de Deus em Madureira, maior e mais influente.

A amizade com Silva começou quando Cunha, economista de formação, presidia a antiga Telerj, para a qual foi indicado por Paulo Cesar Farias após trabalhar na campanha de Fernando Collor para presidente, em 1989. Cunha descobriu uma falha no registro da candidatura de Silvio Santos, o que tirou o empresário na disputa e beneficiou Fernando Collor.

Com a revelação do esquema de corrupção comandado por PC Farias e o impeachment de Collor, Cunha deixou a estatal em 1993. Foi trabalhar na bolsa e, em 1995, passou a colaborar com a rádio Melodia. Quatro anos depois, o então governador Anthony Garotinho (então no PDT, hoje no PR) o nomeou à presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab).

Cunha deixou o cargo em 2000, após denúncias de irregularidades em licitações. Os processos abertos no Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram arquivados em 2004 e reabertos em 2012, porque a Justiça do Rio apontou fraude na assinatura de documentos que inocentavam Cunha. O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que inocentou Cunha em agosto.

O trabalho no governo e a religião evangélica fizeram de Cunha um dos principais articuladores de Garotinho. O ex-governador levou Cunha para o PMDB e, mesmo após deixar o partido, continuou próximo do deputado. Por indicação de Cunha, o ex-prefeito Luiz Paulo Conde, aliado de Garotinho, foi nomeado presidente de Furnas Centrais Elétricas.

Os amigos romperam em 2010 e Garotinho é hoje um dos maiores desafetos de Cunha. Na disputa da Câmara, a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha do ex-governador, fez campanha para o petista Arlindo Chinaglia (SP) com ataques ao antigo aliado. "Eduardo Cunha é o ‘chantageador-geral’ de República", disse Clarissa em um almoço de apoio a Chinaglia no Rio.

'Afinal de contas'

A amizade de Cunha com Francisco Silva se mantém e o deputado faz inserções diárias na Melodia, sempre encerradas com o bordão "afinal de contas, o povo merece respeito", repetido na noite de domingo por vários oradores que exaltavam a vitória de Cunha.

"Pela primeira vez um deputado que não tem vergonha de dizer que honra a Deus assume a presidência da Câmara", comemorou o pastor Everaldo Pereira (PSC), quinto colocado na disputa presidencial em 2014. A influência de Cunha em vários partidos estava expressa nos políticos presentes ao culto, filiados a seis legendas - PMDB, PSD, PSC, PRP, PR e PP. Também estava lá Jair Bolsonaro (PP-RJ), o mais votado do Rio, com 464,5 mil eleitores. "Você está em campo minado, mas, com Deus e os amigos, vencerá os obstáculos", disse Bolsonaro.

Cunha consolidou a influência na Câmara em 2013, ao ser eleito líder do PMDB. Na ocasião, formou o "blocão", que deu dores de cabeça à presidente Dilma Rousseff em votações de interesse do governo.

O peemedebista não se incomoda de ser chamado de pedra no sapato de Dilma. Insiste que não age em causa própria, mas em benefício do Parlamento. Na última quinta-feira, Cunha esteve com a presidente no Palácio do Planalto em uma reunião "para quebrar o gelo". Horas antes, tinha instalado a CPI da Petrobras, que voltará a investigar o esquema de corrupção na estatal. Mas decidiu segurar, pelo menos por ora, outra CPI incômoda ao governo, a do sistema elétrico. "Vai ficar na fila."

Fiéis

Com bom trânsito entre grandes empresários, Cunha consegue recursos não só para sua campanha, mas para candidatos menos conhecidos, seus fiéis aliados, de diferentes partidos e quase todos evangélicos. A retribuição veio na campanha pela presidência da Câmara. Parlamentares e líderes evangélicos montaram uma rede de apoio a Cunha. "O Satanás teve que recolher cada uma das ferramentas preparadas contra nós. Nosso irmão em Cristo é o terceiro homem mais importante da República", disse o pastor Abner Ferreira.

Na campanha pela presidência da Câmara, Cunha deu atenção especial aos novatos. Três estavam no culto de domingo. "Chego à Câmara em um momento histórico. Fizemos um pouco para contribuir com essa vitória e agradeço a Deus pela sua eleição", disse Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ).

Cunha faz os colegas pouco expressivos se sentirem prestigiados, como na comemoração pela eleição na Câmara. O baixo clero era maioria na festa do dia 1.º e o deputado fez questão de brindar e conversar com todos. Dez pequenos partidos que declararam apoio a Cunha deram cerca de 65 dos 267 votos obtidos pelo peemedebista, que contou com dissidências em outras legendas e com os evangélicos.

Em discurso no culto, Cunha disse que, sem eles, não teria chegado aos 232,7 mil votos obtidos - terceira maior votação no Estado. Na primeira eleição para a Câmara, em 2002, teve 101 mil votos. Em 1998, tinha ficado como suplente de deputado estadual, com 15,6 mil votos.

Em 2014, Cunha faz campanha centrada na defesa da família e contra o aborto e o casamento gay. Com patrimônio declarado de R$ 1,6 milhão, arrecadou R$ 6,8 milhões para a campanha. Os bancos Bradesco, Santander e BTG Pactual, a rede de shoppings Iguatemi e a Líder Táxi Aéreo estão entre os maiores doadores.

Aos fiéis, Cunha contou episódios da disputa na Câmara e reclamou da atuação do governo em favor de Chinaglia (Mais informações nesta página). "Não dava para acreditar na pressão que eles fizeram. Mas tenho repetido todo esse tempo: ‘Se Deus é por nós, quem será contra nós?’"

Depois do culto, o deputado posou para fotos e conversou com os fiéis. Voltou para casa, na Barra da Tijuca, zona oeste, depois das 21h. Casado com a jornalista Cláudia Cruz e pai de quatro filhos, Cunha passou o fim de semana com a família. A presença permanente de agentes da Polícia Legislativa da Câmara, responsável pela escolta dos presidentes da Casa, mostra a única "perda" até agora lamentada por Cunha. "Perdi a privacidade."

“Tire os sapatos! Aqui só entra descalço, pois o solo é sagrado”, avisa a placa em frente ao terreiro. O som forte do tambor, os cânticos entoados e o cheiro de ervas convidam a entrar. O bairro é Vasco da Gama, Recife. Na parte interna da casa, velas de diversas cores, pratos de comida espalhados pelo chão e imagens de orixás e caboclos, completam o cenário. Gritos e gemidos saem de uma sala, algumas pessoas que estão no espaço começam a se debater, e a falar uma linguagem desconhecida. A cena descrita faz parte de uma cerimônia de umbanda, chamada gira, na qual as pessoas rezam, cantam, dançam e incorporam várias entidades.

Este mesmo ritual ocorre em todo o País desde a constituição da crença, datado de 15 de novembro de 1908. Há dois anos, a data foi oficializada como o Dia Nacional da Umbanda.  Porém, devido ao preconceito e o desconhecimento que o culto ainda carrega pouco se tem a comemorar. “Para muita gente a umbanda é sinônimo do mal, de ‘macumba’, despacho”, diz o engenheiro e funcionário público, Jairo Jogaib.

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Carioca, Jairo teve o primeiro contato com a religião há 14 anos, no Recife. “Eu era católico, assim como meus pais. Fui parar na umbanda por acaso. Minha esposa foi chamada por uma amiga para fazer uma consulta e fui acompanhar. Assim que cheguei senti uma coisa diferente e quando começaram a tocar os atabaques entrei em alfa. Depois disso não parei mais de ir”, relata.

Hoje, médium, o engenheiro ajuda a mãe de santo nos trabalhos realizados em um centro umbandista, localizado no Ipsep, zona sul da capital. “Na nossa casa tem a desobsessão, fluído terapia, um tratamento de saúde que é uma aplicação de luzes através da mente. Realizamos vários outros trabalhos sem cobrar nada por isso. É caridade pura, buscamos fazer apenas o bem”.

Discriminação, desconhecimento e medo

Sobre o preconceito, Jairo diz que costuma levar na brincadeira. “As pessoas ficam chocadas quando falo qual é minha religião. Trabalho no Tribunal Regional Federal e faço questão de dizer que sou umbandista. Nas quartas, aviso que vou para o centro. Quando vejo que alguém acha estranho, na mesma hora brinco que vou fazer uma macumba e que se no outro dia a pessoa for parar no hospital a culpa foi minha”, diz aos risos.

O funcionário público faz questão de completar a frase explicando o que é macumba. “É uma árvore africana enorme e por isso tem muita sombra. Era embaixo dela onde as pessoas cultivavam seus deuses. E era da madeira dessa espécie de onde saíam os tambores utilizados em cerimônias religiosas. Foi daí que veio o nome macumbeiro, e não tem nada de ruim nisso”, detalha.

Não é como a mesma naturalidade que a enfermeira Júlia Lins encara a intolerância religiosa. “Sou filha de santo, faço consultas, mas não é para todo mundo que revelo. Já fui vítima de muito preconceito”, desabafa. 

Júlia não entra na taxa dos 0,3 % da população brasileira que se declara seguidor da religião. “Prefiro falar que sou espírita, pois os próprios praticantes não conhecem a filosofia da crença, misturam com o candomblé (religião afro-brasileiras), a jurema (doutrina de matriz indígena). Nós não usamos sangue, não fazemos sacrifícios de animais. A nossa filosofia prevê a humildade e a caridade, mas boa parte dos centros, mais conhecidos como terreiros, cobram pelo trabalho. Essa não faz parte da minha crença”, argumenta.

Foto: Úrsula FreireA enfermeira completa falando sobre o medo que as pessoas têm da religião. “Existe, sim, o despacho com intuito de fazer mal as outras pessoas. E as negatividades. Mas não ocorre em todos os centros (terreiros) e só funciona para quem não é do bem. Todo mal que é feito para pessoas de coração bom, acaba voltando para quem fez”.

Outro ponto citado pela umbandista é a incorporação. “A maioria da sociedade pensa que ao entrar em um terreiro, vai ‘baixar um santo’ e perder a consciência. Não funciona assim. Não é qualquer pessoa que pode incorporar. Existe uma preparação para isso, e leva um tempo”, completa.

“As pessoas deveriam visitar um centro umbandista para conhecer. Não precisa seguir a religião, é só para não ficar tirando conclusões cheias de preconceito”, finaliza a filha de santo. 

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O ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e deputado, Marco Feliciano (PSC-SP), voltará ao Estado para participar do Projeto Evangélico Libertador a convite do vereador André Ferreira (PMDB) e do deputado federal Anderson Ferreira (PR). O parlamentar, que também é pastor evangélico da Igreja Assembleia de Deus pregará às 19h no bairro de Tabatinga, na cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife e em Jordão Baixo, na capital pernambucana, nesta quinta (13) e sexta-feira (14), respectivamente.

Feliciano ficou conhecido nacionalmente por propor uma polêmica proposta da "cura gay" na Câmara Federal e apesar de ultimamente, em pleno ano eleitoral, ter vindo a Pernambuco com frequência, o vereador peemedebista alega que não há intenções políticas nos encontros como o de hoje. “O evento é evangélico, chamamos de cruzadas evangélicas e ele vai pregar e não fazer show. O projeto já existe há mais de 15 anos no Estado e o pastor Marcos está como pastor, não como deputado. É um trabalho que leva a palavra de Deus”, explicou Ferreira.

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O peemedebista também anunciou que já estão marcadas para o primeiro semestre, cerca de dez vindas do deputado a Pernambuco, mas devem ser fechados novos eventos depois de junho.

Questionado sobre o apoio eleitoral que devem dar a Feliciano, o vereador confirmar que pode haver eventos específicos sobre política, mas apenas no período permitido pela Justiça Eleitoral. “Podemos fazer durante a campanha, mas não no projeto Libertador. A gente pode conciliar algumas agendas políticas nas partes da manhã, mas que não atrapalhem o evento à noite”, antecipou. 

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O protesto contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) que ocorreu nesta quinta-feira (30), no município de Jaboatão dos Guararapes, contou com a presença de poucos manifestantes. Cerca de 30 jovens reivindicavam uma sociedade sem preconceitos e gritavam versos a favor da diversidade sexual e contra o parlamentar. Antes da chegada do deputado, os protestantes promoveram um “beijaço” entre pessoas do mesmo sexo. O social-cristão foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados em 2013 e esteve presente no Projeto Libertador, organizado pelo deputado Anderson Ferreira (PR) e pelo vereador André Ferreira (PMDB). 

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De acordo com o organizador do evento e militante da Juventude Popular Socialista (JPS), Cristiano Vasconcelos, o ato é uma propagação de amor livre. “O ato é contra o fundamentalismo. É a reafirmação do direito do País laico. Queremos manifestar a favor da diversidade sexual. Não viemos tumultuar, só viemos mostrar nossa voz”, disse Vasconcelos, que também é filiado ao PPS.

O oficial responsável pelo evento, o tenente Maurício Freitas, disse que os jovens tem todo o direito de protestar, mas respeitando o espaço do outro. “Fizemos uma orientação aos evangélicos que não fizessem qualquer discurso contra os homossexuais para não haver nenhum tumulto. É importante relatar que um evento não pode atrapalhar o outro”, ressaltou. 

No momento que subiu ao trio elétrico para começar o culto, Marco Feliciano pediu para os fiéis não ignorarem os manifestantes. “Não liguem para eles. Eles só querem aparecer. Não existe nenhum pai de família”, afirmou o parlamentar. 

“Eles podem ter o direito de se manifestar, mas se trouxerem a faixa aqui eu chamo a polícia. Essas pessoas já foram crentes ou tem pessoas na família que são crentes. Eles envergonham a família. Isso é feio, muito feio”, completou o social-cristão, se referindo a uma faixa de repúdio que os protestantes trouxeram para criticá-lo. 

Confira vídeo do "beijaço" abaixo:

 

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) aportará em Pernambuco para participar de dois eventos religiosos, nesta quinta (30) e sexta-feira (31), em Jaboatão dos Guararapes e no Cabo de Santo Agostinho, respectivamente. E para recepcioná-lo um grupo organiza, pelo facebook, um "beijaço", em protesto as pregações do parlamentar. Mais de 200 pessoas já confirmaram a participação. 

Feliciano se tornou famoso entre a população não evangélica após presidir a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Federal e se posicionar contra o movimento LGBT, além de fazer comentários racistas e homofóbicos durante discursos e nas redes sociais. Além da autoria do projeto que ficou conhecido como "cura gay", que assegurava tratamento pscológico para os gays. "Este ato é uma caractarização de repúdio as declarações homofóbicas dele. Não é uma ação para os homossexuais, mas para todos que defendem uma sociedade igualitária. Também devemos ter lá a Associação das Mães de Homossexuais", disse um dos organizadores do evento, Crsitiano Vasconcelos.

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A organização do evento que Marco Feliciano participará, Projeto Libertador, conta com a participação do vereador André Ferreira (PMDB) e do irmão, deputado federal Anderson Ferreira (PR). Segundo eles até maio, cerca de 10 pregações do pastor e deputado estão marcadas para acontecer no estado. 

 

Um culto ecumênico celebrado por três padres e dois pastores encerrou a programação de homenagens às vítimas do incêndio da boate Kiss no início da noite desta segunda-feira, 27, dia em que a tragédia completou um ano. Cerca de duas mil pessoas foram à praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, vestidas de branco, exibindo fotos de familiares que morreram em suas camisas e portando flores nas mãos. Antes do culto, foi lido o nome das 242 vítimas em sequencia intercalada por toques de tarol e bumbo, em homenagem que manteve a praça em silêncio.

A tragédia ocorreu em 27 de janeiro de 2013 e foi provocada pelo uso de um artefato pirotécnico durante show da banda Gurizada Fandangueira. Uma fagulha chegou ao teto e passou a queimar o revestimento de espuma. A maioria dos jovens que estava se divertindo na casa morreu por asfixia. As homenagens pelo primeiro ano da tragédia começaram no sábado com um congresso sobre mudança repentinas de perspectivas de vida, prevenção e segurança em locais públicos. As famílias também fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira para pedir que o Ministério Público responsabilize também funcionários públicos municipais que não foram relacionados na denúncia enviada à Justiça. Há quatro processos em andamento, dois na esfera criminal, um na cível e um na militar, com um total de 11 réus.

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As três mulheres supostamente mantidas em regime de escravidão por 30 anos no Reino Unido compartilhavam crenças ideológicas com seus carcereiros, segundo divulgado pela polícia britânica neste sábado. Os suspeitos de aprisionar as mulheres - um homem e uma mulher vindos da Índia e da Tanzânia - conheceram duas das vítimas e viveram com elas nas mesma casa em uma espécie de habitação coletiva, aparentemente na região de Brixton, no sul de Londres.

"Nós acreditamos que duas das vítimas conheceram o suspeito masculino em Londres, por meio de uma ideologia comum, e que eles viveram juntos em uma casa que podemos efetivamente chamar de 'coletiva'", disse o comandante da política metropolitana, Steve Rodhouse. A convivência coletiva depois foi rompida, mas as mulheres continuaram na casa, por motivos que a polícia ainda desconhece.

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A terceira vítima é uma mulher de 30 anos, que aparentemente passou a maior parte da sua vida sob controle dos dois suspeitos, com pouco contato com o exterior. "De alguma forma a convivência coletiva chegou ao fim e as mulheres continuaram vivendo com os suspeitos. Como isso perdurou por mais de 30 anos é o que nós estamos tentando entender, mas nós acreditamos que abusos emocionais e físicos fizeram parte da vida das vítimas", explicou Rodhouse.

Esta semana a polícia britânica revelou que uma mulher de 69 anos, da Malásia, outra de 57 anos, da Irlanda, e uma terceira de 30 anos, nascida no Reino Unido, foram libertadas após três décadas, levantando questões sobre como essa situação pode ter sido mantida em segredo por tanto tempo. A polícia não revelou detalhes sobre a "convivência coletiva" ou as ideologias que ligaram essas mulheres aos suspeitos.

A polícia diz que as três vítimas eram sujeitas a constantes agressões e mantidas presas por "algemas invisíveis", em vez de amarras físicas. As autoridades indicam que a situação não envolvia abuso sexual. Os suspeitos, ambos de 67 anos, foram presos e liberados após pagar fiança. Uma audiência sobre o caso deve ocorrer em janeiro, mas eles não foram formalmente acusados de nenhum crime.

Uma certidão de nascimento da mulher de 30 anos foi encontrada, mas a polícia não revelou se ela tem algum parentesco com os suspeitos ou as outras duas vítimas. Segundo Ian Haworth, fundador do Centro Britânico sobre Cultos, as vítimas podem ter sido submetidas a técnicas de controle da mente. "Tudo o que eu ouvi sugere que pode se tratar de alguma espécie de culto. O uso da expressão 'algemas invisíveis' reforça isso. É uma grande descrição de controle mental, coerção psicológica e reforma do pensamento", afirma.

Segundo o especialista, as vítimas, que aparentemente podiam sair do apartamento em determinadas situação, sempre acompanhadas dos suspeitos, podem ter sido programadas para pensar que a casa era o único local seguro do mundo. "Você parece ser livre para ir e vir, mas não é. Em um culto, você é programado para pensar que todos de fora do grupo são contra você", explica. De acordo com Haworth, pode levar um ano para que as vítimas consigam se livrar dessa personalidade imposta. A situação da mulher mais nova, que viveu praticamente a vida inteira nessa situação, é mais complicada.

O caso foi revelado quando a mulher irlandesa ligou para a organização não governamental Freedom Charity no mês passado e disse que estava sendo mantida presa juntamente com outras duas vítimas. A organização passou a trocar telefonemas com a mulher e avisou a polícia. Duas das vítimas acabaram deixando a casa por conta própria e a terceira foi resgatada pela polícia. Fonte: Associated Press.

O advogado de Anders Behring Breivik, o norueguês que, em 2011, matou 77 pessoas, expressou sua preocupação por constatar que o extremista de direita está se transformando numa "personalidade de culto" em diversos círculos e está sendo considerado uma espécie de modelo por causa de sua fúria contra o multiculturalismo.

"O que é preocupante são as informações recorrentes de todo o mundo que mostram que Breivik se está convertendo em um personagem de culto em alguns círculos", escreveu Geir Lippestad em seu novo livro publicado na Noruega.

"Quando se vê imagens da Rússia, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Suécia e outros países onde tem partidários, Breivik está, sem qualquer sombra de dúvidas, convertendo-se num moedelo que pode influenciar outras pessoas e fazer jovens virarem terroristas", denuncia.

Breivik, que dizia travar uma "cruzada" contra o multiculturalismo, matou 77 personas em 22 de julho de 2011. Primeiro fez explodir um carro-bomba junto à sede do governo em Oslo e depois abriu fogo contra jovens trabalhistas na ilha de Utoya.

Em 24 de agosto, Breivik foi condenado à pena máxima, ou seja, 21 anos de prisão, um castigo que poderá ser prolongado de forma indefinida enquanto for considerado perigoso.

Em meio às polêmicas que o pastor e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Marco Feliciano (PSC-SP) vem gerando nas redes sociais, desde domingo (7) repercute nas teias um vídeo em que Feliciano diz que Deus matou o músico inglês John Lennon, assassinado a tiros em 1980.

No vídeo, publicado no youtube, sem data identificada e com quase 65 mil visualizações, o pastor comenta polêmica e fala do ex-integrante dos Beatles, que afirmou que a banda era mais popular que Jesus Cristo na década de 1960. Além disso, na imagens, que são de um culto evangélico presidido por Feliciano, o hoje deputado diz: “A minha bíblia diz que Deus não recebe esse tipo de afronta e fica impune. Passou um tempo depois dessa declaração, estava ele (John) entrando em seu apartamento, quando abre a porta e escuta alguém chamar ele pelo nome. Ele vira e é alvejado com três tiros no peito”.

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Na época, a declaração do músico inglês rendeu críticas e cancelamento de concertos dos Beatles, que acabaram se desculpando publicamente depois. “Eu queria estar lá no dia em que descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e dizer me perdoe John, mas esse primeiro tiro foi em nome do Pai, esse em nome do Filho e esse é em nome do Espírito Santo”, ressalta Feliciano no vídeo.

Além da morte de John Lennon, o pastor afirma também em outro vídeo que Deus matou o grupo Mamonas Assassinas.

Confira os vídeos:

O deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou na noite de sexta-feira, 29, que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados era "dominada por Satanás" antes de sua nomeação para a presidência do colegiado.

A declaração foi feita durante um culto num ginásio de Passos, no interior de Minas Gerais. O evento foi organizado pela União das Igrejas Abençoando Passos (Uniap) e reuniu cerca de 2 mil pessoas. "Pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de espírito santo conquistou um espaço que até ontem era dominado por satanás", afirmou Feliciano. O vídeo está disponível no Youtube.

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Alvo de protestos de ativistas de direitos humanos e do movimento LGBT, Feliciano disse que "está sangrando", mas afirmou que seguirá pregando. "Sei que Jesus me levantou neste momento para abrir os olhos da igreja brasileira", discursou.

Do lado de fora do culto, um protesto convocado por estudantes reuniu cerca de 50 pessoas com faixas que pediam a renúncia do deputado. Ao se referir aos manifestantes, Feliciano disse que "a natureza deles é gritar, xingar, falar palavras de ordem. É dar beijos no meio da rua, tirar a roupa. A natureza deles é expor um homem como eu, pai de família, ao ridículo".

Após a pregação, o deputado usou a internet para dizer que sua presença em Passos foi um sucesso. Pelo Twitter, afirmou que "foi lindo ver os cristãos unidos em apoio a nossa causa". A assessoria de Feliciano informou que o deputado fez as declarações em Passos na condição de pastor, e não na de parlamentar.

Devido ao acontecimento do último sábado (9), quando o vigilante do Sesc de Piedade, Fábio Mateus, de 37 anos, assassinou a amante, Claudiane Ferreira da Silva, de 29, que trabalhava como atendente de copa e cozinha do local, o Sesc Pernambuco organizou uma campanha pelo fim da volência contra a mulher.

A campanha também está sendo realizada por causa dos dados divulgados pela Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), que apontam que até 70% das mulheres em alguns países enfrentam violência física e/ou sexual em sua vida.

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O Sesc Piedade organizará um culto ecumênico que prestará uma homenagem a funcionária Claudiane, nesta próxima segunda-feira (18), às 15h30. A iniciativa tem o apoio da Secretaria Executiva da Mulher de Jaboatão dos Guararapes. 

A violência contra a mulher será tema de mais uma campanha no Estado. Desta vez, o Sesc Pernambuco está organizando um culto ecumênico em homenagem à funcionária Claudiane Ferreira da Silva, de 29 anos, morta no último sábado (9), dentro da unidade, em um crime passional.

A celebração será realizada na próxima segunda-feira (18), às 15h30, no próprio Sesc. A iniciativa tem o apoio da Secretaria Executiva da Mulher de Jaboatão dos Guararapes.  

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Homicídio - Claudiane Ferreira foi morta a tiros, disparados pelo companheiro Fábio Mateus, de 37 anos, que trabalhava como vigilante do Sesc. Após cometer o crime, o homem acabou se suicidando. 

Segundo informações iniciais, o casal mantinha uma relação extraconjugal há dois anos. Conforme a família da vítima, o vigilante já vinha ameaçando a funcionária de morte há três meses, caso ela terminasse o relacionamento.

 

Uma mulher foi assassinada na noite de domingo (6), durante um culto evangélico na Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro de Vila Isabel, zona norte do Rio. Marisa dos Navegantes Chagas dos Santos, de 35 anos, foi morta com uma facada após uma discussão com o ex-marido José Lúcio dos Santos, 34. Segundo testemunhas, a briga entre os dois havia começado na rua, e a vítima teria entrado na igreja em busca de proteção.

A discussão prosseguiu mesmo após a chegada da polícia. O homem esfaqueou a vítima na frente dos policiais, e em seguida tentou esfaquear também um cabo da PM. O policial reagiu e disparou contra Santos, que morreu no local. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios, que afirma já ter esclarecido o crime mas ainda ouvirá testemunhas. Também foi instaurado um auto de resistência na 19ª DP (Tijuca) para analisar a conduta do policial.

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