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O Terreiro Ilê Axé Talabí, em Paratibe - Paulista, na Região Metropolitana do Recife, realiza neste sábado (8) e domingo (9), o projeto Articula Matriz Africana: Cultura, Territorialidades e Ecossistemas, com incentivo do Funcultura. Os encontros têm o objetivo de promover transmissões de saberes, fazeres e métodos tradicionais de cultivo e manejo da terra resguardados pelas comunidades de matrizes afro-indígenas de Pernambuco. O evento é gratuito.

Com produção do Núcleo de Mídia, Comunicação e Tecnologia Social do terreiro, a iniciativa irá promover vivências orais, gastronomia tradicionais dos orixás, além da produção de uma horta comunitária de ervas medicinais dentro do espaço geográfico do terreiro, além da produção de mudas de árvores frutíferas e sagradas para compartilhamentos com outros terreiros do Grande Recife.

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Entre as mudas frutíferas que serão estão a manga, o abacate, a jaca, a carambola, entre outras. Dentro do campo sagrado serão plantadas o Igi Opé (Dendezeiro), Jurema Preta, Akoko, Obí e Iroko.

Na gastronomia, público e comunidade irão se alimentar das comidas tradicionais, como: Èwà Obaluaiê (feijão do senhor rei da terra), Àgbàdo Funfun – milho branco (mungunzá), Fèsélù Òbúko – Pirão de bode e Isu - inhame.

Os dois dias de atividades serão ótimas oportunidades para sensibilizar de crianças aos idosos, sobre os conhecimentos oriundos da ancestralidade negrindígena, no campo do uso sustentável dos recursos naturais e da alimentação ancestral da Jurema Sagrada e do Orixá.

O momento será coordenado pela RAE - Rede de Autogestão em Ecossistemas da Comunidade Tradicional do Terreiro Axé Talabi e valoriza os territórios terreiros enquanto espaços de preservação do ecossistema natural e da biodiversidade.

“Sem natureza não há Orixás, os Orixás são as próprias manifestações e vitalidades dos elementos naturais. Não há cultura, cultivo e continuidade sem água, sem terra, sem ar. E é neste sentido que nossas comunidades de Terreiros atuam como espaços de envolvimento para preservação de um legado, um sentido de mundo que relaciona espiritualidade, cuidados e vida”, explica o Babalorixá e Juremeiro Pai Júnior de Odé, membro do conselho religioso do Terreiro Axé Talabi e idealizador do projeto.

A importância da Natureza para o Povo de Terreiro

A cultura do Candomblé e da Jurema Sagrada está fortemente presente no estado de Pernambuco, e em outros estados brasileiros. É de fundamental importância as narrativas dos povos indígenas e africanos, que sustentam a base filosófica das comunidades de terreiros, para a cultura popular e tradicional, assim como para a diversidade cultural do Brasil.

O entendimento de cultura para os membros das comunidades tradicionais de matrizes afro-indígena – Povos de Terreiros – é integralizado, vai muito além das manifestações de ordens estéticas, dos brinquedos e das produções artísticas, entende-se como cultura um complexo que inclui a salvaguarda de práticas tradicionais ligadas aos diversos valores morais, éticos e comportamentais, integrados a preservação dos elementos e manifestações da Mãe Natureza.

Fotos: Uenni Mirielle 

Confira a programação completa abaixo: 

8 de Julho (Sábado)

9h - Acolhida dos participantes e vivência Ilè ògérè: a Mãe Terra;

10h

A ciência das folhas: apresentação das espécies e tratamento da terra;

12h às 14h – O alimento que nos une: preparação e refeição coletiva do Èwà Obaluaiê – feijão do senhor rei da terra;

15h às 17h – Produção da horta: processos de plantio das espécies na horta comunitária de ervas medicinais;

18h – O alimento que nos une: refeição coletiva do àgbàdo funfun – milho branco (mungunzá) e fechamento do primeiro dia de atividades.

9 de Julho - (Domingo)

9h - Vivência as folhas têm segredos;

10h - Sementes de Jurema: apresentação das sementes, narrativas ancestrais e produção das mudas de árvores e ervas sagradas;

12h – O alimento que nos uni: preparação e refeição coletiva do fèsélù òbúko – Pirão de bode;

15h – Vivência corpo templo, morada da natureza;

17h – Vivência ensinamentos que vêm da terra: memórias do território de Paratibe;

18h – O alimento que nos une: refeição coletiva do isu - inhame; fechamento do segundo dia de atividades com a entrega dos certificados para todos os participantes.

A prefeitura de Caratinga (interior de Minas Gerais, a 280 quilômetros de Belo Horizonte) expediu alvará de funcionamento para a Tenda Espírita Umbandista Nossa Senhora da Conceição com restrições classificadas como 'intolerantes' pelos membros da religião.

No alvará 2762 consta: 'encerramento às 21h50, proibido bebidas alcoólicas, menores de 14 anos, atabaque mais baixo, linha Exu e embriaguez'.

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'Linha de Exu' é o nome dado a um ritual de culto ao orixá Exu, uma das entidades espirituais mais importantes para os membros da umbanda.

Rodrigo Xavier da Silva, representante do terreiro, afirma que a instituição funciona há 22 anos no local e nunca teve problemas dessa natureza. "Me senti lesado, humilhado. Estou indignado que, em pleno século 21, isso ainda aconteça", disse Xavier ao Estadão.

Ele explica que as atividades do terreiro acontecem aos sábados, a cada quinze dias, das 17h às 21h, e também na primeira segunda-feira do mês, com término às 20h. Xavier nega que haja barulho noturno e explica que a renovação do alvará costumava ser anual. O último documento expedido teve sua validade reduzida para três meses.

A prefeitura de Caratinga informou que as restrições que constam na licença de funcionamento da Tenda Espírita Umbandista Nossa Senhora da Conceição 'foram inseridas há vários anos no modelo padrão utilizado para emissão de alvará para entidades desta natureza', e que eram repetidas sistematicamente.

A Administração nega ter recebido qualquer questionamento, mas alega ter determinado 'a exclusão das informações em todos os alvarás emitidos em face de centros espíritas'. Xavier diz que o caso foi levado ao conhecimento de advogados do terreiro, que avaliam medidas cabíveis.

"Para um templo religioso, se há uma restrição que se pode ter, não é a de limitação do culto. Isso é ilegal e inconstitucional", queixa-se Hédio Silva Junior, diretor executivo do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro).

Em sua avaliação, estariam caracterizados crime de racismo religioso e discriminação, tanto por causa das restrições que constam no alvará quanto pela validade reduzida para três meses. O diretor compara. "Impedir que os encontros umbandistas cultuem Exu se iguala a impedir uma igreja evangélica de louvar a Jesus Cristo".

LEIA A NOTA DA PREFEITURA DE CARATINGA

Questionada sobre o alvará, a prefeitura de Caratinga enviou a seguinte nota ao Estadão:

Referente às informações complementares constantes no alvará de funcionamento da Casa Espírita, a Prefeitura de Caratinga esclarece que tais informações foram inseridas há vários anos no modelo padrão utilizado para emissão de alvará para entidades desta natureza. Nunca houve até então, nenhum questionamentos oficial ou extraoficial por nenhuma entidade congênere, por esta razão a informação se manteve em sistema e era impressa toda vez que se realizava a atualização do alvará de funcionamento. Esta operação é um procedimento operacional realizado pela Secretaria de Planejamento e Fazenda, através do Departamento de Tributação.

O Chefe do Executivo Municipal, não tinha conhecimento do fato, só teve ciência desta informação através de ofício de pedido de informação enviado pela Vereadora Giuliane Quintino Teixeira. Imediatamente, após orientação da Procuradoria Municipal, foi determinado ao Departamento de Tributação que procedesse a exclusão das informações em todos os alvarás emitidos em face de centros espíritas.

Desta forma, o Poder Executivo Municipal reafirma seu respeito à liberdade religiosa, direito fundamental de nossa sociedade, conforme estabelece a Constituição Federal. De forma legal e dentro do que lhe compete, o Município de Caratinga sempre cumpriu o seu dever legal de prestar proteção e garantir o livre exercício de todas as religiões.

Anitta visitou, nessa segunda-feira (1º), o seu Pai de Santo Sérgio Pina, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Em passagem pelo Brasil após passar por cirurgia em razão de uma endometriose, a cantora retornou ao terreiro de Candomblé, que é sua casa espiritual quando está no país. O babalorixá publicou duas imagens do último atendimento, no qual aparece ao lado da artista, do irmão de Anitta, Renan Machado, e de outros amigos. 

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"Fim de um ciclo início de outro. Desejo aos meus filhos vida longa com sucesso!!!", escreveu Sérgio Pina na legenda da publicação. Anitta, que nunca escondeu a sua religião, tem sido mais aberta sobre a sua crença nos ritos da matriz africana. É a segunda vez que a carioca é vista com os trajes tradicionais do Candomblé, apesar de ter sofrido comentários negativos e de cunho intolerante quando surgiu usando trajes de ìyáwò. 

Nas redes sociais, Anitta vinha compartilhando que passou por momentos difíceis em sua vida pessoal, e que os problemas foram acentuados pelos problemas de saúde. A cantora descobriu a endometriose nove anos após o início dos sintomas e precisou fazer uma pausa.  

Em julho, a fluminense comunicou que passaria pelo procedimento cirúrgico por causa da doença crônica, que afeta algumas mulheres e causa dores abdominais, cólicas fortes, incômodos durante as relações sexuais, entre outros sintomas. Ela deve continuar no Brasil para sua recuperação, no Rio de Janeiro. 

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Mais um caso de intolerância religiosa contra religiões de matriz africana foi registrado nesta quarta-feira (23) no Distrito Federal. Um homem armado com um facão invadiu o terreiro Ilê Axé Omò Orã Xaxará de Prata/Ofa de Prata, situado na zona rural de Planaltina, durante a manhã, e destruiu diversas esculturas de orixás que ficavam expostas no local, batizado pelos religiosos de Vale dos Orixás. 

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"Nós tivemos nossa casa invadida por um vândalo, que estava disposto a jogar a imagem do nosso sagrado no chão. É como se ele tivesse querendo quebrar a gente, arrancar de nós o que temos de sagrado", afirmou a yalorixá Suely Gama, em um vídeo que foi feito logo após o ataque. 

Na gravação, ela percorre o terreiro e mostra as esculturas, feitas de concreto, totalmente destruídas. 

Segundo relatos, o responsável pelo ataque teria se apresentado como pastor evangélico. Vestia roupas brancas e proferia palavras de cunho discriminatório. Além do facão, ele também portava uma marreta. O caso foi registrado e será investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin). 

Projeto comunitário

As esculturas destruídas foram feitas por um escultor com deficiência visual, irmão de Suely Gama, e era parte de um projeto comunitário que contou com a ajuda de crianças da região.

"Foram dezenas de esculturas de concreto e ferro destruídas, o que mostra a fúria dessa pessoa. Mas esse caso tem que ser tratado pelo que ele é, crime de racismo, crime de intolerância religiosa", afirmou ao Brasil de Fato a conselheira cultural Rita Andrade, que esteve no local um dia antes para gravar cenas para um documentário sobre intolerância religiosa. Ela também é amiga da yalorixá Suely.

A delegada-chefe da Decrin, Ângela Santos, confirmou à reportagem que o autor do ataque já foi identificado e preso pela Polícia Civil horas após o incidente, em sua casa. É um homem de 45 anos, mas a identidade não foi revelada. Ele foi autuado em flagrante delito pelos crimes de dano, invasão de domicílio e racismo religioso. Se condenado, poderá pegar pena de reclusão de até quatro anos.

"Respeitar o sagrado do outro é respeitar o sagrado de todos. Racismo religioso é crime inafiançável e imprescritível. Denuncie pelo 197, na própria Decrin ou também em todas as delegacias nas regiões administrativas do DF", afirmou a delegada.   

Só no ano passado, foram registradas 22 ocorrências de discriminação religiosa em todo o Distrito Federal, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. A grande maioria contra terreiros e religiões de matriz africana. 

Por Pedro Rafael Vilela, para o Brasil de Fato.

Por levar a filha ao candomblé e permitir que a adolescente de 12 anos passasse por um ritual de iniciação na religião africana, que envolve raspar a cabeça, a mãe perdeu a guarda de sua filha. A ação foi movida pelo Conselho Tutelar de Araçatuba, interior de São Paulo, que recebeu denúncias feitas, inclusive, ela avó materna da garota, que é evangélica.

A mãe da adolescente garante que era um sonho da filha ser "feita" para o santo, que é quando o novo adepto fica 21 dias recluso no terreiro, tomando banhos de ervas e sendo exposto a fundamentos da religião. Essa feitura de santo é para a purificação do e que o novo candomblecista entre em contato com o axé, que na língua iorubá significa força ou poder, e renasça com os seus ancestrais.

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Segundo o UOL, no dia 23 de julho, o Conselho Tutelar de Araçatuba recebeu uma denúncia anônima dizendo que a jovem era vítima de maus-tratos e abuso sexual. Por conta dessas denúncias, o conselho e a Polícia Militar foram até o terreiro. No local, a adolescente confirmou que não sofria qualquer tipo de abuso e que estava passando por um ritual para se tornar filha de Iemanjá.

As autoridades não levaram em consideração a declaração da menor e a levaram, juntamente com a sua mãe, para a delegacia, só podendo sair do local depois que a jovem passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, que não encontrou nenhum tipo de hematoma ou lesão.

Mesmo assim, familiares que não concordam com a religião escolhida pela adolescente, fizeram outras denúncias, registrando um boletim de ocorrência, apontando que a adolescente estava sendo mantida à força no terreiro e sob condições abusivas.

Depois disso, novamente policiais e conselheiros foram até o terreiro, mas não encontraram a adolescente lá - que já tinha passado pela purificação. Não desistindo, os familiares denunciaram o caso à promotoria, alegando que houve lesão corporal por causa do cabelo raspado.

Na Justiça, conseguiram transferir a guarda da menor para a avó materna. "O pior de tudo é que em nenhum momento ouviram minha filha ou a mim. Simplesmente a tiraram de mim. Eu nunca a obriguei a nada, esse sempre foi o sonho dela. Ela está chorando a todo momento, me liga de dez em dez minutos querendo vir para casa", alega a mãe.

O UOL revela que o Conselho Tutelar da cidade e os familiares que entraram na Justiça para conseguir a guarda da adolescente não quiseram falar sobre os fatos. Há uma semana, mãe e filha só se falam por telefone.

Depois que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou a reabertura gradual de igrejas e templos religiosos no Estado a partir da próxima segunda-feira (22), o prefeito de Olinda, Professor Lupércio, realizou uma videoconferência com representantes de religiões na manhã desta quarta-feira (17).

A conversa tratou da abertura de templos, terreiros e centros sediados no município localizado na Região Metropolitana do Recife. "É sempre importante ouvir quem está na ponta, lidando no dia a dia para tomar qualquer decisão. Esse é um momento delicado que estamos passando e todos nós estamos defendendo a bandeira da vida", disse Lupércio.

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A prefeitura da cidade garante que tem adotado as recomendações e decretos estaduais. Em relação às instituições religiosas, o município aponta que também deverá seguir as orientações do Governo de Pernambuco.

A Prefeitura do Recife realizará, nesta terça-feira (21), no Museu da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, a 1ª Mostra de Saúde dos Terreiros: práticas de cuidado na saúde. O encontro faz referência ao Dia Nacional de Combate ao Racismo Religioso, presente no calendário brasileiro desde 2007. A data traz o marco da resistência pela liberdade de culto de religião de matriz africana no Brasil.

Das 8h30 às 12h, a mostra contará com apresentações culturais, discussões sobre as religiões de maior expressividade no culto afro-brasileiro, como Candomblé, Jurema e Umbanda, além de pensar estratégias de combate ao racismo religioso na saúde.

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O encontro é promovido pela Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife, através da Coordenação da Política de Saúde da População Negra, e pela Secretaria de Assistência Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, através da Gerência de Igualdade Racial. Os principais objetivos são o reconhecimento dos terreiros como espaços de promoção à saúde e o resgate de histórias africanas e afro-brasileiras. Além disso, a Mostra de Saúde nos Terreiros busca desconstruir imagens estigmatizadas do negro e de suas manifestações culturais e religiosas.

A coordenadora da Política de Saúde da População Negra do Recife, Kéthully Silva, explica que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o preconceito com os cultos afro-brasileiros como racismo religioso, e não apenas intolerância religiosa. “A religiosidade praticada pela população negra é muitas vezes demonizada. Há muito mais violência direcionada às religiões de matriz africana e afro-brasileira do que direcionada às demais religiões que seguem um padrão eurocêntrico. E não se trata apenas de uma aversão à religiosidade em si, mas sim uma coisificação das tradições africanas e afro-brasileiras, não ferindo somente a religiosidade, mas toda população negra, sendo um resquício do racismo”.

*Da assessoria

Um terreiro de candomblé localizado no bairro Parque Paulista, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi invadido na tarde dessa quinta-feira (11) e depredado. A denúncia foi feita nas redes sociais pelo babalawó Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) do estado.

Segundo ele, em entrevista à Agência Brasil, templos de religiões de matriz africana da mesma região têm recebido constantes ameaças.

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“O ataque foi ontem de tarde, em uma mesma área em que vêm ocorrendo casos há mais seis meses, já são mais de 15 casos de ameaças. Aquela região já estava sendo ameaçada, diziam que não podiam tocar, não podiam fazer isso ou aquilo, e agora chegaram a quebrar”, contou.

Segundo Ivanir, uma mulher de idade chegou ao local no momento em que os atos de vandalismo ocorriam, mas ela não foi agredida. Ele ressaltou que em todo o estado mais de 200 casas religiosas têm recebido ameaças.

“Tem mais de dez casas ameaçadas em Campos, na região da Penha, na zona norte. São mais de 200 casas hoje ameaçadas de funcionar por causa dessa intimidação. Algumas já foram expulsas das comunidades. Nos últimos dois anos já são mais de 15 casas que tiveram essa experiência amarga [de serem vandalizadas]”, disse.

Descaso

Para o babalawó, os contínuos ataques mostram descaso das autoridades, além de configurarem racismo religioso. Segundo ele, as intimidações têm sido difundidas por grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas.

 “Eu tive um encontro com o governador [Wilson Witzel] pedi a ele uma plenária aberta com todas as religiões para tratar disso e com a área de segurança dele. Até hoje não houve essa plenária. Eu não tenho dúvidas de que, se fosse uma sinagoga ou uma igreja cristã atingida, a atitude do governo do estado seria outra. [O ato] seria enquadrado no crime de terrorismo” afirmou.

O procurador da República Júlio José Araújo Júnior, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), informou que o órgão foi acionado para acompanhar o caso.

“A gente recebeu a denúncia e se mobilizou para fazer com que os órgãos atuem. Há um diálogo com a Polícia Civil para garantir as visitas e investigações, isso leva um tempo. Lógico que a gente deseja que seja o mais rápido possível, mas independentemente disso, o MPF vem travando conversas com diversos atores para não só identificar as causas como estabelecer ações para o combate à intolerância”, afirmou.

Cobrança

Em maio, o MPF cobrou do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, uma ação para resolver o problema.

Na terça-feira (12), MPF promoveu reunião com Ivanir dos Santos e pastores evangélicos para tratar da questão. Segundo o babalawó, as pessoas que compareceram se comprometeram a mobilizar as bases de suas igrejas para colaborar para o fim do racismo religioso.  

“Os pastores que atenderam nossos apelos e nossos convites já nos acompanham há algum tempo. Eles vão fazer uma nova reunião para traçar uma estratégia com a sua própria base evangélica, que é o que nós precisamos. As grandes igrejas de bem, nas suas bases, nas suas defesas, nas suas convenções, falam da importância do respeito e da não propagação do ódio religioso”, observou.

Foi marcada para domingo (14) uma Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa na Baixada Fluminense, às 9h.

Segundo a Polícia Civil, o caso de vandalismo está sendo registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. “Diligências serão realizadas para apurar as circunstâncias e autoria do fato. A investigação corre sob sigilo”, informou a polícia.

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Nesta terça-feira (11) às 9h, a Diretoria de Políticas Estratégicas, através da coordenação da População Negra de Olinda, realiza mais uma atividade do programa Saúde nos Terreiros. O trabalho será promovido no terreiro de Pai Raminho de Oxóssi - roça gege Oxum Opará Ybualama, na Rua São Paulo, n.º 402, Jardim Brasil.

Na ocasião, a Secretaria de Saúde vai ofertar aferição de pressão arterial, testes rápido de HGT, HIV, Sífilis e gravidez, avaliação nutricional, Emissão do Cartão SUS, palestras, mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos. O público também terá acesso a controle de arbovirose, CadÚnico, citologia, orientação jurídica, exame de filariose, consulta médica, pediátrica e ginecológica.  

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*Da assessoria

A noite de sábado (12) foi de violência e medo no terreiro Ilê Axé Ojisé Olodumare, em Camaçari, na Bahia. Um grupo de seis homens armados e encapuzados invadiu o local, durante celebração religiosa a Oxalá. No momento, havia cerca de 150 pessoas no espaço.

Segundo o babalorixá Rychelmy Esutobi, ele tentou dialogar com o grupo, mas foi agredido pelos invasores. Os criminosos fizeram com que todos deitassem no chão. Pessoas que estavam incorporadas pelos orixás foram sacudidas e revistadas. Além do babalorixá, um outro homem foi agredido com coronhadas na cabeça. Ambos foram atendidos em hospitais da região e passam bem.

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O babalorixá contou que acredita que tenha sido um caso de intolerância religiosa, porque em todo o momento o grupo gritava palavras de ódio. "Vamos acabar com esse monte de macumbeiro", relatou o Rychelmy. A comunidade gravou um vídeo de repúdio à agressão sofrida.

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Em nota, o terreiro lamentou o episódio de violência e intolerância religiosa e afirmou que irá tomar as medidas cabíveis para que episódios como este não voltem a ocorrer.

"Hoje somos alvo da violência que assola toda a nossa sociedade, acrescida da violência religiosa. Apesar de todo ocorrido estamos bem e continuaremos contritos em nossa fé conforme nossos antepassados nos ensinaram", diz a nota.

Além das agressões físicas, os bandidos roubaram telefones celulares, um carro e instrumentos de culto considerados sagrados no candomblé. Também agrediram verbalmente os adeptos, associando a religião a demônios.

Nas redes sociais, adeptos do candomblé criticam a ação e afirmam haver ataques coordenados por parte de outras vertentes religiosas.

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A Polícia Civil irá investigar o caso, que também será denunciado ao Ministério Público e ao Centro de Referência de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa.

O pai de santo Leandro Sousa de Jesus, de 32 anos, foi morto a tiros na noite dessa quarta-feira (24), dentro de seu terreiro em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Militar (PM), testemunhas relataram que Leandro estava em uma reunião no barracão quando dois homens de moto chegaram atirando para o alto e, em seguida, dispararam contra o homem.

A PM informou que policiais do Batalhão de Mesquita (20o BPM), foram acionados e encontraram o pai de santo já morto no local. O crime ocorreu na Rua das Marrecas, bairro Nova Brasília.

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A Polícia Civil investiga o caso por meio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

A partir desta terça-feira (12) até dezembro, Olinda recebe uma ação denominada "Saúde nos Terreiros". Os eventos contam com ações de saúde, cidadania e direitos humanos.

O primeiro local a receber o projeto foi o Terreiro de Xambá - Quilombo Urbano, Portão de Gelo, em São Benedito. Na área de saúde, os adeptos de matriz africana e moradores da área foram contemplados com testes rápidos de HIV e sífilis, atendimento clínico, palestras, mamografia de rastreamento, teste de glicose, aferição de pressão e avaliação nutricional, além da emissão do cartão SUS.

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Também ocorreram emissão de cartão de cadastro de estacionamento para idosos, CadÚnico, orientações sobre intolerância contra idoso, mulher, LGBT, religiosa, e outros tipos.

O objetivo das Secretarias de Saúde e de Desenvolvimento, Cidadania e Direitos Humanos de Olinda é realizar a ação todo o mês para um terreiro diferente. O objetivo, segundo as secretarias, é quebrar mitos e preconceitos contra as religiões de matriz africana.

Os terreiros de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), receberão uma ação de saúde. Nesta terça-feira (8), uma reunião com representantes da Prefeitura de Olinda e do segmento de matriz africana discutiu o tema.

Ficou definido que o Quilombo Urbano de Xambá, no bairro de São Benedito, receberá ações de saúde no próximo dia 12 de junho. O terreiro de Pai Ivon, em Santa Teresa, será o próximo, no dia 5 de julho. 

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Um dos principais cuidados da ação é com arboviroses. "É preciso orientar a comunidade dos terreiros para ter prevenção ao armazenar águas nas quartinhas, jarras, copos, apotis (tipo de jarra), tanque de oxumaré e aguidá, pois pode ocasionar focos do Aedes e provocar proliferação", explicou o gerente do Centro de Vigilância Ambiental de Olinda (CEVAO), Henrique Silva. 

Com informações da assessoria

 

Um grupo evangélico está ajudando a reconstruir um templo de candomblé em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Já foram levantados R$ 12 mil para obras. As informações são da BBC Brasil.

O terreiro foi atingido por fogo em junho de 2014. A campanha de arrecadação foi organizada na mesma época e concluída no fim do ano passado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Rio de Janeiro (Conic-Rio).

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O incêndio era o oitavo ataque ao terreiro. Tiros já haviam sido disparados contra o local. A suspeita da mãe de santo é que as investidas estejam ligadas à intolerância religiosa.

Segundo a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, 71,5% dos casos de intolerância religiosa registrados no Rio de Janeiro foram contra grupos de matriz africana. 

A maior parte do dinheiro arrecado para o terreiro veio de fiéis da Igreja Cristã de Ipanema, que é evangélica. A entrega do valor contou com uma celebração inter-religiosa.

Na tarde desta quarta-feira, (27), oito tabletes de maconha prensada foram encontrados pelas guarnições da 26ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Brotas), em Salvador. Após a chegada dos militares, um grupo de traficantes fugiu.

O Centro Integrado de Comunicações recebeu uma denúncia e enviou equipes do Pelotão Especial Tático Ostensivo (Peto) ao endereço da Rua Botafogo, no bairro de Campinas de Brotas. Segundo a polícia, dois traficantes fugiram em direção à Avenida Bonocô, que faz ligação ao bairro de Cosme de Farias, onde se juntaram a outros três criminosos.

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Os policiais perseguiram os suspeitos até um terreno na área do Candomblé de Neives Branca. Ao chegar no local, observaram que a terra estava mexida, escavaram e encontraram os tabletes de maconha. Os PMs apresentaram a droga na 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas).

O comandante do Policiamento na Região Integrada de Segurança Pública (RISP) Atlântico, coronel Francisco Kerjean parabenizou a ação das equipes e disse estar atuando em conjunto com a Polícia Civil para descobrir quem são os proprietários da droga.

A vereadora do Recife Michele Collins (PP) é alvo de uma manifestação, que acontece na manhã desta quarta-feira (21), em frente à Câmara dos Vereadores. O ato é organizado pela Rede de Articulação da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco (ACTP) e em repúdio a declaração da parlamentar ao divulgar um evento evangélico no Facebook no último dia 4. Na publicação ela dizia que estava participando de uma oração para “quebrar e clamar a maldição de Iemanjá" contra o mundo.

Durante o protesto, lideranças de dez terreiros, além de representantes do Conselho Estadual de Igualdade Racial, entoaram canções reverenciando os orixás, entre eles Iemanjá, e expuseram faixas com frases como "tire seu ódio do caminho que eu quero passar com a minha religião". O grupo foi até a Casa José Mariano para entregar um manifesto aos parlamentares solicitando o afastamento de Michele Collins da presidência da Comissão de Direitos Humanos e a realização de uma audiência pública para debater o respeito à diversidade religiosa.

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"Ela feriu os direitos humanos, o regimento interno e o código penal, tem que prestar contas", frisou Karla Falcão, do Movimento Livres e filha de santo do terreiro Kaiangu Kya Itembu. “Já que não podemos pedir a cassação dela, queremos que deixe o comando dessa comissão que é tão importante e debate o racismo e a intolerância religiosa, o que a vereadora é exemplo”, reforçou o assessor de comunicação da ACTP, o tata canbondo Francisco Neto.

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A mobilização também contou com o apoio do Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial. Presidente da entidade, Mãe Elsa disse que a diversidade religiosa deve ser respeitada por todos. “Os terreiros de Pernambuco chamam a atenção para o respeito e a tolerância. Como representante do governo, viemos solicitar a audiência e intermediar o debate. Nosso papel é alertar a população sobre o desrespeito que muitas vezes vem de pessoas como a vereadora Michele Collins”, frisou.

O grupo também recebeu o apoio da Igreja Ortodoxa Síria que tem em Pernambuco dois templos, um no Recife e outro em São Lourenço da Mata. O diácono Carlos Lisboa assinou o documento pedindo o afastamento da vereadora e disse que a ação dela era “inadmissível”. “No Oriente Médio a minha igreja é perseguida por extremistas. Então, qualquer forma de preconceito é inadmissível. Ela tem que dar exemplo e o respeito. Vou combater qualquer tipo de preconceito”, esclareceu o religioso.

A polêmica envolvendo a vereadora veio à tona no último dia 6 quando a comunidade Terreiro Axé Talabi, espaço de preservação do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, divulgou uma nota de repúdio a parlamentar por “propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades”. A nota se referia a publicação feita no perfil da vereadora no Facebook dois dias antes. Depois da manifestação, Michele apagou a publicação e pediu desculpas. Mesmo assim, ela foi alvo de uma representação por intolerância religiosa na Câmara dos Vereadores, de críticas e vaias no Carnaval do Recife e de um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). 

Segundo denúncias de moradores da cidade de São Joaquim das Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte, um policial da reserva destruiu um terreiro e impediu as pessoas de entrarem em suas próprias casas. De acordo com vizinhos, o terreiro está sofrendo seguidos ataques desde o dia 24 de outubro e o pretexto do militar é de que irá construir uma igreja evangélica no local. Ele tem ido ao local frequentemente armado para intimidar os donos do terreiro.

Conforme declarações de um dos membros da família, eles têm registrado boletins de ocorrência e entrado em contato com a Polícia Militar com frequência nesse intervalo de tempo, sem obter retorno. O autor das agressões, conhecido como João Camargo, destruiu diversas imagens sacras e até eletrodomésticos da família. “Eu estava passando mal por conta de toda aquela situação, os militares me levaram para a UPA da cidade, enquanto João Camargo e o grupo dele continuavam a destruir o terreiro e minha casa”, afirmou Gustavo Santos, proprietário do imóvel.

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Camargo invadiu a propriedade, delimitou o terreno com uma cerca e disse que a família tem 30 dias para deixar o imóvel. Em uma das investidas, o militar da reserva chamou uma policial militar e disse que teve materiais de construção roubados. A oficial solicitou a presença de um dos familiares na delegacia para explicar o ocorrido.

Após sofrer oito atentados, o terreiro de candomblé Kwe Cejá Gbé de Nação Djeje Mahin, da mãe de santo Conceição d`Lissá, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, vai ser reformado com uma doação de R$ 11 mil da Igreja Evangélica. No próximo dia 22 de novembro um café da manhã vai marcar o momento histórico de união e maiores detalhes serão acertados. 

“Onde uns destruam, outros ajudam, temos que combater todas as ações de ódio, preconceito, racismo e intolerância religiosa, nos unir em prol das diversidades, liberdades, pluralidade e humanidades para que juntos possamos construir, efetivamente, um país das liberdades e diversidades respeitando as alteridades”, comemora o babalawo Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à intolerância Religiosa (CCIR).

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A iniciativa surgiu a partir da CCIR, que viabilizou o contato e a comunicação entre as pessoas e organizações envolvidas neste processo. Para Ivanir, o ato é mais do que a reconstrução do espaço físico. "A ação reconstrói relações e afirma que é a partir da solidariedade que é possível estabelecer a paz, a comunhão e o amor entre as diferentes religiões", disse. 

Com tanta violência por grupos evangélicos aos terreiros de Candomblé e Umbanda em todo o Brasil, a presidente do Conselho de Igrejas Cristãs do Estado do Rio de Janeiro (CONIC-Rio), Pastora Luterana Lusmarina Campos Garcia, concordou com a ideia de promover a reconstrução do terreiro. 

O caso

Há três anos, o segundo andar do barracão – Cazo Kweceja Gbe, da mãe Conceição d`Lissá, foi incendiado no bairro Jardim Vale do Sol, em Duque de Caxias. As chamas atingiram o segundo andar da casa e destruíram o teto, móveis, eletrodomésticos, roupas de santos e de integrantes do terreiro. 

"Já atearam fogo no meu carro, que na época estava quebrado e parado dentro do barracão. E dispararam tiros contra a minha casa e no portão do barracão. Deram nove tiros", diz Conceição d`Lissá.

Quatro pessoas assaltaram um terreiro de candomblé durante uma cerimônia nas últimas horas do sábado (23), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR).  Um policial do Rio Grande do Norte participava da festividade em homenagem a Oxum e reagiu ao assalto. Houve troca de tiros, mas ninguém se feriu.

O terreiro Ilê Oguiã Olabomaxó fica localizado na Rua Malaquias Felipe da Costa, no bairro de Cidade Tabajara. Segundo o babalorixá José Iguaracy, administrador do terreiro, os criminosos conseguiram levar dinheiro e pertences dos frequentadores. 

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“Havia mais de 300 pessoas na hora. Tinha gente do lado de fora, na cozinha,  foi um momento de terrorismo. Tinham gestantes, operados do coração, idosos com mais de 90 anos. Gente caindo por cima do outro, costela em cima de costela, se cortaram. Mas graças a Deus os tiros não bateram em ninguém, e graças a Oxum também, que segurou as balas”, conta o pai Iguaracy.

Para o pai de santo, a atitude do policial foi importante. “Pelo o que os presentes me contara, o intuito seria fazer algum vandalismo. O policial que deu a salvação , pessoa muito importante”, resume. Houve poucas avarias no local. Vidros de portas foram quebrados na correria e há marcas de tiros no portão e no teto. 

A Polícia Militar (PM) enviou viaturas ao local, mas os criminosos já haviam fugido.  O delegado Renato Gayão, da Delegacia do Varadouro, já ouviu as vítimas. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) participa de uma reunião com os frequentadores do terreiro e de representantes de religião de matriz africana nesta segunda-feira (25).                

Um terreiro de candomblé foi alvo de criminosos em Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense. Sete pessoas invadiram o local durante uma sessão e obrigaram a yalorixá a destruir imagens sacras, sob a mira de uma arma. Um dos envolvidos filmou toda a ação, que mostra um deles inclusive urinando em uma das imagens, e divulgou nas redes sociais.

Os filhos de santo (fieis) foram obrigados a deixar o local e tiveram as guias arrancadas do pescoço. No vídeo gravado pelo grupo que atacou o local, eles afirmam que “não vão permitir a prática de bruxaria” na comunidade. Enquanto praticavam os atos, os criminosos usavam termos cristãos como “sangue de Jesus tem poder” e “desfaçam o mal em nome de Jesus”.

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Outro ataque também foi filmado e circula pelas redes sociais e a comissão de Combate à Intolerância Religiosa investiga se foi cometido pelo mesmo grupo. Nas imagens, um homem é obrigado a destruir o próprio terreiro de candomblé. Também sob a mira de arma de fogo, os bandidos dizem que ele será morto, caso tente montar outro terreiro na favela.

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