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Em um intervalo de aproximadamente 10 minutos longe da tutora, a cadela Rita Lee, de quatro anos, foi levada por uma desconhecida nesta véspera de Natal (24). O caso aconteceu na entrada da Ferreira Costa da Tamarineira, localizada na rua Cônego Barata, Zona Norte do Recife. A suspeita de sequestrar Rita foi flagrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento. 

O animal pertence a um casal, mas no momento em que desapareceu, estava acompanhado da comunicadora Sueli Lucena. Em contato com o LeiaJá, o repórter Anderson Stevens, marido de Sueli, deu mais detalhes da situação. Segundo o tutor, tudo aconteceu entre às 11h40 e 11h55 deste sábado (24). Sueli foi retirar uma compra on-line na Ferreira Costa e usou o suporte em frente à loja, na área comum para pets e reserva de bicicletas, para amarrar a coleira de Rita, exatamente às 11h40. 

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Às 11h55, Sueli já havia ligado para o companheiro para comunicar o sumiço. Um funcionário da Ferreira Costa permitiu o acesso dos tutores às imagens de segurança e uma mulher pôde ser vista levando a cadela. A suspeita, que não foi identificada, não parecia ser uma cliente em atendimento, ainda de acordo com o tutor, mas sim uma pessoa que agiu sob oportunidade. A mulher entrou no primeiro piso da loja, olhou o movimento, saiu e levou Rita em seguida. 

O caso foi registrado na Central de Plantões da Capital (Ceplanc) da Polícia Civil, em Campo Grande, também na Zona Norte da capital.  

Informações 

Perfil do animal: vira-lata, médio porte, padrão preto e branco, quatro anos e meio de idade. Atende pelo nome de Rita Lee. 

Contato 

(81) 9 9832-1002 (Anderson ou Sueli)

 

O auxiliar de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, confessou ter matado a menina Luana Marcelo Alves, de 12, que havia desaparecido na manhã de domingo, 27, ao sair para comprar pão em uma padaria que fica a 400 metros de sua casa, em Goiânia (GO), segundo a Polícia Civil.

Os policiais chegaram ao homem a partir de imagens das câmeras de segurança de uma lan house, que mostraram o veículo do auxiliar de pedreiro, um Celta branco, estacionado próximo ao local onde a menina foi vista pela última vez, voltando da padaria.

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Preso em flagrante, Silva confessou o crime na terça-feira, 29. Ele disse ter convencido Luana a entrar em seu carro dizendo-lhe que devia uma quantia em dinheiro para seus pais e que daria o valor a menina se ela entrasse no veículo.

Ainda de acordo com seu depoimento à polícia, ele teria tentado agarrar a menina, mas ela teria resistido. "Ele confessou ter estrangulado Luana e mantido relações sexuais com ela já desfalecida", relata a delegada Carolina Borges, que investiga o caso. Depois, teria queimado o corpo com materiais de uma carcaça de um freezer e o enterrado no quintal do barracão onde mora, no setor Madre Germana 2, o mesmo da vítima.

Na noite de terça-feira, 29, os peritos estiveram no local para colher cinzas e partes do corpo que foram enterradas e, segundo a delegada, os laudos não foram concluídos, mas o que foi encontrado na região condiz com a narrativa do ajudante de pedreiro.

Para a delegada, os indícios apontam para crime sexual e ela acredita que possa haver outras vítimas do ajudante de pedreiro em razão da forma como ele praticou o assassinato. A polícia também apura se Reidimar Silva seria o autor de outro crime sexual ocorrido no dia em que Luana desapareceu no mesmo setor da capital goiana.

Familiares de um jovem de 19 anos, identificado como Lucas Elifaz, alegam que ele desapareceu após ser abordado pela Polícia Militar (PM), na região central do Recife, no bairro do Derby, no último domingo (13). Em nota, a PM afirmou que flagrou dois suspeitos numa tentativa de assalto na região e que - ao avistarem o policiamento - eles pularam no rio Capibaribe. No entanto, segundo a família, Lucas foi atingido por um tiro durante a abordagem.

De acordo com a advogada do jovem, Adriana Souza, tudo aconteceu quando Lucas e um amigo saíram por volta das 11h30 do bairro do Cordeiro, Zona Oeste da capital pernambucana, para ir ao centro da cidade, no Recife Antigo. Durante o trajeto, os jovens pegaram o ônibus CDU Boa Viagem e pararam no Derby para pegar outro coletivo. 

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Após cinco minutos, segundo a advogada, eles foram abordados por agentes da PM e acusados de terem roubado uma bicicleta. Os jovens negaram e a partir disso começaram as agressões. Adriana contou que para fugir dos policiais eles correram no sentido da Fundação Joaquim Nabuco.

Mas, segundo informações do jovem que estava ao lado de Lucas, os policiais sacaram a arma e atiraram em direção a eles. Nesse momento, o jovem de 19 anos foi atingido, caiu no chão e foi algemado pelos agentes. Ao ver a cena, o amigo pulou no rio Capibaribe, nadou até a margem e conseguiu chegar em casa e contar aos pais o que aconteceu.

Diante do ocorrido, Adriana conta que houve buscas em delegacias, hospitais e em institutos médicos legais, mas não consignaram encontrar Lucas. Por causa das circunstâncias, a advogada e a família registraram o boletim de ocorrência de pessoa desaparecida na Central de Plantões da Capital (CEPLANC). 

Em nota, polícia militar negou ter atirado contra o rapaz.

"Na tarde do último domingo (13), policiais militares do Regimento de Polícia Montada (RPMon), estavam em deslocamento à Central de Plantões da Capital, conduzindo um indivíduo acusado de porte ilegal de entorpecentes, quando, nas proximidades do colégio da PMPE, no Derby, se depararam com uma tentativa de assalto em andamento. Os suspeitos, ao avistarem o policiamento, empreenderam fuga e pularam no rio Capibaribe, não mais sendo vistos. Segundo o efetivo não houve disparo de armas de fogo, sendo tudo relatado ao CIODS, inclusive solicitado o acionamento do Corpo de Bombeiros para localizar os envolvidos.  A guarnição do RPMon seguiu para a CEPLANC para finalizar a ocorrência anterior que estava em andamento. Os fatos serão investigados em toda sua extensão pela Diretoria de Polícia Judiciária Militar".

Por fim, a advogada relatou que as investigações foram iniciadas nesta quarta-feira (16), na Delegacia Seccional no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. A mãe do menino foi ouvida, amanhã o jovem que estava na companhia do Lucas será ouvido, e os policiais também prestaram depoimento.

Uma idosa, de 63 anos, que desapareceu na última segunda-feira (14), nas proximidades da estação do metrô no bairro da Estância, Zona Oeste do Recife, foi encontrada por um casal da cidade de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, a 84 km da capital. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a mulher possui problemas psiquiátricos. 

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Após encontrar e acolher a idosa, o casal divulgou nas redes sociais e conseguiu localizar os familiares; um policial rodoviário federal também a reconheceu como mãe de uma conhecida sua. 

Em seguida, uma equipe da PRF de Gravatá auxiliou no transporte da idosa até o Km 36 da BR-232, em Bonança, e outra equipe da Delegacia Metropolitana conduziu a mulher até o local de trabalho da filha, no Recife, onde chegou em segurança para receber os cuidados da família.

O primeiro jogador de rugby a se assumir bisexual, Levi Davis, de 24 anos, está há cerca de uma semana desaparecido. Ele foi visto pela última vez na Espanha em viagem para Barcelona, no dia 29 de outubro. Desde então, não há notícias do atleta. O Bath Rugby, equipe em que ele atua, e alguns colegas do elenco apelam por notícias nas redes sociais. 

O clube publicou um alerta do desaparecimento do jogador, que também participou do programa de talentos inglês, X-Factor. Tom Varndall, ex-companheiro de equipe, também apelou nas redes. “Se alguém viu ou ouviu falar de Levi Davis nas últimas duas semanas, poderia me enviar uma mensagem o mais rápido possível? Muito Obrigado“, clamou, Tom. 

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Segundo o jornal britânico The Telegraph, a última mensagem enviada por ele à família aconteceu no dia 26, para sua irmã, três dias antes do desaparecimento. Na mensagem de voz ele prometeu que iria encontrar a família “em breve”.

Uma aeronave T-25 Universal da Academia da Força Aérea (AFA) desapareceu na região de Tijucas, na Grande Florianópolis (SC), nesta sexta-feira (4). O ocorrido se deu por volta das 16h40, quando o chamado de buscas ao Corpo de Bombeiros do Estado foi acionado.

As operações de resgate estão sendo tocadas pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Curitiba, com uma aeronave e um helicóptero, ambos modelos da Força Aérea Brasileira (FAB). 

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Ainda não há respostas se houve um acidente ou um pouso forçado, circunstâncias que só devem ser apuradas após a aeronave ser encontrada.

O modelo T-25 é utilizado para voos de instrução e estava em uma sessão de treinamento, com dois militares a bordo, no momento em que desapareceu. Segundo o prefeito de Canelinha, Diogo Maciel, um sinal de fumaça e luz foi vistos por moradores.

De acordo com informações do G1, a última localização do jato foi detectada entre os municípios de Canelinha - que teve a Defesa Civil da cidade como reforço nas buscas - e Tijucas, a cerca de 48 quilômetros da capital catarinense.

A iraniana Elnaz Rekabi voltou à capital do seu país nesta quarta-feira depois de competir na escalada no Campeonato Asiático, disputado na Coreia do Sul, sem usar um véu na cabeça, um ato amplamente visto como apoio a manifestantes antigovernamentais em meio a semanas de protestos contra o hijab obrigatório. Seu paradeiro era motivo de preocupação.

Protestos em todo o país foram desencadeados após a morte de uma mulher de 22 anos em 16 de setembro. Mahsa Amini foi detida pela polícia por causa de suas roupas - e sua morte levou as mulheres a tirarem seus véus em público.

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Após o desembarque, Rekabi deu uma entrevista cuidadosa e sem emoção à televisão estatal do Irã, dizendo que ficar sem o hijab foi um ato "não intencional" de sua parte. No entanto, centenas de pessoas se reuniram do lado de fora do Aeroporto Internacional Imam Khomeini, incluindo mulheres que não usavam o hijab e aplaudiram "Elnaz, a campeã".

"Voltei ao Irã com paz de espírito, embora tivesse muita tensão e estresse. Mas até agora, graças a Deus, nada aconteceu", disse ela, que usava um boné de beisebol preto e um capuz.

O futuro que Rekabi enfrenta depois de voltar para casa permanece incerto. Apoiadores se preocuparam com a segurança de Rekabi após seu retorno, especialmente porque ativistas dizem que as manifestações viram as forças de segurança prenderem milhares até agora.

No início, Rekabi repetiu uma explicação postada anteriormente em uma conta do Instagram em seu nome, dizendo que não usar o hijab foi um ato "não intencional". Rekabi disse que estava em uma área de espera só para mulheres antes de sua escalada. "Porque eu estava ocupada colocando meus sapatos e meu equipamento, isso me fez esquecer de colocar meu hijab e então eu fui competir", afirmou.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que realizou uma reunião conjunta com a Federação Internacional de Escalada Esportiva e autoridades do Irã. O COI informou que recebeu "garantias claras de que Rekabi não sofrerá nenhuma consequência e continuará treinando e competindo".

Um homem de 34 anos foi linchado até a morte em Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, na noite da segunda-feira (22). Ele foi agredido por populares após ser encontrado, dentro da própria casa, com uma menor de idade que havia sido dada como desaparecida, de acordo com a Polícia Civil. O homem também foi acusado de estupro, o que motivou a agressão coletiva.  

Ainda de acordo com a nota da Civil (leia abaixo), a vítima chegou a ser socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local, mas não resistiu e foi a óbito. Um inquérito policial foi instaurado e outras informações poderão ser fornecidas após o andamento das investigações. Na nota, a polícia não informou quantas pessoas participaram do linchamento, nem a idade da adolescente encontrada com o suspeito; apenas indicaram que se trata de uma menor de idade. 

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As investigações também deverão esclarecer se a violência sexual foi consumada, conforme relatos da população. Não há informações sobre presos ou indiciados pelo homicídio até o momento. Em uma imagem que circula nas redes sociais, é possível ver um grupo grande de pessoas cercando a casa do homem morto. O caso foi registrado na Delegacia de Goiana, na mesma região do estado, como homicídio consumado. 

Nota da Polícia Civil 

A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO informa que registrou no dia 22.08, através da 11ª Delegacia Seccional de Goiana, uma ocorrência de Homicídio Consumado, no município de Timbaúba. Um homem de 34 anos, foi agredido por populares em sua residência, após ser encontrado na companhia de uma menor que estava desaparecida desde a tarde do mesmo dia. A vítima chegou a ser socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento, mas devido aos ferimentos, não resistiu e foi a óbito. Um inquérito policial foi instaurado e outras informações poderão ser fornecidas após a completa elucidação. 

Ezra Miller está envolvido em diversas polêmicas. Dessa vez, o ator de The Flash está sendo investigado pelo desaparecimento de uma mãe e três filhos que viviam em sua propriedade em Vermont, nos Estados Unidos. Segundo informações da revista Rolling Stone, as autoridades do estado estão à procura da mulher de 25 anos de idade e das crianças nas idades de cinco, quatro e um ano.

Ao ser questionado sobre o paradeiro da família, Ezra teria afirmado que ela já não vive com ele há meses, o que foi visto pela polícia como uma tentativa de esconder informações. Segundo documentos obtidos pelo veículo, oficiais tentaram duas vezes entregar uma ordem de atendimento emergencial que buscava transferir a custódia legal das crianças para o Estado, exigindo a remoção dos menores do imóvel e de seus cuidados para proteger sua segurança. Teria sido durante uma dessas visitas para encontrar a mãe que Miller recebeu uma citação por roubo por supostamente invadir uma casa e roubar várias garrafas de álcool em maio.

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A revista afirma que o ator estaria abrigando a família desde meados de abril, após conhecer a mulher e seus filhos quando esteve no Havaí, em março. Apesar de Ezra afirmar que eles não estão mais residindo em sua propriedade, a mulher teria permanecido ativa quase diariamente no Instagram, postando registros dentro da casa antes de sumir das redes sociais em meados de julho, com sua conta aparentemente excluída. Na ordem, a polícia disse:

Miller, o proprietário da residência, informou que a mãe e os filhos não estavam hospedados lá nos últimos dois meses. Isso contradiz a informação apresentada ao Tribunal em sua declaração quando a mãe estava postando nas mídias sociais no final de julho de 2022 que [a assistente social] reconheceu como o interior da residência de Miller.

A Rolling Stone noticia que uma audiência estaria marcada para tratar do assunto ainda esta semana.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, acaba de informar que a Polícia Federal (PF) encontrou "remanescentes humanos" na região onde estão sendo feitas as buscas pelo repórter Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo. O caso é tratado como possível homicídio.

Em publicação nas redes sociais na noite desta quarta-feira, 15, o ministro afirmou que o material será periciado.

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Uma entrevista coletiva foi convocada em Manaus na noite de hoje. A expectativa é que a PF detalhe os avanços na investigação e confirme, oficialmente, se houve confissão dos suspeitos presos.

A Justiça do Amazonas decretou na tarde desta quarta-feira, 15, a prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, do pescador Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, o segundo suspeito preso na investigação do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.

A prisão foi determinada pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da Vara Única de Atalaia do Norte, em audiência de custódia presencial. O procedimento é padrão e serve para o juiz analisar a legalidade das prisões e a necessidade de continuidade da detenção ou a possibilidade de eventual concessão de liberdade.

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"A audiência de custódia foi relativa ao cumprimento da prisão temporária decretada por este Juízo, atendendo a pedido da autoridade policial", informou a juíza.

Após os 30 dias, a prisão temporária pode ser renovada ou convertida em preventiva, que não tem prazo determinado. O pescador não constituiu advogado e por enquanto é representado pela Defensoria Pública do Amazonas. Ele foi preso na noite de ontem em Atalaia.

Dos Santos é irmão do também pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, o primeiro preso pela Polícia Federal (PF) na investigação. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno e Dom no dia do desaparecimento.

A Polícia Federal relatou ao Supremo Tribunal Federal 'dificuldades' enfrentadas pela corporação no cumprimento de decisões da corte máxima no âmbito da ação que tratou do plano de contenção da pandemia da Covid-19 em terras indígenas. Segundo o delegado Paulo Teixeira de Souza Oliveira, chefe do Serviço de Repressão a crimes contra comunidades indígenas e conflitos agrários, tais 'dificuldades' se concentram na 'falta de logística necessária' e na 'falta de recursos financeiros para custear a estrutura operacional, quando solicitado apoio a outros ministérios do governo federal'.

O relatório foi assinado no dia 10 de junho e juntado aos autos da ação em que o STF proferiu uma série de decisões sobre a proteção da população indígena, desde a ordem de instalação de barreiras sanitárias para conter a pandemia até a determinação para retirada de invasores das terras indígenas. Foi no âmbito desta mesma ação que o ministro Luís Roberto Barroso determinou que o governo Jair Bolsonaro adote 'todas as providências necessárias', usando 'todos os meios e forças cabíveis', para localizar o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, desaparecidos desde o dia 5 na região do Vale do Javari, no Amazonas.

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Em tal despacho, Barroso indicou que as 'deficiências da atuação da União na proteção à vida e à saúde dos indígenas' é objeto de 'reiteradas decisões' por ele proferidas e ressaltou: "Sem uma atuação efetiva e determinada do Estado brasileiro, a Amazônia vai cair, progressivamente, em situação de anomia, de terra sem lei. É preciso reordenar as prioridades do país nessa matéria".

As informações foram prestadas pela PF ao Supremo após a corporação ser instada por Barroso a informar 'as dificuldades encontradas para a garantia da segurança das comunidades e cumprimentos cautelares' em Terras Yanomami. Tal despacho se deu após o ministro da corte máxima ser provocado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que alegou descumprimento reiterado, pela União Federal, de decisões prolatadas pelo STF.

No relatório apresentado ao STF, a PF sustentou que segue o Plano de Ação 7 Terras Indígenas, homologado parcialmente em agosto de 2020. Segundo a corporação, no âmbito de tal plano foi dada à PF a missão de 'intervir nas terras indígenas para cessar as atividades criminosas ali cometidas, a partir de levantamentos próprios e de demais interessados na ação'. Além disso, foi determinado que a corporação investigasse os autores de tais delitos, 'relacionados com desmatamento, grilagem de terras e exploração mineral ilegal'.

De acordo com o delegado Paulo Teixeira de Souza Oliveira, as 'maiores dificuldades' da Polícia Federal em cumprir as decisões dadas pelo STF com relação à proteção das terras indígenas está a falta de 'meios logísticos necessários', com necessidade de solicitação de apoio do Ministério da Defesa. "As tratativas com as Forças Militares se deram no âmbito do Ministério de Defesa, o qual manifestou, desde o primeiro contato sobre o tema, ainda em 2020, concordância em colaborar com as ações previstas, desde que houvesse dotação orçamentária correspondente e esta fosse descentralizada ao Ministério da Defesa", afirmou.

A PF citou como exemplo uma ação realizada em maio de 2021, em intervenção planejada para a Terra Indígena Munduruku, sendo que, quando efetivo policial já se encontrava alocado em Jacareacanga, no Pará, 'sobreveio a informação de que o apoio do Ministério da Defesa não se concretizaria, em virtude de falta de orçamento'.

No documento, a corporação diz ainda que, em paralelo às tratativas com órgãos da União Federal, foi feito pedido de suplementação orçamentária para a Polícia Federal para 'sanar as dificuldades enfrentadas pela instituição, em especial materiais e financeiras'. O montante solicitado seria para 'custear despesas que órgãos parceiros porventura apresentem em futuras ações no combate a crimes ambientais'.

"De tal sorte, foi solicitado crédito adicional ao Ministério da Economia para operações interagências no valor de R$ 48.137.500,00, através do pedido SIOP 278032/9100, no bojo da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental- ADPF 709/2020, tendo em vista que os custos operacionais para deslocamentos nas áreas serem extremamente onerosos, precisando do apoio das Forças Armadas Brasileira para cumprimento das missões. Ainda se encontra pendente de análise o pedido de suprimento aqui mencionado", registra o ofício.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou há pouco que o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips pode ser desvendado "nas próximas horas". "Tudo indica", afirmou o chefe do Executivo em cerimônia no Palácio do Planalto para sanção de projetos de lei.

Bolsonaro agradeceu os deputados pela aprovação do projeto de lei complementar 18, que estabelece teto de 17% em ICMS em produtos como combustíveis e energia elétrica. "Queremos o bem da população dentro da responsabilidade fiscal", declarou o presidente.

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O presidente aproveitou o pronunciamento para reforçar sua retórica política de ataques ao Poder Judiciário e às vacinas. Em tom irônico, disse que quem divulga fake news entra "no inquérito do grande jurista Alexandre de Moraes" e voltou a levantar suspeitas, sem apresentar provas, sobre a segurança das vacinas. "Ainda vamos saber os efeitos colaterais", declarou.

Entre os projetos sancionados pelo presidente, estão a agora lei que dá o título de capital nacional da moda infantil a Gaspar (SC) e a que denomina o viaduto entre a BR-101 e a BR-262, em Cariacica (ES), como Engenheiro Manoel dos Passos Barros. A Medida Provisória que autoriza o uso de recursos do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para financiar despesas de saúde de servidores do órgão também foi convertida em lei.

A Secretaria-geral da Presidência, no entanto, ainda não oficializou as sanções, nem informou se houve vetos.

Um dos presos por suspeita de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips foi levado pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (15), para a área de buscas no rio Itaquaí.

O homem foi levado da delegacia de Atalaia do Norte (AM) para o porto da cidade, principal acesso às terras indígenas do Vale do Javari. Uma vez lá, foi colocado em um carro da Polícia Federal e embarcou usando boné, máscara de proteção facial e um casaco com capuz.

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Os policiais que atuam no caso não quiseram confirmar se o homem decidiu revelar informações que podem elucidar o caso, considerado suspeita de homicídio. Mais cedo, os agentes incluíram um cão farejador na equipe de buscas.

Pereira e Phillips percorriam a região do Vale do Javari. Pereira orientava moradores da região a denunciar irregularidades cometidas em reserva indígena e o jornalista estrangeiro acompanhava o trabalho para registrar em livro que pretendia escrever.

Ainda nesta quarta-feira, a PF deve divulgar resultado de testes de DNA feitos em vestígios humanos que foram encontrados durante as investigações. Parentes de Pereira e Phillips cederam amostras para comparação.

O presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta quarta-feira (15), sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips. "Pelo que tudo indica, se mataram os dois, espero que não, estão dentro d'água. E dentro d'água pouca coisa vai sobrar, peixe come, não sei se tem piranha no Javari", disse o chefe do Executivo em entrevista a um canal no YouTube. "A gente lamenta, pede que nada tenha acontecido", acrescentou, em seguida.

Bolsonaro chamou a viagem de Dom Philips de "excursão" na entrevista. "Esse inglês era mal visto na região, fazia muita matéria contra garimpeiros, questão ambiental. Então naquela região bastante isolada, muita gente não gostava dele. Deveria ter segurança mais que redobrada consigo próprio", afirmou o presidente. "Os dois resolveram entrar numa área completamente inóspita sozinhos, sem segurança e aconteceu problema", acrescentou. "É muito temerário você andar naquela região sem estar preparado fisicamente e também com armamento devidamente autorizado pela Funai, que pelo que parece não estavam".

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Como mostrou o Estadão, cartéis de drogas de Miami, Medellín e Sinaloa mantêm uma espécie de Estado paralelo no entorno do Vale do Javari, onde desapareceram Bruno e Dom, que com seus trabalhos ainda "ameaçavam" os interesses de garimpeiros criminosos no local.

Um cão farejador foi trazido de Manaus para Atalaia do Norte para auxiliar nas buscas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips, a partir desta quarta-feira (15).

Fiona, uma cadela da raça pastor-belga-malinois, é treinada no canil da Polícia Militar do Amazonas. Ela é capaz de identificar vestígios humanos. O animal foi colocado a bordo de uma embarcação guiada por policiais e bombeiros militares, por volta das 9h30, horário local (11h30 em Brasília). Ficará à disposição de homens da Polícia Federal na área de busca. A Polícia Civil, responsável pelo inquérito, trata o caso como suposto homicídio. Até agora, dois suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Pereira e Phillips foram presos temporariamente. Um terceiro suspeito também é procurado pela polícia.

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Como mostrou o Estadão, as buscas entram no décimo dia sem que o barco tenha sido localizado. Autoridades procuram, nas águas do Alto Solimões, uma baleeira de ferro de cerca de sete metros de comprimento, capaz de transportar sete pessoas e equipada com um motor de popa de 40 cavalos de potência.

Até agora, no entanto, para o sofrimento de amigos e familiares dos desaparecidos, os dias em Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas, terminam sem pistas sobre o paradeiro da dupla. A agonia é aprofundada por desinformação e pistas falsas que circulam na internet e atrapalham o foco das equipes em campo.

O barco é novo, incorporado à frota da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) em 2020. Com ele, Pereira visitava aldeias indígenas para treinamentos e orientações. A última viagem pela Amazônia começou pelo Alto Curuçá, no Acre, a 21 de maio, a bordo de um outro barco, o dos marubos da aldeia Maronal. Pereira vinha orientando membros dessa etnia moradores da floresta sobre como fazer as "picadas" - a "limpeza" dos limites da terra indígena.

O barco desaparecido foi assumido por Bruno Pereira em Atalaia numa sexta-feira, a 3 de junho, no dia seguinte ao fim da primeira "perna" da viagem. No porto da cidade que dá acesso ao Vale do Javari, localizada às margens do rio de mesmo nome na fronteira com o Peru, o jornalista Dominic Phillips subiu a bordo para uma nova bateria de entrevistas com indígenas para o livro que vinha produzindo e para conhecer a equipe de vigilância indígena criada por Bruno.

A parada foi na localidade do Lago do Jaburu, perto de base da Fundação Nacional do Índio (Funai), que rotineiramente sofre intimidações a tiros do crime organizado e está instalada no entroncamento dos rios Itaquaí e Ituí. Num domingo, a 5 de junho, os dois voltavam sozinhos em direção a Atalaia. O barco com motor considerado pequeno seria capaz de concluir todo o percurso em não mais do que duas horas. A baleeira, Bruno e Dom não foram mais avistados.

Ribeirinhos, indígenas e policiais têm hipóteses sobre o paradeiro do barco. A chance de acidente está praticamente descartada, pois, nesse caso, Bruno Pereira teria soltado galões vazios de gasolina para chamar a atenção de moradores, o que não ocorreu. A suspeita mais forte é a de que agressores colocaram um lastro na baleeira e forçado um furo para que ela afundasse. É por isso que militares usam uma garateia, um tipo de âncora com garras, para revirar o fundo do Itaquaí.

A Polícia Federal (PF) informou nessa terça-feira, 14, que prendeu mais um suspeito de participação no desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, na região do Vale do Javari, no Amazonas.

O preso é o pescador Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Ele será interrogado pelos policiais federais e depois vai passar por audiência de custódia na Vara Única de Atalaia.

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Oseney é irmão do também pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, o primeiro preso pela PF na investigação. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno Dom no dia do desaparecimento.

Durante as buscas nesta terça, a PF também apreendeu cartuchos de arma de fogo e um remo, que ainda serão analisados.

Investigação continua

Uma das principais pistas até o momento foram os vestígios de sangue encontrados no barco de Pelado. O material coletado foi enviado para perícia em Manaus, mas uma análise preliminar feita por técnicos do Instituto de Criminalística da Polícia Federal confirmou que o material é compatível com um estômago humano.

Os policiais também encontraram uma mochila e outros objetos pessoais que, segundo a PF, pertencem ao indigenista e ao jornalista. Os materiais foram localizados com a ajuda de mergulhadores do Corpo de Bombeiros em uma área alagada, de difícil acesso, no rio Itaquaí.

A juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível da Justiça Federal no Amazonas, determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) não desacredite a trajetória do indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos na região do Vale do Javari, na Amazônia, há dez dias.

A magistrada ainda determinou que o órgão se abstenha de praticar qualquer ato que 'possa ser considerado atentatório à dignidade dos desaparecidos' ou que implique em 'injusta perseguição' à União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) ou aos servidores da Funai lotados na Coordenação Regional do órgão.

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O despacho atende um pedido da Defensoria Pública da União, que questionou uma nota em que a Funai contestou a autorização do indigenista Bruno Pereira para entrar na Terra Indígena Vale do Javari. No mesmo texto, o órgão afirmou que iria acionar o Ministério Público Federal para 'apurar a responsabilidade' da Univaja 'quanto à possível aproximação com indígenas de recente contato sem o conhecimento da instituição e, aparentemente, sem a adoção das medidas sanitárias cabíveis, entre elas, a realização de PCR e de quarentena de 14 dias'.

Na avaliação de Jaiza, a nota da Funai tem 'cunho agressivo' à Univaja e seu teor 'desafia todos os princípios e normas do ordenamento jurídico constitucional, infraconstitucional e supralegal sobre o tema'. A juíza federal acolheu as alegações da DPU, ponderando que o posicionamento da Funai, 'no bojo de uma tragédia revelada pelo desaparecimento de duas pessoas defensoras dos direitos indígenas, é violadora de direitos humanos, é inoportuna, é indevida e seu conteúdo não é compatível com a realidade dos fatos e com as normas em vigor'.

"A situação, portanto, é gravíssima na cidade de Atalaia do Norte e municípios vizinhos com território limítrofes à TI Vale do Javari. O quadro é de pânico diante dos acontecimentos dos últimos anos, narrados exaustivamente nos autos. A Nota, oriunda da fundação cuja existência somente se legitima se for para consolidar proteção aos povos originários, é antagônica do seu dever imposto pela lei", ponderou.

A magistrada ainda rebateu trecho específico da nota, no qual a Funai diz que acionaria o MPF contra a Univaja. Para Jaiza, numa 'inversão de lógica', o órgão pretende atribuir à entidade o 'desaparecimento de duas pessoas (e a elas próprias) porque não fizeram teste de PCR e quarentena de 14 dias'.

"Firmo convicção de que não há que se falar em acusar e desacreditar a instituição que está trabalhando de forma legítima pelos direitos de seu próprio povo - povos indígenas - que é a UNIVAJA. O foco do problema narrado nos autos (pedido e causa de pedir) é o quadro de abandono e omissão que está vitimando povos indígenas, seguido do desaparecimento de duas pessoas que estavam legalmente na região a convite de quem possui legitimidade pela lei, pela Constituição e pelos Tratados Internacionais dos quais o Brasil é signatário", ressaltou a magistrada em seu despacho.

De acordo com a decisão dada na noite dessa terça-feira (14), a Funai ainda terá de retirar imediatamente de seus veículos oficiais de mídia a nota de esclarecimento questionada no processo, pelo fato de o texto 'conter afirmações incompatíveis com a realidade dos fatos e com os direitos dos povos indígenas'.

Jaiza ainda determinou que o órgão adote medidas tendentes a providenciar o envio imediato de forças de segurança pública específicas para a garantir a integridade física dos seus servidores e dos povos indígenas em todas as Bases de Proteção do Vale do Javari - Quixito, Curuçá e Jandiatuba, bem como as sedes das CRs do Vale do Javari e Coordenação da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari.

A decisão de Jaiza foi dada na noite desta terça-feira horas após a Polícia Federal (PF) informar ter prendido mais um suspeito de participação no desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Philips: o pescador Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, que vive perto do local onde a mochila do repórter foi encontrada.

Ele é irmão do também pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, o primeiro preso pela PF na investigação. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno e Dom no dia do desaparecimento.

O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas Alexandre Saraiva afirmou que o desaparecimento do repórter inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no Vale do Javari, está relacionado ao trabalho da imprensa e às consequências que isso traria para os interesses do crime organizado na região.

"Nenhum jornalista está seguro na Amazônia, falo isso para todos que vão para lá. Ali a vida não vale nada", diz Saraiva. Segundo ele, esse problema se repete em outras regiões da floresta, como a região sul do Pará, sudeste e nos Estados de Roraima e Rondonia. "Estamos falando de um trabalho de imprensa, mostrar para o mundo o que está acontecendo na Amazônia. O pano de fundo, o objetivo, era jornalístico. Está muito claro isso para mim. Ele estava lá com um repórter estrangeiro, iria sair na imprensa e isso iria atrapalhar os negócios (dos criminosos)", afirma Saraiva, substituído do cargo após enviar ao Supremo Tribunal Federal notícia-crime contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

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O Vale do Javari fica na região da tríplice fronteira entre o Brasil, Colômbia e Peru e, como mostrou o Estadão, é rota do crime organizado transnacional: tráfico de madeira, de drogas, ouro e violência. "Quando o Estado sai, ou nunca entrou, fica um vácuo", afirma Saraiva.

Segundo o delegado, a tendência normal das diferentes atividades criminosas em uma determinada região é convergir. É o que já acontece na Amazônia. "Não existe 'meio gângster'. O tráfico de drogas precisa das rotas dos madeireiros. Vai chegar para eles e negociar, se não der certo mata e assume", diz o ex-superintendente da PF no Amazonas. Saraiva foi punido pela corporação por dar entrevistas e se lançou pré-candidato a deputado federal neste ano pelo PSB.

Saraiva conhece Bruno e Dom. Junto com o indigenista, o então superintendente da Polícia Federal no Amazonas participou de uma operação de combate ao garimpo ilegal que terminou com cerca de 60 balsas afundadas. Já o jornalista inglês entrevistou o ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas há cerca de dois meses. "O Bruno é um cara super experiente, estava lá para levar o Dom para fazer um trabalho jornalístico. Isso está claro", diz.

Na segunda-feira, 13, a Polícia Federal negou ter encontrado os corpos de Dom e Bruno após o jornal The Guardian, para com o qual o repórter colaborava, publicar relato de familiares do correspondente estrangeiro, segundo os quais diplomatas brasileiros disseram a eles que os corpos de ambos haviam sido localizados na selva. A associação de indígenas Unijava, que auxilia nas buscas, também negou a informação.

O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas critica a atuação das Forças Armadas na região via Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro e vê a necessidade de atuação delas no combate ao crime organizado transnacional. "Eles ficam esperando a invasão de um país estrangeiro e enquanto isso o crime acontece nas barbas deles", afirma.

O embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda, pediu desculpas à família de Dom Phillips nesta terça-feira, 14, depois de a embaixada informar que o corpo do jornalista havia sido encontrado junto ao do indigenista Bruno Pereira, na Amazônia. Ambos seguem desaparecidos há mais de uma semana. A retratação foi noticiada pelo jornal britânico The Guardian.

A informação incorreta havia sido dada pela embaixada à irmã e ao cunhado de Dom na segunda-feira, 13. Depois, foi negada pela Polícia Federal, em nota oficial, na qual também afirmaram que as equipes de ciência forense ainda estão periciando a área em que desapareceram.

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Arruda escreveu à família de Phillips hoje mais cedo, afirmando que lamenta "que a embaixada tenha passado à família ontem informações que não se mostraram corretas".

Na segunda, a hashtag "Dom e Bruno" chegou ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter, no Brasil, com vários internautas pedindo por explicações e respostas quanto ao paradeiro do jornalista e do indigenista. O assunto também teve repercussão internacional.

Dom e Bruno foram vistos pela última vez no dia 5 de junho na terra indígena Vale do Javari, no Amazonas. Equipes de busca encontraram mochila e objetos pessoais que, segundo a PF, pertencem ao jornalista e ao indigenista.

O local onde os pertences foram encontrados é próximo à casa de Amarildo da Costa de Oliveira, em São Gabriel, zona rural de Atalaia do Norte. Ele segue preso e nega à polícia qualquer participação no desaparecimento de Dom e Bruno.

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