Nesta quinta-feira (3) a jornalista britânica autodidata, ícone fashion e editora-chefe da revista Vogue, Anna Wintour, completa 73 anos de idade. Com mais de 30 anos na indústria da moda, ela é uma das pessoas mais influentes no mundo da moda. A britânica fez história no mundo fashion ao transformar a revista na publicação mais conceituada e influente mundial da moda.
Além disso, a icônica editora também teve a sua imagem eternizada nas telas do cinema, com o filme “O Diabo Veste Prada” (2006), como a personagem Miranda Priestly, uma caricatura de sua personagem, interpretada pela atriz Meryl Streep. Apesar de ser uma das influentes mundiais, Anna é uma mulher reservada e mantém uma imagem de “mulher gelo”, sempre com o mesmo corte de cabelo e postura.
##RECOMENDA##Filha de pai britânico com uma mãe norte-americana, seu pai também jornalista, foi quem a inspirou a seguir por esse caminho profissional. Quando era adolescente, trabalhou ele, que era editor no jornal inglês Evening Standard e conseguiu fazer o jornal mais famoso entre os jovens londrinos, nos anos 1960.
Anna deixou a escola aos 16 anos de idade, na mesma época que teve seu primeiro contato com a moda. Começou a trabalhar na boutique Biba, uma das mais famosas na época. Então, dois anos depois, começou sua carreira como jornalista de moda. Primeiro, como editora assistente da revista Harper 's Bazaar, em Nova Iorque.
Depois, trabalhou como editora de moda na revista Viva, uma publicação voltada ao público feminino pertencente ao grupo Penthouse, quando teve sua primeira assistente pessoal. Foi nessa época, que surgiu a fama de profissional de moda em “O Diabo Veste Prada”. Depois de seu upgrade na carreira, foi chamada para a prestigiada revista New Yorker, onde foi destacada a sua criatividade na moda.
Wintour percebeu que capas com celebridades e pessoas influentes aumentavam as vendas das revistas, fazendo com que conquistasse um lugar de poder, ocupando o lugar de diretor-geral na empresa e estrela na revista de moda. Apesar da posição importante, Anna queria mais e deixou isso bem claro quando foi entrevistada por Grace Mirabella (1929-2021), que na época era a editora-chefe da revista Vogue para um cargo na revista.
Após a entrevista, Anna começou a trabalhar na Vogue em 1983, em um cargo de editora-criativa, que foi criado para ela. Por dois anos ela trabalhou do seu jeito na revista, sem se reportar à Mirabella, até ser promovida na Vogue Britânica. Quando foi editora da edição britânica, ela transformou a revista e o jornalismo de moda. Em 1988, conseguiu ser a editora-chefe da Vogue, após a saída de Mirabella.
Anna também é responsável pela lista de convidados e a organização de um dos eventos mais prestigiados e relevantes no mundo da moda, o Met Gala, que em 1999 ganhou destaque por causa de Wintour, transformando a arrecadação de fundos em um dos eventos culturais mais midiáticos.
Recentemente foi lançada uma biografia “semiautorizada” de Anna Wintour, chamada Anna. O livro tem 500 páginas e conta a história da editora-chefe a partir do relato de 250 pessoas que tiveram contato com Anna. Apesar de não ter autorizado a biografia, e não ter dado entrevistas para a autora do livro, Anna contribuiu com a obra indicando algumas fontes a serem ouvidas.