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Com previsão de ser encaminhado ao Congresso Nacional na próxima semana, o novo arcabouço fiscal substituirá o teto de gastos que vigora desde o fim de 2016. Mas, afinal, qual a diferença entre a futura regra e a atual?

Na última quarta-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a União teria de cortar R$ 30 bilhões em despesas obrigatórias em 2024, caso o teto fosse mantido. Segundo ele, os cortes atingiriam não apenas gastos discricionários (não obrigatórios), como água, luz, internet, material de escritório e telefone, mas também afetariam programas sociais.

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“Se mantido o teto de gastos, teríamos que fazer corte não mais sobre despesa discricionária. Teríamos de cortar R$ 30 bilhões das despesas obrigatórias se [o teto] fosse mantido a partir de 2024. Para subvencionar custeio?”, explicou o ministro em evento a um banco de investidores.

Para entender o que mudará com o novo arcabouço, é necessário compreender o processo que levou à inviabilidade da continuação do teto de gastos.

Teto de gastos

Promulgado com previsão de durar 20 anos, o teto federal de gastos limita o crescimento dos gastos primários da União pela inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As despesas executadas em 2016 passaram a ser corrigidas pelo indicador todos os anos, com a inflação sendo aplicada sobre o limite do ano anterior.

A Constituição permite que o teto seja extrapolado em alguns casos: créditos extraordinários (relacionados a gastos emergenciais), capitalização de estatais não dependentes do Tesouro (mecanismo usado para sanear problemas financeiros ou preparar empresas para a privatização), gastos da Justiça Eleitoral com eleições e transferências obrigatórias da União para estados e municípios.

Dentro do limite global, há limites para os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público da União e Defensoria Pública da União, com alguns órgãos dentro dessas categorias também obedecendo a sublimites. Até 2019, o Poder Executivo compensou eventuais estouros dos demais poderes num cronograma de transição.

Segundo o teto de gastos, em 2026 o indexador seria revisto, podendo ser maior que a inflação. Até 2020, a correção era feita tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre julho de dois anos antes e junho do ano anterior. Com a Emenda Constitucional dos Precatórios, promulgada em 2021, o índice passou a considerar a inflação cheia do ano anterior.

Entre janeiro e junho, vale a inflação efetiva do primeiro semestre. De julho a dezembro, vale uma projeção para o IPCA, valor que é compensado quando o índice cheio do ano anterior é divulgado, em janeiro do ano seguinte. Na ocasião, a mudança teve como objetivo liberar R$ 64,9 bilhões no Orçamento de 2022, ano eleitoral.

Diferentemente de outros países, o teto de gastos brasileiro não tem válvulas de escape como exclusão de investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) e gastos sociais da regra. Outra possibilidade de escape é a suspensão da regra em momentos de baixo crescimento da economia, como ocorre no Peru.

No país vizinho, país que adota o teto de gastos desde 1999, a despesa não é simplesmente corrigida pela inflação. Os gastos podem ter crescimento real (acima da inflação) de 2% nos primeiros anos e de 4% a partir de 2004.

Emenda Constitucional da Transição

Sem válvulas de escape no Brasil, a Constituição foi modificada várias vezes desde 2019 para permitir furos no teto de gastos, envolvendo R$ 828,41 bilhões fora do limite. Desse total, a maior parte correspondeu ao Orçamento de Guerra para enfrentar a pandemia de covid-19 em 2020. Foram R$ 507,9 bilhões, segundo cálculos do economista Bráulio Borges, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre).

Com a liberação de R$ 108,46 bilhões pela Emenda Constitucional dos Precatórios e de mais R$ 41,2 bilhões com a Emenda Constitucional que elevou o Auxílio Brasil para R$ 600 e criou auxílios para taxistas e caminhoneiros, o teto de gastos estouraria em 2023. Para evitar a paralisia do Orçamento deste ano, o governo eleito articulou a aprovação da Emenda Constitucional da Transição.

Promulgada em dezembro do ano passado, a Emenda Constitucional da Transição excluiu até R$ 168 bilhões do teto de gastos em 2023. Desse total, R$ 145 bilhões correspondem ao novo Bolsa Família com valor mínimo de R$ 600, e até R$ 23 bilhões poderão ser gastos em investimentos caso haja excesso de arrecadação.

Em troca da criação de mais um furo no teto de gastos. O texto, no entanto, estabeleceu a obrigatoriedade de o governo enviar - até agosto deste ano - um projeto de lei complementar com um novo arcabouço fiscal ao Congresso. Para permitir que o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 seja enviado até 15 de abril, data estabelecida pela legislação, dentro do novo arcabouço, o governo decidiu antecipar a divulgação das novas regras.

Novo marco fiscal

Apresentado em 30 de março, o novo arcabouço fiscal combina regras de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública) e de controle de gastos. As despesas do governo poderão crescer entre 0,6% e 2,5% acima da receita do ano anterior em valores reais (corrigidos pela inflação).

Dentro dessa banda de 0,6% e 2,5%, os gastos poderão crescer até 70% da variação da receita do ano anterior. Segundo o Tesouro Nacional, o limite considerará a receita líquida, quando são descontados das receitas da União os repasses obrigatórios a estados e municípios.

Embora as despesas estejam submetidas a um limite de crescimento, existem diferenças marcantes em relação ao atual teto de gastos. Primeiramente, os gastos estão atrelados às receitas, o que cria um caráter pró-cíclico para o novo marco fiscal, em que as despesas crescem mais quando o governo arrecada mais e caem quando a arrecadação recua. No Brasil, o teto de gastos é contracíclico, limitando os gastos quando a arrecadação aumenta e, como não tem válvulas de escape, é pró-cíclico em momentos de recessão, porque os gastos também diminuem quando a economia se contrai.

A segunda diferença diz respeito ao crescimento. Com o teto de gastos, as despesas não podiam crescer acima da inflação. Pelo futuro arcabouço fiscal, os gastos sempre crescerão mais que a inflação. Em momentos de recessão ou de baixo crescimento, crescerão menos, mas, ainda assim, acima do IPCA.

Definição

Neste feriado, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento estão definindo o período a ser levado em conta para corrigir a receita. Inicialmente, as duas pastas tinham afirmado que o intervalo consideraria a receita entre agosto do ano anterior e julho do ano atual.

No entanto, posteriormente, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que o intervalo será entre julho do ano anterior e junho do ano atual, para dar tempo ao governo de preparar o projeto do Orçamento do ano seguinte dentro dos novos limites. O período de correção só será conhecido após o envio do texto final ao Congresso

Além do limite para gastos, o novo arcabouço prevê metas de resultado primário que poderão ser fixadas a cada quatro anos em cada mandato presidencial. Com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos, o governo prevê déficit primário de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, resultado zero em 2024 e superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026. Caso o limite inferior da banda seja descumprido, haverá um mecanismo automático de punição, que reduzirá o crescimento de 70% para 50% da variação da receita no ano seguinte

Com o aumento da pobreza e da insegurança alimentar no Brasil, uma das principais preocupações da população em relação à transição de governo é o pagamento do Auxílio Brasil, programa de assistência social criado no Governo Bolsonaro, no ano passado, e que substituiu o Bolsa Família, do Governo Petista. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já indicou que deverá manter o valor de R$ 600 pagos atualmente, mas o piso-teto do benefício deverá ser debatido através da PEC da Transição.

O Bolsa Família foi encerrado pela Economia do presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2021, após 18 anos do programa petista, o maior da América Latina. O benefício foi revogado pela Medida Provisória nº 1061, publicada em 10 de agosto. Àquela altura, o governo do atual presidente precisava avançar com uma política social própria, o que ainda não tinha acontecido desde o primeiro ano do mandato, em 2019. 

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Com um pagamento que mais do que dobrou o valor antes pago pelo Bolsa Família, o Auxílio Brasil serviu como um catalisador de popularidade para o conservador, que apesar da dominância até aquele período, não era forte nesse tipo de política pública. Porém, com a derrota nas urnas em outubro, é possível que o programa do atual governo volte para a gaveta e que o Bolsa Família retorne, com características similares, como o valor do pagamento, mas valores que remetem ao legado lulista no país. 

Diferenças entre os programas 

As primeiras mudanças foram nos critérios de renda. Os elegíveis para o benefício pelo perfil de extrema pobreza precisavam ter renda mensal de até R$ 89 pelo Bolsa Família, e R$ 100 pelo Auxílio. O mesmo pela classificação de pobreza, com as rendas de R$ 178 e R$ 200, respectivamente, por pessoa.  

A forma de cadastro, através do Cadastro Único, foi mantida. Esse acesso foi bastante criticado à época, em virtude dos cortes do Governo Bolsonaro para a assistência social, o que evidenciou uma política de sucateamento das políticas públicas para os mais pobres, ao mesmo tempo em que se utilizou projetos anteriores para alavancar o novo programa social. 

O CadUn é integralmente coordenado com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), que teve mais de 70% de sua verba reduzida desde 2019, saindo de cerca de R$ 3 bilhões para R$ 910 milhões.  

A mudança que mais chamou atenção foi o valor do pagamento. O governo reajustou o valor médio do benefício pago em 17,84%, para R$ 217,18. O benefício básico, pago às famílias em extrema pobreza, de R$ 89 no Bolsa Família, passou a R$ 100 no Auxílio Brasil.

As parcelas variáveis, com valor de R$ 41, subiram para R$ 49 e o Benefício Variável Vinculado ao Adolescente foi de R$ 48 para R$ 57. O Auxílio Brasil também promete manter as famílias como beneficiárias por mais até 24 meses caso a renda supere o limite para enquadramento no programa. No Bolsa Família, esse prazo era inexistente.

Desafios para o Governo Lula

Uma das promessas de campanha de Lula foi, a partir de 2023, trazer de volta o Bolsa Família, mantendo o reajuste feito por seu antecessor. De acordo com informações divulgadas pela equipe de transição nas últimas semanas, tudo indica que manter essa promessa pode ser um dos maiores desafios do futuro presidente. Lula também prometeu um bônus de R$ 150 para cada criança de até seis anos, e o aumento do salário-mínimo acima da inflação. 

De acordo com o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do PT na Câmara, o governo eleito trabalha a possibilidade de negociar um “piso” para o valor da PEC da Transição que ficaria de fora do teto de gastos. 

Pelo texto protocolado no Congresso, R$ 198 bilhões ficariam fora da regra que atrela o crescimento das despesas à inflação. Desse valor, R$ 175 bilhões seriam para bancar os R$ 600 do benefício do Auxílio Brasil (que voltaria a se chamar Bolsa Família) junto com um bônus de R$ 150 para cada criança de até seis anos. A informação foi publicada pelo jornal Estadão.

O número praticamente ilimitado de participantes em grupos no Telegram e o uso de ferramentas de programação aberta estão entre as principais diferenças da plataforma em relação a concorrentes como o WhatsApp. Ainda, a falta de representação no Brasil e a ausência de mecanismos que coíbam a distribuição de desinformação colocaram o aplicativo na centro da discussão sobre as eleições deste ano no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Estes problemas fizeram com que a Corte e o TSE tentassem repetidamente entrar em contato com a empresa, que cumpriu apenas uma das decisões do Supremo. Nesta sexta-feira, 18, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a suspensão "completa e integral" do aplicativo de troca de mensagens Telegram no País com base no descumprimento de medidas judiciais anteriores. Na madrugada deste sábado, 19, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso contra a decisão.

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Conforme o Estadão mostrou, grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, aproveitam a pouca moderação de uso do aplicativo e as regras flexíveis para a mobilização.

Para o diretor do InternetLab, Francisco Brito Cruz, o Telegram é um aplicativo que tem funções que se assemelham mais às de uma rede social e a outras que estão mais próximas a mensageria privada, o que o diferencia dos similares. "Eu diria que ele é quase um ‘anfíbio’, metade com a criptografia de mensagens e metade com seus canais abertos e grupos, que podem abrigar centenas de milhares de pessoas", afirmou.

Pesquisadora do departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool, Patrícia Rossini também elenca como principais particularidades do uso do Telegram a facilidade de disseminação de informações e funcionalidades de API (código) aberto que permitem, por exemplo, a criação de contas automatizadas.

Ela ressalta, contudo, que o bloqueio do Telegram não impede a ação de grupos extremistas, que continuarão a existir mesmo em aplicativos mais moderados e que colaboram com a Justiça. "As pessoas irão migrar para outros aplicativos semelhantes que ainda recebem pouco ou nenhum escrutínio. O simples bloqueio do Telegram não significa que grupos ideológicos e motivados a espalhar desinformação ficaram sem lugar", disse.

Entenda as diferenças

Telegram e WhatsApp têm criptografia ponta a ponta como funcionalidade de segurança, mas o aplicativo russo também possui chats secretos, que facilitam conversas reservadas e, segundo especialistas, têm regras mais flexíveis de uso.

Enquanto o WhatsApp tem um teto de 256 pessoas por grupo, o Telegram permite 200 mil, além de criar canais exclusivos de transmissão, como o do presidente Jair Bolsonaro, com aproximadamente 1,1 milhão de inscritos. Estes canais têm número ilimitado de participantes.

Na esteira, a empresa também não tem mecanismos reguladores de distribuição, enquanto o WhatsApp limita o número de pessoas para as quais uma mensagem pode ser retransmitida ao mesmo tempo, e marca como "encaminhada com frequência" quando há grande circulação.

Em seu site oficial, o Telegram apresenta um tópico chamado "qual a diferença do Telegram para o WhatsApp?" em que lista, por exemplo, a capacidade de desenvolvedores criarem programas dentro do próprio aplicativo como principal ponto. "E essa é apenas a ponta do iceberg", escreve. Também no site, a empresa oferece um "prêmio" de US$ 300 mil para quem conseguir decifrar as mensagens do aplicativo.

A ausência de representação no Brasil e a falta de colaboração da empresa se tornaram pontos cruciais para a decisão de Moraes. Para reverter a suspensão, o Telegram vai ter que excluir post de Bolsonaro que ataca urnas eletrônicas, pagar multas e indicar representação oficial no País.

Em resposta à decisão, o fundador do Telegram, Pavel Durov, pediu que a Corte considere adiar a suspensão para que o Telegram possa nomear um representante no Brasil e "estabelecer uma estrutura para reagir a futuras questões urgentes como esta de maneira acelerada".

Outros aplicativos

Na disputa presidencial de 2018, o WhatsApp ganhou protagonismo ao ser usado para a divulgação de mensagens e boatos, o que levou a ataques pessoais. Na ocasião, a empresa admitiu que registrou a atuação de grupos privados no disparo massivo de mensagens.

O chamado impulsionamento de conteúdo é permitido pela legislação eleitoral, mas seu uso deve ser identificado como tal e contratado apenas por partidos e coligações diretamente com as plataformas de redes sociais.

Já o Facebook foi tomado como problema central nas eleições americanas de 2016, após a imprensa divulgar que os dados de usuários fomentaram o banco de informações da firma britânica de marketing político Cambrigde Analítica. Agora, junto ao Instagram, a plataforma possui um projeto de verificação de notícias, que procura diminuir o alcance de informações falsas.

Em meio à pressão dos usuários, o Twitter também anunciou um botão que propõe regular a desinformação na plataforma. A iniciativa aconteceu em meio ao aumento de conteúdos falsos que circulam na rede durante a pandemia da covid-19.

Com funcionalidades diferentes, outras plataformas também são usadas para trocas de mensagens, como o Discord, o Signal, o Messenger, o Hangouts, o Skype e o Vibe.

Liberadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as duas vacinas administradas no Brasil contra a Covid-19 ainda dividem opiniões. Embora o Plano Nacional de Imunização siga lento, as etapas progridem e 783.135 pessoas já foram vacinadas, de acordo com o Ministério da Saúde. Para apontar as principais diferenças entre os imunizantes de Oxford/AstraZeneca e a Coronavac, o LeiaJá conversou com um representante do comitê de imunização de Pernambuco.

Distribuídas pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, apenas a Coronavac é produzida no Brasil, mas ambas dependem de doses de reforço e confirmaram a eficácia na fase 3 de testagem. A de Oxford/AstraZeneca apresentou 70% de eficiência e a Coronavac apontou 50,39% no mesmo período, embora tenha registrado 100% de eficácia em pacientes acometidos por casos graves.

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Após a primeira aplicação, a Coronavac permite o intervalo da segunda dose entre 14 e 28 dias. Já o prazo da de Oxford/AstraZeneca é mais extenso e necessita de 4 a 12 semanas.

Presidente da Sociedade de Pediatria de Pernambuco e integrante dos comitês de imunização contra a Covid-19 do Recife e do estado, o Dr. Eduardo Jorge pontuou sobre a diferença tecnológica entre os imunizantes. Enquanto a Coronavac utiliza o método tradicional do vírus inativado, a de Oxford/AstraZeneca se apoia em um vetor viral não-replicante para combater a doença.

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De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, o Brasil acumula 9.283.418 casos confirmados e 226.309 óbitos em razão da pandemia. Sem remédio contra o vírus, além das recomendações sanitárias, o único método de prevenção são as vacinas.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (17) que espera resolver com o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, os problemas entre os dois países, cujas relações são conflituosas.

"Esperamos que todos os problemas que surjam, ou talvez não todos, mas pelo menos parte deles, sejam resolvidos sob o novo governo dos Estados Unidos", disse Putin em sua tradicional entrevista coletiva de fim de ano.

Putin foi um dos poucos líderes que esperaram o voto do Colégio Eleitoral dos EUA a favor de Biden para parabenizá-lo na terça-feira (15). Citou a incerteza sobre o resultado da eleição de 4 de novembro causada pela recusa de Donald Trump de reconhecer a derrota e por ações judiciais.

Biden se comprometeu a se manter firme ante Moscou, acusada de ter interferido no sistema eleitoral americano para ajudar Trump a vencer a eleição de 2016 contra a democrata Hillary Clinton.

Trump sempre negou ter-se beneficiado de ajuda russa, acusação também rejeitada por Putin, apesar das conclusões de investigadores americanos que levaram à imposição de sanções a Moscou.

Ontem, o presidente russo voltou a rejeitar que tenha havido qualquer interferência, por parte de Moscou, nas eleições americanas.

"São especulações, cujo objetivo é deteriorar as relações entre Rússia e Estados Unidos e também para que não se reconheça a legitimidade daquele que continua sendo o presidente dos Estados Unidos", disse ele, em referência a Donald Trump.

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil e com suas proporções continentais, o país tem se tornado um bom ponto de estudos para os testes finais das vacinas candidatas a imunizar contra a doença.

Como os números de novos casos da Covid-19 aumentam de maneira exponencial, por exemplo, entre 8 e 11 de junho, a média foi de mais de 27,7 mil casos confirmados por dia, o Brasil tem um amplo campo de estudo para a última fase dos testes, que necessitam de milhares de voluntários.

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Por motivos éticos, as pessoas não são expostas ao vírus de maneira proposital, por isso, essa última etapa precisa de locais onde a doença ainda conta com a alta circulação.

No início de junho, Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciou que sua vacina, a ChAdOx1 nCoV-19, seria testada no Brasil sob a coordenação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com cerca de dois mil voluntários. As doses de teste foram feitas pela empresa italiana Advent-IRBM e, caso funcione, será distribuída mundialmente pela empresa sueco-britânica AstraZeneca.

Nesta quinta-feira (11), o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o Instituto Butantan fechou uma parceria com a empresa chinesa Sinovac Biotech para fazer a fase 3 de testes da candidata CoronaVac no país.

Além dessas duas, há outras duas imunizações na terceira etapas de testes, que é considerada a mais importante porque coloca a vacina em um "teste na prática", ou sejam, verifica se ela de fato imuniza as pessoas que tiverem contato com a doença em um ambiente não controlado.

As outras candidatas são a mRNA-1273, desenvolvida pela empresa Moderna e pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), que está sendo testada nos Estados Unidos, e a Ad5-nCoV, da Cansino e do Instituto de Biotecnologia de Pequim, que é testada na China.

Mas, quais as diferenças das vacinas testadas no país?

- Vetores:

As duas candidatas no Brasil tem vetores diferentes. A ChAdOx1 nCoV-19 é a mais tecnológica e usa um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, que é usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células do corpo humano. O procedimento é considerado um dos mais novos usados no desenvolvimento da vacina.

Já a CoronaVac usa um método mais tradicional para criar a imunização, com uma versão quimicamente inativa do Sars-CoV-2, da mesma forma como foram criadas as usadas no caso da Influenza e algumas hepatites. A forma é considerada a mais segura atualmente.

- Laboratórios:

A Sinovac Biotech, fundada em 1993, é um dos quatro laboratórios da China que receberam o aval do governo para investir nas pesquisas para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus. A empresa é bastante conhecida na comunidade científica internacional após ter sido o primeiro laboratório chinês a desenvolver uma vacina contra a hepatite A e por ter sido a primeira do mundo a conseguir criar uma vacina contra a gripe H1N1 - também conhecida como Influenza tipo A ou gripe suína.

Entre os anos de 2009 e 2010, o vírus se espalhou mundialmente e, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), causou nove mil mortes.

Já a Oxford Vaccine Group (OVG) foi fundada em 1994 e é ligada à tradicional Universidade de Oxford. O laboratório trabalha na busca do desenvolvimento de vacinas para crianças e adultos e trabalha tanto com profissionais da entidade como faz parcerias com outros laboratórios ou empresas para desenvolver as imunizações.

- Quantidade de testes:

No Brasil, a ChAdOx1 nCoV-19 será testada, a princípio, em pelo menos dois mil adultos entre 18 e 55 anos, prioritariamente profissionais de saúde ou pessoas "com risco aumentado de exposição à Covid", como funcionários de limpeza e seguranças de hospitais, informou à ANSA a coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp, Lily Yin Weckx.

A Universidade de Oxford informa ainda que mais de 10 mil britânicos mais de 11 mil britânicos participaram das fases I e II dos testes. A CoronaVac será testada em cerca de nove mil voluntários no Brasil. Após procedimentos de segurança em macacos, nas fases I e II, foram testados 144 pessoas saudáveis com idades entre 18 e 59 anos.

- Produção e Distribuição:

Conforme anúncio do governo de São Paulo e um comunicado oficial da Sinovac, a produção das doses, em caso de sucesso da vacina, pode ser feita no Brasil. Segundo nota da empresa, a parceria para os testes foi o primeiro "em uma série de acordos que devem ser completados entre as partes para estabelecer uma extensa colaboração que inclui a licença da tecnologia, a autorização de mercado e a comercialização da CoronaVac".

Na China, a empresa anunciou que está construindo uma nova fábrica para poder produzir até 100 milhões de doses da imunização por ano. A CoronaVac deve estar disponível até junho de 2021.

Por sua vez, o grupo AstraZeneca anunciou que já começou a produção da vacina, mesmo sem os resultados finais. O acordo com a Oxford permitirá a produção de dois bilhões de doses. Não há informações de como o Brasil se beneficiará por realizar os testes.

Da Ansa

Em menos de 48 horas após o registro do segundo caso de brasileiro infectado com coronavírus, uma equipe de pesquisadores brasileiros conseguiu novamente sequenciar o genoma do vírus. São os mesmos cientistas que tinham feito o primeiro sequenciamento, num procedimento que deve virar rotina para a epidemia.

E a nova análise mostra que o patógeno do segundo caso é levemente diferente do primeiro. Pela conclusão, o primeiro tinha se assemelhado mais com vírus que haviam sido sequenciados na Alemanha. Já o segundo se aproxima mais de vírus sequenciados na Inglaterra. E ambos são diferentes das sequências chinesas.

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Nos dois casos, porém, os pacientes foram contaminados na Itália, mas como cientistas italianos ainda não apresentaram os sequenciamentos dos vírus que estão no país, a comparação não pôde ser feita com o material de lá.

De acordo com a pesquisadora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical da USP, que compõe os esforços de sequenciamento junto com pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da Faculdade de Medicina da USP, essas variações confirmam que a transmissão interna entre os países da Europa já está bem estabelecida.

"A epidemia já está há algum tempo na Europa e já passa de um país a outro. Mas nesse momento ainda não conseguimos saber se ela foi da China para a Alemanha e a Inglaterra e de lá para a Itália ou se foi para a Itália e de lá foi para a Inglaterra", por exemplo.

Ela explica que a cada mês que passa o vírus sofre uma mutação e fica com uma espécie de código da região por onde passou, mostrando o seu caminho.

"Ainda é arriscado inferir muita coisa com apenas dois genomas, mas o que podemos dizer é que os dois casos não tiveram a mesma fonte de contaminação. Isso é importante para os epidemiologistas rastrearem a dinâmica da doença", explica Claudio Sacchi, do Instituto Adolfo Lutz, que coordena os trabalhos.

Ele afirma, no entanto, que os próximos sequenciamentos não devem ser tão rápidos. Para analisar os dois com um tempo tão curto - o primeiro havia sido apresentado na sexta e já no sábado os pesquisadores receberam a segunda amostra - ele conta que os cientistas quase não dormiram.

"Foi importante porque eram os primeiros e a gente mostrou que temos capacidade, mas a partir de agora o trabalho deve ser mais sereno. Até porque não precisa ser tão rápido assim. Aqui nós analisamos sarampo também, que teve a primeira morte do ano em São Paulo", explica.

O trabalho faz parte do projeto Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), apoiado pela Fapesp e pelo Medical Research Centers, do Reino Unido, que desenvolve novas técnicas para monitorar epidemias em tempo real e oferecer pistas para responder o problema.

Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fizeram comentários nas redes sociais reclamando sobre a suposta falta de cobertura da imprensa e de críticas internacionais sobre o fogo na Austrália, que se alastra desde setembro. Eles comparam o problema às queimadas da Amazônia em 2019, dando a entender que a situação australiana é muito pior. Mas os casos são distintos, segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira diferença é que a vegetação na Austrália, assim como na Califórnia (EUA) e no Cerrado, é mais acostumada ao fogo. Lá os incêndios ocorrem de modo natural. "Flora e fauna evoluíram com fogo, têm adaptações para voltar mais rápido depois. Já a Amazônia, não. As plantas não têm adaptação para fogo, como casca grossa, não rebrotam facilmente", diz Jos Barlow, da Universidade de Lancaster (Inglaterra) e da Rede Amazônia Sustentável.

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Na Austrália, os incêndios se espalham principalmente pela floresta tropical seca, mas neste verão estão muito mais intensos, extensos e duradouros por causa das mudanças climáticas. Já na Amazônia, a floresta tropical úmida só queima se alguém botar fogo. Em agosto, quando o número de focos foi o maior para o mês desde 2010, a ação humana ocorreu principalmente para limpar áreas previamente desmatadas.

Barlow publicou com cientistas brasileiros uma análise no periódico Global Change Biology em novembro apontando essa relação com o desmate. "Em 2019, imagens de satélite mostraram que boa parte do fogo foi em área já derrubada. É muito diferente: as florestas na Austrália pegam fogo em pé."

Aquecimento

A Austrália passa por uma seca prolongada desde 2017, que se intensificou em 2019, conforme a prévia de relatório da Organização Meteorológica Mundial do início de dezembro. Em média, o período de janeiro a outubro foi o mais seco desde 1902, e a situação se agravou nos meses seguintes.

Desde o início do ano, com seca severa, ondas de calor acima de 50ºC e ventos fortes, as chamas se intensificaram, segundo análises da Nasa. Alguns lugares queimaram ao longo de quatro meses. Segundo a agência de clima e tempo da Austrália, o índice de chuvas está 36% inferior à média entre 1961 e 1990. "Os dois casos (Austrália e Amazônia) são graves, mas de modos diferentes. O custo humano em termos de mortes é obviamente maior na Austrália, mas o custo para emissões de carbono pode ser maior na Amazônia. São duas situações super importantes, e cada uma merece investimento e interesse dos seus governos", afirma Barlow.

A semelhança entre os casos, diz, é que com as mudanças climáticas, as condições para o fogo têm ficado melhores em todo o mundo. "Mudanças climáticas são difíceis de conter e a situação vai piorar. Mas é possível fazer ações locais para prevenir situações ainda mais catastróficas. Na Amazônia é preciso conter o desmate, ajudar pequenos produtores a usar fogo de modo mais responsável ou nem usar. É possível ter política pública para diminuir o fogo. Na Austrália, um manejo florestal melhor também pode ajudar." O país tem muitas plantações de eucalipto, que propagam o fogo com facilidade.

Para Erika Berenguer, da Universidade de Oxford (Inglaterra), que estuda o impacto do fogo na Amazônia, o caso australiano mostra o alcance do aquecimento global. "São cidades inteiras evacuadas, milhares no hospital, pressão na economia que leva à instabilidade social, além do impacto na biodiversidade", diz. "É como se olhássemos por uma janela nosso futuro, de como ecossistemas naturalmente mais secos se portarão frente a mudanças climáticas."

Negacionistas

Outra semelhança é que os governos de Austrália e Brasil minimizam o aquecimento global. Primeiro-ministro australiano, Scott Morrisson nega as mudanças climáticas. O país, assim como o Brasil, foi um dos que travaram a negociação na Cúpula do Clima da ONU, em dezembro. Morrisson já afirmou não ver elo entre o fogo e as mudanças climáticas. Depois recuou e disse que elas seriam só um dos "fatores" ligados ao problema. No Brasil, Salles já questionou a parcela de contribuição humana na alta de temperaturas.

Fumaça

A fumaça dos incêndios na Austrália foi avistada no Chile e na Argentina, em uma nuvem que percorreu mais de 12 mil quilômetros até a América do Sul. Segundo o Serviço Meteorológico de Santiago, não há registro de problemas causados pelo fenômeno. A nuvem tem espessura de 6 mil metros e deixou o sol com tons de vermelho. O Serviço Nacional de Meteorologia argentino (SMN) mostrou em seu Twitter imagens de satélite. "Que consequências isso pode ter? Nada muito relevante, apenas um pôr do sol e um sol um pouco mais vermelho", disse o SMN no Twitter. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As doenças respiratórias, como gripe e resfriado, são mais comuns no outono e no inverno, estações em que o clima fica mais seco e as temperaturas mais baixas. No entanto, apesar de os sintomas serem semelhantes, são doenças distintas.

A gripe é causada pelo vírus Influenza e o resfriado pelo rinovírus. Entre as diferenças está a agressividade dos sintomas, que são bem mais fortes no caso de gripe, conforme explica o médico infectologista Ralcyon Teixeira.

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"No caso do resfriado, você sente aos poucos que está doente, quando começam as dores no corpo e o nariz a escorrer. A gripe não, ela vem de uma vez. De uma hora para outra você começa a sentir mal-estar e ela é acompanhada de dois fatores: tosse seca e febre geralmente alta, em torno de 39º", afirma.

Por isso, a gripe afeta com mais intensidade pessoas com perfil de risco como idosos, gestantes, obesos, crianças de até três anos, mulheres que acabaram de dar à luz e pessoas que têm doenças crônicas e/ou que tomam medicamentos que abaixam a imunidade.

De acordo com o médico infectologista Jean Gorinchteyn, as pessoas que não querem sofrer com os efeitos do frio e da baixa umidade do ar devem se prevenir tomando cuidados simples. "Mantenha os ambientes ventilados ao máximo. É importante tomar cuidado para não colocar a mão na boca e no nariz sem que esteja devidamente higienizada com sabão e álcool em gel e, principalmente, evitar o contato muito próximo com pessoas doentes", orienta.

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Vacinação contra a gripe começa hoje em todo o país

 

As diferenças entre os candidatos à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ficam explícitas em Saúde. Em seu programa de governo, Bolsonaro afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) não precisa de mais recursos, propõe mudanças no Mais Médicos e sugere a retomada de um modelo de contratação usado no período do Inamps. Haddad, por sua vez, defende mais financiamento público para o SUS, reforço do Mais Médicos e criação da Rede de Especialidades Multiprofissional.

Socorrido por um hospital credenciado ao SUS depois de ser ferido com uma faca em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro em seu programa critica a qualidade do sistema. Afirma que a área deveria ser muito melhor, considerando o valor que o Brasil já gasta - equivalente, segundo ele, ao de países mais ricos. Ao mesmo tempo em que descarta mais investimentos, o capitão reformado prevê um sistema de contratação de médicos que, na avaliação de especialistas, provocaria uma profunda desordem no sistema.

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A ideia é de que médicos interessados possam atender o SUS. "Isso é inviável. Já foi usado no passado e se mostrou ineficaz e caro", afirma o presidente da Federação Médica Brasileira (FMB), Waldir Cardoso. Professor da Universidade de São Paulo, Mário Scheffer faz o mesmo diagnóstico. "Seria um retrocesso. A retomada de um modelo propício para fraude, onde não há planejamento e, sobretudo, com gastos incontroláveis." Professor da Unicamp, Gastão Wagner considera "impossível de ser colocado em prática".

Haddad propõe que gastos públicos cheguem a 6% do Produto Interno Bruto e, para isso, sugere novas regras fiscais e a retomada do Fundo Social do Pré-Sal para o financiamento público da saúde. Scheffer afirma que a disposição em ampliar os investimentos para o setor é bem-vinda. "Mas o programa não deixa claro como isso será realizado."

Consultor de saúde, Eugenio Vilaça se mostra descrente. "Há 20 anos se fala em aumento de recursos para a Saúde, mas o discurso não se concretiza", completa. Para ele, as promessas na área geralmente desconsideram problemas complexos. "Não se pode anunciar soluções simplistas."

Carreira

Bolsonaro encampou pontos que são defendidos com entusiasmo pela classe médica. Entre eles, a criação de uma carreira de Estado para a profissão. O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Lopes Ferreira, afirma que a estratégia seria útil para garantir assistência de qualidade em todo o País. Profissionais seriam pagos pelo governo federal e teriam uma progressão na carreira, com mudanças periódicas nos locais de trabalho. A ideia não é nova. Embora defendida por profissionais em contraponto ao Mais Médicos, nunca prosperou.

A resistência se explica. Com a carreira médica, o financiamento de profissionais ficaria totalmente sob responsabilidade do governo federal, o que aumentaria gastos. Hoje, há profissionais pagos tanto pela esfera federal quanto por Estados e por municípios. "As propostas são contraditórias. Ao mesmo tempo em que ele afirma não ser necessário um aporte de recursos, o programa prevê medidas que vão aumentar de forma expressiva os gastos", observa Scheffer.

Além da carreira, o capitão reformado acena com a desidratação do Mais Médicos. A proposta é que somente participem do programa profissionais que validaram seu diploma no País. Além disso, o pagamento seria feito diretamente pelo governo federal, dispensando o convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). "Esse programa (Mais Médicos) é uma aberração. Foram investidos recursos em treinamento de pessoas que não vão ficar no País", diz Lopes Ferreira. O programa, no entanto, tem o apoio da população e de prefeitos. "Certamente a mudança provocaria uma reação nos municípios", observa Scheffer.

Para o presidente da FMB, os planos apresentados por Bolsonaro para o Mais Médicos indicam a pouca intimidade do candidato com o assunto. Sobretudo quando ele acena para a possibilidade de se chamar familiares dos profissionais para morar no Brasil. "Não haveria condição de fazer o pagamento diretamente para profissionais. Há um acordo com outro país e com a Opas", constata. "Além disso, a vinda de familiares somente seria possível com a anuência do governo cubano."

A AMB não declarou apoio. Mas o presidente da entidade não esconde sua preferência por Bolsonaro. Mesmo assim, Lopes Ferreira admite que a proposta do candidato do PSL sobre o credenciamento de médicos, a exemplo do que ocorria no extinto Inamps, não se sustenta. "Faz parte de uma iniciativa bem intencionada, mas carece de fundamento."

O candidato do PSL também sugere mudanças na assistência suplementar. Médicos que atendem planos de saúde não precisariam ser credenciados. Todos os interessados poderiam atuar. A medida já foi defendida por entidades de classe, mas depois acabou abandonada. "Não consigo vislumbrar vantagens nesse mecanismo", diz Cardoso.

Especialidades

Além do reforço do financiamento, o programa de Haddad segue princípios apresentados por integrantes do seu partido. A ideia da Rede de Especialidades, por exemplo, já havia sido apresentada por Arthur Chioro, professor da Universidade Federal de São Paulo e ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff. A proposta é uma espécie de desdobramento do Mais Médicos, programa criado para fazer frente à carência na atenção básica. Na Rede de Especialidades, a ideia é prover especialistas, sobretudo para áreas carentes.

"O problema é que as falhas na atenção básica ainda são evidentes. Se a atenção fosse adequada, mais de 70% dos problemas poderiam ser resolvidos ali. É preciso prioridade", avalia Vilaça.

Prontuário eletrônico

O único ponto em comum na plataforma dos dois candidatos é a adoção do prontuário eletrônico, um sistema que permita reunir o histórico do paciente, resultados de exames, as consultas que fez, medicamentos que tomou. "Essa é uma promessa que vem sendo renovada por candidatos, ministros. O problema é que o SUS tem três esferas, há também secretários estaduais e municipais. E é preciso um entendimento comum", diz o professor Mário Scheffer, da Universidade de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O preço da nova camisa de jogo do Sport, fabricada pela Under Armour, arrancou críticas de muitos torcedores. O valor, R$ 349,99, corresponde a um acréscimo de praticamente R$ 100 na comparação com o uniforme da Adidas, antiga fornecedora de material esportivo do Leão.

Representante da Under Armour, Audrio Magalhães, durante o lançamento do novo padrão rubro-negro nesta quinta-feira (19), argumentou que leoninos também têm à disposição o modelo “torcedor”. Na versão masculina, ele custa R$ 249,99, enquanto que no molde feminino o preço é de R$ 229,99. 

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Em entrevista ao LeiaJá, o representante da nova fornecedora de material esportivo do Sport justificou o valor cobrado. Além disso, Audrio explicou as diferenças entre a camisa de jogo e a de torcedor. Confira no vídeo a seguir:

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De acordo com a Under Armour, a tendência é que as camisas do 'modelo torcedor' sejam mais comercializadas do que o padrão de jogo. Porém, pelo menos por enquanto, a marca não divulga uma previsão da quantidade de camisas que devem ser vendidas. 

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Às vésperas do início da temporada de inverno no Brasil, o Ministério da Saúde reforçou a importância da vacinação contra a influenza, também conhecida como gripe. A infecção do sistema respiratório tem como principal complicação a pneumonia, quadro de saúde responsável por um grande número de internações hospitalares em todo o país.

De acordo com a pasta, existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O último causa apenas infecções respiratórias brandas e não representa grande impacto na saúde pública. Já os vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o tipo A responsável por pandemias como a H1N1, registrada em 2009.

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O resfriado, por sua vez, também é uma doença respiratória e, frequentemente, é confundido com a gripe. O quadro é causado, entretanto, por vírus diferentes. Os mais comuns, segundo o ministério, são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), que geralmente acometem crianças.

Confira a diferença entre gripe e resfriado nas perguntas e respostas abaixo publicadas pelo Ministério da Saúde:

Quais os sintomas da gripe?

Inicia-se, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar.

Como se transmite a gripe?

A influenza pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar ou por meio indireto pelas mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carregar o vírus diretamente para a boca, o nariz e os olhos.

Por quanto tempo os vírus influenza podem permanecer em superfícies?

Sabemos que alguns vírus ou bactérias vivem por duas a oito horas em superfícies. Lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de se contaminar a partir dessas superfícies.

Como tratar a gripe?

Pessoas com gripe devem beber bastante água e descansar. A maioria dos pacientes se recupera dentro de uma semana. Os medicamentos antivirais para a gripe podem reduzir complicações e óbitos, embora os vírus do tipo influenza possam desenvolver resistência aos medicamentos. Eles são especialmente importantes para grupos de alto risco. Os medicamentos devem ser administrados precocemente (dentro de 48 horas após o início dos sintomas).

Quais os sintomas do resfriado?

Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com os da gripe, são mais brandos e duram menos tempo – entre dois e quatro dias. Eles incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A febre é menos comum e, quando presente, ocorre em temperaturas baixas.

Como se transmite o resfriado?

As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.

Existem outros quadros que podem ser confundidos com a gripe?

Outra doença com sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível e sim crônica, provocada pelo contato com agentes alergênicos (substâncias que causam alergia), como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.

Empresas com mais de 250 empregados terão de divulgar a diferença de salários entre trabalhadores homens e mulheres. A medida, inspirada na nova legislação trabalhista do Reino Unido, está prevista no Projeto de Lei do Senado (PLS) 205/2018, da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).

O texto, que vai tramitar em decisão terminativa na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), acrescenta um artigo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/1943), prevendo que a empresa ou empregador deverá divulgar as informações até o quinto dia útil do mês de abril de cada ano. Devem ser informadas a quantidade percentual de empregados homens e mulheres, a quantidade nominal e percentual de remunerações pagas aos empregados, segregados por sexo; a diferença nominal e percentual da massa salarial entre empregados homens e mulheres e também a totalidade dos trabalhadores terceirizados.

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Rose de Freitas explica que, no Reino Unido, as novas regras fazem parte de esforço do governo britânico contra a discriminação no mercado de trabalho. Lá, as mulheres ainda ganham 17% a menos que os homens, de acordo com um levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O país mais “igualitário”, segundo a entidade, é a Bélgica, com apenas 3% de defasagem.

No Brasil, estimativa da OCDE é de uma defasagem salarial de quase 20%, a maior entre os principais países da América Latina, incluindo a Argentina e o México. Dados da PNAD Contínua 2016, divulgados este mês pelo IBGE, apontaram que apesar de as mulheres representarem mais da metade da população brasileira em idade de trabalhar, os homens preencheram 57,5% dos postos de trabalho. Além disso, as mulheres receberam o equivalente a 22,9% menos do que os homens.

A senadora diz que sua intenção com a proposta é estabelecer um debate vivo na sociedade sobre igualdade de gênero no trabalho e estimular a transparência dessas informações no mercado de trabalho formal.

“Esperamos que a discussão possibilite a deliberação positiva, no sentido de uma legislação mais avançada em relação a este tema”, afirma na justificativa do projeto.

O projeto prevê também multa de R$ 100 mil a R$ 1 milhão para quem descumprir a medida.

Da Agência Senado

Colin Trevorrow deixou a direção do terceiro episódio da nova trilogia de "Star Wars", anunciou o Lucasfilm nesta terça-feira, alegando incompatibilidade entre ele e os executivos do estúdio.

A imprensa especializada e sites na internet especularam que Trevorrow, de 40 anos, deixaria a produção desde o fracasso de seu recente filme "The Book of Henry", um fracasso alvo de muitas críticas.

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"A Lucasfilm e Colin Trevorrow decidiram mutuamente seguir caminhos diferentes em 'Star Wars: Episódio IX'", explicou o Lucasfilm em um comunicado.

"Colin foi um maravilhoso colaborador em todo o processo de desenvolvimento, mas chegamos à conclusão de que nossas visões sobre o projeto divergem. Desejamos a Collin o melhor e vamos compartilhar mais informações sobre o filme em breve", acrescentou.

Citando fontes não identificadas, a revista especializada Hollywood Reporter informou que o ponto principal de contenda foram as contínuas "questões de roteiro", com Trevorrow sendo forçado a reescrevê-lo várias vezes.

O semanário especializado na indústria do entretenimento reportou que o relacionamento entre Trevorrow e a chefe do Lucasfilm, Kathleen Kennedy, se tornou "inadministrável", embora tenha acrescentado que ela tentou evitar perder mais um diretor da franquia.

Em junho, o Lucasfilm demitiu a dupla de diretores Phil Lord e Chris Miller ("Anjos da Lei", "Uma Aventura Lego"), faltando apenas algumas semanas para concluir a fotografia principal do aguardado filme de Han Solo.

A dupla foi substituída pelo diretor 'oscarizado' Ron Howard, após desentendimentos com Kennedy e o roteirista Lawrence Kasdan.

A saída de Trevorrow seria uma grande perda, pois ele é considerado um Midas, após ter faturado alto com "Jurassic World" (2015), da Universal, a quarta maior bilheteria da história do cinema.

Ainda sem título, o filme sobre Han Solo é aguardado para maio do ano que vem, enquanto ainda precisa ser iniciada a produção de "Star Wars: Episódio IX", cujo lançamento está previsto para 12 meses depois.

"O Último Jedi", próximo filme da franquia "Star Wars", com direção de Rian Johnson, estreia em 15 de dezembro.

Katy Perry parece que realmente virou a página e não quer saber mais de polêmicas envolvendo ela e Taylor Swift. De acordo com o Daily Mail, em entrevista ao Today, na última quarta-feira, dia 19, a cantora afirmou estar bem e diz que seguiu em frente após a treta com a loirinha, que já dura quase quatro anos!

A cantora ainda declarou todo seu amor por Taylor Swift, apesar de reconhecer que as duas possuem opiniões diferentes em relação alguns assuntos:

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- Eu a amo e sempre vou amar. Já tivemos as nossas diferenças, mas continuo a pedir que Deus abençoe a jornada dela, afirmou.

Essa não foi a primeira vez que a beldade declarou que superou a briga que teria tido com Taylor Swift no passado. Em recente entrevista a um programa de podcast, Katy Perry declarou que a rivalidade entre as duas ficou para trás:

- Eu a perdoo e também peço desculpas por qualquer coisa que eu fiz, e espero o mesmo dela.

Só resta saber o que Taylor Swift está pensando de tudo isso, não é mesmo? Até o momento ela não se pronunciou e parece não querer lembrar que tudo começou após acusar Katy Perry de roubar seus dançarinos em uma turnê. Desde então, as duas trocam alfinetadas em público e a música Bad Blood até foi dedicada à ex-namorada de Orlando Bloom.

A intolerância atingiu sérios níveis. Hoje, notícias de violência e preconceito são comuns na mídia. Há incontáveis casos de agressões, tanto verbais como físicas, de quem apenas pensa ou vive “diferente”. A lista de atrocidades provocadas pela intolerância é vasta, seja ela por questões étnicas, políticas, de gênero, de classes, religiosa, sexual, cultural ou social, causadas pela dificuldade de entender e aceitar as diferenças. Hoje, o desafio do mundo contemporâneo é o de que todas essas identidades consigam viver juntas e em paz. 

Na internet, se tornou comum e cada vez maior o número de mensagens de ódio. Só em 2013, foram registradas 21.205, das quais 11.004 estavam no Facebook, a rede social mais usada pelos brasileiros. Os dados das páginas (URLs) denunciadas são da ONG Safernet (que tem como objetivo defender os direitos humanos na internet), por divulgarem conteúdos de intolerância racial, religiosa, neonazistas, xenofobia e homofobia ou por fazer apologia e incitação a crimes contra a vida.

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"A internet é a imagem da sociedade refletida no espelho. Com a mobilidade da internet, estamos permanentemente conectados, e a tendência é que esse mundo online se aproxime cada vez mais do offline. No caso dos grupos de ódio, há um núcleo duro que espalha conteúdo, se envolve e cria polêmicas, e tenta se organizar fora da rede. O que está em jogo é a própria democracia", explicou o presidente da Safernet, Thiago Tavares. 

Para o doutor em ciência política Juliano Domingues, as mídias sociais digitais criam bolhas capazes de motivar esse tipo de comportamento e, por conta da lógica de algoritmos, o usuário de internet tem a percepção de que todos pensam da mesma forma que ele. “Se ele compartilha discurso de ódio, a dinâmica da rede tende a aproximá-lo de outros usuários com percepção similar. Ao se sentir parte de um determinado grupo que compartilha certas crenças e valores, o indivíduo se sente confortável a apresentar seu ponto de vista, mesmo que venha a ser classificado como ‘intolerante’ ou ‘discurso de ódio’”.

Intolerância política

A intolerância no Brasil chegou ao ponto de uma médica negar atendimento a uma criança, de cerca de um ano, por motivos políticos. Ao descobrir que sua mãe, Ariane Leitão, era a suplente de vereadora pelo PT, em Porto Alegre, a pediatra Maria Dolores Bressan alegou que continuar atendendo a criança, passaria por cima dos seus princípios. 

Na época (março do ano de 2016), Ariane Leitão levou o caso para o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). “É um caso de intolerância política que ultrapassou todos os limites. Quando as crianças começam a ser atingidas, realmente precisamos parar para refletir. A polarização ideológica, que deveria gerar um debate político, está gerando apenas violência, discriminação e ataques”, afirmou, em entrevista à Folha de São Paulo.

Um exemplo mais recente foi a manifestação ocorrida enquanto a esposa do ex-presidente Lula, Marisa Letícia, estava internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Cerca de quatro mulheres carregando cartazes com os dizeres “SUS” e “Cadê os médicos cubanos?” e com a imagem de Lula presidiário protestaram na frente do hospital. 

Momento

“Atitudes que venham a ser classificadas como fruto de intolerância costumam estar associadas a uma cultura política pouco democrática ou autoritária. Esse tipo de comportamento tende a ser relativamente comum em países de democracia frágil ou em processo de consolidação, como é o caso do Brasil”, analisou Domingos. 

Segundo o estudante de ciências sociais e membro do projeto Não Violência nas Escolas, Vinicius dos Santos, a sociedade vive um período especial, em que muitos valores estão em crise. "É como se tivéssemos perdido as referências. O que antes nos orientava, hoje já não orienta mais. É um momento turbulento em que a incerteza aumenta ainda mais essa confusão de valores", afirma. Para Vinicius, é um momento em que a sociedade tem muita liberdade, o que cria uma diversidade maior e causa essa sensibilidade nas pessoas. “Para quem sempre conviveu com o certo e errado, com o sim e não, essa diversidade toda causa o aumento da intolerância e, consequentemente, a violência”. 

Intolerância religiosa 

Quando diz respeito à religião, os números assustam. Em todo o Brasil, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, do governo federal, entre 2011 e 2016, foram registrados 952 casos de intolerância religiosa, denunciados pelo Disque 100. "É comum presenciarmos atitudes intolerantes, eu sofro com isso diariamente. Isso só demonstra o quanto as pessoas não têm condições de refletir sobre religião, falta conhecimento e acima de tudo o respeito", explicou o membro do Comitê Nacional de Respeito à Diversidade Religiosa e conselheiro de Políticas Culturais de Recife, Alexandre L'Omi L'Odó.

Alexandre é membro da Jurema Sagrada e do Candomblé, e já passou por diversas situações desconfortáveis devido a sua religião. Uma delas foi quando estava numa viagem de ônibus e um ambulante o atacou . "Ele começou a falar com arrogância que conhecia a verdade e havia encontrado a luz, pois havia desistido de ser um 'umbandista' e que conhecia tudo 'dessas religiões', tentando provar isso, afirmou que sabia que tinha 'um grande terreiro de Macumba' por detrás da estação de ônibus Xambá (o Terreiro Xambá) comandado por 'um negão pai de chiqueiro'. 

Na visão do juremo, esse é o reflexo da má educação pública que "embranquece" as mentes e torna as pessoas vulneráveis a ideologias criminosas que não se justificam. “As pessoas olham para nossas vestimentas, por exemplo, e já estranham. Não estão acostumados com isso, não conhecem. Para eles,  isso é considerado anormal”.  

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O Brasil não recebeu o título de país do futebol à toa. Não bastasse ser o maior vencedor de Copas do Mundo, estar no topo no futsal e futebol de areia, a seleção canarinho também sai na frente quando o assunto é esporte paralímpico.

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Nas Paralimpíadas, a seleção brasileira de Futebol de 5 é uma verdadeira potência. Maior campeão dos jogos, o time do craque Ricardinho vai tentar o tetracampeonato no Rio-2016. Desde que a modalidade estreou em Atenas-2004, só o Brasil conseguiu vencer. O Futebol de 5 é uma modalidade adaptada do futebol para pessoas com deficiência visual. Mais curta, uma partida dura 50 minutos, divididos em dois tempos, com um intervalo de 10 minutos. Diferente do esporte tradicional, a versão adaptada tem placas nas laterais, guizo na bola, e a torcida precisa acompanhar em silêncio.

Existem diferentes classes de cegueira no Futebol de 5, mas na Paralimpíada apenas os que fazem parte da 'B1', onde ambos os olhos não captam luz alguma, participam da disputa. Vale frisar que o goleiro é o único dos jogadores que enxerga normalmente. Como é de esperar, cada time tem 5 atletas, mais um treinador que fica dando instruções de direção do lado de fora. 

A modalidade que começou em Atenas teve três finais diferentes, todas vencidas pelo Brasil:

Atenas (2004) - Brasil 3x2 Argentina

Pequim (2008) - Brasil 2x1 China

Londres (2012) - Brasil 2x0 França

Só falta o ouro

O Futebol de 7 não tem nada a ver com cegueira. Nessa modalidade, os atletas, todos homens, tem de paralisia cerebral ou outros distúrbios neurológicos. As regras são bem parecidas com o futebol comum, mas não existe impedimento e o lateral pode ser feito com uma mão só. As partidas são disputadas em dois tempos de 30 minutos e é obrigatório que cada time tenha entre os titulares um jogador classe 5 ou 6, nível de disfunção mais alto, e, no máximo, dois da 8, na qual os atletas tem menos restrições e normalmente são os goleiros.

Diferente do Futebol de 5, o Futebol de 7 já faz parte das Paralimpíadas desde 1984. O Brasil nunca ganhou o ouro, mas ficou com a prata em Atenas-2004 e o bronze em Sidney-2000. Na última disputa, em Londres, 2012, a seleção canarinho parou nas semifinais, quando perdeu para o Irã por 5x0. Ucrânia, Rússia, Irã e Brasil foram os semifinalistas nas paralimpíadas de Pequim e Londres, logo, são os favoritos para levar as medalhas no Rio de Janeiro.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Grupo Softex, o mercado brasileiro de TI (Tecnologia da Informação) terá um déficit de 400 mil profissionais até 2022. No ano de 2009, por exemplo, o Paraná, tinha 1887 profissionais formados e 1231 vagas; em 2014, foram 2802 profissionais para 5178 vagas disponíveis.

Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado brasileiro emprega 1,3 milhão de trabalhadores. Entretanto, aproximadamente 117 mil postos estão abertos sem profissionais qualificados para atendê-los

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A Associação projeta um crescimento de 30% desse número até o fim de 2016. No entanto, a falta de profissionais da área faz com que empresas levem até dois meses para preencher suas vagas. Situação que deve proporcionar um aumento de 30% no número de alunos em cursos técnicos e superiores nessa área, de acordo com o centro de Tecnologia da Informação da Universidade Positivo.

Com o objetivo de preencher esses espaços, muitos estudantes buscam por seguir a carreira como profissional de TI e se deparam com várias opções de cursos como: Ciências da Computação, Engenharia da Computação, Sistemas da Informação, Cursos Tecnológicos, Cursos Técnicos e Certificações. Pensando nisso, o Portal LeiaJá explica para você as principais diferenças entre cada curso.  

Ciências da Computação

Com duração de quatro anos, o curso promove o desenvolvimento eficaz para solucionar problemas que envolvem computadores. O profissional pode optar por seguir carreira como pesquisador científico, atuando com pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. Os formados nessa área, geralmente, seguem carreira na área de desenvolvimento de software, devido a grande bagagem de programação oferecida no curso. São abordadas, também, disciplinas como: algoritmos, lógica de programação e dados.

Engenharia da Computação

Com duração de cinco anos, a especialização trabalha na educação de atividades como: projetos, desenvolvimentos e instalação de equipamentos e dispositivos tecnológicos. A graduação aborda disciplinas como: eletrônica, mecânica e desenho técnico. Disciplinas de programação, também, fazem parte da grade do curso, porém, com menos conteúdo em relação aos outros cursos. O profissional de Engenharia da Computação pode atuar no desenvolvimento de novas tecnologias em diversas áreas ou de forma autônoma, prestando consultoria. 

Sistemas de Informação

Com duração de quatro anos, o curso é voltado para o desenvolvimento de sistemas de computadores, que servem para automatizar e ajudar nas atividades de informação. A especialização envolve parte das disciplinas encontradas em Ciências da Computação, como programação, porém, é mais específico nas disciplinas de administração e gestão de negócios, permitindo que o estudante possa atender necessidades específicas do mercado com o desenvolvimento de sistemas integrados (ERP) e soluções corporativas. O profissional pode atuar como Analista de Sistemas, Programador, Analista de Negócios ou com Suporte a TI. 

Engenharia de Software

Com duração de cinco anos, o curso tem o objetivo de formar profissionais aptos a proporcionar melhorias e inovações nas áreas de construção e manutenção de sistemas Software. Atualmente, essas tecnologias e práticas englobam linguagens de programação, banco de dados, ferramentas, plataformas, bibliotecas, padrões, processos e a questão da qualidade de software. O profissional de software pode atuar em empresas de vários tamanhos e em funções diferentes. 

Licenciatura em Informática

Com duração de quatro anos, tem o objetivo de formar professores e gestores de tecnologia educacional. A especialização permite que o aluno passe a projetar sistemas de software para educação presencial, à distância e educacional. O profissional pode atuar como professor de computação e informática.

Gestão da Tecnologia da Informação
(Administrador de TI)

Com duração de 2 a 3 anos, é tecnólogo e tem o objetivo de administrar atividades da área de informática, como elaboração de projetos de implantação, racionalização e redesenho de processos, incluindo desenvolvimento e integração de sistemas, com utilização de alta tecnologia. O profissional pode atuar em qualquer empresa que possua estrutura tecnológica. 

Desenvolvedor de Sistemas 

Com duração de 2 a 3 anos, o curso é tecnólogo e voltado para analise, administração e desenvolvimento de sistemas. O profissional pode atuar em empresas privadas e públicas, gerenciando projetos de softwares.

Redes de Computadores 
(Administrador de Redes)

Com duração de 2 a 3 anos, o curso é voltado para gerenciamento de projetos lógicos e físicos de redes de computadores, ou seja, infraestrutura. O administrador de redes pode atuar em diversas áreas como empresas, operadoras de telefonia fixa, móvel, fabricantes multinacionais de equipamentos, empresas de internet e etc. 

Banco de Dados 
(Administrador de Banco de Dados)

Com duração de 2 a 3 anos, o curso é voltado para implantação e administração da base de dados. A partir de recursos técnicos e ferramentas de programação e supervisão, o profissional desenvolve métodos de segurança e integridade, aplicativos de dados, administrando ambientes e planejando estratégias de utilização. Pode atuar em Pequenas, médias e grandes empresas que lidem com grande fluxo de informação e banco de dados.

Jogos Digitais
(Desenvolvedor de Games)

O tecnólogo em jogos digitais atua no campo de entretenimento digital, desenvolvendo jogos, desde a criação de roteiros, personagens, plataformas, trilhas sonoras e etc. O profissional desta área pode atuar em empresas de jogos, canais de comunicação, produtoras, agências de publicidade e etc. 

Divulgado no Rio de Janeiro, o estudo Women Fast Forward, realizado pela consultoria Enrst & Young, aponta uma realidade assustadora para as mulheres: atingir a igualdade com os homens no mercado de trabalho pode levar 80 anos. Diante desse cenário, a analista de carreiras da Universidade da Amazônia (Unama), Sharon Silva, aponta os desafios a serem superados pela mulher no mercado de trabalho.

A disparidade salarial entre os gêneros é um dos entraves. "Hoje, a mulher ocupa uma posição importante no mercado de trabalho, porém ainda percebemos, em algumas situações, o preconceito contra o sexo feminino. Por exemplo, a diferença salarial entre um homem e uma mulher ocupando o mesmo cargo chega a 20%. Não há nenhuma justificativa plausível para isso", diz Sharon. Outro desafio é o equilíbrio entre o trabalho e a família. "Tem mulheres que optam por não trabalhar fora até mesmo com bons salários porque não têm onde deixar o filho, seja por falta de creches ou pela falta de babás confiáveis. Em virtude disso, algumas empresas já possuem, dentro de seu programa, uma creche que auxilia essas mães. Assim, as empresas não perdem essas profissionais", afirma. 

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Para Sharon, toda mudança social acontece lenta e progressivamente. Assim, indica, alguns papéis que permanecem intactos na sociedade também serão “desconstruídos”. "Toda mudança social acontece com o tempo. Já mudou muito, mas ainda está longe do ideal", declarou.

Essa realidade também é vista pela gerente de uma loja de roupas em Castanhal, Denilza Silva. "Já trabalhei em vários lugares antes de entrar no comércio, inclusive no despacho de notas fiscais de óleo de dendê, onde estava sempre em contato com vários caminhoneiros. Mesmo assim, sempre fui respeitada por eles. No entanto, hoje tem muito preconceito com mulheres ocupando cargos de destaque que antes eram exclusivos de homens, como o comando de uma empresa ou de um País. Apesar das dificuldades, as mulheres conquistaram o espaço delas", conta.

A analista de carreiras Sharon ambém citou alguns comportamentos que as mulheres devem ter dentro de uma empresa. São eles: (1) se mostrar preparada para cumprir metas, (2) se colocar à disposição da empresa para ações desenvolvidas dentro da mesma e (3) evitar se colocar como vítima ou superior a qualquer pauta ou projeto exposto pela chefia por causa de seu sexo. Tais ações já fazem parte do dia a dia da vendedora Lena Silva, que sempre contou com a ajuda dos patrões ao longo da carreira. "Quando eu comecei, não tinha nenhuma experiência, mas cada um dos meus patrões foi me ensinando como lidar com as pessoas, como agir. Foi difícil, mas aprendi", revelou.

A pesquisa da consultoria Ernst & Young sinaliza os caminhos para a mudança desse quadro desfavorável ao sexo feminino. O trabalho indica como prioridade: “Iluminar o caminho para a liderança feminina, acelerar a mudança na cultura empresarial com políticas corporativas progressistas e construir um ambiente de apoio”, alicerçado no combate ao preconceito “consciente e inconsciente”, para aumentar o ritmo das empresas rumo à equidade.

Líderes da Coreia do Sul, da China e do Japão informaram que se comprometeram a impulsionar a cooperação econômica e comercial entre as três nações e a tentar reparar as diferenças entre si causadas por disputas territoriais históricas, em um raro encontro neste domingo.

O encontro de um dia em Seul foi o primeiro em mais de três anos. O contato entre Tóquio e seus dois vizinhos asiáticos foi dissipado depois de o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, assumir o cargo, ao final de 2012. Pequim e Seul veem Abe como alguém que quer encobrir atrocidades cometidas durante a guerra.

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Um comunicado conjunto emitido após a reunião informou que os três países concordaram em tentar resolver essas questões históricas e em melhorar a relação entre si "enfrentando diretamente a história e avançando em direção ao futuro".

Os países também se comprometeram a retomar a reunião anual de líderes e a impulsionar e aprofundar a cooperação econômica, acelerando o livre comércio entre si. Os vizinhos asiáticos também reafirmaram a sua determinação de continuar com as negociações internacionais relacionadas ao programa de armas nucleares da Coreia do Norte.

"Acho que é historicamente importante que a cooperação trilateral tenha sido retomada", disse a presidente sul-coreana Park Geun-hye, em uma coletiva de imprensa conjunta com Abe e o premiê chinês Li Keqiang.

Começando seu discurso com um "olá" no idioma coreano, em um gesto amigável, Abe disse que trocou opiniões sobre como alcançar a prosperidade regional com Park e Li de uma maneira "consideravelmente sincera". Ele disse que o Japão irá sediar o encontro de líderes do próximo ano.

Apesar dos protestos de Seul e Pequim, Abe não se rendeu, no que se refere ao seu nacionalismo. Mesmo assim, os três países, intimamente ligados economicamente, estão tentando encontrar uma maneira de melhorar a relação entre si.

No sábado, Park e Li se reuniram separadamente e concordaram em trabalhar em direção à ratificação até o final do ano de um acordo de livre comércio bilateral que os seus poderes legislativos ainda têm de aprovar.

Já Park deve encontrar Abe neste domingo. O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu com Abe em novembro passado, em meio a uma conferência regional que Pequim sediou. Desde então, eles já se encontraram duas vezes.

A Coreia do Norte estava na pauta neste domingo. Mísseis de Pyongyang e seu programa nuclear têm representado há bastante tempo uma séria preocupação de segurança para Seul e Tóquio. A China é a única grande aliada da Coreia do Norte e sua maior benfeitora, mas tem dado sinais de que está cada vez mais farta das repetidas provocações da Coreia do Norte.

Park disse a Li que deseja que a China continue a desempenhar um papel construtivo nas questões da Coreia do Norte, enquanto Li pediu mais paciência para continuar os esforços para chegar a uma península coreana livre de armas nucleares, segundo informou o escritório de Park.

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