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Durante a campanha de Eduardo Cunha (PMDB) à presidência da Câmara Federal, realizada na tarde desta terça-feira (6), parlamentares de vários partidos se reuniram para conhecer as propostas do peemebestista e de firmar alianças políticas. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que é um dos principais ‘cabos eleitorais’ na Casa, com 66 aliados, ressaltou que o líder precisa ser independente e criticou fortemente Dilma e o PT.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, Jarbas defendeu a candidatura do correligionário, enfatizando que Cunha será independente e que ele assumirá a oposição, combatendo o Executivo. “Eu tenho consciência que o Cunha não pode, como presidente da casa, ter uma posição igual a minha, combatendo o PT e o Governo. É notório que ele tem uma posição de crítica ao governo, mas não pode exercer isso. Não podemos permitir que a Casa seja um ‘apêndice’ do Governo”, reforçou.

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Ainda em tom de crítica, o senador relatou que foi marginalizado no plenário. “No senado eu fui marginalizado, participava apenas de uma comissão, quando tinha o direito de participar de três. Não tinha simpatia nem de Renan Calheiros (PMDB-AL) e nem de Sarney (PMDB-AP), que na verdade fazem o que querem. Como não sou subalterno deles e não seguia nenhuma orientação - não queria e nem quero - fiquei a margem de tudo. Espero que essa situação não se repita na Câmara”, desabafou.

Quanto à pretensão de assumir um cargo na Câmara, ele negou. “Não viso nenhum cargo. Almejo participar de forma mais eficaz, principalmente nas comissões. Uma vez que, pela quantidade de parlamentares, que é de 513, o espaço será mais escasso. Como preciso falar e ser ouvido preciso galgar essa oportunidade”, explicou.

Ao final da conversa, Jarbas afirmou que Dilma mente. Além disso, ele apontou que o Brasil está em uma crise e que a Petrobras foi assaltada. Confira no áudio.

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O deputado federal, Eduardo Cunha (PMDB -RJ), cumpre agenda em Pernambuco esta terça-feira (5). O parlamentar tem percorrido o país em busca de aliança para disputa pela presidência da Câmara Federal. No início da tarde, o peemedebista almoçou com deputados federais pernambucanos, dentre eles o  secretário das Cidades, André de Paula (PSD), e o deputado federal mais votado de Pernambuco, Eduardo da Fonte (PP). Também participaram da reunião os correligionários de Cunha, Raul Henry e Jarbas Vasconcelos .  

De acordo com Eduardo Cunha, as visitas aos estados têm o propósito de conhecer e ouvir os principais problemas elencados pelos deputados federais e governos  para estreitar os laços de confiança, contribuindo com a resolução dos problemas. Mas a apesar de buscar alianças com os partidos políticos, Cunha é defensor da independência da Câmara, para que o legislativo não seja submisso ao Governo. 

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A estratégia utilizada pelo peemedebista começa a sinalizar positivamente. Eduardo da Fonte ainda não deu o veredito sobre o apoio, mas adiantou que até o dia 30 de janeiro terá um posicionamento sobre o apoio. 

O maior cabo eleitoral de Cunha, o ex-senador e deputado federal Jarbas Vasconcelos, informou que vai buscar espaço nesta nova legislatura e que não vai deixar que sua participação seja restringida como aconteceu no Senado. O parlamentar ainda adiantou que isso irá acontecer independe da consolidação de Eduardo Cunha como presidente da Câmara Federal. 

“Eu quero participar, quero poder falar quando quiser, pois não tive espaço no Senado. Fui marginalizado nas Comissões, só participei de uma, pois não era submisso a Renan Calheiros e Sarney que comandavam a bancada  no Senado. Não estou visando cargo, mas participação em Comissões, como Constituição e Justiça e Relações Exteriores. Essa é minha posição. Ele (Cunha) ganhando ou não eu vou participar, pois estou me identificando com a bancada”, pontuo Jarbas. 

Além do almoço com os parlamentares, Eduardo Cunha se reúne com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), no Palácio do Campo das Princesas.

* Com Informações de Roberta Patu

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desembarca no Recife, nesta terça-feira (6). A visita do parlamentar a capital pernambucana é para afinar o relacionamento dele com a bancada federal do estado e fazer campanha para a eleição à presidência da Câmara, que acontece no dia 1° de fevereiro. 

Cunha almoça com toda a bancada federal do Estado em um restaurante na Zona Sul do Recife, ao meio-dia, e, às 15h, ele tem uma audiência agendada com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas. 

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Além disso, o peemedebista também deve ter um tempo livre na agenda para conversar com correligionários, entre eles o senador Jarbas Vasconcelos. A partir de fevereiro, Jarbas assumirá uma cadeira na Câmara e, caso Cunha seja eleito, ele pode ter um papel mais protagonista no legislativo federal. 

A candidatura de Eduardo Cunha contraria o desejo do PT, principal aliado do PMDB, que também deve disputar o cargo. Crítico ávido do governo, Cunha compõe a ala peemedebista independente e entre os partidos que compõem a Câmara Federal, já conquistou o apoio formal do PTB, DEM, PSC e PRB. 

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados e candidato à presidência da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), utilizou sua conta no Twitter para afirmar que será "radicalmente contrário" a um eventual projeto de regulação da mídia. Na sexta-feira (2), o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, sinalizou que pretende levar o tema a debate e que todos os setores da economia com "grande impacto social, democrático e econômico" serão regulamentados. Berzoini foi eleito deputado pelo PT de São Paulo, mesmo partido de Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputa a presidência da Câmara com Cunha.

"Quero reafirmar que seremos radicalmente contrários a qualquer projeto que tente regular de qualquer forma a mídia", afirmou Cunha no Twitter. O deputado afirmou que o tema "incomoda muito o PMDB" e disse que o partido não aceita sequer discutir o assunto.

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O candidato do PMDB também fez questão de defender uma posição de independência em relação ao governo federal, e insinuou que Chinaglia não teria condições de adotar a mesma postura. "Que independência pode ter quem acabou de deixar a liderança do governo, nomeou o filho e era a favor dos conselhos populares?", indagou Cunha. "Não seremos submissos ao governo e não seremos de oposição", disse o deputado em outra publicação feita na noite de ontem. Cunha acusa Chinaglia de indicar o filho para um cargo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O peemedebista afirmou querer uma "Câmara independente" e pediu a seus seguidores para que não confundam a "pauta congressual da governabilidade" da "pauta ideológica do PT". Esta, segundo o deputado, não será apoiada "de forma alguma". Sem citar o nome de Chinaglia, o deputado do PMDB ainda afirmou que o petista não é o candidato do governo, mas sim o "candidato da submissão ao governo".

A candidatura de Cunha já recebeu o apoio formal dos partidos PTB, PSC, Solidariedade, PRB e DEM, informou o deputado. "Outros apoios partidários deverão ser manifestados em breve", complementou o deputado. A eleição para presidente da Câmara dos Deputados ocorrerá no próximo dia 1º de fevereiro.

O candidato a presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) partiu para o enfrentamento com seu adversário no pleito, o líder do PMDB Eduardo Cunha (RJ), e acusou-o de "desqualificar" deputados e disse que seu discurso de campanha acabará no dia seguinte da eleição. "Nunca vi querer ganhar a eleição desqualificando os seus pares. Parece que para (a Câmara) ser altiva frente ao Executivo, é necessário um chefe para comandar", disse Chinaglia, sem citar diretamente em nenhum momento o nome do peemedebista em seu discurso.

Cunha, em campanha aberta desde o final do ano passado, trabalha com uma plataforma que defende a "independência" e a "altivez" do Legislativo frente o Palácio do Planalto. Embora seja de uma sigla aliada do governo, ele já comandou uma rebelião da base que impôs duras derrotas à presidente Dilma Rousseff e é tratado pelo PT como um adversário. Ele também tem repetido que a Casa não aceita uma candidatura petista.

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"É só pesquisas as Medidas Provisórias para ver onde essa altivez acaba. Queremos um Parlamento que tenha de fato a independência para atender ao povo brasileiro. Não apenas para fazer um discurso que acaba no dia seguinte da eleição, basta chegar em algum tipo de acordo", reagiu Chinaglia.

Em seguida, ao citar uma frase dita pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que concorre à presidência da Câmara em uma chapa da oposição, o petista deu outra estocada em Cunha: "não é independente quem indica cargo no governo. Eu estou me sentindo independente. Quem quiser pesquisar os cargos que eu tenho no governo pode levar para casa. Nem todos os candidatos podem falar o mesmo".

As lideranças do PT, PROS e PCdoB organizaram nesta tarde um almoço entre os apoiadores da candidatura de Chinaglia. Com cerca de 60 participantes, a maior parte dos parlamentares presentes era petista e houve pouco comparecimento de outras legendas da base.

Chinaglia, no entanto, disse que está conversando com parlamentares e governadores de outros partidos e a partir da próxima semana ele deve começar um roteiro de viagens pelos Estados.

Candidato à Presidência da Câmara em 2015, o deputado federal reeleito Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou nesta sexta-feira, 12, que considera "inevitável" a instalação de uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) na nova legislatura para investigar o escândalo de corrupção na Petrobras.

Para o peemedebista, a atual comissão perdeu o sentido por causa das delações premiadas prestadas por acusados à Justiça, mas, quando teor das declarações vier a público, é normal que o Congresso queira "continuar a investigar" o caso. Cunha era um dos integrantes da atual CPMI, cujo relatório apresentado pelo deputado federal Marco Maia (PT-RS) não pediu o indiciamento de ninguém.

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"No momento em que houve as delações premiadas, esta CPMI morreu. Está morta porque não há o que fazer nessa CPMI. Vai investigar algo que não conhece", disse o peemedebista, referindo-se a depoimentos como os prestados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, nos quais foram citados inclusive parlamentares envolvidos no esquema. "Conhecidas as delações, acho inevitável ter outra CPMI. Até porque, quem fez esta, conhecendo as delações, quer continuar a investigar", acrescentou Eduardo Cunha.

Nesta sexta-feira, o deputado reuniu-se com parlamentares mineiros para pedir apoio à sua candidatura a presidente da Câmara. Antes do evento, Cunha encontrou-se com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), com o governador de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), e com o governador eleito, Fernando Pimentel (PT), mas salientou que foram apenas visitas de "caráter pessoal".

Eduardo Cunha deve disputar a Presidência da Câmara com Arlindo Chinaglia (PT-SP), nome apoiado pelo Palácio do Planalto. Mas o peemedebista ressaltou, em entrevista e no discurso que fez para os parlamentares - de diversos partidos, inclusive PT e PSDB -, que não será "em nenhum momento de oposição" à presidente Dilma Rousseff. "Também não serei em nenhum momento de submissão ao governo ou a qualquer poder", declarou.

O Solidariedade definiu nesta terça-feira (11) que apoiará a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados. A decisão foi tomada após uma reunião na sede da legenda, em Brasília, com todos os parlamentares do partido na Câmara e no Senado. 

O presidente do partido, Paulinho da Força, explicou que o apoio a Cunha se dará pela posiação que o Solidariedade está assumindo em atuar de maneira independente ao governo federal. “Apoiaremos as propostas que forem boas para o País, que gerem empregos e desenvolvam a economia; por outro lado, não vamos admitir ações que prejudiquem os trabalhadores, como os cortes dos direitos trabalhistas que o governo Dilma vem propondo após sua reeleição”.

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O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, reiterou a importância de seu partido neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e, em entrevista ao jornal Destak, disse não ter dúvidas de que a legenda ocupará posições de destaque no governo, compatíveis com o seu tamanho. "Não somos aliados do governo, somos o governo", disse Temer, em entrevista ontem ao jornal. O perfil oficial do vice-presidente no Twitter divulgou os principais trechos da entrevista na tarde desta sexta-feira, destacando o papel da sigla no novo mandato de Dilma e dizendo que, na disputa pela presidência da Câmara, se tiver um candidato, mesmo do PMDB, que se coloque contra o governo, ele estará se colocando contra ele próprio, que é vice-presidente da República.

Indagado se o partido continuará com os cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma. "Ela terá sensibilidade para verificar o tamanho do PMDB e o que entrega ao PMDB. Não por ser um partido aliado, mas por ser um partido que está no governo. Agora, se serão cinco, seis, sete, quatro, é uma coisa a ser decidida. O que é importante é que o PMDB possa participar da formulação das políticas públicas do País", disse, citando as áreas da educação, saúde, política econômica e cultura. Ao falar da proposta de reforma política, o vice-presidente da República disse que esta é uma decisão do Congresso Nacional, por meio de consulta popular, seja de plebiscito ou de referendo.

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Sobre as diversas correntes que seu partido abriga, algumas contrárias ao próprio governo, Temer disse que isso é natural e legítimo e repetiu o discurso da presidente Dilma Rousseff sobre a importância do diálogo. "O que faço como presidente do PMDB e vice-presidente da República? Tento compor estes interesses. Como você compõe? Primeiro o diálogo. Você tem de conversar muito. Na democracia, você tem de conversar. E saber, especialmente, ouvir."

A respeito do imbróglio para a presidência da Câmara, que está opondo seu partido ao PT, em razão da candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer disse que é preciso esperar os acontecimentos. Questionado se apoiará o correligionário, foi taxativo: "Eu só posso apoiar se não ficar na oposição, se tiver um candidato, ainda que seja do PMDB, que se coloque contra o governo, ele está se colocando contra mim, que sou vice-presidente da República."

A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (29), a recondução do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à liderança do partido. Reeleito no último dia 5 para o quarto mandato consecutivo, Cunha exerce a liderança do PMDB desde fevereiro do ano passado.

O peemedebista é um dos nomes cotados para disputar a presidência da Câmara na próxima legislatura. Segundo o deputado, se o partido lançar um nome para o cargo, será o dele. “O que a bancada me deu foi o respaldo de que, se PMDB se apresentar candidato [à presidência da Câmara], seria o meu nome. A partir daí, no momento que a bancada me respaldou, vamos conversar sobre candidatura à presidência da Câmara com os outros partidos, construindo um arco de apoiamentos”, disse após reunião da bancada.

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Na Câmara, tradicionalmente, a presidência é ocupada pelo partido que tem a maior bancada. Nos últimos anos, PT e PMDB têm se revezado no cargo por terem eleito o maior número de deputados. Pelo acordo, que tem sido firmado desde 2007, no segundo mandato do presidente Lula, o PT tem ocupado a presidência nos dois primeiros anos de governo e o PMDB nos dois últimos.

Reconduzido na manhã desta quarta-feira, 29, à liderança do PMDB, o deputado Eduardo Cunha (RJ) recebeu nesta quarta-feira (29) o apoio de sua bancada para concorrer à presidência da Câmara para o próximo biênio. Numa Casa fragmentada em 28 partidos, Cunha também foi autorizado por seus correligionários a negociar a formação de um bloco parlamentar que amplie a força do PMDB na Câmara ou ao menos mantenha a sigla como a segunda maior bancada.

"A bancada meu deu o respaldo para que, se o PMDB lançar candidato, seria o meu nome a ser apresentado", afirmou Cunha após uma reunião que contou com deputados peemedebistas e parlamentares eleitos para a próxima legislatura. "Primeiro tem que ter o respaldo da bancada. A bancada me respaldou e a partir daí precisamos buscar o apoio do Parlamento para não ser uma candidatura isolada", acrescentou. De acordo com ele, só a partir da articulação de um amplo "arco de apoiamento" é que o PMDB decidirá pelo lançamento de uma candidatura.

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Embora não tenha se lançado oficialmente para a eleição pelo comando da Câmara, Cunha foi tratado como "candidato natural" por correligionários que participaram da reunião. "O PMDB sempre discutiu isso. É natural que avance nesse sentido e claro que o nome é Eduardo Cunha", disse o deputado Leonardo Picciani (RJ).

Cunha é um desafeto do Palácio do Planalto por ter liderado neste ano um movimento que impôs duras derrotas ao governo. Com 70 deputados eleitos, o PT elegeu a maior bancada nestas eleições e também tem reivindicado a presidência da Casa. Entre os petistas, os nomes mais citados para entrarem no pleito são os de dois ex-presidentes da Câmara: os deputados Marco Maia (RS) e Arlindo Chinaglia (SP).

Se confirmado o confronto com Cunha, a disputa pelo comando da Casa colocará em linha de colisão os dois maiores partidos da base de apoio de Dilma. Cunha deu o tom hoje do clima que deve marcar a eleição para a Mesa Diretora da Câmara. "Entendemos que a Casa neste momento não quer uma presidência do PT e não quer uma hegemonia do PT", disparou. "Não há uma boa harmonia para que o PT consiga impor uma candidatura. Eu acho muito difícil uma candidatura do PT lograr êxito na casa".

A briga entre petistas e peemedebistas deve marcar também o rompimento de um acordo de revezamento entre as duas siglas na presidência da Câmara que remonta a 2006. Cunha argumentou que, mesmo sendo as duas maiores bancadas, PT e PMDB elegeram juntos menos que 140 representantes, o que não representa um terço do total de cadeiras. "Não há ânimo da bancada em promoção de nenhum tipo de rodízio", disse o peemedebistas. Somos um número muito pequeno para impor à Casa uma candidatura em rodízio".

Nos bastidores, Cunha tem trabalhado para se viabilizar como um candidato "do tapete", um concorrente que costura uma malha de apoios de baixo para cima. Ele tem a seu favor o fato de ter capitaneado neste ano uma rebelião que venceu o Planalto em importantes votações. Com isso, se cacifou como alguém que valoriza o Legislativo e não atua "a reboque" dos desejos do Executivo.

Um dia após a presidente Dilma Rousseff (PT) ser reeleita, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), considerou que o PT não poderá ocupar o comando do Congresso na próxima legislatura. Nesta eleição, o PT conquistou a maior bancada da Câmara com 70 deputados, quatro a mais do que o PMDB, segundo no ranking. As duas legendas fizeram um acordo em 2010, pelo qual ficou acertado um rodízio entre os dois partidos na presidência da Câmara. Em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, Eduardo Cunha falou sobre o próximo mandato que se iniciará a partir de fevereiro de 2015, tendo na pauta a disputa pelos principais cargos da Mesa Diretora da Câmara, entre eles, a presidência.

"Se a gente teve uma eleição acirrada e se a gente quer buscar uma conciliação, não tem sentido você defender que o partido que ganhou a eleição fique também com o comando do Congresso porque seria uma hegemonização do poder na mão no PT", afirmou. "Acho que a Casa não aceitará isso. Acho até que, para quem quer buscar conciliação, não é de bom alvitre a gente manter uma concentração num único partido de tanto poder", acrescentou o deputado ao citar o primeiro discurso da presidente Dilma após ser reeleita.

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Segundo ele, outro tema que estará na ordem do dia, logo no início do próximo mandato, é a reinstalação da CPI da Petrobras que, na avaliação dele, deve ser encerrada em dezembro, sem trazer nenhum resultado. O deputado considerou, no entanto, que a iniciativa não deve gerar atritos com o PT. "É inevitável uma nova CPI da Petrobras. Certamente, no início da próxima legislatura provavelmente, essa CPI continuará de outra forma".

O parlamentar também analisou o impacto que a divulgação da delação feita pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa poderá ter no próximo ano. "Não sei se vai comprometer a governabilidade, mas certamente vai tumultuar o processo do parlamento".

Para o líder do PMDB, a legenda também deverá buscar se unir a outras na Casa para formar uma bancada, com objetivo de conquistar espaços estratégicos como presidência de comissões e relatorias. "Os blocos vão se formar, se não ficará absolutamente ingovernável o processo legislativo", ressaltou.

Ao falar sobre atuação desse bloco, o peemedebista recorreu a um tom "pacificador", nesse primeiro momento. "Queremos ser ouvidos pelo governo para ter influência no que vai acontecer. Nossa tendência é tentar curar um pouco as cicatrizes, distensionar um pouco o processo". A reprise da entrevista está disponível em seu terminal broadcast+ na Broadcast TV e no Broadcast Político na seção mais vídeos.

O deputado reeleito Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, manteve o mistério sobre a disputa presidencial, ao votar, na manhã deste domingo, 26, em um colégio na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste carioca. "Fiz campanha em parceria com deputados estaduais que eram Aécio Neves (candidato do PSDB), Dilma Rousseff (presidente, candidata á reeleição) e Pastor Everaldo (candidato derrotado do PSC). Se eu tivesse uma posição, poderia perder votos. Além disso, sou líder de uma bancada que está dividida praticamente na metade entre Aécio e Dilma", diz o parlamentar, que exibia vários adesivos do candidato do PMDB ao governo, Luiz Fernando Pezão.

O PMDB elegeu 66 deputados federais e será a segunda maior bancada da Câmara, atrás do PT. Aposta do partido para ocupar a presidência da Câmara no início da próxima legislatura, Cunha retomará as reuniões semanais da bancada peemedebista na quarta-feira, 29. O líder pretende formalizar um bloco com outros partidos, independentemente do presidente eleito.

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"Queremos fazer um bloco que forme a maior bancada. Vamos formalizar o blocão", diz Cunha, referindo-se ao grupo pluripartidário que liderou na Câmara, com atuação "independente" e que entrou em colisão com o governo da presidente Dilma em vários momentos. Sobre a eleição para presidência da Câmara, Cunha desconversa. "Ninguém é candidato de si mesmo. Sou candidato a continuar líder da bancada", afirmou. O deputado só antecipa um provável embate entre PMDB e PT na disputa pelo comando da Casa. "No PMDB não há boa vontade em apoiar um candidato do PT", diz.

Sobre a próxima legislatura, o líder tem uma certeza: "Uma nova CPI da Petrobras será criada e terá meu apoio". Denúncias de corrupção envolvendo a estatal, empreiteiras e partidos são investigadas no Congresso, mas o deputado aposta em uma nova comissão, para apurar novas acusações que certamente aparecerão nos próximos meses.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) esteve no Ministério da Fazenda, na manhã desta terça-feira, 7, para discutir a Medida Provisória (MP) 651, que traz os incentivos ao mercado de capitais, reinstitui o Reintegra e reabre o Refis. A reunião, segundo o parlamentar, foi com o secretário-executivo adjunto da pasta, Dyogo Henrique de Oliveira.

O texto, que também torna definitiva a desoneração da folha de pagamento, será votado na comissão especial nesta quarta-feira, 8, às 10h, segundo Cunha. O prazo de vencimento da MP é em 6 de novembro.

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Também amanhã, Cunha tem nova reunião marcada com Oliveira e técnicos do Ministério da Fazenda na parte da manhã. O deputado não quis, entretanto, dizer quais são os pontos que preocupam no texto e afirmou que é preciso ver cada linha do material, por se tratar de regras tributárias.

"O que é bondade ninguém ficará contra. O problema é o que você pode ter de maldade. Mas não é o caso. Temos que estudar", disse, depois de ser questionado sobre uma nova ampliação do prazo do Refis.

O Broadcast informou ontem que o relator do projeto, deputado federal Newton Lima Neto (PT-SP), se reuniu com representantes do Ministério da Fazenda para discutir uma possível ampliação dos setores beneficiados pela medida de desoneração da folha de pagamento, mas o parlamentar não quis informar o resultado do encontro até a divulgação do relatório.

Apontado pela maioria dos parlamentares da atual legislatura como forte candidato para ocupar a presidência da Câmara em 2015, o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), vê o crescimento de bancadas classificadas pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) como 'conservadoras' como um retrato fiel da população brasileira.

Levantamento parcial do Diap aponta um aumento dos grupos evangélicos, ruralistas e policiais, na contramão de uma redução de representantes de movimentos sociais e sindicalistas. "A sociedade é conservadora e foi mais representada nesse novo Congresso", afirmou Cunha ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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O líder peemedebista, um dos mais atuantes da bancada evangélica e integrante da igreja Sara Nossa Terra, considera que a maior parte da população é contra o aborto, o casamento de pessoas do mesmo sexo e a descriminalização do uso de drogas.

Por isso, depois das manifestações de junho de 2013, elas passaram a pensar mais em suas convicções e em quem as representa. Mas Cunha defende a atuação parlamentar com isenção. "Sobre o papel de dar direitos e resolver problemas, não é um Congresso conservador ou reformista que vai mudar isso. O que se discute sob esse ponto de vista são outros problemas", disse.

Cunha, contudo, avalia que temas de identificação mais liberal, sob o ponto de vista dos direitos sociais, devem sofrer restrições na próxima legislatura. "O fato de a própria natureza do Congresso ter ficado mais conservadora, já impede o avanço dessas pautas", afirmou.

O cientista político Humberto Dantas, do Insper, considera o aumento de parlamentares menos progressistas como reflexo da "tomada de conta de algumas agendas" políticas pelo medo de eleitores que se viram ameaçados pelo avanço de temas contrários ao seu posicionamento ideológico.

Dantas avalia a marca de quase 500 mil votos atingida pelo presidenciável Levy Fidélix (PRTB) neste ano, contra cerca de 70 mil em 2010, como resultado das declarações dele sobre o casamento gay nos debates televisivos. "Foi o posicionamento dele que levou a essa votação expressiva", observou.

O diretor do Diap, Antônio Augusto Queiroz, afirma que, diante do aumento de bancadas de perfil conservador, o debate sobre a descriminalização do aborto, criminalização da homofobia e o casamento gay - temas que ganharam força nas eleições presidenciais deste ano - tem pouca chance ser retomado pelo Congresso que toma posse em fevereiro de 2015. "Posso afirmar com segurança que houve retrocesso em relação a essas pautas", indicou.

Já o debate sobre a redução da maioridade penal, segundo o diretor do Diap, questionada por especialistas de segurança pública, pode avançar a partir do aumento da chamada 'bancada da bala', formada parlamentares ligados a setores policiais, militares e da indústria de armas.

O Diap está fazendo pela primeira vez um mapeamento desse grupo e, até agora, já foram identificados 20 deputados que podem ser enquadrados nesse quadro. "O novo Congresso é, seguramente, o mais conservador do período pós-1964", disse Queiroz.

Aos 56 anos de idade, 25 deles na política, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi reeleito com 232.708 votos e já tem no horizonte uma nova disputa. Embora não goste de falar no assunto, o líder da bancada do PMDB é a aposta do partido para ocupar a presidência da Câmara em 2015, quando inicia o quarto mandato federal.

Cunha foi o terceiro deputado mais votado do Estado e o campeão de votos do PMDB. Na noite de domingo, 5, comemorou: "Aumentou o número dos meus patrões", como se refere aos eleitores. "Tenho um forte eleitorado evangélico, que não me faltou. Mas perdi muitos votos para o Bolsonaro", calcula. Jair Bolsonaro (PP) foi o deputado mais votado do Rio, com 464.572 votos.

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Responsável por grande parte das dores de cabeça da presidente Dilma Rousseff (PT), em razão das derrotas que impôs ao governo em momentos de rebeldia dos peemedebistas, Cunha deixa de lado os embates de Brasília em tempos de campanha.

Bandeiras

Suas principais bandeiras são a luta contra o aborto, contra o casamento gay e contra a legalização das drogas. Fiel da igreja Sara Nossa Terra, Cunha mistura, nas redes sociais, a publicação de propostas e salmos na mesma medida.

Quando Marina Silva (PSB), também evangélica, entrou na disputa presidencial, Cunha disse que ela "assumiu em seu programa de governo posições contrárias à família".

Embora tenha se posicionado contra Marina, não fez campanha para presidente. Alegou que, como líder partidário, não poderia assumir posição. O material de propaganda pedia votos para o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e deputados estaduais com os quais fez dobradinha.

Agora Cunha faz mistério sobre sua atuação no 2.º turno da disputa presidencial. "Vou conversar com a bancada, vamos ver", desconversa. Também não fala em presidência da Câmara. "Não vou passar o carro na frente dos bois."

Como o PT manteve a maior bancada de deputados federais, não será fácil para o PMDB garantir a presidência da Casa, mas os peemedebistas mostram disposição para brigar pelo cargo.

Economista, Eduardo Cunha entrou na política no extinto PRN, partido pelo qual Fernando Collor foi eleito presidente em 1989. Chegou à presidência da Telerj, a companhia telefônica do Estado. Em 1998, filiado ao PPB, disputou a primeira eleição e ficou com a suplência de deputado estadual.

No ano seguinte, foi nomeado presidente da Companhia Estadual de Habitação (Cehab) pelo então governador Anthony Garotinho, ex-aliado e hoje um dos maiores desafetos do deputado.

Cunha foi eleito deputado federal em 2002 e, no ano seguinte, entrou no PMDB. Àquela altura, tinha se tornado popular como comentarista da rádio evangélica Melodia FM, onde até hoje faz inserções diárias com o bordão "Afinal de contas, o povo merece respeito".

A passagem pela Cehab rendeu a Cunha um processo que teve desdobramentos até chegar ao Supremo Tribunal Federal, onde ainda tramita. Ele é acusado de ter usado documentos falsos para se livrar de investigação no Tribunal de Contas do Estado (TCE) por supostas irregularidades da companhia de habitação. Cunha diz ser inocente e garante que jamais soube que os documentos que o favoreceram eram falsos.

Blocão

Eleito líder do PMDB na Câmara, no início de 2013, ganhou mais visibilidade e influência como porta voz das insatisfações do partido, especialmente pelo que considera pouco prestígio da legenda na gestão de Dilma. Cunha liderou o chamado "blocão", que assumiu posição de independência em relação ao governo.

Com patrimônio declarado de R$ 1,6 milhão, arrecadou nos dois primeiros meses da campanha R$ 3,7 milhões, segundo parcial divulgada em setembro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Seus principais doadores foram a CRBS, empresa de bebidas, a Telemont, de telefonia, a Mineração Corumbaense e o banco BTG Pactual. Aliviado com a vitória, reconhece: "Talvez tenha sido a eleição em que mais trabalhei. Todos os candidatos tinham um pouco de preocupação com o que aconteceria depois das manifestações de junho". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (26) absolver o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da acusação de uso de documento falso. Por unanimidade, os ministros entenderam que não há provas para sustentar a condenação do parlamentar.

De acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF) , Cunha apresentou documento falso para suspender processo em andamento no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que apurava sua gestão na Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (Cehab-RJ), entre 1999 e 2000. A apresentação de uma certidão de arquivamento de investigações, no Ministério Público Estadual, levou à suspensão do processo no TCE-RJ.

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Na defesa apresentada, o advogado Alexandre de Morais alegou que o parlamentar não tinha conhecimento prévio da falsificação, e sustentou que o responsável pela fraude foi o procurador Elio Fischberg. Além disso, afirmou que o parlamentar colaborou com o processo em andamento no Tribunal de Contas, e tinha interesse em que a questão fosse esclarecida. O Ministério Público aceitou a veracidade da certidão. Apesar de dizer que iria, não a contestou”, disse.

 

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), voltou à carga neste sábado (15) no Twitter. Ele afirma continuar sofrendo ataques de líderes do PT e da "rede petista" nas mídias sociais. "Isso faz parte do processo hegemônico do PT, de que quem os enfrenta é trucidado pelos meios comprados, com publicações apócrifas e agressões", reclamou.

Ressaltando que não se "intimidará", o peemedebista reclama de um artigo do ex-secretário de imprensa e porta-voz da Presidência da República no governo Lula, André Singer, publicado no jornal Folha de S.Paulo. Cunha afirma que Singer levanta "coletânea de calúnias já publicadas e contestadas visando ataques".

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O peemedebista, que tem usado sua conta no Twitter para mandar recados ao governo e ao PT, fala em "jogo sujo" dos petistas. "Todo jogo sujo é pago, da máquina do PT, já conhecido, que inclui os blogs de sempre para os ataques", escreveu.

O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), anunciou que vai propor uma pauta positiva que destrave as votações no Plenário da Câmara dos Deputados e supere as divergências entre o PT e o PMDB.

Vicentinho não acredita que o PMDB, que tem 75 deputados, saia da base governista. Ele disse que essa discussão não é individual e respaldou seu otimismo em declaração de Michel Temer, presidente licenciado do partido.

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"Primeiro uma declaração cabal do vice-presidente, Michel Temer, que foi muito objetivo quando disse que a aliança do PMDB com o nosso governo não depende de A ou de B, mas depende sobretudo da convenção partidária. E informações que nos dão de que a maioria dos deputados querem continuar juntos nessa caminhada", disse o líder do PT.

Já o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), defendeu, na semana passada, a realização de uma convenção nacional do partido para decidir um possível rompimento com o governo. Cunha também diverge do governo por ser favorável a uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Petrobras e contra o projeto do marco civil da internet (PL 2126/11).

Dilma e PMDB

Vicentinho afirmou que a solução para o conflito está sendo tratada como se deve – entre os dirigentes dos partidos e a Presidência da República. "A conversa, no caso do PMDB, no patamar nacional, tem que se dar no nível de direção, como também no caso do PT", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff realizou reunião nesta segunda-feira da qual participaram como representantes do PMDB o vice-presidente, Michel Temer; os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros; o presidente do PMDB, Valdir Raupp; e os líderes do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, e do governo no Senado, Eduardo Braga. A reunião foi vista como uma tentativa de isolar Cunha.

Eduardo Cunha disse, no entanto, que tentar isolá-lo é um erro do governo porque ele não representa uma posição pessoal. "A minha posição sempre será da maioria da bancada. Se engana quem acha que eu tenho uma posição pessoal. Por isso, quando eu falo que querem tentar isolar o líder, estarão tentando isolar a bancada. Porque eu jamais decidirei diferente do que a maioria da bancada assim decidir", declarou.

Cunha convocou a bancada de seu partido na Câmara para uma reunião nesta terça-feira (11).

*Com informações da Agência Câmara

Orientada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff adotou como estratégia afagar as cúpulas partidárias da base aliada com o objetivo de anular o movimento liderado pelos rebeldes do PMDB e esvaziar o bloco formado na Câmara cujo objetivo é ter atuação independente do Palácio do Planalto.

Ao PP, por exemplo, Dilma prometeu resolver a sucessão no Ministério das Cidades nos próximos dias. O gesto fez com que o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), anunciasse à reportagem que não vai avalizar o "blocão" idealizado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).

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"Nós vamos sair do blocão. Não vejo vantagem em participar de um bloco maior do que o nosso partido. Isso faz com que os líderes acabem por receber maior pressão de suas bases", afirmou Ciro. Ele disse já ter conversado com o líder do partido na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), um dos maiores entusiastas da formação do blocão. "Posso dizer que o Eduardo (da Fonte) não faz nada sem que eu saiba. Nós estamos juntos e não vamos entrar nessa não", afirmou o presidente do PP.

Na mesma linha, o presidente do PDT, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, disse que seu partido vai se retirar do blocão comandado por Eduardo Cunha. "Nós temos nossa dinâmica, nossa identidade, nosso voo próprio. Temos um planejamento eleitoral que não passa por envolvimento nessas crises", afirmou Lupi. "Até porque, até onde sabemos, essas crises são artificiais. Duvido que o PMDB, dono da Vice-Presidência da República, não saberá contornar seus problemas."

'Firme na base'

Outro partido cuja direção vem sendo acionada por Dilma é o PTB. A legenda, que nunca teve um ministério na atual gestão, já recebeu sinais do governo de que receberá a Secretaria dos Portos brevemente. Líder do partido na Câmara e vice-presidente da sigla, o deputado Jovair Arantes (GO) afirmou que o PTB continuará a participar do blocão comandado pelo PMDB apenas para resolver questões internas no Congresso. "Não vejo como a iniciativa de formação do bloco pode contaminar nossa relação com o governo. Nós continuamos firmes na base aliada", disse o parlamentar. "Não estamos criando caso com nada e nem vamos criar. Somos aliados e continuaremos do lado da presidente Dilma na campanha presidencial."

No PSD, que já anunciou oficialmente apoio à chapa de Dilma, a ordem da cúpula é para que o partido não crie problemas no Congresso. Tanto que o líder da legenda, Moreira Mendes (RO), que participou da primeira reunião do blocão, foi orientado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, a deixar o grupo. "Participei mesmo da primeira reunião. Mas não fui às outras. Tive o cuidado de avisar qual posição estávamos tomando." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), criticou a atuação do PMDB na Casa, em especial do líder Eduardo Cunha (RJ), e afirmou que o aliado não pode se comportar como partido de oposição. O PMDB lidera um blocão formado por oito partidos, com 250 deputados, que tem encaminhado votações contra o interesse do governo. "Partido da base não pode ter duas caras, ser oposição e situação ao mesmo tempo", disse Vicentinho. "Ameaçar a aliança é tirar um ícone do PMDB, o Michel Temer, da vice?", questionou.

Dizendo que não se pode esticar a relação "até quebrar", Vicentinho defendeu um diálogo do governo com a direção nacional do PMDB, citando nominalmente Michel Temer. Afirmou que Eduardo Cunha não pode ser excluído, mas também não pode ser tido como principal interlocutor.

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O líder petista reclamou ainda que tem faltado negociação para evoluir na pauta da Casa, como no Marco Civil da Internet, ao qual Cunha faz oposição declarada. Vicentinho questionou ainda o apoio do "blocão" ao pedido da oposição para criar uma comissão externa para investigar denúncias de pagamento de suborno a funcionários da Petrobras por uma empresa holandesa.

PECs

Vicentinho defendeu também a votação da proposta de emenda à Constituição que reduz para 40 horas semanais a jornada de trabalho. Ele diz que levará o tema à reunião de líderes da Casa como prioridade de seu partido. Vicentinho é o relator da proposta.

"O governo não pode ser contra porque o setor público já trabalha 40 horas. No setor privado, grande parte já trabalha assim também. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) já tem uma convenção sobre isso. E já é consenso que qualquer jornada acima de 40 horas semanais provoca problemas de saúde", diz o líder petista.

Sindicalista, o deputado quer levar adiante também o fim do fator previdenciário. Nesse caso, porém, quer construir uma solução com o governo. A intenção inicial é substituir a fórmula por outra que penalize menos os trabalhadores e seja de fácil compreensão, como um cálculo que leve em conta apenas a idade e o tempo de contribuição.

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