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O laboratório chinês Sinopharm anunciou nesta quarta-feira (30) que uma de suas vacinas contra a Covid-19 tem eficácia de 79%, um resultado inferior aos reivindicados pelas concorrentes Pfizer e Moderna.

Sinopharm é o primeiro grupo farmacêutico chinês que revela dados sobra a eficácia de uma vacina em desenvolvimento.

"A vacina inativada da Sinopharm CNBG dá mostras de segurança após a vacinação [...] o efeito de proteção da vacina contra a covid-19 é de 79,34%", afirmou o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, uma filial da Sinopharm.

O resultado é inferior ao das vacinas dos laboratórios Pfizer/BioNTech (95%) e Moderna (94,1%).

A China, onde o novo coronavírus surgiu há um ano, investiu muito no desenvolvimento de vacinas, que prometeu transformar em um "bem público mundial".

O país, que controlou a epidemia em seu território, organizou testes em outros países nos quais a propagação da Covid-19 continua intensa.

No momento há cinco vacinas chinesas na terceira fase de testes clínicos. A Sinopharm não informou se os testes foram concluídos para esta primeira vacina.

O grupo indicou que apresentou um pedido de certificação para este imunizante às autoridades chinesas.

Pesquisadores turcos afirmaram, nesta quinta-feira (24), que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa biofarmacêutica chinesa Sinovac é 91,25% eficaz. A Turquia é o segundo país a obter resultados da Coronavac. Nesta quarta-feira (23), autoridades brasileiras disseram que a vacina atingiu o limiar da eficácia, mas os dados não foram divulgados.

A Sinovac adiou o anúncio dos resultados dos testes em estágio final até janeiro, para consolidar os dados de outros países onde os testes ocorreram. A taxa de eficácia anunciada pela Turquia não pode ser verificada imediatamente de forma independente.

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Imunização

O ministro da Saúde da Turquia, Fahrettin Koca, disse que as vacinas chegarão ao país na próxima segunda-feira (28) e serão usadas na imunização de 9 milhões de pessoas do primeiro grupo prioritário, começando por profissionais de saúde. Koca também disse que um acordo para a vacina desenvolvida pela Pfizer está próximo.

A Turquia tem uma das piores taxas de infecção do mundo, com uma média semanal de cerca de 22.000 infecções diárias confirmadas. O número total de mortos é de 19.115, de acordo com dados oficiais.

Brasil

No Brasil, a taxa de eficácia da Coronavac ainda não é conhecida. Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo e o Instituto Butantan, que desenvolve a vacina em parceria com a Sinovac, adiaram a divulgação pela quarta vez. As autoridades locais disseram que a vacina atingiu o mínimo de eficácia exigida, mas a porcentagem ainda não é conhecida publicamente.

O Instituto Butantan informou que a Sinovac requisitou os dados dos testes no Brasil para análises, com um novo prazo de 15 dias. Os testes de fase 3 da Coronavac eram realizados simultaneamente no Brasil, Turquia e Indonésia. Representantes do governo paulista argumentaram que os dados de eficácia verificados entre os voluntários.

A vacina russa Sputnik V apresentou eficácia de 91,4% contra o coronavírus, segundo coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 14, pelo Fundo Russo de Investimento Direto e pelo Centro Nacional Gamaleya. O resultado foi obtido após a fase 3 (clínica) ter atingido o ponto de controle com 78 pessoas infectadas pelo vírus, entre 26 mil voluntários.

De acordo com Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, representantes da farmacêutica Astrazeneca teriam entrado em contato com os pesquisadores da Sputnik V para utilizarem um componente da vacina russa no imunizante desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford.

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Ele afirmou ainda que o nível de confiança do imunizante entre a população da Rússia tem aumentado nas últimas semanas e que cerca de 200 mil pessoas já receberam o imunizante durante a campanha de vacinação no País.

Dmitriev também anunciou que pretende entregar ainda neste mês os resultados de eficácia às agências reguladoras de Belarus, Índia, Emirados Árabes e Argentina. Ele afirmou ainda que há a previsão de firmar contratos para a distribuição do imunizante em países da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina nos próximos meses.

Denis Logunov, vice-diretor do Gamaleya, afirmou que a Sputnik V ainda protegeu 100% dos casos graves de coronavírus e que nenhum dos voluntários apresentou efeitos colaterais graves após a aplicação da vacina. Ainda não foi anunciada uma previsão de quando os resultados serão entregues à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, os governos estaduais do Paraná e da Bahia já firmaram contratos individuais com o instituto para a aquisição do imunizante.

O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou, nessa terça-feira (1°), que o ministro Dias Toffoli suspendeu a eficácia do decreto 10.502/2020, que instituiu a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida. A decisão liminar foi proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6590 e será submetida a referendo do Plenário.

Segundo o decreto, a União, em parceria com os estados, o Distrito Federal e os municípios, implementará programas e ações para garantir os direitos à educação e ao atendimento educacional especializado aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. O decreto também incentiva a criação de escolas e classes especializadas e escolas e classes bilíngues de surdos.

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O Partido Socialista Brasileiro (PSB), autor da ação, afirma, segundo o STF, que apesar de sua finalidade declarada, o decreto teria como real objetivo discriminar e segregar os alunos com deficiência, ao prever o incentivo à criação de escolas e classes especializadas para esse grupo. O PSB ainda destacou que esse modelo provocaria discriminação e segregação entre os educandos com e sem deficiência, violando o direito à educação inclusiva.

Inovação no ordenamento jurídico

Em sua decisão, o ministro Toffoli observou que o decreto, que tem por objetivo regulamentar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996), inova no ordenamento jurídico, porque não se limita a pormenorizar os termos da lei regulamentada, mas promove a introdução de uma nova política educacional nacional, com o estabelecimento de institutos, serviços e obrigações que, até então, não estavam inseridos na disciplina da educação do país.

Educação inclusiva

O ministro salientou que a Constituição Federal garante o atendimento especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, e que, ao internalizar a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, por meio do Decreto Presidencial 6.949/2009, o país assumiu um compromisso com a educação inclusiva, “ou seja, com uma educação que agrega e acolhe as pessoas com deficiência ou necessidades especiais no ensino regular, ao invés segregá-las em grupos apartados da própria comunidade”, disse.

Segundo Toffoli, em uma interpretação sistemática dos princípios e dispositivos constitucionais sobre a questão, verifica-se que é dada prioridade absoluta à educação inclusiva, não cabendo ao poder público recorrer aos institutos das classes e escolas especializadas para deixar de tomar providências para a inclusão de todos os estudantes. Ele destaca que a Política Nacional de Educação Especial contraria esse modelo, ao deixar de enfatizar a absoluta prioridade da matrícula desses educandos no sistema educacional geral, ainda que demande adaptações das escolas.

Ao deferir a liminar, o relator verificou que o decreto poderá fundamentar políticas públicas que fragilizam o imperativo da inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino. Também assinalou que a proximidade do início de um novo período letivo pode acarretar a matrícula de educandos em estabelecimentos que não integram a rede de ensino regular, em contrariedade à lógica do ensino inclusivo. Informações O ministro requereu à Presidência da República informações no prazo de três dias e determinou que sejam intimados o advogado-geral da União e o procurador-geral da República para se manifestarem, se for de interesse, antes do julgamento do referendo da medida cautelar. 

Da assessoria

O laboratório britânico AstraZeneca informou que a sua vacina contra a Covid-19, que está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, teve eficácia combinada em média de 70% em testes clínicos realizados no Brasil e no Reino Unido. Segundo a empresa, em algumas simulações, o imunizante mostrou 90% de eficácia. A eficácia variou de 62% a 90%, dependendo da dosagem administrada, disseram AstraZeneca e Oxford.

A AstraZeneca disse que não houve casos graves de segurança relacionados à vacina e que ela foi "bem tolerada" em diferentes regimes de dosagem.

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De acordo com as informações da farmacêutica, não foram relatadas hospitalizações em quem recebeu a vacina.

Os testes clínicos de estágio final da vacina continuam nos Estados Unidos, Japão, Rússia, África do Sul, Quênia e América Latina.

A farmacêutica anunciou que vai buscar autorização de uso emergencial do imunizante junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) para distribuir a vacina em países de baixa renda e preparar submissões regulatórias para autoridades em países que têm programas de aprovação antecipada.

"A empresa está progredindo rapidamente na fabricação com uma capacidade de até 3 bilhões de doses da vacina em 2021 em uma base contínua, enquanto aguarda a aprovação regulamentar", afirmou a AstraZeneca.

No Brasil, o imunizante AstraZeneca/Oxford é a principal aposta do governo Jair Bolsonaro, entre as várias candidatas em desenvolvimento.

O País tem um acordo com a farmacêutica e com a universidade que garante acesso a 100 milhões de doses.

A expectativa do governo federal é de que a produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comece em 2021.

A CoronaVac, vacina contra a Covid-19 em desenvolvimento pelo Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, é segura e oferece resposta imune dentro de 28 dias em 97% dos casos. É o que aponta estudo publicado nesta terça-feira (17) pela revista científica britânica Lancet.

Os estudos da CoronaVac envolvem 13 mil voluntários no Brasil. Caso seja comprovada a segurança e a eficácia do imunizante, o Butantã pedirá à Anvisa o registro do vacina - condição fundamental para eventual compra por parte do governo federal, como frequentemente diz o presidente Jair Bolsonaro.

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O líder do Planalto e o governador do Estado, João Doria (PSDB), vivem uma guerra de braço política em torno da vacinação contra o novo coronavírus.

De acordo com o Instituto, as primeiras doses devem chegar em São Paulo ainda nesta semana.

A taxa de eficácia da vacina Sputnik V contra a COVID-19 é de 92%, revela a primeira análise de dados provisória da terceira fase dos testes clínicos, realizados na Rússia.

Segundo o site oficial da vacina russa, "a eficácia da vacina Sputnik V equivaleu a 92% (cálculo baseado nos 20 casos confirmados de COVID-19 divididos entre indivíduos vacinados e aqueles que receberam o placebo)".

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A eficácia foi demonstrada baseando-se na primeira análise provisória obtida 21 dias depois da primeira injeção.

Mikhail Murashko, ministro da Saúde da Rússia, comemorou os resultados da análise clínica: "O uso da vacina e os resultados dos testes clínicos mostram se tratar de um meio eficiente para interromper a proliferação da infecção do coronavírus, e para a prevenção da incidência, sendo exatamente este caminho o mais exitoso para vitória sobre a pandemia."

Vale ressaltar a inexistência de "eventos adversos inesperados" durante os testes clínicos. "Até 11 de novembro, como parte de testes clínicos, em 29 centros médicos da Rússia, mais de 20 mil voluntários foram vacinados com a primeira dosagem e mais de 16 mil voluntários [foram vacinados] com a primeira e segunda dosagens da vacina."

"Em adição, até 11 de novembro, eventos adversos inesperados não foram identificados como parte da pesquisa. Alguns dos vacinados apresentaram pequenos eventos adversos de curta de duração como dor no local da injeção e sintomas parecidos com os de gripe como febre, cansaço, fadiga e dor de cabeça", revelou a análise.

“Os dados da pesquisa provisória vão ser publicados pela equipe do Centro Gamaleya em uma das revistas médicas internacionais de pré-revisão científica. Após a finalização da terceira fase dos testes clínicos, o Centro Gamaleya vai prover acesso ao relatório completo do estudo clínico”, diz o texto postado no twitter oficial da vacina.

Após a publicação da análise sobre eficácia da Sputnik V, a vice-primeira-ministra russa, Tatiana Golikova, informou que em novembro deste ano se planeja produzir 500 mil doses, 1,5 milhão em janeiro, três milhões por mês a partir de fevereiro e seis a partir de abril. Além disso, a autoridade informou que em 15 de novembro começam os ensaios pós-registro da vacina do Centro Vektor, em um trabalho paralelo de introdução na circulação civil.

Em 11 de agosto deste ano, a Rússia registrou a vacina Sputnik V contra COVID-19, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. O medicamento é produzido em cooperação com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).

A vacina é composta por dois componentes: o primeiro é baseado no adenovírus humano tipo 26 e o segundo é baseado no adenovírus humano recombinante tipo 5. O medicamento é administrado em duas etapas, com intervalo de 21 dias.

Da Sputnik Brasil

O infectologista americano Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (Niaid), afirmou, no domingo (25), que será possível descobrir a eficácia e a segurança de uma vacina contra Covid-19, de forma clara, até o início de dezembro. Uma vacinação ampla, porém, só deve ocorrer em meados de 2021.

"Saberemos se uma vacina é segura e eficaz entre o fim de novembro e o início de dezembro", disse Fauci à rede britânica BBC. "É muito provável que o impacto da vacinação na dinâmica da epidemia não seja visto até o segundo ou terceiro semestre (de 2021)", disse.

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Fauci é especialista da Casa Branca durante a pandemia e uma das maiores referências dos EUA no assunto.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 23, que estudo feito em 50 mil pessoas na China indica segurança da Coronavac, o imunizante contra a covid-19 desenvolvido em parceria do laboratório Sinovac e com o Instituto Butantã. Segundo o governo de São Paulo, 94,7% dos voluntários não apresentaram qualquer efeito adverso - índice que se a equipararia a outras vacinas já amplamente usadas no Brasil, como a da gripe.

O resultado divulgado é referente à aplicação emergencial de 67.260 doses da Coronavac em um total de 50.027 pessoas, que foi autorizada pelo governo chinês para alguns grupos, como pacientes de risco e funcionários da Sinovac. Por sua vez, o estudo clínico - que é realizado em diferentes países ainda com alta transmissão, incluindo o Brasil - está em fase 3, ainda em andamento. Só esta última pesquisa é que vai atestar ou não a eficácia da vacina.

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Mesmo sem resultados clínicos conclusivos, a gestão Doria tem expectativa de conseguir iniciar a vacinação ainda na segunda quinzena de dezembro. Segundo o governo, São Paulo deve receber 60 milhões de doses até fevereiro.

De acordo com dados apresentados pela gestão, apenas 5,3% das pessoas que receberam emergencialmente a vacina na China apresentaram sintomas adversos - a maioria, no entanto, sem gravidade. Entre os efeitos colaterais, o mais comuns foram dor no local de aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre (0,21%).

Destes, só quatro voluntários teriam apresentado quadros considerados mais graves. No grupo, teriam sido relatados sete efeitos colaterais, ao todo, que incluem falta de apetite, dor de cabeça e febre acima de 38,5ºC.

"Esses resultados comprovam que a Coronavac tem excelente perfil de segurança e confirma a manifestação feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que a indicou como uma das oito vacinas mais promissoras do mundo", afirmou Doria. "A vacina da gripe, por exemplo, apresenta efeitos adversos pouco nocivos em não mais do que 10% da totalidade das pessoas."

Estudo clínico

Na apresentação, Doria chegou a afirmar que a Coronavac também teria demonstrado eficácia em 98% dos casos. O índice, na verdade, diz respeito à soroconversão calculada - ou seja, quantas pessoas teriam apresentado resposta imunológica ao coronavírus, mas ainda sem a garantia de que, de fato, a presença de anticorpos protege contra a infecção.

Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas disse que ainda é cedo para falar da eficiência. "O estudo de fase 3 está em andamento e os resultados são de conhecimento de quem controla o estudo, um organismo internacional", afirmou. "Ainda não temos dados disponíveis sobre a eficácia. A partir do dia 15 de outubro, podemos ter os resultados de eficácia que permitirão o registro da vacina na Anvisa."

No Brasil, os testes em voluntários de saúde começaram no dia 21 de julho. Segundo o governo, mais de 5,6 mil dos 9 mil médicos e paramédicos já teriam recebido a Coronavac, sem nenhum registro de reação adversa até o momento. A previsão é que todas as doses para a pesquisa sejam aplicadas até o próximo mês.

Após a administração das vacinas, os pacientes ainda são monitorados por um ano. Essa fase é importante para saber se há diferença de resultado entre o grupo em que o imunizante foi aplicado e o que recebeu placebo - para só então concluir sobre a eficácia.

Diretor da Sinovac na América do Sul, Xing Han demonstrou otimismo em obter bons resultados. "Estamos confiantes com a Coronavac tanto para segurança quanto para eficiência. Os testes estão sendo bem feitos e daqui a um ou dois meses já saem os resultados da fase 3, com curto prazo para registro na Anvisa", disse.

Ainda segundo o representante da farmacêutica, a empresa vai trabalhar "dia e noite" para entregar 60 milhões de doses a São Paulo até fevereiro de 2020.

Segundo Doria, o primeiro lote com 5 milhões de doses da Coronavac, produzidas na China, chegará a São Paulo ainda em outubro. Pelo cronograma do Estado, o Instituto Butantan deve produzir mais 40 milhões de doses até 21 de dezembro, com expectativa de outras 55 milhões até maio de 2021.

"Como governador, também torço para que outras vacinas se mostrem eficientes", disse. "Não estamos em uma corrida por vacina, mas pela vida. Quanto mais vacinas aprovadas e chanceladas pela Anvisa, mais brasileiros serão salvos mais rapidamente."

Na ocasião, o governador voltou a afirmar que espera começar a vacinação ainda neste ano. "Deveremos, por óbvio, aguardar a finalização dessa terceira e última fase de testagem e a aprovação da Anvisa, mas já em dezembro, na segunda quinzena, poderemos iniciar a imunização de acordo com critérios da Secretaria de Saúde e dos protocolos do Ministério da Saúde."

Especialistas têm apontado que, além da comprovação da eficácia e da segurança da vacina, a imunização em massa também terá desafios logísticos, como estratégias de produção, distribuição e aplicação do produto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já disse não prever imunização em massa antes de 2022.

"O único dado que conseguimos extrair do estudo clínico é que aparentemente, a vacina é segura. O que não significa que ela protege. Isso veremos com o tempo, observando se as pessoas que foram vacinadas têm covid-19 ou não e indiretamente se elas produzirão anticorpos", explica Alexandre Naime, chefe da Infectologia da Unesp e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia

O próximo passo, de acordo com Rômulo Leão Silva Neris, virologista da UFRJ, seria avaliar a combinação das duas grandezas. "As pessoas precisarão ser monitoradas, pois a produção de anticorpos não indica necessariamente uma proteção imediata. É um fato importante, mas não o único. Há vacinas que precisamos tomar duas vezes na vida, e outras em períodos regulares pois a resposta (da imunização) é longa mas não permanente. Infelizmente, dada a necessidade de uma vacina contra covid-19, não conseguiremos esperar para determinar se a resposta dura muito tempo ou não", completa.

Corrida das vacinas

O acordo firmado com a Sinovac permite a transferência de tecnologia ao Butantan, que poderá também produzir a vacina. No fim de agosto, o governo paulista também pediu pelo menos R$ 1,9 bilhão do Ministério da Saúde para ampliar a previsão de entrega da vacina Coronavac no próximo ano, de 60 milhões para 120 milhões de doses. Doria disse nesta quarta-feira que o governo federal prometeu liberar o primeiro lote de R$ 80 milhões para apoiar o processo de produção.

Já o governo federal assinou acordo com a farmacêutica AstraZeneca, que desenvolve com a Universidade de Oxford (Reino Unido), um imunizante que também está na fase 3 dos ensaios clínicos, com humanos. Esse contrato também prevê transferência de tecnologia, para a fabricação de doses no Brasil.

Por sua vez, os governos de Paraná e Bahia fecharam parceria com a Rússia para testar a vacina Sputnik 5, também em fase final de testes. Ainda segundo infectologistas, ter mais de um imunizante contra a doença pode ser necessário para garantir proteção mais ampla da população.

Nesta semana, a Sinovac anunciou e que vai iniciar o teste da vacina também na Turquia. De acordo com nota da empresa, em um primeiro momento, 1,3 mil profissionais de saúde entre 18 e 59 anos serão voluntários no país, nesta etapa considerada em que é testada a eficácia do imunizante. Em um segundo momento, 12 mil pessoas da população em geral receberão uma dose da vacina ou um placebo, no intervalo de duas semanas.

Imunizante está no centro da disputa política

Para cientistas políticos ouvidos pelo Estadão, Doria deve colher benefícios eleitorais caso a vacinação se inicie na segunda quinzena de dezembro, como é a expectativa do governo. "Ele provavelmente vai trazer à tona cada uma das declarações do presidente de desprezo pela pandemia, muitas vezes em posturas anti-científicas. Se isso se concretizar vai ter uma força enorme para o Doria, que nunca escondeu desde que foi eleito como prefeito de São Paulo o desejo à presidência", afirma o sociólogo, cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando.

Ele afirma que, no caso de uma disputa presidencial entre Doria e Bolsonaro, deve ocorrer uma "guerra de números", em que serão levantados o número de mortos e sobreviventes, o quanto foi investido no combate ao coronavírus e até quanto foi gasto de auxílio emergencial. "A grande questão é como cada uma das narrativas vai ganhar corações e mentes do brasileiro".

O cientista político Cláudio Couto, professor da FGV-SP, afirma que Doria pode mostrar que começou a resolver o problema antes dos outros. "Isso tem um efeito econômico, porque se conseguir vacinar permite voltar as atividades econômicas. Qualquer ganho que ele tiver vai beneficiá-lo para voos futuros", afirma. (Colaboraram Larissa Gaspar e Renato Vieira)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 23, que a CoronaVac, candidata a imunizante contra a Covid-19, apresentou segurança e eficácia na fase 3 dos testes com 50 mil voluntários na China. O Estado prevê ter 60 milhões de doses do produto até fevereiro de 2021 . As primeiras cinco milhões devem chegar em outubro e, até o fim do ano, a expectativa é ter 46 millhões.

Segundo Doria, os testes na China indicaram aproximadamente 5,3% de pacientes com efeitos adversos, todos de baixa gravidade. A eficácia, ainda de acordo com o governador, foi de 98%. Os estudos ainda não foram apresentados pelo governo. A previsão é de que sejam necessárias duas doses do produto para garantir a proteção.

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O acordo firmado com a Sinovac permite a transferência de tecnologia ao Butantã, que poderá também produzir a vacina. Nove mil voluntários, todos profissionais de saúde, de seis Estados brasileiros participam da testagem da coronavac. Até o final de setembro, todos terão tomado as duas doses. No fim de agosto, o governo paulista também pediu pelo menos R$ 1,9 bilhão do Ministério da Saúde para ampliar a previsão de entrega da vacina Coronavac no próximo ano, de 60 milhões para 120 milhões de doses. Doria disse que o governo federal prometeu liberar o primeiro lote de R$ 80 milhões para apoiar o processo de produção.

Especialistas têm apontado que, além da comprovação da eficácia e da segurança da vacina, a imunização em massa também terá desafios logísticos, como estratégias de distribuição e aplicação do produto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já disse não prever imunização em massa antes de 2022.

Já o governo federal assinou acordo com a farmacêutica AstraZeneca, que desenvolve com a Universidade de Oxford (Reino Unido), um imunizante que também está na fase 3 dos ensaios clínicos, com humanos. Esse contrato também prevê transferência de tecnologia, para a fabricação de doses no Brasil. Já os governos de Paraná e Bahia fecharam parceria com a Rússia para testar a vacina Sputnik 5, também em fase final de testes. Ainda segundo infectologistas, ter mais de um imunizante contra a doença pode ser necessário para garantir proteção mais ampla da população.

Imunizante também será testado na Turquia

A Sinovac anunciou esta semana que vai iniciar o teste da vacina também na Turquia. De acordo com nota da empresa, em um primeiro momento, 1,3 mil profissionais de saúde entre 18 e 59 anos serão voluntários no país, nesta etapa considerada em que é testada a eficácia do imunizante. Em um segundo momento, 12 mil pessoas da população em geral receberão uma dose da vacina ou um placebo, no intervalo de duas semanas.

Vários testes realizados com hamsters provaram que o uso da máscara reduz acentuadamente a propagação do novo coronavírus, informaram especialistas da Universidade de Hong Kong neste domingo (17).

Este é um dos primeiros estudos para comprovar se o uso de máscaras pode impedir que portadores sintomáticos ou assintomáticos do vírus SARS-CoV-2 infectem outros indivíduos.

Liderados pelo professor Yuen Kwok-yung, especialista renomado em coronavírus, os pesquisadores prepararam duas gaiolas: uma com hamsters infectados e outra com animais saudáveis. Depois, as colocaram uma ao lado da outra.

Eles colocaram máscaras cirúrgicas entre ambas as gaiolas e ativaram um fluxo de ar da gaiola com hamsters doentes para a de animais saudáveis.

Os resultados mostram que a transmissão do vírus diminuiu em mais de 60% quando as máscaras foram colocadas. Quando estavam sem as máscaras, dois terços dos hamsters saudáveis se infectaram em uma semana.

A taxa de infecção caiu para pouco mais de 15% quando as máscaras foram colocadas na gaiola dos animais infectados e 35% na gaiola dos saudáveis.

"Está muito claro que utilizar máscaras em pessoas infectadas [...] é mais importante do que em qualquer outra", declarou Yuen aos jornalistas.

"Agora que sabemos que grande parte dos infectados não apresentam sintomas, o uso universal das máscaras é realmente fundamental", acrescentou.

Quatro meses depois do aparecimento dos primeiros casos de Covid-19 na China, Hong Kong conseguiu limitar o número de casos para 1.000, com apenas quatro mortes.

De acordo com os especialistas, o uso da máscara e as campanhas de testes de diagnóstico em massa e de rastreamento de casos poderiam explicar o sucesso no controle da epidemia em uma cidade de 7,5 milhões de habitantes.

Lembrar de tomar o remédio no horário indicado pelo médico pode ser uma tarefa difícil para muitas pessoas, especialmente para aquelas que têm a vida corrida. O que pouca gente sabe é que o horário em que o medicamento é ingerido pode influenciar na eficácia do tratamento.

De acordo com o farmacêutico Vagner Miguel, da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), o risco mais comum de tomar o remédio na hora errada é o efeito positivo ser reduzido. “Dependendo do caso, pode acontecer de o organismo não absorver tão bem as substâncias presentes no medicamento que são necessárias para resolver algum problema de saúde. Embora não seja em todo tratamento que exista um horário específico para ingerir um medicamento, é importante consumi-lo nas horas indicadas pelo médico”, alerta.

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Miguel acrescenta que é importante tomar o remédio na hora adequada, pois o corpo precisa se adaptar para produzir os efeitos esperados, principalmente no caso dos antibióticos.

“No caso de não tomar o antibiótico no horário certo, o ideal é ingerir imediatamente, assim que lembrar, pois o antibiótico fica concentrado na corrente sanguínea e vai combatendo, aos poucos, as bactérias. Quanto mais se demora a tomar a próxima dose, mais baixa fica a concentração da substância no sangue, já que o fígado vai eliminando seu excesso. Com isso, corre-se o risco de a bactéria ficar mais resistente. Se a indicação for tomar antibiótico de oito em oito horas e o paciente se lembrou com atraso, deve-se fazer uso do medicamento assim que a falha for notada e contar oito horas novamente a partir desse último horário”, explica.

Para facilitar a vida de quem precisa tomar muitos remédios por dia,  como é o caso de alguns idosos e de pessoas com doenças crônicas, o farmacêutico recomenda conversar com o médico para verificar o que pode ser feito, uma vez que, além do esquecimento, há o risco de confundir a dose, o horário e o modo correto de ingestão.

“Uma opção bastante interessante é a combinação de uma ou mais substâncias em uma só fórmula, reduzindo o número de tomadas ao longo do dia. Isso pode ser feito nas farmácias de manipulação, que personalizam a medicação de cada paciente. A decisão de combinar ou não diferentes substâncias, no entanto, só pode ser tomada pelo profissional da saúde, que irá avaliar, além das condições clínicas do paciente, um conjunto de diversos fatores, como horário em que o fármaco deve ser ingerido, riscos de interação, riscos de efeitos colaterais e aspectos farmacotécnicos”, afirma.

Interações

Miguel também alerta que alguns alimentos ou outras substâncias causam conflitos com medicamentos ingeridos em horários próximos.

“Existem antibióticos que podem ter a absorção diminuída se ingeridos junto com alimentos. Já outros devem ser tomados em jejum, mas é preciso seguir essa regra quando o médico orientar. Há antibióticos que devem ser ingeridos após as refeições para evitar que causem dor de estômago como efeito colateral. Por isso, deve-se seguir à risca as horas de intervalo indicadas pelo médico”, ensina.

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Com cerca de 80% dos parlamentares concorrendo à reeleição neste ano, a atual legislatura da Câmara dos Deputados vai encerrar os trabalhos no final do ano com o menor índice de projetos conclusos dos últimos dez anos. Segundo levantamento do Congresso em Números, da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, o porcentual de projetos de lei aprovados, rejeitados, arquivados ou prejudicados nesta legislatura deve variar entre 5% e 25%.

A estimativa é de que a Câmara feche o ano de 2018 com um porcentual de projetos não conclusos que varia de 75%, no melhor cenário, e 95%, no mais pessimista. Os números levam em consideração os 10.546 projetos de lei apresentados na atual legislatura somados aos cerca de 2.500 que não foram arquivados na anterior e tramitaram na atual.

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Se a produtividade dos deputados federais fosse medida apenas pela quantidade de propostas analisadas em plenário, a atual legislatura estaria entre as menos eficazes desde a redemocratização do País. O período, no entanto, foi um dos mais conturbados na Câmara, com a aprovação da abertura do processo de impeachment de uma presidente da República, Dilma Rousseff (PT), a cassação de um presidente da Casa, Eduardo Cunha (MDB), além da votação e arquivamento de duas denúncias contra o presidente Michel Temer.

Ainda que feche o ano na melhor expectativa, o índice de projetos de lei sem conclusão (75%, no mínimo) desta legislatura será o maior da última década. No mandato encerrado em 2007, o porcentual foi o maior da série histórica desde a redemocratização: 84,3%. Se fechar o ano no pior cenário, 95%, será o maior índice de projetos não conclusos desde 1988.

Historicamente, mais da metade dos projetos apresentados na Câmara não conclui sua tramitação na mesma legislatura. Para efeito de comparação, o menor índice desde o fim do período ditatorial foi de 58%, entre 1991 e 1995. O pesquisador da FGV Fábio Vasconcellos pondera que tem sido crescente a quantidade de proposições apresentadas a cada legislatura, em especial nesta que se encerra em dezembro.

O deputado federal Evandro Gussi (PV-SP) disse que é um contrassenso avaliar a produtividade de um Congresso pelo número de projetos apresentados ou aprovados. "Essa ideia de que se mede o empenho parlamentar pelo número de proposições apresentadas é um equívoco grosseiro. Isso diminui a intensidade, a profundidade e a capacidade analítica do debate sobre cada proposição. Permite a aprovação de norma sem cuidado para tanto", disse, ressaltando que a atual legislatura aprovou projetos complexos e de impacto para a sociedade como a reforma trabalhista.

Já o deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ), decano da Câmara, tem outra visão. Para ele, o cenário conturbado dos últimos quatro anos atrapalhou o pleno exercício da Casa. Miro critica também a quantidade de medidas provisórias do Executivo que foram editadas. "Sem falar a enorme quantidade de projetos que entraram apenas para efeito estatístico."

Análise

O estudo da FGV constatou que de junho a julho de 2018 - período pré-eleitoral - foram apresentados 307 projetos de lei, número mais baixo entre os anos da atual legislatura. O pico para o período foi em 2015, com 700 propostas apresentadas, seguido de 428 em 2016 e 346 em 2017.

"Nesse bimestre, 26 propostas viraram Lei, sendo que nove são de baixo impacto, tais como homenagens, denominação de ruas e datas comemorativas", diz Vasconcelos. As pautas que causam algum impacto na economia foram foco de apenas 55 projetos entre junho e julho de 2018.

'Estoque'

A pesquisa da FGV mostra ainda que 1.198 propostas estão prontas para serem votadas em plenário. Para zerar esse estoque das matérias prontas para a pauta, seria necessário votar 242 proposições por mês ou oito por dia, incluindo os sábados e domingos - dias em que o Congresso não funciona - se forem examinados apenas os projetos de lei.

Para tentar diminuir o "estoque", a Câmara realiza novo esforço concentrado nesta semana. Trata-se de uma medida para tentar acelerar o andamento dos projetos da Casa em meio à campanha eleitoral, quando a presença de deputados em plenário é tradicionalmente menor. As últimas sessões foram realizadas em 13 e 14 de agosto, também em ritmo de mutirão. Mas, por causa do baixo quórum, foram feitas apenas discussões.

Câmara

Procurada, a Presidência da Câmara não comentou os dados da FGV. Em nota, disse trabalhar com outros critérios de informação da Secretaria Geral da Mesa (SGM).

De acordo com a SGM, tramitam na Casa 9.570 projetos de lei apresentados nesta legislatura, além de outros 11.367 projetos de lei remanescentes - este número leva em conta projetos que foram desarquivados, que não são contabilizados pela Fundação Getúlio Vargas. Desse montante, segundo a SGM, a Câmara votou 1.423 projetos de lei desde 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os tratamentos com estatinas para reduzir o colesterol diminuem o risco de acidentes cardiovasculares e apresentam efeitos colaterais adversos apenas em um número limitado de casos, de acordo com um estudo publicado nesta sexta-feira (9).

Desde que o tratamento foi lançado, há três décadas, dezenas de milhões de pessoas no mundo com colesterol alto - mas sem ter necessariamente problemas cardíacos preexistentes - tomam estatinas de modo regular. Trata-se de um dos medicamentos mais vendidos pela indústria farmacêutica.

Nos últimos anos, porém, apareceram vozes acadêmicas discordantes. Publicado pela revista médica britânica The Lancet, o estudo se propôs a resolver esse debate, concluindo que os benefícios das estatinas são subestimados e que seus efeitos adversos são exagerados.

"Nossos resultados mostram que a quantidade de pessoas que evita acidentes vasculares cardíacos, ou cerebrais, graças a terapias com estatinas, é muitíssimo maior do que aqueles que sofrem efeitos colaterais", explicou Rory Collins, da Universidade de Oxford, que revisou um grande número de estudos existentes junto com outros pesquisadores.

Concretamente, cada redução de 2 mmol/l da taxa de colesterol graças a estatinas administradas durante ao menos cinco anos a 10.000 pacientes evita acidentes cardiovasculares em cerca de 1.000 pessoas (10%) que tiveram episódios cardíacos anteriores (infartos) e a cerca de 500 que apresentam apenas fatores de risco (fumantes, sedentários, histórico familiar, etc.).

Efeitos colaterais

Já os efeitos colaterais de miopatias com dores e fraqueza muscular apareceram somente em um caso entre 10.000 pacientes que tomam 40 mg de atorvastatina por dia. O risco de diabetes ocorreu em entre 10 e 20 casos.

O estudo oferece ainda respostas a dúvidas sobre outros efeitos colaterais, alimentadas pelos mitos relacionados às estatinas, entre os quais está a disfunção erétil para os homens.

A pesquisa é categórica ao concluir que essas associações - entre as quais também estão perda de memória, catarata, problemas renais, ou hepáticos, transtorno do sono, agressividade e comportamento suicida - não foram sustentadas pelos estudos de observação, que "não refletiram um efeito causal com a terapia com estatinas".

Um mercado gigantesco

A controvérsia sobre o caráter nocivo, ou a ineficácia, dos tratamentos preventivos com estatinas aumentou em alguns países recentemente, incluindo a Grã-Bretanha, onde 200.000 pacientes deixaram de tomá-las nos últimos anos, ou na França, onde representam um mercado de cerca de dois bilhões de euros anuais.

"As afirmações enganosas sobre a segurança e a eficácia dos tratamentos com estatinas representam um custo importante para a Saúde Pública", adverte o editor da The Lancet, Richard Horton, em um comentário que acompanha o estudo.

Vários especialistas independentes elogiaram o artigo. "As estatinas têm sido injustamente demonizadas", afirma Tim Chico, especialista da Universidade de Sheffield.

Segundo David Webb, da Universidade de Edimburgo, "é provável que se tenha perdido muitas vidas, devido ao ponto de vista difundido de que as estatinas são perigosas, ou ineficazes".

"Esse estudo completo realizado por um grupo de acadêmicos internacionais de primeiro nível, com provas robustas e não tendenciosas de ensaios aleatórios e revisões sistemáticas, confirma que as estatinas são eficazes e que seus benefícios aparecem, inclusive, em tratamentos preventivos", acrescenta.

O scanner e o teste de esforço com eletrocardiograma são igualmente eficazes para diagnosticar uma doença cardiovascular, de acordo com os resultados de um extenso teste clínico publicado neste sábado em um Congresso de Cardiologia nos Estados Unidos.

O estudo foi realizado com um universo de 10.000 pacientes, sendo 53% de mulheres e idade média de 60 anos, examinados em 193 centros de saúde nos Estados Unidos e no Canadá.

Os pacientes selecionados nunca haviam recebido um diagnóstico de doença nas artérias coronárias, mas apresentavam sintomas que podiam estar relacionados com enfermidades cardiovasculares, como falta de ar, ou dor no peito.

Quase todos os participantes tinham pelo menos um fator de risco, como hipertensão, diabetes, ou tabagismo.

Metade foi selecionada de forma aleatória para se submeter a um exame de scanner, que mostra imagens tridimensionais das artérias coronárias. A outra metade fez um teste de esforço com eletrocardiograma.

Esses testes já são usados há muito tempo, mas nunca haviam sido comparados durante um período de monitoramento.

O estudo não mostrou nenhuma diferença significativa durante os dois anos de acompanhamento dos testes em termos de taxas de cirurgia, complicações, infartos e morte.

Os resultados dessa pesquisa são "importantes", segundo os autores, porque deixam nas mãos dos médicos a escolha do tipo de teste clínico a ser usado para diagnosticar doenças cardiovasculares quando o paciente apresenta dor no peito e falta de ar. Este é o caso de pelo menos quatro milhões de pessoas por ano nos Estados Unidos.

"Antes desse estudo, a escolha do teste inicial - scanner cardíaco, ou teste de esforço - era feita sem se ter uma ideia do que realmente era melhor para a avaliação de sintomas cardiovasculares", explicou a drª Pamela Douglas, do Centro de Pesquisa de Doenças Cardiovasculares da Universidade de Duke, na Carolina do Norte.

Observou-se, porém, que o scanner tem uma ligeira vantagem para evitar cateterismos cardíacos (introdução de um tubo na artéria umeral) desnecessários. Também utiliza doses de radiação mais baixas do que os exames de Medicina Nuclear que injetam pequenas quantidades de material radioativo no sangue para obter imagens do coração e das artérias.

A drª Douglas apresentou os resultados da pesquisa no Congresso Anual do Colégio Americano de Cardiologia (ACC, na sigla em inglês), neste fim de semana, em San Diego, na Califórnia.

Financiado por Institutos de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês), o estudo foi publicado no "New England Journal of Medicine".

Nesta quinta-feira (30), o prefeito de Caruaru (PE), José Queiroz (PDT), se reuniu com os secretários municipais para cobrar mais eficiência na máquina. A reunião aconteceu durante a manhã, na sala de monitoramento da Prefeitura.

De acordo com a assessoria, o prefeito ressaltou o crescimento da cidade e lideranças regional e por isso é necessário mais eficácia. "Temos uma cidade em intenso crescimento e indiscutível liderança regional. Infelizmente as receitas são limitadas. Precisamos aumentar o controle da máquina para conseguir mais eficácia na aplicação dos recursos", disse o prefeito no encontro.

Os assessores receberam um ”manual de controle de despesas” para que sigam e ajudem a controlar as finanças no dia a dia.

A empresa farmacêutica francesa HRA Pharma advertiu nesta terça-feira que sua pílula do dia seguinte não faz efeito quando tomada por mulheres que pesam mais do que 80kg.

A advertência da empresa foi feita com base em resultados de pesquisas sobre o princípio ativo levonorgestrel, usado neste tipo de medicamento contraceptivo.

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De acordo com responsável pela saúde da mulher da HRA Pharma Frederique Welgryn, o composto é o principal ingrediente do medicamento Norlevo, referência de contraceptivos de emergência da empresa.

O medicamento Norlevo não tem distribuição no Brasil, mas as pílulas do dia seguinte encontradas em farmácias brasileiras também têm como princípio ativo o levonorgestrel, podendo variar em sua dosagem.

Os resultados são de pesquisas conduzidas pela Universidade de Edimburgo em 2011 com cerca de 1.700 mulheres. Desde então, Welgryn comenta que nos últimos anos tem-se visto "muitas discussões" sobre a eficácia de métodos contraceptivos em pacientes com sobrepeso ou obesos.

O chefe executivo da HRA Pharma Erin Gainer estimou que milhões de mulheres pela Europa usam contraceptivos de emergência idênticos ao Norlevo. A empresa não deu detalhes sobre o número de vendas do medicamento. Fonte: Associated Press.

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