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Os cartazes da campanha do presidente Abdel Fatah al-Sissi invadiram as ruas do Cairo antes da eleição no final de março, mas alguns jovens que participaram da Primavera Árabe de 2011 decidiram boicotar um pleito que consideram "viciado".

"Desde a última eleição presidencial (em 2014), estamos em um terreno escorregadio: nada melhora", lamenta Sami, de 31 anos, um egípcio de classe média que pediu, como todos os entrevistados dessa reportagem, para não ser identificado por seu nome verdadeiro.

Assim como ele, primeiramente milhares, e então centenas de milhares de egípcios acamparam no início de 2011 durante 18 dias no centro do Cairo para reivindicar a saída do presidente Hosni Mubarak, que dirigia o Egito com mão de ferro há mais de 30 anos.

Mubarak teve de renunciar, o que fez dele o segundo presidente da região a cair pela chamada "Primavera Árabe", na esteira do tunisiano Zine El Abidin Ben Ali.

Após a revolta, as principais autoridades da era Mubarak foram detidas, e os casos de violência policial foram julgados - um dos gatilhos das manifestações.

- 'Esperança incrível' -

"Era um momento de esperança incrível, não havia limites", lembra Sami.

Em junho de 2012, Mohamed Mursi, membro da confraria Irmandade Muçulmana, tornou-se o primeiro presidente democraticamente eleito no Egito.

Alguns meses depois, a rua se fez ouvir mais uma vez. Os egípcios voltaram a se manifestar, denunciando o giro autoritário das autoridades e o poder crescente da confraria no país.

Al-Sissi, então ministro da Defesa, deu um ultimato, ao fim do qual as Forças Armadas derrubaram Mursi em julho de 2013.

No ano seguinte, Al-Sissi foi eleito presidente e instalou na sequência um regime autoritário que reprimiu, metodicamente, toda e qualquer oposição - islamista, laica, ou liberal.

Para Sarah, de 31 anos, trata-se de um recuo brutal, se for considerada a esperança de mudança alimentada em 2011, quando se somou às manifestações "animada por ter eleições livres e por votar em eleições, nas quais o voto podia fazer a diferença".

Quando Sami se uniu aos protestos de 2011, esperava "liberdade". Depois dos anos turbulentos que se seguiram à revolta, porém, muitos "optaram pela tranquilidade" com a esperança de obter segurança e estabilidade econômica.

"Hoje, o resultado é nulo e, economicamente, todo o mundo está sob pressão", lamenta Sami.

Em novembro de 2016, em plena crise econômica, o governo decidiu deixar flutuar a moeda, fazendo-a perder mais da metade de seu valor em relação ao dólar. Os preços dispararam.

Al-Sissi aspira a um segundo mandato de quatro anos na eleição que acontece de 26 a 28 de março. Ele é desafiado nas urnas pelo chefe do partido liberal Al Ghad, Musa Mostafa Musa. Os outros prováveis candidatos foram detidos, ou se retiraram da disputa, denunciando pressão das autoridades.

"Puseram alguém como em um espetáculo, para poder dizer que há competição", disse Sarah, com ironia. "Não vou votar em uma eleição viciada", afirma.

- 'Pior do que antes' -

"Socialmente estamos frustrados", acrescenta Sami, que lamenta uma "histeria de segurança" por parte do governo.

Para Safeya, de 31 anos, "a situação é pior do que antes".

"Prendem, ameaçam, condenam à morte, porque têm medo de que a gente se rebele de novo", insiste.

As ONGs acusam as autoridades de violarem os direitos humanos, de desaparecimentos forçados, de cometerem detenções arbitrárias e de detenções ilegais.

Já o governo nega as acusações e insiste em que os abusos são poucos e que seus autores são julgados.

Com a eleição cada vez mais próxima, Sami não quer nem pensar nela, enquanto Sarah pensa no trabalho e no futuro.

"Procuro trabalho em outro lugar, até em outros países onde nunca tinha pensado antes", desabafa, concluindo: "perdi toda esperança aqui".

Uma mulher deu à luz no famoso Mar Vermelho, no Egito. Fotos feitas à distância do ocorrido viralizaram nas redes sociais. O flagrante foi feito na cidade de Dahab, numa área de apelo turístico. Segundo o jornal britânico Express, a mãe é uma turista russa. 

As imagens também mostram um senhor e um homem mais jovem, provavelmente seu companheiro, carregando o bebê do mar.  Nas fotos, é possível perceber também que a placenta é colocada em um balde. Não se sabe se o nascimento naquele local foi planejado, mas o balde já estava com o homem mais novo.

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Há informações não confirmadas pelo jornal britânico de que o idoso seria um médico. A imprensa também divulgou a informação de que o senhor mais velho seria um médico especializado em nascimentos na água.

Arqueólogos egípcios descobriram o túmulo de uma sacerdotisa do Antigo Império, decorado com murais e pintura bem conservados, no sul do Cairo. O túmulo foi construído para Hetpet, sacerdotisa da deusa da fertilidade Hathor, divulgou o ministro de Antiguidades, Khaled al Anani, em coletiva de imprensa neste sábado (3).

A descoberta foi realizada em um cemitério próximo às pirâmides de Gizé por uma equipe de arqueólogos egípcios dirigida por Mostafa Waziri, secretário-geral do conselho supremo de Antiguidades.

O cemitério abriga os túmulos de altos oficiais da V dinastia dos faraós (2494-2345 a.C.), alguns dos quais já foram escavados em missões arqueológicas anteriores, disse o ministro.

O estilo arquitetônico das tumbas, suas decorações, seus murais coloridos e sua entrada, que conduz a uma peça em forma de L, são todos próprios desta época.

"Hetpet está representada em murais de pintura muito bem conservados, como nos de pesca e caça", segundo o ministro.

Durante a coletiva, ele afirmou que as escavações iriam prosseguir nesta área, com a esperança de que novas descobertas sejam feitas.

Nos últimos anos, o Egito autorizou a realização de vários projetos arqueológicos com a esperança de encontrar novos tesouros em um momento em que o setor turístico - um dos pilares da economia - não consegue decolar devido à instabilidade política e à falta de segurança no país.

Como uma forma de atrair os turistas para o Egito, nas Pirâmides de Gizé, o homem mais alto do mundo e a mulher mais baixa, segundo o Guinness World Records, se encontraram pela primeira vez para uma sessão de fotos, a convite do Conselho Egípcio do Promoção do Turismo. Eles se encontraram na última sexta-feira (26).

Os detentores de ambas as marcas (a maior e a menor pessoa do mundo) são o gigante turco, Sultan Kosen, de 35 anos e 2,43 metros; e a pequenina indiana, Jyoti Amge, de 25 anos e 62,8 centímetros. 

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Eles, que são detentores da marca no livro dos recordes desde 2011, posaram juntos para ilustrar sites turísticos do Cairo, segundo apurado pelo site Extra. As Pirâmides de Quéfren e uma esfinge eram umas das paisagens que ficaram ao fundo desse que se tornará um catálogo, de forma a atrair visitantes.

O gigante conquistou o recorde quando foi medido em Ancara, na Turquia. Ele foi diagnosticado com gigantismo pituitário - uma produção excessiva do hormônio do crescimento. Já a mulher, que tem menos de 1 metro de altura, conquistou o título aos 18 anos de idade. Ela não conseguiu chegar numa estatura tida como normal por conta do nanismo, conhecido como acondroplasia - que altera o desenvolvimento do crescimento. Seu tamanho ajudou para que estrelasse a série americana "American Horror Story". 

Um balão de ar quente caiu na cidade de Luxor, no Egito, esta sexta-feira (5), após ser atingido por ventos fortes. Ao menos uma pessoa morreu e outras 12 ficaram feridas.

De acordo com a agência de notícias egípcia Mena, a vítima é sul-africana e "é uma mulher de 36 anos". O veículo informou ainda que as condições dos feridos são "médias", com exceção de duas pessoas com ferimentos "graves".

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O dirigível transportava 20 pessoas, a maioria turistas. Entre os feridos, estão quatro espanhóis, de acordo com o Ministério do Interior egípcio. Eles estão sendo atendidos no hospital público de Luxor.

O balão decolou pouco depois do amanhecer e voou por aproximadamente 45 minutos, a uma altitude de 450 metros, antes do piloto perder o controle do veículo em uma área montanhosa em que havia fortes ventos.

Passeios como este são muito comuns na cidade de Luxor. Na região existem muitas tumbas e templos antigos, da época dos faraós.

Esse não é o primeiro acidente com dirigíveis que acontece no local.

Em 2013, um balão pegou fogo e matou ao menos 19 turistas. Desde então, o Egito tornou as medidas dos passeios turísticos mais rígidas. Agora, todos os voos são monitorados por câmeras e não podem ultrapassar dois mil metros de altura. 

Da Ansa

Um tribunal do Egito condenou neste sábado (30) o ex-presidente do país Mohammed Morsi e mais 18 pessoas por insulta ao judiciário. A pena prevista é de três anos de prisão.

Entre os condenados está o proeminente ativista de direitos humanos Alaa Abdel-Fattah e o analista político Amr Hamzawy, que também terão de pagar uma multa de 30 mil libras egípcias (US$ 1.688,00).

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Abdel-Fattah já cumpre pena de cinco anos desde 2013, por protestos ilegais. Já Hamzawy vive no exílio.

Os condenados podem entrar com pedido de recurso na Justiça.

Morsi, o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, foi deposto por militares em 2013. Desde então, tem sido acusado por diversos crimes, como espionagem e conspiração internacional. Fonte: Associated Press.

Forças de segurança do Egito informaram que 15 pessoas foram presas em função de um ataque na sexta-feira contra uma igreja cristã não autorizada no sul da capital, Cairo. As autoridades disseram que 12 dos presos são muçulmanos e três são cristãos.

Centenas de manifestantes muçulmanos entraram na igreja após as orações de sexta-feira, de acordo com a diocese local, destruindo as instalações e gritando slogans contra os cristãos e pela demolição da igreja. Os cristãos representam 10% da população egípcia. Normalmente, a violência acontece nas comunidades rurais. Ele são também vítimas de militantes islâmicos.

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Fonte: Associated Press

A cantora egípcia Shaimaa Ahmed, mais conhecida como Shyma, foi condenada a dois anos de prisão no Egito por "incitar a depravação e a libertinagem", ao aparecer em um videoclipe comendo uma banana e vestindo roupas íntimas.

Em cenas do clipe da música "I Have Issues", a cantora lambe uma maçã e come uma banana em uma sala de aula. As imagens causaram indignação na população mais conservadora do país, que pediu uma punição para Shyma.

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A cantora foi detida em novembro e pediu desculpas em sua página no Facebook - que foi excluída - para quem não aprovou o vídeo, alegando que não imaginaria tamanha repercussão. "Nunca imaginei que eu ficaria sujeita a um ataque tão forte de tanta gente", escreveu.

Os fãs de Shyma consideraram a prisão como mais uma forma de opressão no país. Além da jovem cantora de 25 anos, o diretor do vídeoclipe também foi condenado a dois anos de prisão. Eles ainda podem recorrer da sentença.

Essa não foi a primeira vez que uma mulher foi presa no Egito por "inicitar a devassidão". Em 2016, três dançarinas foram condenadas a seis meses de prisão pelo mesmo motivo.

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Da Ansa

Arqueólogos egípcios descobriram uma múmia enterrada em um túmulo ainda não explorado em Luxor, às margens do rio Nilo - informou o Ministério das Antiguidades neste sábado (9).

A arqueóloga alemã Frederica Kampp encontrou essa tumba e outra adjacente na década de 1990, mas não chegou a entrar nas jazidas, explicou o Ministério.

As duas tumbas foram registradas com números por Kampp e datam, possivelmente, da época do Novo Reino, há cerca de 3.000 anos.

Desde a descoberta de Kampp, "ambas as tumbas haviam permanecido intactas" até a missão arqueológica iniciar seus trabalhos.

O ministro de Antiguidades, Khaled al-Enany, foi a Luxor anunciar a descoberta na necrópole de Draa Abul Nagaa, perto do conhecido Vale dos Reis, onde foram enterrados muitos faraós. Entre eles, está Tutankamon.

Al-Enany relatou que, além dos objetos funerários, os arqueólogos encontraram "uma múmia envolvida em linho". Análises preliminares apontam para "um funcionário de alto escalão, ou uma pessoa poderosa".

O túmulo pode pertencer a "uma pessoa conhecida como Djehuty Mes, cujo nome aparece em um dos muros", ou "ao escriba Maati, já que seu nome e o nome de sua esposa, Mehi, estão inscritos em 50 cones funerários encontrados na câmara retangular da tumba".

O governo brasileiro publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 7, decreto promulgando o acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e o Egito. O acordo foi firmado em 2010, mas só entrou em vigor em setembro deste ano.

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o acordo é o primeiro celebrado pelo bloco sul-americano com um país do continente africano e beneficia 63% das exportações brasileiras para o país.

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No ano passado, o fluxo de comércio entre Brasil e Egito alcançou US$ 1,8 bilhão, com as exportações brasileiras para o Egito somando US$ 1,7 bilhão e, as importações, US$ 94,3 milhões.

Um tribunal do Cairo condenou neste domingo (26) catorze homens supostamente homossexuais a três anos de prisão por prática de relações sexuais "anormais", informou à AFP um dos advogados de defesa.

A corte autorizou a libertação dos acusados mediante o pagamento de uma fiança no valor de 5.000 libras egípcias (cerca de R$ 890) para responder ao processo em apelação, informou o advogado, Ishaq Wadie. Outros três acusados não foram julgados por razões processuais. Seu processo foi adiado para uma data não determinada.

As forças de segurança realizaram em outubro diversas detenções na capital egípcia. O Ministério Público acusou as pessoas de praticar relações sexuais "anormais" - ou seja, homossexuais - e de incitar a libertinagem.

As autoridades egípcias lançaram uma campanha de repressão contra a comunidade LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros - após um show da banda libanesa Mashrou' Leila, no fim de setembro, no Cairo, onde parte do público exibiu a bandeira do arco-íris, símbolo desta comunidade.

As forças de segurança escoltaram os acusados "sob alta vigilância" até o local onde ouviram o julgamento, indicaram fontes judiciárias e de segurança. Uma fonte de segurança declarou que eles serão libertados algumas horas após o pagamento da fiança.

A lei egípcia não proíbe a homossexualidade em si, mas os tribunais utilizam as incriminações de "libidinagem" ou "prostituição" para condenar as relações entre pessoas do mesmo sexo, sobretudo homens.

No começo do mês, a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional condenou uma proposta de lei que criminaliza a homossexualidade como sendo "profundamente discriminatória", qualificando-o de "revés para os direitos do homem".

Os sufis do Egito, em luto após o pior ataque da história recente do país, expressaram sua vontade de superar essa tragédia ao anunciar que vão manter grande parte das festividades programadas para o aniversário do profeta Maomé.

De acordo com o último balanço, 305 pessoas - incluindo 27 crianças - morreram no ataque a uma mesquita no norte do Sinai frequentada por adeptos do sufismo, uma corrente mística do Islã. O ataque ainda não foi reivindicado, mas o grupo Estado Islâmico (EI) é o principal suspeito. A carnificina chocou todo o país, principalmente os sufis.

A presidência decretou três dias de luto nacional, mas o Conselho Supremo das Ordens Sufis do Egito, desafiando os responsáveis pelo ataque, anunciou a manutenção da maioria das cerimônias planejadas para a próxima sexta-feira por ocasião do aniversário do profeta. "As festividades acontecerão (...) em todo o país e em todas as províncias", escreveram as autoridades sufis em um comunicado no sábado à noite.

Devido ao luto dos parentes das vítimas e para "facilitar a segurança", apenas uma procissão planejada pelas ruas do Cairo foi cancelada. Esta marcha termina tradicionalmente na Mesquita de Al-Hussein, nomeada em homenagem ao neto do profeta, um dos lugares mais sagrados do Egito.

'Grande dor'

De acordo com o texto, a cerimônia prevista no interior do edifício será realizada, uma informação confirmada à AFP pelo chefe do Conselho Abdel Hady el-Qasaby. "O sufismo não é estranho ao Islã. Pelo contrário, é o islamismo em toda a sua prática", afirmou o conselheiro em uma segunda declaração, demonstrando sua determinação em superar a provação.

Na sexta-feira, cerca de 30 homens armados carregando a bandeira preta do EI lançaram um ataque contra a mesquita Al-Rawda, na aldeia de Bir al-Abd, 40 km a oeste de Al-Arich, capital do Sinai do Norte (leste).

Pelo menos 305 pessoas foram mortas e 128 feridas neste ataque, um dos mais mortíferos desde os ataques de 11 de setembro de 2001 no Estados Unidos. Todas as vítimas foram enterradas no sábado. Em um país em estado de emergência desde os ataques à comunidade copta em abril passado, o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sissi prometeu responder com "força brutal".

Em Roma, o papa Francisco voltou a expressar a sua "grande dor", durante a oração dominical do Angelus, garantindo que reza "pelas muitas vítimas". Na noite que se seguiu ao ataque, a força aérea egípcia realizou ataques aéreos na região onde aconteceu o ataque e onde se encontra a facção egípcia do EI.

Os aviões visaram "veículos usados ​​no ataque terrorista, matando seus ocupantes", de acordo com um porta-voz. Mesmo que o EI seja apontado como o principal suspeito do ataque, o grupo ultrarradical ainda não o reivindicou. No ano passado, no Egito, o EI sequestrou e decapitou um antigo chefe sufi, acusando-o de praticar feitiçaria.

A organização, no entanto, não reivindica sistematicamente os ataques que comete neste país, o mais populoso do mundo árabe (93 milhões de habitantes). Alguns atentados também podem ser assumidos posteriormente pelo grupo.

Em julho, o EI matou três soldados em Ayat, ao sul do Cairo. A reivindicação aconteceu apenas duas semanas depois através de um boletim semanal emitido pelo grupo radical.

Os membros do EI, que aderem a uma versão extremista do salafismo - uma corrente rigorosa do Islã - consideram que os sufis são hereges. Eles os acusam do maior pecado do Islã, o politeísmo, por causa do recurso à intercessão dos santos mortos.

O papa Francisco rezou e pediu um minuto de silêncio na Praça São Pedro pelas vítimas do ataque a uma mesquita no Egito na última sexta-feira. Após a recitação da tradicional oração do Angelus deste domingo, Francisco destacou que as vítimas estavam orando no momento do ataque. "Também nós, em silêncio, oremos por eles.".

O papa disse que a notícia sobre o massacre "provocou grande dor" e que rezava pelos mortos e feridos "e por toda essa comunidade, que foi tão duramente atingida". "Que Deus nos livre destas tragédias e sustente os esforços de todos os que trabalham pela paz", acrescentou.

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Anteriormente, em um telegrama, o papa Francisco já havia expressado sua "forte condenação" ao ataque, que matou 305 pessoas, o mais mortal realizado por extremistas islâmicos na história do Egito moderno. O pontífice também pediu orações por sua visita de seis dias a Mianmar e Bangladesh, para onde viaja ainda neste domingo.

Fonte: Associated Press

Pelo menos 235 pessoas foram mortas e 109 ficaram feridas no ataque realizado por homens armados e também com explosivos em uma mesquita sufista na Península do Sinai, no Egito, de acordo com autoridades citadas pela imprensa estatal. Trata-se de um dos mais mortíferos ataques já ocorridos no país.

Nenhum grupo até agora reivindicou a autoria do ataque. O braço egípcio do Estado Islâmico regularmente realiza ações no Sinai e está ativo em al-Arish. Uma série de ataques terroristas tem atingido a província pouco povoada desde 2013, em sua maioria contra policiais e soldados. Além disso, a violência contra os cristãos coptas aumentou.

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Os autores do ataque detonaram uma bomba na mesquita Al Rawda, na cidade de Be'r Al Sabea, a oeste da cidade de al-Arish, informou a imprensa estatal, antes de disparar nas pessoas que tentavam fugir. Várias ambulâncias foram atacadas enquanto tentavam resgatar feridos, informou a televisão estatal.

O episódio deve elevar a pressão política sobre o presidente egípcio, Abdel Fattah Al Sisi, que chegou ao poder com promessa de dureza contra o extremismo, mas não consegue interromper os ataques pelo país, particularmente no Sinai. A maior parte da violência é realizada pelo Estado Islâmico.

Sisi decretou três dias de luto e se reunirá com um painel de importantes autoridades do setor de segurança e inteligência para avaliar o ataque, informou a imprensa estatal. O presidente havia advertido neste mês que os militantes do Estado Islâmico poderiam deixar a Síria e o Iraque para a Líbia, seguindo depois para o Egito e especificamente a região do Sinai. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um atentado terrorista matou "mais de 50 pessoas" em uma mesquita no norte do Sinai, no Egito, nesta sexta-feira (24), informam autoridades locais.

De acordo com as primeiras informações, uma bomba no interior da instituição foi ativada durante um momento de oração e homens fortemente armados se posicionaram nas portas da mesquita e abriram fogo contra os muçulmanos.

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O ataque ocorreu em uma pequena localidade chamada Bir El Abd, e segundo uma testemunha, "os fiéis foram deixados sob a mira dos terroristas". A ação ocorre no dia das maiores orações dos islâmicos, que ocorrem às sextas-feiras.

Apesar de não ter sido reivindicado, o atentado pode ter sido cometido por um grupo aliado do Estado Islâmico (EI), que é bastante ativo na região do Sinai.

Da Ansa

Se no Brasil muitas mulheres sonham com um "homem perfeito" que lave, passe e cozinhe, no Egito uma mulher pediu o divórcio porque seu esposo não deixava ela fazer nada em casa. A mulher identificada pelo Jornal Masrawy como Samar M., tem 28 anos e o seu então marido se chama Mohammed S., 31 anos. Eles estavam juntos há 2 anos. O casal mora em Nova Cairo, Egito. 

Samar alegou que o marido não lhe dava "liberdade de agir", dizia que "era como estivesse dentro de um hotel dentro de sua própria casa", informou o Jornal Masrawy. Além de passar, lavar, cozinhar e fazer todas as atividades doméstica, Mohammed muda os móveis de lugar constantemente sem que sua esposa possa opinar. Samar procurou a ajuda dos pais de seu esposo, que afirmaram desconhecer essa habilidade doméstica do filho, já que ele não fazia nada em casa em sua época de solteiro.

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Como mulher Islâmica, Samar reivindica agora pela aprovação de seu 'khula', que permite o divórcio. Ela está disposta a devolver o dote ofertado pela família do noivo pelo matrimônio.

A Justiça egípcia condenou nesta semana a três anos de prisão uma apresentadora de televisão que teria apresentado um programa sobre o direito de as mulheres serem mães 'solo', termo atualmente usado para designar as mulheres que criam os seus filhos sem um parceiro.

O termo substitui a denominação usual 'mãe solteira' para evitar associar a responsável pela criação do filho(a) sem a presença de um parceiro ao seu estado civil.

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Doaa Salah, que apresenta um programa semanal em um canal privado, foi acusada de "ultraje à decência pública" e deverá pagar uma fiança de 10.000 libras egípcias, ou cerca de 1.800 reais, para poder ser liberada à espera de um possível recurso, de acordo com fontes judiciais.

No programa transmitido em julho, Salah abordou a possibilidade de que uma mulher pudesse ser mãe solo, sugerindo que essa poderia "se casar unicamente para o nascimento de seu filho para se divorciar depois".

Ela então pediu a opinião da audiência e chegou à conclusão de que a maioria "rejeitava a ideia" da gravidez feminina fora do matrimônio. "Nem tudo que acontece fora do país pode ocorrer em nossa sociedade", concluiu.

A sexualidade antes do casamento permanece um tema tabu na conservadora sociedade egípcia.

Há 4.500 anos, a pirâmide de Quéops no Egito, uma das sete maravilhas do mundo antigo, escondia em seu interior uma enorme cavidade, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Nature.

A cavidade é "tão grande como um avião de 200 passageiros no coração da pirâmide", declarou à AFP Mehdi Tayubi, codiretor do projeto ScanPyramids, responsável pela descoberta.

Uma equipe de cientistas egípcios, franceses, canadenses e japoneses trabalha desde o final de 2015 na pirâmide, utilizando tecnologia de ponta não invasiva, que permite observar através dela para descobrir possíveis espaços ou estruturas internas desconhecidas. O objetivo é aprender um pouco mais sobre a construção das pirâmides, que sempre foi cercada de mistérios.

O monumento, de 139 metros de altura e 230 de largura, fica no complexo de Gizé, próximo do Cairo, perto da Grande Esfinge e das pirâmides de Quéfren e Miquerinos.

"Há muitas teorias sobre a existência de possíveis câmaras secretas nas pirâmide. Se juntássemos todas, obteríamos um queijo gruyere", brinca Mehdi Tayubi. "Mas nenhuma delas previa a existência de algo tão grande", completou.

De acordo com o estudo publicado na Nature, o "big void" (grande vazio), como os cientistas denominam a descoberta, mede pelo menos 30 metros de comprimento e tem características similares às da grande galeria, a maior sala conhecida da pirâmide. A cavidade se encontra a 40 ou 50 metros da câmara da rainha, no centro do monumento.

"O 'grande vazio' está totalmente fechado, nada foi tocado desde a construção da pirâmide. É uma descoberta muito emocionante", disse Kunihiro Morishima, da Universidade de Nagoya no Japão, integrante da missão ScanPyramids.

Pelo menos 54 policiais egípcios foram mortos na noite desta sexta-feira (20) em uma emboscada de rebeldes islamitas no deserto, a cerca de 200 km a sudoeste do Cairo.

O ataque é considerado um dos piores desde 2013, quando aconteceram uma série de atentados extremistas contra as forças de segurança do Egito.

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A ofensiva ocorreu quando o presidente Abdel Fattah al-Sissi se preparava para participar das comemorações do 75º aniversário da batalha de El Alamein, que marcou a vitória decisiva contra as forças fascistas na Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o ministério do Interior, o grupo de agentes, que estava à procura de islamitas na região, foi atacado na estrada que conduz ao oásis de Bahariya, que já foi um famoso destino turístico.

Vários "terroristas" responsáveis pelo ataque foram mortos nos confrontos, informou o governo. No entanto, o número oficial de óbitos não foi divulgado.

Desde que as Forças Armadas destituíram, em 2013, o presidente Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, os grupos extremistas têm multiplicado atentados contra militares e policiais.

As autoridades no Cairo lutam especialmente contra o braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), autor de atentados no norte da Península do Sinai (leste do Egito).

Centenas de soldados e policiais já morreram nestes ataques.

O Egito está, enfim, de volta a uma Copa do Mundo. E a classificação veio neste domingo, após vitória emocionante sobre o Congo por 2 a 1, em casa, pelas Eliminatórias Africanas do Mundial de 2018, na Rússia. Os gols que garantiram a vaga vieram de um dos principais jogadores da seleção: o atacante Mohamed Salah, do Liverpool. E o último deles saiu apenas aos 50 minutos do segundo tempo.

Faltando uma rodada para o término da disputa, o Egito assegurou a liderança do Grupo E ao chegar aos 12 pontos, quatro na frente de Uganda. A chave contém também a forte seleção de Gana, que tem apenas seis e está fora do Mundial. Apenas o primeiro se garante na Copa da Rússia.

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O sofrido triunfo deste domingo, que veio após os gols de Salah, colocou fim a uma longa ausência do Egito em uma Copa do Mundo. Esta, aliás, será apenas a terceira participação da seleção em um Mundial. Embora seja o maior campeão da Copa Africana de Nações, com sete títulos, o Egito não disputa uma Copa desde 1990, na Itália. Curiosamente, a sua primeira participação havia sido no mesmo país, em 1934.

E o Egito jamais venceu uma partida na Copa do Mundo. Em 1934, em seu único jogo na competição, foi derrotado pela Hungria por 4 a 2. E, em 1990, empatou com Holanda e Irlanda, além de ter sido vencido pela Inglaterra.

Abalado por uma crise política que perdura nas últimas décadas, o Egito viu a turbulência assolar os gramados em 2012, quando torcedores do Al Masry massacraram 74 pessoas durante uma partida de futebol. O triste evento ficou conhecido como "Tragédia de Port Said" e resultou na condenação à morte de 10 torcedores.

Mas, neste domingo, o passado trágico finalmente ficou para trás. Mohamed Salah abriu o placar aos 18 minutos do segundo tempo, mas viu Arnold Bouka Moutou empatar já aos 43. Por fim, no último lance do jogo, o atacante do Liverpool converteu cobrança de pênalti e assegurou uma grande festa à torcida egípcia.

A seleção se tornou, assim, a 15.ª classificada na Copa do Mundo da Rússia. Além do Egito, estão classificados o Brasil, na América do Sul; a Nigéria, na África; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha, Inglaterra e Polônia, na Europa; e México e Costa Rica, na Concacaf. País-sede, a Rússia também está garantida.

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