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O grupo libanês de rock alternativo Mashrou' Leila denunciou a "tirania" das autoridades egípcias e uma "caça às bruxas" após a detenção de pessoas que levavam a bandeira arco-íris da comunidade LGBT no show ocorrido no Cairo há alguns dias.

Pelo menos 22 pessoas foram detidas por portarem esta bandeira durante o show em 22 de setembro na capital egípcia.

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O caso provocou enorme polêmica nos jornais e nas redes sociais do Egito, onde os homossexuais são presos com frequência por "incitação ao vício", ou por "desprezo da religião", embora a homossexualidade não seja proibida oficialmente.

"Me parte o coração, ao ver que o trabalho do grupo foi usado como um pretexto para uma nova onda de repressão por parte do governo egípcio", declarou o líder de Mashrou' Leila (Projeto Noturno), o cantor libanês Hamed Sinno, que assume publicamente sua homossexualidade.

O grupo fez um apelo por "um movimento de solidariedade internacional para pressionar o governo egípcio a fim de cessar imediatamente essa caça às bruxas e libertar os presos".

"O governo está prendendo garotos e violando seu corpo", afirmou o grupo, referindo-se a informações de pessoas detidas que foram sujeitas a "exames anais" para "provar sua homossexualidade".

Acusadas de "indecência pública" e de "incitar os jovens à imoralidade", essas pessoas compareceram à Justiça no domingo para uma audiência a portas fechadas.

De acordo com a Anistia Internacional, seis homens presos no Egito por 'promover desvios sexuais e devassidão' nas redes sociais terão que passar por um exame anal para ser detectado se eles realizaram algum ato sexual com outros do mesmo gênero. O exame será realizado antes do julgamento, que ocorre neste domingo (1).

Segundo a agência de notícias Reuters, a prisão deles faz parte de uma repressão aos gays iniciada no país na semana passada, após um grupo de pessoas aparecer com uma bandeira de arco-íris no show da banda Mashrou’ Leila, cujo vocalista é gay, demonstrando apoio a causa LGBT.

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No Egito, a homossexualidade não é proibida de forma explicita ou oficial, no entanto, homens gays são frequentemente presos sob acusações de imoralidade, blasfêmia e devassidão. Uma fonte da justiça informou que qualquer réu que esteja respondendo por 'desvios sexuais' será submetido aos exames anais. No episódio citado anteriormente, 11 pessoas foram detidas e um homem foi sentenciado a seis anos de prisão.

A Anistia Internacional se posicionou contra a decisão, pois considera uma violação a proibição de tortura e maus tratos. A fonte jurídica, no entanto, defendeu que os exames não configuram tortura ou insulto, e que serão realizados por médicos “que juraram respeitar sua profissão e ética”. 

Uma equipe de arqueólogos encontrou no Egito a tumba de um ourives cujo trabalho era dedicado ao deus Amon, e as múmias de uma mulher e seus dois filhos, anunciou o Ministério de Antiguidades.

As descobertas, que datam da época do Novo Império (do século XVI ao XI a.C), aconteceram na necrópole de Draa Abul Naga, perto de Luxor (sul), muito famosa por suas tumbas e templos antigos.

A tumba do "ourives de Amon, Amenamhat" tinha uma estátua que o representava sentado em uma cadeira ao lado de sua mulher, com vestido e peruca, informou o ministério em um comunicado.

O retrato de seu filho estava pintado entre ambos.

Uma passagem funerária, dentro da tumba, levava a uma sala na qual os arqueólogos encontraram várias múmias, estátuas funerárias e máscaras.

Outro corredor levava a uma sala na qual a equipe encontrou as múmias de uma mulher e de seus dois filhos.

Segundo o ministério, que citou Sherine Ahmed Shawqi, uma egiptóloga especializada em ossos, a mulher parece que faleceu aos 50 anos. Os exames indicaram que ela sofria "uma doença bacteriana nos ossos".

Os arqueólogos também descobriram 150 estátuas funerárias pequenas talhadas em madeira, terra e rocha.

Arqueólogos egípcios descobriram três túmulos com vários sarcófagos em um cemitério de quase 2.000 anos de antiguidade no sul do Egito, informou nesta terça-feira o Ministério de Antiguidades.

Os túmulos foram encontrados na zona de Al Kamin Al Sahrawi, na província de Minya, ao sul do Cairo, e se encontravam em um cemitério construído entre a 27ª dinastia (fundada no ano 525 a.C) e o período greco-romano (entre 332 a.C e o século IV), detalhou o ministério em um comunicado.

A equipe de arqueólogos descobriu "uma coleção de sarcófagos de diferentes formas e tamanhos, assim como pedaços de argila", disse o texto, citando o responsável do Ministério de Antiguidades para o antigo Egito, Ayman Achmawy.

Um dos túmulos continha quatro sarcófagos com rostos humanos esculpidos. Ossos que seriam restos de "homens, mulheres e crianças de diferentes idades" também foram descobertos em um dos túmulos, apontou o chefe da missão, Ali Al Bakry, citado no comunicado.

Isso mostra que "esses túmulos eram parte de um grande cemitério de uma grande cidade e não de guarnições militares, como sugerem alguns", disse. Este trabalho chega após uma escavação anterior no local, que começou em 2015. "Outros trabalhos estão em andamento para revelar mais segredos", indica o comunicado.

O Egito revelou em outubro de 2015 um ambicioso projeto chamado "Scan Pyramids", destinado a descobrir as câmaras secretas nas pirâmides de Giza e Dahshur e esclarecer o mistério em torno à sua construção.

Pelo menos 41 pessoas morreram, e 132 ficaram feridas, na colisão de dois trens ocorrida sexta-feira, na periferia da cidade de Alexandria, no norte do Egito - informou o ministro da Saúde, Ahmed Emad el Din Rady, em nota divulgada neste sábado (12). Hoje, ainda havia 53 pessoas hospitalizadas.

Durante toda noite, os socorristas buscaram vítimas entre os restos dos vagões, após um dos mais graves acidentes ferroviários da história do país.

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A colisão teria sido causada pela parada de um dos trens na via férrea, após sofrer uma pane, informou a televisão pública, citando uma fonte do Ministério dos Transportes. O segundo trem teria batido na sequência, ainda segundo a mesma fonte.

Devido à violência do choque, vários vagões descarrilaram em um campo, e outros engavetaram uns nos outros. Quatro deles foram retirados com a ajuda de gruas, liberando a via neste sábado.

Um dos trens cobria o trajeto Cairo-Alexandria. O outro ligava a cidade de Porto Said, no leste, a Alexandria.

"Pouco depois da oração do meio-dia, ouvimos um barulho enorme. Parecia uma explosão. Corremos e vimos o acidente", contou à AFP Ayman Mehdi, que vive a algumas dezenas de metros do local do acidente.

- Detenção dos maquinistas -

Citado por uma emissora local, o ministro dos Transportes, Hicham Arafat, afirmou que os maquinistas dos dois trens acidentados foram detidos para serem interrogados. Além disso, dois diretores do órgão responsável pelo setor ferroviário serão mantidos suspensos até o final da investigação.

Mais tarde, no lugar do acidente, Arafat disse que desconhecer o motivo, pelo qual o trem parou na via. O ministro sugeriu que o problema pode ter acontecido por causa de "sinais velhos".

"É um grande problema, e tentamos modernizá-los", acrescentou, referindo-se à sinalização nas vias férreas.

Na sexta-feira, o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, pediu uma investigação para que os responsáveis pelo acidente "prestem contas".

O Egito registra, com frequência, graves acidentes de estrada, ou ferroviários, devido a um trânsito caótico, à circulação de veículos velhos e malconservados, o mesmo valendo para estradas e vias férreas, em péssimas condições de preservação e com sinalização precária.

Há tempos, os egípcios criticam o governo por não conseguir reduzir os acidentes na área de transportes e os problemas de infraestrutura. Este foi um dos mais letais acidentes ferroviários recentes no país.

Em novembro de 2013, o choque de um trem com um ônibus deixou 27 mortos no sul do Cairo. A maioria das vítimas voltava de um casamento.

Quase um ano antes, em novembro de 2012, um ônibus escolar bateu em um trem, em uma passagem de nível na província de Assiout, no centro do país. O episódio deixou 47 mortos.

Em agosto de 2006, pelo menos 58 egípcios morreram, e 144 ficaram feridos na colisão de dois trens que trafegavam na mesma via.

Já em 2002, o incêndio de um trem deixou 373 mortos, em um ponto 40 quilômetros ao sul do Cairo. Foi o pior acidente desse tipo na história do país e um dos mais graves no mundo nos últimos 20 anos.

Dois trens colidiram nesta sexta-feira (11) na cidade egípcia de Alexandria, a 218 quilômetros na capital egípcia Cairo, deixando 36 mortos e 123 feridos. As locomotivas estavam seguindo viagem pelo mesmo trilho, o que ocasionou uma colisão frontal entre os trens.

O acidente aconteceu às 14h15 (9h15 no horário de Brasília) e provocou o descarrilamento do motor de um dos trens e de dois vagões de outro. Um dos trens vinha do Cairo, ao sul de Alexandria, e o outro vinha da cidade de Port Said, a 260 quilômetros do local do acidente.

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Mais de 70 ambulâncias participaram do resgate dos feridos, que foram encaminhadas para hospitais da cidade.

O ministro dos transportes do Egito, Nabil Sadiq, ordenou a abertura imediata de uma investigação das causas da colisão. O mais provável é que um dos trens tenha parado devido a uma pane, e o segundo teria batido na sequência.  

Este é o acidente o mais grave ocorrido no país desde 2006, quando pelo menos 58 pessoas morreram em outra colisão de dois trens na mesma via.

O Egito tem um histórico extenso de acidentes ferroviários. Isso acontece por conta de problemas de gerenciamento, sinalização precária e falhas infraestrutura. 

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha confirmou neste sábado (15) a morte de duas alemãs no Egito que foram apunhaladas nessa sexta-feira (14) no balneário de Hurgada, na costa do Mar Vermelho, em um ataque aparentemente ocorrido contra turistas estrangeiros. Outras duas alemãs ficaram feridas, completou o ministério. Informação da agência EFE

O atacante acessou a praia privada do hotel onde ocorreram os fatos, nadando a partir de uma praia pública próxima, segundo fontes oficiais egípcias.

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"Condenamos da maneira mais drástica este ataque covarde e vil, aparentemente dirigido contra turistas que queriam aproveitar alguns dias tranquilos à beira-mar", disse um porta-voz do ministério alemão.

"Expressamos as nossas condolências aos familiares das vítimas e esperamos que as duas pessoas feridas se recuperem prontamente", acrescentou.

As duas mulheres mortas, segundo um amigo citado pelo jornal "Frankfurter Allgemeine" na sua edição digital, moravam no balneário.

Inicialmente houve uma confusão sobre a nacionalidade das vítimas. Enquanto algumas fontes as consideravam ucranianas, outras lhes atribuíam a nacionalidade correta.

Ao menos seis turistas foram esfaqueadas nesta sexta-feira (14) em um resort de Hurghada, no Egito, às margens do Mar Vermelho.

Segundo a imprensa local, as vítimas são mulheres e duas delas originárias da Ucrânia. Em comunicado, o Ministério do Interior do Egito afirmou que o agressor foi preso pelos autoridades e está sendo interrogado.

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A cidade de Hurghada se estende por 40 quilômetros da costa egípcia e é repleta de turistas por abrigar diversos resorts, restaurantes e bares. 

Os líderes do Egito e da Palestina se reuniram nesse domingo (9) no Cairo em meio a sinais de reaproximação entre o governo do Egito e o grupo islâmico Hamas, que podem chacoalhar o cenário político de Gaza e excluir o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Autoridades próximas a Habbas dizem que ele se reuniu com o presidente egípcio Abdel-Fattah el-Sissi procurando explicações sobre o que parece ser um acordo de compartilhamento de poder entre o Hamas em Gaza e um rival exilado de Abbas, Mohammed Dahlan.

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Sob o acordo, o Hamas teria o controle da segurança em Gaza, enquanto Dahlan retornaria eventualmente a Gaza para lidar com suas Relações Exteriores.

As autoridades falaram sob condição de anonimato. As lideranças do Egito e da Palestina não comentaram detalhes da reunião, mas disseram que foi tratado o processo de paz na região. Fonte: Associated Press.

Os homens mascarados que atacaram na sexta-feira (26) no Egito um ônibus que transportava cristãos a um monastério ordenaram que os coptas descessem do veículo e renunciassem a sua fé, relatam os sobreviventes do ataque.

"Eles mandaram que renunciassem a sua fé cristã, um por um, mas todos se negaram", conta, emocionado, o padre Rashed. Em seguida, os homens armados os executaram a sangue frio, com tiros na cabeça.

No total, 29 pessoas, incluindo muitas crianças, foram mortas neste ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI). Mais de 24 horas depois, a emoção era palpável neste sábado na catedral de Mar Morcos (São Marcos) da pequena cidade de Bani Mazar, na província central de Minya. Durante a missa, alguns fiéis não conseguiam segurar as lágrimas. Não tendo forças para se manter em pé, um jovem era apoiado por parentes.

Todas vestidas de preto, cabelos cobertos por um fino véu amarrado atrás do pescoço, muitas mulheres foram para uma cerimônia de condolências organizada pela igreja. Suas lágrimas e seus gritos rasgavam o silêncio no recinto.

Após encontrar feridos no dia anterior, o padre Rashed relata como uma viagem a um monastério localizado a mais de 200 km ao sul de Cairo transformou-se em tragédia.

No comboio de vários veículos, incluindo um ônibus, havia trabalhadores contratados para uma obra, mas também os fiéis que desejavam passar o dia no local, como fazem muitos coptas, que representam cerca de 10% dos cerca de 92 milhões de egípcios.

"Antes de serem mortos, a maioria dos homens saiu de seus carros, outros permaneceram dentro", indica o padre Rashed. "Eles parecem ter sido obrigados a se ajoelhar. A maioria recebeu um tiro atrás do crânio, na boca ou na garganta".

"Eles fizeram os homens descer do ônibus, pegaram suas identidades, dinheiro, alianças e anéis", relata Maher Tawfik, que veio do Cairo apoiar sua família. Sua sobrinha sobreviveu ao ataque, mas não seu marido nem sua filha de um ano e meio.

Em seguida, "ordenaram que pronunciassem a profissão da fé muçulmana", acrescentou Tawfik. Antes de executarem aqueles que se recusaram.

Ele disse que os agressores "levaram joias e dinheiro das mulheres", enquanto "as crianças se esconderam sob os bancos".

'Sem surpresa'

Há vários meses, o Egito registrou uma série de ataques cometidos pelos extremistas do EI contra a comunidade cristã. No início de abril, dois ataques suicidas contra igrejas coptas fizeram 45 mortos no norte do Cairo.

E enquanto o grupo extremista se empenha em multiplicar os ataques contra os coptas, os cristãos de Minya se preocupam: nesta província conservadora, onde esta minoria está particularmente bem estabelecida, as tensões são elevadas entre muçulmanos e coptas.

Em 2013, após a derrubada pelo exército do presidente islamita Mohamed Mursi, várias igrejas na província foram incendiadas por manifestantes que acusavam os cristãos de apoiar os militares.

"Isto não é novo para nós, ser alvo de terrorismo. Nós pagamos o preço pelo apoio ao Exército e ao Estado", exclama Mina al-Masri, em visita a sua cidade natal para os funerais dos parentes de um amigo, mortos no ataque de sexta.

"Espero um banho de sangue para os cristãos", acrescentou. "Isto não é surpresa, apenas dor", lamenta Mina Said, um jovem pai de 35 anos que veio assistir à missa com sua esposa e dois filhos.

Hanan Fouad perdeu seus vizinhos, uma família de seis pessoas de três gerações. Vestida com uma longa jellaba preta, deu vazão à sua ira no pátio da catedral.

"Isso vai acontecer novamente. Não passa um mês sem que eles matem cristãos", declarou, com as mãos segurando seu celular e um pacote de lenço. "Por que os cristãos? Porque eles dizem que somos uma minoria, infiéis".

O Estado Islâmico afirmou neste sábado (27) que uma equipe de seus homens armados realizou o ataque a um ônibus cheio de peregrinos cristãos coptas na sexta-feira (26), que autoridades egípcias disseram matar 29 pessoas.

O Amaq, braço de mídia do EI, afirmou que uma equipe de "segurança" de pistoleiros do grupo terrorista atacou o ônibus especificamente por causa de seus ocupantes coptas, de acordo com o SITE Intel Group, que monitora a atividade extremista online.

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O ataque levou o presidente egípcio Abdel Fattah Al Sisi a lançar ataques aéreos sobre áreas que os militares egípcios disseram ser campos de treinamento de militantes na cidade de Derna, no leste da Líbia. Sisi disse que os homens armados treinaram e planejaram o ataque nos campos líbios, mas não forneceram nenhuma evidência da reivindicação. O Estado Islâmico não registra presença em Derna desde o final de 2015. Fonte: Dow Jones Newswires.

Homens armados em três veículos utilitários fizeram uma emboscada e abriram fogo contra um ônibus que levava peregrinos cristãos coptas para um monastério no centro do Egito, nesta sexta-feira (26). O número de mortos no ataque subiu para pelo menos 28, com outras 24 pessoas feridas, informou o Ministério do Interior.

Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas a suspeita recai sobre o Estado islâmico, cujo grupo afiliado egípcio disse que estava por trás de um ataque suicida no mês passado contra uma igreja copta em Alexandria e por outro em Tanta, no qual pelo menos 45 fiéis morreram.

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O presidente egípcio, Abdel Fattah Al Sisi, convocou uma reunião de emergência de funcionários de segurança nacional para discutir o ataque, ocorrido durante uma breve parada do ônibus. O veículo seguia para o monastério de São Samuel, em Minya, a 300 quilômetros da capital, Cairo. Minya tem a maior população de cristãos coptas do país e é um alvo frequente de ataques feitos por muçulmanos radicais há mais de uma década.

No fim da sexta-feira, o Egito lançou seis ataques aéreos no leste da Líbia, em resposta à ação de homens não identificados que mataram 28 cristãos coptas em uma emboscada no sul do Cairo mais cedo, informaram os militares egípcios em comunicado. Os militares afirmaram que os ataques foram realizados após se determinar que a ação contra os coptas partiu de militantes treinados na Líbia.

Os ataques foram os primeiros lançados pelo Egito na Líbia desde 2015 e foram realizados após o presidente falar em discurso televisionado à nação, quando prometeu uma resposta agressiva ao ataque. Sisi não mencionou a Líbia, mas a agência estatal Mena disse que foram atacados locais usados por militantes perto da cidade líbia de Derna. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um atirador atacou um ônibus que levava cristãos coptas a um monastério no Egito, matando 23 pessoas e deixando ao menos 25 feridos, informou a TV estatal egípcia nesta sexta-feira (26).

Segundo autoridades, o ônibus estava na estrada, em direção ao monastério de São Samuel na região de Minya, cerca de 220 quilômetros ao sul da capital do Egito, Cairo.

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Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Fonte: Associated Press.

Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu 17 múmias nas catacumbas de Tuna el-Gebel, no centro do país, indicou neste sábado o ministério das Antiguidades em um comunicado.

"Descobrimos catacumbas onde havia algumas múmias", disse em uma coletiva de imprensa Salah al Juli, chefe da equipe de arqueólogos que fez a descoberta nesta região desértica, localizada na governadoria de Minya, 200 quilômetros ao sul do Cairo.

"O local abrigava 17 múmias e algumas estavam em sarcófagos", disse o ministério em um comunicado. Dois dos sarcófagos foram escavados no barro e o restante na pedra.

"Trata-se da primeira necrópole (...) encontrada no centro do Egito com tantas múmias", disse Juli.

"É uma descoberta importante, sem precedentes", explicou à AFP, por sua vez, Mohamed Hamza, chefe das escavações, dirigidas pela Universidade do Cairo.

As descobertas remontam à época greco-romana, entre o século III a.C. e o III d.C.

O Papa Francisco convidou a pequena comunidade católica no Egito a ser boa e misericordiosa com seus companheiros, dizendo que o "único fanatismo que os crentes podem ter é o da caridade". O comentário do pontífice foi feito durante uma missa, neste sábado, no Air Defense Stadium, no Cairo, que recebeu mais de 15 mil fiéis no último dia de sua viagem ao país.

Na sexta-feira, ele consolou a comunidade cristã egípcia, que tem sofrido uma série de ataques de militantes do Estado Islâmico. Ele exigiu também que líderes muçulmanos renunciassem ao fanatismo religioso.

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A visita do Papa foi acompanhada por um forte esquema de segurança. Entretanto, o pontífice chegou em um carro com os vidros abertos, um contraste aos helicópteros e muitos homens que faziam sua segurança.

O papa Francisco celebrou, neste sábado (28), uma missa no Cairo diante de milhares de fiéis, no segundo dia de uma visita dedicada a apoiar a minoria cristã e promover o diálogo com os muçulmanos. O Papa, de pé na parte traseira de um veículo, chegou ao estádio cumprimentando os fiéis pouco antes das 10h (às 5h no horário de Brasília).

Em meio a um enorme dispositivo de segurança em toda a capital, Francisco entrou cercado por guarda-costas. Sorridente, saiu do veículo para cumprimentar um pequeno grupo de crianças. Nas arquibancadas, a multidão agitava bandeiras com as cores amarela e branca do Vaticano.

O pontífice argentino de 80 anos subiu posteriormente em um grande palco e iniciou sua homilia, pronunciada em italiano e traduzida ao árabe por um intérprete.

Os fiéis haviam chegado mais cedo em ônibus que precisaram atravessar vários postos de controle das forças de segurança para alcançar o estádio, com capacidade para 30.000 pessoas e sobrevoado por um helicóptero.

Freiras, famílias, homens de terno, jovens de jeans, padres ortodoxos e católicos ou idosos avançavam lentamente pelas diferentes entradas do estádio. 

"Estamos tão felizes que não nos importamos de esperar. (...) Estamos orgulhosos com o fato de (o papa) estar no Egito", disse à AFP Kanzi Bebawi, de 33 anos, com um longo vestido branco, presente na fila ao lado de seu marido.

"É muito importante que esteja aqui. Não temos medo de ir à igreja no Egito", disse Nabil Shukri.

A concentração religiosa reúne todos os ritos católicos do país, especialmente as igrejas copta, armênia, maronita e melquita. Líderes religiosos muçulmanos também participavam da missa.

Depois da missa e de um encontro com os bispos egípcios, Francisco se reunirá com os futuros sacerdotes de um seminário copta-católico no Cairo. O pontífice argentino planeja deixar o Egito durante a tarde, após sua curta visita de 27 horas, marcada pelos visíveis reforços da segurança.

O país de maioria muçulmana conta com uma comunidade católica de 272.000 fiéis, ou seja, 0,3% da população egípcia. Os católicos estão presentes no Egito desde o século V.

Nos séculos XVIII e XIX, várias ordens católicas, entre elas os franciscanos, os dominicanos e os jesuítas, se instalaram no país, onde desenvolveram uma rede de escolas, hospitais e instituições de caridade.

A viagem do Papa, que ocorre três semanas após o grupo extremista Estado Islâmico (EI) lançar dois ataques contra igrejas coptas ortodoxas que deixaram 45 mortos, adquire um caráter simbólico para os cristãos no país.

O líder espiritual de cerca de 1,3 bilhão de católicos no mundo defendeu a tolerância e o diálogo entre muçulmanos e cristãos ao chegar na sexta-feira ao Cairo.

O sumo pontífice abordou vários assuntos de importância no Oriente Médio, como a proliferação de armas ou os "populismos demagógicos" que "não ajudam a consolidar a paz e a estabilidade".

Um ataque terrorista do grupo Estado Islâmico ocorreu nesta terça-feira (25) na Península do Sinai, no Egito, deixando quatro membros de uma tribo local mortos e ferindo outros, segundo autoridades do país. O movimento ocorre próximo a uma visita do papa Francisco ao Cairo nesta semana.

Em um vídeo, o papa disse que espera que sua visita ao Egito seja "um abraço de consolo e de encorajamento para todos os cristãos no Oriente Médio. No Domingo de Ramos, dois bombardeios em igrejas cristãs coptas mataram 44 pessoas no Egito. A viagem do papa Francisco ocorrerá na próxima sexta-feira. Fonte: Associated Press.

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O papa Francisco não usará carros blindados durante a viagem que fará ao Egito no próximo fim de semana, apesar dos riscos de atentados terroristas. "Para seus deslocamentos, o Papa usará um automóvel fechado, mas não blindado. Foi ele que quis assim", disse nesta segunda-feira (24) o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, ao apresentar a jornalistas um briefing da viagem.

Negando que o Vaticano esteja preocupado com qualquer risco à segurança de Francisco, Burke comentou que "vivemos em um mundo onde este aspecto [de atentados] faz parte da vida". "Vamos seguir adiante serenamente, como é a vontade do Santo Padre", acrescentou.

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De acordo com Burke, "a segurança é um problema também na Itália, ou na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos". "O Papa, mesmo após os atentados recentes no Egito, confirmou sua vontade de visitar o país como sinal de proximidade. Não estamos preocupados", garantiu o diretor de comunicação do Vaticano. Jorge Mario Bergoglio fará uma viagem oficial ao Egito entre os dias 28 e 29 de abril, cuja agenda inclui encontros com líderes religiosos locais e com as autoridades políticas.

No início do mês de abril, um atentado contra duas igrejas cristãs coptas cometido pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) deixou mais de 35 mortos e 100 feridos. Francisco condenou os ataques, mas não cancelou a viagem. O Papa costuma usar papamóvel (carro de aparição pública) aberto em suas viagens apostólicas, mas desta vez, no Egito, optará por veículos fechados. Mesmo assim, não haverá blindagem especial.

A aviação egípcia matou um dos chefes religiosos do grupo Estado Islâmico (EI) ao bombardear objetivos extremistas no Sinai (norte).

"Dezenove elementos jihadistas morreram nesses ataques", indicaram as forças armadas em um comunicado. Entre as vítimas, se encontra o líder do comitê encarregado de assuntos religiosos e chefe dos interrogatórios do grupo Ansar Beit al Maqdes, a facção local do EI, segundo a mesma fonte.

O grupo, que cometeu vários atentados contra as forças de segurança no norte do Sinai, jurou lealdade ao EI em 2014.

Desde que o exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi em 2013, o norte da península do Sinai é cenário de atentados cometidos pelos jihadistas, principalmente contra policiais e militares.

A Igreja Copta do Egito decidiu nesta quarta-feira (12) limitar as celebrações da Páscoa às missas, depois dos atentados de domingo contra a comunidade cristã.

"Dadas as atuais circunstâncias e por solidariedade às famílias das vítimas, vamos limitar as celebrações da Páscoa às missas nas igrejas", afirma um comunicado.

Os atentados contra duas igrejas no domingo passado deixaram 45 mortos.

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