Tópicos | Eleições 2016

Derrotado na disputa municipal em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, Antônio Campos (PSB) afirmou, nesta sexta-feira (4), que vai ajuizar uma ação contra o chefe da Casa Civil estadual, Antônio Figueira (PSB). O irmão do ex-governador Eduardo Campos acusa  o secretário de “monitorar” a sua campanha através da Segunda Seção da Casa Militar. Ainda segundo Tonca, como é conhecido no meio político, Figueira seria o responsável por uma pesquisa eleitoral encomendada pelo governo e divulgada aos aliados do Professor Lupércio, que venceu a disputa. 

Chamando Figueira de “poderoso chefe da Casa Civil”, Antônio Campos disse, em nota, que já apresentará a denúncia na Justiça com provas e o arrolamento de dez testemunhas. Tonca também pedirá “segredo de Justiça” a ação diante, segundo ele, do “envolvimento do serviço de inteligência” da Casa Militar. O secretário negou todas as acusações. 

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O ex-candidato também informou que vai noticiar o caso à Polícia Federal, à Procuradoria Geral de Justiça e à Procuradoria Regional Eleitoral “para prevenir riscos à sua integridade física e da sua intimidade”.

“No passado, tal secretário foi afastado pela Justiça e depois reintegrado. Volta ao governo, manda indiretamente na saúde e é o braço operacional e político do governo estadual. Não basta uma nota, ele vai ter que explicar na Justiça. Lamento muito, mas é preciso botar limite nas coisas, especialmente a quem gosta de tratorar gente, para Pernambuco não ver reproduzido conhecidos personagens nacionais”, observa o texto, assinado pelo irmão de Eduardo.

A Bancada de Oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (3), declarou que “recebeu com preocupação uma das afirmações do advogado Antônio Campos (PSB), que disputou a Prefeitura de Olinda, em coletiva à imprensa esta semana”. Na ocasião, o irmão do ex-governador Eduardo Campos disse que foi “monitorado” pela Segunda Seção da Casa Militar do Governo de Pernambuco durante sua campanha eleitoral.

O deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) se pronunciou sobre o assunto. Ele definiu como “grave” a denúncia e exigiu explicações. “O Governo do Estado precisa se manifestar. Afinal, se houve o uso da Casa Militar para espionar o irmão do ex-governador, esse artifício põe em risco qualquer cidadão que tenha divergência com a administração estadual”.

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Ainda em nota, a oposição destacou que “a legislação eleitoral em vigor veda claramente esse tipo de prática. O órgão deve atender demandas institucionais do Poder Executivo e não a interesses políticos, partidários ou familiares. Portanto, se há qualquer evidência de desvio de função da Casa Militar para fins eleitorais ela deve ser apurada. É um direito da sociedade ser esclarecida a respeito deste fato”.

Sobre o assunto, a Casa Militar disse que “é completamente improcedente a declaração do candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos de que ele teria sido “acompanhado” pela “segunda seção” da Casa Militar”.

 

 

O resultado do 2º turno, com apenas uma mulher eleita, reforça a tese de que a participação feminina na política ainda é mínima. Dos 114 candidatos às prefeituras com a disputa definida em dois turnos, 5,3% eram mulheres. A única delas a conquistar o pleito foi a tucana Raquel Lyra (PSDB) que o município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, até 2020. A ela somam-se outras 638 que venceram no 1º turno. O número, entretanto, é quase oito vezes menor do que o total de prefeitos eleitos: 4.914. 

Para a presidente nacional do PSDB Mulher, Solange Jurema, a disparidade é resultado de um contexto social que responsabiliza a mulher por atividades domésticas e não as oferece suporte de participação política.

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“A atuação das mulheres na política é muito difícil, essa é a verdade. E isso ocorre por vários motivos. Primeiro porque que o tempo das mulheres é muito reduzido. As atividades dentro de casa ainda são, em sua maioria, exercidas pelas mulheres, que se responsabilizam pela família. Com isso, não sobra muito tempo para exercer a política. Além disso, a gente não tem equipamentos públicos suficientes que deem suporte para essas mulheres, como creches e escolas em tempo integral”, argumentou.

Tal necessidade é latente em todos os municípios e impede não apenas a participação da mulher na política, como também o retorno de muitas ao mercado de trabalho. “Sei que sou referência e preciso sim trazer oportunidades para que mulheres possam entrar no mercado de trabalho. Isso tem no meu programa de governo, vamos instalar creches para que as mães deixem seus filhos e retomem seus lugares no mercado, tenha vontade de sair de casa e ir à luta”, comprometeu-se a prefeita eleita, Raquel Lyra. 

Sob a análise dela, somente a partir daí outras mulheres vão integrar o campo político-eleitoral. “A política é uma discussão maior e nós vamos tentar proporcionar isso [em Caruaru]. Elas só vão sair de casa se e ser candidatas quando tiverem políticas públicas”, acrescentou. 

Este ano, no Brasil 2.124 mil mulheres se candidataram ao comando das prefeituras. Delas 97 estavam concorrendo ao cargo em Pernambuco. Contudo, o número, muitas vezes, é utilizado apenas para cumprir a legislação que determina a reserva mínima de 30% para um dos dois sexos. De 2009, o pleito municipal deste ano foi o segundo com a lei em vigor. 

Na segunda parte da entrevista concedida pelo novo prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR), ele falou sobre as polêmicas envolvendo o seu nome e o do seu opositor Neco (PDT). Anderson disse que o pedetista escolheu um caminho errado ao atacá-lo ao invés de focar nas propostas. “Teve ataques e o jogo da velha política que, desta vez, estava com horas contadas. Nós não entramos nesse jogo”, disparou.

O republicano declarou que irá realizas uma gestão sem prioridade religiosa, apesar de ter um eleitorado predominantemente evangélico. “Por eu ser evangélico, eu não abro mão dos meus princípios. Eu como cristão, não abro mão. Eu como legislador e, principalmente, no papel do Executivo, eu vou governar para todos. Vou resgatar as festas culturais do município, eu não tenho dificuldade com isso. Nunca tive e sempre deixei bem claro”, prometeu. 

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Sobre as polêmicas envolvendo o projeto de lei de sua autoria, o Estatuto da Família, o novo prefeito se defendeu. “O meu projeto nunca foi preconceituoso. Se rotularam meu projeto como preconceituoso, esqueceram dos programas sociais do PT. Eles também se balizaram no mesmo conceito que eu me balizei, que foi a Constituição brasileira”, frisou. 

Confira na íntegra a segunda parte da entrevista:

1.Portal LeiaJá (PL) – O seu opositor Neco, durante o pleito, frisou muito que o senhor era "forasteiro". Como avaliava essa crítica?

Anderson Ferreira (AF) – Ele não conhece a minha história. Acho que o adversário deve primeiro conhecer a história do outro candidato e esse foi o equívoco que ele cometeu: usar os mesmos jargões que foram usados em campanhas anteriores. Eu tenho uma história de vida em Jaboatão, de infância e onde criei os meus filhos. Os prefeitos que passaram por Jaboatão foram morar no mesmo prédio que eu, por uma mera coincidência, tanto Nilton Carneiro como Elias Gomes, então, eu não precisava provar ao povo de Jaboatão até porque, há dois anos, eu obtive vinte mil votos em Jaboatão e esses votos não foram com nenhum vereador me apoiando apenas foi com o trabalho e esforço que nós já tínhamos feito em uma campanha para deputado federal. Eu tenho um trabalho de ressocialização onde o poder público não entra e de evangelização. Esse trabalho eu não faço de hoje, faço há vinte anos. Nós temos um legado de tradição de voto da nossa família também no município. Como é que ele poderia me chamar de um forasteiro se, há dois anos, eu sai com vinte mil votos deste município? Foram estratégias da velha política que, desta vez, estava com as horas contadas. Jaboatão queria mudança e a mudança é Anderson Ferreira. Ele, ao menos, precisa conhecer a vida do outro adversário e Jaboatão cansou dessa velha política da desconstrução e da falta de proposta. O povo despertou e não só o povo de Jaboatão, mas em todo o Brasil. O povo pede uma faxina ética e pessoas comprometidas com a comunidade.

2. PL –Pesquisas revelavam um empate técnico entre os dois. O senhor acha que o envolvimento dele na Operação Caixa de Pandora o prejudicou?

AF – Não houve empate. Nas pesquisas, eu sempre fiquei na frente tanto no primeiro turno que terminei na frente com 34,28% dos votos enquanto ele teve 30% e, no segundo turno, em todas as pesquisas, eu liderei. O nosso crescimento foi constante e não teve nenhum momento em que caímos na pesquisa, ao contrário, nós fomos crescendo a cada pesquisa. A maior delas foi nas ruas quando eu andava, eu sentia o clima de mudança e de esperança. Eu sinto hoje o peso da responsabilidade de cada abraço que recebi e que diziam que eu era a única esperança que tinham. Jaboatão nunca teve a oportunidade de ter um candidato tão determinado, jovem, cheio de experiência política apesar de ter 43 anos, mas, eu já tenho uma bagagem política de dois mandatos como deputado federal e milito há mais de 26 anos na vida pública porque sou filho do ex-deputado Manuel Ferreira, meu irmão foi vereador do Recife por três mandatos, hoje é deputado estadual. Eu tenho uma história política. 

3.PL – Mas, em sua opinião, o senhor acha que prejudicou o nome do então candidato do PDT no esquema Caixa de Pandora?

AF – Não. A história dele o povo já conhece. Não é nada novo. Esse foi um dos processos que ele já tem. Ele é réu em outros processos. No dia 25 de novembro, ele vai ter até que se apresentar na vara criminal para responder por outro processo, por outra gestão por formação de quadrilha, então, os problemas que ele tem tido com a justiça constantemente não é novidade para ninguém. As contas dele não foram aprovadas pelo Tribunal de Contas quando ele foi presidente da Câmara dos Vereadores, então, tem muito assunto que não era novidade para o povo de Jaboatão. 

4.PL- O senhor tem receio de que, em algum momento, o nome do seu vice Ricardo Valois, também citado no esquema, possa prejudicá-lo?

AF – Não porque, primeiro, a investigação foi com 19 vereadores. Investigação é diferente de ser réu. No caso de Neco, nessa investigação ele ficou mais complicado porque foi encontrado quantias de dinheiro escondido dentro de lixo, em sua casa. Neco já responde a outros processos como réu numa vara criminal, numa gestão anterior, e isso é uma explicação que ele tem que dar à justiça. No caso do meu vice, nada foi encontrado. Como a Operação foi para todos os vereadores, ele foi um dos investigados e, até que me prove o contrário, não tenho o que declarar. Eu não estou aqui para passar a mão por cima da cabeça de ninguém, mas, pelos processos que foram averiguados até o momento, nada tem a acusá-lo. 

5. PL – Como fica todas as polêmicas envolvendo o senhor e Neco?

AF- Quero deixar bem claro que, da minha parte, o palanque está desarmado. Eu não tenho dificuldades nenhuma e vou governar para todos os jaboatonenses. Eu sei que o processo eleitoral é bem aquecido, mas vamos fazer uma gestão para melhorar Jaboatão com um candidato preparado para fazer a mudança.

6. PL – O senhor disse que vai administrar a cidade sem prioridade religiosa, apesar de ter um eleitorado predominantemente evangélico. Como será esse trabalho?

AF – Eu fui eleito com uma expressiva votação. A população de Jaboatão não é apenas composta de evangélicos. Então, eu tive voto de todo segmento, de toda classe. Não foi específico. Por eu ser evangélico, eu não abro mão dos meus princípios. Eu como cristão não abro mão. Eu como legislador e, principalmente, no papel do Executivo, eu vou governar para todos. Eu não tenho dificuldades, vou resgatar as festas culturais do município, eu não tenho dificuldade com isso. Nunca tive e sempre deixei bem claro. A partir do momento que você ocupa um cargo público, para eu valorizar e respeitar o próximo eu não estou abrindo mão dos meus princípios de maneira alguma. Eu aprendi a respeitar da mesma forma vou também resgatar as festas evangélicas que estiver dentro do município. 

7. PL - Como será a atuação do prefeito Anderson Ferreira?

AF – O governo de Anderson Ferreira, em Jaboatão dos Guararapes, é um governo voltado para o social olhando, especialmente, para aqueles que mais precisam onde o poder público faz a grande diferença porque temos uma ferramenta fantástica que é a política para transformar a vida das pessoas. Agora, ela precisa ser usada para o bem e é isso que eu quero fazer como sempre fiz porque é o meu principio de vida antes de ser político através de um projeto libertador, que foi um projeto de evangelização e de ressocialização. A partir do momento que eu entrei na política, eu potencializei ainda mais o que eu já tenho como princípio de vida.

8. PL - Como o senhor poderá incluir o seu projeto do Estatuto da Família em Jaboatão?

AF – O Estatuto da Família está em Brasília, ele vai tramitar lá. Eu estou em Jaboatão, sou prefeito de Jaboatão. O Estatuto da Família é um projeto que traz um conjunto de políticas públicas para valorizar a família. O que acontece é são vários artigos que fazem um conjunto do Estatuto da Família, não é um único artigo que trata sobre isso, Agora, a imprensa polemizou colocando um único artigo, que era o conceito de família, mas, não fui eu que coloquei o conceito. Quem colocou o conceito foi a Constituição. O meu projeto para ser constitucional, para ser aprovado na comissão, para não cair na inconstitucionalidade, eu tive que extrair o mesmo artigo que estava na Constituição. 

9. PL - O que o senhor acha sobre toda a polêmica envolvendo o projeto do Estatuto da Família?

AF- Eu acho engraçado é que os programas de governo do PT, que foram opositores ao nosso projeto, como o Bolsa-Família e o Programa Minha Casa, Minha Vida também usaram o mesmo critério que eu usei para o povo adquirir o benefício. No MCMV, por exemplo, para você adquirir o benefício tem que fazer a comprovação do estado civil e o estado civil é o casamento entre o homem e mulher porque o patrimônio fica no nome da mulher. Então, o meu projeto nunca foi preconceituoso. Se rotularam meu projeto como preconceituoso, esqueceram dos programas sociais do PT, que tem o apoio do PSOL, eles também se balizaram no mesmo conceito que eu me balizei, que foi a Constituição brasileira. 

10. PL - Entusiasmado para governar Jaboatão?

AF - Muito confiante porque vamos dar o nosso melhores. Estou disposto, sou movido a desafios, e a minha luta vai ser intensa para reverter esse quadro em que se encontra Jaboatão.

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O advogado Antônio Campos (PSB), irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e candidato no último pleito eleitoral de Olinda, marcou uma coletiva de imprensa, no final da tarde desta terça (1), para criticar o prefeito eleito Lupércio (SD) e o PSB estadual, na maior parte do encontro. A coletiva aconteceu no Hotel Samburá, localizado em Olinda.

O socialista, assim como o candidato derrotado no Recife João Paulo (PT), disse que teve uma vitória política. “Em época de resistência aprendi com meus pais que vence quem é capaz de resistir. Saímos vitoriosos da campanha, politicamente, com uma ida ao segundo turno praticamente sozinho apresentando um projeto inovador. Foi uma verdadeira vitória política. Agradeço a militância aguerrida, partidos e o apoio sincero dos jovens e mulheres desta cidade encantadora”.

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Ele, como previsto, fez críticas ao prefeito eleito da cidade Lupércio. “Desde o início eu sabia das dificuldades. Para mim, o mais importante foi vencer o PCdoB. Lupércio foi, sim, apoiado pelo PCdoB. O tempo vai mostrar isso”, enfatizou. “Olinda é uma cidade desafiadora diante da situação grave que se encontra e espero que Lupércio cumpra o que prometeu”, complementou. 

Em seguida, o alvo de Antônio Campos foi o PSB estadual afirmando que o Partido tentou desestabilizar, desde a pré-convenção, a sua candidatura. “Chegou a ser cansativo, mas, mantive a serenidade e a cabeça erguida até o dia da eleição e estou aqui”. 

O candidato derrotado disse que o PSB, caso não corrija o rumo que deve ser trabalhar por Pernambuco, irá se fragmentar em projetos pessoais. Também declarou que está elaborando uma “carta-relatório” e uma “carta-política” ao PSB nacional e diretórios pontuando o que chamou de “reclamações formais”. “É preciso trabalhar um novo PSB em Pernambuco, pois, aliados históricos foram renegados em prol de adversários históricos. Eu represento a voz de muitos descontentes. Não me intimido e lutarei sempre”, avisou.

Um dos poucos poupados em seu discurso foi o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. “Ele protegeu a minha candidatura. Devo ao nacional e à figura histórica de Siqueira a sua fidelidade. Sou honrado por ele”. Antônio disse, ainda, que sua intenção será apoiá-lo para a recondução da presidência do Partido, em 2017.

Confira os trechos principais da coletiva:

Mágoas

“Não guardo mágoas de ninguém, mas, acho que Renata Campos não foi grata comigo. Ela se reúne, semanalmente, com o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio. Quem sempre mandou foi Eduardo. Era ele quem decidia e Renata nunca gostou do meu pai e a recíproca era verdadeira, mas eu tenho respeito a ela”

Candidatura em 2018

“Estou decidido a continuar a fazer política em 2018. Não sairei do PSB. Vou lutar dentro e serei um dos líderes de uma oposição responsável na cidade de Olinda. Quanto a candidatura a deputado João [filho de Eduardo Campos e chefe de gabinete do governador Paulo Câmara] vai ser bastante votado. Eduardo merece ter um filho deputado e João tem um grande talento. Torço por ele, mas, isso não impede de ter outra candidatura”.

João Lyra

“Ele foi um vice-governador leal a Eduardo Campos. Seu pai era amigo do meu avô. Dei o meu testemunho sobre a família Lyra sobre a amizade histórica que une a família, em especial, a João Lyra, grande amigo. Uma pessoa que foi correta. Recebi três reclamações e daria o testemunho três vezes novamente. Sempre fui leal a essas forças e trabalho com a verdade mesmo contrariando interesses”.

Ana Arraes

“Vejo na minha mãe uma grande paixão e acredito na volta política dela para Pernambuco. Ela perdeu a mãe cedo, perdeu o filho prematuramente. Eduardo era um filho maravilhoso, era carinhoso. Ela também enfrentou uma Ditadura. Acho que ela é uma mulher guerreira por ter enfrentado tudo isso”. 

Reeleição de Paulo Câmara

“Nossa ideia é discutir um novo PSB, fazer um debate político porque há forças nossas que estão sendo esmagadas no interior. Sobre apoiar a candidatura dele, eu não sei se ele será candidato em 2018. Ainda faltam dois anos”.

Candidatura de Lupércio 

“Trabalho com pesquisas e havia possibilidades reais de Lupércio, por ser candidato eleitoralmente competitivo, ir ao segundo turno. Não foi surpresa para mim. Não enfrentei Lupércio, eu enfrentei a máquina, a qual ajudou ele nos bastidores de sua campanha”.

Eleição curta

 

“Foi uma eleição curta. Não deu tempo de desconstruir o debate do Filho de Olinda versus o forasteiro, do rico versus o pobre e outros boatos. Recorri à Justiça para frear ataques e baixarias. Lupércio faltou com transparência em sua campanha e de Caixa 2. Iremos colocar tal matéria na Justiça”. 

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Durante a entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (1), o ex-candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos (PSB) declarou que “foi acompanhado pela segunda seção da Casa Militar/PM (serviço de inteligência)” sem o seu conhecimento. Campos declarou que era um “fato atípico e indevido”. 

“Soube através do meu serviço de segurança. Cheguei a comentar que estranhava isso em conversa com o secretário da Casa Civil, Figueira, que desconversou e disse desconhecer”, contou. 

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Sobre as declarações de Antônio Campos, a Casa Militar de Pernambuco se pronunciou. Em nota, a Secretaria afirmou que “é completamente improcedente a declaração do candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos de que ele teria sido “acompanhado” pela “segunda seção” da Casa Militar”.

Em outra parte, a nota diz que “a Casa Militar não se envolve em processos eleitorais. Nem em Olinda e nem em nenhum outro município do Estado. A Casa Militar é uma instituição de Estado, respeitada e com uma larga folha de serviços prestados a Pernambuco, justamente por atuar respeitando os limites legais e suas prerrogativas constitucionais”.

 

 

 

Apontado por analistas como o nome que, pela vitória de aliados, sai mais fortalecido das eleições municipais encerradas no domingo, 30, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira, 1º, que a corrida à Presidência da República não está na agenda política no momento. Ele destacou, contudo, o desafio de quem vencer as próximas eleições diante da crise econômica e apontou os caminhos para o País sair da recessão.

Ao abordar o desempenho na disputa municipal dos candidatos em que apoiou, Alckmin enfatizou o "bom desempenho" em São Paulo, especialmente nas grandes cidades do Estado.

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"Agora, é eleição municipal. Eleição nacional, 2018, está fora hoje da agenda e quem for eleito terá grande responsabilidade porque os tempos são difíceis", disse o tucano, acrescentando que comandar o País no momento em que a atividade econômica recua 3% é totalmente diferente de governar com crescimento de dois dígitos no Produto Interno Bruto (PIB). Nesse ponto, usou como referência não a fase de bonança do governo petista, mas sim o "milagre brasileiro", como ficou conhecido o período do regime militar em que a economia, na década de 70, exibia crescimento vigoroso.

Questionado se teria interesse em ser presidente do País apesar do cenário adverso, Alckmin respondeu que esse é um tema para o futuro. Ele citou, porém, possíveis caminhos para vencer a crise: muita inovação, boa gestão, fazer mais com menos dinheiro, parcerias com setor privado e estímulos à atividade produtiva. Também considerou que as eleições viram uma página na política brasileira. "A tarefa agora é recuperar a economia. Você tem mais de 12 milhões de desempregados e uma espiral recessiva que precisa ser rompida. O caminho é rigor fiscal, de um lado, e redução de taxas de juros, câmbio competitivo e reformas estruturais."

As declarações ocorreram durante entrevista do governador a jornalistas, realizada após cerimônia em que foi anunciado decreto para reduzir a burocracia das atividades de aquicultura no Estado. Durante o evento, a menção ao desempenho de Alckmin na corrida pelas prefeituras veio no discurso de um correligionário, o deputado estadual Barros Munhoz, que falou da "consagração" eleitoral do estilo de fazer política do tucano.

Única prefeita eleita no 2º turno em todo o país, Raquel Lyra (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (1º), que a primeira ação do mandato dela em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, será “cuidar da segurança pública”. Apesar de não ser uma atribuição municipal, a tucana pontuou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que a área será prioridade para a sua gestão. A cidade amarga índices alarmantes de homicídios. De acordo com Raquel, ocorre ao menos um homicídio por dia na capital agrestina. 

“Caruaru está vivendo o medo. Temos um homicídio por dia e a nossa meta é colocar o projeto Juntos Pela Segurança para funcionar. A prefeitura cumprindo a sua parte com o aumento da guarda municipal, cuidando da prevenção qualificada e políticas sociais”, observou, dizendo que pretende procurar as polícias Militar, Civil e Federal para reduzir a violência no município. 

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Além da meta já estabelecida, Lyra detalhou que pretende fazer uma “gestão territorializada”. “Assim como fizemos para a construção do programa de governo, vamos construir uma gestão territorializada, com participação das pessoas nas discussões das prioridades. Nossa intenção é poder transformar isso num canal permanente de dialogo”, frisou. 

Antes de assumir em 1º de janeiro, Raquel disse que o próximo passo é cuidar da transição e criar uma identidade para o seu governo. “Estamos começando a construir a nossa equipe de transição e vamos, a partir dos dados repassados, já trabalhar o enxugamento da máquina para poder sobrar recursos e colocar a cidade para funcionar”, destacou. “Vamos ter que ser mais criativos e ter que trabalhar de forma mais eficaz, cortando as gorduras da máquina para transformá-las em investimentos”, emendou, ao mencionar a crise econômica nacional.

Indagada sobre a montagem do secretariado, a tucana salientou que “tem nomes rondando na cabeça”, mas ainda não fez nenhum convite. “Vamos trabalhar primeiro a composição da estrutura de governo, como será o perfil das nossas secretarias e ver o modelo de gestão. Só faremos o convite na hora certa”, alegou. 

Eleita com 53,15% dos votos válidos contra 46,85% do adversário Tony Gel (PMDB), a vitória da filha do ex-governador João Lyra (PSDB) em Caruaru imprime, além da derrota ao histórico rival dos Lyra, uma espécie de revanche ao PSB e o governador Paulo Câmara (PSB) por ter desbancado a candidatura dela pela legenda socialista, motivo pelo qual Raquel ingressou no PSDB. 

Questionada se pretende firmar alianças com o PSB ou prefere deixar o partido na linha de oposição, a ainda deputada estadual ressaltou que os palanques foram desmontados. “A partir de 1º de janeiro sou prefeita e Paulo Câmara governador de Pernambuco, farei todas as parcerias que serão necessárias para atender a população de Caruaru. Ações de extrema relevância que necessitam, por exemplo, de parcerias estaduais e federais. Os palanques estão desmontados desde a divulgação do resultado”, cravou. 

Sob a ótica dela, ter tido o senador Armando Monteiro (PTB) em seu palanque não a prejudica diante do Palácio do Campo das Princesas. “Fizemos uma ampla aliança, agradeço e muito o apoio de Armando. Além dele, tivemos também outros atores, como o ministro da Educação Mendonça Filho. Foi uma aliança de 12 partidos e eu não acredito que prejudique, muito pelo contrário, aumenta a minha responsabilidade em buscar ainda mais aliados para devolver os serviços a população de Caruaru”, ponderou.

Raquel Lyra tem 37 anos, é formada em Direito e atuou como delegada da Polícia Federal até 2005. Naquele ano, foi aprovada para exercer cargo na Procuradoria Geral do Estado (PGE), à qual está vinculada até hoje, embora licenciada para atuar como deputada estadual. Ela tem como vice o empresário Rodrigo Pinheiro (PSDB).

Até às 19h desta terça-feira (1º) expira o prazo para que os candidatos que não disputaram o segundo turno em Pernambuco prestem contas e entreguem a movimentação financeira da campanha ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). De acordo com o último balanço divulgado pelo órgão, mais de 80% dos postulantes ainda não cumpriram a regra. 

Segundo o chefe da seção de Auditoria de Contas Eleitorais, Marcos Andrade, apenas 17% dos candidatos entregaram a documentação. De acordo com ele, a ausência da prestação de contas pode acarretar problemas. "O candidato que não prestar conta, além de não obter a quitação eleitoral, caso tenha sido eleito, ele pode não ser diplomado para o mandato eletivo", lembrou.

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Os candidatos que disputaram o segundo turno têm até o dia 19 de novembro para apresentar a prestação de contas.

 

O deputado federal Anderson Ferreira (PR) e mais 17 parlamentares vão deixar a Câmara dos Deputados nos próximos meses para assumir, a partir de 1º de janeiro de 2017, o comando de prefeituras em diversas cidades do país. Em 2016, 80 deputados concorreram ao pleito municipal. Dos 18 eleitos, 14 foram candidatos à chefia do Executivo e quatro a vice-prefeituras. 

Na disputa pelo segundo turno, que aconteceu no último domingo (30), além de Ferreira que vai governar Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, conquistaram a eleição: Nelson Marchezan Júnior (PSDB), Porto Alegre; Luís Carlos Busato (PTB), Canoas (RS); Duarte Nogueira (PSDB), Ribeirão Preto (SP); Max Filho (PSDB), Vila Velha (ES); Washington Reis (PMDB), Duque de Caxias (RJ). Dois se elegeram vices: Marcos Rotta (PMDB), Manaus (AM); e Moroni Torgan (DEM), Fortaleza (CE).

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Outros dez deputados já tinham garantido os cargos no 1º turno, oito deles como prefeito: Marcelo Belinati (PP), Londrina (PR); Odelmo Leão (PP), Uberlândia (MG); Dr. João (PR), São João do Meriti (RJ); Edinho Araújo (PMDB), São José do Rio Preto (SP); Fabiano Horta (PT), Maricá (RJ); Fernando Jordão (PMDB), Angra dos Reis (RJ); Moema Gramacho (PT), Lauro de Freitas (BA); e Arnon Bezerra (PTB) em Juazeiro do Norte (CE). Para vice foram eleitos Bruno Covas (PSDB) em São Paulo; e Manoel Júnior (PMDB) em João Pessoa.

O número de deputados que deixam o âmbito federal este ano após a eleição majoritária local é menor do que em 2012, quando 26 deputados se elegeram prefeitos. Na ocasião, 87 concorreram ao cargo.

*Com a Agência Brasil 

O senador paranaense Roberto Requião (PMDB) afirmou nesta segunda-feira, 31, que venceu as eleições municipais deste ano quem tinha dinheiro para financiar a campanha e quem estava "descaracterizado de militante político". A declaração de Requião foi dada a jornalistas, enquanto ele chegava para reunião em São Paulo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na casa do jornalista Fernando Morais.

Outros políticos e intelectuais participam do encontro, como o senador Lindberg Farias e o ex-presidente do PSB Roberto Amaral. Requião também disse que está menos preocupado com o resultado em si das eleições e mais com "o futuro do País". "Estou preocupado com a PEC 241", afirmou.

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Um dia após ser eleito prefeito do Jaboatão dos Guararapes, município que possui a segunda maior população de Pernambuco, Anderson Ferreira (PR) recebeu a equipe do Portal LeiaJá. Durante a entrevista, o republicano disse estar entusiasmado em governar a cidade afirmando que “uma nova geração está chegando em Jaboatão”. 

O novo gestor, que assume em Janeiro de 2017, declarou que colocou seu nome na disputa porque cansou de ver que não se candidatava, na cidade, alguém com garra e determinação de fazer mais pela cidade. “Eu, como eleitor de Jaboatão, cansei de ver na cidade, no cenário de disputas eleitorais, candidatos que já vinham derrotados nas urnas e que estavam esquecidos e outras figuras folclóricas. Eu cansei (...) cansei como qualquer jaboatonense de ver Jaboatão não ter a chance de ter um candidato com garra, com determinação, que vem no melhor momento político de sua história”, disparou.

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Confiante em cada resposta, Anderson Ferreira voltou a declarar que tem uma trajetória sólida e uma relação pessoal e profissional com ministros do Governo Temer, que o ajudarão a trazer recursos para Jaboatão. Ele ainda disse que o atual prefeito Elias Gomes (PSDB) errou ao escolher as prioridades, principalmente, na área social, a qual prometeu dar uma atenção especial em seu governo. 

Confira a primeira parte da entrevista:

1.Portal LeiaJá (PL) – O senhor foi eleito prefeito do município de Jaboatão dos Guararapes. Qual será o foco da sua gestão, a partir de janeiro de 2017?

Anderson Ferreira (AF) – Nós vamos ter um olhar especial para o social. Nosso governo irá inverter prioridades. Eu pretendo que todos os nossos projetos tenham um cunho social com uma saúde que funcione. Iremos fazer com que a entrega do uso de medicamento contínuo seja feita. O usuário vai poder receber o seu remédio em casa como os de hipertensão e de problemas cardíacos. Também vamos fazer um reforço médico para poder diminuir essa grande demanda de falta de atendimento. Dentro da área de saúde, nós vamos fazer a marcação de consulta através de um aplicativo aonde você irá solicitar a sua consulta através de SMS [mensagem por celular] ou whatsApp e receber a hora e o local que será atendido, ou seja, vamos usar a tecnologia a nosso favor.  

2. PL – E na área educacional, qual será o trabalho realizado?

AF - No nosso governo vamos ampliar as escolas de ensino integral, que funcione como escola de ensino integral de verdade. Uma escola que tenha aulas culturais, de robótica, de informática e que possa ser uma referência não apenas para Jaboatão, mas para todo o Estado. Vamos fazer uma revolução na educação em Jaboatão. Temos no nosso palanque, desde o primeiro turno, Mendonça Filho [ministro da Educação] e esse relacionamento que nós temos é importante. Com muita humildade também vou bater na porta dos três senadores de Pernambuco, do governador e dos deputados federais e estaduais. Vou bater na porta de um time do bem, das pessoas que querem mudar a segunda maior cidade do Estado e colocá-la em um lugar que lhe é digno. 

3. PL – Então, a prioridade inicial será com a saúde e educação?

AF – Não. Jaboatão tem vários problemas e se encontra entre as dez piores cidades em saneamento básico no Brasil. Isso é um caso sério. A questão da violência também, mas, nós temos grandes parceiros como o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que vai nos ajudar na área da segurança. Vamos atrair muitas parcerias no Governo Federal. Temos que valorizar a guarda municipal, vamos treiná-la, e aumentar o número de câmeras de monitoramento em um trabalho conjunto com a Polícia Militar. Jaboatão, com certeza, será mais seguro até porque uma gestão não pode ser feita apenas com o cofre da prefeitura.  A nossa diferença é que temos uma interlocução muito forte no cenário nacional. Sou deputado federal e fui o quinto mais votado. Tenho uma relação de amizade com mais de cinco ministros em áreas estratégicas como educação, transporte, minas e energia e eu me sinto muito confortável por saber que são pessoas que já se comprometeram no primeiro turno. 

4. PL - O senhor fala muito de parceria, porém, diante da crise nacional é possível realizar essas alianças que vem prometendo com ministros?

AF- O que não é possível é você fazer uma gestão só pensando na arrecadação do município. Acho que fica difícil você conseguir fazer uma boa gestão, principalmente, no momento de crise. Eu me preparei, tenho parceiros que conviveram comigo. Quando vemos, às vezes, discursos de políticos falando que vai buscar parceria, eles falam que vão porque irão começar a construir uma relação. Eu já construí essa relação porque foram deputados comigo, são meus amigos pessoais, caminharam comigo nas ruas e que eu tenho convivência. São seis anos de convivência na vida e na rotina em Brasília. Então, não apenas firmaram esse compromisso como participaram da minha campanha. Eu sei aonde existem recursos. Então, eu não tenho dúvida nenhuma de que vão me ajudar.

5. PL – Como o senhor avalia Jaboatão hoje?

AF- Jaboatão tem um potencial econômico muito forte, é bem localizado, próxima de Suape, que vai nos dar uma grande chance para atrair empresas e profissionalizar o nosso povo. Vamos preparar o jaboatonense para receber esse mercado de emprego dos investidores que vamos trazer, com certeza, para o nosso município. 

6. PL – Qual foi a estratégia traçada para conseguir vencer essa disputa municipal?

AF – Eu, como eleitor de Jaboatão, cansei de ver na cidade, no cenário de disputas eleitorais, candidatos que já vinham derrotados nas urnas e que estavam esquecidos e outras figuras folclóricas. Eu cansei. Eu venho no meu segundo mandato sendo o quinto mais votado, eu disse que iria colocar o meu nome na disputa porque cansei como qualquer jaboatonense de ver a cidade não ter a chance de ter um candidato com garra, com determinação, que vem no melhor momento político de sua história, então, eu enfrentei o pleito mesmo sabendo das dificuldades, do momento de crise que o país enfrenta, mas, eu sou movido a desafios. O primeiro mandato que eu disputei já foi para deputado federal e fui eleito. 

7. PL – Como foi seu mandato como deputado federal?

AF - Quando eu fui eleito disseram para mim que Brasília era difícil, são 513 [deputados federais]  e que daqui que eu aprendesse a andar em Brasília iria levar anos e eu, em quatro anos de mandato, eu não só apenas dobrei, mas tripliquei a minha votação. Eu tive o triplo da votação que eu tive no primeiro mandato e fui o quinto mais votado sem ter um prefeito me apoiando. Isso é fruto de uma política séria, de uma política de compromisso, que é feita ao lado do povo. Eu tenho um voto de opinião e um voto que é conquistado nas ruas. Meu voto não é comprado, é conquistado, é assim que eu aprendi fazer política: com ética, sem promessa, mas, dizendo como vou fazer, com quem vou fazer e fazendo.  

8. PL – Como o senhor avalia a gestão do atual prefeito Elias Gomes?

AF – A avaliação é a da própria população, que demonstrou um índice de rejeição, qualquer pesquisa apresentava isso. Eu acho que houve o erro nas escolhas das prioridades e, na nossa gestão, vamos fazer focar no diálogo, onde o povo vai participar, onde os vereadores vão ter uma participação importante, que irá refletir os anseios de cada área. Vamos fazer com que cada região possa ter a sua prioridade detectada porque Jaboatão é muito complexo. São vários distritos dentro de uma única cidade com realidades diferentes, então, um gestor tem que saber o sentimento das ruas e o que é prioridade para começar a fazer essa transformação tão necessária. 

9. PL – Em sua opinião, qual foi o maior problema do atual prefeito ao administrar a cidade?

AF - Percebi que houve um erro muito grande na área social. Uma cidade como Jaboatão e você ver apenas três creches, com 740 mil habitantes, é uma vergonha. Você tem que ter um olhar especial para reestruturação familiar e a creche é uma ferramenta fantástica. Há uma geração nova que está chegando em Jaboatão, uma geração que vai demonstrar o futuro e uma política nova. Acho que foi a primeira vez que Jaboatão teve uma campanha tão propositiva.

Após ver o seu candidato derrotado na disputa pelo comando do município de Maceió, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota contra o prefeito reeleito, Rui Palmeira (PSDB).

O tucano foi reeleito em 2.º turno neste domingo, 30, para os próximos quatro anos com 60,27% dos votos válidos, contra 39,73% de Cícero Almeida (PMDB), apoiado pela família Calheiros.

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Em nota, assinada como presidente estadual do PMDB, Renan acusou Palmeira de compra de votos. "Quem recorre à compra de votos e monta cadastros de eleitores é Rui Palmeira, não eu. Sabe disso muito bem quem esteve nas eleições de que ele participou. Esses fatos são desconhecidos da população. Como ele esconde que dezenas de vezes - perdi a conta -, para ajudar Maceió, convoquei ministros para despachar com ele em meu gabinete. Mas Rui Palmeira é pródigo em propagar o que lhe convém. Lança mão diariamente dos veículos de comunicação de sua família (que incluem concessões públicas) para atacar adversários, detratando-os com adestrados nesse ofício sujo", diz Renan.

O peemedebista também lembra da ocasião em que convidou o tucano para ocupar uma cargo de confiança no Senado. E afirma que o prefeito eleito não tinha preparo, não gostava de trabalhar e fazia pouco caso do dinheiro público. Em outro trecho, o senador chama Palmeira de arrogante, presunçoso, deslumbrado e invejoso. "Devo dizer que a eleição de Rui Palmeira, de certa forma, me alivia. Isso porque não me verei novamente na obrigação de dar-lhe emprego no Senado. Depois de Rui ter perdido uma eleição, tive que contratá-lo no Senado. Foi um erro, humildemente reconheço. Rui Palmeira não tinha preparo e não gostava de trabalhar", escreve.

Em nota, o prefeito eleito Rui Palmeira (PSDB) disse que lamenta e repudia as declarações feitas por Renan. "Do mesmo modo, Rui Palmeira acredita que a sociedade é testemunha da correção que pauta sua trajetória pessoal, profissional e política", enfatizou.

Um dia após encerradas as eleições municipais, o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), minimizou a derrota de seu candidato à prefeitura de Belo Horizonte, João Leite, nesta segunda-feira, 31, em Brasília. "Esse resultado em Belo Horizonte realmente nos desaponta, mas nós tivemos, mesmo em Belo Horizonte, uma vitória muito expressiva sobre nossos tradicionais adversários. No Estado de Minas Gerais tivemos um resultado bastante positivo vencemos em 133 municipais", disse.

Após o rápido lamento, o senador associou a derrota do PT pelo País nas eleições municipais deste ano com as próximas eleições majoritária e proporcional de 2018, quando seu nome deverá disputar a vaga dentro do PSDB a candidato ao Palácio do Planalto. "Isso terá também um reflexo grande na eleição para a Câmara Federal, não tenho dúvida, nas eleições de 2018", afirmou Aécio.

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Durante a coletiva, o tucano concentrou as avaliações na ampliação das vitórias da legenda em todo o País e em ataques ao PT. A cúpula do PSDB deve se reunir no próximo dia 24, em Brasília, com os eleitos para avaliar o atual cenário político.

"Sem dúvida alguma o PSDB sai muito fortalecido. A vitória em São Paulo foi extraordinária como foi a vitória em todas as regiões do País que estivemos. Vencemos em Porto Alegre, voltamos a vencer em Manaus, conquistamos prefeituras do Nordeste onde tivemos resultados historicamente muito ruins, em todas as últimas eleições. Desalojamos o PT de todas as capitais daquela região", considerou o senador tucano após ser questionado sobre possíveis comparações com o desempenho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa municipal de São Paulo.

O senador mineiro também evitou falar sobre a disputa interna para a escolha do candidato presidencial de 2018. Tanto ele quanto Alckmin são potenciais postulantes à vaga. "Felizmente as alternativas estão ai e são várias. Antecipar esse processo é um desserviço não apenas ao partido, mas àquilo que é essencial: construirmos a nossa agenda, que vai tirar o País da crise, que vai gerar esperança nos agentes econômicos. E consequência disso investimentos e emprego. A nossa prioridade hoje não é eleição de 2018".

Base aliada

Segundo o tucano, o partido manterá, por ora, o mesmo alinhamento com o governo do presidente Michel Temer que tinha antes das eleições municipais, apoiando-o inclusive na votação das reformas previstas para serem encaminhadas pelo Executivo ao Congresso, após a conclusão da PEC do Teto, que estabelece limites de gastos públicos.

"Vejo o fortalecimento do PSDB também como o fortalecimento do governo Temer. A nossa aliança com o governo Temer sempre foi feita de forma clara. Nós apoiamos uma agenda de reformas necessárias para tirar o Brasil do abismo, das profundezas que o PT nos mergulhou. Enquanto sentirmos que há disposição do governo Temer, e percebo que hoje há, para condução dessa agenda, ele terá o apoio do PSDB", afirmou.

Concluído o processo eleitoral, 146 dos 5.568 municípios brasileiros ainda não sabem quem assumirá o cargo de prefeito no ano que vem. São as cidades cujos candidatos mais votados continuam com registro de candidatura pendente de decisão final na Justiça Eleitoral.

É o caso, por exemplo, do prefeito reeleito de Niterói (RJ), Rodrigo Neves (PV), que obteve mais de 58,59% do votos válidos (130.473) no segundo turno, mas espera o julgamento de um recurso contra o registro de sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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O estado com o maior número de municípios cujo candidato vencedor corre o risco de ser cassado, antes mesmo de assumir, é São Paulo, com 26 cidades nessa situação.

O TSE tem até o dia 19 de dezembro, data da diplomação dos candidatos eleitos, para proferir uma decisão sobre todos esses casos. Segundo a assessoria do tribunal, tal prazo será cumprido, de modo a não provocar insegurança jurídica a respeito de quem de fato assumirá as prefeituras.

Se o candidato vencedor da eleição tiver sua candidatura impugnada, os votos recebidos por ele são computados como nulos e assume o segundo mais votado.

É o caso de Salto de Jacuí (RS), onde Lindomar Elias (PDT), apesar de ser alvo de três condenações judiciais, conseguiu manter seu nome nas urnas e acabou eleito no primeiro turno, antes da decisão final do TSE. Na última quinta-feira (27), o órgão cassou o registro do candidato, dando a vitória ao segundo colocado, Nico (PP).

“Esse caso é um exemplo de como talvez o Congresso Nacional tenha que repensar o prazo do julgamento dos recursos de registro de candidatura. Essa hipótese é, nitidamente, a de uma pessoa que não poderia ter concorrido às eleições”, afirmou o ministro relator do caso no TSE, Henrique Neves, durante o julgamento.

Eleições suplementares

Em algumas cidades, os eleitores podem inclusive ser obrigados a voltar às urnas. De acordo com o Código Eleitoral (Lei 4.737/65), se os votos nulos ultrapassarem os 50% do número total de votos, a Justiça Eleitoral tem de 20 a 40 dias para marcar a data de um novo pleito, a chamada eleição suplementar.

A situação se repete a cada eleição municipal, mas este ano foi agravada, segundo o presidente do TSE, Gilmar Mendes, pela redução do tempo de campanha de 90 para 45 dias, o que afetou também os prazos para o registro das candidaturas.

“Com o encurtamento do prazo, nós tivemos problemas com os registros, muitos deles, a maioria, não chegaram ainda ao Tribunal Superior Eleitoral, e alguns ainda sequer foram votados nos Tribunais Regionais Eleitorais, então temos um quadro de insegurança”, disse Mendes ao apresentar o balanço do segundo turno das eleições.

O presidente do TSE sugeriu que talvez seja preciso antecipar o prazo com uma "fase de pré-registro", para que já ocorressem as impugnações e as apreciações, a fim de evitar as instabilidades no processo eleitoral.

Das 18 capitais brasileiras com a disputa eleitoral definida no 2º turno, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), registrou a segunda maior votação do país, em termos percentuais. O pessebista recebeu 61,30% dos votos válidos, atrás, apenas, do prefeito eleito em Porto Velho, capital de Rondônia, Dr Hilton, que conquistou 65,15%. A vitória de Geraldo consolida a indicação de Eduardo Campos em 2012. Após quatro anos, e sem o padrinho, o perfil técnico do prefeito tem dado lugar a um protagonismo politico mais intenso dentro do PSB. 

Sob a ótica do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a conquista da manutenção do mandato na PCR é estratégica aos planos futuros do partido. “A vitória alcançada por Geraldo Julio é estratégica para o partido, pela importância que a cidade tem no cenário nacional e por reafirmar que a tradição de bons governos socialistas em Pernambuco foi amplamente reconhecida pela população. Aliam-se em Recife, portanto, a tradição de Miguel Arraes e Eduardo Campos, às novas lideranças, exercidas por Geraldo Julio e Paulo Câmara”, ponderou.

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Corroborando Siqueira, o presidente estadual da agremiação, Sileno Guedes, salientou que “Geraldo deu ao PSB a maior vitória dada a um prefeito do Recife nos últimos tempos”. O pessebista recebeu um total de 528.335 mil votos. No estado, o partido elegeu 70 prefeitos em Pernambuco este ano, sendo 11 mulheres.

Ao celebrar a conquista, na noite desse domingo (30), o prefeito pediu que os palanques fossem desarmados e pontuou que pretende reunir todas as lideranças para o segundo mandato. Geraldo ainda disse que estava na administração da cidade para “combater a desigualdade, cuidar da população que tem mais dificuldade” e "abrir as portas para o futuro".  

O vereador Guti (PSB) foi eleito novo prefeito de Guarulhos, com 83,50% dos votos válidos e será o mais jovem chefe do executivo da história da cidade, com 31 anos. Recordista de votos no segundo turno, ele derrotou o candidato do DEM, Eli Correa Filho, que teve apenas 16,50% dos votos válidos. 

Gustavo Henric Costa, o Guti, começou a carreira política aos 23 anos, em 2008, quando foi eleito vereador e se reelegeu quatro anos depois; na época, Guti era do Partido Verde. Em 2014, o jovem político disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não conseguiu ser eleito. Em julho deste ano, antes de oficializar seu nome como candidato a prefeitura da cidade, Guti teve seu mandato de vereador cassado, por 4 votos a 3, pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por infidelidade partidária, devolvendo o mandato para o partido na qual Guti era filiado na época, o PV. Guti, entretanto, encaminhou um pedido de recurso ainda em análise. 

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Empresário nas áreas de educação e comércio, Guti pôs fim a uma sequência de quatro mandatos do Partido dos Trabalhadores, exercidos por Elói Pietá (de 2001 a 2009), e Sebastião Almeida (desde 2009). 

Guti vai herdar uma cidade em crise.  Portal de Transparência da cidade revela algumas diferenças no pagamento feito pela prefeitura a fornecedores e prestadores de serviços, como os professores da rede municipal de ensino, que entraram em greve neste ano, por conta de atrasos e falta de pagamento. Somando apenas 2014 e 2015 (antepenúltimo e penúltimo ano de mandato do atual prefeito, Sebastião Almeida), a dívida chega a R$ 700 milhões. 

A cidade de Guarulhos é a segunda maior do estado de São Paulo perdendo apenas para a capital paulista, com 1,3 milhão de habitantes. Segundo IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística) o PIB da cidade é o quarto maior do estado, R$ 49 milhões. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade é de 0,763, enquanto a média nacional é de 0,727. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reeleito para governar o Recife, o prefeito Geraldo Julio (PSB) afirmou, nesta segunda-feira (31), que o Brasil precisa voltar a crescer para ampliar os investimentos das prefeituras no país. Ponderando a execução das promessas de campanha para o segundo mandato diante de um contexto nacional de crise econômica, o pessebista disse que vai “continuar fazendo o que já tem feito” para governar a cidade e não projetou uma redução imediata da máquina pública.

“Vou continuar fazendo o que já tenho feito. Governei na crise [no primeiro mandato], conseguimos fazer o maior Hospital, a obra da Via Mangue, o Compaz, o maior programa de requalificação da cidade, tudo isso numa intensa crise”, observou, em entrevista a uma rádio local. “Sempre tem que ter a intenção de cuidar da despesa e encontrando onde cortar para favorecer a população. Se o Brasil não sai da crise, isso tem que acontecer permanentemente”, emendou. 

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Entre as medidas de ajuste fiscal que já estão sendo tomadas pelo Governo federal está a Proposta de Emenda à Constituição 55/2016, mais conhecida como PEC do Teto de Gastos, em análise no Senado Federal. Sobre as mudanças estabelecidas pela proposta, Geraldo reforçou ser contrário a elas. 

“Não somos contra ajustes e as contas estarem equilibradas, mas do jeito que a PEC foi elaborada traz prejuízos para saúde e educação. Quem paga a conta é povo sozinho. Quando isso acontece, prefeitos e governadores podem ser obrigados a fechar hospitais, creches, escolas, maternidades”, salientou. 

De um técnico indicado por Eduardo Campos, o prefeito ao sair das urnas com mais de 60% dos votos é cacifado para se tornar um líder do PSB no país. Com um contexto de avaliação regular da administração do governador Paulo Câmara (PSB), Geraldo foi questionado se ele vai concluir o mandato ou disputará em 2018 o cargo estadual. 

“Ele já disse que é candidato à reeleição, acredito que o Brasil passa por um momento de dificuldade e é em um momento como este que Paulo tem governado Pernambuco com muita competência”, frisou, pontuando que seguirá até 2020 na PCR. “Vou cumprir meu mandato”. 

Sobre a inserção dele no âmbito nacional do PSB, Geraldo ressaltou que sua prioridade é administrar o Recife, mas tem “muito interesse no fortalecimento do PSB”. 

Efetivação de promessas

Durante a campanha, a promessa de construção do Hospital do Idoso foi a que mais se destacou. Indagado sobre quando iniciará a construção, Geraldo disse que ainda não encontrou um local para instalar a obra. “Agora vamos identificar a área, fazer o projeto, pedir apoios aos parlamentares com emendas. O Hospital da Mulher em três anos deu certo, construir ele em tempos de vacas magras foi muito importante. O Hospital do Idoso tem um porte menor e vamos conseguir custear. Já apresentamos os pedidos a todos os parlamentares”, detalhou.

Já sobre quando o Hospital da Mulher vai operar integralmente, o prefeito disse que “em poucos meses ele estará a plena carga”. “O Hospital a Mulher está pronto e concluído. O que ele tem é um cronograma de serviços para entrar em funcionamento. Já começamos o pedido de procedimento de credenciamento junto ao SUS, estamos aguardando o resultado disso”, pontuou. 

A requalificação da Avenida Conde da Boa Vista também foi ponderada. “Estudamos o caso com profissionais especializados. Sabemos o movimento em cada um dos locais da Avenida. Este estudo se conceituou em um projeto estrutural que vai se transformar em um projeto de engenharia. É uma obra que será feita”, garantiu. 

Para o novo mandato, o prefeito disse que dará prioridade a educação. “É com ela que construímos o futuro. É um investimento feito por longo prazo. A maior ação que a prefeitura tem nesses três anos e meio é a transformação na educação”, destacou. 

Alianças

Durante os últimos dias de campanha e nesse domingo (30) após a vitória ser concretizada, Geraldo Julio pontuou inúmeras vezes que pretende reunir todas as lideranças da cidade para governar no segundo mandato. Indagado se teria algum desconforto com a reativação da aliança com partidos como o DEM e o PSDB, ele negou. “Não tenho constrangimento com nenhuma força ou liderança que queira ajudar a governar o Recife. Não temos restrição nenhuma”, declarou. 

No comitê central do então candidato a prefeito do Recife João Paulo (PT), na noite deste domingo (30), o senador Humberto Costa disse que o petista foi prejudicado durante a campanha eleitoral. “Quero dizer que, não foi determinante, mas, fomos flagrantemente prejudicados por decisões da Justiça Eleitoral nessa eleição. É importante deixar registrado porque outras eleições virão e acho que precisamos ter uma preocupação cada vez maior com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco que, em alguns momentos, nesta eleição, não fez justiça”, disparou.

O senador também justificou a derrota de João Paulo pela perseguição que vem sendo feita ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Apesar do Nordeste, em particular, no Recife, termos o PT forte, obviamente, toda a perseguição que foi feita ao nosso Partido, toda essa campanha que já vem durando quase três anos também repercutiu no ano eleitoral, ou seja, o nosso adversário ganha a eleição com uma série de fatores que não foram fatores que dizem respeito à qualidade de sua gestão”.

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Humberto definiu o resultado de João Paulo como extremamente favorável do ponto de vista do PT. “Foi o melhor resultado que o PT teve em nível nacional e isso é resultado da unidade política que construímos aqui dentro do PT e com outras forças que estiveram conosco. Também contribuiu a representatividade política do companheiro João Paulo, a grande gestão que ele fez em dois mandatos consecutivos”.

“Em minha opinião, nós temos que a partir de amanhã, assumir o lugar que o povo nos endereçou, que é o caminho da oposição aqui na administração municipal. Tenho certeza que os vereadores vão assumir sua responsabilidade de serem fiscais dessa nova gestão e, sem dúvida, acumulamos para outra disputa dentro de mais alguns anos”, acrescentou.








Predominantemente amarelo, no palanque do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), o vermelho usado pelo vice Luciano Siqueira (PCdoB) sempre chama a atenção. Na noite deste domingo (30), ao celebrar a vitória da chapa que lideram, Luciano declarou que as bandeiras vermelhas do PCdoB se renovam com a reeleição concedida a ele e ao pessebista por mais de meio milhão de recifenses. 

“O PCdoB, este partido cujas bandeiras vermelhas jamais deixaram de circular nas trincheiras da luta democrática e dos interesses do nosso povo, renova suas bandeiras vermelhas com esta vitória. O PCdoB se sentiu honrado de marchar pelas ruas do Recife ao lado do PSB refazendo, com Geraldo Julio, o trajeto que já fez com Pelópidas, Arraes e Eduardo”, bradou, emocionado.  

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A defesa de Luciano ao seu partido, entretanto, deu-se ao lado de deputados federais, como Danilo Cabral (PSB), que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O PCdoB foi um dos partidos da frente que se formou em defesa do mandato da petista e contra ao que eles chamaram de “golpe”.

Apesar disso, o vice-prefeito ressaltou a capacidade do pessebista de reunir 20 partidos na Frente Popular. “Neste Brasil de muita crise, dificuldades, confusão das ideias, marcado pela intolerância e a dificuldade do diálogo, Geraldo emerge como um líder capaz de juntar um arco de forças políticas com opiniões diversas em torno de um programa de governo. Geraldo tem a capacidade de unir diferentes e governar na pluralidade”, avaliou. Luciano Siqueira também observou que “uma vitória desta magnitude traz muito que se refletir e examinar”. 

Esta é a quarta vez que o comunista é eleito para cumprir um mandato de vice. As duas primeiras foram ao lado do adversário na disputa deste ano, João Paulo (PT), em 2000 e 2004. A última ocorreu em 2012, quando já estava aliado a Geraldo Julio. 

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