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O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou ao menos R$ 136.055,25 para receber o bilionário Elon Musk no hotel Fasano Boa Vista, em Porto Feliz, no interior de São Paulo, em maio deste ano. O montante é considerado parcial, pois não inclui as despesas totais de todos os representantes do governo que compareceram ao encontro, assim como informa apenas o que se refere ao planejamento e ao apoio logístico. A informação foi divulgada pelo Ministério das Comunicações, a pedido da bancada do PSOL na Câmara.

A pasta esclareceu que não tem acesso aos gastos com comitiva presidencial, como passagens aéreas, hospedagem e alimentação. Por isso, o valor não foi incluído no cálculo.

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Musk veio ao Brasil em maio para tratar de conectividade e soluções para a Amazônia, segundo informou a Cultura. O bilionário participou do evento "Conecta Amazônia" e promoveu o lançamento do serviço de internet por satélite Starlink no país. Ele estava acompanhado do presidente Jair Bolsonaro, de membros do governo e de empresários.

Pelo Twitter, o empresário disse que a iniciativa forneceria conexão para 19 mil escolas em áreas rurais no Brasil e auxiliaria no monitoramento da Amazônia. O Ministério das Comunicações afirmou que a implementação do programa começaria ainda neste ano.

Contratação da tecnologia Starlink

Na resposta ao requerimento de informação, o ministério diz que a autorização para a implementação da rede e lançamento de satélites é feita pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), e que cabe à administração do país de origem cumprir os procedimentos regulatórios estabelecidos. Em resposta à bancada do PSOL, porém, o Ministério das Comunicações diz, por diversas vezes, que não houve contratação do Starlink.

"Em março de 2018, o lançamento do sistema Starlink foi autorizado pela Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos, por um prazo de 15 anos, a contar da entrada em operação", afirma em ofício, sem deixar claro se o trâmite junto à UIT já foi realizado.

Questionada pela bancada do PSOL se as eleições presidenciais de 2022 foram abordadas pelo presidente Jair Bolsonaro durante o encontro com Elon Musk, a pasta negou e disse que o assunto não fez parte do evento.

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O ministro das Comunicações, Fábio Faria, defendeu nesta terça-feira (14) a parceria do governo brasileiro com a Starlink, empresa de conectividade sub-orbital do empresário sul-africano Elon Musk. O empresário esteve no Brasil em maio e tratou de um projeto de conexão de 19 mil escolas brasileiras usando o sistema de satélites de internet. Além disso, a Starlink também auxiliará no monitoramento ambiental da Amazônia. 

Faria foi convidado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre o projeto de conectividade e monitoramento para a Amazônia, fruto de uma parceria entre o governo brasileiro e a Starlink. Questionado por deputados de oposição, o ministro considerou a parceria vantajosa para o país. 

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“O ministério da Justiça paga R$ 40 milhões ao ano para a [empresa] Planet monitorar a Amazônia, de acordo com a Justiça. Se um empresário quiser dar, de graça, para o Brasil, a [custo] zero, em vez de pagarmos 40 milhões, a gente vai negar?”, argumentou.  Jorge Solla (PT-BA) questionou a suposta filantropia de Musk, de vir ao Brasil “de graça”, como disse o ministro das Comunicações. “Queria entender qual é o interesse dessas relações. Posso até estar desconfiando, mas é muito difícil achar que alguém que acumulou a fortuna que ele acumulou veio aqui só para oferecer bondades ao Brasil. O que ele quer em troca? Quero saber se não tem uma contrapartida”, perguntou Solla. 

O ministro negou ter havido qualquer contrapartida do governo federal a Musk. “Por que tem que ter toma lá, dá cá? Vem aqui para entregar, para investir no Brasil, para conectar escolas, para ceder os satélites para o governo brasileiro. Não vem aqui para receber nada”. No dia do encontro com Musk, no interior de São Paulo, Faria chegou a dizer que “o sonho de Musk é ajudar na educação conectando as escolas em áreas rurais”. 

O ministro também negou ter agido para beneficiar a Starlink junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ele rebateu acusações de que teria se reunido com a agência reguladora em nome da empresa de Musk para facilitar sua operação no Brasil. Ele afirmou ter agido para desburocratizar o acesso de todas as empresas do setor interessadas em atuar no Brasil. 

Segundo Faria, o Brasil apresentava um entrave a empresas estrangeiras do setor. Ele explicou que a Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao Ministério da Ciência,  Tecnologia e Inovações, precisaria autorizar a presença de um satélite no espaço aéreo nacional. E, por isso, foi à Anatel pedir uma revisão dessa exigência. 

“Eu chamei uma reunião com todos os conselheiros da Anatel presentes e disse 'eu tenho um pedido para fazer. Eu não acho justo que vocês peçam para a AEB falar se aceita ter um satélite em cima do Brasil ou não. Porque se ela falar que sim ou que não, não muda. Quem autoriza o envio de satélites é a UIT [União Internacional de Telecomunicações], na Suíça'”, disse o ministro. 

Ele explicou que os satélites que orbitam na Terra passam sobre o Brasil dezenas de vezes ao dia e que o país não tem esse controle. E, segundo ele, restaria ao Brasil receber ou não as informações coletadas por tais satélites. “Todos os satélites que estão no espaço sabem tudo que está acontecendo aqui. E se eles compartilharem com o governo brasileiro, a gente vai ter muito mais informações”, complementou. 

Fábio Faria também foi questionado sobre um suposto convite que teria recebido para trabalhar para o empresário sul-africano radicado nos Estados Unidos assim que deixasse o governo federal. Ele afirmou não ter recebido convite formal. “Eu não recebi convite formal de ninguém até agora. Recebi algumas pessoas que querem conversar”, respondeu. 

Ele acrescentou que assim que receber convites para retornar à iniciativa privada, os encaminhará à Comissão de Ética da Presidência da República, responsável por dizer se é necessária quarentena ou não. “A única decisão que eu tenho é que não sou mais candidato. Eu só estive com ele duas vezes. Ninguém tratou sobre o que eu vou fazer quando deixar de ser deputado ou ministro”.

O Twitter atenderá ao pedido de Elon Musk para fornecer dados internos, como parte de um impasse sobre a contestada oferta de US$ 44 bilhões do magnata para comprar a plataforma, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (8).

A notícia chega poucos dias depois que o CEO da Tesla ameaçou desistir do acordo para comprar o Twitter, acusando a rede social de não fornecer dados sobre contas falsas.

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Os jornais The Washington Post e The New York Times e o site Axios citaram fontes anônimas próximas às negociações segundo as quais o conselho do Twitter decidiu dar a Musk acesso total aos dados internos com as centenas de milhões de tuítes que são publicados diariamente na plataforma.

"Isso acabaria com o maior impasse entre Musk e o conselho sobre essa questão crucial que suspendeu o acordo", escreveu Dan Ives, analista da Wedbush, em um tuíte.

O CEO do Twitter, Parag Agrawal, afirmou que menos de 5% das contas ativas do Twitter são bots (robôs), sem que essa análise possa ser replicada externamente em função da política de proteção de dados.

Cerca de duas dúzias de empresas já pagam para acessar o enorme acervo de dados internos do Twitter, que inclui o registro de tuítes e informações sobre contas e dispositivos dos quais as mensagens são enviadas, disse o Post.

O Twitter se recusou a comentar a informação, mas defendeu sua resposta às sugestões de Musk, prometendo concluir o acordo nos termos originais.

O imprevisível Musk concordou em comprar o Twitter por US$ 44 bilhões no final de abril.

O principal executivo jurídico do Twitter disse aos funcionários que uma votação especial dos acionistas para aprovar a aquisição pode ocorrer no final de julho ou início de agosto, segundo a Bloomberg.

Musk começou a fazer um barulho considerável em torno das contas falsas em meados de maio, quando disse que desistiria da transação se suas preocupações não fossem abordadas.

Alguns analistas viram o questionamento de Musk ao Twitter como um meio de encerrar o processo de compra ou como um método de pressionar o Twitter para baixar o preço de aquisição.

As ações do Twitter fecharam ligeiramente acima de US$ 40 nesta quarta-feira, consideravelmente abaixo dos US$ 54,20 que Musk concordou em pagar quando assinou o acordo de compra.

Um acionista do Twitter está processando Elon Musk, que aspira à aquisição da empresa, acusando-o de manipular o mercado para ter uma escapatória de sua oferta de US$ 44 bilhões ou espaço para negociar um desconto.

Segundo a ação judicial, o bilionário da Tesla tuitou e fez declarações destinadas a criar dúvidas sobre o negócio, que vem agitando a rede social há semanas.

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Apresentado nesta quarta-feira (26), o processo busca status de ação coletiva e pede a um tribunal federal em San Francisco que apoie a validade do negócio e conceda aos acionistas quaisquer danos permitidos por lei.

Musk disse na semana passada que sua oferta para comprar o Twitter não seria mantida se ele não recebesse informações sobre o número de contas falsas na plataforma, adicionando mais incerteza a sua caótica perseguição.

O tweet de Musk afirmando que o acordo de aquisição estava “temporariamente suspenso” vai contra o fato de que não há nada no contrato de compra que permita isso, argumenta o processo.

O magnata negociou a aquisição no final de abril sem realizar as devidas diligências esperadas em negociações desse porte, de acordo com a ação movida por William Heresniak, do estado americano da Virgínia.

O contrato resultante precisava apenas da aprovação dos acionistas do Twitter e de reguladores, e seria fechado até 24 de outubro deste ano, apontam os documentos.

O processo também ressalta que Musk estava plenamente ciente de que várias contas do Twitter são controladas por “bots”, em vez de pessoas reais. Ele inclusive já tuitou sobre o tema antes de fazer sua oferta.

“Musk passou a fazer declarações, enviar tweets, e se envolver em condutas destinadas a criar dúvidas sobre o negócio e abaixar substancialmente os preços das ações do Twitter”, diz a ação.

Seu objetivo, argumenta, era ganhar vantagem para adquirir o Twitter por um valor muito menor ou sair da negociação sem sofrer qualquer penalidade.

“A manipulação feita por Musk funcionou. O Twitter perdeu US$ 8 bilhões em valor de mercado desde que a aquisição foi anunciada”, afirma o processo.

As ações da rede social fecharam nesta quinta-feira levemente em alta a US$ 39,52, em um sinal de dúvida dos investidores sobre se a aquisição será consumida a US$ 54,20 por ação, conforme a oferta de Musk.

"O desrespeito de Musk pelas leis de valores mobiliários demonstra como alguém pode ostentar a lei e o código tributário para construir sua riqueza às custas dos outros americanos", diz o processo judicial.

O Twitter afirmou em documentos regulatórios que está comprometido em concluir a aquisição sem demora no preço e nos termos acordados.

Musk não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado à assessoria de imprensa da Tesla.

Na última sexta-feira (20), o bilionário Elon Musk recebeu uma homenagem da apresentadora Patrícia Abravanel. Após tietar o empresário em um evento, em São Paulo, que também teve a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), a filha de Silvio Santos gerou polêmica no Instagram. Patrícia publicou um texto comparando Musk a Noé, personalidade bíblica.

"O Senhor disse a Noé que construísse uma arca na qual sua família e 'tudo o que vive, de toda a carne' (Gênesis 6:19) fossem salvos do Dilúvio. Noé foi tido por louco. Estudiosos dizem que nunca havia chovido na terra antes. Mas lá estava Noé, falando de um dilúvio e construindo um barco gigante. Seria Noé um louco ou um visionário habilidoso escolhido por Deus?", começou ela, na postagem.

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De acordo com a comunicadora do SBT, Eslon Musk é um gênio "por todos seus feitos já realizados". Assim que a publicação veio à tona, muita gente detonou a postura de Patrícia. "Patrícia Abravanel transformou o bilionário em herói bíblico. Um exemplo perfeito de como a religião é usada pelo capitalismo. Perfeito e assustador", escreveu uma pessoa no Twitter. O conteúdo divulgado por Patrícia Abravanel teve os comentários desabilitados.

Confira a publicação de Patrícia Abravanel:

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (20), que defende o uso livre do Twitter, exceto em publicações que culminam em práticas criminosas. A declaração foi feita durante entrevista à imprensa, após o encontro do mandatário com o bilionário Elon Musk, que visita o Brasil para conversar com o líder do Executivo em questões envolvendo a floresta amazônica. 

Questionado por um jornalista sobre mudanças no Twitter, Bolsonaro disse que só o que infringir a lei deve ser banido. A rede social está negociando um acordo bilionário com Elon Musk, que já é o maior acionista do aplicativo de interação e deve se tornar oficialmente dono em breve. 

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“Não toquei nesse assunto especificamente, mas o que eu sei é que ele [Elon] é a favor da liberdade total de expressão. O que estiver definido de lei, pedofilia, essas coisas, não se discute. Você tem que ir para cima do responsável por esses atos criminosos. Agora, criticar o Executivo, Legislativo, Judiciário, ou criticar jornalistas, não têm problema nenhum. E alguns querem avançar no Brasil nessa crítica, e aí, no meu entender, já ultrapassa a fronteira da censura. Não podemos admitir”, declarou o presidente. 

O líder brasileiro continuou e, indiretamente, se referiu ao Supremo Tribunal Federal (STF) como um poder que age arbitrariamente. “Muitas vezes você derruba uma página e desmonetiza, quem faz esse trabalho? Por que que um poder está fazendo isso, sem lei que garanta isso?”, questionou. 

Encontro com Elon Musk 

Jair Bolsonaro aproveitou para repercutir sua relação com o empresário Elon Musk, a qual chamou de “início de um namoro”. O chefe do Executivo disse ter certeza de que esse “primeiro contato” resultará em “casamento”, muito em breve.  

“É a primeira vinda aqui, o primeiro contato. É o início de um namoro. Tenho certeza que vai acabar em casamento brevemente. É uma questão bastante objetiva, que [Musk] quer concretizar os seus sonhos de forma mais rápida possível”, analisou Bolsonaro. 

Segundo o presidente, o governo visa agilizar a desburocratização e as regulamentações em relação aos empreendimentos de Musk. “Essa parceria nos interessa muito”, frisou o mandatário durante entrevista coletiva para detalhar o encontro com o empresário. Mais cedo, o chefe do Executivo federal chamou Musk de “mito da liberdade” e que a compra (ainda não concluída) do Twitter pelo bilionário foi como “um sopro de esperança”. 

 

O bilionário Elon Musk rejeitou as acusações de ter agredido sexualmente uma comissária de bordo há seis anos e denunciou o que definiu como um complô "político".

"Essas acusações são totalmente falsas", reagiu o presidente-executivo da Tesla e o homem mais rico do mundo no Twitter, a rede social que ele quer comprar, após um artigo publicado na quinta-feira.

O canal online independente Insider informou que a empresa aeroespacial de Musk, SpaceX, pagou 250 mil dólares a uma mulher em 2018 para encerrar um processo de comportamento inadequado contra o bilionário.

O empresário de 50 anos, segundo a reportagem, mostrou a ela seu pênis ereto, tocou suas pernas sem consentimento e pediu um ato sexual enquanto recebia uma massagem da mulher em um voo particular para Londres. O artigo cita uma pessoa que dizia ser amiga da comissária de bordo.

"Os ataques a mim devem ser vistos por um prisma político: é a maneira usual (desprezível) de agir", tuitou Musk na quinta-feira, sem especificar a quem se referia.

"Desafio essa mentirosa que diz que sua amiga me viu 'descoberto': diga uma coisa, qualquer coisa (cicatrizes, tatuagens...) que não seja de conhecimento público", disse ele.

"Ela não será capaz de fazer isso, porque isso nunca aconteceu."

O empresário nascido na África do Sul - e que tem nacionalidade sul-africana, americana e canadense - se aproximou recentemente dos republicanos, após apoio anterior aos democratas.

"Agora veja como eles estão desdobrando sua campanha de truques sujos contra mim", acrescentou Musk, cuja fortuna é estimada em mais de 200 bilhões de dólares.

O empresário suspendeu sua oferta de 44 bilhões de dólares pelo Twitter nesta semana devido à falta de clareza sobre o número de contas falsas na plataforma, mas disse que "continua comprometido" em concluir o acordo.

Inicialmente conhecido como o fundador da Tesla, empreendimento que lhe rendeu fortuna, Musk, pai de oito filhos e divorciado três vezes, tornou-se uma figura central do neocapitalismo americano com suas ambições extraplanetárias e ideias políticas, amplamente difundidas por ele nas redes sociais.

O bilionário Elon Musk está a caminho do Brasil e deve se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (20), em São Paulo. A informação foi confirmada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Elon Musk, que anunciou o acordo de compra do Twitter em abril deste ano, por cerca de US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 215 bilhões), é o homem mais rico do mundo com um patrimônio avaliado em US$ 273 bilhões (R$ 1,3 trilhão), de acordo com o ranking da Blooberg. Ele também é dono da SpaceX e da Tesla.

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No Twitter, Fábio Faria informou que Musk se encontrará com Bolsonaro para “tratar com o governo brasileiro sobre Conectividade e Proteção da Amazônia”.

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--> Elon Musk ameaça não prosseguir com compra do Twitter

O bilionário Elon Musk afirmou nesta terça-feira (17) que a aquisição do Twitter não vai prosseguir, a menos que ele receba garantias de que menos de 5% das contas na plataforma são falsas.

"Ontem, o CEO do Twitter se recusou publicamente a mostrar provas de

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"O acordo não pode avançar até que ele faça isto", completou.

O CEO da SpaceX e da Tesla é atualmente a pessoa mais rica do planeta, segundo a revista Forbes, com uma fortuna avaliada em 230 bilhões de dólares.

Musk, que é considerado pelos fãs um gênio iconoclasta e por seus críticos um megalomaníaco errático, surpreendeu o mundo das finanças em abril ao anunciar a intenção de comprar o Twitter.

Mas sua oferta de 44 bilhões de dólares está suspensa até que uma solução seja apresentada sobre o número de contas falsas, conhecidas como "bots".

O CEO do Twitter, Parag Agrawal, afirma que a plataforma suspende mais de meio milhão de contas que parecem falsas a cada dia, geralmente antes mesmo de serem vistas, e bloqueia milhões por semana que não passam nas verificações para garantir que sejam controladas por humanos e não por um software.

O bilionário Elon Musk suspendeu temporariamente o acordo para a compra do Twitter após a rede social estimar que as contas falsas ou de spam representam menos de 5% de seus usuários ativos.

O dado está em um documento sobre os resultados do primeiro trimestre protocolado pela empresa. "Acordo do Twitter temporariamente suspenso, na espera de detalhes que sustentem o cálculo de que as contas falsas e de spam de fato representam menos de 5% dos usuários", escreveu Musk nas redes sociais.

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No fim de abril, o conselho de administração do Twitter aceitou uma oferta do homem mais rico do mundo para comprar 100% das ações da rede social por cerca de US$ 44 bilhões. Com isso, a empresa se tornará uma companhia de capital fechado e com um único dono.

A operação, no entanto, ainda precisa do aval dos acionistas e de órgãos reguladores. Uma das promessas de Musk é a de eliminar as contas falsas no Twitter. 

Da Ansa

Elon Musk disse nesta terça-feira (10) que suspenderia a proibição de o ex-presidente americano Donald Trump usar o Twitter se o acordo para comprar a rede social sair adiante.

"Eu reverteria a proibição", disse o bilionário em conferência do jornal Financial Times, embora tenha esclarecido que como ainda não é proprietário do Twitter, "não é certo que isto vá acontecer".

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A oferta de 44 bilhões de dólares do dono da Tesla para comprar o Twitter ainda precisa do apoio de acionistas e reguladores, mas Musk se manifestou favorável a uma menor moderação do conteúdo e menos restrições na rede social.

"Penso que não foi correto banir Donald Trump", disse Musk.

"Acho que foi um erro porque marginalizou grande parte do país e, em última instância, não resultou em que Donald Trump não tivesse voz", acrescentou.

Trump foi banido do Twitter e de outras redes sociais depois que seus apoiadores, estimulados por seus tuítes alegando fraude eleitoral, atacaram o Congresso americano em 6 de janeiro de 2021, em uma tentativa frustrada de evitar que Joe Biden fosse certificado como o vencedor das eleições presidenciais de 2020.

Musk afirmou que sua postura é simular à do cofundador do Twitter, Jack Dorsey, em relação a que as proibições permanentes deveriam ser raras, reservadas para contas que são spam, fraudes ou executadas por "bots" de software.

"Isso não significa que alguém possa dizer o que quiser dizer", afirmou Musk. "Se dizem algo que é ilegal ou simplesmente destrutivo para o mundo, então talvez deveria haver um tempo de espera, uma suspensão ou esse tuíte em particular deveria se tornar invisível ou ter uma visibilidade muito limitada".

No entanto, Musk insistiu em que as proibições permanentes são uma "decisão moralmente ruim", que abala a confiança no Twitter como uma praça pública on-line onde todos podem ser ouvidos.

O bilionário destacou que Trump declarou publicamente que não voltaria ao Twitter se lhe fosse permitido, optando, ao contrário, por permanecer com sua própria rede social, que ainda não conseguiu se popularizar.

Depois de quase seis meses no espaço, três astronautas americanos e um alemão voltaram à Terra nesta sexta-feira (6) a bordo de uma cápsula da SpaceX, que pousou na costa da Flórida.

A cápsula Dragon, que levava os americanos Kayla Barron, Raja Chari e Tom Marshburn, assim como o astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA) Matthias Maurer, se separou da Estação Espacial Internacional (ISS) e depois de 23 horas de viagem aterrissou às 01h43 (horário de Brasília).

"Em nome de toda a equipe da SpaceX, bem-vindos à casa", disse um funcionário da empresa americana.

A tripulação, chamada Crew-3, passou seus últimos dias a bordo da ISS realizando a transferência com a Crew-4, também composta por quatro astronautas (três americanos e um italiano).

Estes últimos decolaram da Flórida há uma semana, com a SpaceX.

Na ISS ainda restam três russos, que chegaram com um foguete russo Soyuz.

Foi a sexta aterrissagem de uma cápsula Dragon tripulada da SpaceX, que transporta regularmente astronautas à ISS a pedido da Nasa.

Matthias Maurer é o décimo segundo astronauta alemão no espaço. O chanceler alemão Olaf Scholz lhe desejou no Twitter "uma boa viagem de volta" e destacou "todas as novas descobertas realizadas no espaço".

Os membros da Crew-3 realizaram diversos experimentos científicos. Estudaram, por exemplo, como endurecer o cimento em condições de falta de gravidade, o que poderia ser importante para futuras construções, como na Lua.

E fizeram a segunda colheita de pimentas a bordo da estação.

Durante a estadia, eles também foram visitados por uma missão privada, composta por três empresários que pagaram dezenas de milhões de dólares cada um para passar duas semanas a bordo da ISS. Os visitantes viajaram com a SpaceX.

O novo dono do Twitter, Elon Musk, ainda terá que submeter seus tuítes sobre sua empresa de carros elétricos Tesla a aprovação prévia, depois que um juiz negou nesta quarta-feira um recurso com o qual ele buscava ser liberado dessa supervisão.

Musk entrou com um recurso em março para anular as restrições impostas pela Securities and Exchange Commission (SEC) devido a um tuíte publicado em 2018 no qual ele disse que havia adquirido um financiamento para tirar a Tesla da bolsa, mas não apresentou provas ou documentos ante o regulador do mercado de ações americano.

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O tuíte, que elevou fortemente os preços das ações, foi considerado "falso e enganoso" e os acionistas acusaram a Tesla de fraude de valores. A SEC também acusou Musk de fraude e ordenou que ele renunciasse à presidência do conselho de administração da empresa, pagasse uma multa de US$ 20 milhões e, após outro tuíte (no começo de 2019), exigiu que todos os seus tuítes relacionados diretamente com os negócios da empresa fossem aprovados previamente por um advogado competente.

Musk disse que foi obrigado a aceitar o acordo e negou ter mentido aos acionistas. No entanto, "a afirmação de Musk de que foi vítima de coação econômica é totalmente pouco convincente", escreveu o juiz Lewis Liman em sua sentença. Ele disse que o argumento de Musk de que a SEC usou o acordo "para intimidá-lo" e investigar suas publicações "não tem mérito" e é "particularmente irônico", uma vez que os direitos de liberdade de expressão não permitem que ele faça declarações "consideradas fraudulentas" ou que violem as leis de valores.

Figuras-chave do Partido Democrata, como o ex-presidente Barack Obama, e conhecidas personalidades progressistas americanas perderam milhares de seguidores desde que os planos de Elon Musk de adquirir o Twitter se tornaram públicos, enquanto políticos de direita recuperaram adeptos.

Musk, o homem mais rico do mundo, chegou a um acordo na segunda-feira (25) para comprar esta plataforma social com sede nos Estados Unidos por US$ 44 bilhões.

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A notícia gerou entusiasmo entre os seguidores de Musk, que se considera um defensor da liberdade de expressão, e horrorizou aqueles que promovem a moderação da desinformação e dos discursos de ódio.

Os anúncios de saída da plataforma viraram tendência no Twitter e, em questão de horas, muitos cumpriram o prometido.

Obama, a pessoa mais popular nesta rede, com mais de 131 milhões de seguidores, perdeu 300.000 na primeira noite, segundo a rede NBC.

Em contraste, a polêmica legisladora republicana Marjorie Taylor Greene aumentou em quase 100.000 o número de seguidores de sua conta oficial no Twitter em 24 horas.

Uma aliada do ex-presidente Donald Trump que teve seu perfil pessoal fechado pela plataforma, Marjorie elogiou a aquisição. A representante de direita antecipa que, com a conclusão do acordo, "devo ter minha conta pessoal no Twitter restaurada".

Na terça-feira (26), a rede social disse à AFP que está monitorando a situação. Por enquanto, afirmaram as fontes consultadas pela AFP, as flutuações parecem ser orgânicas e, em grande parte, devido à criação de novas contas e à desativação de contas existentes.

Musk disse que quer aumentar a confiança no Twitter, plataforma que ele diz ver como uma praça pública digital para livre-expressão e debate.

A rede social Twitter, que está em processo de compra pelo empresário Elon Musk, "terá que se adaptar totalmente às regras europeias", independente das orientações do novo acionista em matéria de liberdade de expressão, declarou nesta terça-feira (26) o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton.

"Quem quer que sejam os novos acionistas, o Twitter agora terá que se adaptar totalmente às regras europeias", declarou Breton à AFP.

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Breton mencionou especialmente o novo regulamento sobre serviços digitais, o Digital Services Act (DSA), concluído no sábado pelos legisladores da UE e que obrigará as grandes plataformas a combater melhor os conteúdos ilegais.

"Seja sobre assédio online, venda de produtos defeituosos, pornografia infantil ou apelos a atos terroristas, o Twitter terá que se adaptar às nossas regulamentações europeias, que não existem nos Estados Unidos", acrescentou o comissário europeu.

Breton preparou esta nova legislação europeia com a comissária da Concorrência, Margrethe Vestager.

Elon Musk prometeu mais liberdade no Twitter, provocando um animado debate sobre o futuro da rede social.

Alguns se preocupam com uma plataforma que pode se tornar mais tóxica.

Musk, no entanto, reconheceu que existem limites impostos por lei.

O DSA, que será aplicado em alguns meses, assim que o processo legislativo terminar, atualiza a diretiva de e-commerce, surgida há 20 anos, quando gigantes da tecnologia, como Facebook (Meta) e Amazon, acabavam de dar seus primeiros passos.

O objetivo é acabar com zonas que escapam ao direito e abusos na internet, ao mesmo tempo em que defende melhor os direitos dos usuários.

O novo regulamento estipula a obrigação de remover "prontamente" todos os conteúdos ilegais (de acordo com as leis nacionais e europeias) a partir do momento em que a plataforma toma conhecimento da sua presença.

E obriga as redes sociais a suspender usuários que violam a lei "frequentemente".

Vigilância de Bruxelas

No centro do projeto estão as novas obrigações impostas às "maiores plataformas" com "mais de 45 milhões de usuários ativos" na UE, incluindo o Twitter.

Esses atores terão que avaliar por si mesmos os riscos relacionados ao uso de seus serviços e instalar meios eficazes para remover conteúdo problemático, além de praticar o aumento da transparência sobre seus dados e algoritmos de recomendação.

Estarão sujeitos a uma auditoria anual, realizada por entidades independentes sob a supervisão da Comissão Europeia, que poderá aplicar multas até 6% das suas vendas anuais em caso de sucessivas infrações.

"Agora temos um regulamento e é muito claro. Será preciso, para ter o direito de operar na Europa, que as plataformas se adaptem às regras", disse Breton.

"Se não houvesse DSA, teríamos um Twitter que talvez fizesse coisas contrárias ao interesse geral europeu", apontou.

Mas "não é a regulamentação deles que será imposta na Europa, mas a nossa à qual a plataforma terá que se adaptar", acrescentou.

Sobre o eventual retorno do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Twitter, Breton lembrou que a DSA também regulamenta as decisões de proibição, estabelecendo condições e possibilidades de recurso.

"Teremos regras muito claras, bastante precisas, democráticas, legíveis, para decidir sobre a proibição de um usuário", disse.

"Entre nós, é claro que a proibição será possível e necessária em alguns casos, mas sob controle democrático", pontualizou.

Conquista do espaço: feito. Disrupção da indústria automobilística: feito. Assumir o controle do Twitter: feito. De empresário excêntrico a homem mais rico do mundo, Elon Musk gosta de sonhar alto e hoje em dia é onipresente.

Duas décadas depois de acumular seus primeiros milhões, o sul-africano se tornou no ano passado a pessoa mais rica do mundo, arrebatando o posto de Jeff Bezos, da Amazon, após a ascensão meteórica da Tesla, sua empresa de automóveis elétricos, fundada em 2003.

A última grande reviravolta do bilionário foi a aquisição do Twitter por 44 bilhões de dólares, segundo o anúncio divulgado nesta segunda-feira (25), encerrando 15 dias de idas e vindas que Musk tem pontuado, como lhe é característico, disparando tuítes em sua plataforma favorita.

"A liberdade de expressão é a base de uma democracia que funciona, e o Twitter é a praça pública digital, onde os temas vitais para o futuro da humanidade são debatidos", declarou Musk no comunicado em que se anuncia a compra do Twitter.

O presidente Jair Bolsonaro retuitou uma postagem na qual Musk declara, em inglês: "espero que até mesmo meus maiores críticos permaneçam no Twitter porque é isto que significa liberdade de expressão".

Há algumas semanas, este homem de 50 anos era notícia quando a Tesla inaugurou uma "gigafábrica" do tamanho de 100 campos de futebol no Texas, onde a empresa tem agora sua sede e o próprio Musk se mudou da Califórnia.

Ao mesmo tempo, sua empresa de transporte espacial SpaceX rompia outro limite como sócia de uma iniciativa para enviar a primeira missão totalmente privada à Estação Espacial Internacional.

Musk também é notícia em temas menos lisonjeiros: a Tesla enfrentou uma série de ações por discriminação e assédio contra trabalhadores negros, bem como de assédio sexual.

Paralelamente ao fluxo de notícias empresariais, a personalidade do bilionário flerta com a polêmica através de um estilo desenfreado no Twitter. Sua determinação em viver segundo suas próprias regras também na esfera privada mantém ocupada a imprensa de fofocas.

Recentemente soube-se que Musk teve um segundo filho com sua companheira, a cantora Grimes: uma menina a quem chamaram Dark Sideræl Musk, embora os pais - que mantêm um relacionamento de rompimentos e reconciliações - vão chamá-la rotineiramente de Y.

No Twitter, ele desafiou recentemente o presidente russo, Vladimir Putin, a lutar, e comparou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, a Adolf Hitler.

Em maio de 2021, ele revelou sofrer de síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista.

De uma forma ou outra, Musk se tornou uma das personalidades mais onipresente desta época. Mas como chegou até aqui.

- Para Marte... E além? -

Nascido em Pretória em 28 de junho de 1971, filho de um engenheiro sul-africano e uma modelo canadense, Musk deixou a África do Sul ao final da adolescência para frequentar a Universidade de Queen, em Ontário.

Depois de dois anos, transferiu-se para a Universidade da Pensilvânia e se formou em física e negócios.

Após se formar na prestigiosa universidade da Ivy League, abandonou os planos de continuar estudando na Universidade Stanford.

Fundou, então, a Zip2, uma empresa de software de edição on-line para meios de comunicação.

Antes de completar 30 anos, ganhou seus primeiros milhões quando vendeu a Zip2 para o fabricante americano de computadores Compaq por mais de 300 milhões de dólares, em 1999.

A empresa seguinte de Musk, X.com, acabou fundindo-se com a PayPal, empresa de pagamentos online comprada pelo eBay, gigante dos leilões pela internet, por 1,5 bilhão de dólares em 2002.

Após deixar o PayPal, Musk se envolveu em uma série de empreendimentos cada vez mais ambiciosos.

Ele fundou a SpaceX em 2002, empresa da qual agora é diretor-executivo e de tecnologia, e se tornou presidente da fabricante de veículos elétricos Tesla em 2004.

Depois de algumas falhas e quase acidentes, a SpaceX aperfeiçoou a arte de fazer pousar foguetes em solo ou plataformas marítimas, tornando-os reutilizáveis. No fim do ano passado, enviou quatro turistas ao espaço, na primeira missão orbital sem astronautas profissionais a bordo.

A empresa de Musk, chamada de forma irônica de The Boring Company (a empresa enfadonha), está promovendo um sistema de transporte ferroviário ultrarrápido, o Hyperloop, que transportaria passageiros a velocidades quase supersônicas.

E o empresário tem dito que quer transformar os humanos em uma "espécie interplanetária", estabelecendo uma primeira colônia em Marte.

Para isso, a SpaceX está desenvolvendo um protótipo de foguete, o Starship, que prevê levar tripulantes e carga para a Lua, Marte e além. O bilionário diz ter "confiança" em que um teste orbital vá ocorrer ainda este ano.

Enquanto isso, a Tesla é um imenso sucesso industrial e financeiro, com lucros recorde de 5,5 bilhões de dólares em 2021 e uma gigantesca capitalização em bolsa.

"Penso que sei mais de produção industrial que outra pessoa no mundo", vangloriou-se Musk recentemente.

Musk tem nacionalidade americana, canadense e sul-africana, casou-se e divorciou-se três vezes, uma com a escritora canadense Justine Wilson e duas com a atriz Talulah Riley. Ele tem sete filhos - o oitavo morreu ainda criança.

Sua fortuna é estimada em 269 bilhões de dólares.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta segunda-feira (25) voltar à rede social Twitter, da qual foi banido em janeiro de 2021, apesar da anunciada compra da plataforma pelo bilionário Elon Musk.

"Não vou para o Twitter, ficarei no Truth", declarou Trump à emissora Fox News, referindo-se à plataforma Truth Social, lançada em fevereiro como uma alternativa ao Facebook, Twitter e YouTube.

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"Espero que Elon compre o Twitter, porque o melhorará e é um homem bom, mas eu fico no Truth", ressaltou o ex-presidente, justificando que "o Twitter tem bots (robôs) e contas falsas".

O Twitter suspendeu em 8 de janeiro de 2021 a conta de Trump, que contava com quase 89 milhões de seguidores com os quais se comunicava diariamente, por incitar a violência e propagar notícias falsas.

Dois dias antes, milhares de apoiadores do bilionário republicano invadiram violentamente o Capitólio em Washington para tentar interromper a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020.

Musk, o homem mais rico do mundo, chegou nesta segunda-feira um acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões, o que lhe dará o controle de uma das redes sociais mais influentes do planeta.

O Twitter anunciou nesta sexta-feira (15) medidas para resistir à oferta pública de aquisição hostil feita por Elon Musk no valor de 43 bilhões de dólares, destinada a comprar a rede social para transformá-la em uma plataforma que garanta a liberdade de expressão.

A estratégia de ações do Twitter contra o homem mais rico do planeta é conhecida como "pílula de veneno" no jargão financeiro.

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A medida torna mais difícil para um acionista acumular muita participação da empresa sem a aprovação do conselho, ativando uma opção que permite que outros investidores comprem mais ações com desconto.

Isso aumentaria muito o preço que Musk teria que pagar para assumir o controle total da rede social.

A medida será ativada se Musk adquirir mais de 15% das ações da empresa sem a autorização do conselho. O magnata sul-africano, dono da montadora de carros elétricos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX, detém atualmente pouco mais de 9% do capital social do Twitter.

O plano "reduzirá a probabilidade de qualquer entidade, pessoa ou grupo obter o controle do Twitter por meio da acumulação de mercado aberto sem pagar a todos os acionistas um prêmio de controle adequado ou dar ao conselho de administração tempo suficiente para tomar decisões informadas", explicou a empresa sediada em San Francisco.

O Twitter mostra assim que pretende resistir à proposta do popular empresário de comprar a rede social e torná-la uma empresa de capital fechado.

"É uma tática defensiva que era previsível", afirmou Dan Ives, analista da Wedbush. Mas não será vista "de forma positiva" pelos acionistas, devido ao risco de uma "diluição" das ações contraproducente.

E o plano "certamente será combatido na justiça", porque o conselho de administração tem a obrigação de agir no interesse da empresa e aumentar seu valor para os acionistas.

- Sempre provocador -

Elon Musk abalou o mundo das ações e da tecnologia na quarta-feira, quando anunciou uma proposta para comprar o Twitter a um preço de US$ 43,4 bilhões, acima do valor atual de US$ 36 bilhões.

Seu plano enfrenta questionamentos em várias frentes, incluindo uma possível rejeição e o desafio de levantar o dinheiro oferecido, mas pode ter ampla repercussão na rede social se for concretizado.

Na quinta-feira, Musk declarou que tem "fundos suficientes" para a transação e disse que tinha um plano B caso o conselho do Twitter rejeitasse a oferta. Além disso, ele enfatizou que não estava procurando ganhar dinheiro com a aquisição, durante uma entrevista ao vivo na conferência Ted2022.

O bilionário não detalhou como financiaria a compra, mas provavelmente teria que se endividar ou vender algumas de suas ações da Tesla ou da SpaceX.

Muito ativo e popular no Twitter, onde tem cerca de 82 milhões de seguidores, mas ao mesmo tempo muito crítico em relação à política de moderação de conteúdo da plataforma, Musk diz que quer tornar a rede social a plataforma de "liberdade de expressão", com menos limites sobre o que os usuários podem escrever.

Tendo comprado 73,5 milhões de ações ordinárias da empresa no início da semana passada, ele foi convidado a se juntar ao conselho de administração, mas acabou recusando a oferta, após oferecer uma série de sugestões para modificar a plataforma, incluindo a adição de um botão para editar tuítes ou o remoção de publicidade, principal fonte de renda do Twitter.

Adepto de polêmicas e piadas, Musk também publicou alguns tuítes provocativos, questionando se o Twitter não estaria "morrendo" porque algumas contas com muitos seguidores postam pouco conteúdo.

Na quinta-feira, o magnata reconheceu que não tinha "certeza de poder comprar" a empresa e explicou que esperava reunir o maior número possível de acionistas em seu projeto. No entanto, não poderá mais contar com pelo menos um deles.

O príncipe saudita Alwaleed bin Talal disse no Twitter que rejeitou uma oferta muito baixa. Musk respondeu ironicamente sobre a "liberdade de expressão da mídia" na Arábia Saudita.

Mas a influência e a pressão de Musk deixaram pouca escolha aos executivos do Twitter, disseram analistas da Wedbush Securities, que acreditam que o conselho de administração da rede social terá que aceitar a oferta ou encontrar outro comprador.

"Achamos que esta novela terminará com a aquisição do Twitter por Musk após essa aquisição hostil", disseram eles em nota na quinta-feira, antecipando uma onda de possíveis perguntas sobre financiamento, aspectos regulatórios e como o bilionário dividiria seu tempo entre suas várias empresas.

"O conselho não gosta de Musk porque discorda dele em quase tudo e seu estilo é incompatível com a cultura corporativa" do Twitter, disse Dan Ives em uma análise publicada quinta-feira no Daily Mail.

Mas o conselho não tem muita escolha, ainda segundo Ives, porque "Musk parece tão determinado a administrar o Twitter quanto a SpaceX ou a Tesla".

Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla, desistiu de integrar o conselho de administração do Twitter, segundo informou o presidente executivo da rede social, Parag Agrawal. Às 9h04 desta segunda-feira (de Brasília), a ação do Twitter caía 2,86% nos negócios do pré-mercado em Nova York.

"Elon decidiu que não irá mais se juntar ao nosso conselho de administração", disse Agrawal, em tuíte publicado no fim da noite de domingo (10). O anúncio da desistência veio após Musk, que recentemente adquiriu uma fatia de 9,2% no Twitter, passar o fim de semana tuitando críticas, sugestões e aparente piadas sobre a empresa de mídia social.

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Em um dos tuítes, Musk perguntou a seus 81 milhões de seguidores se acreditam que o Twitter está morrendo e apontou que várias contas mais relevantes, como as dos artistas Taylor Swift e Justin Bieber, raramente tuítam. Com informações da Dow Jones Newswires.

Elon Musk, o proprietário da Tesla que agora é membro da junta diretiva do Twitter, se perguntou, neste sábado (9), em sua maneira tipicamente provocativa se a rede social "está morrendo", fazendo alusão a contas com muitos seguidores, porém pouco ativas.

"A maioria dessas 'super' contas raras vezes tuítam e publicam pouco conteúdo. O Twitter está morrendo?", escreveu, acrescentando uma lista dos 10 perfis com mais seguidores.

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O ex-presidente americano Barack Obama aparece na liderança, com 131 milhões de seguidores, seguido de várias estrelas do entretenimento (Justin Bieber, Katy Perry, Rihanna, Taylor Swift, Lady Gaga...) e Elon Musk, que aparece na oitava posição com 81 milhões de seguidores.

"Justin Bieber tuitou apenas uma vez este ano", acrescentou o empresário, que publica mensagens sobre seus negócios, pensamentos pessoais e memes quase todos os dias.

Após se tornar, na segunda-feira (4), o principal acionista do grupo californiano, o multi-milionário garantiu, em um documento enviado ao regulador da bolsa, que sua participação era "passiva", ou seja, que não pretendia influenciar nas grandes decisões estratégicas da plataforma.

Porém, logo foi convidado a se unir à diretoria da empresa pelo seu diretor-geral, Parag Agrawal, que o vê como "um crítico apaixonado e intenso da rede, que é exatamente o que necessitamos".

Musk disse estar ansioso para começar a fazer logo "melhoras significativas no Twitter" e perguntou em uma enquete entre os seus seguidores se eles gostariam que fosse adicionado o botão "editar" na rede social (o que permitiria editar um tuíte depois de publicado online).

Logo depois, o Twitter disse que vai começar a experimentar a ideia.

O fundador da Tesla e da SpaceX tem previsto se reunir em breve com os empregados do Twitter para uma sessão de perguntas e respostas.

Vários empregados do Twitter expressaram sua preocupação após que Musk se juntou à diretoria, citando os comentários do multi-milionário sobre as pessoas transgênero e sua reputação de ser um líder difícil, segundo mensagens de discussão interna, citado pelo Washington Post.

Na quinta (7), Musk publicou uma foto no Twitter onde é visto segurando um cigarro, rodeado por uma nuvem de fumaça. A imagem, retirada de uma de suas aparições no podcast do apresentador Joe Rogan, é acompanhada pela seguinte legenda: "O próximo conselho de administração do Twitter estará genial".

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