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A Justiça Federal no Distrito Federal determinou no domingo, 5, que os servidores públicos federais do grupo de risco não precisam voltar ao trabalho presencial. A decisão foi tomada após uma ação proposta pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindfisco Nacional).

O magistrado acatou o pedido da Sindfisco para suspender Instrução Normativa do Ministério da Economia que determinava a volta do trabalho presencial para todos os servidores partir desta segunda-feira, 6.

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Na prática, permanecerão em trabalho remoto os servidores com idade igual ou superior a 60 anos; fumantes; obesos; com insuficiência cardíaca; com hipertensão arterial; com doença cerebrovascular; com asma moderada ou grave; imunodepressão e imunossupressão; doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); diabetes melito, conforme juízo clínico; doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; neoplasia maligna (exceto câncer não melanótico de pele); cirrose hepática; doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme e talassemia); e gestantes.

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 que pertencem ao grupo de risco de desenvolver a forma mais grave da Covid-19, em caso de contaminação, podem solicitar a realização da prova em uma sala separada. O prazo de solicitação encerra nesta quinta-feira (7). O requerimento pode ser feito por meio do Central de Atendimento, através do número 0800 616161.

Segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pessoas portadoras de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, indivíduos fumantes, gestantes, puérperas poderão fazer a prova em sala separada, mediante a solicitação.

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Por outro lado, não há necessidade de idosos que também compõem o grupo de risco façam a solicitação à Central, pois já serão automaticamente colocados em salas com o menor número de estudantes, de acordo com o Inep. O Enem 2020 terá aplicação da primeira prova nos dias 17 e 24 de janeiro, na versão impressa, enquanto que nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro será realizada a modalidade digital.

O apresentador norte-americano Larry King está internado em uma unidade de saúde de Los Angeles (EUA) com o diagnóstico de Covid-19. Com 87 anos de idade, e comorbidades pré-existentes, ele está isolado e não pode receber visitas de seus familiares. 

Segundo informações da CNN EUA, King está hospitalizado há uma semana no Centro Médico Cedros Sinai, em Los Angeles. Isolado, ele não pode receber visitas nem mesmo de seus familiares. Larry é considerado grupo de risco por ser idoso e pelo histórico de câncer no pulmão, retirado em 2017, além de diabetes tipo dois. 

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Larry King é um dos nomes mais prestigiados da televisão americana. Em 2020, ele apresentou seu talk show Larry King Now,  participou do programas de notícias Extra, da sitcom Maxxx e produziu quatro episódios da série In Case You Didn’t Know with Nick Nanton. 

 

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu nesta quinta-feira, 17, um habeas corpus coletivo para conceder prisão domiciliar a todos os detentos do grupo de risco para o novo coronavírus cumprindo pena em regime semiaberto em unidades prisionais superlotadas na pandemia - desde que não tenham cometido crimes com violência ou grave ameaça. Cerca de 41 mil presos, entre idosos e portadores de comorbidades, podem ser beneficiados com a determinação, segundo levantamento preliminar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Com a decisão, todos os Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais serão notificados a revisar eventuais pedidos envolvendo casos abarcados pelo parecer de Fachin. Isso porque o relaxamento do regime de prisão não é automático, mas deve ser autorizado individualmente pelo juízo responsável. Para serem beneficiados, os presos precisam comprovar, mediante documentação médica, pertencimento ao grupo de risco para covid-19.

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O ministro afirmou que os juízes podem negar a prisão domiciliar ou liberdade provisória quando o presídio não tiver registrado casos do novo coronavírus, a unidade prisional tiver adotado medidas preventivas para evitar a disseminação da doença ou ainda se houver atendimento médico no local.

Fachin atendeu parcialmente a um pedido da Defensoria Pública da União, que queria o regime domiciliar para todas as pessoas presas em locais acima da capacidade, que não tenham cometido crime com uso de violência e que fazem parte do grupo de risco para a covid-19.

A decisão liminar foi tomada sem submissão ao plenário em razão do calendário apertado no Supremo. No parecer, Fachin lembra que, apesar da urgência da matéria, não haveria tempo para pautar o julgamento ainda este ano. O ministro determinou que o mérito do habeas corpus seja analisado pela Segunda Turma após o recesso do Judiciário.

No despacho, Fachin levou em consideração a incidência de casos de covid-19 entre a população carcerária e os servidores do sistema penitenciário. "Os presídios são foco de contágio para o novo coronavírus", escreveu.

O ministro também observou a ‘possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação’ em caso de contração da doença e lembrou que a população carcerária não foi incluída como grupo prioritário no plano nacional de imunização apresentado pelo governo federal.

"Cuida-se de proteger uma população privada de liberdade pertencente ao grupo de risco para a Covid-19. Ou seja, o perigo de lesão à integridade física e morte, em caso de contágio pela doença, é maior que o relativo aos segregados que não estejam inseridos nesse grupo. De onde, portanto, extrai-se a urgência em tutelar direitos fundamentais, em especial, a saúde e a vida, dessa parcela da população carcerária", diz um trecho da decisão.

A decisão vale para presos:

Do grupo de risco em caso de contágio pela covid-19 (idosos ou pessoas com comorbidades);

Internados em unidades prisionais operando acima da sua capacidade;

Que não tenham praticado crimes com violência ou grave ameaça.

Participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 que se enquadram no grupo de risco da Covid-19 podem solicitar atendimento especial na aplicação da prova e realizá-la em uma sala separada. O requerimento deve ser feito por meio da Central de Atendimento, por meio do número 0800 616161.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os idosos que também são do grupo de risco não precisam solicitar o pedido, pois já serão automaticamente colocados em salas com o menor número de estudantes. O instituto diz que alguns participantes já efetuaram a solicitação.  

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Com isso, portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, indivíduos fumantes, gestantes, puérperas poderão fazer a prova em sala separada. O Enem 2020 está marcado para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro (versão digital).

Uma idosa de 120 anos surpreendeu o mundo após se recuperar da Covid-19. Menica Encu, uma simpática vovó de 100 netos, é da Turquia e sua vitória em cima do coronavírus, sendo ela parte do grupo de risco, rodou o planeta nos noticiários e redes sociais. 

Com idade avançada, estimada em 120 anos, Menica Encu foi internada no Hospital Infantil e Maternidade de Sirnak, província que fica no norte da Turquia com o diagnóstico de Covid-19. A idosa passou 15 dias em tratamento, mas venceu a doença e conseguiu deixar a unidade de saúde restabelecida. 

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Segundo o jornal inglês Daily Star, Menica é mãe de 12 filhos e tem 100 netos. Ela declarou que conseguiu se recuperar graças ao “excelente cuidado” que recebeu da equipe médica no hospital em que ficou. 

As eleições municipais, programadas para 15 de novembro, vão acontecer em meio à pandemia do coronavírus. Embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garanta a aplicação dos protocolos de saúde na hora do voto, não haverá uma regra específica para eleitores do grupo de maior risco de contágio deixarem de registrar o voto. Segundo o TSE, pessoas idosas até 70 anos, portadores de doenças crônicas ou pulmonares, gestantes ou mães de recém-nascidos são obrigados a comparecerem às urnas.

O eleitorado que optar por não ir à seção eleitoral exercer o direito ao voto, deverá justificar a ausência. Nos locais em que houver o segundo turno, programado para 29 de novembro, a Justificativa Eleitoral também deve ser feita. A novidade é que, pela primeira vez, todos os eleitores poderão utilizar a internet para explicar a falta. O aplicativo "E-título" do TSE e o site da instituição, além das seções e dos cartórios eleitorais, estarão disponíveis para documentar a abstenção.

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O TSE ainda ressalta que eleitores e mesários que sentirem qualquer sintoma da Covid-19 ou terem sido diagnosticados com a doença, devem apresentar atestado médico para a justificativa da ausência. A abstenção pode ser comunicada até 60 dias após cada turno das eleições.

O SBT se prepara para retomar suas produções, no entanto, uma das maiores estrelas da casa não deve retornar ao batente nem tão cedo. Silvio Santos deve permanecer afastado até 2021, por conta do risco de contaminação pelo novo coronavírus. Aos 89 anos, o dono da emissora, e um de seus apresentadores mais requisitados, faz parte do grupo de risco da Covid-19. 

Segundo o colunista Fefito, Silvio deve permanecer afastado dos programas de auditório até o próximo ano. Segundo o jornalista, o próprio apresentador já chegou a dizer que só voltaria ao trabalho quando fosse lançada uma vacina para o vírus. Silvio faz parte do grupo de risco, por ser idoso, e costuma gravar suas atrações com plateia, o que tornaria suas atividades ainda mais perigosas por conta da aglomeração. 

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Sendo assim, o ‘patrão’ deve voltar ao batente apenas em 2021. Por enquanto, Silvio continuará trabalhando de casa, tomando decisões e controlando a programação da emissora à distância. Enquanto isso, o SBT planeja retomar as gravações de Bake Off, Esquadrão da Moda e iniciar o novo reality de futebol Uma vida, um sonho.

Um bebê com apenas um mês de vida e um idoso de 95 anos que moram no Tocantins se tornaram símbolos de batalha pela saúde e sobrevivência em meio à pandemia de Covid-19, doença grave que há meses assusta pessoas ao redor de todo o mundo.

Atualmente o Brasil tem, segundo dados do Ministério da Saúde, 411.821 casos confirmados, 25.598 mortes atestadas, 4.108 em análise e 166.647 doentes recuperados da doença. Na última quarta-feira (27), a pequena Débora Cristina usou uma fantasia de Mulher Maravilha para deixar o Hospital Dona Regina, em Palmas, e voltar para casa. No mesmo dia, seu Tomas Pereira, que estava internado em um hospital da cidade de Gurupi, finalmente foi liberado.

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Bebê Maravilha

Alessandra Pereira Salviano, mãe de Débora, conta que foi desesperador saber que sua filha tão pequena estava infectada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). “Me pegou de surpresa, eu tava em casa quando eu recebi a ligação falando que ela tinha sido infectada, bem no dia da alta dela. Fiquei muito abalada, eu estava com 10 dias que tinha feito uma cesariana. Rolava no chão desesperada, chorando, pedindo para Deus pra nada acontecer com ela", relatou a mãe.

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Durante 15 dias só podia ver sua filha por vídeos e fotos feitos pela equipe do hospital. Após esse período, Alessandra passou a poder ficar internada com a bebê na “Unidade Canguru” do hospital. “Quando vi a minha vontade era de abraçar, cheirar, eu só queria ir embora com ela. Sou muito grata a Deus pelo cuidado que ela teve das enfermeiras", contou ela. Nesta quinta-feira, Alessandra e Débora devem retornar para a cidade de Novo Acordo, onde mora a família e finalmente acontecerá o reencontro com o pai da pequenina.

Alívio e gratidão

Seu Tomas, de 95 anos, passou 15 dias internado para tratamento da Covid-19 no Hospital Regional, em Gurupi, antes de ser liberado na quarta-feira (27). Ele, que é do grupo de risco devido à idade avançada, mora na cidade de Cariri do Tocantins, onde sua esposa Maria Teodoro de Nazaré, de 80 anos, cumpre isolamento domiciliar com sintomas leves da doença.

"Só agradecer a Deus todas as mensagens de carinho, orações. O sentimento é gratidão, coração aliviado e grato. Não poderia deixar de agradecer em nome da minha família, todos os profissionais da saúde de Cariri, e do HRG que prontamente se dedicaram aos cuidados do meu avó, que neste período de 15 dias, não pôde receber visitas, nem contato. Nossa família está feliz e grata", disse, Walisson Oliveira Sampaio, neto de seu Tomas e dona Maria.

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Desde que registrou seu primeiro caso de contágio, o Brasil contabiliza, até o momento, 22.169 pessoas contaminadas com o novo coronavírus e 1.223 óbitos. Dentre o montante de vítimas fatais, um dado diferencia o país dos demais que enfrentam a pandemia: 25% dos mortos são pacientes com menos de 60 anos e, ou sem qualquer tipo de comorbidade, pessoas que não integravam o chamado grupo de risco. 

Com esse índice, o Brasil supera países como a Espanha, que já contabiliza 166 mil óbitos, a segunda nação com maior número de vítimas fatais no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos da América. Em solo espanhol, apenas 4,6% dos mortos tinha idades abaixo dos 60 e não apresentava condições pré-existentes de saúde. 

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Já entre os brasileiros, segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, baseado em dados do MInistério da Saúde, até o dia 27 de março, 11% das mortes ocorreram entre pessoas com menos de seis décadas de vida, e 15% não apresentavam comorbidades. Esses números, no entanto, aumentam a cada dia e o montante de jovens e pessoas consideradas saudáveis que estão morrendo por conta da covid-19 já representa um quarto dos casos no país. 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde apontaram no início da pandemia que há pessoas mais suscetíveis aos efeitos da covid-19. Idosos, diabéticos, hipertensos, os que têm insuficiência renal crônica, doença respiratória crônica ou doença cardiovascular precisam redobrar a atenção durante a quarentena.

O jornal O Estado de S. Paulo conversou com cinco pessoas consideradas do grupos de risco, de diferentes faixas etárias, com vulnerabilidades distintas, para mostrar a rotina no isolamento social, as privações e quais cuidados estão tomando.

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Ficar em casa contribui para diminuir a proliferação do vírus - por consequência, o número de internações e de mortes. Com todos longe das ruas, fica menos angustiante a vida de quem sabe que o contágio pelo novo coronavírus não será só uma simples gripe.

Gilberto Casanova, de 45 anos, lida com a diabete desde a infância. Na quarentena, precisou deixar o apartamento onde vive com a mulher e se mudou para a casa da mãe.

A aposentada Maria Adélia, de 72 anos, vive levando bronca da filha porque tenta sair de casa.

O estudante Saulo Gian Ferreira, de 16 anos, está à espera de um transplante de coração e tem a imunidade baixa.

É uma situação semelhante à do publicitário Renato Consonni, de 39 anos, e de Cauani Batista, de 8. O primeiro fez há dez anos um transplante multivisceral e a menina passou por cirurgia cardíaca com um mês de vida.

Em vídeo publicado em seu site oficial na última quinta-feira, o médico Dráuzio Varella falou sobre a importância de quem não está no grupo de risco colaborar com essas pessoas. "Não podemos pensar só na gente. Temos de pensar em proteger as pessoas mais frágeis da nossa família, da comunidade e do País inteiro. Temos de reduzir ao máximo o número de transmissões. Agora é a fase mais perigosa de todas. Temos de nos defender dessa maneira, ficando em casa."

'Aceno à noite para reduzir a saudade'

Há duas semanas, o dentista Gilberto Casanova deixou a mulher e mudou-se com o filho de 7 anos para a casa da mãe. Não houve briga nem discussão. O casamento continua, a vida conjugal só precisou ser alterada por causa do novo coronavírus. Gilberto é diabético e a mulher, Gabriela Ferreira, trabalha como dentista no SUS.

A diabete deixa o sistema imunológico mais fraco e, ao longo do tempo, pode causar complicações em coração e rins. Gilberto já teve de colocar três stents para desobstrução de artérias e um balão, quando há entupimento quase completo das veias. Ele também tem problema circulatório. "Se pegar o coronavírus, a chance de ter um desfecho pior é muito alta."

Por isso a opção pelo isolamento na casa da mãe. Gilberto atendia pacientes em consultório particular e está sem trabalhar. Ele também preside a Associação de Diabetes Juvenil (ADJ) e sabe a importância de permanecer isolado. Isso não significa que permaneça o tempo inteiro em casa.

Na quarentena, criou um hábito. Todo dia, por volta das 21 horas, ele e o filho vão de carro encontrar com Gabriela. Um encontro a distância.

Os dois ficam na janela do carro e ela aparece na janela do terceiro do prédio onde moram, em Perdizes, zona oeste de São Paulo. "Esperamos ela chegar em casa, colocar a roupa para lavar, tomar um banho e comer alguma coisa. Aí vamos. É um jeito de matar um pouco a saudade."

'Falo que vou sair e vem bronca'

Maria Adélia, de 72 anos, está impaciente. Ela vive com uma das filhas e o genro. "Levo bronca o tempo inteiro. Falo que vou sair e vem a bronca." Aposentada, tinha como passatempo dar uma volta pelo Mandaqui, visitar a irmã e brincar com a neta. Foi proibida de tudo isso.

A neta aparece de vez em quando no portão da casa, mas fica distante da avó. "Não tenho mais assistido ao noticiário. Fico nervosa, minha pressão começa a oscilar", comenta. Ela tem pedalado na bicicleta ergométrica e ajuda nos afazeres domésticos. "Quando você me ligou a primeira vez não atendi porque estava estendendo roupa. Não estava na rua não, viu?"

A pressão em cima da filha e do genro para sair de casa surtiu um efeito. Ela os convenceu a trazer a irmã para passar a quarentena ao seu lado. "Vou ter alguém para conversar."

Longe da Bahia, mas a salvo em SP

Cirlene Fagundes Batista, de 41 anos, e a filha Cauani, de 8, estão presas em São Paulo. Elas vivem em Salvador e precisam vir à capital paulista a cada seis meses para que a menina faça exames no Instituto do Coração (Incor). Com a pandemia, foram aconselhadas a não pegar o avião de volta para casa.

Cauani nasceu com problema cardíaco e, no primeiro mês de vida, passou por cirurgia. Com 1 ano, precisou fazer uma traqueostomia. Cirlene e a filha estão passando a quarentena na sede da Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente Cardíacos.

O local proporciona hospedagem, alimentação e apoio para quem não tem condições de arcar com despesas em São Paulo durante tratamento no Incor. As duas dividem uma casa com nove quartos com outras duas famílias. "Há bastante ventilação e álcool em gel", diz Cirlene.

A passagem de volta para Salvador ainda não foi comprada. "A gente fica preocupada de estar longe de casa, mas estamos conscientes da importância do isolamento."

À espera de um coração para voltar

O estudante Saulo Gian Ferreira, de 16 anos, é de Arapongas, no Paraná, e em novembro precisou se mudar para São Paulo, pois está na fila de um transplante de coração. O hospital recomenda que a pessoa que vai passar por essa cirurgia fique a no máximo duas horas de distância do local. A mãe, Ana Lúcia Conceição, está com o filho e pediu aos médicos para não saber em que lugar ele está nessa fila. "Acho que me deixaria ainda mais nervosa. Eles podem ligar a qualquer momento e temos de correr para o hospital."

Saulo tem miocardiopatia dilatada não compactada - os sintomas apareceram aos 10 anos. Desde o início deste ano, estuda em uma escola da capital. Agora, as aulas foram interrompidas.

Saulo não vê a hora de a pandemia passar, fazer a cirurgia e voltar para o Paraná. "Está um pouco sem graça ficar aqui. Não é fácil, mas procuro ficar sossegado. Estou preocupado com o coronavírus. Meu pai tem 70 anos. Estou no grupo de risco. O que sinto mais falta é de meus amigos do Paraná."

O melhor lugar para estar hoje

O publicitário Renato Consonni, de 39 anos, acabou isolado, sem querer, quando a pandemia chegou ao Brasil. Desde janeiro, ele se mudou para uma fazenda em São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, para cuidar dos negócios do pai, que morreu no fim do ano passado. "É o melhor lugar em que poderia estar nessa situação."

Em 2010, ele passou por um transplante multivisceral: trocou pâncreas, fígado, duodeno, estômago, intestino e mesentério. Está dentro do grupo de risco por ser imunossuprimido. "Para tentar manter minha imunidade alta procuro fazer sucos. Dificilmente fico gripado."

A cidade onde Consonni vive tem só um caso confirmado do novo coronavírus. De qualquer forma, ele vive atento à higienização das mãos. A vida no campo é provisória. Depois da pandemia, após organizar os negócios da família, pretende voltar a trabalhar no terceiro setor e criar o Instituto Visceral, uma ONG para ajudar pessoas que estão em situações similares às que ele passou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde promove neste sábado (9) o “Dia D de Mobilização” para imunização contra gripe em todo o país. Em Pernambuco, a meta é atender 2,09 milhões de pessoas do grupo prioritário, constituído por gestantes, puérperas, idosos com mais de 60 anos, crianças com idade entre 6 meses e 2 anos, profissionais de saúde, índios, população carcerária e doentes crônicos. A campanha de vacinação começou dia 15 e segue até dia 26 de abril, sendo que este sábado os postos de saúde serão reforçados.

Este ano, o MS incluiu no público alvo puérperas (mulheres no período de até 45 dias após o parto) porque foi constatado que elas apresentam as mesmas condições de saúde das gestantes. Além disso a vacina ajuda a proteger o bebê durante a amamentação.

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Também serão imunizadas pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais: diabetes, transplantadores, obesos, doentes cardíacos/renais/hepáticos/neurológicos crônicos, entre outros. É preciso levar uma prescrição médica especificando o motivo da indicação da dose.

Pacientes que participam de programas de controle de doenças crônicas no Sistema Único de Saúde (SUS) devem ir aos postos em que estão cadastrados para receber a dose, mas estes não precisam da prescrição médica. 

A coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina Melo, esclareceu algumas dúvidas comuns entre a população sobre a imunização. Confira:

- A vacina evita todo tipo de gripe?

Não. Ela protege os tipos de vírus mais circulantes, por isso que todo ano a vacina muda. Este ano a imunização é para os vírus: A/H1N1, conhecido popularmente como gripe suína; A/H3N2; e vírus B, os mais comuns no inverno passado. A vacina só pode combater três deles por vez.

- Por quanto tempo vale a imunização? 

De seis meses a um ano. Por isso é importante lembrar que quem se vacinou no ano anterior precisa tomar nova dose.

- É verdade que ela tem como efeito colateral sintomas de gripe ainda mais fortes? 

Impossível isso acontecer porque é uma vacina de vírus morto. O que pode acontecer é que a pessoa pode ter se contaminado com outros tipos de vírus da influenza que não são imunizados pela vacina, ou ela já estava contaminada com o vírus da influenza e coincidiu.

- De quanto é a eficácia da vacina? 

Em torno de 80%. 

- Quais as contraindicações e por quê? 

A vacina é contraindicada apenas para pessoas com alergia severa a proteína do ovo, porque a vacina é produzida em ovos.

- Pessoas que não fazem parte do grupo de risco também devem se vacinar? 

A campanha envolve somente pessoas do grupo, já que estes correm risco de morte.  Outras pessoas também podem procurar meios de se vacinar, mas seria apenas uma medida de prevenção.

IDOSOS – Neste sábado (9), a partir das 8h, o grupo de participantes do Programa de Atenção ao Idoso (PAI), do Hospital Geral de Areias (HGA), estará reunido na unidade para que todos sejam vacinados contra a gripe. No local, será oferecida salada de frutas e algumas atividades, como jogo de xadrez e venda de artesanatos feitos pelos idosos. O evento ocorre até as 11h e a vacinação até as 17h.

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