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A ameaça de um ataque terrorista forçou um avião da companhia aérea Turkish Airlines, da Turquia, a fazer um pouso de emergência nesta terça-feira. A aeronave, que levava 134 passageiros, saiu de Bangkok, na Tailândia, e pousou em Nova Délhi, na Índia.

Segundo a companhia aérea, um papel com a palavra "bomba" foi encontrado no banheiro do voo TK 65, três horas depois da decolagem. O voo foi desviado para Nova Délhi como forma de precaução. Nenhuma bomba foi encontrada no avião.

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A Turkish Airlines tem sido atormentada com sustos desse tipo recentemente, incluindo cinco casos anteriores de notas encontradas em banheiros que atrapalharam ou desviaram voos, supostamente custando à empresa milhões de dólares. Fonte: Associated Press.

Oitenta e quatro pessoas morreram e outras 31 estão internadas em hospitais, sendo 13 em estado grave, após ingerirem bebida contaminada em Mumbai, no pior incidente deste tipo em mais de uma década na Índia, informou a polícia local neste sábado.

O incidente ocorreu na noite da última quarta-feira, no bairro de Malad, no norte da capital financeira indiana. Quem tomou a bebida passou mal imediatamente.

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O vice-comissário Dhananjay Kulkarni disse que a polícia prendeu cinco pessoas que transportavam e vendiam a bebida caseira adulterada. A agência de notícias Press Trust of India informou que oito policiais foram presos por negligência no dever.

Em 2004, 104 pessoas morreram depois de beber um licor falso, também em Mumbai. As mortes decorrentes de bebidas alcoólicas ilegais são comuns na Índia porque a população mais pobre não consegue arcar com bebidas licenciadas. A bebida ilícita frequentemente é batizada com produtos químicos como pesticidas para aumentar sua potência.

Fonte: Associated Press

A Índia determinou nesta sexta-feira que a Nestlé interrompa a produção e venda do macarrão instantâneo Maggi no país, depois que exames detectaram altos níveis de chumbo.

A Autoridade de Segurança e Padrões Alimentares (FSSAI) ordenou à filial da Nestlé na Índia que retire do mercado "nove variedades de macarrão instantâneo Maggi e que interrompa a produção".

A agência indiana afirma que a empresa suíça infringiu as normas em três pontos: concentrações de chumbo que superam o limite estabelecido, rótulos enganosos sobre a presença de glutamato monossódico, um polêmico aditivo alimentar, e a venda de uma variedade de sopa sem autorização.

A Nestlé já havia anunciado a retirada dos produtos, mas o diretor geral da empresa, Paul Bulckle, afirmou que os macarrões eram "aptos para o consumo", em uma entrevista coletiva em Nova Délhi.

"Retiramos do mercado por causa da confusão, já que a confiança do consumidor foi afetada", disse.

O gabinete da Índia agiu neste sábado para prolongar um decreto executivo que visa facilitar a aquisição de terrenos para determinados projetos públicos e industriais.

A ordem executiva foi emitida pela primeira vez em dezembro como uma forma de o governo do primeiro-ministro Narendra Modi começar a construir infraestrutura considerada como crucial. A medida inicial vence na próxima semana.

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Embora o governo esteja autorizado a emitir ordens executivas quando há uma necessidade urgente, os pedidos devem ser aprovados pelo Parlamento antes de se tornarem lei. Se não aprovado dentro de um determinado período de tempo, as ordenanças vencem. O decreto mais recente deve vencer em agosto ou setembro se não for aprovado.

A medida sobre terrenos e várias outras revisões econômicas propostas pelo novo governo foram adiadas no Parlamento.

Na sessão mais recente, que terminou no início de maio, o governo não conseguiu chegar à aprovação de um projeto de lei no Senado, tendo em vista que partidos de oposição exigiram mudanças significativas.

O projeto de lei foi encaminhado para um painel de parlamentares para uma análise mais aprofundada. Fonte: Dow Jones Newswires.

Mais de 430 pessoas morreram em dois estados indianos devido a uma onda de calor que já dura dias e trouxe temperaturas que beiram os 50 graus - informaram as autoridades nesta segunda-feira.

As autoridades alertaram que o número de mortos deve aumentar, já que os dados ainda estão sendo coletados em algumas partes do estado de Telangana, no sul do país, e sem fim à vista para as condições ardentes.

Grandes partes da Índia, incluindo a capital Nova Délhi, enfrentaram dias de calor sufocante, provocando temores de cortes de energia. Mas as temperaturas mais elevadas foram registradas em Telangana e no estado vizinho de Andhra Pradesh.

As autoridades de Andhra Pradesh estão pedindo aos trabalhadores que não passem longas horas no calor do dia, depois que 246 pessoas morreram em virtude das altas temperaturas na semana passada.

"A maioria das vítimas são pessoas que foram expostas ao sol diretamente, geralmente com idades entre 50 ou mais, vindas das classes trabalhadoras", disse à AFP P. Tulsi Rani, comissário especial do departamento de gestão de desastres de Andhra Pradesh.

Rani disse que, embora as mortes tenham começado a ocorrer na segunda-feira da semana passada, o número de casos aumentou exponencialmente no final da semana, após dias de calor abrasador.

"Estamos pedindo que as pessoas tomem precauções como usar guarda-chuvas, bonés, que bebam uma enorme quantidade de líquidos, como água e soro de leite coalhado, e usem roupas de algodão", explicou.

Outras 188 pessoas morreram em Telangana, principalmente a partir de meados da semana passada, embora os números ainda estejam sendo confirmados e provavelmente subam - afirmou à AFP D. Vani, funcionário do departamento de gestão de desastres do estado.

Centenas de pessoas, a maioria das camadas mais pobres da sociedade, morrem no auge do verão a cada ano em todo o país, enquanto dezenas de milhares sofrem cortes de energia devido a uma rede elétrica sobrecarregada.

"O tipo de onda de calor que estamos vendo agora é um pouco mais intensa do que o normal. As temperaturas aqui quase chegaram aos 48-49 graus Celsius", disse B. R. Meena, principal secretário de receitas para Telangana.

Uma intensa onda de calor em partes da Índia matou mais de 550 pessoas na Índia, enquanto a meteorologia prevê que a temperatura siga alta nos próximos dias, informa o Wall Street Journal em seu site.

A maioria das mortes ocorreu em dois Estados no sudeste indiano, Andhra Pradesh, onde pelo menos 340 pessoas morreram ao longo da última semana, e Telangana, com 198 mortes desde meados de abril até o domingo, segundo autoridades estaduais. As mortes foram causadas por insolação e severa desidratação, disseram elas.

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As temperaturas em Andhra Pradesh chegaram quase a 49º Celsius nos últimos quatro ou cinco dias, segundo a comissária especial da defesa civil do Estado, P. Tulsi Rani, que concedeu entrevista ao jornal norte-americano. Rani disse que as autoridades estavam aconselhando as pessoas a evitarem deixar suas casas ou escritórios no meio do dia, para evitar insolação. Também recomenda que as pessoas usem sombrinhas, bonés, bebam muita água e não fiquem em jejum.

As chuvas de monção na Índia devem atingir a costa sul do país em 30 de maio, trazendo algum alívio. Ainda demorará, porém, várias semana até que as chuvas atinjam as partes secas do norte do país. (Gabriel Bueno da Costa, com agências internacionais)

Patna, Índia, 10/05/2015 - Rebeldes maoistas mataram neste domingo um refém e liberaram outros 250 que estavam presos desde a véspera, em uma tentativa de impedir a construção de uma ponte no distrito de Sukma, no Estado de Chhattisgarh, região central da Índia. Os rebeldes temem que a ponte aumentará a mobilidade das forças de segurança. Os insurgentes disseram que o refém morto era informante da polícia.

O incidente ocorre na véspera de uma visita do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, à região. Os rebeldes, que se dizem inspirados no líder revolucionário chinês Mao Tsé-Tung, são uma das principais ameaças à segurança interna do país. Eles atuam em 20 dos 28 Estados indianos e combatem as forças do governo há quase três décadas. Fonte: Associated Press.

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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, descartou a possibilidade de a Índia sediar os Jogos Olímpicos de 2024. O dirigente avaliou que o país não está pronto para tal responsabilidade e afastou os rumores levantados pela própria imprensa indiana de que os governantes locais estariam se movimentando para lançar a candidatura para receber o evento.

"Francamente, nós ficamos um pouco surpresos com essa especulação (de uma possível candidatura indiana)", declarou Bach nesta segunda-feira (27), em entrevista coletiva após se encontrar com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. "Por diferentes razões, nós acreditamos que seria muito prematuro para a Índia ter sucesso na Olimpíada de 2024."

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De acordo com informações divulgadas por veículos de imprensa locais, a Índia estaria planejando lançar a candidatura de Nova Délhi ou de Ahmedabad, maior cidade do estado natal de Modi, chamado Gujarat. Bach admitiu que o primeiro-ministro demonstrou o desejo de receber o evento e disse que isto poderá acontecer no futuro, mas não em 2024.

"Nós ficamos felizes de ver que o primeiro-ministro esteja compartilhando esse sentimento, que ele esteja mirando seriamente uma candidatura olímpica", comentou o presidente do COI. "No entanto, ele quer estar bem preparado e nós temos toda a perícia. Foi uma opinião compartilhada por nós."

A possibilidade de uma candidatura indiana para 2024 pareceu remota depois que a organização dos Jogos da Commonwealth de 2010 por Nova Délhi recebeu severas críticas por conta dos atrasos nas obras e escândalos de corrupção. Assim, Roma, Boston e Hamburgo são os postulantes declarados a receber a Olimpíada de 2024. Paris também pode se juntar à disputa.

Uma tempestade com fortes chuvas e granizo matou pelo menos 42 pessoas, deixando mais de 100 feridos e causando grandes estragos em uma plantação de trigo de inverno no leste da Índia, afirmaram autoridades nesta quarta-feira.

A maioria das mortes foi causada na noite de terça-feira (21) pelos tetos de metal de casas pobres destruídos pelos ventos, que chegaram a 65 quilômetros por hora em zonas do nordeste do Estado de Bihar, segundo o meteorologista R.K. Giri. A tempestade perdeu força antes do nascer do dia.

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Mais graduada autoridade eleita do Estado, Nitish Kumar visitou algumas das áreas mais atingidas e disse que 30 mortes foram registradas em Purnea, sete em Madhepura e o restante em Madhubani e em outros distritos. Milhares de pessoas pobres tornaram-se sem-teto por causa da tempestade, disse Kumar. Segundo ele, a chuva prejudicou bastante também cultivos de manga e lichia.

Autoridades lançaram esforços para ajudar as vítimas em dez distritos. A área atingida fica 360 quilômetros a nordeste da capital estadual, Patna.

Em março, chuvas fora de época destruíram grandes áreas agrícolas no norte e no oeste da Índia, levando dezenas de agricultores endividados a se matar.

Nesta quarta-feira, um homem que estava numa manifestação de agricultores na capital indiana subiu em uma árvore e se enforcou, segundo imagens transmitidas pelo canal Nova Délhi Televisão. Algumas pessoas tentaram salvá-lo e ele foi levado ao hospital, mas não resistiu, de acordo com uma autoridade médica.

O protesto teve a participação de 1.500 pessoas contra mudanças na Lei de Aquisição de Terras introduzidas pelo governo do premiê Narendra Modi. Os críticos dizem que as mudanças facilitam que as empresas e o governo comprem terras, o que pode prejudicar os agricultores. Fonte: Associated Press.

Um ônibus superlotado com peregrinos hindus caiu em uma vala no leste da Índia, matando 13 passageiros, incluindo duas crianças, e deixando 43 feridos.

A polícia procura o motorista e seu assistente, que fugiram do local, situado a cerca de 100 quilômetros ao norte de Kolkata, capital do estado de Bengala Ocidental.

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Relatos sugerem que o motorista estava bêbado e em alta velocidade, quando fazer uma curva acentuada e perdeu o controle do veículo. Segundo a polícia, o ônibus de 54 lugares estava tão cheio que alguns passageiros estavam sentados no teto.

Eles viajavam de Burdwan até um templo hindu em Mayapur. Fonte: Associated Press

A polícia deteve mais de mil pessoas no leste da Índia por envolvimento em um escândalo no qual familiares de estudantes escalaram o muro de um centro de exames para ajudar os alunos a colar, informou uma autoridade neste domingo.

Na semana passada, imagens de vídeo mostraram dezenas de adultos pendurando-se nas janelas de um prédio de quatro andares para passar papéis com cola a jovens estudantes no prédio do estado de Bihar, onde mais de 1,4 milhão de adolescentes faziam seus exames de fim de curso.

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Outra imagem, difundida por uma emissora de TV local, mostrou funcionários da escola e oficiais da polícia de pé, enquanto as pessoas passavam a cola para os estudantes que faziam a prova dentro de centros de exames.

O diretor-geral adjunto da polícia de Bihar, Gupteshwar Pandey, disse que mais de mil pessoas foram apanhadas e detidas, mas não foram denunciadas formalmente por nenhum crime. No entanto, tiveram que pagar multas que variaram entre 2.000 rúpias (US$ 32) até dezenas de milhares de rúpias, dependendo de seu envolvimento na trapaça, para garantir sua soltura.

Pandey disse que pais e professores estavam entre os principais responsáveis "que foram encontrados passando ou facilitando a cola em exames escolares em todo o estado". "Mais de mil pessoas foram detidas, a metade delas era de pais e professores, enquanto a outra metade era de amigos e parentes", contou Pandey à AFP. "Cinquenta por cento foram soltos, mas eu acredito que provavelmente os outros ainda estejam na prisão", acrescentou.

"Nós não os tratamos como criminosos profissionais. Foi por isso que os libertamos. Nosso propósito é fazer com que saibam que eles cometeram uma séria transgressão", afirmou Pandey.

O oficial disse, ainda, que dois policiais foram presos e que outros dez foram desligados da tropa por ligações com o escândalo.

As imagens se tornaram virais no Twitter e dominaram as manchetes em todo o país na semana passada, forçando o ministro chefe de Bihar, Nitish Kumar, e seu governo a agir.

Esta não foi a primeira vez que estudantes são flagrados colando em Bihar. Em 2014, mais de 1.600 estudantes foram desqualificados depois que vídeos similares vieram a público.

Um dos pilotos do avião Solar Impulse 2, que tenta dar uma volta ao mundo histórica sem combustível, queixou-se da lentidão da burocracia na Índia, onde a aeronave realizava nesta quarta-feira uma nova etapa, com um atraso de três dias.

Bertrand Piccard, um dos dois pilotos suíços do avião que funciona apenas com energia solar, explicou à imprensa que a decolagem da aeronave a partir de Ahmedabad, no estado de Gujarat (oeste), foi atrasada por culpa dos trâmites administrativos.

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Na terça-feira da semana passada, o avião pousou em Ahmedabad procedente de Mascate. Deveria partir no domingo para uma breve etapa com destino a Benares, na Índia, antes de voar a Mianmar.

Finalmente, o Solar Impulse 2 decolou nesta quarta-feira pilotado pelo suíço André Borschberg, e espera-se que chegue a Benares às 15h30 GMT (12h30 de Brasília).

Antes da decolagem, Bertrand Piccard disse que o atraso ocorreu por problemas com as autorizações.

"O atraso deve-se à administração, aos papéis, aos carimbos", disse.

"Não estou aqui para acusar ninguém. Só dico que nos últimos cinco dias tentamos reunir os carimbos necessários e todos os dias nos diziam 'amanhã'". "Levamos cinco dias tentando ter os carimbos e ainda nos faltam", acrescentou.

O protesto do piloto é incômodo para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que dirigiu precisamente o estado de Gujarat e declarou guerra à burocracia, permitindo "estender o tapete vermelho aos que quiserem fazer negócios na Índia".

Depois da Índia, o Solar Impulse 2 voará a Mianmar. Posteriormente enfrentará a etapa mais longa do trajeto: cinco dias seguidos de voo para um só piloto, que irá de Nankin (China) ao Havaí, no centro do Pacífico Norte.

No total, a aeronave percorrerá em doze etapas 35.000 km a uma velocidade relativamente modesta (entre 50 e 100 km/h) e sobrevoará dois oceanos, o Pacífico e o Atlântico.

No fim de julho ou início de agosto espera-se que retorne a Abu Dhabi, onde iniciou no dia 9 de março sua histórica volta ao mundo para promover o uso das energias renováveis.

Os cristãos da Índia rezaram neste domingo por uma freira de 71 anos que foi vítima de um estupro coletivo no fim de semana, em um novo caso de violência sexual que também preocupa a minoria religiosa.

A agressão contra a religiosa de 71 anos aconteceu alguns dias depois da proibição de exibição no país de um documentário sobre um caso de estupro coletivo que provocou a morte de uma estudante em Nova Délhi em 2012.

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O incidente aconteceu na sexta-feira no estado de Bengala Ocidental, perto da cidade de Ranaghat, durante um assalto. Ladrões invadiram uma escola anexa ao convento e agrediram um guarda, antes de violentar a religiosa. Depois levaram dinheiro.

Quatro dos seis agressores foram identificados com as imagens das câmeras de segurança. As autoridades ofereceram uma recompensa de 100.000 rupias (1.500 euros) por informações sobre os suspeitos.

Arnab Ghosh, superintendente da polícia que visitou o convento, afirmou que o roubo parece ter sido planejado de maneira minuciosa.

Pelo menos dois ladrões estavam armados. Durante o assalto vários textos religiosos foram destruídos e uma escultura de Cristo foi danificada.

Nas igrejas de Nova Délhi e também nos templos do estado de Bengala Ocidental os fiéis rezaram pela freira violentada para desejar uma rápida recuperação.

A religiosa permanece internada em um hospital de Ranaghat, a 70 km de Calcutá.

Na Índia, quase 80% da população é hinduísta, mas o país também conta com importantes comunidades muçulmanas, cristãs e budistas.

O crime voltou a evidenciar o problema da violência sexual contra as mulheres no país, depois que na semana passada o governo proibiu a exibição de um documentário sobre o estupro coletivo em 2012 de uma estudante de Nova Délhi que provocou muitos protestos.

As autoridades alegaram que a exibição do documentário poderia ter provocado distúrbios públicos, mas os críticos acusam o governo de estar mais preocupado com a reputação do país do que com a segurança das mulheres.

A polícia da Índia anunciou neste sábado que está investigando o estupro coletivo de uma freira de 75 anos por ladrões em um convento, no leste do país.

Duas pessoas foram detidas após a agressão, que teria sido cometida na sexta-feira à noite, quando 12 homens assaltaram a residência religiosa no estado de Bengala Ocidental.

"Uma investigação preliminar revelou que uma freira da escola-convento foi amordaçada e violentada em grupo", disse à AFP Anju Sharma, inspetor geral da polícia.

"Duas pessoas já foram detidas", disse, antes de informar que a religiosa se recupera no hospital.

Moradores da região saíram às ruas para protestar e bloquearam a principal avenida da localidade.

A ministra do governo de Bengala, Mamata Banerjee, condenou o que chamou de "ataque horrendo" e prometeu uma "resposta forte e rápida".

O crime acontece em um momento de grande sensibilidade a respeito da segurança das mulheres na Índia, um país que proibiu na semana passada a exibição de um documentário sobre o estupro coletivo em 2012 de uma estudante de Nova Délhi que provocou muitos protestos.

As autoridades alegaram que a exibição do documentário poderia ter provocado distúrbios públicos, mas os críticos acusam o governo de estar mais preocupado com a reputação do país do que com a segurança das mulheres.

Pesquisadores alertaram, nesta quarta-feira (11), para os perigos da gripe aviária H7N9 na China e de uma mutação do vírus gripal A(H1N1) na Índia, que já mataram mais de 1.700 pessoas ao todo.

Caso as autoridades chinesas não consigam controlar o comércio de aves vivas, a gripe H7N9 pode se transformar numa pandemia - uma epidemia que se propaga em escala continental. O alerta foi feito por uma equipe de cientistas, em estudo publicado na revista científica Nature.

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Um sinal de alarme similar foi feito na revista norte-americana Cell Host and Microbe por outros pesquisadores, que se preocupam com uma mutação do vírus gripal A(H1N1) na Índia, o que pode facilitar sua propagação.

No estudo publicado pela Nature, epidemiologistas dirigidos por Yi Guan, da universidade de Hong Kong, tentaram entender porque o vírus H7N9, uma cepa virulenta que surgiu na China em 2013 e reapareceu em 2014. Para eles, a explicação está no comércio intenso de aves vivas no leste e no sul da China.

Surgido inicialmente nas criações de aves da província oriental de Zhejiang, o vírus se propagou nos mercados de aves vivas das províncias vizinhas entre outubro de 2013 e julho de 2014, como mostram análises feitas sobre pacientes hospitalizados na cidade de Shenzhen.

Para evitar a propagação do vírus, os pesquisadores pedem especialmente o fechamento dos mercados de aves vivas e a criação de abatedouros centralizados. O último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), fornecido em 23 de fevereiro, trazia 571 casos de gripe H7N9 confirmados em laboratório. Destes, 212 terminaram em óbito.

Os cientistas temem, em particular, que a circulação entre animais de fazenda permita a mutação do vírus H7N9 para uma cepa muito mais letal para o ser humano. Até o momento, a mutação não ocorreu e uma vacina permite se proteger contra a cepa atual, segundo a OMS.

No segundo estudo, os cientistas norte-americanos relatam ter analisado geneticamente o vírus gripal A(H1N1), que circula na Índia - onde já matou mais de 1.482 pessoas, segundo último balanço divulgado pelo ministério da Saúde indiano.

Trata-se de uma cepa geneticamente diferente da que estava na origem da pandemia de A(H1N1) de 2009-2010, com mutações observadas nos aminoácidos - moléculas que participam da composição das proteínas - do vírus.

Para o grupo coordenado por Ram Sasisekharan, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a questão é saber se a vacina disponível é eficaz contra esta versão modificada. "A eficácia da vacina atual é discutível e pedidos já foram feitos para que ela seja atualizada", informa o estudo.

O avião Solar Impulse 2 (SI2) aterrissou nesta terça-feira em Ahmedabad, no oeste da Índia, completando a segunda etapa de uma volta ao mundo sem precedentes, que tem por objetivo promover o uso das energias renováveis.

A aeronave, que funciona exclusivamente com energia solar, pousou na maior cidade do estado de Gujarat (oeste) às 23H25, após pouco menos de 16 horas de voo a partir de Mascate, a capital de Omã, onde completou na segunda-feira a primeira etapa da missão.

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O suíço Bertrand Piccard, que pilotou o avião neste segundo voo, escreveu em seu Twitter: "Quando relaxo, respiro tão lentamente que o alarme do cockpit é ativado".

Piccard substitui no cockpit seu companheiro André Borschberg, que concluiu na segunda-feira a primeira etapa da volta ao mundo, após 13 horas e dois minutos entre Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e Mascate.

O avião permanecerá em Ahmedabad por quatro dias, para uma série de eventos "sobre a energia renovável e o desenvolvimento sustentável", indicou a embaixada da Suíça. No total, o avião percorrerá 35.000 km a uma velocidade relativamente modesta (entre 50 e 100 km/h) e sobrevoará dois oceanos, Pacífico e Atlântico.

A viagem, a 8.500 metros de altitude no máximo, vai durar cinco meses, sendo 25 dias de voo efetivo, antes de aterrissar novamente em Abu Dhabi no final de julho ou início de agosto.

Os habitantes da Índia começaram a pintar suas cidades com cores vivas para as festividades do Holi, em particular em Vrindavan, conhecida como "cidade das viúvas". Com a chegada da primavera no país, todos celebram o Holi, a festa das cortes.

Uma das celebrações mais alegres acontece em Vrindavan, no Estado de Uttar Pradesh (norte), onde vivem cerca de 2.000 viúvas rejeitadas por suas famílias depois da morte de seus maridos. Tradicionalmente, as viúvas permanecem à margem de todas festividades indianas. Mas, nos últimos três anos, centenas de mulheres vão a Vrindavan para celebrar o Holi com elas.

"O melhor destas festas é poder usar roupa diferente que usamos todos os dias. Dançamos, cantamos e brincamos juntos", afirmou Manu Ghosh, 85 anos e viúva há 21 anos, que ajudava na pintura.

Os preços do ouro recuaram nesta segunda-feira (2) em dia de alta do dólar diante do iene e de notícias conflitantes vindas dos dois maiores consumidores mundiais, a China e a Índia. Na China, o banco central (PBoC) reduziu sua taxa básica de juros de 5,60% para 5,35%. Na Índia, a proposta de Orçamento do governo, divulgada sábado, inclui a manutenção do imposto sobre importação de ouro.

Traders disseram que a redução da taxa de juros na China, a segunda em quatro meses, poderá fazer crescer a demanda por ouro se fizer crescerem as preocupações quanto à aceleração da inflação ou sobre a debilidade do yuan. "Isso assinala a próxima rodada da corrida de desvalorização entre moedas. Outros bancos centrais deverão acompanhar, o que significa que o ouro continuará atraente como moeda alternativa", escreveram os analistas do Commerzbank.

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Na Índia, alguns atacadistas de ouro haviam adiado suas compras nas últimas semanas, na expectativa de que a divulgação do Orçamento do governo incluísse uma redução no imposto sobre importações do metal. As importações devem crescer agora que a incerteza foi removida, mas deverão ser mais baixas no ano como um todo. "Isso reduziu o entusiasmo dos traders", disse George Gero, da RBC Capital Markets.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos do ouro para abril fecharam a US$ 1.208,20 por onça-troy, em queda de US$ 4,90 (0,40%). Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil enfrenta hoje o mesmo desafio da Índia de dois anos atrás: reconquistar a credibilidade perante os agentes econômicos. Embora os analistas frisem que as realidades dos dois países são distintas, quase incomparáveis, com o Brasil à frente tanto no desenvolvimento econômico quanto institucional, as críticas que foram feitas aos dois países, as ameaças de perda do grau de investimento e as estratégias traçadas por ambos para reverter a situação se assemelham. A Índia começa a colher frutos do processo de ajustes, que ainda está em curso. O Brasil está nos primeiros passos: a escolha da nova equipe econômica brasileira, as primeiras medidas tomadas e as apresentações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no exterior fazem parte da estratégia.

O esforço não é trivial, tampouco rápido, se observamos o exemplo do colega de Brics. Na Índia, o processo de reconquista de credibilidade começou ainda em 2013, quando a dívida do país estava sob forte ameaça de voltar à condição de grau especulativo. Três meses antes de o atual presidente do BC indiano assumir o cargo, a Fitch deu um voto de confiança para o governo da época, elevando a perspectiva do rating da Índia de negativa para estável por conta de medidas adotadas para conter o déficit fiscal. O então provável rebaixamento da nota pelas agências acabou não se confirmando.

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Em setembro daquele ano, o "Chicago man" e ex-economista do FMI Raghuram Rajan assumiu a presidência do Banco da Reserva da Índia (RBI), um movimento emblemático na busca de credibilidade, na avaliação do professor da escola de negócios na Suíça IMD, Carlos Braga. Alguns meses depois, um novo passo foi dado. Em maio de 2014, o atual primeiro-ministro Narendra Modi venceu as eleições naquele mês com uma plataforma considerada "market friendly".

Na avaliação do diretor de pesquisas econômicas para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, essa é uma diferença importante entre a situação brasileira e a indiana. Ao contrário do Brasil, na Índia o governo foi eleito com diretrizes econômicas conhecidas. No Brasil, o pacote de ajustes começou a ser anunciado depois da conturbada campanha eleitoral e vitória de Dilma Rousseff. Ainda hoje, as medidas geram polêmica na base e entre os aliados da presidente. As medidas provisórias de 29 de dezembro que impõem correções em benefícios previdenciários e trabalhistas estão distantes de uma concordância entre parlamentares. "É difícil saber até que ponto todo o governo Dilma tem convicção da importância do ajuste. (...) O (ministro) Levy não pode ser uma ilha na administração federal", afirmou Ramos.

Braga, do IMD, acrescenta que há outra diferença importante. O esforço para reconquistar a confiança dos investidores e empresários tem sido capitaneado pelo ministro Levy e não pela presidente Dilma. "No caso da Índia, é o primeiro-ministro (que assumiu esse papel). No Brasil, é um elemento muito importante da administração federal, mas não é a chefe de Estado", diz Braga.

Uma vantagem da Índia em relação ao Brasil é a taxa de crescimento da economia do país asiático. "Fazer um ajuste fiscal com crescimento é muito mais fácil", afirma o professor da FEA-USP, Simão Davi Silber. Segundo o FMI, a Índia deve crescer 6,5% em 2016, mais que a China (6,3%). O Brasil tende a crescer 1,5% no ano que vem, segundo o Relatório de Mercado - Focus, levantamento semanal divulgado pelo Banco Central. Em relação a 2015, ainda há dúvidas se o Brasil vai manter uma variação nula, como afirmou Levy no Fórum Mundial em Davos há algumas semanas, ou negativa em 0,42%, como preveem os analistas ouvidos no Focus.

Vale ponderar que a comparação entre as taxas de crescimento dos dois países emergentes não é totalmente justa ou mesmo adequada. "A Índia é um país muito mais pobre que o Brasil com um nível de desenvolvimento muito baixo", diz o economista do Itaú Unibanco, Caio Megale. No ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Brasil ocupa a 79ª posição entre 187 países. A Índia, a 135ª. "As duas economias são muito diferentes. A Índia é um 'low middle income'. A renda per capita do Brasil é cerca de dez vezes maior que a da Índia", diz Braga, da escola de negócios na Suíça.

Além disso, o Brasil é muito mais desenvolvido que a Índia quanto à facilidade para fazer negócios - ainda que existam fortes críticas à burocracia brasileira. Segundo o ranking Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil ocupa a 120ª posição entre 189 países pesquisados. A Índia, a 142ª.

Silber pondera ainda que, apesar de alta, a taxa atual de crescimento da Índia foi um dos motivos de frustração dos agentes econômicos. O país asiático crescia entre 9% e 10% ao ano na década passada, segundo a base de dados do FMI. Entre 2011 e 2014, caiu para praticamente a metade desse valor. Nesse contexto de desaceleração econômica, o país se viu diante de um déficit gêmeo, fomentado do lado fiscal por uma dívida bruta equivalente a mais de 80% do PIB na década passada. O lado positivo, que está sendo percebido e comemorado pelos investidores, é que, com os ajustes, as perspectivas vêm melhorando tanto no lado fiscal quanto no balanço externo.

Segundo as estimativas do Bank of America Merril Lynch (BofA), o déficit fiscal deve ficar em 4,5% em 2014 e de 4,1% em 2015. E o déficit em conta corrente tende a ser de 1,7% em 2014 e em 2015 e de 1,3% em 2015. "O importante é que há uma mudança de rumo nesses indicadores", diz Ramos, do Goldman Sachs. De fato, as projeções do FMI mostram um arrefecimento da inflação nos próximos anos, chegando a 5,95% em 2019. Segundo relatório do BofA, o déficit fiscal consolidado em 2014 foi de 6,6% do PIB e, para 2015, está estimado em 6,2%.

É preciso dizer que o sucesso de Modi não está garantido. Na semana passada, o resultado das eleições para a assembleia legislativa de Délhi foi desfavorável para o partido do primeiro-ministro. "Será que isso significa que o Modi está perdendo apoio popular?", questiona Megale, do Itaú Unibanco. Para ele, assim como no Brasil, a proposta indiana, na verdade, ainda precisa ser implementada. A dúvida é a mesma retratada pelo economista do Bofa, Indranil Sen Gupta. Em relatório da semana passada, Sen Gupta, questiona já no título: "A pergunta de US$ 2 trilhões é: qual é o potencial?", referindo-se à economia indiana.

Há mais dúvidas do que certezas sobre a implementação das necessárias reformas trabalhista e tributária. "Não há um plano para reformar a legislação tributária em si. Mas há uma proposta para criar um imposto nacional sobre consumo, mas que precisa de uma emenda legislativa", afirma Sen Gupta, do BofA, em entrevista por e-mail ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Sobre ajustes na legislação trabalhista, o economista afirma que o governo "irá provavelmente calibrar mudanças nas leis com provisões para direitos assim como a criação de uma rede de segurança social".

Uma turista japonesa denunciou ter sido estuprada por um guia na cidade turística indiana de Jaipur, norte do país, informou uma fonte da polícia.

A jovem de 20 anos afirmou que o guia, um residente local, teria se oferecido para mostrar a cidade de moto no domingo e que depois a agrediu em um local isolado durante a noite.

"O acusado propôs deixá-la em seu hotel, mas a levou para um local isolado, onde a teria violentado", afirmou o inspetor geral Dharam Chand Jain.

"A turista declarou que o guia ofereceu comida que poderia ter alguma droga", completou.

Nos últimos anos, várias agressões sexuais contra estrangeiras evidenciaram o nível elevado da violência contra as mulheres no segundo país de maior população do planeta. A cobertura da imprensa, no entanto, continua sendo muito maior quando as vítimas são estrangeiras do que quando as agredidas são mulheres indianas.

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