Tópicos | lei orçamentária

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), convocou uma sessão do colegiado para às 10h desta terça-feira (9), a fim de tratar da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022. Serão discutidas e votadas emendas que a CCJ deve apresentar à LOA, segundo informa a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles. A convocação vem após 41 dias sem reuniões da Comissão.

Os integrantes da CCJ têm até as 18h desta segunda-feira (8) para protocolar as respectivas emendas no sistema. Ao todo, cada comissão do Senado tem direito a oito emendas. Ainda segundo a coluna, Alcolumbre vinha evitando marcar sessão da CCJ para não ser cobrado por outros senadores a marcar a sabatina de André Mendonça, a qual o senador do DEM do Amapá segura há mais de três meses. Mendonça é o nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF).

##RECOMENDA##

Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou para o final de novembro um “esforço concentrado” para a votação dos nomes de autoridades que estão parados na Casa. Após o anúncio, aliados do Palácio do Planalto dizem considerar a sabatina de Mendonça como “marcada”. Alcolumbre, porém, diz que não cederá a “pressões” e segue sem marcar a data. Dessa forma, a menos de dois meses para o fim do ano, a LOA será debate da Comissão.

A Lei Orçamentária Anual estabelece os Orçamentos da União, por intermédio dos quais são estimadas as receitas e fixadas as despesas do governo federal. Na sua elaboração, cabe ao Congresso Nacional avaliar e ajustar a proposta do Poder Executivo, assim como faz com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA). Os orçamentos impactam a sociedade civil e por isso, fazem parte dos instrumentos de transparência da União.

O relator do Orçamento no Congresso, deputado Domingos Neto (PSD-CE), afirmou que o valor do fundo eleitoral para 2020 será de R$ 2 bilhões, quantia proposta pelo governo. A decisão representa um recuo do Congresso, que chegou a tentar engordar os recursos destinados às campanhas de candidatos a prefeito e a vereador propondo R$ 3,8 bilhões.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro havia anunciado que vetaria qualquer aumento do fundo. "O valor ficou em R$ 2 bilhões. É um valor de consenso", afirmou Neto.

##RECOMENDA##

A decisão do relator põe fim na novela sobre a quantidade de recursos públicos que seria liberada para as campanhas. Na terça-feira passada, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), se reuniu com dirigentes de partidos na Câmara e levou uma proposta de baixar o valor do fundo para o ano que vem para R$ 2,5 bilhões, com o compromisso de que, assim, Bolsonaro não vetaria.

Pouco após a negociação ser noticiada pelo Estado, o presidente foi ao Twitter dizer que não havia tratado do assunto nem "enviado recado" ao Congresso.

Parte dos líderes que chegou a assinar o manifesto favorável a engordar o fundo afirmaram, à reportagem, que é melhor garantir os R$ 2 bilhões para as campanhas do que entrar em reta de colisão com o presidente Jair Bolsonaro.

A lista tinha assinaturas de integrantes do PP, MDB, PTB, PT, PSL, PL, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, DEM e Solidariedade. Juntos, esses partidos representam 430 dos 513 deputados e 61 dos 81 senadores. Caso o presidente vetasse a proposta, não haveria recursos para as eleições do ano que vem. Na semana passada, após a polêmica, Bolsonaro deixou clara sua posição sobre o tema.

Em evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, Bolsonaro se manifestou sobre o assunto e criticou o valor proposto pelo relator. "Vamos supor que passe o fundão de R$ 3,8 bilhões. Quanto caberá ao meu futuro partido (Aliança pelo Brasil)? Não sabe? Parabéns, é zero", afirmou o presidente.

O fundo eleitoral se tornou a principal fonte de recursos de campanhas após a decisão do Supremo Tribunal Federal, de 2015, de proibir a doação empresarial. Em 2018, o fundo destinou R$ 1,7 bilhão a candidatos.

A disputa do ano que vem será a primeira eleição municipal abastecida majoritariamente com recursos públicos. As contribuições de pessoas físicas são permitidas, mas limitadas a 10% da renda do doador no ano anterior.

O relator do Orçamento no Congresso, deputado Domingos Neto (PSD-CE), tenta convencer líderes de partidos da Câmara a abandonar a ideia de engordar a quantia destinada a campanhas eleitorais no ano que vem e aceitar os R$ 2 bilhões propostos pelo governo. O recuo ocorre após a sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que pode vetar um valor maior, deixando candidatos a prefeito e a vereador sem recursos públicos do fundo eleitoral em 2020.

A Comissão Mista do Orçamento, formada por deputados e senadores, aprovou na semana passada relatório de Domingos Neto que prevê R$ 3,8 bilhões para o fundo usado para financiar as campanhas eleitorais. Este valor ainda precisa passar pelo plenário, em votação marcada para o dia 17.

##RECOMENDA##

Na terça-feira passada, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), se reuniu com dirigentes de partidos na Câmara e levou uma proposta de baixar o valor do fundo para o ano que vem para R$ 2,5 bilhões, com o compromisso de que, assim, Bolsonaro não vetaria. Pouco após a negociação ser noticiada pelo Estado, o presidente foi ao Twitter dizer que não havia tratado do assunto nem "enviado recado" ao Congresso.

"Estou trabalhando junto aos líderes para convencer a manter os R$ 2 bilhões propostos pelo governo. É preciso construir consenso e acordo", afirmou Domingos Neto. A lógica do deputado é de que mais vale ter a garantia de que os partidos terão algum dinheiro para as campanhas do que correr o risco de aprovar os R$ 3,8 bilhões e, depois, caso Bolsonaro vete, ficarem sem o que foi proposto pelo governo.

A disputa do ano que vem será a primeira eleição municipal abastecida majoritariamente com recursos públicos. As contribuições de pessoas físicas são permitidas, mas limitadas a 10% da renda do doador no ano anterior.

Resistência

Líderes partidários ainda estão reticentes em relação ao acordo - parte deles se sentiu enganada pelo governo. Na reunião de terça, Bezerra Coelho deu a entender que falava em nome do presidente quando propôs a redução para R$ 2,5 bilhões.

Após a negativa do presidente no Twitter, os dirigentes voltaram a se reunir com o líder do governo do Senado para tentar entender o que havia acontecido. Bezerra Coelho afirmou a eles que o acordo havia sido negociado com a equipe de articulação política do Palácio do Planalto, mas que Bolsonaro ligou na noite de terça, após a reunião, avisando que vetaria a proposta de R$ 2,5 bilhões levada pelo próprio líder do governo.

Na quarta-feira, 11, num evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, Bolsonaro se manifestou sobre o assunto e criticou o valor proposto pelo relator. "Vamos supor que passe o fundão de R$ 3,8 bilhões. Quanto caberá ao meu futuro partido (Aliança pelo Brasil)? Não sabe? Parabéns, é zero", afirmou o presidente.

O aumento do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões foi incluído por Domingos Neto na proposta orçamentária após um pedido assinado por presidentes de 13 partidos. A lista tinha assinaturas de integrantes do PP, MDB, PTB, PT, PSL, PL, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, DEM e Solidariedade. Juntos, esses partidos representam 430 dos 513 deputados e 61 dos 81 senadores.

O grupo agora está dividido: parte já admite recuar e aceitar os R$ 2 bilhões, mas outros defendem aprovar o valor maior e tentar reunir maioria na Câmara e no Senado para derrubar um eventual veto de Bolsonaro.

O fundo eleitoral se tornou a principal fonte de recursos de campanhas após a decisão do Supremo tribunal Federal, de 2015, de proibir a doação empresarial. Em 2018, o fundo destinou R$ 1,7 bilhão a candidatos.

'Diversidade'

Parlamentares favoráveis ao aumento alegam que a disputa do ano que vem, quando os eleitores irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores, demandará muito mais recursos por envolver candidatos nas 5.568 cidades do País.

"Hoje, o fundo eleitoral é responsável por um Congresso mais diverso, com representantes indígenas, pessoas com deficiência, professoras e jovens que vieram de periferias e interiores do País. É por causa desse novo sistema que teremos mais mulheres prefeitas e vereadoras. Sem ele, elegeríamos somente pessoas que têm muito dinheiro para financiar campanhas", afirmou Domingos Neto na semana passada, após receber críticas nas redes sociais pelo aumento que propôs. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após especulações sobre possível veto ao fundo eleitoral de R$ 3,8 bilhões, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 11, que não depende dele definir valores. "Eu não sou o dono da pauta. Eu não sou o dono das leis. Não tenho como interferir", afirmou.

Nesta quarta-feira, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o governo sinalizava vetar o fundo eleitoral de R$ 3,8 bilhões para custear as campanhas eleitorais do ano que vem, mas que líderes do Congresso, entretanto, já admitem reduzir a verba para R$ 2,5 bilhões. A avaliação dos parlamentares é a de que é melhor ter "um pássaro na mão do que dois voando", demonstrando apoio ao fundo de R$ 2,5 bilhões.

##RECOMENDA##

No fim da noite, Bolsonaro afirmou que não mandou recado ao Congresso e que não falou sobre o assunto. O Estado, no entanto, confirmou a informação com líderes das Casas.

Bolsonaro destacou que não há garantias sobre valor futuro e vetos. "Se eu conseguir formar meu partido até 2022. Vamos supor que passe o fundão de 3,8 bi, quanto caberá ao meu partido futuro? Responda aí. Não sabe? Parabéns, é zero", disse.

O presidente disse que foi "criticado" quando iniciou negociações com ministro e demais autoridades sobre o que "porventura vetar ou não" na época da votação do abuso de autoridade. "Durante a votação eu já sofria críticas, como se eu tivesse poder de interferir e mudar", observou. Neste sentido, Bolsonaro reiterou que o Legislativo é quem tem a palavra final. "Quem faz lei é muito mais o Legislativo do que o Executivo. A palavra final é deles."

O presidente lembrou ainda que a maior parte dos vetos sobre o abuso de autoridade foram derrubados. "O Congresso depois derrubou a maioria dos vetos e ficou por isso mesmo. Eu não sou o dono da pauta. Eu não sou o dono das leis. Elas vão para o Parlamento, nascem lá, passam pelas minhas mãos, veto ou sanção. E depois decidem se derrubam o veto ou não", disse.

Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que reduzir o fundo eleitoral para R$ 2,5 bilhões "é a melhor solução". "Acho que se a decisão for valor menor para garantir que os recursos não estão atingindo nenhuma área fundamental, acho que é a melhor solução exatamente pela sensibilidade que esse tema tem na sociedade", disse Maia.

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou a líderes do Congresso que não vetará o fundo eleitoral caso a proposta seja de R$ 2,5 bilhões. O recado foi dado nesta terça-feira (10) aos parlamentares durante reunião convocada para fechar acordo sobre votações no Legislativo até o fim do ano.

A proposta de Bolsonaro é inferior aos R$ 3,8 bilhões previstos no relatório parcial da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, apresentado pelo deputado Domingos Neto (PSD-CE), na semana passada. Líderes de partidos avisaram que aceitam o acordo caso haja a garantia pública do presidente de que ele não vetará o fundo.

##RECOMENDA##

Se a proposta de Bolsonaro for aceita, será uma importante vitória política do presidente sobre o Congresso. Desde o início da discussão sobre os recursos para as campanhas eleitorais do ano que vem, Bolsonaro e a equipe econômica do ministro Paulo Guedes deixaram claro que não seria possível qualquer mudança na estimativa de aumento de recursos para as eleições.

Na semana passada, após a divulgação do relatório parcial do Orçamento, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou à revista eletrônica Crusoé que o governo não garantia a aprovação e sanção do aumento do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões.

"Não existe acordo de R$ 3,8 bilhões para o fundo eleitoral. Defendemos o valor de R$ 2,5 bilhões. Se for para R$ 3,8 bilhões, deve ser vetado", afirmou Bezerra na ocasião.

Coube ao próprio Bezerra costurar um novo acordo nesta terça com os líderes dos 13 partidos que assinaram o ofício encaminhado ao relator do Orçamento, Domingos Neto, pedindo um fundo com mais recursos para as eleições do ano que vem.

O valor de R$ 3,8 bilhões destinados a campanhas eleitorais teve o apoio do PP, MDB, PTB, PT, PSL, PL, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, DEM e Solidariedade. Juntos, esses partidos representam 430 dos 513 deputados e 61 dos 81 senadores.

A avaliação de líderes ouvidos pelo Estado é a de que é melhor ter "um pássaro na mão do que dois voando". Procurado, o relator da LDO não quis comentar o acordo firmado entre as lideranças.

Recursos públicos

O fundo eleitoral é abastecido com dinheiro do Tesouro e se destina ao financiamento das campanhas dos candidatos. Ele foi criado em 2017 para compensar as perdas impostas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, dois anos antes, em 2015, proibiu as doações de pessoas jurídicas para as campanhas eleitorais.

A distribuição da verba para candidatos fica a critério das cúpulas partidárias, que, em geral, privilegiam políticos com mandato. Existe, ainda, o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas.

O valor final do fundo eleitoral ainda precisa ser votado pela Comissão Mista de Orçamento e pelo Congresso.

O relator afirmou que os recursos extras virão da receita adicional aprovada pelos parlamentares, de R$ 7 bilhões, com base no pagamento de dividendos das empresas estatais. Em entrevista anterior, Domingos Neto alegou que nenhum recurso da saúde ou educação seria transferido para o fundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou que a corte de contas apure se há excesso no valor de R$ 3,8 bilhões do fundo eleitoral, destinado a financiar campanhas no ano que vem. O valor foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso na semana passada, mas ainda precisa ser votado no plenário, no próximo dia 17.

A proposta do subprocurador-geral do MP junto ao TCU Lucas Rocha Furtado é que o tribunal verifique, a partir do histórico das despesas com campanhas eleitorais, se o montante de R$ 3,8 bilhões "é efetivamente necessário ou se é exorbitante".

##RECOMENDA##

A representação aponta como "problemático" caso haja remanejamento de recursos de áreas como saúde e educação para abastecer o fundo eleitoral. Segundo o relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), porém, o aumento foi possível após ele incorporar uma "gordura" nas contas do ano que vem e rever a projeção de lucro de empresas estatais, acrescendo R$ 7 bilhões.

A União usa dividendos - fatia do lucro das companhias que é distribuída aos acionistas - de empresas como a Petrobras e o Banco do Brasil para compor o orçamento da máquina pública.

A outra parte dos R$ 7 bilhões oriundos das estatais, de acordo com Neto, serão distribuídos entre os ministérios por meio de emendas indicadas por deputados e senadores.

Em um remanejamento para aumentar o valor de emendas parlamentares, o relator também cortou R$ 1,7 bilhão da previsão orçamentária proposta pelo governo para 15 ministérios, o que poderia afetar programas em áreas como educação, saúde e infraestrutura.

O MP do TCU expressou preocupação com possível "tesourada" em programas como o Farmácia Popular, que oferece remédios gratuitos para a população de baixa renda, e no Minha Casa, Minha Vida.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 6, que o possível aumento do fundo eleitoral não pode tirar recursos de áreas fundamentais, como Saúde ou Educação. Questionado sobre a eventual elevação para R$ 3,8 bilhões, em debate no Congresso Nacional, respondeu que o tema é "sensível", que ele não decide os valores e defendeu a necessidade de uma boa "explicação" para os cidadãos sobre de onde virão os recursos.

"É um tema sensível, polêmico e, para colocar qualquer valor, mesmo o da eleição passada, precisa ter clareza de onde vai buscar recursos. Essa narrativa é a mais importante", afirmou Maia na saída de uma palestra em São Paulo.

##RECOMENDA##

"Em relação ao fundo, a sociedade não vai ficar satisfeita nunca, mas precisa financiar a democracia. Independente do valor, se é dois, três, quatro (bilhões), o importante é que não está sendo em detrimento de nenhuma área fundamental". Maia afirmou ainda que não pode haver dúvidas de que a prioridade do orçamento público é o cidadão.

Maia destacou que a democracia precisa de financiamento e não vê problemas no uso do fundo eleitoral. "O aumento dele, nesse momento, vai gerar dificuldade, vai gerar polêmica. Para que possa ser aprovado, precisa ter, por parte dos deputados e senadores, uma explicação, uma transparência muito grande. O relator tem que vir a público e mostrar que não está tirando recurso da saúde. Porque certamente não é esse o objetivo de nenhum dos deputados e senadores".

A Câmara aprovou nesta semana na Comissão Mista de Orçamento o aumento do fundo destinado ao financiamento de campanhas dos partidos para as eleições municipais de 2020. O relator do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) é o deputado Domingos Neto (PSD-CE). Após aprovação no grupo, o tema precisa ainda ser aprovado pelo plenário da Câmara e do Senado Federal.

Neto afirmou que o acréscimo de R$ 1,8 bilhão no valor destinado a financiar as campanhas eleitorais, quase o dobro dos R$ 2 bilhões previstos pelo governo de Jair Bolsonaro, vem de uma nova estimativa de quanto empresas estatais vão lucrar em 2020.

O Congresso deve dobrar o valor do fundo eleitoral proposto pelo governo de Jair Bolsonaro. O relator do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE), finalizou a proposta nesta terça-feira (3) e destinou R$ 3,8 bilhões de recursos públicos para gastos em campanhas eleitorais no ano que vem. O valor é R$ 1,8 bilhões superior à proposta encaminhada pelo governo, que foi de R$ 2 bilhões.

O aumento de aproximadamente 120% do montante desembolsado nas eleições do ano passado, quando os partidos receberam R$ 1,7 bilhão da União, foi objeto de acordo entre quase todos os partidos da Câmara dos Deputados. Apenas Cidadania, Novo, Rede, Podemos e PSOL se posicionaram contra o aumento. Reservadamente, líderes partidários afirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que a proposta do governo era inviável.

##RECOMENDA##

O fundo eleitoral é alimentado com dinheiro do Tesouro e se destina ao financiamento das campanhas dos candidatos. Foi criado em 2017 para compensar as perdas impostas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que dois anos antes, em 2015, proibiu doações de pessoas jurídicas.

A distribuição da verba para candidatos fica a critério das cúpulas partidárias, que, em geral, privilegiam políticos com mandato. Existe, ainda, o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas.

O projeto que está sendo discutido agora ainda depende da aprovação dos parlamentares, mas a maioria dos líderes atua para que a quantia destinada ao fundo eleitoral seja a proposta por Domingos Neto.

Como mostrou o jornal, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, secretário licenciado da Casa Civil no governo de João Doria (PSDB), e o deputado Paulinho da Força (SP), que comanda o Solidariedade, lideram essa articulação.

O valor final do fundo ainda precisa ser votado pela Comissão Mista de Orçamento e pelo Congresso. O relator afirmou que os recursos extras virão da receita adicional aprovada pelos parlamentares, de R$ 7 bilhões, com base no pagamento de dividendos das empresas estatais. Domingos Neto assegurou que nenhum recurso da saúde ou educação será transferido para essa finalidade.

Guedes

Desde o início das negociações do Orçamento, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, era contra elevar a verba para o financiamento público das campanhas eleitorais. Antes mesmo de o Palácio do Planalto encaminhar o primeiro esboço do Orçamento, Guedes chegou a dizer a líderes que, por ele, só haveria a correção inflacionária em cima do valor pago na última eleição.

A vontade do ministro da Economia ficou no caminho e já na primeira proposta o governo apresentou nova cifra, aumentando o fundo para R$ 2,5 bilhões, com o objetivo de alimentar as campanhas eleitorais do ano que vem.

O valor, porém, caiu para R$ 2 bilhões após ser constatado erro no cálculo inicial feito pelo Ministério da Economia. Na ocasião, o partido Novo já havia apontado a falha.

Em setembro, durante a minirreforma eleitoral, o Congresso acabou com a vinculação obrigatória dos 30% das emendas no cálculo, abrindo brecha para que deputados e senadores aumentassem a quantia destinada a campanhas sem um critério definido. Este trecho da minirreforma foi vetado pelo presidente Bolsonaro, mas acabou sendo derrubado pelo Congresso na semana passada.

O líder do Novo, Marcel Van Hattem (RS), anunciou que vai tentar reverter a decisão. "É uma imagem que se passa para a sociedade muito ruim, num momento em que a gente continua numa crise. Não só mantiveram aquilo que está previsto como praticamente dobraram. Vamos tentar emendar e denunciar isso", afirmou Van Hattem.

Desde que o Supremo proibiu que empresas bancassem campanhas, os líderes partidários aumentam sistematicamente o montante de recursos públicos destinados a elas. Na época, a Corte entendeu que a doação empresarial violava princípios democráticos da igualdade de forças na disputa eleitoral, representando captura do processo político pelo poder econômico.

Propaganda

Na sessão desta terça, o Congresso manteve o veto de Bolsonaro ao trecho da minirreforma eleitoral aprovada neste ano que recria a propaganda partidária em rádio e TV. Somente em 2018, o tempo reservado a essas aparições dos candidatos custou aos cofres públicos R$ 1 bilhão. Em quatro anos, o ciclo de eleições provocou uma perda de arrecadação da ordem de R$ 2,216 bilhões, segundo dados da Receita Federal divulgados à época.

O Congresso ainda precisa analisar os vetos de Bolsonaro a outros trechos da minirreforma eleitoral, como o artigo que permite uso de dinheiro público para pagamento de despesas dos partidos e a possibilidade de pagamento de multas eleitorais com recursos públicos do Fundo Partidário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante da recessão da economia e do ambiente político adverso, o governo do presidente Michel Temer decidiu afastar de vez a possibilidade de aumento de tributos neste momento. Ao apresentar o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2017, a equipe econômica listou uma série de medidas como concessões, cortes de despesas e ampliação de receitas na esteira da retomada da atividade, que serão perseguidas para garantir o cumprimento da meta no ano que vem, de um déficit de R$ 139 bilhões.

Além de impopulares, aumentos de impostos poderiam comprometer o processo de retomada da economia, que já percorreu seis trimestres de recessão. Mas eram possibilidades sobre a mesa, diante da necessidade do governo em encontrar R$ 55,4 bilhões para assegurar a meta de 2017, conforme anunciado em julho.

##RECOMENDA##

O Congresso tem até o fim do ano para votar a PLOA, o que dá ao governo tempo para avaliar a necessidade de recorrer ao "plano C", como vinha sendo classificado o aumento de tributos para elevar as receitas. "No futuro, se necessário, será discutido", disse o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, sem fechar as portas para a solução.

Para tentar evitar isso, a equipe econômica traçou um plano que inclui arrecadar R$ 18,4 bilhões a mais em receitas com concessões e permissões, totalizando agora R$ 24 bilhões com essas receitas no ano que vem.

A revisão da previsão de crescimento do PIB no ano que vem, de 1,2% para 1,6%, ainda vai incrementar as receitas administradas em R$ 26 bilhões, segundo estimativas apresentadas na quarta-feira, 31. Embora a projeção de avanço da economia esteja acima do que é previsto pelo mercado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que os cálculos de analistas já estão convergindo para números mais altos. "É um orçamento realista e conservador, que leva em conta as melhoras que estão ocorrendo na economia brasileira", afirmou Meirelles. De acordo com o ministro, se houver frustração de receitas por qualquer razão, o governo vai editar um decreto de contingenciamento de despesas. Se houver surpresa positiva na arrecadação, isso vai se traduzir em melhora no déficit primário ou menor quantidade de restos a pagar.

O governo ainda prevê arrecadar R$ 5,7 bilhões a mais com venda de ativos do fundo soberano e dividendos de estatais. Ainda assim, precisou fazer um corte adicional de R$ 5,3 bilhões nas despesas para assegurar o cumprimento da meta.

 

Teto

Apesar de o teto de gastos ainda não ter sido aprovado pelo Congresso, a equipe econômica já adotou o mecanismo - que limita o avanço das despesas à inflação - na confecção da peça orçamentária do ano que vem. Sem crescimento real dos gastos, as despesas primárias do governo central corresponderão a 19,3% do PIB no ano que vem, queda de 0,54 ponto porcentual em relação a 2016. "Não estamos usando todo o espaço de gastos que seria permitido", frisou o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), afirmou nesta segunda-feira (11), ao defender a abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que a chefe do governo cometeu crimes de responsabilidade fiscal e orçamentária. Além disso, segundo o tucano, Dilma feriu a Constituição e “enganou as famílias”.

“O relatório [do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), a favor do impeachment] é robusto, consistente e concluiu, de forma bastante clara, que a presidenta Dilma infringiu a Lei Orçamentária, a Lei de Responsabilidade Fiscal e praticou crimes de responsabilidade, tipificados na Lei 1079, de 1950. A presidente definitivamente violou a Constituição”, afirmou Imbassahy.

##RECOMENDA##

De acordo com o líder do PSDB, os crimes praticados pela presidenta no mandato passado e no atual camuflaram a “verdadeira” situação fiscal do país. “Os crimes são de tal ordem graves que permitiram esconder a realidade das contas púbicas, que resultaram na crise que penaliza fortemente milhares de famílias brasileiras. Com desemprego recorde, inflação alta e perda de renda.”

Para Imbassahy, ao longo da campanha eleitoral, Dilma criou uma ilusão. “Ao ocultar o rombo, a presidente mentiu às famílias, ao criar a ilusão de que elas poderiam manter seus filhos nas creches, nas faculdades e em outros programas sociais prometidos na campanha eleitoral.”

De acordo com o deputado, a ameaça de que, se a presidenta for afastada, acabariam com os programa sociais, como o Bolsa Família, demonstra o temor dos petistas com o resultado do processo de impeachment. “É muito triste a gente assistir a deputados ameaçarem a população brasileira. Chegamos a um momento crucial desse processo. As reações agressivas revelam o temor de uma derrota iminente, hoje à noite, depois e no plenário.”

Imbassahy ironizou o PT ao lembrar que o partido votou contra a Constituição, em 1988, e foi autor de dezenas de pedidos de impeachment contra os ex-presidente Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. “Estamos a pouco tempo de uma grande decisão. Estamos diante no nosso juízo final, e a história não perdoa, não nos dará uma segunda chance”, enfatizou Imbassahy, ao defender a abertura do processo de impeachment na comissão especial criada na Câmara para avaliar o pedido de afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, apresentado por três juristas.

Numa sinalização de que vai insistir na volta do imposto do cheque, a presidente Dilma Rousseff encaminhou nessa quarta (18) ao Congresso uma alteração à Lei Orçamentária de 2016 para incluir a arrecadação da CPMF na previsão de receitas do ano que vem. Na mensagem, a presidente informa que o impacto líquido na arrecadação com a CPMF será de R$ 24 bilhões. O governo espera que ela seja aprovada este ano para que a vigência do novo imposto aconteça a partir de abril de 2016.

A conta do governo considera uma arrecadação total com a CPMF de R$ 32,25 bilhões, mas reduz parte da previsão de receitas com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no valor de R$ 8,2 bilhões. Essa estimativa representa, de acordo com o governo, um ganho líquido mensal de R$ 2,77 bilhões.

##RECOMENDA##

Dilma fez uma avaliação relativamente otimista da situação política e entende que o governo tem conseguido recompor a base governista - ainda que, às vezes, a maioria seja apertada. Esta semana, durante reunião do G-20, a presidente reafirmou a necessidade de aprovação da CPMF e disse que esse "aumento não é para gastar mais, é para crescer mais".

Na proposta que chegou nessa quarta ao Congresso, a Receita Federal apresentou, na mensagem, simulações com o impacto da arrecadação com a CPMF em 2016, considerando-se diversas hipóteses para data de promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) enviada ao Congresso, que estabelece a volta do tributo.

Por essas simulações, se a CPMF for aprovada em fevereiro, com primeiro mês de cobrança em junho, a arrecadação estimada cai para R$ 18,467 bilhões. Caso seja promulgada em maio, com cobrança a partir de setembro, esse valor cai para R$ 10,157 bilhões. Na última hipótese, que prevê o mês de agosto para promulgação e vigência a partir de dezembro de 2016, o ganho líquido com a medida seria de apenas R$ 1,847 bilhão no ano.

Foco

O dinheiro do imposto do cheque é imprescindível porque o aumento da tributação de combustíveis, em estudo pelo governo, não resolve o rombo das receitas do Orçamento de 2016 - ainda mais que a ideia do relator de Receita, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), de arrecadar R$ 10 bilhões com a venda de terrenos da Amazônia não prosperou.

A insistência do governo em incluir as receitas com a CPMF no Orçamento de 2016 ocorre mesmo depois de o relator-geral de Orçamento, Ricardo Barros (PP-PR), avisar que não pretende incluir o tributo em seu parecer, que será votado na Comissão Mista de Orçamento.

Depois da trégua que fez caminhar, nos últimos dias, a tramitação de alguns dos projetos mais importantes do ajuste fiscal, o governo avalia que pode conseguir apoio diante do agravamento do quadro da economia, que tem forçado parlamentares da base do governo e da oposição a mudarem o discurso de confronto total às medidas econômicas.

Até o vice-presidente, Michel Temer, antes contrário à volta da CPMF, tem se mostrado mais simpático à criação do novo tributo. A aliados, tem afirmado que criar mais impostos nunca é a melhor solução, mas que entende que esse é um caminho para reequilibrar as contas do governo, desde que a taxação seja temporária. O governo acredita que a articulação que o Planalto tem feito com Estados e municípios aumentou a chance de o novo tributo receber o aval de deputados e senadores. COLABOROU ISADORA PERÓN

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira, 28, durante a divulgação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2015 que o crescimento da economia no próximo ano "certamente" será maior que o avanço que ocorrerá neste ano. "Vai haver mudança fundamental de cenário, onde os problemas fundamentais que tivemos no início deste ano não vão se repetir", disse. O ministro enumerou três problemas: o cenário internacional, a turbulência no mercado causada pelas ações do Federal Reserve, além da seca.

Mantega lembrou que não houve no cenário internacional a melhora esperada pelo analistas. "A recuperação da economia mundial esta sendo mais lenta do que os analistas previam. Talvez com exceção dos EUA, que estão com recuperação um pouco mais sólida", disse. "Os países europeus ainda estão patinando, mas terão um ano a mais para começar a recuperar", disse.

##RECOMENDA##

Além do fator economia externa, Mantega lembrou dos impactos da seca no Brasil. "Tivemos uma seca que afetou principalmente os preços da energia e que causou, portanto, pressão inflacionaria, principalmente sobre alimentos", disse, para, em seguida emendar com a turbulência nos mercados emergentes causada pelas ações do Fed.

"A maioria dos emergentes teve desvalorização cambial", disse. "Isso significa que a desvalorização cambial também pressionou a inflação e, por decorrência, taxas de juros. Agora temos estabilidade". O ministro argumentou que a questão do Fed já foi absorvida e que temos estabilidade cambial há vários meses. "O real já se valorizou e diminuiu pressão inflacionária", disse.

Política monetária

Essas situações citadas pelo ministro o fez lembrar também que tal cenário levou a uma política monetária "mais severa, muito severa", porque "o governo não brinca com inflação". "Para garantir que ela (inflação) permanecesse sob controle e ela permaneceu, foi feita política monetária restritiva, que reduziu o crédito", afirmou, acrescentando que há diminuição da expansão do crédito livre.

"Isso foi resposta a essa situação que também causou redução da atividade econômica no primeiro semestre", disse. Antes, Mantega disse que houve "contração" e depois se corrigiu: "a atividade cresceu menos do que poderia". O ministro concluiu dizendo que houve então expansão menor da economia do primeiro semestre em função desses problemas, que são "conjunturais e passageiros".

"No primeiro semestre do próximo ano não teremos seca. Não dá para imaginar dois ou três anos seguidos uma seca do tamanho que tivemos", afirmou. "Felizmente tínhamos feito muito investimento de energia, de modo que a oferta de energia cresceu muito e não temos e não teremos problemas de oferta de energia".

Tropeço

Ao citar o novo valor previsto para o salário mínimo em 2015, de R$ 788,06, Mantega se equivocou e acrescentou a palavra "mil" ao final. Os jornalistas que acompanham a divulgação do PLOA aplaudiram o ministro, que, avisado, brincou com o seu erro: "Tem muito jornalista que ganha salário mínimo, não é".

O projeto da Lei Orçamentária Anual 2014 (LOA) enviado pelo poder executivo estadual recebeu 643 emendas parlamentares na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A proposta que já teve o prazo de apresentações de emendas encerrado prevê um orçamento de R$ 30,4 bilhões para 2014 e deverá ser votado ainda neste mês de novembro.

Segundo o presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação, deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB), de todas as emendas recebidas, 474 foram impositivas – ou seja, reservadas para as contingências parlamentares, e as demais são as modificadoras. “Vem um valor de R$ 53 milhões reservados para os deputados, o que dá cerca de R$ 1,3 milhões para cada parlamentar, no caso das contingências. Já as 169 emendas modificativas são aquelas que tiram algum valor de uma ação e indica em que deve/onde investir”, explicou o parlamentar relembrando haver 49 deputados na Casa.

##RECOMENDA##

De acordo com o socialista, o prazo para avaliação das emendas na Comissão de Finanças encerra-se no dia 20 de novembro. Posteriormente, ele dará o parecer final e só então, deverá ser levado para plenário. “Cada membro da Comissão relatará um capítulo da LOA e depois disso eu como presidente vou fazer um relatório final que analisa todos esses relatores parcias e depois a conclusão geral dos orçamentos. Depois do relatório a LOA vai plenário para ser votada”, frisou.

No cronograma de atividades comentado por Magalhães, a previsão é que no dia 27 de novembro ele possa dar o parecer final e no dia seguinte (28) a proposta seja colocada para votação. Para que ocorra a avaliação da LOA na sessão plenária da Alepe é necessário à presença de maioria absoluta na Casa Joaquim Nabuco, ou seja, a participação de mais da metade dos membros.

 

 

 

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 27, publica Portaria Interministerial dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, que amplia os limites de pagamento relativos a dotações constantes da Lei Orçamentária para 2013 e aos restos a pagar. De acordo com o anexo da portaria, o limite está sendo ampliado em R$ 190,495 milhões até dezembro deste ano, distribuídos para oito ministérios.

O Ministério da Defesa teve o limite ampliado em R$ 64,503 milhões. Em seguida, o Ministério da Integração Nacional, com R$ 37,118 milhões. A pasta das Cidades ganhou um acréscimo de R$ 34,376 milhões no limite orçamentário, seguida pela Agricultura, com R$ 20,618 milhões. Os outros ministérios que tiveram alteração no limite foram: do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (R$ 250 mil), do Desenvolvimento Agrário (R$ 13,5 milhões), do Esporte (R$ 7,979 milhões), e do Turismo (R$ 12,151 milhões).

##RECOMENDA##

As 44 emendas dos vereadores a proposta que dispõe sobre as diretrizes para elaboração da Lei Orçamentária (LDO) de 2014, foram analisadas na manhã desta sexta-feira (31). A avaliação do Projeto de Lei (PL) ocorreu durante audiência pública na Câmara de Vereadores e contou com a presença do secretário de Planejamento e Gestão da Prefeitura do Recife, Alexandre Rebelo, além de representantes da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa José Mariano.

O PL de número 14/2013, de autoria do Poder Executivo, é um conjunto de normas cuja função é orientar a confecção do orçamento da administração pública para o próximo ano. 

##RECOMENDA##

De todas as 44 emendas, 30 diziam respeito ao artigo 3º do projeto de lei e referem-se às prioridades e metas da administração municipal. Para Rebelo, as emendas propostas por diversos vereadores detalham as ações, mas devem estar inseridas em outras leis. “São emendas que não devem estar na LDO e sim na Lei Orçamentária Anual (LOA) e no Plano Plurianual (PPA)”.

Outro grupo de nove emendas diz respeito principalmente ao funcionalismo e à administração interna dos órgãos. “Mais uma vez, ressaltamos que a LDO é para orientar o orçamento e algumas dessas propostas deveriam estar em leis específicas ou, por serem detalhadas, devem estar na LOA e no PPA”, ressaltou o secretário de Planejamento e Gestão.

Além das 39 retificações, outras cinco emendas restantes, que completam as 44 apresentadas pelos vereadores, diziam respeito ao funcionamento à Câmara Municipal do Recife. Sobre elas, o secretário afirmou que “o Poder Executivo não tem nada a se opor. É preciso ressaltar, apenas, que elas precisam estar dentro dos valores determinados para o duodécimo”, afirmou.

O vice-líder do governo na Casa Municipal, vereador Carlos Gueiros (PTB),  considerou relevante e elogiou a explanação do secretário Alexandre Rebelo. “As colocações do secretário Alexandre Rebelo foram bastante pertinentes e levaram em conta a independência dos Poderes. O Executivo não adentrou nas questões do Legislativo e acho que o mesmo deve ocorrer no sentido contrário”, enalteceu. 

Já o vereador Eurico Freire (PV), também presente à reunião, achou que a audiência foi a oportunidade de todos os vereadores participarem, discutirem e defenderem suas emendas. “Foi um processo muito democrático”, observou.  

Outro vereador que participou dos debates foi Almir Fernando (PCdoB) que prometeu realizar um relatório sobre o PL. “Entendo que a audiência pública foi bastante proveitosa porque deu para os vereadores esclarecerem suas dúvidas. As emendas apresentadas foram discutidas uma a uma. Agora, vamos discutir o projeto e fazer o relatório como o parecer da Comissão”, disse Jairo Brito, presidente da Comissão de Finanças e Orçamento. 

A Câmara do Recife tem até o final da primeira quinzena de junho para votar o projeto e reenviá-lo ao Poder Executivo.

*Com informações da assessoria

As emendas ao Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado pelo Executivo (PLE nº 14/ 2013) devem ser encaminhadas pelos vereadores do Recife até 15 de maio. O projeto dispõe sobre as linhas para a elaboração da lei orçamentária da administração municipal do exercício financeiro de 2014 e foi lido em plenário no último dia 30 de abril.

A medida compreende as prioridades e metas da administração pública municipal, a estrutura, organização, elaboração e execução do orçamento da cidade; bem como disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais, entre outros.  

##RECOMENDA##

No artigo 3º, a administração municipal estabelece para o ano que vem prioridades e metas, divididas por áreas fundamentadas em cinco eixos: “Organizando a Cidade”, que abrange o planejamento e ordenamento urbano, transporte e mobilidade, iluminação, saneamento, drenagem e áreas de risco, meio ambiente e gestão de resíduos sólidos e limpeza urbana. Outro eixo é “Qualificando os Serviços”, que faz referência à educação, saúde, segurança, assistência social, esporte e lazer, proteção e defesa animal.

A Lei das Diretrizes Orçamentárias também contempla prioridades e metas do Poder Legislativo (artigo 2º), traçando pontos que dispõem sobre o desenvolvimento do processo legislativo ordinário; da fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo. Prevê ainda a consolidação e a edição da legislação vigente, bem como a edição em versão popular, da história da Câmara Municipal do Recife e o apoio à organização de comissão especial para resgatar e legitimar as origens e as denominações dos logradouros públicos da cidade do Recife.

Outra proposta da LDO é a implementação do programa “Câmara nos bairros”, bem como a consolidação dos instrumentos de participação popular no legislativo, através dos conselhos cidadãos, da tribuna popular e da ouvidoria, entre outras ações. 

No dia 31 de maio está marcada audiência pública na Câmara Municipal do Recife, para discutir a LDO.

 

Apostando no crescimento econômico e no aumento da massa salarial, o relator de Receitas da proposta de Orçamento para 2013, deputado Cláudio Puty (PT-PA), reestimou nesta quinta-feira (25) que a arrecadação no próximo ano terá um acréscimo de R$ 23,8 bilhões. A estimativa anterior era de R$ 22 bilhões.

Do montante, R$ 1,85 bilhão vai para os fundos de participação de estados e municípios (FPE e FPM). Essa transferência é obrigatória, de acordo com a arrecadação do Imposto de Renda. O restante – R$ 22 bilhões – será usado para a apresentação de emendas que compensem os estados perdas provocadas pela Lei Kandir. Com o acréscimo, as receitas federais devem somar R$ 1,25 trilhão em 2013.

##RECOMENDA##

No relatório, o deputado manteve a previsão do projeto do Executivo de crescimento econômico de 4,5% em 2013, mas reviu o de 2012 de 3% para 2%. A arrecadação federal deverá ser de R$ 40 bilhões amenos que o prevista na lei orçamentária de 2012, devido à queda do Produto Interno Bruto (PIB).

Já para 2013, a reestimativa de receitas foi positiva devido à previsão de aquecimento da economia. Os R$ 22 bilhões saíram, em grande parte, da perspectiva de aumento na arrecadação de tributos e de contribuições previdenciárias.

Na terça-feira (30), a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, irá à Comissão de Orçamento para falar sobre a proposta orçamentária. O relatório deverá ser votado na quarta-feira (31).

Com informações da Agência Câmara.

Foi aprovada pela Câmara do Vereadoreso projeto de Lei Orçamentária de 2013 para a cidade do Recife (PL 05/2012), de autoria do poder executivo. A matéria, que exigia 3/5 dos parlamentares em plenário, votada nesta segunda-feira, segue para a sanção do executivo municipal. O projeto, que apresenta prioridades e metas a serem seguidas pela administração pública, também tenta estruturar e organizar o orçamento do município com disposições relativas às despesas com servidores e encargos sociais. Há também algumas alterações na legislação tributária do município.

No quesito desenvolvimento econômico, o texto prevê obras de requalificação viárias na avenida Norte, radial sul, perimetrais, alças de retorno da Agamenon Magalhães e avenida Dois Rios. Também há a reurbanização do entorno do viaduto Capitão Temudo entre outras obras e serem realizadas como a construção de nove conjuntos habitacionais que fazem parte do projeto Capibaribe Melhor. No desenvolvimento ambiental, entre as prioridades, está a implantação do parque da Tamarineira e a intensificação da fiscalização e monitoramento do trânsito.

##RECOMENDA##

Já na área de políticas sociais, o projeto tenciona melhorar a saúde dando atenção a assistência básica de média complexidade e vigilância à saúde. A vereadora Aline Mariano (PSDB) aproveitou a oportunidade para denunciar as dispensas de licitação de nove contratos com empresas fornecedoras de material e prestadores de serviço. De acordo com a denúncia, a prefeitura do Recife dispensou a licitação para comprar material de limpeza na Secretaria de Educação, no valor que chega a 3 milhões de reais. Segundo a vereadora, também houve a dispensa da licitação da empresa responsável pela manutenção dos semáforos, no valor de R$1,5 milhões no período de seis meses.     

Aline declarou que as dispensas de licitação envolvem termos aditivos e contratos antigos de obras que não foram concluídas. “São muitos termos aditivos para obras que não terminaram e deveriam ser entregue a população. Obras simples como requalificação de praças apresentam mais de seis termos aditivos em contratos que se arrastam desde 2008”, defendeu.

A vereadora também informou ter entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) um relatório discriminando essas irregularidades. Com base nesse levantamento, o TCE deve analisar as informações. “Peço que seja formada uma comissão suprapartidária que produzirá este relatório e criando também um documento que cobre essas irregularidades da prefeitura. Temos obrigação de garantir a governabilidade e o término das obras iniciadas”, afirmou.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando