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O uso de tecnologias avançadas tem sido uma prática cada vez mais comum no dia-a-dia de milhares de pessoas. Além do abrangente acesso à internet e smartphones, as pessoas têm adotado outras ferramentas tecnológicas, como assistentes virtuais, inteligência artificial (IA), realidade virtual, entre outros mecanismos que, até alguns atrás, só eram vistos em filmes de ficção científica.

Mas afinal, até onde vão os limites para essas novas tecnologias? O que vem sendo discutido pelo judiciário brasileiro acerca do uso da IA pelo poder público, empresas e pessoa física? Como se proteger de uma exposição que pode sair do controle, como a utilização de técnicas como o deepfake? Para entender um pouco mais sobre o assunto, o LeiaJá conversou com a advogada especializada em direito digital, Natassia Mendes.

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De acordo com a magistrada, “o judiciário tem acompanhado as mudanças tecnológicas, e tem utilizado em alguns casos as IA’s como ferramenta”. É o caso, por exemplo, do projeto de lei (PL) 2338/23, que tramita no Senado desde o mês de maio, que dispõe sobre o uso da IA. De acordo com o texto inicial, o objetivo principal é “proteger direitos fundamentais e garantir a implementação de sistemas seguros e confiáveis, em benefício da pessoa humana, do regime democrático e do desenvolvimento científico e tecnológico”.

O PL 2338/23, surgiu da aprovação do PL 21/20 na Câmara dos Deputados, o Marco Legal da IA. Ambos os textos buscam levantar o entendimento que a tecnologia pode trazer para a população, levando em consideração o respeito à pessoa humana, os limites da democracia e a proteção constitucional. Por ser ainda bastante recente no Senado, o PL 2338 deverá passar por uma longa tramitação até a sua possível aprovação.

Dados

No entanto, se engana quem pensa que o marco legal da IA seria o primeiro texto pensado para certas tecnologias. Em 2018 foi sancionada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que também criou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Tanto o órgão quanto a lei foram desenvolvidas para regular o uso de informações pessoais, para proteger a população de possíveis violações à imagem e à integridade de cada indivíduo.

“Quando falamos de coletas de dados, a LGPD está lá norteando. Caso haja algum vazamento ou coleta indevida, o titular pode sim ingressar com ação, bem como a ANPD pode aplicar as multas previstas na LGPD. Importante ressaltar que no presente momento, um assistente como a Alexa não é sujeito de direitos e deveres para o ordenamento brasileiro, ou seja, ela não poderia, por exemplo, testemunhar em juízo”, explica a advogada.

Inteligência artificial no dia a dia

Quando pensamos em IA, muitas pessoas ainda podem associar a robôs humanóides que têm sentimentos, como foram representados no cinema dos anos 90-2000. Os títulos mais conhecidos são “O homem Bicentenário” (1999) e “AI - Inteligência Artificial” (2001). Por mais futuristas que tenham sido as ideias projetadas nos longas, ainda podemos estar distantes dessa realidade. 

Por outro lado, temos lidado com interações diferentes com as novas tecnologias, como a manipulação da imagem e da voz de uma pessoa, criando um cenário em que ela tenha dito ou feito algo, sem isso ser verdade. Esses efeitos são chamados de deepfake ou deepnude. Para Natassia Mendes, a reflexão a ser feita entra no âmbito do que é de fato útil. “Os deepnudes, por exemplo, são uma situação que põe em xeque se as IA’s podem melhorar ou piorar a humanidade”, ela comenta

Para se proteger com mais segurança, a advogada dá algumas dicas sobre o assunto: “evitar ao máximo postar informações pessoais, principalmente em redes sociais. E um cuidado maior com informações a respeito de menores (filhos, enteados irmãos, enfim). Um exemplo disto é não postar fotos deles em ambientes escolares ou até mesmo usando uniforme da escola”, finaliza.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, nesta quinta-feira (30), uma resolução que estabelece o critério para fixar os limites de gastos de campanha por cargo eletivo em disputa nas Eleições 2022. Segundo a decisão unânime do Plenário, serão adotados os mesmos valores das Eleições 2018, atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aferido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou por índice que o substituir.

Com a definição desse critério, os valores atualizados devem ser divulgados até o dia 20 de julho, conforme prevê a Resolução TSE nº 23.607/2019, que dispõe sobre a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos e candidatas e candidatos.

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O presidente do TSE e relator da resolução, ministro Edson Fachin, afirmou que a edição do texto foi necessária uma vez que, até o momento, o Congresso Nacional não elaborou lei específica para fixar os limites de gastos de campanha para o pleito.

O que diz a legislação

De acordo com o artigo 18 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), os limites de gastos devem ser definidos por lei própria e divulgados pelo TSE. Diante da lacuna normativa e com a proximidade das eleições no próximo mês de outubro, a saída foi a aplicação do mesmo limite com a atualização monetária. Fachin assinalou que o critério de correção dos tetos de gastos pelo IPCA foi, inclusive, aprovado pela Câmara dos Deputados ao apreciar o projeto de Lei Complementar nº 112/2021, que institui o novo Código Eleitoral, atualmente em tramitação no Congresso Nacional.

“Ressalte-se que a atividade regulamentar desta Corte Eleitoral rende prestígio às normas já consolidadas no âmbito do Poder Legislativo, projetando para o pleito vindouro idêntico enfeixe de balizas previsto para as eleições passadas”, disse Fachin.

O ministro esclareceu que, sobre o tema, não há uma inovação no ordenamento jurídico eleitoral, ou seja, exercício de atividade legislativa pelo TSE. “Mas apenas e tão somente o cumprimento de um dever normativo – a fixação dos limites de gastos em campanhas eleitorais – a partir da perpetuação das normas jurídicas já chanceladas, no passado, pelo Congresso Nacional”, salientou o presidente do Tribunal.

Assunto foi tema de consulta

Em resposta dada em dezembro de 2021 a uma consulta feita pela deputada federal Adriana Miguel Ventura (Novo-SP), o Plenário do TSE já havia informado que, na ausência de lei específica do Congresso Nacional sobre os tetos de gastos de campanha para as Eleições 2022, o TSE poderia editar ato regulamentar sobre o assunto.

Na ocasião, o entendimento do relator do processo, ministro Mauro Campbell Marques, foi respaldado por unanimidade pelo colegiado. Segundo o ministro, a fixação de limites de gastos para as campanhas eleitorais tem como objetivo manter o equilíbrio entre os concorrentes do pleito e, por consequência, garantir a higidez do processo eleitoral.

No entanto, ao apreciar a consulta, o TSE não chegou a deliberar sobre o critério para a fixação dos limites de gastos, pois na ocasião se restringiu a responder as perguntas formuladas pela parlamentar.

*Do site do TSE

Marina Ruy Barbosa revelou ser muito centrada quando o assunto é dinheiro. A atriz estava tirando dúvidas de seus seguidores quando foi questionada sobre qual é a sensação de poder comprar tudo sem limites. Mas que depressa, ela esclareceu que não sabe como é. 

Na resposta, Marina disse que é bastante controlada e que prefere investir.

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"Gostaria de saber. Eu sou bem controlada mesmo. Como comecei a ganhar meu próprio dinheiro desde muito cedo, acho que aprendi a valorizar (na medida certa!). Não tenho do que reclamar, mas não saio comprando tudo o que eu gosto. Penso bastante se vale a pena ou não, se está caro demais. Gosto de investir, mas, obviamente, já cai em tentação e comprei algo que me arrependi depois. Mas não acreditem nessa de que compra tudo sem limites", disse.

Marina ainda aproveitou para dar uma dicas para a seguidora: "Sempre pense nas prioridades que você tem. O que é mais importante você comprar primeiro? Sua casa própria ou item supérfluo? Se você fizer boas escolhas e inteligentes, seu futuro pode ser melhor e mais tranquilo".

Mais de dois anos após o início da pandemia de Covid-19 existem vários tratamentos contra a doença, mas o uso das pílulas e injeções enfrenta vários limites.

- Pacientes de alto risco -

Apesar da diminuição dos números da Covid-19 na maioria dois países, os medicamentos podem - ao lado das vacinas - fazer a diferença para os pacientes de alto risco.

Os tratamentos, para prevenir e curar, também podem ser essenciais para pessoas nas quais a vacina é pouco ou nada eficaz, como os imunodeprimidos, ou para as pessoas que apresentam risco elevado de desenvolver formas graves da doença, incluindo os idosos.

"Porém, no momento, estes medicamentos são utilizados de maneira insuficiente, como demonstram o número de mortes pela pandemia", lamenta Antoine Flahault, diretor do Instituto de Saúde Global e professor na Faculdade de Medicina de Genebra.

- Pílulas -

A primeira categoria de tratamento é composta por pílulas antivirais que atuam diretamente no vírus, para impedir sua multiplicação.

Contra a covid, o comprimido mais desenvolvido é o Paxlovid da Pfizer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou há uma semana privilegiar seu uso em relação a outros tratamentos, em especial a pílula do grupo MSD, molnupiravir, que é menos eficaz.

A China aprovou em fevereiro o uso do Paxlovid. Uma boa notícia para a Pfizer, que espera produzir 120 milhões de doses este ano.

Nos Estados Unidos, o governo de Joe Biden adotou medidas para garantir o acesso às pílulas anticovid.

A vice-presidente Kamala Harris, que testou positivo para covid na terça-feira, está tomando o comprimido da Pfizer.

Mas os especialistas destacam alguns inconvenientes, como a corrida contra o tempo para administrar o remédio. O ideal é tomar a pílula menos de cinco dias depois dos primeiros sintomas, que devem ser confirmados por um teste.

Alguns medicamentos, começando pelo Paxlovid, também são "delicados" para o uso, por causa das "várias interações com outros medicamentos", explica Antoine Flahault.

Outro problema é que algumas variantes, como a ômicron, podem reduzir sua eficácia.

- Anticorpos -

A segunda grande categoria são os anticorpos monoclonais, que devem ser administrados por via intravenosa ou injeção no hospital. Isto pode reduzir o risco de hospitalização e morte em até 80%.

Estes tratamentos são utilizados de duas maneiras, dependendo da medicação escolhida. Podem ser usados preventivamente em pessoas que não podem ser vacinadas ou são administrados em pacientes hospitalizados para evitar a complicação do quadro.

Os principais são o Evusheld do laboratório anglo-sueco AstraZeneca e o Ronapreve da farmacêutica suíça Roche, ambos usados preventivamente, embora o segundo composto também seja curativo.

Os prazos de administração também são curtos. E muitos biomedicamentos perdem eficácia com as diferentes variantes do vírus.

- Países pobres -

Assim como acontece com as vacinas, o acesso aos medicamentos anticovid é muito desigual entre países pobres e países ricos. Aqui também acontece um debate sobre a quebra de patentes.

No ano passado, Pfizer e MSD anunciaram acordos de patentes com a mediação da ONU, o que permite produzir uma versão genérica e mais barata de suas pílulas. Acordos foram assinados com 35 fabricantes de genéricos na Europa, Ásia e América Latina para a produção do Paxlovid e distribuição em 95 países pobres.

Mas a OMS se declarou muito preocupada com o fato de que os países mais pobres continuem com dificuldades de acesso ao Paxlovid.

Ao mesmo tempo, as ONGs prosseguem em sua batalha. "À medida que aparecem novos tratamentos, seria desumano que não estivessem disponíveis nos locais em que os recursos são mais limitados, simplesmente porque estão patenteados e são muito caros", advertiu no início do ano Márcio da Fonseca, conselheiro da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF)

As alterações feitas no Código Brasileiro de Trânsito completam um ano no mês que vem. Desde 2021, os motoristas devem ficar atentos ao número de pontos que podem gerar a suspensão de dirigir por até um ano. No caso de reincidência, a restrição pode chegar a dois anos, além do pagamento de multas.

O limite de pontos que pode levar à suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passou de 20 para 40. No entanto, o total de pontos para perder a carteira temporariamente pode diminuir conforme a quantidade de multas gravíssimas acumuladas pelo condutor. 

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De acordo com o código, a CNH só é devolvida ao motorista após o término da penalidade e do curso de reciclagem, que é obrigatório. 

Se o motorista for flagrado pela fiscalização dirigindo um veículo com a carteira suspensa, terá que pagar multa de aproximadamente R$ 900, terá o veículo retido até a chegada de outra pessoa habilitada, além da cassação da carteira por dois anos. 

Nova pontuação

Antes da entrada em vigor das alterações, o motorista que atingisse 20 pontos durante o período de 12 meses ficaria com a carteira suspensa. Agora, a suspensão ocorre de forma escalonada. O condutor tem a habilitação suspensa com 20 pontos (se tiver duas ou mais infrações gravíssimas, 30 pontos (uma infração gravíssima na pontuação); 40 pontos (nenhuma infração gravíssima na pontuação). 

No caso do motorista que exerce atividade remunerada, como taxistas e de aplicativos de transporte, a suspensão ocorre somente quando atingir o número fixo de 40 pontos, independentemente da gravidade da infração. 

A multa gravíssima é de R$ 239,37 e gera sete pontos na CNH. O motorista comete esse tipo de infração ao dirigir falando ao celular, avançar sinal de trânsito, andar na faixa exclusiva de ônibus, parar em vaga destinada à pessoa com deficiência, entre outras condutas

As demais infrações geram menos pontos - grave (cinco pontos), média (quatro pontos) e leve (três pontos). 

Para consultar o número de pontos na carteira, o motorista pode acessar o site do Detran de seu estado ou baixar o aplicativo oficial CNH Digital para celulares. 

Com a pauta de julgamentos voltada para temas eleitorais, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou nesta quarta-feira, 16, as regras previstas na Lei das Eleições para propaganda de candidatos e partidos na imprensa escrita e na internet.

Os ministros analisaram uma ação proposta pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ). A entidade contestou o trecho da legislação que limita a propaganda eleitoral a dez anúncios por veículo em datas diversas, até a antevéspera das eleições, para cada candidato. Outro artigo questionado no processo proíbe a propaganda eleitoral em portais de pessoas jurídicas. A ANJ sustenta que as restrições violam a livre concorrência dos meios de comunicação e o pluralismo político.

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Com um placar apertado, de 6 votos a 4 e uma divergência isolada, os ministros concluíram que as diretrizes que limitam a propaganda servem para garantir a 'paridade de armas' entre os candidatos. O entendimento predominante foi traçado pelo ministro Kassio Nunes Marques, ainda na primeira sessão do julgamento, e seguido nesta semana por Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

"Essas balizas, ao meu ver, são medidas razoáveis para impedir a verdadeira captura dos jornais impressos por determinados candidatos com maior poderio econômico, em detrimento da isonomia do processo eleitoral, em detrimento da garantia de acesso paritário à informação de campanha pelos eleitores", afirmou Moraes.

A vice-presidente do STF justificou seu voto com base na 'deferência às escolhas políticas do Parlamento'.

Em um voto extenso, o ministro Dias Toffoli defendeu que o surgimento das novas mídias não justifica um 'afrouxamento' na regulação da propaganda eleitoral na mídia tradicional.

"As mudanças observadas nas comunicações sociais, a meu ver militar não por um alargamento, mas sim em favor da necessidade de maior regulação da propaganda eleitoral, sobretudo na internet, e não do afrouxamento da regulação já existente", afirmou.

"O impulsionamento pago de conteúdo não deveria ser exceções às vedações e limitações da propaganda eleitoral. Esse é um tema sobre o qual entendo que deva ter maior reflexão, maior debate e uma disciplina mais rigorosa", seguiu.

PL das Fake News

Toffoli ainda saiu em defesa do chamado PL das Fake News. Mais cedo, a Câmara dos Deputados aprovou urgência na análise do texto. Um dos pontos previstos no projeto é que as plataformas de redes sociais tenham representação no Brasil para poder operar no País.

"A promoção do equilíbrio entre os competidores passa pela regulação do poder das plataformas", acrescentou.

Pela manhã, em sua última coletiva de imprensa antes de deixar a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Barroso também defendeu o projeto de lei.

"Me parece totalmente fora do razoável você ter como ator relevante no processo eleitoral brasileiro uma plataforma totalmente à margem da lei", disse Barroso, que como uma de suas medidas à frente do TSE fechou uma parceria com as principais plataformas para combater notícias falsas nas eleições, mas não conseguiu acordo com o Telegram.

'Restrições desproporcionais'

Em seu voto, o ministro Luiz Fux, relator do processo, defendeu que as restrições são 'desproporcionais e obsoletas'. Um dos argumentos usados foi o de que, com a queda nas tiragens dos jornais impressos, a regulação da propaganda nas edições impressas perdeu o sentido.

"A realidade tecnológica atropelou o modelo tradicional de comunicação política considerado pelo legislador, tornando patente a inadequação das restrições impostas à liberdade de expressão e de imprensa para satisfação do princípio democrático", afirmou.

O ministro concluiu que a norma beneficia plataformas de redes sociais e portais de notícias exclusivamente digitais, o que em sua avaliação tem potencial de reduzir o papel da imprensa tradicional em um contexto de disseminação de notícias falsas.

"Se a internet facilitou enormemente a difusão de conhecimento, encurtando as fronteiras entre indivíduos, também é certo que se tornou um ambiente propício ao radicalismo e ao compartilhamento de notícias enganosas. É essencial que a regulação da comunicação política na rede mundial de computadores reserve à imprensa livre e profissional o seu devido espaço em igualdade de condições com as redes sociais e outras plataformas de transmissão informal de conhecimento", defendeu.

Fux também lembrou que, desde que a Lei das Eleições foi aprovada, outros dispositivos de controle da propaganda eleitoral entraram em vigor para assegurar a igualdade de chances entre os candidatos, como o dever de transparência, os limites de gastos para as campanhas e a proibição de doações de empresas.

Na mesma linha, o ministro Edson Fachin classificou as restrições como um 'ônus excessivo' aos jornais.

"Passou a existir uma situação de assimetria não justificada, na qual a imprensa de vê desproporcionalmente onerada", defendeu.

Seguindo a maioria, o ministro Luís Roberto Barroso defendeu a derrubada dos dispositivos para estabelecer o 'mínimo de igualdade' entre os jornais e as redes sociais e portais digitais. O ministro lembrou que, ao contrário da imprensa tradicional, as mídias sociais têm autorização para cobrar pelo impulsionamento de conteúdo eleitoral.

"As pessoas já não concordam mais quanto aos fatos. O mundo nunca precisou tanto de jornalismo profissional, de imprensa profissional, para que se estabeleça um espaço público comum entre as pessoas, com diferentes visões, porque em uma democracia a verdade não tem dono e o pluralismo é da essência da democracia, mas com o mínimo de compromisso sobre a verdade dos fatos", pontuou.

A ministra Cármen Lúcia disse que, diante da nova realidade tecnológica, as restrições para a propaganda na imprensa tradicional representam um 'tratamento diferenciado, restritivo e limitador'.

"Se o quadro fático em que se limitou legitimamente a atuação dos órgãos de imprensa não existe mais, a meu ver a sua subsistência válida também deixou de ter sustentação no sistema", defendeu a ministra.

O ministro André Mendonça ficou isolado em uma posição intermediária para permitir a propaganda eleitoral paga em sites de empresas jornalísticas na internet desde que o TSE regulasse o tema enquanto não houver definição do Legislativo.

Pesquisa divulgada hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 663 municípios tiveram mudanças de área e de limites entre maio de 2018 e abril de 2019. Das 27 unidades da Federação, 16 sofreram alterações em relação aos limites de seus municípios.

Segundo o IBGE, o estado com mais municípios atualizados é o Ceará, com 180 alterações de limites, seguido da Paraíba, com 158. “Essas alterações têm impacto na quantidade de habitantes desses locais, já que as mudanças fazem com que algumas regiões, e consequentemente seus moradores, passem a integrar municípios vizinhos”, explica o instituto.

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“As atualizações influenciam também em estudos e pesquisas demográficas, como as estimativas de população, calculadas todos os anos pelo IBGE. Além dos ajustes cartográficos comunicados pelos próprios estados, as alterações podem ser feitas para atender novas leis estaduais. Avanços tecnológicos também permitem melhorar a identificação e a representação da área dos municípios”, disse o IBGE.

Estados

O IBGE também atualizou as áreas territoriais de estados e municípios. Os destaques são o refinamento da linha costeira para o cálculo de área, o detalhamento de alguns limites fluviais entre os estados de Mato Grosso, Amazonas, Pará, Maranhão e Roraima, e a adequação entre os limites do Distrito Federal e Goiás.

De acordo com o instituto, o reprocessamento dos valores das áreas territoriais foi atualizado de acordo com a estrutura político-administrativa vigente em 30 de abril de 2019, data de referência das Estimativas Populacionais 2019, incorporando as alterações de limites territoriais municipais ocorridas após o Censo Demográfico 2010.

“O redimensionamento dos valores de áreas é próprio da evolução das geotecnologias aplicadas no monitoramento da dinâmica da divisão territorial brasileira. Isso implica na atualização periódica dos valores das áreas estaduais e municipais com a utilização de melhores técnicas e insumos de produção e também para refletir as eventuais alterações nos limites político-administrativos por justificativas legais ou judiciais”, informa o IBGE.

Municípios

Ao todo, o Brasil tem 5.568 municípios, mais o distrito insular de Fernando de Noronha e o Distrito Federal. A extensão territorial do Brasil é de 8.510.295,914 quilômetros quadrados (km²).

“Historicamente, a primeira estimativa oficial para a extensão superficial do território brasileiro foi de 8.337.218 km², obtida a partir de medições e cálculos efetuados sobre as folhas básicas da Carta do Império do Brasil, publicada em 1883. Somente com advento do Censo de 1940 é que o IBGE passou a avaliar a área do país”, informa o instituto.

O menor município é Santa Cruz de Minas (MG), com 3,565 km². O mais extenso é Altamira (PA), com dimensão territorial de 159.533,328 km², maior que vários estados brasileiros.

O maior dos estados continua sendo o Amazonas, com 1.559.146,889 km², superando a soma dos territórios das regiões Sul e Sudeste. O estado de menor extensão territorial é Sergipe, com 21.925,424 km². O Distrito Federal tem área de 5.760,783 km².

Nesta segunda-feira (04), o cientista político Adriano Oliveira comenta em seu podcast sobre a nova manifestação ocorrida neste último domingo (03), em que pessoas foram às ruas para apoiar Bolsonaro e repudiar o STF e o Congresso Nacional. Oliveira aponta dados de pesquisas recentes, que demonstram o aumento das reprovação e críticas da população diante das declarações e ações do presidente. Adriano fala também sobre a aproximação de Jair Bolsonaro com o chamado "Centrão", após muito desgaste governamental, em busca de apoio político. O analista levanta questões de que não há sustentação para que os militares estejam apoiando nos bastidores as sinalizações de Bolsonaro em endurecer e até mesmo estar preparando um golpe militar para poder governar. 

Adriano Oliveira destaca também que o mandato de Bolsonaro está chegando ao limite constitucional e que ele sofre diversas ameaças para se manter no cargo, como por exemplo: a ineficiência em combater a Covid-19, as crises econômica e política, os conflitos com o Congresso Nacional e o STF, o recente pedido de demissão de Sergio Moro seguido de depoimentos à Polícia Federal, e o frágil acordo com o "Centrão". 

Oliveira conclui que Jair Bolsonaro deu declarações na tentativa de impor limites e ameaçar as instituições e a democracia, mas que na verdade o limite chegou para ele que não consegue mais governar. Se o presidente não mudar as atitudes dele, a pressão só aumentará alimentando os cenários de impeachment, de renúncia ou deposição do cargo. Segundo Oliveira, os indícios são cada dias mais fortes e reais. O cientista político conclui ainda que a única carta na manga que restaria a Bolsonaro seria apelar para os militares, restando saber se eles, os militares, realmente estão dispostos a apoiar um golpe.   

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Na arquibancada, olhos tensos, que mal piscavam. Um ginásio em completa tensão. No tatame, olhos encharcados de suor e lágrimas, em um misto de emoção e dores que vinham desde o dia anterior, agravadas pelos 14 combates que Bárbara Rodrigues e Brenda Padilha tiveram que travar para chegar até ali. Na luta que definiria a ganhadora do pré-olímpico nacional de caratê na categoria acima de 61 quilos, em São Paulo, cada atleta encarava sua própria batalha de resistência.

Bárbara, por exemplo, havia trincado a costela. E Brenda não estava melhor. "Na final da seletiva para a seleção sênior, acabei chutando o cotovelo da atleta. Meu tornozelo inchou, comecei a sentir dores muito fortes no [platô] tibial [parte da tíbia que, junto com a a fíbula, forma a estrutura óssea da perna]. Tive que fazer uma bandagem para conseguir lutar e precisei ficar toda hora aquecendo, mesmo se a luta estivesse parada, para não sentir dor nos confrontos", lembra a carateca. "Estávamos no limite. Fomos ao extremo. Quem quisesse mais naquele momento, levava", resume.

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Se é assim, Brenda quis "um pouco" mais. A vitória a credenciou para a disputa, entre 8 e 10 de maio, do Torneio de Paris. A competição funciona como pré-olímpico mundial do caratê e classifica os três melhores de cada categoria para a estreia olímpica da modalidade, em Tóquio. De onde tirar forças em meio ao desgaste e à dificuldade para ficar de pé, para estar mais perto do sonho? Segundo Brenda, a força veio daqueles que a acompanhavam da arquibancada: os companheiros de equipe do Serviço Social da Indústria (Sesi), de Cubatão, em São Paulo.

"Quando sentia dor e levantava, sempre olhava para eles. Para o sensei [expressão japonesa de respeito a um professor ou mestre], para meus amigos. Eu sabia que não estava lutando só por mim, mas por todos que estavam lá. Eles treinam todos os dias comigo e se dedicam, vêm treinar até em dias que não estão no calendário para me ajudar", destaca.

O sensei é Ney Farias, técnico de Brenda, que, na Olimpíada de Sydney, na Austrália, em 2000, foi preparador físico de Carmem Carolina, única representante brasileira do taekwondo. É difícil a jovem falar do treinador sem ficar com a voz embargada. "Ele me passa muita confiança. Acredito muito no trabalho. Evoluí muito, não só como atleta, mas como pessoa. Ele me prepara para a vida. E não tem jeito, sempre me emociono", diz a atleta, rindo.

O carinho do professor é recíproco. "Não existe maior gratificação do que quando se consegue projetar uma pessoa como atleta desse nível, que inspira os outros. Temos aumentado o número de crianças no programa de base, e muitas vêm inspiradas nela. A Brenda esteve aqui [no Sesi] entre 2013 e 2014, com o sensei Carlos Magno, um irmão que o caratê me deu. Eu voltei em 2017 para fazer o projeto olímpico do Sesi. E ela retornou no meio de 2018. Tem sido maravilhoso assistir à transformação que ela tem promovido nos atletas."

Do collant ao quimono

Brenda fica ruborizada, feliz, ao saber que crianças querem levar o caratê a sério, ao vê-la treinar e competir. Com Brenda, também foi assim. Para entender, é preciso voltar 12 anos no tempo, quando a jovem começou a se envolver com o esporte em um projeto social de São Vicente, sua cidade natal, no litoral paulista – ainda que, inicialmente, longe do tatame.

"Eu fiz quatro anos de balé", revela. "Um dia, assistindo uma aula de caratê, meu pai – que gostava de luta – falou: 'vamos testar, ver se você gosta'. Na primeira aula, achei estranho, mas, por ter feito balé, eu tinha facilidade para chutar, decorar sequências. E fui começando a gostar. Chega uma hora em que você vê os outros atletas e percebe que quer competir. O tempo passou e não parei mais", lembra.

A bailarina Brenda "aposentou-se" aos 12 anos. Hoje, aos 20, a carateca Brenda acumula participações em torneios nacionais e internacionais desde a base. Em 2017, ficou em sétimo no Mundial Sub-21, na Espanha – a atleta da casa que a venceu nas quartas de final conquistou a medalha de bronze. "Às vezes, você perde por um deslize, como foi no caso, mas competições assim são importantes para quem está na base porque a gente vê que tem como chegar lá", diz a atleta, atual campeã brasileira sênior e sub-21.

Os resultados e a evolução deram confiança a Brenda e a seu técnico no caminho rumo à primeira disputa olímpica do caratê. O sonho de estar nos Jogos não é recente. Vem antes mesmo de a modalidade ser confirmada no programa de Tóquio. Até por isso, dedicar o auge da adolescência ao esporte não foi sacrifício. "Quando a gente faz o que ama, não há dificuldade. Coloquei [a Olimpíada] como objetivo e fui fazendo naturalmente. O melhor momento do meu dia é no tatame", afirma.

"Escala" em Paris

O caratê olímpico terá tanto disputas no kata (apresentação de movimentos que simulem o combate) como no kumite (que é a luta propriamente dita). Mas, ao contrário de outros eventos da modalidade, em que o kumite tem 10 categorias, sendo cinco por gênero, o torneio em Tóquio terá só seis pesos: três no masculino (até 67 quilos, até 75 quilos e acima de 75 quilos) e três no feminino (até 55 quilos, até 61 quilos e acima de 61 quilos).

Brenda, normalmente, compete entre as lutadoras acima de 68 quilos. Como no Japão a classe mais pesada é para atletas acima de 61 quilos, ela teve que adaptar o treinamento para encarar rivais mais leves. "São meninas geralmente mais rápidas que as da minha categoria, então tenho trabalhado velocidade e resistência para aguentar o ritmo do combate. Tenho que entrar [atacar] na velocidade delas, ou ainda mais rápido."

De acordo com o técnico Ney Farias, a ideia é que Brenda tenha um período de treinos e dispute alguma competição neste mês na Europa para que, em abril, possam ser ajustados os detalhes visando ao Torneio de Paris, em maio. "O planejamento está sendo bem cuidadoso. Em Tóquio, só estarão 10 por categoria. Em Paris, serão bem mais atletas buscando vagas, então pode ser [um campeonato] muito mais difícil que o do Japão. O que ela passou no pré-olímpico no Brasil, em quantidade de combates, é a mesma coisa que ela terá que passar na França, só que em nível internacional."

A participação da carateca na competição da capital francesa só não está 100% assegurada porque depende que nenhuma outra brasileira esteja entre as 30 do mundo até o fechamento do ranking mundial de abril. Isabela Rodrigues, atleta do país mais bem colocada na categoria acima de 61 quilos, está atualmente na 78ª posição.

Futuro pós-Tóquio

Brenda terá completado só 21 anos na ocasião dos Jogos de Tóquio. A juventude a coloca no circuito para mais participações olímpicas.

Porém, o comitê organizador da próxima edição (que será justamente em Paris, em 2024) não incluiu a modalidade entre as adicionais, mantendo escalada, surfe e skate – que também estrearão na capital japonesa – e incluindo o breakdance. A decisão definitiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre os esportes que estarão na França só deve ser anunciada no fim deste ano.

A coreana Yuhyun Park quer ensinar crianças a ter inteligência digital para se tornarem boas "cidadãs online". Isso quer dizer não praticar ou se expor a violências, como o bullying digital, ter autocontrole para não se viciar no uso de celulares e agir com responsabilidade nas redes sociais. Para ela, cientista formada na Universidade Harvard e presidente de um instituto de educação digital, o DQ Institute, essas competências deveriam estar nos currículos das escolas de todos os países.

Yuhyun, de 42 anos, hoje vive em Cingapura, onde o governo já adotou sua plataforma educacional online para formar alunos, professores e famílias. "Muitos pais falam que a criança não pode usar o celular mais de uma hora, por exemplo, mas não é só isso o importante", explica. "Eles precisam dizer como isso afeta a saúde e a vida toda dela. A mesma conversa que temos sobre os perigos offline, temos de ter sobre os perigos online."

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As pesquisas do seu instituto mostram que mais de 50% das crianças de 8 a 12 anos no mundo estão expostas aos chamados riscos do mundo digital, como exposição à pornografia, a conteúdos violentos ou vício em jogos. E quando elas têm o seu próprio celular e passam a usar redes sociais de maneira ativa, o risco aumenta em 20%.

"Precisamos dar às crianças a informação certa para que se tornem pessoas críticas, independentes. Não conseguimos estar online com nossos filhos o tempo todo." Ela esteve no Brasil este mês para falar no Fórum Econômico Mundial.

O que é a inteligência digital e como desenvolvê-la na criança?

Quando as pessoas pensam em tecnologia, pensam nas questões do trabalho, como codificação, robótica, mas antes as crianças precisam aprender a ser cidadãs digitais. A inteligência digital são as competências que as crianças têm de ter para isso. Com nossa ferramenta educacional, ensinamos, de modo bem científico, sobre como limitar o tempo na frente das telas, dizendo como afeta seu cérebro, seu corpo ou habilidades cognitivas. Falamos sobre bullying, em como se proteger das armadilhas. E ainda o que significa estar online. As crianças precisam saber que quando colocam algo na internet, aquilo pode permanecer lá para sempre. E qual o impacto disso no futuro delas? É como o cigarro, se aprendem o quão prejudicial é, não fazem.

As escolas deveriam ensinar essas competências?

Acredito muito que isso tem de estar no currículo de um país. Cingapura já fez isso. Nossas pesquisas mostram que 50% das crianças ganham seu primeiro celular aos 10 anos, por isso temos de intervir antes disso. A idade mais importante é entre 8 e 12 anos porque conseguimos formá-los antes de estarem online de uma maneira muito ativa. É como uma vacina, tem de ser dada antes de ser exposto.

Suas pesquisas indicam que existe uma pandemia de riscos digitais. Por quê?

Hoje mais de 50% das crianças estão expostas a riscos do mundo digital. Estão fazendo coisas que as deixam vulneráveis para encontrar estranhos, ver pornografia, ficar viciadas em jogos. Muita gente acha que é uma questão cultural, mas não. O padrão é igual em todos os países. E a maioria delas não faz busca ativa por conteúdo inapropriado - a informação aparece para elas.

Como os pais devem agir?

A tecnologia mudou tão rápido que não estamos preparados como pais, como geração. Pais com 40 anos tiveram seu primeiro celular aos 20. É um mundo completamente diferente. É preciso começar a conversar cedo porque quando se tornam adolescentes é mais difícil. Muitos pais falam que a criança não pode usar mais de uma hora o celular, por exemplo, mas não é só isso que é importante. Eles precisam dizer como isso afeta a saúde e a vida toda dela. Você está mandando seu filho para um lugar muito perigoso, um clique e tem acesso a pornografia. Então, a mesma conversa que temos sobre os perigos offline, devemos ter sobre os perigos online. Precisamos dar às crianças a informação certa para que se tornem pessoas críticas, independentes. Nós não conseguimos estar online com nossos filhos o tempo todo.

Mas muitas vezes é difícil tirar o celular das crianças.

Sim, porque ele é desenhado para tornar as crianças viciadas. Ele dá uma resposta rápida e elas gostam disso. Os jogos são desenhados para isso. E se elas se acostumam a isso, sentem-se entediadas com todo o resto. Por isso, os pais precisam falar com as crianças sobre a vida digital.

Crianças podem usar redes sociais?

Não nesse grupo de 8 a 12 anos. Não há benefício algum. Ficam mais expostas a pressões porque não têm um autocontrole desenvolvido. Elas precisam aprender como atuar na rede social, sobre privacidade e o que é estar online. As crianças são puras, se as pessoas fazem uma pergunta a elas, querem ser legais, dar toda a informação possível. E nós vamos soltar nossas crianças nesse mundo sem nenhuma proteção?

O fato de o relatório da gestão fiscal do Governo do Estado, no segundo quadrimestre de 2017, apresentar que a administração comprometeu 47,09% da Receita Corrente Líquida (RCL) com o pagamento dos servidores estaduais - quando o limite definido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 46,55% - gerou preocupação entre os deputados estaduais. Líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB) questionou à gestão sobre quais ações serão adotadas para reverter o quadro e ponderou que a situação pode comprometer o pagamento do 13º de servidores e funcionários de Organizações Sociais. 

“Em 2015 tivemos a venda da Conta Única do Estado, em 2016 recebemos o dinheiro da Lei de Repatriação. Mas, neste ano, corremos o risco de não ter nenhuma receita nova para garantir o pagamento do 13º”, considerou durante a sessão plenária dessa terça-feira (3). O deputado do PRB solicitou que o secretário da Fazenda, Marcelo Barros, seja chamado para explicar a situação na Comissão de Finanças da Alepe.

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Para Costa Filho, outros aspectos da situação fiscal também são preocupantes. O principal deles, segundo o parlamentar, é o déficit previdenciário do Estado. “Alcançamos um déficit anual de R$ 1,65 bilhão na previdência estadual. São recursos que deixam de ser investidos  em saúde, educação e infraestrutura, e podem afetar ainda mais o futuro do Estado”, afirmou o deputado. 

Quem também ressaltou a conjuntura apresentada pelo relatório foi a deputada Priscila Krause (DEM). A parlamentar disse que a previsão de repasses do Fundo de Participação Estadual (FPE) para o mês de novembro é de redução de 40,7%, comportamento que também será observado em dezembro. O FPE é um dos principais componentes da arrecadação do Tesouro pernambucano. 

“Pernambuco conseguiu fechar o ano de 2016, mesmo com um bilhão de restos a pagar, com alguma regularidade porque além do programa de recuperação tributária, teve mais de seiscentos milhões da repatriação. Essa previsão do Tesouro Nacional, confirmando uma queda vertiginosa, já esperada, acende os alertas para que se tomem medida preventiva e rápida. Fomos um dos estados com maior aumento de impostos do País e mesmo assim os parâmetros fiscais estão falhando. É preciso lembrar que ainda restam a folha de setembro, que será paga essa semana, e mais outras quatro, já que tem o 13º inteiro”, registra a deputada, que é componente efetiva da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação.

No governo Paulo Câmara, segundo ela, o pior quadrimestre para o parâmetro que relaciona os gastos com a folha em comparação com a Receita Corrente Líquida se deu em 2015, no período referente a abril e agosto daquele ano (50,33%). Priscila lembrou, no entanto, que naquele quadrimestre o governo havia feito a opção de adiantar a primeira parcela do 13º salário para ativos e inativos no meio do ano, o que comprometeu o índice. 

Outro lado

Em nota encaminhada à imprensa, o Governo do Estado disse que mantém o compromisso com o equilíbrio fiscal e salientou que o gesto como o pessoal refere-se aos últimos 12 meses e não ao ano de 2017 como um todo. Veja o texto na íntegra:

"Além da concessão de reajustes a diversas categorias e da preservação dos investimentos, bem como a garantia de manutenção integral dos serviços públicos essenciais. Em geral, os resultados fiscais do 4º bimestre/2º quadrimestre são positivos, visto que foi registrado um resultado primário de R$ 469 milhões, influenciado principalmente pelo aumento da receita do Estado no período (7,6%). Os investimentos mantiveram-se no mesmo patamar de 2016 (R$ 864 milhões), com destaque para a área de recursos hídricos (R$ 354 milhões). O percentual de gastos com pessoal de 47,09% refere-se aos últimos 12 meses, mas não reflete a execução do ano de 2017 completo, tanto que o mesmo percentual também foi atingido no primeiro quadrimestre de 2015 e 2016. A administração estadual reforça seu compromisso com o equilíbrio fiscal de Pernambuco, cujos esforços se evidenciam ainda pela redução do endividamento em R$ 2 bilhões, quando a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) permitia um acréscimo de R$ 730 milhões".

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL), que até então defendeu a caravana de Lula no Nordeste afirmando que o líder petista está no papel dele e que até declarou que desejava que o PT acerte cada vez mais, criticou a ida do ex-presidente à casa de Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, na noite dessa quinta (24), onde aconteceu a festa de aniversário de sua filha Maria Eduarda. Edilson declarou que o objetivo é garantir "sustentação eleitoral" para as eleições de 2018, mas criticou: "Essa receita que o PT agora parece insistir, já mostrou seus limites".

"João Paulo, Humberto Costa, Haddad e agora Lula fazendo gestos para o PSB em Pernambuco. As peças maiores do xadrez petista se movimentando num ritual já bastante conhecido, que é a construção de uma coalizão para dar sustentação eleitoral nos Estados a uma candidatura nacional. É aí que entram Kátia Abreu, Renan, Paulo Câmara e outros", declarou o psolista. 

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No entanto, o parlamentar disse que a tática não garante sustentação de governo. "O problema é que esta tática pode até garantir sustentação eleitoral, mas não garante sustentação de governo, vide o "tombo" de Dilma. Quem sustenta governo de esquerda, ou centro esquerda, é povo mobilizado. E este povo, como se viu nas lutas de rua contra e pró impeachment, esta nas grandes cidades, nas massas urbanas que movimentam a política nos intervalos eleitorais". 

"É preciso combinar as duas coisas: resultado eleitoral e mobilização popular, sendo que o segundo é prioritário, pois é a força que sustenta uma verdadeira oposição caso a vitória eleitoral não aconteça. Essa receita que o PT agora parece insistir, já mostrou seus limites", acrescentou Edilson.

Já aliados de Lula garantem que a visita teve apenas caráter de agradecimento, já que Renata visitou o petista quando a ex-primeira- dama Marisa Letícia, estava internada em São Paulo, no mês de fevereiro deste ano, antes de falecer. O ex-presidente teria se mostrado muito grato na ocasião.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 10, portaria que estabelece, para este segundo semestre do ano, o valor máximo de financiamento para contratos e aditamentos de renovação semestral no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

De acordo com o texto, esse valor será de R$ 42.983,70 para contratos formalizados até o 2º semestre de 2016 e de R$ 30.000,00 para contratos formalizados a partir do 1º semestre de 2017.

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"Esses parâmetros serão implementados pelo agente operador diretamente no Sistema Informatizado do Fies (SisFies)", cita a portaria publicada no DOU.

A gigante chinesa da internet Tencent vai limitar a uma hora por dia o tempo dos menores de 12 anos no "King of Glory", o jogo eletrônico mais rentável do mundo

A medida foi anunciada em um momento de grande preocupação na China com os longos períodos que os jovens passam na internet.

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"King of Glory", um jogo de combate para vários participantes, tem 80 milhões de usuários por dia. É o jogo eletrônico mais rentável do mundo em 2017: gerou seis bilhões de yuanes (885 milhões de dólares) no primeiro trimestre, segundo a agência estatal Xinhua.

Os menores de 12 anos não poderão jogar mais de uma hora por dia, e nunca depois das 21H00, anunciou a Tencent em um comunicado.

Os menores com idades entre 12 e 18 anos poderão jogar até duas horas por dia.

Em abril, a imprensa estatal informou que um jovem de 17 anos da província de Guangdong (sul) foi vítima de um ataque cerebral depois de passar 40 horas seguidas jogando "King of Glory".

De acordo com estimativas, 24 milhões de jovens chineses são viciados em internet, o que é considerado uma doença clínica no país desde 2008.

Nos últimos anos, vários pais enviaram os filhos viciados a centros especializados que propõe métodos de "readaptação" de caráter militar.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou, na manhã desta segunda-feira (19), que é preciso impor "limites nas investigações" em curso no país. Sem citar diretamente a Operação Lava Jato, o magistrado pontuou durante um discurso duro que "não podemos cogitar investigações feitas na calada da noite". 

"Expandiu-se demais as investigações, além do limite. Qual o objetivo? Colocar medo nas pessoas. É preciso colocar limites. Não podemos cogitar investigações feitas na calada da noite. Arranjos. Que tem alvo autoridades, como o presidente da República", argumentou, logo depois também de sair em defesa do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Marcelo Navarro, acusado de ter envolvimento no escândalo.

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Também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Mendes cravou a necessidade de barrar os abusos cometidos pelas instituições. "Investigação sim, abuso não. Não se combate crime cometendo crime. Estado de Direito não comporta soberanos, todos estão submetidos à lei", declarou. 

Apesar das críticas Gilmar Mendes, que discursava para uma plateia de empresários do LIDE Pernambuco e políticos, também ponderou, diante do desenrolar dos fatos da Lava Jato, o porquê que as instituições brasileiras permitiram a criação de um sistema de corrupção como este no país. 

"É importante a conquista trazida pela Lava Jato, mas fica uma pergunta: por que um sistema desta amplitude pôde se estruturar? O que não soubemos fazer para que as instituições evitassem este tipo de prática?", indagou o magistrado. Logo em seguida, ele também deixou claro que é preciso combater as práticas corruptíveis, mas isso não pode ser a meta do país e dificultar, por exemplo, a aprovação de reformas. 

"Em algum momento parece que o país se voltou para isso. Não posso fazer a reforma trabalhista porque tem que se combater a corrupção. Até entendo que por parte dos promotores e procuradores se haja está premissa, mas talvez eles tenham expandido as investigações para situações de mera irregularidade. Consciente ou inconscientemente o que se queria era se mostrar que não tinha salvação para o sistema político", acrescentou. 

Além das explanações feitas sobre a Lava Jato, durante a palestra, Gilmar Mendes também fez críticas ao sistema político eleitoral no país e pontuou que o STF tem pecado diante de algumas posturas tomadas sobre o assunto. Ele está no Recife em um encontro promovido pelo LIDE.

O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou, nesta segunda-feira (13), que vai encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei que regulamenta o direito à greve no país. Em declaração à imprensa, o peemedebista disse que o texto está sendo finalizado pelo Palácio do Planalto e deve complementar o que prevê a Constituição, contribuindo para a análise do Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Todos sabemos que o STF já se manifestou sobre esta matéria, em face, precisamente, da não aprovação de um projeto disciplinador do texto constitucional”, frisou. “Pela Constituição, certos serviços essenciais não podem ficar paralisados”, acrescentou. 

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De acordo com Temer, o encaminhamento da matéria não tem nada a ver com o cenário atual do Espírito Santo. “As policiais militares não podem fazer greve e nem sindicalizar-se. O que lá houve foi, na verdade, uma insurgência contra o texto constitucional. Se outros episódios vierem a acontecer aplicar-se-á o texto constitucional regulamentador”, observou.

O presidente reforçou ainda que colocou as Forças Armadas a disposição de “toda e qualquer hipótese de desordem”. “A polícia militar era, no meu tempo, e até hoje, a garantidora da lei e da ordem”, salientou. 

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, pediu nesta segunda-feira (1) que os serviços de liberdade condicional proíbam que quase 3 mil molestadores sexuais fichados joguem "Pokémon Go", para proteger as crianças do estado.

O jogo desenvolvido pela empresa americana Niantic e baixado mais de 75 milhões de vezes é, efetivamente, muito popular entre o público jovem, e permite localizar outros jogadores, o que pode ser utilizado por ex-presos cujos crimes tenham sido de caráter sexual, segundo o governador.

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Andrew Cuomo ordenou ao Departamento Penitenciário e de Liberdade Condicional (DOCCS) que proíba o "Pokémon Go" às pessoas condenadas por crimes sexuais que cumpriram sua condenação, mas seguem fichadas, segundo um comunicado.

Cuomo também dirigiu uma carta à Niantic pedindo que evitasse que estes ex-delinquentes brincassem com o jogo mais popular do momento, que consiste em capturar criaturas virtuais que a câmera do telefone mostra nos locais próximos ao jogador.

O governador explicou que tomou esta decisão depois que dois senadores de Nova York demonstraram que algumas crianças haviam jogado, sem saber, "Pokémon Go" perto da casa de delinquentes sexuais fichados. 

Nos EUA, todas as pessoas condenadas por crimes de natureza sexual ficam registradas em um arquivo específico. Elas devem garantir que seus dados, em especial o domicílio, estejam atualizados. 

"A prioridade é proteger as crianças de Nova York, e à medida que a tecnologia avança devemos garantir que estes avanços não ofereçam novas oportunidades para que os perigosos abusadores consigam outras vítimas", disse Andrew Cuomo. O governador também pediu que as autoridades proíbam os delinquentes sexuais de brincarem com outros jogos similares ao "Pokémon Go".

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou a todos os partidos ou coligações de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que se abstenham de realizar quaisquer condutas caracterizadas como propaganda política antecipada na realização das convenções partidárias. De acordo com a promotora de Justiça Eleitoral, Vivianne Monteiro de Menezes, a recomendação busca se antecipar a possíveis irregularidades nos eventos.

O MPPE recomendou que, até o dia 15 de agosto, os partidos e as coligações devem ficar atentos para as situações de eventual violação aos limites impostos à propaganda intrapartidária, voltada para os eventos de escolha dos nomes que vão compor as chapas. 

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“As mensagens ou discursos proferidos no âmbito das convenções não podem ser transmitidas ou veiculadas em meios de comunicação que atinjam o grande público, como emissoras de TV e rádio, internet, outdoors ou carros de som. E o uso de faixas e cartazes que aludam aos candidatos é proibido em locais que não sejam aqueles em que estejam sendo realizadas as reuniões partidárias”, detalha Vivianne Monteiro. 

A promotora lembrou ainda que o descumprimento dos limites apontados pelo MPPE podem motivar a aplicação de multa, em valores que vão de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

A Prefeitura do Recife ultrapassou o limite prudencial de gasto com pessoal indicado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com os dados do balanço orçamentário do último quadrimestre de 2015, a gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) comprometeu 49,74% da receita com a folha de pagamento. O percentual fez com que a administração recifense atingisse o limite alerta definido pela LRF que fica entre 48,6% e 51,29%. 

Na prática, o valor comprometido ainda não acarreta punições à gestão. Neste caso, o prefeito recebe apenas um comunicado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) alertando para a redução dos gastos.  A previsão, no entanto, é de que o percentual ultrapasse o limite caso o cenário econômico nacional piore. Caso isso aconteça, a prefeitura ficará proibida de realizar qualquer ação que aumente a despesa com pessoal, entre elas, a concessão de aumento salarial. 

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Assim como em todos os anos, os servidores municipais já se movimentam em busca de um aumento salarial. A prefeitura não sinalizou positivamente para a classe. “Vamos continuar analisando todos os números”, cravou Geraldo Julio, ao ser questionado sobre a possibilidade do reajuste, diante do cenário adverso. 

 

 

 

 

As charges de Maomé publicadas em um jornal dinamarquês há 10 anos seguem alimentando o debate sobre os limites da liberdade de expressão.

Estes 12 desenhos, publicados no jornal Jyllands-Posten no dia 30 de setembro de 2005, mostravam o profeta portando uma bomba no lugar de um turbante, ou um nômade armado com uma faca junto a duas mulheres com um véu preto.

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Os atentados frustrados contra o Jyllands-Posten, assim como o lançado contra o semanário francês Charlie Hebdo em Paris em janeiro, mudaram a visão do Islã e da imigração em muitas redações europeias.

"Em muitos meios de comunicação, isso gerou o temor sobre a percepção dos muçulmanos em relação a certos tabus", estima Anders Jerichow, editorialista internacional do jornal Politiken. "E penso que é triste tanto para o mundo muçulmano quanto para o resto do mundo".

Após o ataque com um fuzil que deixou 12 mortos em Paris, publicações de Rússia, China ou Malásia, assim como de outros países com uma concepção mais restrita da liberdade de expressão, criticaram a revista Charlie Hebdo por ter ofendido o Islã.

Jornalistas ocidentais, especialmente no Reino Unido ou nos Estados Unidos, também se sentem incomodados com a concepção da liberdade de expressão praticada pelo semanário satírico francês.

Polarização

Desde o caso do Jyllands-Posten, "as atitudes em relação à liberdade de expressão se polarizaram", estima Angela Phillips, professora de jornalismo na Goldsmiths College de Londres.

Segundo Phillips, a violência gerada por simples desenhos "fez muitos jornalistas refletirem sobre como representam as minorias", enquanto em outros casos "tornou muitos jornalistas menos sensíveis a estas questões".

A representação dos profetas está estritamente proibida no Islã sunita, e ridicularizar o profeta Maomé é tradicionalmente passível de pena de morte.

No Oriente Médio, muitos universitários sunitas são partidários de uma tolerância zero, enquanto outros defendem respostas mais pragmáticas.

A faculdade Al-Azhar do Cairo, grande centro de estudos sunitas, condenou, por exemplo, em janeiro os desenhos da Charlie Hebdo, mas convocou os muçulmanos a ignorá-los, embora seu apelo não tenha esfriado a tensão no mundo muçulmano.

"E esta polêmica não se limita à região. As caricaturas também geram revolta e indignação em muitos muçulmanos nos Estados Unidos e na Europa", ressalta Scott Stewart, analista da companhia americana especializada em serviços de inteligência Stratfort. "Por sorte, muitos não transformam esta ira em violência".

A ameaça provém sobretudo, segundo ele, dos grupos islamitas radicais, que instrumentalizam as charges para "encorajar os jihadistas de base a lançar ataques violentos no Ocidente".

Muito perigoso

Assim, em fevereiro, um dinamarquês de origem palestina, Omar al-Hussein, atacou um centro cultural em Copenhague durante um debate sobre a liberdade de expressão, no qual participava o artista sueco Larsk Vilks, que em 2007 representou Maomé como um cachorro. Em poucas horas, matou duas pessoas.

Para o Jyllands-Posten, a decisão de publicar estas charges teve repercussões espetaculares, embora a redação a considerasse uma rotina.

O correio é inspecionado cuidadosamente antes de ser aberto, as janelas estão projetadas para resistir a bombas e os alarmes de incêndio, que antes faziam os trabalhadores saírem às ruas, agora podem conduzi-los a salas fortificadas.

O jornal foi a única publicação dinamarquesa que não divulgou em janeiro a caricatura da Charlie Hebdo.

Quando são completados dez anos desde o caso das charges, os meios de comunicação dinamarqueses deveriam falar disso, mas sem mostrá-las. "Seria considerado muito perigoso", confirma à AFP o autor de um destes desenhos, Kurt Westergaard.

Flemming Rose, o então chefe da seção cultural que havia pedido para os chargistas representarem Maomé, classificou recentemente de ingênua sua decisão.

Para Rose, é aceitável que os editores decidam não publicar os desenhos desde que eles sejam honestos sobre os motivos para isso.

"Você não deve apontar o dedo porque as pessoas estão com medo. Mas você tem o direito de apontar o dedo se as pessoas não são honestas sobre seus medos e tentam encontrar outras justificativas", havia declarado ao jornal Politiken.

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