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Não é novidade para ninguém que a Rede Globo está passando por mudanças internas e que muitos rostos conhecidos da casa acabaram sendo demitidos nesses últimos tempos. Mas segundo Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Luís Miranda é um dos artistas que não vai deixar a emissora - ufa!

O ator que viveu lá em 2017 o personagem Tião Bonitinho durante o revival da Escolinha do Professor Raimundo, teve o seu destino definido pela emissora e eles resolveram renovar o contrato de Luís Miranda até o ano de 2024.

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De acordo com a colunista, o artista está confirmado para a segunda e terceira temporada da série Cine Holliúdy que nada mais é do que uma comédia baseada no filme que foi lançado em 2012.

 

Após representação do PTB, assinada pelo seu presidente Roberto Jefferson, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidirá na próxima terça-feira (21), se julgará o deputado Luis Miranda (DEM), por quebra de decoro parlamentar.

Miranda é responsável por apontar as irregularidades nas negociações da vacina Covaxin pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia. O PTB acusa Miranda de mentir à CPI com o objetivo de prejudicar Bolsonaro. 

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O caso será relatado pelo deputado Gilberto Abramo (Republicanos), que apresentará o primeiro relatório. 

A acareação entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) foi cancelada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A audiência estava marcada para esta quarta-feira (18).

A acareação foi marcada para abordar a controvérsia envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, cuja análise de irregularidades colocam as versões de Onyx e Luis Miranda em confronto. A CPI dizia ter outras informações acessadas por sigilo para abordar na acareação, mas não avançou.

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"Do ponto de vista da investigação, ia ser pouco produtivo", afirmou o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao justificar o cancelamento da audiência.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid avalia cancelar a acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e o deputado Luís Miranda (DEM-DF). O grupo de senadores da oposição e independentes que representam a maioria da CPI vai se reunir na noite desta segunda-feira, 16, e bater o martelo sobre o cancelamento.

A acareação foi aprovada na semana passada pela CPI e está prevista para acontecer nesta semana. No entanto, na avaliação do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), colocar Onyx e Miranda frente a frente na CPI não vai trazer nenhum fato novo que ajude as investigações, visto que as versões de ambos já são conhecidas.

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O principal ponto de divergência entre o ministro e o deputado é sobre as notas fiscais internacionais (invoices) da negociação do governo brasileiro pela compra da vacina indiana. O deputado disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro, no dia 20 de março, sobre um esquema de corrupção envolvendo o contrato enviado pela Precisa Medicamentos, que intermediou a negociação, ao Ministério da Saúde.

"O fato novo vai ser amanhã, o Alexandre", declarou Omar, em referência ao depoimento de Alexandre Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) que produziu um documento que dizia haver supernotificação nos números oficiais de mortes por coronavírus. O documento, que não encontra respaldo no TCU e nem qualquer outra comprovação, foi usado pelo presidente Jair Bolsonaro para minimizar os efeitos da pandemia.

Na próxima semana, a CPI da Pandemia promoverá uma acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). A acareação está prevista para quarta-feira (18), mas a data ainda precisa ser confirmada. Além disso, estão previstos os depoimentos do empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, e do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco de Araújo Filho.

O confronto entre as versões de Onyx Lorenzoni e Luis Miranda sobre a tentativa de compra da vacina Covaxin foi solicitado pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por meio de um requerimento. Segundo Randolfe, o pedido foi motivado por informações obtidas com quebras de sigilo

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Em junho deste ano, o deputado denunciou em depoimento à CPI um suposto caso de corrupção, envolvendo o governo federal, na tentativa de compra da vacina Covaxin (a compra seria intermediada pela empresa Precisa Medicamentos). Logo depois, em entrevista à imprensa, o ministro Onyx, que na época chefiava a Secretaria-Geral da Presidência, negou irregularidades na negociação e disse que o documento apontado pelo deputado seria falso. O governo federal acabou cancelando a compra.

Luis Miranda alegou que havia três versões do documento enviadas durante a negociação: a primeira, segundo ele, previa a compra de 300 mil doses por US$ 45 milhões, com previsão de pagamento antecipado. Essa versão é a que teria sido apresentada ao presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março pelo deputado e por seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.

Na entrevista que concedeu em junho, Onyx exibiu outra versão do documento, que previa a compra de 3 milhões de doses sem pagamento antecipado — o ministro afirmou que o documento indicado pelo deputado seria falso. Mas, segundo Luis Miranda, o documento exibido por Onyx seria a terceira versão, que, além disso, registraria a data de 23 de março deste ano, que é posterior ao suposto encontro entre Luis Miranda e Jair Bolsonaro.

A Precisa Medicamentos, que seria a responsável pela importação da Covaxin caso o contrato fosse confirmado, também contrariou a versão apresentada por Onyx Lorenzoni.

Precisa Medicamentos

O depoimento do empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, está inicialmente previsto para quinta-feira (19), mas essa data também precisa ser confirmada. A ida de Maximiano à CPI já foi adiada mais de uma vez, a última delas em julho. Ele conseguiu no Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para não responder perguntas que possam incriminá-lo.

Autor do requerimento para a convocação do empresário, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirma que é preciso esclarecer os exatos termos das tratativas entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a aquisição da Covaxin. A intenção é apurar se houve beneficiamento ilícito.

A empresa Precisa Medicamentos era a representante no Brasil da Bharat Biotech, produtora da Covaxin. O contrato com o governo brasileiro previa 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão e foi suspenso em 29 de junho. Segundo Alessandro Vieira, no contrato firmado em 25 de fevereiro, o Ministério da Saúde se dispôs a pagar R$ 80 por dose da Covaxin, R$ 24 a mais do que o preço da dose oferecido pela Pfizer à época

Ex-secretário de Saúde

Também aguarda confirmação a data para o depoimento de Francisco de Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal. Inicialmente, a previsão é que a audiência ocorra na terça-feira (17). O autor do requerimento para esse depoimento é o senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Francisco de Araújo Filho é acusado de participar de esquema de desvio de recursos públicos na compra de testes rápidos para detecção do coronavírus.

*Da Agência Senado

 

Em entrevista à Rádio Jovem Pan Maringá (PR) na manhã desta quinta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) debochou do seu provável indiciamento por charlatanismo e curandeirismo. A informação de que a CPI da Covid-19 fará o pedido junto ao Ministério Público Federal (MPF) foi divulgada no jornal Folha de São Paulo.

"Como não tem como me acusar, vão me denunciar de charlatanismo e curandeirismo", falou, complementando com uma risada. De acordo com a Folha, integrantes da comissão entendem que o chefe do Executivo incentivou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus.

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A fala de Bolsonaro acontece no mesmo dia em que o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), presta depoimento à CPI. O presidente disse estar “nervoso”, mas certo de que o parlamentar se “sairá bem”.

"Estou ansioso pela ida dele à CPI, ele vai lá explicar o que aconteceu. Tenho convicção pelo que conheço o Barros. Neste caso específico da vacina, acho que vai se sair bem", afirmou.

Barros tornou-se alvo das investigações após ser citado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), como o nome dito por Jair Bolsonaro associado a um possível esquema de superfaturamento ligado à Covaxin, imunizante indiano cuja compra não foi concluída pelo Brasil.

Conforme o depoimento de Miranda e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, o mandatário da República chegou a garantir que qualquer problema no processo de aquisição do imunizante seria “coisa do Ricardo Barros”.

A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira (11) requerimento de acareação entre Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). O deputado denunciou um suposto caso de corrupção, envolvendo o governo federal, na tentativa de compra da vacina Covaxin.

A acareação está prevista para 18 de agosto — mas essa data ainda precisa ser confirmada. Veja no vídeo o momento em que é aprovado o requerimento, de autoria do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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*Da Agência Senado

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (27) por cerca de quatro horas, no inquérito que apura se houve prevaricação do presidente Jair Bolsonaro por não ter comunicado a órgãos de investigação indícios de corrupção nas negociações para compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

O parlamentar foi ouvido na condição de testemunha. Ao deixar a sede da PF, ele disse ter reforçado que o irmão dele, o servidor público Luis Ricardo Miranda, foi pressionado a agilizar a importação do imunizante mesmo com inconsistências no processo.

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Luis Miranda apresentou as mensagens que trocou com o irmão sobre o caso. Segundo ele, ambos entraram no assunto de forma "orgânica", com naturalidade, e que avaliaram que os indícios deveriam ser comunicados ao presidente, para providências.

Em 20 de março os dois se reuniram com Jair Bolsonaro. O encontro, segundo eles, serviu para que as suspeitas fossem apresentadas. Na ocasião, o presidente teria prometido acionar a Polícia Federal.

"Fiz uma recriação do momento com informações importantes, com toda uma 'timeline', com um histórico dos acontecimentos", destacou.

Sem dar detalhes, o deputado disse, ainda, que, na época, Luis Ricardo chegou a relatar as constatações a um delegado da PF. Para Miranda, esse policial poderá ser testemunha dos relatos de pressões atípicas por parte de superiores do ministério.

"Tem um delegado da superintendência da PF que tem conhecimento do caso, que orientou o meu irmão. E, nesse momento, meu irmão falou que não queria dar um depoimento oficial tendo em vista da exposição que seria, né?! E exatamente por ter dado o depoimento ele foi exposto", disse.

Os irmãos afirmaram à CPI da Covid que integrantes do ministério da Saúde, incluindo o ex-secretário-executivo, coronel Elcio Franco, militares ligados a ele e o ex-diretor de logística da pasta, Roberto Dias, exerceram a pressão.

O contrato para a aquisição da Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, foi intermediado pela Precisa Medicamentos. A empresa é alvo da CPI, que descobriu uma série de movimentações suspeitas por parte dela e por parte do dono, o empresário Francisco Maximiano.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) pediu para que fosse remarcada a data de seu depoimento à Polícia Federal. Com isso, a oitiva prevista para a tarde desta terça-feira (20), deverá ser realizada somente em agosto.

O parlamentar será ouvido no inquérito aberto para apurar suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro diante de supostas irregularidades na importação da vacina indiana Covaxin.

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As suspeitas foram levadas a Bolsonaro pelo deputado e pelo irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, em março, e se tornaram um dos focos da CPI da Covid.

Procurado para comentar o motivo do pedido para falar à PF em outra data, o deputado do DF não se manifestou. Na segunda-feira (19), ele disse que aproveita o recesso parlamentar para ter férias com a família.

No mesmo dia, o jornal O Globo publicou que, no depoimento prestado na semana passada, Luis Ricardo afirmou não ter mais as mensagens em que ele alega ter sido pressionado por superiores para liberar a importação do imunizante pois trocou de aparelho celular.

As informações foram confirmadas pelo Estadão. Chefe da divisão de importação do ministério, Luis Ricardo diz ter identificado inconsistências em documentos que autorizariam o embarque das vacinas ao Brasil.

Entre elas, um pedido de pagamento antecipado para empresa que não estava no contrato.

As mensagens não ficaram salvas na nuvem e não foram espelhadas para o novo aparelho. À polícia, porém, ele afirmou manter todos os "prints" - fotos das conversas.

Os irmãos Miranda afirmam que a troca de aparelho não enfraquece a denúncia que eles apresentaram porque as conversas foram encaminhadas ao deputado e a investigação pode avançar sobre os aparelhos das autoridades que exerceram a suposta pressão.

Eles narra que levaram ao presidente Jair Bolsonaro, em 20 de março, informações sobre supostas irregularidades no Ministério da Saúde, em específico com relação à compra da Covaxin. A negociação foi intermediada pela Precisa Medicamentos.

Na oportunidade, o presidente teria garantido aos dois que acionaria a Polícia Federal para que as suspeitas fossem investigadas. O pedido de apuração não ocorreu e um inquérito só foi aberto meses depois, por causa do andamento dos trabalhos da CPI da Covid.

Entre os superiores que teriam pressionado Luis Ricardo a liberar a importação mesmo com erros no processo, o ex-diretor de logística do ministério, Roberto Dias, e o ex-secretário-executivo da pasta, coronel Elcio Franco.

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) diz ter relatado em caráter privado a membros da CPI da Covid o nome do político que supostamente teria ameaçado o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e pedido "pixulé". A afirmação foi feita pelo parlamentar em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (12). Ele, contudo, não revelou a identidade de quem supostamente pediu propina. "Se Pazuello der o nome, eu confirmo. Esse nome não é do meu partido", limitou-se a dizer.

De acordo com a jornalista Vera Magalhães, âncora do programa, Miranda citou o nome do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) aos senadores da CPI. O deputado não confirmou - nem negou -, mas ressaltou que Pazuello deveria voltar à comissão de inquérito para esclarecer o episódio. "Eu não quero ser a pessoa do 'ouvi falar', quem passou por isso deve falar", afirmou na entrevista. Miranda disse ainda que, caso Pazuello acuse a pessoa errada, vai desmenti-lo publicamente.

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O deputado, tido como um dos "homens-bomba" das suspeitas de corrupção por parte do governo federal em compras de vacinas, ainda afirmou que Pazuello não sabia do escândalo da Covaxin dois dias antes de ser exonerado do cargo, sinalizando que o presidente Jair Bolsonaro pode não tê-lo avisado sobre as denúncias apresentadas pelos irmãos Miranda. O parlamentar destacou que rompeu completamente com o chefe do Palácio do Planalto. "Eu não subo mais em um palanque com Jair Messias Bolsonaro", garantiu.

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (9), o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), levantou a possibilidade de passar a registrar, em placas na CPI, o número de dias passados sem que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) responda as acusações do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e de seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Os irmãos disseram ter alertado o presidente sobre possíveis fraudes no processo de compra da vacina indiana Covaxin. Nessa quinta-feira (8), o presidente recebeu uma carta aberta da cúpula da CPI da Covid com o questionamento se era verdade ou não o apresentado pelo deputado e seu irmão, mas respondeu dizendo: "caguei para a CPI".

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Sober a reação do presidente, Randolfe disse que é 'lamentável'. Veja a entrevista completa:

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Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, disse nesta quarta-feira (7), que negou um cargo a Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, que junto com o irmão, o deputado Luís Miranda (DEM-RJ), denunciou suspeitas de irregularidades na negociação do governo de Jair Bolsonaro para compra de vacinas contra o coronavírus. O deputado do DEM acusou Ferreira Dias de mentir e de ser corrupto. O ex-diretor é acusado de ser o autor de algumas das pressões para agilizar a importação do imunizante indiano Covaxin.

"Confesso que neguei um pedido de cargo para seu irmão servidor. E por um momento pensei que pudesse ser uma retaliação. E confesso que sempre achei desproporcional demais. Mas agora, o que se deslinda, é a possibilidade de ter ocorrido uma frustração no campo econômico também", afirmou Dias em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

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Luís Miranda atribuiu a fala do ex-funcionário da Saúde a uma estratégia do governo. O parlamentar disse ao Estadão que o único pedido feito por ele a Dias foi para reservar 500 mil respiradores para Brasília.

"É o famoso comentário que segue a mesma estratégia de todos. Desconstruir a testemunha. Fazer ter uma dúvida para que a base bolsonarista faça um recortezinho", afirmou Miranda.

O político do DEM negou que o irmão tivesse qualquer pretensão de mudar de cargo. O servidor é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, setor que era comandado por Dias.

"O que me recordo era que meu irmão queria sair desse departamento pela quantidade de denúncias de rolos, para não chamar de corrupção que esse departamento tem, o DLOG", disse Miranda.

Na CPI, Roberto Dias também negou ter pedido vantagens a Luiz Paulo Dominghetti, policial militar que o acusou de pedir propina em negociações para compra da vacina AstraZeneca. Dominghetti atuou como representante da Davati Medical Supply e, em depoimento à CPI da Covid, na semana passada, ele confirmou ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose na compra de 400 milhões de doses da vacina.

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, atendeu parcialmente um pedido do empresário Silvio Assis e garantiu ao lobista próximo do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), o direito de permanecer em silêncio durante depoimento à CPI da Covid 'quanto aos fatos que possam incriminá-lo'.

A oitiva de Assis foi requerida pelos senadores em razão de sua suposta oferta de propina, feita ao deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), para agilizar a contratação do imunizante indiano Covaxin no Ministério da Saúde.

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A decisão de Fux foi dada nesta segunda, 5, durante o plantão judiciário - período no qual o presidente da corte analisa apenas 'questões urgentes'. Ao deferir parcialmente o pedido de Silvio Assis, o ministro considerou que os 'fatos indicam' que o lobista será ouvido na condição de investigado e por isso garantiu não só que ele permaneça em silêncio, mas também que não seja obrigado a assinar termo de compromisso de dizer a verdade.

Por outro lado, o presidente do STF negou o pedido de Assis para não comparecer à oitiva, impondo ao lobista 'o dever de depor e de dizer a verdade, nos termos da legislação processual penal, quanto a fatos, em tese, criminosos de que seja meramente testemunha'.

O requerimento de convocação do empresário foi baseado no relato do deputado Luis Miranda, de que teria participado de uma reunião com Barros e Assis, sendo que na ocasião lhe foi oferecida propina para agilizar a compra da vacina Covaxin. A informação foi revelada pela revista eletrônica Crusoé e confirmada pelo próprio deputado ao Estadão.

Segundo Miranda, a oferta feita por Assis foi de 6 centavos de dólar para cada dose de vacina vendida, o que daria US$ 1,2 milhão (R$ 6 milhões, na cotação atual) no caso das 20 milhões de doses de Covaxin que o Ministério da Saúde negociou.

A CPI da Pandemia pode votar nesta terça-feira (6) a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do Governo na Câmara. O nome dele teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro em um suposto esquema de corrupção para a compra da vacina Covaxin. A denúncia foi apresentada em junho pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), que também pode ter os sigilos quebrados pela comissão de inquérito.

A CPI pode votar ainda a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante comercial da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Ele afirmou ter recebido um pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Segundo Dominguetti, o então diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias teria cobrado US$ 1 por dose.

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A comissão de inquérito pode votar ainda a quebra de sigilos e a convocação de Cristiano Alberto Hossri Carvalho, procurador da Davati no Brasil. Outro requerimento prevê a quebra dos sigilos de Silvio Barbosa de Assis. De acordo com reportagem publicada pela revista Crusoé, ele teria oferecido R$ 6 milhões ao deputado Luis Miranda para “abafar” as denúncias de irregularidades na compra da Covaxin. Os requerimentos foram apresentados pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Precisa Medicamentos

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sugere a reconvocação do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. Segundo o parlamentar, a Anvisa enviou ofício ao Ministério da Saúde “para se queixar” de pressões feitas pela empresa Precisa Medicamentos para viabilizar a aprovação da vacina Covaxin.

A Precisa é alvo de outros requerimentos na pauta. O senador Alessandro Vieira pede a transferência dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Sueli Ferretti. Até 2012, ela figurou como sócia da empresa 6M Participações Ltda, que tem como administrador o empresário Francisco Emerson Maximiano. Já convocado para depor à CPI, Maximiano também figura como sócio da Precisa Medicamentos.

Em outro requerimento, o senador Randolfe Rodrigues pede à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), à Infraero, à Receita Federal e à Polícia Federal informações sobre um voo supostamente fretado por Francisco Emerson Maximiano para uma viagem à Índia, em janeiro desde ano. De acordo com Randolfe, a viagem tinha como objetivo a compra da vacina Covaxin pelo governo brasileiro e por clínicas privadas.

Crise em Manaus

A CPI da Pandemia tem 42 requerimentos na pauta. Metade dos pedidos pretende apurar irregularidades durante a crise no abastecimento de oxigênio em Manaus (AM), no início do ano. Os 21 requerimentos foram apresentados pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (MDB-AM) após o depoimento do deputado estadual Fausto Junior (MDB-AM).

Relator ca CPI da Saúde ocorrida em 2020 na Assembleia Legislativa do Amazonas, Fausto Junior foi criticado por não ter pedido o indiciamento do governador Wilson Lima. Aziz pede a transferência de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de Fausto Junior e da mãe do deputado, a conselheira Yara Lins dos Santos, do Tribunal de Contas do Amazonas. O presidente da CPI requer ainda às empresas aéreas Azul, Gol e Latam os registros de voos de Fausto Junior e familiares nos dois últimos anos.

Convocações

A CPI da pandemia deve votar ainda requerimentos de convocação de quatro testemunhas sugeridas por parlamentares da base de apoio ao governo. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) quer ouvir Parsifal de Jesus Pontes, ex-secretário da Casa Civil do Pará. De acordo com o parlamentar, Pontes participava de uma organização criminosa que desviava recursos públicos da área saúde.

Marcos Rogério sugeriu ainda a convocação de Peter Cassol Silveira, ex-secretário-adjunto de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará. Segundo o senador, Silveira está envolvido em irregularidades na compra emergencial de 400 ventiladores pulmonares.

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apresentou dois requerimentos. O primeiro deles é para a convocação de Cristiana Prestes, dona da empresa Hempcare Pharma Representações. De acordo com o parlamentar, a empresa vendeu 300 ventiladores para o Consórcio Nordeste, mas os equipamentos nunca foram entregues.

Eduardo Girão quer ouvir ainda Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil da Bahia. Segundo Cristiana Prestes, Dauster teria sugerido um aditivo no contrato com a Hempcare para superfaturar o preço dos respiradores.

Pedidos de informação 

O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou três requerimentos para analisar as estratégias de comunicação do governo federal no enfrentamento da Covid-19. O parlamentar pediu informações às empresas Px Tecnologia e Space Inteligência sobre campanhas publicitárias contratadas pelo Poder Executivo por meio de agências de publicidade entre 2020 e 2021. Em outros pedidos, Humberto quer que a Secretaria Especial de Comunicação Social e o Ministério da Saúde prestem informações sobre a gestão das redes sociais oficiais e as campanhas publicitárias desenvolvidas desde março de 2020.

O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou requerimentos para assegurar o compartilhamento de informações e a cooperação técnica com a CPI Mista das Fake News. Calheiros quer acesso, por exemplo, a dados enviados pelas plataformas WhatsApp e Facebook. 

*Da Agência Senado

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que existem muitas informações sobre o governo federal que, se vierem à tona, destroem a narrativa de que não há corrupção na gestão de Jair Bolsonaro. Em entrevista à TV Cultura, nessa terça-feira (29), Miranda falou sobre irregularidades que ele e o irmão Ricardo Miranda, funcionário do Ministério da Saúde, expuseram sobre a compra de vacinas.

"O Ministério (da Saúde) é cheio de informações que não batem com o correto, vamos chamar assim. Não é a primeira vez que a gente busca alguém do Executivo para poder apresentar denúncias", afirmou o deputado. Miranda também rebateu acusações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, a quem chamou de "mafioso" e disse que mentia.

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De acordo com o que a revista Crusoé informou, Miranda revelou a aliados que o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e o lobista Silvio Assis teriam oferecido propina de US$ 0,06 a cada dose de vacina contratada pelo Ministério da Saúde para que Miranda parasse de atrapalhar a negociação para aquisição das vacinas da Covaxin. Segundo o deputado, se o presidente Jair Bolsonaro tivesse dito a verdade sobre a compra das vacinas da Covaxin desde o início, não estaria "no meio desse furacão". "A CPI só passou a ter interesse no depoimento dos irmãos Miranda porque o presidente não admitiu que nós estivemos lá (no Palácio do Planalto)", afirmou Miranda sobre encontro que teve com Bolsonaro para tratar do caso.

Miranda descartou ter sido incentivado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a expor o caso. "Como parlamentar de primeiro mandato, fiquei preocupado em participar de uma CPI do Senado até porque naquele momento não era eu o convocado, mas meu irmão", disse durante entrevista.

Segundo relato de Miranda, o presidente Arthur Lira orientou que ele seguisse com o depoimento ao lado do irmão. "Toca pra frente. Por que você está me perguntando isso?", teria dito Lira segundo Miranda. "Talvez não acharam que o que a gente tinha para falar era tão forte ou tão impactante", disse Miranda que relata pressões de parlamentares para que responda a processo no Conselho de Ética da Casa.

Após denunciar o esquema milionário de propina na compra de doses da Covaxin pelo Ministério da Saúde, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirma que chegou a ser convidado a participar da negociação. Ele conta que foi convidado para duas reuniões com o lobista Silvio Assis, que tentou convencê-lo a não atrapalhar as articulações em troca da reeleição.

Segundo as informações da Crusoé, o segundo encontro ocorreu em maio com a presença de Assis e do líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado Ricardo Barros - apontado por Miranda como articulador do 'rolo', como teria dito o próprio presidente.

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A intenção era fazer com que Miranda convencesse seu irmão, o servidor Ricardo Miranda - responsável pela importação de medicamentos, que diz ter sido pressionado pela aquisição das doses da Covaxin - possibilitasse a compra superfaturada.

Com a discordância dos irmãos, o lobista – que já foi preso pela Polícia Federal em um esquema no Ministério do Trabalho - teria oferecido o pagamento de U$ 0,6 por dose, ou seja, se o Ministério contratasse 20 milhões de unidades, ele receberia R$ 6 milhões.

Assis confirma que se reuniu com o deputado em seu escritório, mas nega que chegou a tratar sobre a aquisição de vacinas. "Com o Luis eu tenho uma relação nova. Ele esteve no meu escritório três vezes, ou quatro, não me recordo precisamente. Não tem nada de anormal, não [...] o Ricardo é amigo, tem mais de dez anos que eu conheço”, explicou.

Após depor por 7 horas e meia na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) diz ter cumprido sua missão e estar tranquilo sobre a possibilidade de ser acusado de mentiroso pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. "Não estamos mentindo e não tem por que mentir, mas se forçar demais a gente certamente tem como mostrar a verdade e de um jeito que vai ficar muito ruim para o presidente. Ele sabe a verdade", disse Miranda ao Broadcast/Estadão. A seguir, trechos de sua entrevista.

Como o sr. poderá sustentar sua narrativa se o presidente disser que o sr. está mentindo sobre a conversa no dia 20 de março? Se ele falar isso, eu provo o contrário.O sr. gravou a conversa?

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Eu não gravaria um presidente, mas eu não estava sozinho (o irmão Luis Ricardo também participou do encontro). Não estamos mentindo e não tem por que mentir, mas se forçar demais a gente certamente tem como mostrar a verdade e de um jeito que vai ficar muito ruim para o presidente. Ele sabe a verdade. Ele tem de cuidar agora é do caso e não das pessoas que tentaram ajudá-lo.

O que fez o sr. decidir dizer o nome do deputado Ricardo Barros na pergunta da senadora Simone Tebet, após tanta insistência?

Já estava todo mundo falando o nome dele e pensei que sairia de lá parecendo que estava escondendo o nome. Então, pensei que seria melhor falar logo.

Mas o sr. falar tem outro peso do que deixar subentendido, ele pode, por exemplo, acusar o sr. de denunciação caluniosa.

Mas é claro que eu tenho como comprovar o que eu falei. Então, tem mais coisas pra vir à tona?

Não, o caso é só isso que eu sei. O caso se baseia em um muito de papel que a gente tinha e levamos ao presidente. Acabou. De lá pra cá, só esperávamos que ele tivesse agido de um jeito respeitoso conosco.

O que é o dossiê que o sr. entregou para o Onyx?

Esquemas da saúde, empresas que sempre ganham contratos com preço mais caro, usando manobras, com diferenças que deixam claro que tem alguém que administra isso dentro do Ministério da Saúde.

O que o sr. e seu irmão pretendem fazer agora?

Cumprimos nossa missão e não há mais nada para fazer. Entregamos as informações. Talvez eu grave um vídeo para as redes para contar a timeline do que aconteceu.

Pra que gravar vídeo agora?

Tem muita gente que não entendeu, que acha que estamos atacando o presidente, tem gente dizendo que eu não presto e que eu presto, ressuscitando fake news, está acontecendo de tudo na minha vida.

Quais foram as mensagens que o sr. recebeu dos seus colegas parlamentares?

Recebi alguns ataques de algumas pessoas de quem eu não esperava. São meio apaixonadas por Bolsonaro, escreveram coisas horríveis sobre mim. Tem deputado correndo o risco de ir ao Conselho de Ética, porque são palavras fortes e agressivas.

Mas recebeu apoio também?

Várias pessoas falaram para eu seguir firme, dizendo que sabiam que estava falando a verdade. Achei engraçado porque um falou: ‘Até a mentira a gente sabe quando ela tem um limite e ali não tinha como o senhor inventar um absurdo daquele’. Teve quem dissesse que aguarda o desenrolar do caso para, se for comprovado, desembarcar do barco do Bolsonaro. ‘Não teremos como continuar.’ Ouvi do Centrão e de bolsonaristas.

O sr. teme pela sua segurança e da sua família agora?

No momento sim. Está tudo muito polarizado. Acho que por pelo menos uma semana, 15 dias, tem de ter segurança.

O sr. teme ser boicotado dentro da Câmara?

Já estou sendo. A relatoria da (reforma) tributária, que era minha, ontem já foi passada para outra pessoa.

O sr. disse que enviou mensagem sobre o caso ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e ele disse para o sr. denunciar. Falou mais com ele após a denúncia?

Não.

Como avalia a atuação dos governistas na CPI ontem?

Meio desesperados. Preciso descobrir o que tem nessa história. Acho que pode aparecer uma cartinha na manga de algum lugar para comprovar que alguém muito poderoso na base do governo... Nem acho que é o presidente. Pra mim, ele só tem receio de que ‘exploda’ um escândalo de corrupção no governo dele. Ele deve tentar fazer uma investigação paralela, sigilosa, para não perder essa bandeira de governo sem corrupção.

Por que o sr. sempre faz questão de fazer uma defesa do presidente Bolsonaro?

Já fui acusado de coisas que não fiz e tenho medo de fazer com outros. Sei o que sofri.

O sr. acha que o presidente não se beneficia desses esquemas que o sr. denunciou?

Se ele acobertou, cometeu crime, não tem mais como defender ele. Precisa saber se Bolsonaro passou para frente e se esse alguém prevaricou. Meu medo é esse, ele ter confiado a um terceiro e ele não quer explodir esse terceiro neste momento.

Quem seria esse terceiro?

Não sei, mas ele diz que passou a alguém - e tem todos os indícios disso porque alteraram a invoice (nota fiscal). Quem alterou estava consciente de que estava sendo cobrado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Luis Miranda (DEM) afirmou nas redes sociais que seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, perdeu o acesso ao sistema interno do Ministério da Saúde após prestar depoimento à CPI da Covid. Luis Ricardo Miranda é chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde e denunciou supostas irregularidades nos contratos de compra da Covaxin.

"Aos defensores de bandidos, meu irmão acaba de descobrir que bloquearam ele do sistema do @minsaude. Vale ressaltar que ele é funcionário de carreira! Isso é ilegal, perseguição e só comprova que eles tem muito para esconder... ", escreveu o deputado. A mensagem acompanha um print de uma conversa no WhatsApp em que se observa a página de login dos servidores públicos com o aviso "usuário não possui permissões nesse sistema". O servidor, então, avisa ao irmão: "Me bloquearam no SEI". O Ministério da Saúde não se manifestou sobre o caso.

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Na CPI da Covid, o servidor de carreira disse que foi pressionado a agilizar a licença de importação da Covaxin em março. Ele e o deputado contaram ter procurado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para relatar o suposto esquema de corrupção. Bolsonaro teria dito que determinaria uma investigação da Polícia Federal, mas isso não ocorreu. O presidente também teria comentado que os problemas encontrados nos contratos teriam envolvimento do deputado federal Ricardo Barros (PP), que é líder do governo na Câmara.

Pazuello

Luis Miranda também comentou a informação de que a ex-mulher de Pazuello procurou a CPI da Covid para depor. "Se Pazuello falasse o que me falou dentro de uma aeronave, esse país seria um lugar bem melhor para se viver", declarou o deputado.

Em seguida, o deputado disse que não adiantava contar o que ouviu de Pazuello. "Eles sempre dirão que é mentira e nem tudo tive a sorte de me precaver e guardar as provas do que escutei e, nesse dia específico, não pensei que a conversa iria por esse caminho". E completou: "Se a ex-esposa falar, eu falo mais um pouco!".

No centro das denúncias de desvios na compra da vacina indiana Covaxin, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sugeriu neste sábado, pela segunda vez, que existe uma gravação que comprova que o presidente Jair Bolsonaro foi informado sobre o suposto esquema no Ministério da Saúde. Segundo ele, se Bolsonaro desmenti-lo, o presidente terá uma "surpresa mágica".

Miranda e o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciaram ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid supostas irregularidades na compra da vacina. No depoimento, eles disseram ter avisado Bolsonaro há três meses sobre as suspeitas e sobre uma "pressão atípica" para acelerar a importação. Na conversa, Bolsonaro teria citado o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, como o parlamentar que queria fazer "rolo" no ministério.

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As declarações de Miranda elevaram a pressão sobre o governo. Ontem mesmo, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a comissão irá analisar a possibilidade de comunicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ocorrência de suposto crime prevaricação de Bolsonaro, por não ter agido contra o esquema.

Em entrevista neste sábado ao site O Antagonista, Miranda afirmou que tem como provar suas declarações. Questionado se não seria a palavra do presidente contra a sua, ele afirmou que Bolsonaro, nesta situação, "vai ter uma surpresa mágica". "Se ele fizer isso (questionar minha versão), vou ter que fazer algo que nunca um parlamentar deve ter que fazer contra o presidente", afirmou o deputado. "Mas aí ele vai ficar constrangido, muito, porque eu tenho como provar. Mas na hora certa."

Miranda reclamou, ainda, dos ataques recebidos por parte dos filhos de Bolsonaro, que o qualificam como traidor por ter denunciado a compra fraudulenta. "Se ele (Bolsonaro) fizer isso, a gente vai ter que provar de um jeito que é totalmente desfavorável para o resto da carreira política dele. Se precisar, a gente prova. Só isso", disse Miranda, em referência à possibilidade de Bolsonaro contradizer sua versão.

Na entrevista, Miranda também não negou a existência de uma gravação da conversa com Bolsonaro. "Tinha três pessoas na sala. Eu, como parlamentar, não gravaria. Mas vamos mudar este assunto, por favor?", desconversou. A terceira pessoa na sala era justamente o servidor Luis Ricardo, irmão do deputado.

Esta foi a segunda vez que Miranda passou indicações de que existe uma gravação da conversa com o presidente. Em seu depoimento à CPI na sexta-feira, durante várias horas, ele evitou revelar aos senadores que o deputado supostamente envolvido no esquema era o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. Em suas respostas, Miranda dizia não se lembrar do nome do deputado citado por Bolsonaro.

Durante questionamento do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, Miranda afirmou que "tinha mania de gravar algumas conversas, mas eu não gravo conversa com o presidente...". Na sequência, cometeu um ato falho: "Mas posso procurar na gravação (o nome do deputado do esquema), assim o presidente (Bolsonaro) também não poderia me desmentir, né?"

Ao contrário dos demais imunizantes, negociados diretamente com seus fabricantes (no País ou no exterior), a compra da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos. A empresa virou alvo da CPI, que autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de um de seus sócios, Francisco Emerson Maximiano. O depoimento do empresário na comissão estava marcado para esta semana, mas ele alegou estar em quarentena após voltar da Índia e não compareceu.

Além da Precisa, Maximiano é presidente da Global Saúde, empresa que já foi alvo de ação por irregularidades em contrato com o Ministério da Saúde em 2018. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal à época em que Ricardo Barros, hoje líder do governo Bolsonaro, era ministro. Na ocasião, a pasta pagou R$ 20 milhões para comprar remédios de alto custo a pacientes com doenças raras, mas os produtos nunca foram entregues.

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse neste sábado que a sua intenção ao levar ao presidente Jair Bolsonaro indícios de irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin era de alertá-lo para o problema.

"Não jogamos nada no ventilador, nossa intenção foi sermos técnicos. Queríamos abrir os olhos do presidente, não quisemos atacar o governo", comentou o parlamentar em Live ao site Antagonista.

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O irmão do deputado e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, denunciou supostas irregularidades que, segundo eles, foram levadas ao conhecimento do presidente da República.

Luis Miranda afirma que, após o caso vir à tona, ele começou a ser "atacado". "Eu me ofereci para depor pela conversa que tive com o presidente Bolsonaro, não para atacar o governo. Na minha família, se mexer com um dos nossos, posso parar no buraco, mas vou defender", disse o deputado. Ele acrescentou que decidiu depor após receber uma mensagem de seu irmão, "até como uma forma de homenagem".

"Meu irmão me disse: maninho, não é justo o que estão querendo fazer comigo, eu me dedico, a minha função é salvar vidas", afirmou o parlamentar, que completou. "Se tiver presidente da República querendo nos massacrar, estaremos unidos."

Ao contrário de Luís Miranda, que afirmou que a comprovação deste caso "vai aparecer", embora sem dar detalhes, Luís Ricardo Miranda disse que não tem mais provas para apresentar sobre irregularidades no contrato da Covaxin.

"Se esse caso não der em nada, não ficarei frustrado, fiz minha parte, meu dever", disse o servidor.

Envolvimento - O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, ainda que não tem como provar que o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, tem "envolvimento com nada". O parlamentar se referiu ao escândalo da compra da vacina indiana Covaxin, alvo de investigação do Ministério Público e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

O deputado federal e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciaram à CPI da Covid supostas irregularidades na compra da vacina. Em depoimento ontem (25), eles confirmaram ter avisado o presidente Jair Bolsonaro, há três meses, sobre suspeitas de corrupção na compra da Covaxin.

Eles relataram uma "pressão atípica" para acelerar a importação. Bolsonaro teria citado o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, como o parlamentar que queria fazer "rolo" no Ministério da Saúde.

Luis Miranda afirmou hoje, em entrevista, que Barros não o ameaçou, nem foi hostil nos dias que antecederam o depoimento à CPI. "Ele mandou para mim na quarta-feira, às 10h23, (mensagem) dizendo: 'Vamos falar, amigo?'. Eu disse: 'Agora?'. (Ele) não respondeu mais", relatou Miranda.

Miranda afirmou que sua intenção em denunciar as irregularidades não é "achacar ninguém". Segundo ele, ontem, durante o depoimento na CPI, ficou claro que era preciso citar o nome de Barros. Miranda fez isso horas depois do início do depoimento, após ter afirmado várias vezes que não se recordava do nome do parlamentar citado por Bolsonaro.

Em entrevista neste sábado, Miranda afirmou ainda que sofreu retaliação do governo e do próprio presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por ter denunciado as irregularidades. Miranda citou o fato de Lira ter anunciado, enquanto ele dava depoimento à CPI, os nomes dos deputados Luiz Carlos Motta (PL-SP) e Celso Sabino (PSDB-PA) como relatores dos dois textos que compõem a reforma tributária. De acordo com Miranda, a relatoria da proposta estava prometida a ele. "Enquanto estava na CPI, foi feita indicação de relatoria da reforma tributária", lamentou.

O deputado também afirmou que ele e o irmão seguem "sem proteção nenhuma", apesar das ameaças feitas por simpatizantes do governo em redes sociais após as denúncias. "Sinto claramente uma retaliação", disse. "Não vou deixar de fazer meu trabalho por conta dos malucos das redes sociais."

Miranda afirmou ainda que, se não fosse pelo episódio desta semana, quando estourou o escândalo da Covaxin, "só teria elogios aos Arthur Lira". "Talvez ele tenha feito movimento para mostrar ao governo que também está incomodado", disse. Na entrevista, Miranda disse ter conversado na última segunda-feira com Arthur Lira, por meio de mensagens, e relatado ter denúncias a fazer. Segundo o deputado, Lira não perguntou exatamente do que se tratava, mas respondeu: "Se você sabe de algo errado, detona."

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