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O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que as provas sobre as supostas irregularidades cometidas por autoridades na condução da pandemia da Covid-19 ainda não foram entregues pelos senadores que integraram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

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A afirmação foi feita durante entrevista à CNN, na noite desta última terça-feira (15). Aras revelou que a PGR recebeu um HD com 10 terabytes de "informações desconexas e desorganizadas". Ele destaca que isso fez com que a procuradoria-geral da República procurasse o Supremo Tribunal Federal. "Em 10 petições que foram distribuídas a seis ministros do Supremo, buscamos manter a validade da prova para evitar que nulidades processuais venham importar em impunidades, como aconteceu recentemente em vários processos", destacou Augusto Aras.

O PGR salientou na entrevista que o senador Randolfe Rodrigues (Rede) e demais senadores que integraram a CPI da Covid-19 se comprometeram há oito dias, junto ao vice-procurador-geral da República a entregar todas as provas. "Hoje (15 de fevereiro) é o oitavo dia. Eu espero que até sexta-feira (18), o senador Randolfe e seus eminentes pares entreguem essa prova para que o supremo possa preservar a cadeia de custódia, a validade das provas e que não tenhamos nulidades e impunidades no futuro próximo", pontuou.

Nesta quarta-feira (16), o senador Randolfe Rodrigues disse por meio do seu Twitter que Augusto Aras escolheu mentir na entrevista ao invés de trabalhar.

"Não está previsto na CF (Constituição Federal) o princípio da Inércia Ministerial. Se o Sr. PGR não atuar em defesa do interesse público, procuraremos outros meios para que ele pegue no trabalho! Escolher mentir em uma entrevista ao invés de trabalhar? Não é o que se espera de um PGR", assevera.

O senador Renan Calheiros (MDB) sugeriu na tarde desta terça-feira (25), uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Essa sugestão acontece três meses depois da finalização e entrega do relatório elaborado pelo próprio Calheiros sobre a atuação do governo de Jair Bolsonaro (PL) no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no país.

"Governo empaca no negacionismo, operado pelo ogro Marcelo Queiroga. Boicotou a vacinação de crianças, provocou a hesitação dos pais, causou  um apagão de dados e até cloroquina recomendaram. São crimes continuados. Uma nova CPI é imperiosa. Essa gente só entende essa linguagem", publicou o senador em sua conta no Twitter.

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A CPI da Covid-19 indiciou 69 pessoas e 29 tipos penais foram apontados. Em cerca de seis meses de trabalho, a CPI da Pandemia fez 66 reuniões — 58 delas destinadas a depoimentos. Foram ouvidas 61 pessoas, além das vítimas da Covid-19. Dos 1.582 requerimentos apresentados, 1.062 foram apreciados. O colegiado aprovou 251 transferências de sigilo (fiscal, bancário, telefônico e telemático). 

A CPI expediu 2.669 ofícios e recebeu 2.792 documentos, além de 71.957 arquivos contendo documentos ostensivos e 4.251.840 arquivos com documentos sigilosos. 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), um dos titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, afirmou nesta quarta-feira (24), que o Tribunal Penal Internacional, em Haia, Holanda, receberá a comissão.

Os senadores apresentarão o relatório com os resultados da CPI, que propôs o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por nove crimes, entre elas o crime contra a humanidade, prevaricação, violação do direito social e charlatanismo.

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A data de quando a comissão irá apresentar o relatório final no Tribunal de Haia ainda não foi definida.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve avaliar, em sessão sigilosa, um pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia para fazer uma auditoria sobre as motociatas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo o site Metrópoles, o pedido constava na pauta comum do TCU até a semana passada, mas agora foi incluído na sessão reservada desta quarta-feira (29). O relator é o ministro do TCU, Raimundo Carreiro, considerado próximo de Bolsonaro e que já chegou a ser cotado para ser embaixador em Portugal.

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Auditoria

A CPI aprovou o pedido para que o TCU realizasse um levantamento e auditoria nos gastos da União com as motociatas promovidas por Bolsonaro no dia 23 de junho.

No requerimento, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE) pedem que a Corte apure os gastos públicos relacionados ao deslocamento de todas as autoridades públicas federais às cidades do Rio e de São Paulo, assim como o que se gastou para a organização do evento. Os senadores ainda solicitam o "reconhecimento de ilegalidade" da despesa, com a consequente determinação de devolução aos cofres públicos.

A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia da Covid-19 desta terça-feira (21) foi interrompida, após o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, chamar a senadora Simone Tebet (MDB) de "descontrolada". Rosário estava sendo questionado sobre as irregularidades no contrato da vacina indiana Covaxin pela senadora.

Os senadores presentes se incomodaram com a fala do ministro, afirmando ter sido uma fala "machista". Após muito bate-boca, o presidente da CPI Omar Aziz suspendeu a sessão por dez minutos.

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Após representação do PTB, assinada pelo seu presidente Roberto Jefferson, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidirá na próxima terça-feira (21), se julgará o deputado Luis Miranda (DEM), por quebra de decoro parlamentar.

Miranda é responsável por apontar as irregularidades nas negociações da vacina Covaxin pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia. O PTB acusa Miranda de mentir à CPI com o objetivo de prejudicar Bolsonaro. 

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O caso será relatado pelo deputado Gilberto Abramo (Republicanos), que apresentará o primeiro relatório. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aprovou, na tarde desta quarta-feira (15), o requerimento de convocação de Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o senador Alessandro Vieira (Cidadania), Ana Cristina deve esclarecer a sua possível participação na atividade de lobistas que buscavam vantagens em nomeações e contratos. 

A ex-esposa de Bolsonaro teria atuado para beneficiar o lobista Marconny Faria, que presta depoimento nesta quarta-feira (15) à CPI. Ela teria tentado interferir na escolha do chefe da Defensoria Pública da União.

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Nesta terça-feira (13), o presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou que cabe ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 decidir se o depoente abusa do direito de permanecer em silêncio ao se recusar a responder as perguntas, para não produzir provas contra si. Sendo assim, caberá ao senador Omar Aziz (PSD), que preside a CPI, avaliar se a testemunha deve ser presa ou se deve pedir abertura de investigação aos órgãos competentes.

"Às Comissões de Parlamentares de Inquérito, como autoridades investidas de poderes judiciais, recai o poder-dever de analisar, à luz de cada caso concreto, a ocorrência de alegado abuso do exercício do direito de não-incriminação. Se assim entender configurada a hipótese, dispõe a CPI de autoridade para a adoção fundamentada das providências legais cabíveis", disse Fux.

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Além disso, o presidente do STF salientou que não compete à Corte "se imiscuir no conteúdo do depoimento da paciente, muito menos supervisionar previamente o exercício das atribuições jurisdicionais exclusivas da Comissão Parlamentar de Inquérito".

Fux atestou que compete à CPI "fazer cumprir os regramentos legais e regimentais, estabelecendo, para tantos, as balizas necessárias para que investigados, vítimas e testemunhas possam exercer seus direitos fundamentais, inclusive o direito da não autoincriminação".

A determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal acolhe parte dos recursos da defesa da diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, e da CPI. 

O senador Omar Aziz (PSD), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, afirmou, nesta terça-feira (13), que o Brasil tem um presidente "motoqueiro e agressor de mulheres".

"O Brasil tem um presidente motoqueiro, que em vez de ir nos estados e municípios, ir no hospital visitar uma família que perdeu um ente querido, vai assacar contra os adversários. É uma pessoa que não tem sensibilidade", disse.

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Além disso, Aziz relembrou os episódios que Jair Bolsonaro (sem partido) atacou jornalistas com grosserias. "Agressor de mulheres. Gosta de gritar com as mulheres, mas adora andar de moto. Grande motoqueiro o Brasil tem, péssimo presidente o Brasil tem", pontuou.

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Para 70% dos brasileiros, há corrupção no governo Bolsonaro. O levantamento foi feito pelo Datafolha e apontou que para boa parte dos brasileiros o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem as questões de corrupção amplificadas pelas suspeitas de irregularidades nos contratos do Ministério da Saúde.

Pelo que está sendo mostrado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), pode existir irregularidades no contrato da aquisição da vacina indiana Covaxin. Por conta disso, segundo o levantamento, 63% dos brasileiros acham que há corrupção no governo e que o presidente sabia dela.

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O Datafolha fez o levantamento entre os dias 7 e 8 de julho e a margem de erro é de dois por cento. Os grupos que mais vêem corrupção no governo Bolsonaro são as mulheres (74%), jovens (78%); moradores do Nordeste estão entre os que mais rejeitam Bolsonaro com 78%. No total, segundo o Datafolha, a maioria que reprova a gestão atual chega a 92%. 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou a sua live diária para dizer que não vai responder à carta enviada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. "Sabe qual é a minha resposta, pessoal? Caguei. Caguei para a CPI. Não vou responder nada", afirmou.

A carta pedia respostas sobre denúncias de irregularidades feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM) sobre o contrato de compra da vacina indiana Covaxin. "Agora sou corrupto sem ter gasto um centavo com vacina. Não vou responder nada para esses caras, não vou responder nada para esse tipo de gente, em hipótese alguma. Eles não estão preocupados com a verdade, e sim em desgastar o governo. O Renan, por exemplo, é 'aliadíssimo' do Lula, o cara quer a volta do Lula a qualquer preço", disse Bolsonaro.

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O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) apresentou requerimento ao plenário da Câmara dos Deputados, solicitando o comparecimento do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e dos comandantes das Forças Armadas, para esclarecimentos.

O requerimento acontece após os comandantes da Marinha, Exército, Aeronáutica e o ministro da Defesa assinarem uma nota com "teor intimidatório", após o senador Omar Aziz dar voz de prisão ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, nessa quarta-feira (08). Aziz determinou a prisão de Dias por considerar que ele cometeu perjúrio ao mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia da Covid. Além disso, o senador chegou a afirmar que fazia "muitos anos" que o Brasil não via "membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo" - tendo em vista que Roberto Dias foi sargento da Aeronáutica -.

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“O documento se caracteriza como uma nítida ameaça aos trabalhos desenvolvidos pela CPI, à instituição do Senado Federal e consequentemente ao próprio Estado Democrático de Direito. Vejo como uma tentativa de intimidação e uma ameaça à democracia. As Forças Armadas não podem ser politizadas", afirmou Túlio.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, concedeu o direito de Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, o direito de ficar em silêncio durante o seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. A oitiva de Maximiniano está marcada para esta quinta-feira (1º), às 10h. A Precisa é apontada como intermediária das negociações para a compra da vacina indiana Covaxin. 

Rosa Weber determina que o empresário não deve ser obrigado a responder "perguntas potencialmente incriminatórias a ele direcionadas" e ainda pode ser acompanhado por seu advogado durante sua participação na CPI.

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O Senado tem sido o 'auxílio' dos depoentes para que consigam não responder às perguntas dos senadores durante a CPI, que investiga como o governo federal conduziu a pandemia da Covid-19. O empresário Carlos Wizard, por exemplo, ficou calado durante a sessão desta quarta-feira (30), após o ministro Luís Roberto Barroso conceder o direito de ficar em silêncio. A decisão do ministro foi dada em habeas corpus na noite do dia 16 de junho.

Após o ministro da Saúde Marcelo Queiroga confirmar à CNN que o governo irá suspender a compra da vacina indiana Covaxin, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) afirmou que o fato é uma confissão de culpa. "Se não tinha nada errado, por que irão suspender? Isso só tem um nome! Confissão!", escreveu o parlamentar na sua conta do Twitter. 

Randolfe, que é vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, e outros senadores protocolaram uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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Os senadores da CPI pedem abertura de inquérito contra o presidente por suposta prevaricação no caso envolvendo a compra da vacina Covaxin. A ministra Rosa Weber foi sorteada relatora do caso e encaminhou a notícia crime à Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Os irmãos Miranda depuseram na CPI na última sexta-feira (25), e disseram que alertaram o presidente sobre o suposto caso de corrupção. Os dois envolveram o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), no que Bolsonaro teria chamado de "rolo" na pasta.

A notícia-crime também pede que o presidente da República responda em 48 horas se foi comunicado das denúncias feitas pelos irmãos Miranda. De acordo com a lei, se comunicado, Bolsonaro teria de ter pedido a abertura de investigação ao ouvir as suspeitas, sob pena de cometer crime de prevaricação.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia pode comunicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o cometimento de crime de prevaricação (retardar ou deixar de praticar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal) por parte do presidente Jair Bolsonaro. 

Após a reunião desta sexta-feira (25), o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede), afirmou que vai propor essa medida à comissão e que os fatos apontados até agora são suficientes para motivar o impeachment de Bolsonaro.

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“Não tem situação mais grave do que a que nós ouvimos hoje. Não há, na história das comissões parlamentares de inquérito, nas duas circunstâncias de impeachment que nós tivemos na história republicana desde 1988, algo tão grave. Basta se reportar aos dois impeachments que já houve nos últimos 30 anos.  Não chega a um terço da gravidade do que estamos vendo nesta CPI e do que nós vimos no dia de hoje”, apontou o senador.  

Os depoimentos desta sexta-feira (25), foram do deputado federal Luis Miranda (DEM) e do seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde. Juntos, eles reiteraram à comissão a denúncia de suspeitas de irregularidades na compra da vacina Covaxin, da Bharat Biotech. Pressionado por integrantes da comissão, o deputado confirmou que o presidente Jair Bolsonaro citou o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR) como suposto mentor por trás das supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin.

Para o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB), o dia foi histórico para a CPI, que avança em outro ramo das investigações.

“Com a vinda dos irmãos Miranda, nós possibilitamos à comissão parlamentar de inquérito este grande dia. Hoje nós começamos uma nova fase, efetivamente, da comissão parlamentar de inquérito. Nós já avançamos bastante com relação àquelas teses contidas no plano de trabalho e entramos para valer nessa parte do desvio de dinheiro público, no beneficiamento pessoal”, avaliou Renan.

*Da Agência Senado

Nesta sexta-feira (25), durante intervalo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o senador Marcos do Val (Podemos) e o deputado Luis Miranda (DEM), depoente da comissão, se desentenderam.

O deputado chegou a ser empurrado pelo senador com o corpo; a confusão só ficou no boca a boca após outros senadores afastarem os parlamentares.

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Confira o vídeo:

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O deputado e seu irmão Luís Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, foram ouvidos na CPI sobre um possível esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. Durante o depoimento, a base bolsonarista tentou tumultuar. Aos berros, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) interrompeu os esclarecimentos a respeito da compra da vacina Covaxin.

O senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) foi outro que  interrompeu a fala de Luís Ricardo, ao insistir em perguntar fora do espaço estabelecido pela relatoria. "Me erre", respondeu Aziz.

Nesta segunda-feira (21), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, suspendeu as convocações de nove governadores para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. A liminar ainda deve ser analisada pelo plenário do Supremo.

A decisão da ministra deixa em aberto a possibilidade de os governadores irem depor voluntariamente quando chamados pela Comissão. “Pelas razões expostas, defiro o pedido de medida cautelar, ad referendum do Plenário desta Corte – e para tanto estou a solicitar, nesta mesma data, ao Presidente do STF, a inclusão desta ADPF em sessão virtual extraordinária -, suspendendo as convocações dos Governadores de Estado realizadas no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado Federal (CPI da Pandemia), sem prejuízo da possibilidade do órgão parlamentar convidar essas mesmas autoridades estatais para comparecerem, voluntariamente, a Reunião da Comissão a ser agendada de comum acordo”, determinou Weber.

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Durante a entrega de 102 km de pavimentação da BR-230, no Pará, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga as ações do governo na pandemia, e afirmou que a comissão "se ilude achando que vai derrubar o governo federal". Além disso, Bolsonaro disse que era uma "CPI da mentira, que não busca a verdade".

Contrariando as recomendações de especialistas, o presidente voltou a recomendar que seus apoiadores se consultassem com os médicos para conseguir o tratamento precoce, que já foi comprovado por especialistas não ter nenhuma eficácia contra o novo coronavírus.

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"Quero dizer a vocês que eu tomei hidroxicloroquina, assim como muitos também tomaram ivermectina - isso não mata ninguém. Vocês aqui desta região sabem o que é malária e tomam esse medicamento e ninguém morreu por causa disso", exclamou Bolsonaro.

No dia 11 de junho deste ano, a cientista Natalia Pasternak, microbiologista da Universidade de São Paulo (USP) disse durante depoimento na CPI que os medicamentos do 'tratamento precoce' não funcionam contra a Covid-19. 

“A cloroquina, infelizmente, nunca teve plausibilidade biológica para funcionar. O caminho pelo qual ela bloqueia a entrada do vírus na célula só funciona in vitro, em tubo de ensaio, porque nas células do trato respiratório, o caminho é outro. Então ela já nunca poderia ter funcionado. Ela nunca funcionou para viroses. A cloroquina já foi testada e falhou pra várias doenças provocadas por vírus, como zika, dengue, chikungunya, o próprio Sars, Aids, ebola... Nunca funcionou”, asseverou a cientista. 

O senador Humberto Costa (PT), que é titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), afirmou em entrevista ao LeiaJá que a CPI tem contribuído para esclarecer dúvidas da população e investigar a condução dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a pandemia. Para o petista, o governo agiu errado para “estancar a sangria”.

“O governo agiu errado em achar que a melhor forma de estancar a sangria seria que o maior número de pessoas fossem contaminadas e, com isso, obter uma imunidade coletiva”, avalia Humberto. 

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Para ele, até o presente momento os depoimentos têm reforçado que a linha de trabalho do governo Bolsonaro não atentava para a aquisição de vacinas, compra e aplicação de testes da Covid-19 e o boicote ao distanciamento social. No entanto, o senador aponta que a CPI tem auxiliado para que o governo se volte mais atentamente para questões que, anteriormente, não dava tanta credibilidade.

Decisões do Supremo

Algumas testemunhas convocadas pela CPI têm conseguido no Supremo Tribunal Federal (STF) decisões favoráveis para que não deponham na comissão. Entre eles está o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que após habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, não compareceu à CPI no dia 10 deste mês. 

A ministra entendeu que Lima, na condição de investigado, não é obrigado a se apresentar à Comissão como testemunha, já que tem garantido seu direito de não se autoincriminar.

Para o senador Humberto, as decisões do STF em favor de algumas testemunhas atrapalham o andamento da CPI, que ao seu ver poderia ser mais frutífera. "Mas nós não vamos deixar de fazer as investigações. Vamos ver de que maneira vamos fazer e estamos aguardando a decisão do Supremo em relação aos demais governadores que entraram com o pedido. Se o Supremo disser que não pode, nós vamos querer saber o que podemos fazer”, detalha

Aglomerações Bolsonaro

Alguns políticos acreditavam que o presidente Jair Bolsonaro mudaria as suas atitudes perante a Covid-19 após o início dos trabalhos da CPI, o que não vem acontecendo. O chefe do Executivo continua causando aglomerações, abraçando as pessoas, andando sem máscara até em eventos do governo e se colocando contra o uso da proteção.

Para o petista, as atitudes do presidente são tentativas de desmoralizar a CPI. "Mas nós estamos seguindo com o enfrentamento. Por outro lado, o governo correu para comprar vacina, mudou o próprio ministério. Acho que tem havido avanços por conta desse trabalho (da CPI)", pontua o senador.

Depois de ser chamado de “vagabundo” e “inútil” pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Renan Calheiros (MDB),  afirmou que as tentativas de ataques “são inúteis” e que não vão intimidá-lo. 

Em vídeo publicado em sua conta no Twitter, o emedebista disse que o presidente foi ao Estado de Alagoas inaugurar obra já inaugurada e “me atacar pessoalmente, além de atacar essa CPI. Em resposta ao presidente da República, eu quero dizer que o que nos preocupa verdadeiramente é o número de mortes que aconteceram no Brasil, são mais de 428 mil vítimas. Se ele não respeita a CPI, por favor, pare com baixaria”, pediu.

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O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), filho do senador Calheiros, apontou que Bolsonaro está acuado pelas investigações da CPI e despencando na popularidade, como mostrou a última pesquisa Datafolha.

Além disso, o governador acentuou que o presidente não respeita as instituições e a democracia. "Por aqui, presidente, responderemos a esse tipo de violência com gestão resolutiva, obras com recursos próprios, contas organizadas, priorizando salvar vidas na pandemia e colocando sempre o povo acima dos interesses políticos", pontuou.

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