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Uma mulher, de 32 anos, deu à luz a uma menina em frente à unidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-101, em Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife. O pai da recém-nascida havia parado no local para buscar ajuda quando o parto aconteceu. 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o nascimento da bebê aconteceu por volta das 15h20 quando o carro chegou na unidade da PRF que fica localizada no quilômetro 69 da rodovia. 

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Os agentes confirmam ainda que, ao observarem o nascimento da criança, assumiram a direção do carro e uma viatura realizou a escolta do veículo até o Hospital da Mulher do Recife, que fica na mesma região. A PRF aponta que a bebê chegou nos braços do pai e passa bem.

A maternidade é um sonho que sempre rondou a vida de Roberta Miranda. A cantora de 63 anos adiou o projeto por muito tempo por causa de sua rotina corrida de trabalho, porém, a vontade de ser mãe nunca a abandonou. Ela até revelou que já tentou adotar uma criança durante uma viagem a África. 

Em entrevista ao jornal Extra, Roberta falou sobre o desejo de ser mãe. Ela contou também que sempre teve vontade de adotar mas protelou o projeto por falta de tempo. Além disso, ela revelou quase ter adotado um bebê na África: "Já fui num lugar, me apaixonei por um bebêzinho na África, é assim que eu quero. Cheguei a pedir aos pais, já que eles queriam doá-lo. Mas a mãe se arrependeu. Mas é esse serzinho lindo que quero para a minha vida".

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A cantora também falou que não descarta a possibilidade de concretizar essa adoção aqui mesmo no Brasil. Ela acredita que vai encontrar uma criança que possa realizar o seu sonho. "Quando a gente se deparar e sentir amor, porque tem que ter amor. Eles escolhem a gente. Mas ainda não aconteceu". 

 

Um princípio de incêndio foi registrado em uma sala do Hospital Tricentenário, localizado em Olinda, no Grande Recife, por voltas das 11h desse sábado (21). Os próprios funcionários controlaram as chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado.

Segundo os bombeiros, os funcionários utilizaram extintores de incêndio para impedir que o fogo se alastrasse no 1º andar da ala pediátrica. As autoridades apontam que um curto circuito no ar-condicionado deu início às chamas. Apesar do susto, não houve vítimas.

Simone, dupla de Simaria, revelou ao colunista Leo Dias que está pronta para ser mamãe novamente, e muito em breve! A cantora é casada há seis anos com o empresário Kaká Diniz, e já tem um filhinho de cinco anos de idade, chamado Henry.

A musa adiantou que quer engravidar ainda esse ano, em novembro ou dezembro. Mas alguns seguidores já chegaram a especular que ela já estava esperando um bebê. Simone já desmentiu e deu uma resposta super bem humorada:

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- É b***a no bucho. Vir pra Orlando dá nisso. Comida, comida… vou ter que entrar na dieta de novo, brincou.

De férias em Orlando, nos Estados Unidos, com a família, o marido da cantora deu um sinal de que além de um novo filho, outra mudança também está por vir, uma mudança de país! Segundo Leo Dias, Kaká disse que eles estão se preparando para se mudar para Orlando em 2020:

- Aqui vai ser a minha casa, se Deus quiser, até ano que vem Orlando será a nossa casa. Se Deus quiser, falou nas redes.

De passagem por Brasília nesta quarta-feira (14), o prefeito de Petrolina Miguel Coelho se encontrou com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A reunião foi articulada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e teve como pautas a liberação de recursos para obras de mobilidade e a autorização do Ministério da Saúde para o funcionamento de uma casa de partos municipal.

Segundo o prefeito, a conversa com o presidente sinalizou para o atendimento das duas demandas. A principal delas é a autorização do Governo Federal para o município operar uma casa de partos que já está em construção para desafogar a superlotação do Hospital Dom Malan. 

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Sobre as obras de mobilidade, Miguel afirmou que o presidente concordou com a liberação de novos investimentos pelo programa Avançar. "Foi um bate papo descontraído e muito positivo para Petrolina. O presidente nos deu o indicativo de que teremos R$ 17 milhões para obras em 11 avenidas. Além disso, foi muito importante contar com o empenho do presidente para autorizar a nossa casa de partos, tendo em vista que o hospital Dom Malan passa por um problema grave de superlotação e isso tem deixado as mães de Petrolina muito preocupadas", explicou Coelho.

Antes da visita a Bolsonaro, Miguel também se reuniu com o ministro da Cidadania, Osmar Terra. Na oportunidade, o prefeito garantiu a liberação de recursos federais para a construção e reforma de 13 praças públicas de Petrolina.

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas manteve condenação de um hospital maternidade responsabilizado pela troca de bebês de duas mulheres.

O Hospital da Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas pedia prescrição da pena, e alegava que o conhecimento do dano teria sido no momento do nascimento, ao passo que uma das mães e autora da ação, só procurou a Justiça 18 anos depois.

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O relator do caso na 2ª Câmara Cível, no entanto, entendeu que o conhecimento do ano contaria a partir do teste de DNA, em 2008. Como a ação foi protocolada menos de um ano depois, estaria dentro do prazo prescricional.

O Hospital da Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas foi condenado a pagar R$ 240 mil para Maria e sua filha por danos morais.

Confusão foi revelada por um exame de DNA

Em 1990, a mulher deu à luz sua primeira filha. Contudo, poucos dias depois do nascimento, ela notou que a criança não se parecia fisicamente com ela ou com seu marido.

Familiares e amigos questionavam a fidelidade de Maria. Desconfiado que teria sido traído, o marido a deixou um mês depois e pediu o divórcio.

Quase dezoito anos depois, a mulher entrou na Justiça para exigir pensão alimentícia do ex-marido, que só aceitaria após ela concordar em realizar um exame de DNA.

Feito o exame, foi constatado que nem ela, nem o ex-marido eram os pais da criança.

Com a palavra, o Hospital da Beneficência Portuguesa do Amazonas

"Os fatos narrados, objeto da ação judicial teriam ocorrido há 29 anos, na antiga maternidade. Independente de ter sido em outra época, com responsabilidade direta de outra diretoria, essa direção entende que é responsável pela instituição, independente de quanto tempo o fato ocorreu.

A área da maternidade da Beneficente Portuguesa, foi desativada há mais de uma década depois de realizar milhares de partos.

Sobre a decisão judicial, estamos no aguardo da notificação por oficial de justiça para análise do nosso setor jurídico.

A nossa centenária instituição está à disposição da sociedade e da imprensa, a qualquer tempo."

 

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O colapso em que vive o sistema materno de Pernambuco, com maternidades superlotadas, falta de insumos, leitos, mulheres sofrendo violência obstétrica e outras dificuldades motivaram o LeiaJá a desenvolver o especial "À Luz do Sofrer", uma publicação multimídia para mostrar a população a realidade difícil que as gestantes do Estado enfrentam para conseguirem dar à luz. 

São três reportagens desenvolvidas com foco para a Região Metropolitana do Recife, local onde se registram as maiores dificuldades do sistema. Na reportagem “Maternidade: a falta da dignidade humana na saúde pública”, o site mostra o que, possivelmente, são os fatores determinantes para o caos instalado nas maternidades que funcionam “adequadamente”. 

A reportagem “Outro filho? Só se for castigo de Deus” personifica as consequências de se ter uma rede materna colapsada, com estrutura defasada e a dificuldade no meio do desconhecido. Esta segunda reportagem ainda traz à tona a violência obstétrica relata pelas jovens mulheres que passaram pelo sistema.

“Precaridade afeta saúde dos profissionais da rede materna” é a terceira e última reportagem deste especial. Aqui são mostradas as dificuldades dos médicos que são sobrecarregados pela alta demanda, sem condições de trabalho, tendo que “se virar” para conseguirem acomodar as pacientes - seja na cadeira de rodas, no chão, ou "onde der". 

Os autores das reportagens são Jameson Ramos e Victor Gouveia. A edição de texto ficou a cargo de Alexandre Cunha; edição de vídeo Danilo Campelo; artes/ilustrações de João de Lima e Imagens de Júlio Gomes e Rafael Bandeira.

Confira as reportagens do especial À Luz do Sofrer

- Maternidades: a falta da dignidade humana na saúde pública

- "Outro filho? Só se for castigo de Deus"

- Precariedade afeta saúde dos profissionais da rede materna

Sem leitos para todos os pacientes e com superlotação, profissionais que atuam na Maternidade Barão de Lucena tem que trabalhar "do jeito que dá". Imagem Cortesia.

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"Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva." Esse é um trecho do juramento que os médicos fazem ao se formarem. No entanto, todo dia é uma luta para que esses profissionais consigam cumprir o juramento e, assim, auxiliar quem precisa de ajuda. Afinal, como dar conta de um hospital com leitos insuficientes, falta de medicamentos, infraestrutura inadequada e uma escala de profissionais defasada - sobrecarregando quem ainda insiste em cumprir o que foi prometido?

Essa é a realidade dos profissionais que atendem a rede materna pública de Pernambuco, que vive um caos diário com as unidades superlotadas e a falta da capacidade humana para atender toda a demanda. De acordo com os relatos de alguns médicos obstetras, existem maternidades no Estado com uma ocupação que chega a 400% do que poderia suportar. “Você vira para o lado e ‘pergunta meu Deus, o que é que está acontecendo? Quem é que eu vou poder priorizar aqui em detrimento das outras pessoas?.’ Isso mexe com o emocional do profissional”, relata Agostinho Machado, membro da câmara técnica de ginecologia e obstetrícia do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

Essa realidade faz com que esse profissional chegue ao final do plantão com o desgaste físico e mental. Machado diz que já viu médicos passarem no concurso público, começarem a atuar na área e, com pouco tempo de exercício, pedem para sair porque não aguentam a realidade do sistema. “O que muitas vezes deixa o profissional triste é que entra e sai secretário e não há um avanço. Isso causa uma aflição e o profissional adoece. Lidar com a saúde é uma responsabilidade muito grande. A obstetrícia (por exemplo) está lhe dando com duas vidas e tem uma responsabilidade dobrada. Está muito difícil atualmente”, aponta Agostinho Machado.

A Maternidade Bandeira Filho deveria atender apenas os casos de Alto Risco, mas por conta do colapso que o sistema materno vive, o cotidiano dos profissionais e pacientes é o que mostra a foto. Imagem Cortesia

Em 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) entregou mais de 15 mil páginas impressas com os relatórios de fiscalização de quase 3 mil ambulatórios e postos de saúde distribuídos por todos os Estados e Distrito Federal do Brasil. As visitas foram realizadas entre janeiro de 2015 e junho de 2017; uma série de irregularidades foi encontrada. Com a realidade "em mãos", o órgão afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) está “abandonado”. No Manifesto, os profissionais destacaram as dificuldades que prejudicam o sistema ao longo dos anos. 

A falta de leitos é considerada um dos principais “gargalos” do SUS. De acordo com o CFM, de 2010 a 2015, o Brasil perdeu 23,6 mil unidades destinados aos pacientes que precisam ficar por mais de 24 horas internados. O efeito colateral apontado pelo órgão é a sobrecarga nos serviços de urgência e emergência. No Brasil, psiquiatria, pediatria cirúrgica, cirurgia geral e obstetrícia são as especialidades que mais sofreram o impacto do fechamento dos leitos de internação. O Conselho Federal de Medicina aponta que, em números absolutos, os estados das regiões Sudeste e Nordeste foram os que mais sofreram redução no período. 

À assessoria do CFM, Mauro Ribeiro, então vice-presidente do órgão, disse que  “Todos os dias nós, médicos, testemunhamos a morte de pessoas que poderiam ser salvas pela disponibilidade de um leito de UTI. Para os governos, quando um paciente morre, trata-se apenas de mais um número. Para a família, no entanto, é uma tragédia”, pontua.

Cláudia Beatriz, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), reforça que maioria das maternidades do Estado estão com as escalas de plantões defasadas. “A Barros Lima, por exemplo, era para estar trabalhando, a cada plantão de 12 horas, com 5 obstetras, 3 neonatologistas e 2 anestesistas. A Bandeira Filho e a Arnaldo Marques deveriam atuar com 4 obstetras, 3 neonatologistas e 2 anestesistas. Atualmente, nenhuma dessas 3  tem equipes completas os sete dias da semana”, diz Beatriz. 

Um levantamento do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), obtido em primeira mão pelo LeiaJá, mostra a situação das maternidades de Alto Risco do Estado. Todas elas estão localizadas no Recife. 

Beatriz, que também atua como obstetra na Maternidade Barros Lima, localizada em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, lembra que no dia 11 de março, a unidade contava com 2 obstetras, 2 neonatologistas e 2 anestesistas. Ou seja, só contando os obstetras, foram menos 3 profissionais para dar conta de todas as parturientes que procuraram a maternidade para terem o seu bebê.  

“A capacidade dos profissionais reduzida faz com que nós não consigamos dar conta, devidamente, de tudo. São esses hiatos que fazem com que tenham bebês morrendo na barriga da mãe. Não é porque o médico deixou de fazer uma cesariana, não. Eu já vi colegas chorando por perderem vidas de pacientes por conta das dificuldades que enfrentam no sistema público de saúde”, lamenta Cláudia.

Como ninguém está livre de doenças, esses profissionais médicos sobrecarregados estão desenvolvendo cada vez mais a Síndrome de Burnout. De acordo com o Ministério da Saúde, a principal causa da doença, conhecida também como "Síndrome do Esgotamento Profissional", é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.

Ainda não há um levantamento do órgão federal que demonstre a imensidade desse problema. Imagem Pixabay.

Estes profissionais médicos estão padecendo de estigmas e expectativas sociais. Por um lado é adorado e endeusado quando suas intervenções são imediatamente bem sucedidas. Por outro lado, são cobrados a nunca errar e sempre fazer viver, ou não deixar morrer ninguém. No entanto, mesmo sendo um interventor, esse profissional não tem o dom da vida. 

"Quem está na linha de frente é quem geralmente recebe essa cobrança e carga emocional. Algumas vezes, já me deparei com essa indignação e eu digo ao paciente que estou do lado dele. O que eu quero para ele é o mesmo o que ele quer para a esposa dele. Mas, muitas vezes, o desfecho desfavorável é porque faltou um leito, uma acomodação adequada”, exclama o doutor Agostinho Machado. Ele complementa que está faltando as pessoas irem aos órgãos públicos cobrarem para que os problemas sejam minimizados. 

“Os médicos, dentro desse cenário, são tão vítimas quanto eles (pacientes). Quando eu saio de casa e vou para o plantão, saio com a sensação de que vou querer ajudar alguém e oferecer o meu melhor. Mas há um limite para isso. Se não tem estrutura, não tem equipe, não tem acomodação que te permite fazer isso, você acaba tendo o risco de acontecerem os desfechos desfavoráveis que machucam demais. Nós cobramos, mas não temos as respostas à altura”, pontua o membro da câmara técnica de ginecologia e obstetrícia do Cremepe. 

LeiaJá também

- Maternidades: a falta da dignidade humana na saúde pública

- "Outro filho? Só se for castigo de Deus"

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Já se tornou rotina encontrar as maternidades do Grande Recife superlotadas, muitas vezes sem leitos disponíveis e com as gestantes tendo os seus bebês no chão, na cadeira de rodas ou em qualquer lugar dos corredores das unidades de saúde. Isso se dá pela falta de maternidades em vários dos municípios pernambucanos. Para se ter uma ideia, de acordo com levantamento do LeiaJá, das 15 cidades da Região Metropolitana, oito não têm maternidades funcionando - além de Olinda e Jaboatão dos Guararapes que tem uma maternidade, cada, com obras paralisadas. Tal realidade faz com que a cidade do Recife viva sobrecarregada.

Dos mais de 104 mil partos realizados pelo SUS em Pernambuco no ano de 2018, 58 mil (56%) foram feitos na rede sob gestão estadual ou conveniada pelo Estado. Só nas maternidades de responsabilidade da Prefeitura do Recife, que são quatro, foram quase 13 mil partos realizados em 2018. Essa alta demanda faz com que as grávidas que moram na capital pernambucana enfrentem problemas para conseguirem um parto digno, ou até uma vaga na unidade.

Mesmo sendo a região mais populosa e desenvolvida, nem todos os municípios do Grande Recife contam com maternidades. Ilustração: João de Lima/LeiaJá

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, no Estado existem 75 maternidades de todas as esferas (estaduais, municipais, federais e rede conveniada). A secretaria não confirmou se todas essas maternidades estão em pleno funcionamento - atendendo adequadamente e realizando os partos. Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em Pernambuco existem 185 cidades. Se as 75 maternidades que existem no Estado correspondessem a um município, cada, ainda assim seriam 110 cidades pernambucanas sem maternidade alguma. 

Um levantamento do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), juntamente com a confirmação do LeiaJá, mostra que, na RMR, as cidades de Igarassu, Itapissuma, Itamaracá, São Lourenço da Mata e Moreno não contam com maternidades atendendo às demandas das parturientes - os municípios de Araçoiaba e Paulista, por exemplo, nunca tiveram uma maternidade para chamar de sua. A Secretaria de Saúde do Estado confirma que muitas das cidades que fecharam as portas das maternidades, sequer informaram a paralisação dos serviços para a Comissão Intergestora Bipartite (CIB/PE), na tentativa de solucionar os problemas. É a CIB quem possibilita a articulação, negociação e pactuação entre os gestores municipais e estaduais no que diz respeito às questões do Sistema Único de Saúde do Estado.

Os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Olinda tem obras paralisadas. Se concluídas, seriam mais duas maternidades para amenizar as dificuldades do sistema materno de Pernambuco. Ilustração: João de Lima/LeiaJá 

Luana Cristina, 25 anos, munícipe de Igarassu, sentiu na pele o desprazer da realidade materna da cidade. Ela conta que precisou "rodar" para conseguir ter sua filha. "Eu cheguei aqui (na Unidade Mista de Saúde de Igarassu) com 4 centímetros de dilatação e já em trabalho de parto. Os médicos me examinaram e eu fui encaminhada primeiro para a maternidade de Abreu e Lima. Chegando lá, eles disseram que não iam fazer o meu parto e fui levada para o Tricentenário, em Olinda", recorda Luana. Foi distante da cidade onde mora que nasceu Rhuana Yasmim, hoje com 3 anos de vida.

No Hospital e Maternidade Alzira Figueiredo de Andrade Oliveira, há quase duas décadas que as parturientes da Ilha de Itamaracá só conseguem ter o seu bebê quando estão em período expulsivo - momento em que o corpo trabalha sozinho para o nascimento do feto - sem intervenções externas. 

O coordenador da enfermagem do hospital, Ricardo José da Fonseca, pontua que a possível retomada da maternidade no município já está em pauta na Secretaria de Saúde de Itamaracá. Mas salienta que primeiro o órgão precisa fazer as adequações físicas do hospital que, segundo afirma, está prestes a passar por uma reforma. “Depois a gente entra no mérito das questões técnicas que é montar uma equipe de retaguarda (para a maternidade)”, observa.

Os coordenadores da unidade garantem que há estudos para a retomada da maternidade da Ilha de Itamaracá. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Danutta Brissamtt, coordenadora da média complexidade do hospital de Itamaracá, reforça que no local existe uma equipe médica pronta para atender as gestantes. Depois que a parturiente tem o bebê espontaneamente, ela é encaminhada para a maternidade de referência. “A nossa gestante tem portas abertas na maternidade de Abreu e Lima. As que precisam ser reguladas para outros hospitais, devido às suas causas específicas, são encaminhadas. Nós damos a assistência necessária para que elas possam ter os seus bebês”, garante Danutta.

Crise leva à peregrinação

A médica obstetra e presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Cláudia Beatriz, reforça que existe uma “lógica invertida” no Estado de que as mulheres não conseguem parir nos municípios onde vivem. Beatriz sinaliza que o pedido do sindicato não é que haja maternidade funcionando em todos os municípios, mas que esses serviços sejam regionalizados e as mulheres que residem em determinado território tenham a garantia de seu leito na maternidade de referência.  

“Hoje, a bem da verdade, as mulheres de Pernambuco não tem uma maternidade de referência para parir. O fenômeno é que as cidades, mesmo diante da municipalização da saúde, se desobrigam de fazerem o provimento de assistência ao parto. Estamos vivendo uma crise onde as mulheres peregrinam vários centros de assistência ao parto para conseguir serem atendidas”, acentua Cláudia. 

Antônia Gomes*, 29 anos, mora em Araçoiaba, município que não tem maternidade e fica a 40km de distância do Recife. Há 11 anos, a mulher precisou rodar algumas milhas para conseguir ter o seu bebê. Primeiro, foi levada para a Unidade Mista de Igarassu. Avaliado o seu quadro gestacional, Antônia foi transferida para o Hospital Tricentenário, em Olinda. Por ser uma paciente de alto risco, foi relocada para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), maternidade que fica no centro do Recife. Só lá conseguiu ficar mais tranquila e alojada - na espera de seu primogênito. Essa dificuldade se repetiu com o segundo filho da jovem, há 3 anos. “Como minha pressão sempre dava 17, eu tinha medo de passar mal no momento em que eles estavam me transferindo. Situação complicada, né?! Era para ter uma maternidade lá (em Araçoiaba), ainda mais quando a gente vive assim, em alto risco”, lamenta a mulher. 

Construção da Maternidade Maria Rita Barradas paralisada no bairro de Sucupira, em Jaboatão dos Guararapes. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

André Soares Dubeux, 2º secretário do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), salienta que todos os órgãos públicos envolvidos conhecem o problema, identificam o gargalo, sabem qual a solução, mas elas não são implementadas. 

De acordo com ele, tem meses que 70% dos partos realizados na Maternidade Professor Arnaldo Marques, no Ibura, Zona Sul do Recife, são de mulheres vindas da cidade do Cabo de Santo Agostinho. “O Cabo teria que pagar ao município do Recife os gastos que ele tem com os seus munícipes. O Cremepe afirma categoricamente que há uma desassistência à população, e isso não é por falta de empenho ou colocação de recursos humanos do Estado - é a demanda que é muito grande, amigo (sic). Não tem por que uma pessoa vir de lajedo (Agreste de Pernambuco) para ter o bebê em Recife”, exemplifica o representante do Cremepe.

 Dados da Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife mostram que, atualmente, 30% a 40% dos partos realizados nas maternidades de responsabilidade da prefeitura são de pacientes vindos de outras cidades, sobrecarregando a rede. "O ideal é que as gestantes dos municípios próximos tenham atendimento na maternidade da cidade onde moram, ou na unidade de referência para o seu município", reforça a Secretaria de Saúde do Recife.   

A cidade do Recife é a única que têm 4 maternidades e funcionando, mesmo com a precariedade do serviço. Por ser capital, acaba sofrendo com a demanda do Estado. Ilustração: João de Lima/LeiaJá

Rede Cegonha deveria ajudar

Em 2011, Pernambuco foi o primeiro Estado do Brasil a aderir à Rede Cegonha, ação do Governo Federal - instituída pelo Ministério da Saúde. Na época, o programa previa o fortalecimento da política nacional de atenção integral à saúde da mulher, garantindo a melhoria da qualidade dos diversos serviços de saúde que compunham a rede. Ainda em 2011, a Secretaria de Saúde de Pernambuco afirmou que o projeto buscava implantar ações que garantissem a humanização do atendimento, qualificando o planejamento reprodutivo e a atenção pré-natal. A Rede Cegonha está em funcionamento até hoje em Pernambuco, mas a melhoria na qualidade do atendimento parece que não rendeu frutos. 

A Gerente de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria Estadual de Saúde, Letícia Katz, defende que deve haver uma repactuação dessa rede, para que os problemas sejam diminuídos. “O Estado coordena o processo, mas o gestor municipal tem que assumir a sua gestante, ou seja, tem que haver a contrapartida municipal que não está sendo realizada. A gente não pode simplesmente dizer: ‘gestor, você tem que fazer isso”, salienta Letícia, que aponta o consenso entre a esfera municipal, estadual e federal, já que vem havendo uma redução drástica das maternidades municipais de Pernambuco, onde só se mantiveram as mais ‘robustas’ como as do Recife, cidade que vive uma situação financeira melhor que a maioria das outras.

“Se os municípios estão com dificuldades de recursos e o Estado, com a sua superlotação (das maternidades), também está com dificuldade, quem deveria nos ajudar era a esfera federal que não está fazendo a sua parte”, diz Letícia.

Essa dificuldade para encontrar vaga poderia ser sanada se outros municípios se estruturassem para dar conta da demanda local. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

A Gerente de Atenção à Saúde da Mulher aponta que quando foi criada a Rede Cegonha em 2011, o Ministério da Saúde só mandava recursos para o alto risco, não prevendo dinheiro para o risco habitual, deixando todo esse custeio para as cidades, com uma tabela de repasses com os valores defasados de anos.

Procurado para falar sobre, o Ministério da Saúde não pontuou sobre a defasagem dos repasses, informando apenas que o Brasil possui 4.600 estabelecimentos que realizam parto e que juntos possuem mais de 39 mil leitos obstétricos SUS. “O Ministério tem garantido a ampliação do acesso aos leitos por meio da regulação, gerenciado pela gestão local. A pasta informa ainda que foram destinados ao estado de Pernambuco até o momento R$ 2,2 bilhões em recursos com incentivos para a Alta e Média Complexidade.”

Ministério Público de Pernambuco 

O Ministério Público de Pernambuco, por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Saúde (Caop Saúde), garante que tem como uma das suas prioridades de atuação a rede de assistência materno-infantil do estado, em vista dos casos de superlotação das maternidades.

“O fechamento das maternidades tem sido tratado pelo Caop Saúde de forma sistêmica, ou seja, dentro de um contexto regionalizado. Se alguma outra ação se apresentar necessária após a finalização do estudo, como por exemplo a interposição de ações civis públicas ou quaisquer outras medidas, assim aconselhará aos Promotores de Justiça das cidades, na condição de órgão de apoio técnico, deixando claro que o aconselhamento não tem nenhum caráter vinculativo”, salienta o MPPE.

Promotorias em resposta ao Mnistério Público

Paulista

A Promotoria de Saúde do Paulista possui o procedimento administrativo nº2018/253869 em aberto para acompanhar a atenção básica à saúde da mulher. No momento, o MPPE aguarda respostas da gestão municipal em relação às contratualizações com a rede de maternidades da região; as ações de pré-natal voltadas para reduzir os casos de sífilis congênita e sífilis em gestantes no município; as dotações orçamentárias e resultados dos programas Gerar Paulista e Humaniza Paulista; e as medidas que serão tomadas para resolver a falta de obstetras para atender às gestantes de alto risco.

São Lourenço da Mata

A Promotoria de Saúde de São Lourenço da Mata informou que o município possui maternidade no Hospital Petronila Campos. Essa unidade de saúde é fiscalizada como um todo por meio do procedimento administrativo nº15/2018.

Igarassu e Araçoiaba (estão juntos porque a cidade de Araçoiaba não tem Promotoria própria, sendo de responsabilidade da Promotoria de Igarassu)

A Promotoria de Justiça de Igarassu informou que não há procedimento referente à ausência ou fechamento de maternidade nas duas cidades.

Escada

A Promotoria de Justiça de Escada não possui procedimento referente à falta ou fechamento de maternidade no município.

Itamaracá

A Promotoria de Justiça de Itamaracá informou que o município não tem maternidade e que não há procedimento referente a esse assunto.

*Nome fictício

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- "Outro filho? Só se for castigo de Deus"

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No Dia das Mães, comemorado neste domingo (12), não é só a figura tradicional materna que é lembrada. Há também aquelas mães que são jovens e, mesmo com a pouca idade, carregam a responsabilidade e a complexidade de conciliar uma rotina de estudos, trabalho e maternidade.

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Nataly Sabino, 26, é mãe de Maysa, de 2 anos. Ela está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio 2019 fazendo cursinho e estudando em casa, onde alterna os horários para poder ficar com a filha. Às vezes, o único momento de estudo de Nataly é a madrugada.

A estudante vai fazer o Enem pela terceira vez. No ano passado, ela conseguiu uma vaga para ciências econômicas, porém, não chegou a se matricular. Este ano, está estudando para conquistar uma bolsa no curso de direito. O cronograma de estudos de Nataly é bem apertado.

“Faço curso de eletrotécnica na segunda, na quarta e sexta-feira tenho aula de espanhol e uma vez na semana, faço cursinho preparatório para o Enem, onde tenho excelentes professores” conta a estudante que não quer e nem pensa desistir do sonho de se graduar.

Nataly enfrentou muitos obstáculos no decorrer da maternidade, sobretudo pelas críticas que ainda escuta por continuar a estudar e trabalhar. Para poder cumprir sua agenda diária fora de casa, Nataly conta com a ajuda da avó materna, que fica com Maysa na maior parte do tempo. Além do apoio da avó, a professora de Nataly, Cristiane Pantoja, sempre esteve do lado da aluna, incentivando-a nos estudos e compreendendo as suas dificuldades, mesmo quando a estudante chegou a desacreditar de si mesma. 

"Quando escolhi a educação como profissão, percebi que ser professora era além da matéria. É apoio também. É entender sem julgamento a realidade do aluno. Muitas vezes é a atenção e uma palavra de incentivo ou um abraço que revigora o desejo de seguir com os estudos" relata Pantoja, que ensina filosofia. 

A realidade de Nataly é a mesma de muitas estudantes que se preparam para ingressar no curso superior por meio do Enem. Na prova, gestantes e lactantes têm direito a atendimento personalizado, que deve ser solicitado no ato da inscrição.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no Enem de 2018 participaram da prova 1.780 gestantes e 5.376 lactantes. 

No Enem de 2018, Nataly estava em período de amamentação. Contudo, ela não solicitou atendimento especial no ato da inscrição e fez a prova normamente. A estudante conta que fez a prova um pouco às pressas devido à lactação. Mesmo assim, Nataly obteve uma boa nota, que a possibilitou uma bolsa no curso de ciências econômicas. 

O curso de direito sempre foi o que Nataly queria fazer. Com a gravidez indesejada, ela precisou adiar o sonho, principalmente pela falta de amparo que teve no início. 

"Eu estudava em casa para as provas, não tinha condições de arcar com um cursinho. Eu trabalhava em dois empregos para pagar a casa que comprei. Os planos eram pra depois da casa, pagar o cursinho, então veio a gravidez indesejada, sofri bastante, me separei com 6 meses de gestação" narra a mãe de Maysa, que precisou de amigos e da avó para se reerguer.

Hoje, Nataly encontra na filha motivos para continuar em frente. A menina, mesmo com 2 anos, já reconhece a mãe dedicada.

"Ela tem um exemplo de mim muito bom e era isso que eu queria passar pra ela. Porque é muito difícil você criar uma filha sozinha e ter que estudar e trabalhar" explica.

 

 

 

Maternidade. Essa condição inerente à mulher carrega uma mistura de amor e medos, principalmente para as que fazem parte do meio corporativo. O auge da idade reprodutiva é o mesmo em que milhares de mulheres se encontram quando estão ascendendo em suas carreiras, o que - culturalmente - sempre gerou receio entre os empregadores e também entre suas funcionárias.

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Uma pesquisa divulgada pela Catho, realizada em 2018, apontou que 30% das mulheres costumam deixar o mercado de trabalho para cuidar de seus filhos. A pressão sobre ter ou não ter uma gravidez começa desde a entrevista de emprego e segue pelos anos, enquanto for possível gerar uma vida. Porém, remando contra a maré de uma sociedade que ainda assimila a maternidade com a perda de produção e lucro, empresas de tecnologia de todo o mundo tem mudado suas políticas para acolher as mães. O Porto Digital, em Recife, é uma delas.

Mais do que uma creche

Coordenadora do Programa MINAS, Natália Lacerda foi uma das pessoas, à frente das políticas de equidade de gênero dentro do Porto Digital, que enxergou a possibilidade de ampliar a participação feminina no mercado tecnológico. Grávida e consciente da dificuldade de encontrar espaços dentro das empresas que atendam mães, ela virou um dos muitos braços que têm ajudado a construir um espaço, no coração do bairro do Recife, específico para as mulheres.

“Dificilmente as empresas têm um espaço para atender essas mulheres, com privacidade e local de armazenamento de leite, por exemplo. Então, queremos que este local funcione para acolher essa demanda”, explica. Pensado para começar a funcionar no início do ano letivo de 2020, a creche do Porto Digital será muito mais do que apenas um prédio para deixar as crianças. A ideia aqui é aproximar a mulher, que volta da licença maternidade, da criação de seu filho e também de suas obrigações enquanto profissional.

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“O espaço foi pensado para funcionar como creche, hotel de empresas e espaço de coworking, todo focado nas mulheres. Vamos tentar direcionar todo o prédio com atividades para elas e empresas feitas por elas”, afirma Natália. “Também queremos incluir um espaço de aleitamento materno que sirva para todas as profissionais que estão aqui no bairro (do Recife) e que precisem tirar o leite durante o expediente”, diz.

Queremos mulheres

Quem também investe na permanência de suas funcionárias durante e após a gravidez é a Accenture. Ocupando diversos armazéns também no bairro do Recife, a multinacional está entre as 100 melhores empresas para mães trabalharem, de acordo com o ranking anual da revista americana Working Mother's Best Companies.

Além dos direitos garantidos por Lei, a Acceture também oferece para suas funcionárias uma licença maternidade estendida de seis meses, home office, horário flexível para novas mães (através do programa Nova Mãe), acompanhamento multidisciplinar (programa Gestação Saudável), auxílio creche até 2 anos e meio, bolsa para material escolar até os 14 anos e madrinhas para acompanhar a carreira de gestantes enquanto não tiram a licença.

A empresa tem uma política forte de inclusão de mulheres, com uma meta para compor 50% de seu quadro de funcionários com mão de obra feminina, até 2025. A consultoria de gestão em serviços é um dos bons exemplos de como é possível manter um ambiente de funcional e atrativo para ambos os gêneros.

O futuro

Apesar do aumento nas políticas para a inclusão de mães dentro das grandes empresas o movimento ainda é pequeno. Para Natália, muitas organizações, não apenas da área tecnológica, precisam desmistificar as barreiras criadas para a contratação de mulheres em idade fértil. “Essa é uma questão que é boa para os negócios, boa para o faturamento da empresa, satisfação dos funcionários e é uma responsabilidade de formação dentro da sociedade” afirma.

Porém, o primeiro passo rumo à equidade de gênero é incentivar a participação feminina na área de tecnologia. "A gente percebe muito pouco interesse de meninas por cursos da área. Hoje, elas são apenas 13% das participantes dos cursos de ciência da computação e afins. No mercado de tecnologia estão em torno de 30%, mas quando você vê em posições de liderança o número é menor".

Como futura usuária do programa que ajudou a criar e que deverá beneficiar outras mulheres, Natália afirma que se sente mais tranquila em relação à maternidade. “Eu fiquei pensando como faria para voltar ao trabalho com um bebê de 4 meses ainda amamentando. Agora me sinto mais segura”.

Durante todo o mês de maio, quando é celebrado o Dia das Mães, é comum encontrarmos na publicidade fotos e vídeos de mães felizes, serenas, sempre dispostas e animadas em estarem ao lado dos filhos, suprindo-os de toda e qualquer necessidade. Nos demais meses do ano, é tão comum quanto encontrarmos mulheres reais sofrendo caladas pelo conflito de não vivenciarem aquelas cenas em sua vida real.

À mãe, a sociedade separa uma posição de perfeição, na qual reclamar é visto como um verdadeiro sacrilégio. No entanto, cada vez mais, mães estão deixando o papel de servidão e silenciamento, colocando para fora angústias, frustrações e até as dificuldades rotineiras que acompanham a maternidade, em qualquer casa. As famosas estão engrossando esse coro e algumas não se intimidam nem um pouco em contar como é ser mãe na real. Confira quem são.

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Luana Piovani

Luana Piovani é conhecida pelo modo ‘sincerona’ de lidar com todo e qualquer tema. Com a maternidade não poderia ser diferente. A atriz é mãe de três crianças, Dom, e os gêmeos Liz e Bem, de seis e três anos, e sempre compartilha algumas dificuldades que passa com as crianças. Recentemente, ela publicou em seu Instagram um desabafo dizendo que achava “insuportável” viajar com os filhos. Eles estavam de férias na França e Luana passou por muitos perrengues durante o passeio.  

 

Rafa Brites

A apresentadora, mãe do pequeno Rocco, de apenas dois anos é outra mãe que faz questão de mostrar as dificuldades que envolvem a maternidade. Através de suas redes sociais, ela já falou de amamentação, da dificuldade em voltar ao trabalho depois do nascimento da cria e sobre birras. Em relação ao último tema, ela já foi até flagrada por um paparazzi tentando conter o filho quando ele se esparramava no chão de um shopping. Serena, ela comentou sobre o assunto na internet e recebeu a solidariedade de muitas outras mães.

 

Serena Williams

A tenista Serena Williams criou até uma campanha na internet para que ela e outras mães pudessem trocar experiências de maneira bem lúcida e real. A #thismama reúne alguns relatos sobre aqueles momentos difíceis que só as mães enfrentam. A atleta é mãe de Alexis, de 11 meses mas já tem passado por poucas e boas, como ter que comer com uma mão e com a outra dar comida para o filho ou ter que correr atrás do bebê no corredor de um avião e depois disso tudo, ele vomitar em cima dela.

 

Grazi Massafera

A atriz Grazi Massafera costuma ser mais discreta em relação à vida pessoal e à filha, Sofia, de seis anos. Porém, recentemente ela deu uma declaração bastante honesta sobre a guarda compartilhada da menina que mantém com o pai dela, o também ator Cauã Raymond. Grazi disse que achou o método ótimo pois assim pode ter um tempo só para si e descansar um pouco das obrigações da maternidade.

 

Adele

A cantora Adele é mãe de um menino, Angelo Adkins, de sete anos. Ela já declarou em entrevistas que não sentiu um amor imediato, assim que seu filho nasceu e que sofreu muito com depressão pós-parto. Vira e mexe a diva da música também comenta como se pega pensando, vez ou outra, como seria sua vida se não tivesse Angelo, apesar de amá-lo incondicionalmente.

 

Fernanda Gentil

A jornalista Fernanda Gentil é mãe de Lucas, de oito anos, e Gabriel, de três. Quando o menor nasceu, ela compartilhou com os seguidores a dificuldade que teve em amamentar e o quão libertador foi dar mamadeira para o neném. Ela também sempre fala sobre a maneira inesperada pela qual se tornou mãe pela primeira vez, quando assumiu a criação de seu afilhado, Lucas, após a morte de sua mãe biológica.

 

Samara Felippo

A atriz Samara Felippo tem 'causado' bastante nas redes sociais com suas opiniões sobre a maternidade. Mãe de duas meninas, Alicia, de nove anos, e Lara, de cinco. Sem pudores, Samara fala sobre tudo que a incomoda no papel de mãe e tem recebido o apoio de outros mães que se identificam com ela. Recentemente, ela declarou amar suas filhas mas odiar ser mãe. A declaração causou muita polêmica e reforçou o debate sobre romantização da maternidade.

*Fotos: Reprodução/Instagram

A maternidade é uma experiência única na vida da mulher, porém, longe de ser um mar de rosas. Além disso, a rotina dos futuros pais muda completamente, tanto durante a gravidez, quanto após o nascimento do bebê. Para ajudar você, que vai passar seu primeiro Dia das Mães este ano, separamos alguns aplicativos que ajudam não apenas durante a gestação, mas também, nos primeiros anos de vida do bebê. Confira:

Babycenter

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O aplicativo Minha gravidez e meu bebê hoje, ou Bab Center - como é conhecido, é sem dúvidas o escolhido da maioria das mães para acompanhar a gestação. Sendo considerado um dos mais completos aplicativos para acompanhamento gestacional, o BabyCenter vem com calendário da gravidez, ideias de receitas, dicas de alimentação, exercícios, saúde, entre outros. A ferramenta também fornece sugestões para lidar com os enjoos e todos os incômodos e sintomas que vêm junto com a gravidez, além de dicas para o primeiro ano da criança.

Gravidez+

Assim como o BabyCenter, o Gravidez+ traz informações sobre os estágios da gestação. Porém, com o aplicativo é possível também ter imagens coloridas e escaneadas do feto, contabilizar o tamanho e peso, além de funcionar como um diário pessoal, com informações da mãe e do bebê. Para os pais e avós que também querem participar da experiência é possível personalizar o app para atender também às demandas dos parentes.

Meu Pré-Natal

Desenvolvido pela Faculdade de Medicina - UFMG é um aplicativo gratuito que traz informações tanto sobre os cuidados na gravidez, quanto no parto e pós-parto. A ideia é fazer com que ele complemente a consulta de pré-natal. Nele é possível tirar dúvidas sobre a gestação com vídeos e mensagens, além de ser possível fazer um plano de parto, em que a futura mãe faz uma espécie de diário, planejando o nascimento do bebê.

Controle da Amamentação Grátis. Diário do bebê

Muitas mães têm dificuldade em controlar corretamente o horário da amamentação, principalmente porque, nos primeiros meses, o intervalo entre as mamadas é menor e exige muito da mãe. Este aplicativo acaba sendo de grande aliado para ajudar por permitir registrar os horários da amamentação no peito, mamadeira, comida sólida e extração de leite. Também é possível salvar trocas de fralda, períodos de sono e os resultados de medição de altura e peso do bebê.

Kinedu: Desenvolvimento do seu bebê

Recomendado para crianças entre 0 e 4 anos, o Kinedu oferece mais de 1.600 atividades de desenvolvimento para fazer com o seu filho. Você pode criar um plano de atividades diário personalizado, customizado às necessidades da criança e não apenas à idade dela. Cada atividade é acompanhada por vídeos curtos e fáceis de acompanhar, mas só podem ser acessadas em toda a sua totalidade fazendo a assinatura premium do serviço.

Bebe+

Após o nascimento do bebê também é possível continuar acompanhando seu desenvolvimento. O Aplicativo Bebe+ promete uma série de atividades diárias, informações sobre brinquedos adequados para cada idade, dicas de recuperação pós-parto, entre outras funcionalidades. Também é há ferramentas para fazer um diário do bebê, tirar fotos personalizadas, colocar o bebê para dormir com áudios relaxantes e registrar o desenvolvimento da criança.

A concretização da maternagem pode ser um momento muito solitário na vida de uma mulher. O bebê nasce e, por mais que a pessoa já tenha filhos, sempre é uma experiência diferente, inusitada, repleta de inseguranças.

A perda momentânea da individualidade, na medida em que se vê imersa em obrigações como o cuidar, o amamentar, o ninar e o vigiar, pode tornar o processo ainda mais solitário.

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Para além disso, a mãe precisa lidar com uma cobrança social intensa. Não é raro ouvir frases como "toda mulher nasceu para ser mãe", não deixando espaço para dúvidas ou incertezas.

Pensando e vivendo tudo isso, seis amigas decidiram se reunir virtualmente para não passarem o puerpério - período após a chegada do bebê - sozinhas. Então, criaram um grupo no Whatsapp. Uma amiga foi convidando outra amiga, que chamou outra e outra. Um ano depois, 80 mulheres faziam parte daquele que foi batizado como Maternarede.

Quando a pequena Helena tinha quatro meses, sua mãe, a jornalista e doula Tatiana Fávaro, mal conseguia sair de casa. "Procurei ajuda profissional para entender o que era aquele turbilhão", conta. Três anos depois, ela engravidou de Francisco. "Prometi pra mim mesma que não passaria pelo pós-parto sozinha outra vez. E convidei amigas que estavam grávidas mais ou menos do mesmo tempo que eu para formarmos um grupo", conta. Jaqueline Correia Gaspar, mãe de Ana, de 15 anos, Pedro, de 11, e Nina, de um, foi uma das primeiras a entrar no grupo.

E a solidão do puerpério é acentuada na madrugada, quando os sons da vida cessam e resta apenas o choro do bebê. "O grupo me fortaleceu nas madrugadas, quando eu me sentia mais sozinha. Me ajudou a não enlouquecer", afirma Joema Maia Kagohara, mãe de Ben Yoshi.

O grupo Maternarede conecta também mamães de outras partes do mundo. É o caso de Iará Simis, mãe de Amélie, de quase um ano, que vive na Alemanha. "Estou longe de casa, da família e amigos. Estar conectada a outras mães tem sido fundamental", diz.

A depressão pós-parto é um tema recorrente. Para ter o diagnóstico, a mulher precisa estar com sintomas da doença por, pelo menos, mais de um mês, de acordo com o DSM, manual internacional de Psiquiatria. No entanto, um outro processo de melancolia que ocorre com a mãe logo após o nascimento do bebê, chamado baby blues, ainda não é muito conhecido da população. E uma informação preocupante: acontece com frequência. Trata-se de um sentimento de angústia persistente.

Alguns especialistas chegam a falar em índices de 80% no caso do baby blues. "Ter uma rede de apoio é absolutamente necessário", afirma a psicóloga Maria Fernanda Nogueira, que atende puérperas na Casa Humanna, em Jundiaí, interior paulista. Especializada em perinatalidade e parentalidade pelo Instituto Gerar, Maria Fernanda afirma que a troca de experiências nos grupos pode ajudar as mães. "Agrupar mulheres no puerpério ajuda com a solidão de ficar em casa o dia todo com um bebê, mostra que elas não são as únicas a se sentirem perdidas", analisa.

Regras de convivência no grupo

Para manter uma convivência saudável, foram estabelecidas algumas regras no grupo. Não postar assuntos que não sejam de interesse materno, nada de dezenas de "bom dia" e o mais desafiador: exercitar o não julgamento.

"Cada um tem um jeito de maternar. Claro que nos unimos por afinidade, pelo olhar humano para o parto e a maternidade, mas respeitar os limites e as histórias de cada um é um exercício de empatia", diz Tatiana Favaro.

Com um volume diário que chega a centenas de mensagens, as mães tiveram que se organizar e pensar em ganhar outras plataformas virtuais. O Maternarede também está migrando para redes como o Instagram (@maternarede_). Serão publicados os conteúdos de apoio trocados no grupo e textos das mães e parceiros da rede.

Saindo do mundo virtual, as mães já fizeram encontros presenciais e oficinas temáticas. "Eu sinto que o grupo cuida das mães enquanto as mães cuidam dos bebês. Quando o bebê nasce, todos querem cuidar do bebê e as mães são esquecidas. Essa é a principal função e missão do grupo", afirma Deh Bastos, mãe de José, de um ano. "Quando José ficou internado, havia médicos, família, amigos pensando nele. O grupo cuidou de mim", desabafa.

Mães interessadas em entrar para o grupo de WhatsApp podem enviar uma mensagem direta para as moderadoras através do Instagram, nos perfis @maternarede_ ou @tatifavaro.

Neste domingo (12), data em que é celebrado o Dia das Mães, que tal levar a sua mãe para um almoço especial? Alguns restaurantes do Recife prepararam menus especial para que as famílias possam comemorar este dia com boa comida e um bom momento juntos. Confira esse roteiro e escolha onde levar a mamãe.

Restaurante Leite

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O chef Bigode preparou um menu com opções variadas de entradas, pratos principais e sobremesas. Para a entrada, as sugestões são Panqueca de Lagosta, Iscas de Carne de Sol Acebolada e Camarão Crocante com Molho Agridoce. Para o prato principal, há sete opções, entre elas, o Camarão a Marta Rocha (Camarão ao creme gratinado com linguine e catupiry) e a Lagosta Especial (Lagosta grelhada com molho de manteiga e arroz de ervilhas frescas). Já para a sobremesa, as mamães poderão escolher entre Trufa de Morango, Torta de Limão e Leite Creme e a tradicional cartola.

Serviço

Restaurante Leite

Praça Joaquim Nabuco, 147 - Santo Antônio

A partir das 11h

32247977 ou 98853-3277

Chiwake

O restaurante especializado em comida peruana preparou um prato especialmente para a data. O prato serve duas pessoas e conta com camarões gratinados sobre espaguete em salsa huancaina (creme de queijo com gengibre) e alho poró crocante.

Serviço

Chiwake

Rua da Hora, 820 - Espinheiro

Das 12 às 17h

3423-1529

Chicama

A receita do Chicama para o Dia das Mães conta com salmão gratinado em salsa cremosa de tomates secos e alcaparras acompanhado por bolinhos de batata com macaxeira e fios de legumes crocantes. A criação é assinada pelo chef Biba Fernandes.

Serviço

Chicama

Av. Eng. José Estelita, s/n - cabanga

Das 12h às 17h

99185-4177

Ponte Nova

A sugestão do chef Joca Pontes, do restaurante Ponte Nova, é o Magret Mundi. O prato consiste em um magret de pato grelhado ao molho de tamarindo com laranja, amendoim torrado, pastel de vegetais ao vapor com cogumelos sobre quibebe de jerimum.

Serviço

Ponte Nova

Rua do Cupim, 172 - Graças

3327-7226

Vila Cozinha de Bistrô

O restaurante especializado na culinária francesa destaca para o Dia das Mães o Risotto de Camarão. O prato é composto por arroz arbóreo com camarões ao creme de ervas com brócolis, vagem, abobrinha e queijo parmesão, finalizado com calda de damasco e amêndoas torradas.

Serviço

Villa Cozinha de Bistrô

Área Gourmet, Piso L1 do Shopping Tacaruna

Chalé.92

O Chalé.92 vai oferecer um 'menu premium' para o buffet neste domingo. Entre as opções se destacam a cioba recheada com farofa de camarão e abacaxi, salmão ao molho siciliano e musseline de couve-flor, camarão ao thermidor e a picanha grelhada com musseline de mandioquinha.

Serviço

Chalé.92  

Rua das Pernambucanas, 92 - Graças

Das 11h30 às 15h

99765-7109

Outback Steakhouse

Já o Outback Steakhouse preparou uma surpresa diferente. As mães que foram almoçar com os filhos, neste domingo, serão presenteadas com uma ecobag customizada. As cores do acessório representam o pôr do sol do deserto da Austrália e os tons terrosos daquela região.

Serviço

Outback Steakhouse

Shoppings Recife e RioMar

3035-0930 e 3040-3886

Via Del Mare Restaurante - Bristol Recife Hotel

No Bristol, as mães encontrarão um buffet livre. Entre as opções, haverá saladas, carnes, peixes e frangos. Para a sobremesa, tortas de limão, chocolate, doce de leite, pudim, doce de banana e de abacaxi. Além disso, as famílias poderão curtir o show do cantor Luca de Melo.

Serviço

Via Del Mare Restaurante - Bristol Recife Hotel

Rua Maria Carolina, 661 - Boa Viagem

989256133

 

Quem tem filhos sabe que toda mãe precisa ser um pouco artista. Dar conta da atenção aos pequenos, conter as birras, mantê-los banhados e alimentados, além de entretidos, ensinar repetidamente aquelas coisas que para eles parecem relevantes enquanto são crianças mas que farão toda a diferença em algum momento futuro da vida, entre tantas outras milhares de coisas que devem 'funcionar' ao mesmo tempo em que se é indivíduo ativo no mundo e mulher em uma sociedade dominada pelo patriarcado, demanda, de fato, certos traquejos.

Para aquelas mulheres que escolhem a arte como ofício, as artistas de profissão, não costuma ser diferente. A despeito de certa glamourização adquirida por conta das luzes dos shows e dos filtros das redes sociais, mães que sobem ao palco para trabalhar precisam lidar com as mesmas dificuldades - e delícias -  encontradas em qualquer lar. É quase como uma comprovação daquele ditado popular que diz que 'mãe é tudo igual, só muda de endereço', mas com um pequeno diferencial que é poder repercutir tudo isso em sua própria arte.

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Lulu Araújo, arte-educadora, cantora e percussionista, mais conhecida como Fada Magrinha, é mãe de Fernanda, uma garotinha de olhos vivos e jeitinho doce, prestes a completar nove anos. Quando a menina nasceu, Lulu se dividia entre aulas de música para crianças e trabalhos junto a artistas pernambucanos, como Renata Rosa e Naná Vasconcelos, e como acontece com quase todas as mães, viu seu ritmo de vida se transformar, até mesmo porque Fernanda nasceu prematura, o que exigiu uma atenção maior. "Quando os filhos nascem, a gente para tudo. Eu acho que não teria condições de continuar se tivesse um ritmo mais frenético", relembra.

Depois que mãe e filha devidamente se acomodaram à nova vida, era chegada a hora de Lulu retomar suas atividades. Mas, então, já não era mais a mesma mulher de antes e as transformações ultrapassaram o âmbito pessoal, invadindo sua área profissional e mexendo com sua sensibilidade de artista: "Quando nasceu a mãe junto com a filha, nasceram várias sensações e muito material que virou uma preciosidade. Tanto que o projeto ‘Fada Magrinha’ nasceu a partir do nascimento dela. Eu cantava pra ela e aquilo foi me alimentando e eu disse: 'como nunca pensei em fazer isso?', era uma coisa tão óbvia, mas só caiu a ficha quando ela nasceu".

Lulu se descobriu compositora após a chegada de Fernanda. A primeira música foi uma canção de ninar surgida no conforto do quarto da menina quando a mãe ia lhe colocar para dormir. Em Soninho Danado, a Fada canta: "...o tempo vai passando e eu vou me entregando, com a mamãe tudo é tão gostoso que a gente sonha embalado assim". E o sonho, para essa mãe e sua cria, se transforma em realidade quando as duas compartilham a música em casa, nos palcos - a pequena já acompanha Lulu em algumas apresentações; às vezes por necessidade mas quase sempre por vontade própria da pequena - e tantas outras coisas rotineiras da própria vida.

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Compor também ficou bem diferente para Mayara Pera depois que ela deu à luz os pequenos Dom, de quase quatro anos, e Martin, de dois. A duplinha alterou o tempo da mãe cantora e compositora e aguçou sua sensibilidade para um tema que a acompanhou durante toda a vida mas que só se evidenciou com a chegada dos rebentos. "A maternidade ajudou a me lembrar o quanto eu sou mulher. Acho que eles me lembraram o quanto eu sou poderosa, e isso me faz ter vontade de colocar isso na minha música", diz a artista.  

Ela também precisou adaptar o exercício da escrita às demandas dos filhos. Antes, ela precisava de um tempo só para ela, sem que ninguém a incomodasse, mas depois dos meninos, foi preciso readequar a atividade: "Eles exigem uma atenção e não vão poder esperar, eles não vão entender que eu estou escrevendo uma coisa importante e eu tenho que entender isso também, porque essa fase passa muito rápido. Então a minha fase de compreender é agora, quando eles crescerem eles que vão ter que me compreender. (risos)  Eu me adaptei e acho que ficou até melhor".

Na hora de pegar no batente, Mayara conta com uma rede de apoio para conciliar os filhos com os palcos. Com o marido e os dois filhos, ela tem "uma equipe", e a sua mãe também soma no apoio. No entanto, por vezes, ainda é preciso colocar a meninada no meio da música. Eles já acompanharam a cantora em shows e em gravações, e talvez por haver um estúdio improvisado em um dos quartos de sua casa, costumam se sentir bem confortáveis nessas situações - tirando um 'tédiozinho' aqui e ali. Tal qual sua própria mãe parece cumprindo seu papel na maternidade, muito à vontade; algo que ela garante não ter aprendido nos livros que leu durante a gravidez: "É como tem que ser. Não existe fórmula. Quando eu aprendi isso, aprendi a ficar à vontade nesse papel. Mães felizes, filhos felizes”.

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Também não foi em livros que a cantora, sambista, bancária e ativista feminista, Karynna Spinelli, aprendeu que as mães também erram. A artista é mãe de vários filhos - biológicos, "do coração" e de santo - e sua experiência com todos eles lhe deu a segurança e serenidade necessárias para assumir suas próprias limitações e anseios com a caçula, Klara Lua, de 13 anos. Foi com a filha mais nova que ela conseguiu entender algumas minúcias da maternidade que fazem toda a diferença para uma relação saudável com os herdeiros e consigo mesma: "Quando eu tive meus filhos tudo era muito romantizado pra mim. Então, por mais que houvesse dificuldade, eu não me permitia, porque a sociedade não espera isso de você, a sociedade quer mães perfeitas, que se anulam, que desistem das suas vidas em detrimento do filho e do marido. Isso eu só enxergo agora, com quase 40 anos".

Nessa caminhada, a cantora tomou como ferramenta de sobrevivência o feminismo, que além de luta é lição diária em sua casa e acabou por transformar a filha em mais uma "parceira". A mãe que já foi "taxada de mãe solteira", também já viu a própria cria ser xingada na escola por ter uma "mãe cantora". A solução para as limitações da sociedade, elas encontram nessa parceria nutrida no cotidiano de ambas: "A gente passa (preconceitos) até hoje e não é fácil, ser mulher, cantora, mas eu acho que passei bem por esse processo, sempre aparada, com amigos e de uns anos pra cá ativista. Me reconheço como mulher feminista; eu ensino ela a se defender e não deixar isso abalar".

Para dividir com Klara os ensinamentos que a vida lhe imprimiu, Karynna decidiu também convidá-la para participar de seu trabalho artístico. A menina começou a fazer participações cantando no Clube do Samba do Recife, projeto encabeçado pela mãe há quase 10 anos, e também já encarnou sua xará, Clara Nunes, em um espetáculo que homenageou a sambista. A intimidade entre as duas, visível a olhos nus, se intensificou ainda mais após a parceria musical: "A gente tremeu pra entrar no palco, mas foi muito bacana, é um elo que a gente fortalece", diz a mãe derretida.

 

*Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

*Ilustração: Fernanda Araújo, filha da Lulu

O Hospital Agamenon Magalhães (HAM), na Zona Norte do Recife, convoca genitoras que produzem leite em excesso para realizar doações à unidade referência no atendimento materno-infantil. O estoque conta com apenas 15 litros, suficiente para até dez dias. O leite materno recebido promoverá a recuperação e o crescimento saudável de recém-nascidos internados na UTI, UCI e alojamentos Canguru.

Para extração, o indicado é que a mãe use um lenço para proteger a boca e a cabeça, além de higienizar as mãos antes do processo. O leite retirado deve ser armazenado em pote de vidro com tampo de plástico. Para higienização, o ideal é lavá-los com água corrente e sabão neutro em seguida, colocá-los em uma panela com água e levar ao fogo. Após iniciar fervura, deixar por mais 15 minutos. As mães interessadas em doar seu leite devem ligar para o Hospital através do 3184.1690.

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Desde que deu à luz o filho Rocco, a apresentadora Rafa Brites tem compartilhados as dores e delícias da maternidade com seus fãs. Neste sábado (20), ela desabafou nas redes sociais sobre um flagra que um paparazzo fez dela com o pequeno em pleno momento de birra em um shopping e recebeu a solidariedade dos seguidores.

Nas fotos, é possível ver Rocco jogado no chão enquanto a mamãe Rafa tenta convencê-lo de deixar uma loja. Na legenda, ela contou que o fotógrafo prometeu-lhe não publicar as imagens, ao que ela respondeu: "Pode publicar, as pessoas se identificarão mais com isso do que com uma cena linda e tranquila". Ela também explicou sua atitude: "Essa romantização da vida dos 'famosos' que nos faz acharmos que tudo é perfeito e o problema só existe na nossa casa, com nossos filhos".

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Os fãs de Rafa aplaudiram sua atitude e concordaram com sua postura. "Parabéns por tentar tornar real a maternidade que ainda é tão romantizada"; "Normal! Jajá essa fase passa"; "Ah, toda mãe passa por isso"; "Aconteceu comigo no shopping essa semana"; "Somos mães reais"; "Quem nunca passou por isso, algum dia passará".

 

Sabrina Sato, ao lado de sua mãe, Kika Sato, são garotas-propaganda da campanha de Dia das Mães da marca de lingerie HOPE. A apresentadora mostrou peças que prezam o conforto em todas as fases da vida. As fotos são de arrasar – e Sabrina ainda aproveitou para falar sobre maternidade.

Nos bastidores da sessão de fotos, Sabrina falou sobre como a maternidade mudou sua vida: "Sou uma nova pessoa depois que a Zoe nasceu. Ganhei mais força, mais coragem e maturidade. Agora tudo o que faço e penso é voltado para ela".

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Além de lingeries, a apresentadora também posou com alguns pijamas, que tem a pegada mais sexy. Em entrevista nos bastidores, Kika falou sobre como a filha está lidando com a maternidade - e foi só elogios:

"Vejo a Sabrina como uma mãezona. Amamenta, está totalmente voltada pra Zoe. Quando a Zoe nasceu, parecia que era um filho meu nascendo". 

Grávida de 34 semanas, a gestante Taynan Souza teve uma grande surpresa na sala de parto da maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, capital do Piauí. Na última sexta-feira (12), esperando duas filhas, ela descobriu que na verdade ia ter três meninas.

Até o último exame de ultrassom, realizado na própria maternidade, não foi possível identificar que se tratava de uma gestação de trigêmeas. A última bebê só foi descoberta após o nascimento das duas irmãs. " Depois do parto a médica viu os pezinhos", contou a mãe.

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O pai das meninas, o professor de química Wanderson, disse ao G1 que ficou paralisado ao receber a notícia, e explicou o momento. “Ela sorrindo falou: ‘Adivinha!’. Na hora, eu pensei que eram homens. Ela respondeu: ‘não, é que tem mais uma’. Ela passou para o médico, para ele confirmar. Fiquei sem reação”. Izabel e Eloá nasceram com 1,57 kg e 1,54 kg, respectivamente. Enquanto a surpreendente Eloíza, até nasceu mais pesada, com 1,65 kg. 

Feliz com o nascimento, o casal mostra preocupação. Isso por que, além do pai estar desempregado, o casal previa o nascimento de gêmeas. “A gente esperava que [o nascimento] não seria na data que estava marcado, o médico já estava dizendo que poderia vir antes. Mas a gente esperava semanas, né, não mais de um mês. Acho que encerramos por aqui. A casa já está cheia”, finalizou o professor.

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