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De decisões importantes a clima de tensão, nesta semana o cenário político nacional esteve bastante agitado e rendeu grande repercussão nas mídias. Para relembrar o que foi destaque, o LeiaJá listou os principais acontecimentos dos últimos dias.

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Em delação, Cid entrega Bolsonaro  

Fora da prisão e usando tornozeleira eletrônica, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, afirmou em depoimento à Polícia Federal que entregou "em mãos" ao ex-mandatário o dinheiro obtido com a venda de dois relógios nos Estados Unidos. A informação foi publicada na última quinta-feira (14), pela revista Veja. 

Os itens, vendidos por US$ 68 mil, foram presentes recebidos por Bolsonaro de delegações estrangeiras. Um deles, da marca Rolex, foi readquirido por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O próprio Wassef admitiu que recomprou o objeto luxuoso. Já o paradeiro do outro modelo, da marca Patek Philippe, ainda é desconhecido.  

De acordo com a reportagem da Veja, Mauro Cid revelou que o dinheiro da venda dos relógios foi depositado na conta de seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Esse valor foi sacado e entregue em espécie ao ex-presidente. Cid ainda revelou à PF que Bolsonaro estaria “preocupado com a vida financeira” porque havia sido “condenado a pagar várias multas”. 

No dia 9 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória a Mauro Cid e homologou o pedido de acordo de delação premiada apresentado pela defesa do braço direito do ex-presidente durante os quatro anos de mandato (2019-2022). 

Fake news aponta que Lula "roubou canetas" na Índia  

Nesta semana, mais uma fake news contra o presidente Lula (PT) viralizou em grupos de WhatsApp da extrema direita. O vídeo que circula nas redes sugere que o chefe do Executivo teria furtado canetas no encerramento da 18° edição do G20, em Nova Délhi, na Índia. 

O material recorta trecho da transmissão do CanalGov, mantido pela EBC, no YouTube, no dia 10 de setembro, após Lula encerrar seu discurso no evento. Com recursos de mídias, um homem narra a cena dizendo que o mandatário pegou canetas, olhou para o lado “assustado” e as entregou para a “comparsa” Janja. “Você acabou de presenciar um furto de canetas na Índia”, alega. 

A imagem mostra, na realidade, o líder petista entregando à primeira-dama alguns lápis de madeira. No entanto, os itens eram de uso particular do líder brasileiro, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). 

Eduardo Leite é afastado da presidência do PSDB  

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) declarou na segunda-feira (11) a nulidade da segunda prorrogação da Comissão Executiva Nacional do PSDB e determinou que o partido realize novas eleições em até 30 dias. Com issso, o atual presidente do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), deve deixar o cargo. 

Em consequência da decisão, a atual Comissão Executiva, formada em fevereiro deste ano, e que tem dois governadores do partido, Raquel Lyra de Pernambuco e Eduardo Riedel do Mato Grosso do Sul como vice-presidentes, será dissolvida. 

A ordem que afasta o gestor gaúcho do comando tucano é de autoria de Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Ele argumentou que Leite deveria ter deixado o cargo em 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu. 

Parlamentares da sigla defenderam que a decisão de prorrogar o mandato da direção executiva foi tomada por unanimidade, e que o próprio prefeito concordou com a votação e foi beneficiado pela prorrogação. Contudo, a Justiça refutou esse argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite permaneceria como presidente do partido até novembro deste ano, não fosse a decisão desta semana. 

Supremo condena golpistas  

Em recado aos atos antidemocráticos e numa resposta à sociedade brasileira após os ataques do 8 de janeiro contra a Praça dos Três Poderes, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram os três primeiros acusados de participar das cenas de vandalismos a penas que ultrapassam os 14 anos de prisão, além de multas. 

Com a decisão, Aécio Lúcio Costa Pereira e Matheus Lima de Carvalho Lazaro foram sentenciados a 17 anos e seis meses de detenção cada um, sendo 15 deles em regime fechado. Já o Thiago de Assis Mathar foi punido com 14 anos de prisão, no entanto, 12 anos e meio em regime fechado. 

Os três condenados foram os primeiros de 232 réus que serão julgados no Supremo, acusados de cometerem crimes durante os ataques. Outras 1.113 pessoas, que respondem por delitos mais leves, estão com os processos suspensos, aguardando decisão sobre uma ação de não persecução penal. 

Advogado de golpista confunde livros e erra frase no STF  

O comportamento da defesa do golpista Thiago de Assis Mathar, rendeu muitos comentários nas redes sociais nesta semana. No plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (14), o advogado Hery Kattwinkel apagou os mais de quatro séculos que separam Nicolau Maquiavel de Antoine de Saint-Exupéry. O comentário ainda associou uma frase polêmica ao legado do filósofo italiano. 

"Como diz 'O Pequeno Príncipe', os fins justificam os meios", afirmou Kattwinkel.  

Logo em seguida, o ministro Alexandre de Moraes se manifestou sobre as declarações do advogado. Ele acusou o advogado de "esquecer" a defesa do cliente e de fazer "discursinho" para as redes sociais. 

"Realmente é muito triste (...) confundiu 'O Príncipe', de Maquiavel, com 'O Pequeno Príncipe', de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm absolutamente nada a ver", afirmou Moraes. 

Depois, em razão dos ataques que fez ao STF durante a sua fala, Hery Kattwinkel acabou expulso do partido Solidariedade ao qual era filiado. 

Silvio Costa Filho assume Ministério de Portos e Aeroportos e promete baratear passagens aéreas  

Na quarta-feira (13), o pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiu o comando do Ministério de Portos e Aeroportos. No mesmo dia, ele afirmou que vai buscar baixar os preços das passagens aéreas e pretende dar continuidade ao programa "Voa, Brasil". 

"Vamos trabalhar ao lado presidente Lula, de maneira coletiva com o setor produtivo, para tentar baixar o preço da passagem porque está muito caro no Brasil. Isso significa desenvolvimento, crescimento e dá uma sinalização para o próprio brasileiro conhecer o Brasil. E tenha certeza, ministro Márcio França, que o 'Voa, Brasil', nós vamos construir juntos", declarou. 

O programa, anunciado pelo ministro anterior, Márcio França (PSB-SP), visa oferecer passagens aéreas por cerca de R$ 200 para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O seu lançamento foi adiado algumas vezes, porém agora deve ser lançado no final deste mês. 

A escolha do presidente Lula (PT) em ter o pernambucano em seu governo, visa ampliar a base no Congresso. 

Lula sanciona auxílio-aluguel para mulher vítima de violência doméstica  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na quinta-feira (14) uma lei que garante por até seis meses o pagamento de auxílio-aluguel a mulheres vítimas de violência doméstica. 

O projeto, que será custeado por estados e municípios por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), foi aprovado pelos parlamentares no mês passado, inclui o auxílio-aluguel entre as medidas protetivas de urgência definidas pela Lei Maria da Penha. 

O texto que saiu do Congresso define que a assistência financeira será de acordo com a "situação de vulnerabilidade social e econômica" da vítima, mas sem exemplificar valores. 

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse à Polícia Federal (PF) que entregou parte do dinheiro proveniente do esquema ilegal de venda de joias no exterior nas mãos do ex-chefe do Executivo. As informações são de uma reportagem da revista Veja publicada nesta sexta-feira, 15.

Cid teria admitido para os investigadores que participou ativamente da venda um relógio Rolex e Patek Phillipe. O dinheiro da comercialização ilegal teria sido depositado na conta do seu pai, o general da reserva Mauro César Lourena Cid. Bolsonaro então teria recebido em mãos US$ 68 mil, que foi entregue de forma parcelada, com um repasse nos Estados Unidos e outro no Brasil.

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As joias foram recebidas por Bolsonaro por conta do seu cargo de presidente da República e, por isso, deveriam ser incorporados ao acervo da União. Porém, as peças foram omitidas dos órgãos públicos, incorporadas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito. Cid disse que achava que a venda poderia ser imoral, mas não acreditava em uma ilegalidade das vendas.

As tentativas de vender as joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit composto por colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo saudita para o então presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Também de acordo com a revista, o ex-ajudante de ordens teria dito que a ideia de vender as joias surgiu como uma forma de "bancar as despesas" processuais de Bolsonaro. "O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas", disse o tenente-coronel.

Cid foi liberado da prisão para participar de delação premiada

No último sábado, 9, Cid foi liberto do Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde estava preso desde maio deste ano. A sua liberação aconteceu logo após o seu pedido de delação premiada ser homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-ajudante de ordens foi por livre e espontânea vontade até o STF, no dia 6 de agosto, informar que queria colaborar com as investigações.

A delação de Cid pode levar os investigadores a sanarem lacunas e avançarem nas apurações mais sensíveis da participação de Bolsonaro no esquema de venda de joias. Além do escândalo de comércio ilegal, o tenente-coronel deve contribuir com as investigações sobre milícias digitais e das fraudes nas carteiras de vacinação.

Cid tinha livre acesso ao Planalto durante governo Bolsonaro

Ao longo dos quatro anos que Bolsonaro ocupou o Palácio do Planalto, Mauro Cid foi chefe da ajudância de ordens do ex-presidente. Esse posto é dado a um oficial, que deve ficar à disposição do Presidente no desempenho das funções, como um secretário particular do chefe do Executivo.

Neste período, o tenente-coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.

Em 3 de maio, Cid foi preso em uma operação da PF que investiga a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Segundo a PF, os certificados de imunização da mulher de Cid, Gabriela Santiago, do ex-presidente Bolsonaro e da filha dele, Laura, de 12 anos, foram adulterados às vésperas da viagem da família presidencial aos Estados Unidos, em dezembro do ano passado, após a derrota nas eleições.

Após a PF quebrar o sigilo telemático de Cid, provas apontaram que Bolsonaro e os aliados tinham "plena ciência" das falsificações. O objetivo, segundo os investigadores, era obter uma "vantagem indevida" em situações que necessitassem de comprovação de vacinação contra a covid. Os documentos adulterados teriam servido para burlar restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos durante a pandemia.

Quem também teria sido beneficiado pelos trabalhos de Cid foi Michelle Bolsonaro. Em uma conversa interceptada pela PF entre Cid e uma assessora da ex-primeira-dama, é sugerido uma orientação para o pagamento de despesas de Michelle. Em áudios de WhatsApp, o ex-ajudante de ordens demonstrou preocupação de que o ato fosse interpretado como um esquema de "rachadinha", citando uma investigação a qual o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi alvo no Ministério Público do Rio de Janeiro.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, mostrou que Cid movimentou R$ 8,4 milhões em uma conta bancária em três anos. Entre 2020 e 2022, foram depositados em suas contas R$ 4,5 milhões e saíram R$ 3,8 milhões, sem considerar transferências entre contas de mesma titularidade. As cifras são incompatíveis com os valores mensais recebidos pelo oficial. Para a Receita Federal, Cid disse ter rendimentos tributáveis de, em média, R$ 318 mil por ano. Ou seja, em três anos, o dinheiro depositado foi cinco vezes maior do que a sua remuneração.

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), protocolou agora há pouco um pedido de acareação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente. O requerimento ainda precisa ser votado na comissão.

No documento, Eliziane argumenta que um dos desdobramentos mais importantes alcançados pela CPMI foi a vinculação de Mauro Cid com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ela pondera, no entanto, que essa vinculação não ocorreu por iniciativa dele mesmo, "mas no estrito cumprimento de ordens superiores, aparentemente antijurídicas". Daí, acrescenta a senadora, a importância da acareação entre Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens.

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Para Eliziane, a CPMI "precisa se debruçar sobre a verdade dos fatos atinentes à ajudância de ordens, sobretudo dentro do contexto recente de fechamento de um acordo de colaboração premiada entre a Polícia Federal e o Senhor Mauro Cid, já devidamente homologado pelo Supremo Tribunal Federal". 

*Da Agência Senado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira, 11, o pedido de acesso, feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid no inquérito da Polícia Federal que apura o desvio e a revenda de joias do acervo presidencial. Esse depoimento durou mais de oito horas no dia 31 de agosto.

Cid teve homologado seu acordo de delação premiada no último sábado, 9. Quando prestou esse longo depoimento, o ex-faz-tudo de Bolsonaro já tentava a aprovação do acordo. Por isso, para a defesa do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o sigilo é um sinal de que esse depoimento já foi prestado conforme as exigências feitas para acordos de delação premiada, em que os delatores não podem mentir nem ficar em silêncio e precisam indicar caminhos para a obtenção de provas contra outros investigados.

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É rotineiro na Justiça que depoimentos prestados em acordos de delação premiada fiquem em sigilo até que algumas revelações sejam verificadas pela polícia ou até que o inquérito seja concluído.

No inquérito das joias, a defesa de Bolsonaro só não teve acesso, até agora, ao depoimento de Cid. Foram liberados os depoimentos prestados também no dia 31 de agosto pelo pai de Cid, o general Lourena Cid, pelo tenente Osmar Crivelatti e pelo advogado Frederick Wassef, também investigados no caso. Assim como Bolsonaro e Michelle, também ficaram em silêncio nesse dia de depoimentos o coronel Marcelo Câmara e o advogado Fábio Wajngarten. A PF tinha se organizado para realizar os interrogatórios de maneira simultânea para dificultar que os investigados combinassem versões.

Depois da homologação do acordo de delação premiada, Cid teve a prisão convertida para regime domiciliar e deixou o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, no último sábado, 9. Ele será monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica e não poderá manter contato com outros investigados, exceto seu pai.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, nesta segunda-feira (11), acreditar que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) esteve envolvido na "perspectiva" de um golpe de Estado. Lula evitou, entretanto, falar sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

"Acho que ele [Bolsonaro] está altamente comprometido. A cada dia vai aparecer mais coisa e, a cada dia, nós vamos ter certeza de que havia a perspectiva de golpe e que ele estava envolvido nela até os dentes. É isso que vai ficar claro. O tempo vai se encarregar. A única chance que ele tinha de não participar disso era quando ele estava preocupado em vender as joias", afirmou Lula, durante entrevista coletiva em Nova Délhi, após a Cúpula do G20.

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O presidente da República, porém, não quis opinar sobre a delação de Mauro Cid, homologada no fim de semana pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Não posso dar palpite sobre o que não conheço, não sei o que tá lá. Só sabe o delegado que ouviu e o coronel que prestou depoimento. O resto é especulação."

A soltura do ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid após sua delação ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) provocou reações de parte da comunidade jurídica. Começaram a circular nas redes sociais cobranças aos que antes criticavam a Lava Jato por adotar o mesmo procedimento: só soltar o investigador após ele se transformar em delator.

O caso Cid trouxe de volta à redes sociais o vídeo de um julgamento da Corte em que o ministro Gilmar Mendes chama de "perversão" e "tortura" soltar presos após acordo de delação premiada. Ele se referia a um processo da Lava Jato, operação também criticada por advogados pela estratégia de manter investigados presos até que se tornavam delatores.

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"É muito grave para a Justiça ter esse tipo de vexame. As pessoas só eram soltas depois de confessarem e fazer acordo de leniência. Isso é uma vergonha e nós não podemos ter esse tipo de ônus. Coisa de pervertidos. Claramente se tratava de prática de tortura, usando o poder do estado. Sem dúvida nenhuma se trata de pervertidos incumbidos de funções públicas", disse Gilmar Mendes em um julgamento no dia 9 de maio.

Na ocasião, a segunda turma do STF analisava um habeas corpus de Sergio de Souza Boccaletti, ex-engenheiro da Petrobras. Ele e Mário Ilineu Miranda foram presos na Lava Jato suspeitos de serem operadores de propinas pagas a políticos do MDB. Boccaletti estava em liberdade condicional e teve essas restrições revogadas no julgamento do dia 9 de maio. Na sessão, o minsitro Dias Toffoli também fez críticas à estratégia de aplicar sanções aos investigados para que façam delação.

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No feriado da Independência, quinta-feira, 7, a Polícia Federal fechou um acordo de colaboração premiada com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Ele estava preso desde o dia 3 de maio, dia em que a PF deflagrou a operação Venire, para colher provas da suposta fraude dos cartões de vacinação do ex-presidente e sua filha.

Dois dias depois, no sábado, 9, o ministro Alexandre de Moraes aceitou a delação e colocou Mauro Cid em liberdade. O ex-ajudante de ordens também é peça central na investigação do caso das joias sauditas. Ele e o pai, Mauro Cesar Lourena Cid, são suspeitos de articularem um esquema internacional de venda de joias e presentes de ato valor que Bolsonaro ganhou durante agendas oficiais.

Garantistas x delação

O acordo de colaboração premiada faz parte da legislação penal brasileira há décadas, mas se consagrou no âmbito da operação Lava Jato e, por isso, virou objeto de duras críticas entre os garantistas processuais. O ex-defensor público Caio Paiva criticou a decisão de Moraes. Argumentou que a assinatura de acordo não deveria ser vinculada à soltura do investigado. "Ministro Alexandre de Moraes errou ao criar um contexto em que a prisão de Mauro Cid só se justificava até ele celebrar acordo de colaboração premiada", escreveu em sua rede social.

O professor de direito Bruno Seligman de Menezes também usou sua rede para apontar problemas na decisão de Moraes no caso de Mauro Cid. "Não me agrada a concessão de liberdade provisória a partir da homologação de um acordo de colaboração premiada", escreveu ele, afirmando que os erros da Lava Jato não deveriam se repetir.

O procurador Douglas Fischer, que atuou na Lava Jato, respondeu o professor de direito Bruno Menezes nas redes sociais: "Até agosto de 2018 foram feitas 197 colaborações no âmbito da Lava Jato. Desses casos, quantos estavam presos e quantos foram soltos após as colaborações e as razões de cada caso?" O docente criticou a liberdade de Cid pós delação.

No site do Ministério Público Federal consta que, até agosto de 2021, a operação homologou 140 delações. O número varia por causa de anulações feitas pela Justiça.

O ex-defensor público e professor Caio César Paiva diz que, no ambiente legal da delação, o "devido processo legal é um mero estorvo".

"Quando a concessão da liberdade coincide com a celebração de um acordo de colaboração premiada, é natural que se pense que a prisão tinha esse propósito: obter a delação. A Lava Jato errou. O Ministro Alexandre de Moraes também. O Estado não pode prender ninguém para aguardar uma delação", afirma Paiva.

Advogados que se destacaram fazendo oposição aos métodos da Lava Jato ainda não se pronunciaram sobre o caso de Mauro Cid. Boa parte deles apoiou a candidatura de Luiz Inácio Lula a Silva.

Procurado pela reportagem, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, um grupo de juristas próximo ao governo, defendeu que a delação de Mauro Cid seja recebida "com cautela".

"A delação não pode ser o único meio de prova e as circunstâncias precisam ser analisadas. Recebemos (a delação de Cid) com cautela e esperamos ele (Cid) traga outros indícios e provas que corroborem o que ele afirma. A delação, por si só, continua sendo um instrumento medieval, constrangedor e inadequado na nossa avaliação", diz Carvalho.

O Exército informou neste domingo, 9, que, atendendo à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, vai afastar o tenente-coronel Mauro Cid de suas funções. A instituição diz que o ex-ajudante de ordens da Presidência vai ficar agregado ao Departamento-Geral do Pessoal sem ocupar cargo.

Mauro Cid deixou o Batalhão do Exército em Brasília na tarde deste sábado, 9, após quatro meses após ser preso na Operação Verine - investigação sobre suposto peculato eletrônico com a inserção de dados falsos nos sistemas do SUS para a emissão de carteiras de vacinação fraudadas em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras pessoas.

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A soltura foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, que, também neste sábado, 9, homologou a delação premiada de Mauro Cid, que pode levar os investigadores a sanarem lacunas e avançarem nas apurações mais sensíveis que miram o ex-presidente Bolsonaro.

Como mostrou o Estadão, o ex-ajudante de ordens é peça-central nos inquéritos que se debruçam sobre os ataques às urnas eletrônicas, os atos golpistas, as fraudes no cartão de vacinação do ex-chefe do Executivo e o suposto esquema de venda de joias e presentes entregues a Bolsonaro.

Cid deixou o cárcere, mas tem que cumprir uma série de medidas ordenadas por Moraes. No rol de restrições impostas ao tenente-coronel está seu afastamento do Exército. O militar está usando tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o País e teve seu passaporte cancelado. Também não pode se comunicar com outros investigados, usar as redes sociais.

Terá de se apresentar todas as segundas-feiras ao juízo de execuções de Brasília, a começar do próximo dia 11. Está proibido de deixar a capital federal, devendo ficar em recolhimento domiciliar durante as noites e os fins de semana. Também teve suspensos eventuais porte de armas e registro de CAC.

A liberação atende a um pedido da defesa de Cid. A avaliação do ministro Alexandre de Moraes foi a de que a manutenção da prisão já não seria mais 'adequada e proporcional', considerando, especialmente, que o tenente-coronel já depôs diversas vezes à Polícia Federal. O magistrado destacou especialmente três oitivas do ex-ajudante de ordens - dos dias 25 e 28 de agosto e do dia 1º de setembro. Segundo Moraes, os depoimentos esclareceram as provas obtidas anteriormente pela Polícia Federal.

O procurador-geral da República Augusto Aras criticou, neste sábado (9), a delação do tenente-coronel Mauro Cid, fechada pela Polícia Federal e homologada pelo ministro Alexandre de Moraes. De saída da chefia do Ministério Público Federal, Aras comparou o acordo de colaboração do ex-ajudante de ordens da Presidência aos pactos que foram negociados no bojo da Operação Lava Jato com Antonio Palocci (ex-ministro dos governos Lula e Dilma) e Sérgio Cabral (ex-governador do Rio de Janeiro). "A PGR não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal", indicou.

A Procuradoria-Geral da República deu parecer contrário à proposta de delação de Cid, aceita pela Polícia Federal. O tenente-coronel foi até o Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (6), para confirmar a intenção de colaborar com os investigadores do inquérito das milícias digitais - ao qual estão vinculadas as principais apurações que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Aras, a manifestação no caso ‘postula apenas que se cumpra a lei’.

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De acordo com a lei de organizações criminosas, que versa sobre a possibilidade de celebração de colaboração premiada, as negociações para a formalização do acordo podem ocorrer ‘entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público ou entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor’. Assim, não há impedimento para que a PF tenha negociado o pacto com Cid diretamente.

Ainda de acordo com a norma, um colaborador ‘deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e que tenham relação direta com os fatos investigados’. Como mostrou o Estadão, o ex-ajudante de ordens é peça-central nos inquéritos que se debruçam sobre os ataques às urnas eletrônicas, os atos golpistas, as fraudes no cartão de vacinação do ex-chefe do Executivo e o suposto esquema de venda de joias e presentes entregues a Bolsonaro.

Todas as apurações se dão ligadas ou no bojo do inquérito das milícias digitais, no qual a delação de Cid foi homologada. Assim, as declarações do ex-ajudante de ordens poderão ser usadas em todas as apurações conexas.

O ex-ajudante de ordens deixou a prisão neste sábado, após o ministro Alexandre de Moraes conceder-lhe liberdade provisória. Ele terá de cumprir uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o País, probição de uso de redes sociais e afastamento de funções do Exército. O magistrado do STF entendeu que a manutenção da prisão preventiva do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não é necessária, considerando o ‘encerramento de inúmeras diligências pela Polícia Federal e a oitiva do investigado, por três vezes’.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já saiu do Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, neste sábado (9). Após ter o seu pedido de delação premiada homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Cid foi visto dentro do batalhão acompanhado por militares com uma camisa polo azul e uma calça jeans.

Ao sair do batalhão, seguiu para o centro integrado de monitoração da polícia penal, onde colocou a tornozeleira eletrônica que deve acompanhá-lo durante a liberdade provisória. Após colocar o aparelho, Cid seguiu para a Polícia Civil do Distrito Federal, onde fez exame de corpo de delito do Instituto Médico Legal (IML).

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Por volta das 16h, chegou em sua residência no Setor Militar Urbano, em Brasília, abraçou uma de suas filhas e entrou na residência. O pai do ex-ajudante de ordens, o general de reserva Mauro Cesar Lourena Cid - que também é investigado por auxiliar na venda das joias ilegais - abraçou o advogado Cezar Bitencourt na garagem da casa.

Moraes foi responsável por conceder a liberdade provisória ao militar, em atenção a um pedido da defesa do militar. Segundo o ministro, a manutenção de preventiva de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não é necessária, considerando o "encerramento de inúmeras diligências pela Polícia Federal e a oitiva do investigado, por três vezes".

O ministro, no entanto, vinculou a soltura ao cumprimento de uma série de medidas cautelares, a começar pelo uso de tornozeleira eletrônica. O tenente-coronel também está proibido de deixar o País, teve seu passaporte cancelado e foi afastado de suas funções no Exército.

Da mesma forma, Cid está proibido de se comunicar com outros investigados e de usar as redes sociais. Terá de se apresentar todas as segundas-feiras ao juízo de execuções de Brasília, a começar do próximo dia 11. Está proibido de deixar a capital federal, devendo ficar em recolhimento domiciliar durante as noites e os fins de semana. Também teve suspensos eventuais porte de armas e registro de CAC.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro passou mais de quatro meses detido, depois de sua prisão em 3 de maio, alvo da Operação Venire - investigação sobre suposto peculato eletrônico com a inserção de dados falsos nos sistemas do SUS para a emissão de carteiras de vacinação fraudadas em nome do ex-presidente e de outras pessoas.

Mas o que começou na investigação dos cartões de vacina se desdobrou em novas apurações ligadas ou no bojo do inquérito das milícias digitais. Como mostrou o Estadão, o ex-ajudante de ordens é peça-central em inquéritos que miram o ex-presidente Bolsonaro e se debruçam sobre os ataques às urnas eletrônicas, os atos golpistas, as fraudes no cartão de vacinação do ex-chefe do Executivo e o suposto esquema de venda de joias e presentes entregues a Bolsonaro.

Delação premiada de Mauro Cid

A liberdade provisória de Mauro Cid foi concedida depois que o ministro Alexandre de Moraes homologou a delação premiada do militar. A delação pode levar os investigadores a sanarem lacunas e avançarem nas apurações mais sensíveis dos inquéritos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro, como os ataques às urnas e o suposto esquema de venda de joias.

Cid foi até o Supremo nesta quarta-feira, 6, informar que queria colaborar com as investigações e que a Polícia Federal aceitou sua proposta de delação, mas o avanço das negociações dependia da homologação que Moraes deu neste sábado, 9. Com a homologação, as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens poderão ser usadas em diferentes apurações que atingem a ele e a Bolsonaro.

Na decisão em que autorizou as diligências da Operação Lucas 12:2 - assinada no âmbito do inquérito das milícias digitais - o ministro reproduziu o gráfico em que a Polícia Federal listou as frentes de apuração que giram em torno do ex-presidente e seus principais aliados.

O procurador-geral da República Augusto Aras, no entanto, criticou a possibilidade. De saída da chefia do Ministério Público Federal, o procurador comparou o acordo de colaboração do ex-ajudante de ordens da Presidência aos pactos que foram negociados no bojo da Operação Lava Jato com Antonio Palocci (ex-ministro dos governos Lula e Dilma) e Sérgio Cabral (ex-governador do Rio de Janeiro). "A PGR não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal", indicou, dando parecer contrário à delação.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. No mesmo despacho, o magistrado concedeu liberdade provisória ao militar, que terá de cumprir medidas cautelares alternativas como o uso de tornozeleira eletrônica. A informação foi divulgada pela GloboNews.

O aliado do ex-chefe do Executivo está preso desde maio, quando foi alvo da Operação Venire - investigação sobre suposto peculato eletrônico com a inserção de dados falsos nos sistemas do SUS para a emissão de carteiras de vacinação fraudadas em nome do ex-presidente e de outras pessoas.

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Cid foi até o Supremo nesta quarta-feira, 6, informar que queria colaborar com as investigações e que a Polícia Federal aceitou sua proposta de delação, mas o avanço das negociações dependia de Moraes. Com a homologação, as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens poderão ser usadas em diferentes inquéritos que o atingem, como o das milícias digitais, a investigação sobre fraudes na carteira de vacinação do ex-presidente e a apuração sobre o suposto esquema de venda de presentes recebidos por Bolsonaro enquanto chefe de Estado.

O instituto da colaboração premiada está previsto na lei das organizações criminosas e estabelece que um colaborador "deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e que tenham relação direta com os fatos investigados".

A lei também estabelece hipóteses em que o juiz pode reduzir ou até perdoar a pena do colaborador. As medidas podem ser aplicadas se ele identificar outros participantes da suposta empreitada criminosa ou "descrever a estrutura hieráquica do grupo". De outro lado, a análise da concessão de qualquer benefício leva em consideração a "personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração".

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Max Guilherme Machado de Moura, ex-segurança e assessor do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Max Guilherme estava preso desde 3 de maio e é investigado no âmbito da apuração sobre a inserção de dados falsos no cartão de vacina do ex-presidente, a mesma operação que prendeu o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid.

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A informação da soltura foi confirmada pelo advogado Admar Gonzaga, que defende Max Guilherme no processo.

De acordo com o defensor, não havia mais motivos para a manutenção da prisão, mas a investigação continua. Ou seja, pode ter novos desdobramentos.

A decisão de Moraes não é pública e o processo corre em sigilo. Segundo o advogado, a decisão foi emitida na quarta-feira (6) e a soltura de fato ocorreu na quinta-feira (7). Max Guilherme saiu da prisão usando tornozeleira eletrônica.

Max Guilherme foi sargento da Polícia Militar do Rio e atuou na segurança de Bolsonaro durante o mandato do ex-presidente.

Ele era visto frequentemente ao lado de Jair Bolsonaro nas conversas com apoiadores no Palácio da Alvorada. Ele foi candidato a deputado federal pelo Rio nas eleições do ano passado, mas não foi eleito.

Junto com Max, foram presos no mesmo dia Mauro Cid e outro assessor de Bolsonaro, Sergio Cordeiro.

A Polícia Federal apontou um esquema de fraude em carteiras de vacinação que beneficiou o ex-presidente, sua filha Laura e aliados.

O objetivo, de acordo com as investigações, era obter vantagem indevida em situações que necessitassem de comprovação da vacina contra a covid-19, como em viagens internacionais.

A Polícia Federal (PF) aceitou fechar um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão porém deve ser discutida pelo Ministério Público Federal (MPF) e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são de Andreia Sadi, da Globo News.

Segundo o portal de notícias, o ex-ajudante de ordens foi "de livre e espontânea vontade" com o seu advogado, Cezar Bitencourt, para o STF no final da tarde desta quarta-feira (6) a fim de confirmar que fará a delação premiada. O encontro foi com um juiz do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

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Uma delação de Mauro Cid pode complicar ainda mais a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ainda não se sabe quais casos devem ser priorizados. Para ter sua colaboração aprovada pela Justiça, o coronel tem que não só prestar depoimentos, mas também apresentar provas.

Cid esteve ao lado de Bolsonaro em entrevistas, lives e reuniões, e foi o braço-direito do então presidente da República nos quatro anos do governo passado. O oficial do Exército participou diretamente do caso das joias desde os primeiros passos, como revelado pelo Estadão. No final do governo, Cid despachou um auxiliar para tentar resgatar um kit de joias que a casal Jair e Michelle Bolsonaro receberam do governo da Arábia Saudita. As joias tinham sido retidas pela Receita Federal no aeroporto de Garulhos.

O ex-ajudante de ordens também participou da operação para venda de outros objetos de valor que Bolsonaro recebeu como presente na qualidade de chefe de Estado. Os itens deveriam ter sido restituídos à União, mas foram despachados para venda nos Estados Unidos.

No caso das joias apropriadas pelo ex-presidente e que foram colocadas a venda, Cid deixou rastros em e-mails, conversas por aplicativos de mensagens e movimentações financeiras que podem acabar comprometendo o seu ex-chefe.

No dia 28 de agosto, quando o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ficaram em silêncio em um depoimento prestado na PF, Cid falou com os policiais por mais de 10 horas. Além do caso da venda ilegal de joias recebidas por comitivas da Presidência da República, Cid também é investigado por estar envolvido com o escândalo da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Netto e a falsificação de cartões de vacina da família de Bolsonaro, motivo esse que motivou a sua prisão preventiva em maio deste ano.

O Estadão tenta contato com a defesa do ex-ajudante de ordens, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Advogado de Cid já escreveu artigos contra delação premiada

No dia 17 de agosto, o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt disse à revista Veja que o ex-ajudante de ordens iria confessar que vendeu as joias recebidas pelo ex-chefe em agendas oficiais, transferiu o dinheiro para o Brasil e entregou os valores em espécie para Bolsonaro. Ao Estadão, Bitencourt recuou e disse que seu cliente buscou resolver "um problema" do chefe, mas negou que ele tenha agido a partir de uma ordem específica do ex-presidente.

Terceiro criminalista a assumir a defesa de Cid, Bitencourt já deu declarações públicas e escreveu artigos contra o instrumento da delação premiada. Em um texto publicado em 2017 no portal Consultor Jurídico, intitulado Delação premiada é favor legal, mas antiético, o advogado chamou as colaborações de "figura esdrúxula". "Não se pode admitir, eticamente, sem qualquer questionamento, a premiação de um delinquente que, para obter determinada vantagem, ‘dedure’ seu parceiro", escreveu.

Cid teria auxiliado vendas de joias e entregue dinheiro a Bolsonaro

Segundo as investigações da PF, Cid e outros aliados de Bolsonaro teriam vendido joias e outros objetos de valor recebidos em viagens oficiais da Presidência da República fora do País. Os itens de luxo deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidos do conhecimento dos órgãos públicos, negociados para fins de enriquecimento ilícito e entregues em dinheiro vivo para o ex-chefe do Executivo, conforme a PF.

O tenente-coronel teria vendido, também com o auxílio do pai dele, o general Mauro Lourena Cid, joias no exterior. De acordo com a PF, uma das peças comercializadas pelo ex-ajudante de ordens foi um relógio da marca Rolex, estimado em R$ 300 mil e recebido por Bolsonaro em uma viagem presidencial à Arábia Saudita em 2019.

Entre e-mails recuperados na lixeira da conta de Mauro Cid, obtidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, está a tratativa para venda do Rolex

As tentativas de vender as joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit composto por colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo saudita para o então presidente e Michelle Bolsonaro.

Com a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para a devolução de outro conjunto de joias, foi feita uma operação de resgate das peças por parte dos aliados do ex-presidente. Em conversa com Marcelo Câmara, assessor especial da Presidência, obtida pela PF, os dois falaram sobre um conjunto de joias que teriam supostamente sumido com Michelle, e que não poderiam ser vendidos no esquema. Para Cid, "só dá pena porque estamos falando de US$ 120 mil".

Cid sabia que joias não podiam ser vendidas

Em outra troca de mensagens com o advogado Fábio Wajngarten, em março deste ano, Cid demonstra que já sabia que as joias recebidas pelo governo seriam bens de interesse público. Além disso, o tenente-coronel tinha a consciência de que, mesmo se os itens fizessem parte legalmente do acervo pessoal do então presidente - o que não é o caso, por não serem personalíssimos -, a União teria direito de preferência para a aquisição se fossem vendidas.

A revelação aparece em mensagens trocadas entre Cid e o advogado Fábio Wajngarten, que integra a defesa de Bolsonaro no caso das joias e foi seu secretário de Comunicação durante o mandato. Os arquivos do celular de Cid foram obtidos pela coluna de Juliana Dal Piva, no UOL.

De acordo com os investigadores, os montantes obtidos das vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de laranjas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar origem, localização e propriedade dos valores. Em outro áudio entre Cid e Câmara, em janeiro deste ano, o ex-ajudante de ordens citou US$ 25 mil que estavam com o pai dele e seriam destinados a Bolsonaro.

"Tem US$ 25 mil com meu pai. Eu estava vendo o que era melhor fazer com esse dinheiro, levar em ‘cash’ ai´. Meu pai estava querendo inclusive ir aí falar com o presidente. (...) E ai´ ele poderia levar. Entregaria em ma~os. Mas tambe´m pode depositar na conta (...). Eu acho que quanto menos movimentac¸a~o em conta, melhor, né?", afirmou Mauro Cid.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, avaliou que o ex-presidente estaria o "arrastando para a lama". O conhecimento dessa declaração se deu através do portal Uol Notícias, que conseguiu ter acesso as trocas de mensagens entre Cid e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro.

Na conversa que ocorreu no dia 4 de abril, um dia antes do depoimento de Cid para a Polícia Federal sobre o inquérito - que investiga o desvio de joias sauditas -, Wajngarten compartilha uma matéria do jornalista Ricardo Noblat, do portal Metrópoles. A matéria cujo título era: "Bolsonaro arrasta com ele para a lama seus mais fiéis servidores", cita Cid e outros ex-aliados do ex-chefe do Executivo. Ao ler a mensagem, o tenente-coronel responde: "Não deixa de ser verdade".

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No entanto, no dia do julgamento, Mauro Cid declarou à PF que a busca de presentes recebidos por Jair Bolsonaro seria "normal" e "corriqueira" no seu cargo de ajudante de ordens.

Desde o dia 3 de maio, Cid está preso no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília, devido uma outra investigação que apura a falsificação de cartões de vacinação.

 

Trechos de mensagens trocadas entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, em março deste ano, pelo WhatsApp, acabaram de se tornar públicos. De acordo com o portal UOL, que obteve acesso aos registros, o militar e ex-aliado da Família Bolsonaro, ao tomar conhecimento de que o escândalo das joias sauditas havia se tornado alvo de investigação, contou ao colega que “o pior é que está tudo documentado”. 

O caso diz respeito a um suposto esquema de lavagem de dinheiro e desvio de patrimônio público, feito através da revenda e compra de joias e itens de luxo presenteados à República brasileira, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL). Cid e seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, estão no centro da investigação, como possíveis facilitadores das vendas. O tenente-coronel também foi ajudante de ordens de Bolsonaro, prestou serviços à Michelle e tinha uma relação próxima com a família. 

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Ao tomar conhecimento da descoberta do colar e brincos com diamantes presenteado pelo governo saudita à Presidência do Brasil, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), escreveu, em 3 de março deste ano, ao advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten que "o pior é que está tudo documentado". 

O diálogo foi obtido pela colunista Juliana Dal Piva. Ainda segundo a jornalista, as mensagens foram enviadas a partir das 19h36 de 3 de março. Este foi o dia em que o Estadão revelou que as peças, avaliadas em cerca de R$ milhões, foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em 2021, com um assessor do ex-ministro de Minas Bento Albuquerque e que o ex-presidente tentou recuperar os itens antes de viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. 

Após receber a reportagem de Cid, Wajngarten escreve ao militar: "Eu nunca vi tanta gente ignorante na minha vida". No diálogo, porém, não fica claro a quem o advogado se refere. Cid então responde a Wajngarten: "Difícil mesmo. O pior é que está tudo documentado". Na sequência, o advogado pergunta: "Documentado como? Explique-me por favor". O ex-ajudante de ordens enviou uma série de mensagens em seguida, porém, as apagou e a coluna não teve acesso ao registro antes da exclusão. 

No mesmo dia 3, Cid teria gravado um áudio dizendo: "O presidente só ficou sabendo no final do ano, quando o chefe da Receita [Federal] avisou que tinha um bem presenteado para ele que tava ali. Então foi só bem no final do ano que ele ficou sabendo. Não sei dizer a data. Tanto que, em 2022, ninguém tocou nisso aí. Por isso, que entrou para leilão porque ficou mais de um ano". O chefe da Receita Federal, na ocasião, era Julio César Vieira Gomes. 

Na gravação, Cid faz referência a um leilão da própria Receita para itens apreendidos por sonegação de impostos. No entanto, após a eclosão do escândalo, a medida foi suspensa, e o caso das joias passou a ser investigado. O kit estava com o ex-assessor do então ministro Bento Albuquerque, Marcos André dos Santos Soeiro, que participou da comitiva no Oriente Médio, em 26 outubro de 2021. 

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito de Jair Bolsonaro (PL) e investigado pela Polícia Federal (PF), pode estar em uma fase de "pré-delação". O militar acumula mais de 22h de oitiva policial e, em depoimento à instituição nessa quinta-feira (31), deu informações novas e que "preencheram lacunas" da investigação, de acordo com os agentes; o depoimento durou mais de 9h. A informação é de Camila Bomfim, do Conexão Globo News. 

De acordo com os investigadores, Cid é visto como uma "ponte" para fechas fatos da investigação e também para viabilizar a obtenção de provas. No entanto, as autoridades ainda avaliam se ele tem condições de participar da investigação como um delator. 

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O tenente está preso desde maio, por suspeita de ter fraudado o cartão de vacinas de Bolsonaro, então presidente da República. As investigações apontam que o objetivo seria para que Jair Bolsonaro pudesse entrar nos Estados Unidos informando ter se vacinado contra a Covid. 

Os investigadores focam em pelo menos três temas nos questionamentos: hacker, joias e cartão de vacina – esse último ainda será tema de perguntas em futuros depoimentos. Os assuntos são considerados essenciais para uma eventual delação – até agora Mauro Cid deu depoimentos com "potencial" para virar uma colaboração premiada. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu 18 presentes caros, dos quais cinco estariam em uma propriedade do bicampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, segundo a Polícia Federal (PF).
    Bolsonaro ganhou 9.158 presentes durante seu mandato, 18 dos quais são de "alto valor", diz um relatório de mais de 1,9 mil páginas divulgado pelo Jornal Nacional na noite desta quinta-feira (31).
    O documento foi anexado ao inquérito que investiga Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no caso das joias presentadas por governos estrangeiros.
    O casal foi interrogado simultaneamente pela PF em Brasília na quinta, mas se manteve em silêncio.
    Dos 18 presentes caros citados pela Polícia Federal, 10 foram devolvidos ao erário público por Bolsonaro após uma determinação do Tribunal de Contas da União.
    No entanto, cinco itens, entre eles um relógio com diamantes presenteado pelos Emirados Árabes, "estariam guardados em uma fazenda de Nelson Piquet em Brasília", segundo o relatório, elaborado com base em dados do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência e em ligações do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
    No relatório, a PF afirma que parte dos 18 itens caros foi vendida por Cid nos Estados Unidos.

*Da Ansa

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenta negociar uma confissão parcial à Polícia Federal (PF), por meio de sua defesa. O objetivo é tentar uma redução da pena que ele virá a ter após uma possível condenação. A informação é da jornalista Andréia Sadi, do G1. 

Cid foi chamado para depor na sede da PF, em Brasília, na última segunda-feira (28), onde falou por mais de 10 horas sobre a invasão feita pelo hacker Walter Delgatti Neto ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na tentativa de obstruir as vias judiciais do país. 

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Ele ainda é investigado por ter envolvimento em diversos esquemas, como a falsificação de certificados de vacinação, interceptação e venda de joias dadas como presente ao então presidente Bolsonaro, entre outros crimes.  

A família de Cid defende a ideia de uma delação, que pode ajudar as situações de se pai, Mauro Cesar Lourena Cid, e de sua esposa, Gabriela Cid. Eles são apontados como suspeitos de envolvimento na venda de objetos da União e no caso das vacinas, respectivamente. No entanto, o advogado do militar, Cezar Bittencourt, avalia que a confissão seria mais benéfica para seu cliente. 

 

 

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi levado à sede da Polícia Federal em Brasília, nesta segunda-feira (28), para prestar mais um depoimento em investigação que respinga no ex-chefe do Executivo.

O militar será questionado no bojo da investigação sobre a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça para a inserção de mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

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Mauro Cid chegou à PF por volta das 10h desta segunda. O nome do aliado de Bolsonaro foi citado pelo hacker Walter Delgatti Netto, o 'Vermelho', condenado pelo hackeamento do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro e ex-integrantes da extinta força-tarefa da Operação em Curitiba.

O ex-ajudante de ordens teria participado de reunião entre o hacker, o ex-presidente e a deputada Carla Zambelli.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu nesta sexta-feira (25) que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenha qualquer tipo de contato com o ex-presidente, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e investigados nos inquéritos que apuram desvios de presentes de governos estrangeiros recebidos na gestão de Bolsonaro e os atos golpistas de 8 de janeiro. 

A decisão do ministro também atinge a proibição de contato de Cid com sua esposa, Gabriela Cid. O ex-ajudante está preso em Brasília por conta da investigação que apura a suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro. 

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Moraes baseou-se em um relatório da Polícia Federal que cita conversas encontradas a partir da perícia feita no celular de Mauro Cid. As mensagens tratam de falas que incentivariam atos antidemocráticos contra o resultado das eleições presidenciais de 2022, com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal (PF) sobre a visita que o hacker Walter Delgatti teria feito, no ano passado, ao então presidente Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, durante o período eleitoral.

O tenente-coronel André Luis Cruz Correia, ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estava em um grupo de WhatsApp com militares da ativa que defendiam um golpe de Estado, faziam ameaças ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes, e que apoiaram as invasões do 8 de Janeiro. No grupo estava também o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.

O militar foi demitido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no último dia 10 de agosto, após suspeitas de que ele integrava o grupo. A informação foi adiantada pelo portal Metrópoles à época. Correia era assessor militar na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e chegou a viajar ao lado do mandatário. 

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A orientação para demiti-lo saiu da Polícia Federal (PF), que teria apresentado as evidências em um relatório enviado ao Planalto, de acordo com a colunista Andréia Sadi. A PF, que costumava fazer a segurança de Lula, deixou a atividade após o presidente optar por elencar de volta o GSI, evitando um desgaste junto aos militares.  

 O ministro do GSI, general Marcos, diz que desconhecia a participação de Correia no grupo. 

 

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