Tópicos | Merkel

A chanceler alemã Angela Merkel disse neste sábado (17) que o papa Francisco a encorajou a trabalhar para preservar o histórico acordo de Paris, apesar da retirada dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante o encontro entre Merkel e o papa no Palácio Apostólico para debater sobre a reunião do G20 que deverá ser realizada em Hamburgo nos dias 7 e 8 de julho. Na ocasião, Merkel afirmou ainda seu objetivo de "derrubar os muros" que dividem países, ao invés de construí-los.

A reunião desta manhã foi centrada na necessidade da comunidade internacional combater a pobreza, a fome, o terrorismo e as mudanças climáticas, segundo informações do Vaticano. Merkel declarou que Francisco a encorajou a lutar por acordos internacionais, incluindo o acordo de Paris, cujo objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Também disse a repórteres que apresentou ao papa as propostas da Alemanha para a reunião do G-20, uma agenda que "assume que somos um mundo no qual queremos trabalhar juntos de forma multilateral, um mundo no qual não queremos construir muros, mas derrubá-los".

##RECOMENDA##

A frase remete às recentes declarações de Francisco convocando as nações a construir pontes e não muros, referindo-se aos planos da administração Trump de construir um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Assim como na visita do presidente dos EUA, Donald Trump, Francisco entregou a Merkel uma cópia de sua encíclica ambiental, que trata da luta contra as mudanças climáticas e do cuidado com o meio ambiente como uma obrigação moral urgente. A encíclica foi apresentada antes do acordo de Paris, em uma tentativa de criar um consenso global sobre a necessidade de mudar modelos de desenvolvimento "perversos" que, segundo o papa, enriqueceram os ricos às custas dos pobres e tornaram a criação de Deus em uma "imensa pilha de sujeira".

Francisco deu início ao encontro deste sábado expressando suas condolências pela morte do ex-chanceler Helmut Kohl. Em um comunicado oficial, Francisco disse que Kohl foi um "grande estadista e um europeu convicto", que trabalhou incansavelmente pela unidade de seu país e do continente europeu. Fonte: Associated Press.

Os políticos alemães que fazem parte do bloco da chanceler Angela Merkel, da União Democrata-Cristã, lideram com folga uma pesquisa de intenção de voto para as eleições que vão ocorrer em setembro no país, enquanto membros do Partido Social Democrata da Alemanha continuam a perder força.

O levantamento, encomendado pelo jornal Bild, mostra que o grupo de Merkel tem 38% das intenções de voto, nível inalterado em relação à pesquisa anterior. Os sociais democratas, que são os principais adversários de Merkel, tiveram 25%, um ponto porcentual a menos que no levantamento passado. A margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

##RECOMENDA##

Os alemães vão às urnas em setembro para escolher seus parlamentares. O grupo político que consegue formar a maior bancada elege o chanceler. Foi assim que Angela Merkel, que está no seu terceiro mandato, chegou ao comando do país em 2005.

Os sociais democratas apareceram como uma ameaça ao grupo de Merkel em janeiro deste ano, quando lançaram a candidatura de Martin Schulz para chanceler. No entanto, seu nome perdeu força após diversas derrotas em eleições regionais ocorridas ao longo deste ano.

Os Democratas Livres e os Verdes, que fazem parte de uma bancada alinhada ao mercado, ganharam um ponto porcentual nesta pesquisa e foram a 8%, chegando ao mesmo nível do Partido de Esquerda, que caiu um ponto. Fonte: Associated Press.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, rejeitou nesta segunda-feira a afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a Alemanha deve grandes somas de dinheiro à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) por contribuir com menos do que o que deve aos gastos de defesa do bloco.

Merkel também mencionou a história da Alemanha de décadas de ausência militar estrangeira depois da Segunda Guerra Mundial.

##RECOMENDA##

No sábado, um dia depois de sua reunião com Merkel na Casa Branca, Trump usou seu perfil no Twitter que "a Alemanha deve vastas somas de dinheiro à Otan e os Estados Unidos devem ser pagos mais pela poderosa e muito cara defesa que o país oferece à Alemanha!".

Segundo a chanceler alemã, os gastos de defesa alemães "não são somente as contribuições feitas à Otan, mas também as contribuições europeias na África, por exemplo, e as missões das Nações Unidas".

Para a governante alemã, os gastos com defesa "não podem se separar dos acontecimentos históricos de um dia para o outro". Merkel recordou que o objetivo imediato, depois da Segunda Guerra Mundial, era a integração da Alemanha na comunidade internacional. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiu comércio, imigração e o financiamento da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta sexta-feira, no primeiro encontro dos dois líderes desde a eleição norte-americana, em novembro.

Ambos disseram que a reunião foi produtiva e reafirmaram os laços entre os países. Trump começou dizendo reconhecendo a importância da Otan, mas reiterou seu pedido para que os aliados do outro lado do Atlântico façam mais para contribuir com o orçamento da organização militar.

##RECOMENDA##

O norte-americano também voltou a defender que ambos os países deveriam trabalhar em uma política comercial que beneficiasse ambos os lados. Desde a campanha presidencial, o republicano vem tecendo críticas ao governo em Berlim e também de outros países, que estariam, a seu ver, prejudicando os Estados Unidos ao se aproveitarem, por exemplo, de um euro desvalorizado para promover indevidamente suas exportações.

"Não sou isolacionista, mas defendo o comércio justo", afirmou a um jornalista que o questionou por sua postura protecionista. "Não queremos uma situação igualitária, queremos justiça", completou.

Merkel, por sua vez, reiterou seu apoio ao livre comércio e disse concordar com o republicano que as trocas entre os países precisam ser uma situação de "ganha-ganha" para todos. Nesse sentido, ela pediu a volta das negociações do acordo comercial entre os EUA e a União Europeia.

A chanceler alemã também elogiou o compromisso assumido por Trump em relação à Otan e disse que seu governo está trabalhando para atingir a meta de contribuição com os gastos militares da Otan. "A Alemanha vai continuar a trabalhar em direção à meta de 2,0% do Produto Interno Bruto (PIB) de gastos com a Defesa", prometeu.

Os dois líderes disseram que irão trabalhar conjuntamente na questão da imigração e que o tema é importante para a segurança interna. "A imigração é um privilégio, não um direito", disse Trump, reiterando seu compromisso na proteção dos cidadãos norte-americanos e na luta contra o terrorismo. Merkel, por sua vez lembrou que o enfrentamento da questão também precisa contemplar a ajuda ao desenvolvimento de países ameaçados por conflitos.

Trump, por fim, voltou a acusar o governo de Barack Obama de colocar escutas durante a campanha presidencial de 2016. "Ao menos temos algo em comum", disse, apontando para Merkel. Em 2014, foi revelado que o governo norte-americano, com o conhecimento de Obama, montou uma operação de espionagem em larga escala sobre o governo alemão, incluindo a chanceler. Na coletiva de hoje, Merkel preferiu não comentar o assunto. (Marcelo Osakabe)

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, será recebida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 14 de março, afirmou hoje a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Este será o primeiro encontro em pessoa entre os dois líderes desde a eleição do republicano, em novembro.

##RECOMENDA##

Durante a campanha, Trump frequentemente criticou Merkel, acusando a alemã de "arruinar" seu país ao aceitar receber um grande número de refugiados. Merkel, que tem grande popularidade na Europa, criticou o decreto anti-imigração de Trump, que posteriormente foi barrado na Justiça. Fonte: Associated Press.

A consultoria Eurasia divulgou relatório há pouco informando que está menos confiante na possibilidade de a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, se reeleger na eleição de setembro. "Estamos rebaixando a probabilidade para 60%, de 80% anteriormente", escreveu o sócio da empresa para União Europeia, França, Alemanha e Reino Unido, Charles Lichfield.

De acordo com ele, a surpreendente popularidade do candidato social-democrata (SPD), Martin Schulz, melhorou significativamente a posição do partido nas pesquisas e agora há uma chance maior, de 40%, de ele concorrer na eleição à frente do próximo governo de coalizão. A expectativa da Eurasia é a de que, com um papel mais importante dentro desse novo agrupamento, poderá romper com Merkel em relação à política fiscal da União Europeia.

##RECOMENDA##

O nome de Schulz foi uma surpresa, segundo Lichfield. "Em algumas pesquisas, ele está à frente da aliança de centro-direita de Angela Merkel pela primeira vez em mais de uma década. Isso surpreendeu até a própria hierarquia do SPD", relatou, lembrando que Merkel nos últimos dois anos parecia imbatível. Schulz, conforme Lichfield, agora é visto como uma alternativa séria e válida para Merkel, enquanto também oferece alguma esperança para o SPD para se reconectar com os eleitores da classe trabalhadora.

Além disso, o especialista salienta que Merkel parece mais cansada e com menos controle nos últimos meses, gastando muito tempo tentando fazer as pazes com o partido irmão da Baviera da União Cristã Democrática (CDU), a União Cristã do Sul (CSU). Apesar dessa mudança de cenário, a Eurasia se diz ainda cética em relação a sua habilidade de se sustentar nas pesquisas, passado o período de "novidade".

O consultor lembra que essa avaliação está dentro de um contexto de um ambiente internacional volátil, em que os alemães costumam votar no que já conhecem. "Por esta razão, pensamos que é ainda mais provável (60%) Merkel permanece chanceler ante outra grande coalizão com o SPD", justificou.

Lichfield lembra que, paradoxalmente, embora tenha sido a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos que convenceu Merkel a correr para um quarto mandato, Schulz irá posicionar-se mais agressivamente como candidato "anti Trump" - onde Merkel, devido às responsabilidades do cargo, terá de "pisar de forma mais cuidadosa". "Isso será uma vantagem para Schulz."

Os conservadores na Alemanha indicaram formalmente a chanceler Angela Merkel como candidata principal do partido para as eleições parlamentares de setembro.

Merkel recebeu o apoio de 95% dos delegados em uma convenção da filial da União Democrata-Cristã no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental neste sábado.

##RECOMENDA##

Pesquisas mostram que Merkel tem enfrentado uma força inesperada da centro-esquerda representada pelo partido Social-Democrata, o qual tem sido impulsionado pela escolha do ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz para disputar com a chanceler.

Merkel não mencionou Schulz em seu discurso no sábado. Ela fez elogios, porém, às reformas econômicas de seu antecessor Gerhard Schroeder, algumas das quais Schulz sugeriu que ele poderia alterar. Fonte: Associated Press.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fez um apelo aos Estados Unidos neste sábado (18) para dar apoio e impulsionar organizações multilaterais como a União Europeia, as Nações Unidas e a Organização da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan), cujo comprometimento o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou ser "inabalável". Merkel afirmou a Pence e outros líderes mundiais, diplomatas e autoridades de Defesa na Conferência de Segurança de Munique, que "agir conjuntamente fortalece a todos".

Seus comentários chegam em meio a dúvidas sobre a abordagem do governo do presidente Donald Trump em relação às relações internacionais e seu pouco interesse em trabalhar em fóruns multilaterais. "Seremos capazes de continuar trabalhando juntos ou iremos voltar a agir individualmente?", questionou Merkel. "Eu confio em nós, e espero que consigamos encontrar posições comuns sobre isto. Vamos tornar o mundo melhor juntos e as coisas ficarão melhores para todos nós."

##RECOMENDA##

Merkel admitiu que há espaço para melhorias em instituições multilaterais, afirmando que, em alguns casos, elas não são eficientes o suficiente. "Estou fortemente convencida de que é necessário lutar por nossas estruturas multilaterais comuns, mas precisamos melhorá-las em muitos casos", disse.

Em seus comentários, o vice-presidente norte-americano procurou acalmar preocupações de seus aliados da Otan, que se ressentem da declaração de Trump afirmando que a Otan era "obsoleta".

"Eu trago uma garantia: os EUA apoiam fortemente a Otan e serão inabaláveis em seu comprometimento com a aliança transatlântica", disse. "Suas batalhas são nossas batalhas. Seu sucesso é nosso sucesso. No fim das contas, caminhamos para o futuro juntos."

O vice, no entanto, reiterou o pedido dos EUA para que os aliados europeus elevem seus gastos militares para ao menos 2,0% de seu Produto Interno Bruto (PIB). "A defesa da Europa requer o comprometimento de vocês assim como o nosso", disse. Fonte: Associated Press.

Cansado de ser insultado e perseguido por causa de uma selfie com Angela Merkel, um refugiado sírio de 19 anos colocou o Facebook na Justiça alemã, para obrigar a plataforma a censurar as fotomontagens que o mostram como um "terrorista".

O julgamento do caso começa nesta segunda-feira, em Wurtzburgo, centro da Alemanha, onde a rede social já é pressionada pelo governo para que atue contra conteúdos racistas e é investigada em outro processo de "incitação ao ódio". A foto de Anas Modamani com a chanceler, tirada em setembro de 2015 em um centro de refugiados em Berlim, deu a volta ao mundo.

##RECOMENDA##

Essas montagens, promovidas por grupos hostis ao Islã e aos refugiados, visam acusar Merkel de colocar a Alemanha em perigo com sua política migratória. O jovem começou a ser associado aos ataques de Bruxelas, em março de 2016, ao ataque com um caminhão em Berlim, em dezembro passado, ou à tentativa de assassinato de um sem-teto em Berlim, na noite de Natal.

O Facebook assegura que "suprimiu rapidamente o acesso ao conteúdo denunciado e que não vê necessidade de uma ação na justiça", segundo um porta-voz.

O presidente da França, François Hollande, criticou nesta segunda-feira (16) o magnata Donald Trump e disse que a Europa "não precisa de conselhos do exterior que digam o que temos que fazer".

A fala ocorreu durante a entrega da medalha da Legião da Honra para a embaixadora norte-americana em Paris, Jane Hartley, e vem na sequência de uma série de críticas do futuro presidente dos Estados Unidos à chanceler Angela Merkel e à União Europeia.

##RECOMENDA##

"A Europa está sempre pronta a prosseguir com a cooperação transatlântica, mas isso será determinado com base em seus interesses e dos seu valores", acrescentou.

Hollande ainda rebateu as críticas do republicano de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é "obsoleta".

Para o francês, a entidade "não será nunca obsoleta até que hajam ameaças no mundo".

Os comentários de Trump em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Times" não repercutiram bem entre os europeus e elevou o nível de tensão entre os governos do Velho Continente e o governo do magnata. 

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta sexta-feira (16) que pretende manter distância do confronto que se criou entre o governo da Grécia e os credores internacionais após a decisão de Atenas de aumentar benefícios sociais para pensionistas de baixa renda.

"A questão está em boas mãos com as três instituições e o Eurogrupo", disse Merkel, em um comunicado antes da reunião com o primeiro-ministro da grego, Alexis Tsipras. "Este não é o local onde as decisões serão tomadas, mas ele deve ajudar nas negociações".

##RECOMENDA##

A decisão do governo grego de conceder aumento de benefícios sociais às portas do Natal e de eleições no país geraram críticas por parte de Berlim e de outros credores internacionais. Em retaliação, o grupo dos credores europeus decidir congelar as medidas de alívio da dívida na quarta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chanceler da Alemanha Angela Merkel, lamentou nesta segunda-feira (5) a renúncia do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, após a derrota no referendo constitucional do fim de semana.

"A chanceler sente pesar pela renúncia do premiê italiano", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert.

##RECOMENDA##

Berlim respeita a decisão democrática do povo italiano, ele afirmou, acrescentando que o esforço da União Europeia em batalhar por mudanças efetivas e orientadas para o povo, em linha com o compromisso firmado pelos líderes da região em Bratislava.

Paralelamente, o ministro de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, expressou preocupação sobre o resultado do referendo italiano, de acordo com um comunicado lido pelo porta-voz Sawsan Chebli.

"Esta não é uma crise de Estado, mas uma crise de governo que precisa ser resolvida", diz a nota, acrescentando, por outro lado, que este não é o fim do mundo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Os ciberataques provenientes da Rússia são agora tão habituais que a Alemanha deve aprender a lidar com os mesmos de forma cotidiana, afirmou nesta terça-feira a chanceler Angela Merkel, depois de seu país sofrer, na véspera o maior ataque cibernético já registrado.

Merkel disse desconhecer quem estava por trás do ataque que deixou quase um milhão de usuários do Deutsche Telekom sem acesso à internet, mas acrescentou que este tipo de ciberataque ou conflitos híbridos como são conhecidos na terminologia russa, fazem parte agora da vida diária, por isso é preciso aprender a lidar com eles.

Mais cedo, o chefe dos serviços secretos da Alemanha alertou contra uma multiplicação de atos de ciberpirataria procedentes principalmente da Rússia.

Segundo ele, esses ataques teriam como alvo os políticos a menos de um ano das eleições legislativas no país.

"A Europa está no centro dessas tentativas de desestabilização e a Alemanha em particular", declarou Bruno Kahl, diretor do Serviço de Inteligência (BND) falando ao jornal Süddeutsche Zeitung, em entrevista publicada no dia seguinte ao ataque.

Se a origem do ataque ainda não foi determinada oficialmente, fontes da segurança atribuem ao software Mirai, desenvolvido pelo grupo de hackers russos Sofacy, de acordo com o jornal Tagesspiegel de Berlim.

Mirai, que infecta inicialmente uma rede de utensílios domésticos conectados, de babás eletrônicas a câmeras de vigilância, antes de lançar ataques em uma escala maior, tinha sido usado para hackear em 2015 o Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão.

Esta ofensiva havia sido atribuída à Rússia pelos serviços de inteligência.

"O 'malware' (software malicioso) foi mal programado e não fez aquilo para o qual foi projetado, caso contrário, as consequências poderiam ter sido muito piores", indicou nesta terça-feira o porta-voz da Deutsche Telekom, Georg von Wagner.

O G20, as eleições

De acordo com especialistas citados pelo Tagesspiegel, o ataque contra Deutsche Telekom tinha, sem dúvida, "dois objetivos", o de mostrar a fragilidade de uma grande empresa e preparar uma ofensiva em "escala maior" durante, por exemplo, a cúpula do G20 a ser realizada em junho em Hamburgo (norte).

Há também "indícios de que os ataques cibernéticos se produzem com o único propósito de criar incerteza política", considerou Bruno Kahl, perguntado sobre os ataques na Alemanha e nos Estados Unidos durante a campanha eleitoral.

O chefe do serviço secreto externo falou de "elementos" que apontam para a Rússia. "É por definição difícil atribuir esses fatos a um ator estatal, mas vários elementos indicam que eles são, ao menos, tolerados ou desejados por um Estado", ressaltou.

A chanceler Angela Merkel foi ainda mais direta no início do mês, alertando para tentativas de desinformação e ataques hackers provenientes da Rússia em vista das eleições legislativas, durante as quais brigará por um quarto mandato.

"Nós observamos, em nosso mundo conectado, um número crescente de ataques contra infraestruturas sensíveis, bem como casos de espionagem cibernética", enfatizou nesya segunda-feira, advertindo contra uma "ameaça potencial considerável."

'Guerra híbrida'

Vários partidos políticos alemães, incluindo a formação conservadora de Merkel, foram alvos de ciberataques atribuídos a hackers pró-Kremlin, via e-mail que parecia provir "da sede da Otan" e infectados com spyware.

Em maio, o serviço de inteligên cia alemão já havia acusado o governo russo de liderar campanhas internacionais de ataques cibernéticos para fins de espionagem e sabotagem, citando uma "guerra híbrida" orquestrada por Moscou há "sete ou onze anos".

O ministério da Defesa também anunciou no início de outubro a criação de um departamento de cibernética para organizar uma resposta, incluindo 130 funcionários divididos entre Bonn e Berlim.

Enquanto isso, na frente da desinformação, Berlim acusou no início deste ano a Rússia "de instrumentalizar politicamente" o suposto estupro de uma adolescente russo-alemã por migrantes, um caso que se revelou inteiramente inventado.

A imprensa alemã acusa Moscou de procurar influenciar a vida política alemã através dos 3,2 milhões de cidadãos de ex-repúblicas soviéticas que chegaram à Alemanha após o desmantelamento do bloco do Leste.

A chanceler alemã, Angela Merkel, candidata a um quarto mandato em 2017, fez uma advertência nesta quarta-feira contra a divulgação de informações falsas na internet, que, segundo ela, alimentam o populismo.

"Acredito que não devemos subestimar o que acontece (...) com a informática e a internet", afirmou a chefe de Governo conservadora em um discurso aos deputados no Bundestag (Parlamento).

"Temos hoje muitas pessoas que consultam meios que estão baseados em regras muitos diferentes dos tradicionais critérios jornalísticos", afirmou.

"Não digo que sejam as únicas razões da emergência do populismo, mas quero destacar que que a forma como se forja uma opinião se produz hoje de forma diferente que há 25 anos", completou Merkel.

A chanceler, que cresceu na ditadura da Alemanha Oriental, citou os "sites falsos, as inteligências artificiais, os trolls e as coisas que são geradas por si mesmas" e modificam a opinião das pessoas.

"Algo mudou (...) enquanto a globalização avança", afirmou Merkel, que está há 11 anos no poder. A chanceler insistiu que o debate político atual acontece em um "entorno midiático totalmente diferente" do da época da queda do Muro de Berlim, em 1989.

"O populismo e os extremismos registram uma emergência nas democracias ocidentais", lamentou.

Após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, Angela Merkel recordou ao polêmico magnata a vigência dos princípios do Estado de direito e da democracia.

A Alemanha registra por sua vez o avanço da direita xenófoba, antieuropeia e populista, representada pelo partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que registrou bons resultados nas eleições regionais dos últimos meses.

A chanceler alemã Angela Merkel vai disputar seu quarto mandato como chefe de governo da Alemanha nas eleições gerais marcadas para o próximo ano, informou neste domingo a agência alemã de notícias DPA citando fontes de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). Merkel deve declarar sua candidatura a chanceler em coletiva de imprensa na sede do partido ainda neste domingo.

A agência informou que ela também tentará a reeleição como presidente da CDU na convenção nacional do partido, no próximo mês.

##RECOMENDA##

Angela Merkel se tornou a primeira chefe de Estado da Alemanha em 2005. Também foi a primeira liderança da Alemanha reunificada a ter crescido sub o comunismo na extinga Alemanha Oriental.

Se vencer as próximas eleições e concluir os quatro anos do próximo mandato, Merkel alcançará o recorde de seu mentor Helmut Kohl, que permaneceu 16 anos no cargo no período pós-guerra.

Aproximadamente 60% da população alemã declarou, em pesquisa recente, que gostaria que Merkel concorresse ao cargo novamente, segundo o diretor da agência de pesquisas Forsa, Manfred Guellner. "Nestes tempos difíceis, Merkel é um pilar de estabilidade", declarou Guellner.

Apesar de nunca ter sido descrita como visionária ou ter angariado elogios por discursos inspiradores, Merkel conquistou respeito por ser resistente, perspicaz e obstinada na solução de problemas. Desde que se tornou chanceler, lidou com diversas crises internacionais, como a crise de débito na zona do euro entre 2008 e 2009.

Mas a chanceler ainda tem pendentes questões diplomáticas como o relacionamento da Europa com a Rússia, o futuro da Ucrânia, a situação da Turquia, a guerra em curso na Síria e negociações em torno da saída do Reino Unido da comunidade europeia. Também tem de lidar com a onda populista que se espalha pelos Estados Unidos e Europa. No âmbito doméstico, terá de enfrentar a oposição do partido nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em inglês) à sua reeleição - a sigla fez campanha agressiva contra a decisão de Merkel, no ano passado, de receber aproximadamente 890 mil migrantes no país.

A data das próximas eleições na Alemanha ainda não foi definida. A previsão é de que as votações ocorram entre 23 de agosto e 22 de outubro. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou, nesta quinta-feira, que a União Europeia precisa tomar uma posição sobre as ações "desumanas" da Rússia na Síria. Merkel, que é a favor de sanções da UE contra a Rússia, falou logo antes de ir à reunião de líderes europeus em Bruxelas, que deverá discutir as relações estratégicas do bloco com Moscou.

A chanceler alemã e o presidente da França, François Hollande, reuniram-se, ontem, com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroschenko, para falarem sobre a situação no leste ucraniano.

##RECOMENDA##

Sobre o encontro com Putin, Merkel afirmou que "é importante conversar com o outro lado, mas uma posição deve ser tomada. Eu acho que somos capazes, como Conselho Europeu, de mostrar o que acontece em Aleppo e como o apoio da Rússia é totalmente desumano com as pessoas que vivem lá".

A chanceler alemã repetiu apelos para um cessar-fogo duradouro, "não apenas por algumas horas ou por um dia", para permitir que a ajuda humanitária chegue a Aleppo.

Fonte: Dow Jones Newswires.

A chanceler da Alemanha Angela Merkel recebe em Berlim na quarta-feira o presidente da Rússia Vladimir Putin, o presidente da Ucrânia Petro Poroshenko e o presidente da França François Hollande para discutir o conflito no leste da Ucrânia - o primeiro encontro sobre o tema em um ano, informou o escritório de Merkel.

A chanceler convidou os líderes para "avaliar a implementação dos acordos de Minsk desde o último encontro e discutir os próximos passos", declarou o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert em comunicado nesta terça-feira.

##RECOMENDA##

O acordo de Minsk de 2015, intermediado pela França e Alemanha, ajudou a acabar com batalhas de longa escala entre tropas ucranianas e separatistas pró-Rússia no leste do país, mas a violência continua e os esforços para chegar a um acordo político foram pausados.

Os quatro líderes realizaram encontros esporádicos para discutir a implementação do acordo. O último ocorreu em Paris, no dia 2 de outubro do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após o ataque em um shopping e um restaurante de fast food de Munique, que matou nove pessoas e feriu otras 16, os líderes da Alemanha tentam acalmar os ânimos da população. O tiroteio marcou uma noite de pânico na cidade, à medida de falsos rumores de novos ataques apareciam nas redes sociais.

O número de emergência a polícia recebeu 4.310 ligações em seis horas - mais de quatro vezes a média de ligações por dia. As autoridades haviam alertado, de acordo com relatos de testemunhas, que outros atiradores poderiam estar soltos.

##RECOMENDA##

"Nós não podemos permitir que a insegurança e o medo tomem as nossas vidas", disse a autoridade do estado da Bavária, Horst Seehofer, neste sábado. "Nós devemos continuar vivendo as nossas vidas e os nossos valores".

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que Munique passou por "uma tarde e uma noite de terror". Ela disse que entendia a ansiedade dos alemães quanto a segurança após este e mais dois ataques, um no qual um imigrante afegão atacou pessoas com um machado em o atentado de Nice na última semana.

"Eu posso entender qualquer um que chega perto de uma multidão com medo, se questionando se está seguro", disse Merkel. "O Estado e as agências de segurança irão continuar fazendo de tudo para proteger a liberdade e a segurança das pessoas na Alemanha", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.

A recém-nomeada primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, irá viajar esta semana a Berlim para se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel, informou hoje o governo alemão.

O encontro, marcado para quarta-feira (20), servirá para as duas autoridades se conhecerem melhor, segundo o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert. Ele ressaltou que, durante a reunião, não haverá discussões informais sobre as condições para a saída do Reino Unido da União Europeia. Em plebiscito no mês passado, a maioria do eleitorado britânico votou pelo rompimento do Reino Unido com o bloco.

##RECOMENDA##

A reunião também dará às líderes a chance de "conversarem melhor uma com a outra", comentou o porta-voz. "A posição do governo alemão é clara e a chanceler vai apresentá-la e explicá-la", afirmou Seibert, acrescentando que o conteúdo do diálogo dependerá "do que May trouxer consigo de Londres".

De acordo com Seibert, as duas autoridades falaram pela primeira vez na última quarta-feira, quando May assumiu como premiê do Reino Unido, no lugar de David Cameron.

Líderes europeus têm enfatizado que não haverá negociações, sejam formais ou informais, sobre a futura relação do Reino Unido com a UE até que os britânicos deem início ao procedimento formal para deixar o bloco. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fez hoje um apelo de última hora para que o Reino Unido permaneça como país integrante da União Europeia.

"É claro que desejamos uma decisão, que obviamente será tomada pelos cidadãos britânicos, na qual o Reino Unido continue fazendo parte da União Europeia", disse Merkel durante coletiva de imprensa.

##RECOMENDA##

As últimas pesquisas indicam que os britânicos votarão pela continuidade do Reino Unido no bloco europeu durante o plebiscito de hoje, embora a vantagem do "Permanecer" seja pequena, o que sugere uma disputa acirrada. A votação teve início às 3h (de Brasília) e o resultado é esperado para depois da meia-noite.

Ao ser perguntada se membros fundadores da UE deverão seguir adiante e discutir o futuro do bloco, Merkel destacou que o bloco deve continuar como antes.

"As consultas devem continuar, se possível, com 28 países-membros, ou com 27 estados, mas minha esperança é que continuemos sendo 28 integrantes", afirmou a chanceler. "Eu não defendo o estabelecimento de subgrupos agora."

Segundo Merkel, o Conselho Europeu vai se reunir na terça e quarta-feira da próxima semana, o que dará oportunidade suficiente para consultas conjuntas e "calmas" discussões sobre "como continuaremos implementando nossa agenda". Fonte: Dow Jones Newswires.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando