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Os nomes dos ministros que irão compor o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de 1º de janeiro de 2023 começaram a ser anunciados na sexta-feira (9). Até agora foram divulgados os ministros da Fazenda, Casa Civil, Relações Exteriores, Cultura, Justiça e Segurança Pública. 

Veja os nomes já anunciados:

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Margareth Menezes - Ministério da Cultura 

A pasta foi recriada pelo governo Lula depois de ter sido transformada em uma secretaria vinculada ao Ministério do Turismo durante o governo Bolsonaro. Margareth ganhou força no grupo temático de Cultura da equipe de transição de Lula e teve o apoio da futura primeira-dama, Janja Silva. 

Fernando Haddad - Ministério da Fazenda

Haddad é ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo. O Ministério da Fazenda é oriundo do atual Ministério da Economia, que também origina os ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e de Planejamento, Orçamento e Gestão. 

Flávio Dino - Justiça e Segurança Pública

O ex-governador do Maranhão e senador eleito pelo Estado pelo PSB, Flávio Dino também já foi juiz federal, deputado federal e presidente da Embratur. 

Mauro Vieira - Relações Exteriores

Mauro é ex-ministro das Relações Exteriores do governo Dilma Rousseff (PT), e atual embaixador do Brasil na Croácia, além de ser ex-embaixador na Argentina e nos Estados Unidos.

José Múcio Monteiro - Ministério da Defesa

Múcio é ex-presidente do Tribunal de Contas da União e ex-ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais. O Ministério da Defesa está vinculado ao Exército, Marinha e Aeronáutica. 

Rui Costa - Casa Civil

Ele é o atual governador da Bahia, com mandato até o dia 31 de dezembro. A Casa Civil auxilia o presidente nas atribuições e coordena a integração entre os ministérios. O petista é um dos principais aliados e articuladores de Lula. 

Confirmados pela equipe de transição, mas aguardam o anúncio de Lula:

Nísia Trindade - Ministério da Saúde

Nísia será a primeira mulher no Brasil a assumir o Ministério da Saúde. Ela é presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mestre em ciência política e graduada em ciências sociais, além de ser pesquisadora com reconhecimentos adicionais na produção científica e ter a obra como referência na área de saúde pública e pensamento social. 

Luiz Marinho - Ministério do Trabalho

Deputado federal eleito, Luiz Marinho foi ministro do Trabalho e depois ministro da Previdência Social nos dois primeiros mandatos de Lula, entre 2005 e 2008. Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marinho preside o diretório estadual do PT em São Paulo e foi eleito deputado federal nas eleições de outubro, após derrotas em disputas para o governo do Estado, em 2018, e para a prefeitura da cidade onde Lula tem domicílio eleitoral, em 2020.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta sexta-feira (9), os nomes dos primeiros escolhidos para integrar a equipe ministerial do seu futuro governo. Lula toma posse no dia 1º de janeiro para gerir o país até 2026.

"Eu tomei a decisão de apresentar alguns ministros e provavelmente depois da diplomação eu apresente mais ministros", declarou.

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Veja quem são os confirmados e as suas pastas:

Fazenda - Fernando Haddad (ex-prefeito de São Paulo)

Casa Civil - Rui Costa (governador da Bahia)

Justiça - Flávio Dino (ex-governador do Maranhão e senador eleito)

Defesa - José Múcio (ex-ministro do Tribunal de Contas da União)

Relações Exteriores - Mauro Vieira (embaixador)

Lula anunciou os nomes durante uma coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O presidente eleito chegou ao local acompanhado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann; do vice eleito, Geraldo Alckmin, além dos futuros ministros anunciados - exceto Mauro Vieira - e o coordenador dos grupos de transição, Aloízio Mercadante.

Lula disse que após o jogo do Brasil já vai se reunir com José Múcio e alguns nomes escolhidos para comandar as Forças Armadas.

Veja a coletiva:

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O coordenador dos grupos técnicos da equipe de transição, Aloizio Mercadante, disse que, antes de indicar os ministros, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva quer resolver como será a estrutura dos ministérios. Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, na semana passada, há uma disputa entre os grupos de transição por diversas áreas, como a Agência Nacional de Águas (ANA). "A nomeação dos ministros precisa considerar partidos da base, regiões, número de mulheres, negros", completou.

Integrante do grupo de transição do Planejamento, Orçamento e Gestão, o economista Antônio Corrêa de Lacerda disse que há uma "ansiedade natural" pela indicação do ministro da Fazenda, pois "se entende que ele que determinará a política econômica", mas que isso será diferente no próximo governo.

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"A política econômica será de um governo, não de um ministro. Teremos três ministros na Economia, com os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria, que terão ainda que interagir com a infraestrutura e o meio ambiente", citou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou presença na posse de dois novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que será realizada nesta terça-feira (6), às 17h, na sede da Corte.

Messod Azulay Neto e Paulo Sérgio Domingues, oriundos respectivamente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) e da 3ª Região (TRF3), foram escolhidos por Bolsonaro em 11 de maio por meio de lista formada pelo STJ.

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Em 22 de novembro, os nomes foram aprovados pelo Senado. Eles ocuparão as cadeiras do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que se aposentou em dezembro de 2020, e Nefi Cordeiro, que deixou o STJ em março de 2021.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), favorito para assumir o Ministério da Fazenda, confirmou nesta quarta-feira, 30, que não há previsão de anúncio de ministros nesta semana, como antecipou o Broadcast Político.

Questionado se vai, de fato, ser o ministro da Fazenda, Haddad reiterou que a decisão cabe ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "É atribuição do presidente. Ele Já falou que esta semana não tem anúncio", declarou o petista ao deixar o hotel no qual esteve hospedado desde a última segunda-feira.

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Como mostrou a reportagem pela manhã, Lula avalia anunciar, ao mesmo tempo, seus escolhidos para as pastas da Fazenda, da Casa Civil e da Secretaria de Governo, que pode voltar a se chamar Ministério das Relações Institucionais para negociar com o Congresso. Os anúncios podem sair na semana que vem.

Nesse desenho, Haddad ficaria com a Fazenda, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), assumiria a Casa Civil e o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) seria nomeado na articulação política. Padilha se reuniu hoje com Lula em Brasília.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou, nessa segunda (21), que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não tem pressa para indicar os ministros do novo governo antes da posse. A deputada considerou "difícil" a divulgação nesta semana de nomes que vão ocupar a Esplanada a partir de 2023 e afirmou que a ansiedade é mais do mercado do que do Congresso.

"Eu acho que ele (Lula) não está com tanta pressa. O pessoal do mercado que está mais ansioso, alguns estão mais ansiosos. Mas acho que ele está com a coisa bem resolvida na cabeça", disse Gleisi, a jornalistas, na Câmara dos Deputados. A petista afirmou que Lula vai a Brasília amanhã, mas "não adiantou nada" sobre a composição dos ministérios.

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No Twitter, Gleisi afirmou ser necessária uma "mobilização" para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição, cujo texto final deverá ser apresentado até amanhã. "Ela é fundamental para atender os brasileiros que mais precisam e assim dar o primeiro passo pra reverter caos social", escreveu a petista.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticou os recentes ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que, durante participação em evento em Nova York, nos Estados Unidos, foram hostilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Não posso achar que isso faz parte da democracia", disse o petista.

"A democracia, ela tem um compromisso, e ela exige que as pessoas tenham limites", disse o petista durante coletiva ao lado do primeiro-ministro português, António Costa, em Lisboa. "O Brasil, depois das eleições, precisa voltar a paz, precisa voltar a ser um País alegre", disse o petista.

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É falsa a informação constante de vídeo que circula na internet a respeito do custeio da viagem de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a Nova York para participar da conferência do Lide Brazil Conference. O material atribui erroneamente o custeio da viagem ao STF, quando na verdade não houve custo algum para os cofres públicos. 

O Contrato 54/2022 exibido no vídeo, vigente desde setembro deste ano e com validade de um ano com possibilidade de prorrogação, refere-se à prestação de serviços de emissão de passagens aéreas nacionais e internacionais firmado pelo STF com a empresa Orleans Viagens e Turismo Ltda. após realização de pregão eletrônico. 

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Ocorre que este contrato destina-se exclusivamente ao custeio de viagens para representação institucional, já que norma interna do STF (Resolução nº 664, de 11 de março 2020) estabelece que a concessão de passagens e diárias está condicionada à prática de ato ou o exercício das atribuições do cargo ocupado pelo beneficiário.  #VerdadesdoSTF O texto foi publicado em um blog desconhecido e reproduzido via Whatsapp e em diversas postagens no Twitter e outras redes. O STF alerta para a importância de não repassar informações publicadas em sites não confiáveis e com informações alarmistas. 

Para conscientizar a sociedade sobre a importância da checagem, a fim de evitar a propagação de notícias falsas sobre o STF e seus ministros, o Supremo Tribunal Federal lançou a série #VerdadesdoSTF, na qual informações falsas ou deturpadas atribuídas à Corte e aos seus ministros são objeto de correção. Clique aqui para ver a série.

*Do STF 

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quarta-feira, 16, Dia Internacional da Tolerância, que liberdade de expressão não abriga agressões e manifestações que incitem ao ódio e à violência, inclusive moral. A magistrada ainda destacou que o exercício da tolerância é 'premissa fundamental para a concretização dos fundamentos' da República, em especial 'a dignidade da pessoa humana e o significado da noção de pluralismo, que compõem o conceito de Estado Democrático de Direito'.

As declarações se deram na abertura da sessão plenária da Corte máxima, dois dias após magistrados que integram o colegiado serem hostilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em Nova Iorque. Rosa Weber fez referência ao episódio, ressaltando que ele o levou a reafirmar que 'a democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões, a legitimar o dissenso, se mostra absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão'.

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Em breve discurso, a magistrada lembrou da Declaração de Princípios aprovada em Conferência Geral da Unesco, em 1995, quando o Dia Internacional da Tolerância foi aprovado. Segundo o texto, tolerância é 'não é apenas um dever moral, como também uma exigência política'. "É a responsabilidade que dá sustentação aos direitos humanos, ao pluralismo, à democracia e ao Estado de Direito", assinalou a ministra, rememorando o texto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura.

De outro lado, a ministra também evocou a argumentação de Karl Popper, filósofo responsável pelo conceito de paradoxo da tolerância. "A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles (…)", escudados os intolerantes, acresço, em pretensa liberdade de expressão", ressaltou Rosa, parafraseando o austríaco.

Um dia após a divulgação de um vídeo no qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso retruca um apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em Nova York, as expressões "Perdeu, Mané" e "Não amola" se mantiveram no topo do ranking dos assuntos mais comentados do Twitter. Juntos, os termos acumulam quase 620 mil menções.

No trecho, um eleitor do atual presidente acompanha o ministro, que caminha ao lado de outros magistrados pelas ruas de Nova York, com questionamentos sobre as urnas eletrônicas.

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"O senhor vai responder às Forças Armadas? Vai deixar o código fonte ser exposto? O Brasil precisa dessa resposta ministro, com todo respeito", questiona. "Por favor, Barroso, responde para a gente", pede o bolsonarista.

O ministro, então, responde: "Perdeu, mané. Não amola."

"Agora a qualquer mimimi de bolsonarista eu vou responder com 'perdeu, mané, não amola'. Obrigado, Barroso!", escreveu um internauta na rede. "Barroso foi até elegante para tratar golpista que pede intervenção federal. Perdeu, mané!", publicou outro perfil.

Barroso foi aos Estados Unidos junto de outros ministros do STF para participar de um evento promovido pelo grupo Lide - Grupo de Líderes Empresariais. No vídeo, é possível ver também o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que tem sofrido ameaças por sua condução do processo eleitoral deste ano.

Na última segunda-feira (14), um grupo pequeno de bolsonaristas cercaram e se jogaram em frente à van que transportava ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em Nova York, nos Estados Unidos. A manifestação antidemocrática foi registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais. 

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Desde a chegada dos magistrados à cidade, que manifestantes bolsonaristas realizam atos pedindo intervenção federal, ajuda às Forças Armadas e acusando o STF de corrupção. Os ministros do Supremo participam da Lide Brazil Conference, que se encerra nesta terça-feira (15). 

Vídeos publicados na internet mostram o blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira depois de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal, participando da manifestação contra os ministros da Corte em Nova York.

O ministro do Supremo Alexandre de Moraes ordenou, em outubro do ano passado, a prisão preventiva do dono do canal Terça Livre, no âmbito do inquérito das milícias digitais. Ele permanece foragido nos Estados Unidos desde então, embora costume se fazer presente em eventos públicos. Questionado, Moraes não falou sobre o assunto.

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O Lide informou que uma assessora da deputada Carla Zambelli (PL-SP) entrou em contato com a produção do evento para perguntar se ele seria aberto a parlamentares e haveria vaga. O grupo informou que não.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No momento em que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem protestos pelo Brasil contra o resultado das eleições e em defesa da intervenção militar, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Moraes, afirmou nesta segunda-feira, 14, em Nova York, que a "democracia foi atacada no Brasil, mas sobreviveu".

A declaração foi dada durante o Brazil Conference, evento promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), organização criada pelo ex-governador de São Paulo João Doria, que reuniu também os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

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Primeiro a falar, Moraes pautou seu discurso na falta de regulamentação das redes sociais, nos ataques à democracia e nos questionamentos em torno da credibilidade do sistema eleitoral. "A desinformação e o discurso de ódio vêm corroendo a democracia", afirmou.

Para Moraes, o fato de não haver regulamentação das redes sociais é um "problema mundial". "Não é possível que redes sociais sejam terra de ninguém e milícias digitais ataquem impunemente", avaliou, acrescentando que é necessária "liberdade com responsabilidade".

"Sob falso manto de liberdade sem limites o que se pretende é corroer a democracia", criticou Moraes.

O presidente do TSE comentou ainda sobre o impacto desse ambiente e das fake news na imprensa profissional. Segundo ele, "supostos jornalistas se misturam à imprensa tradicional e hoje a população não sabe mais o que é notícia verdadeira".

Ao falar sobre os questionamentos em torno do sistema eleitoral, o ministro destacou que "pouco importa se o voto é impresso, se são urnas eletrônicas ou voto por correio, o que importa é desacreditar o voto". Segundo Moraes, o poder Judiciário é, hoje, o principal alvo desses ataques. "O Judiciário é o grande cliente de milícias digitais. No Brasil, o poder Judiciário não foi cooptado, foi barreira para qualquer ataque à democracia e à liberdade."

No domingo, 13, Moraes, Lewandowski e Gilmar foram hostilizados por manifestantes na porta do hotel onde estão hospedados em Nova York. Barroso foi perseguido na Time Square.

Nesta segunda-feira, um grupo de manifestantes se posicionou em frente a entrada do Harvard Club, onde acontece a conferência, o que levou os ministros a usarem uma entrada lateral. A segurança foi reforçada.

Em sua fala, Gilmar Mendes também foi enfático contra manifestações antidemocráticas. "É preciso perguntar se não há um cenário de absoluta dissociação cognitiva, principalmente quando lunáticos pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos", disse.

O ministro alertou para a necessidade de se questionar o que há por trás dos pedidos de intervenção militar em manifestações que acontecem após o fim das eleições presidenciais no Brasil. Ele chamou a atenção para a necessidade de união em prol da democracia no País e ainda para o foco na inclusão no "novo capítulo sobre responsabilidade fiscal".

"A erosão constitucional revelou que o Brasil é resiliente. É preciso indagar se há algo mais por trás dos discursos lunáticos e histéricos que pedem intervenção militar", enfatizou Mendes.Para o ministro, a democracia precisa recrutar esses cidadãos para "lutar pela democracia e não destruí-la". "Estamos no mais longo período de normalidade democrática do Brasil", avaliou.

Ao comentar sobre a situação fiscal do País, jogou luz ainda no lado social. "O novo capítulo sobre responsabilidade fiscal deve conter ideia de inclusão."

*O repórter Pedro Venceslau viajou a convite do Lide

A líder nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu há pouco, em suas redes sociais, à notícia de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram hostilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua passagem por Nova York.

"Lamentável que ministros do Supremo sejam perseguidos e atacados", escreveu a parlamentar. "O Brasil precisa de harmonia e o Estado Democrático de Direito assegurado. E o golpismo derrotado", concluiu.

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Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, manifestantes que pregam intervenção militar xingaram e hostilizaram ministros que foram participar do Brazil Conference, evento organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em Nova York.

Um grupo com bandeiras do Brasil e cartazes que exaltam as Forças Armadas se posicionou em frente ao hotel onde estão hospedado seis ministros do STF, além de empresários e políticos como o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).

A organização do evento reforçou a segurança no entorno do hotel ao saber da convocação pelas redes sociais de atos antidemocráticos.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou o fato de "autoproclamados conservadores" terem fechado estradas após o resultado das eleições no Brasil, interrompendo o direito de ir e vir das pessoas. "Não podemos deixar que ódio entre no nosso país", disse ele, durante evento do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em Nova York.

Durante sua fala, ele mencionou ainda o ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, após as eleições presidenciais que elegeu o democrata Joe Biden. Destacou que a imprensa, academia e magistratura defendem a "verdade factual".

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Ao comentar sobre a situação do País após as eleições, disse que o Brasil não pode se deixar levar pelo que aconteceu na Argentina, sociedade que "ficou presa no passado e vingança".

Para ele, a eleição do presidente da República, Jair Bolsonaro, é resultado de "abusos da Lava Jato, que destruiu a classe política" no Brasil.

No entanto, agora, o País pode mudar esse cenário, defendeu. "O Brasil tem tudo para entrar em seu melhor momento e para que política reassuma seu papel", avaliou.

Ele criticou ainda a demora para a compra de vacinas contra a Covid-19 durante a pandemia. "O governo federal não estava comprando vacinas e quem determinou foi o STF, na pessoa do ministro Ricardo Lewandowski."

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram hostilizados na noite do domingo (13) por manifestantes bolsonaristas em Nova York, nos Estados Unidos, onde estão para participar de uma conferência organizada pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais - entre esta segunda-feira (14) e a terça-feira (15). Vídeos que circularam nas redes sociais mostram diferentes momentos em que os magistrados são ofendidos e xingados na porta do hotel em que estão hospedados e ainda ao circularem pela cidade.

Em um deles, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, tem de ser escoltado ao deixar um restaurante. Neste momento, manifestantes o acusam de "estar roubando o Brasil" e o chamam de "vagabundo, "ladrão", "Xandão", dentre outros nomes.

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Mais cedo, imagens mostram ainda manifestantes, vestidos de verde e amarelo, muitos envoltos na bandeira do Brasil, na porta do hotel em que os ministros estão hospedados, segurando cartazes com o escrito "SOS Forças Armadas" e aos gritos de "ei, Xandão, seu lugar é na prisão".

Segundo informações passadas pela assessoria de imprensa do Lide ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), "havia cerca de 50 pessoas na porta do hotel, cantando o hino".

Outro vídeo, também na porta do hotel, exibe o momento em que o ministro Gilmar Mendes deixa o local enquanto pessoas gritam "vagabundo", "seu merda", "o que é seu está guardado, seu bandido".

Já o ministro Luís Roberto Barroso foi abordado por uma mulher na Times Square, uma das avenidas mais importantes de Nova York, conforme imagens que circulam nas redes sociais.

Ela diz: "Olha só quem está aqui. Como é que está o senhor juiz?." Barroso responde: "Muito bem senhora, muito feliz pelo Brasil." A senhora devolve, em grau de ameaça: "Ah, 'tá' bom, mas nós vamos ganhar essa luta, hein, nós vamos ganhar essa luta, o senhor está entendendo? Cuidado, hein! O povo brasileiro é maior do que a Suprema Corte." O ministro responde "com a Graça de Deus", entra em uma loja e pede "minha senhora, não seja grosseira, tchau, minha senhora, passar bem", enquanto ela retruca: "Foge, foge."

Questionada sobre os episódios, a assessoria de imprensa do Lide, presidido pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, afirmou que a segurança foi reforçada e a polícia de Nova York acionada. "A segurança pessoal dos ministros e de todos que estavam no evento estava garantida Tínhamos seguranças do hotel, contrato particular e a polícia da cidade", disse a assessoria do evento, ao Broadcast.

Em um dos vídeos, é possível ver manifestantes avançando para a porta principal de entrada do hotel, o que indica a falta de segurança necessária diante da quantidade de manifestantes no local. Sobre o baixo nível de segurança dos ministros, a assessoria negou e afirmou que "isso é prioridade". Não informou, porém, o contingente de seguranças disponibilizado no domingo, o momento do reforço e qual será a estratégia para esta segunda-feira, primeiro dia do evento.

Manifestações se tornaram comuns em meio a presença de autoridades brasileiras em Nova York. Na última visita do presidente da Republica, Jair Bolsonaro, à cidade, em setembro, quando veio discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), o policiamento também teve de ser reforçado em meio a confusões com apoiadores e manifestantes contrários.

Durante as eleições, foram vistas várias cenas de bate-boca entre eleitores que apoiavam Bolsonaro e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No primeiro turno, organizações de esquerda denunciaram aos órgãos responsáveis episódios de agressão verbal, casos de boca de urna e outros problemas durante a votação em diversos locais nos EUA.

Em Nova York, o problema só foi solucionado no segundo turno, quando a Embaixada do Brasil na cidade isolou o entorno do local de votação, proibindo a circulação de carros, e cercou as filas de grades de contenção, o que organizou melhor o público e conteve as manifestações.

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nessa quarta-feira (9) com ministros do Supremo do Tribunal Federal (STF) na sede da Corte. O encontrou foi um dos primeiros compromissos de Lula em Brasília após o resultado do segundo turno das eleições.

O encontro durou cerca de 50 minutos e teve a participação de dez ministros do STF. A única ausência foi do ministro Luís Roberto Barroso, que está em viagem institucional ao Egito, onde participa da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27). 

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De acordo com o tribunal, os ministros demonstraram preocupação com os investimentos em educação e meio ambiente no novo governo. Durante a conversa, Lula afirmou que "atuará pela reconstrução da união do Brasil".

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin também estavam na comitiva que participou do encontro.

Após a reunião no STF, o presidente eleito se encontrou com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e, em seguida, concedeu a primeira entrevista ao retornar à Brasília como presidente eleito pela terceira vez. Lula afirmou que pretende resgatar a harmonia entre os poderes.

"Eu me candidatei com o compromisso de que é possível resgatar a cidadania do povo brasileiro, de que é possível a gente recuperar a harmonia entre os poderes, de que é possível recuperar a normalidade da convivência entre as instituições brasileiras. Instituições que foram atacadas, que foram violentadas por uma linguagem nem sempre recomendável por algumas autoridades ligadas ao governo".

O presidente eleito disse ainda que "o tempo é de governar o país" e "não há tempo para vingança".

"Vim aqui para dizer sobre o nosso respeito pelas instituições, da relação que a gente pretende manter com a Câmara dos Deputados, com o Senado. Não enxergo dentro da Câmara e do Senado essa coisa de Centrão, enxergo deputados que foram eleitos e que, portanto, a gente vai ter que conversar com eles para garantir as coisas que serão necessárias para melhorar a vida do povo brasileiro", completou.

Mais cedo, Lula se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), disse que a visita do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (9), é um gesto de que a "era de ataques" à Corte acabou. 

 De acordo com informações são do Uol, Dino disse que esse encontro do petista com os ministros tem como objetivo distensionar a relação entre o Executivo e o Judiciário, que ficou desgastada durante o mandato do presidente derrotado nas eleições, Jair Bolsonaro (PL). "É um sinal político de que a era de ataques acabou", disse Dino.

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Cotado para o Ministério da Justiça, o ex-governador do Maranhão foi um dos primeiros integrantes da comitiva a chegar ao tribunal nesta quarta-feira. No local, também estavam presentes a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), os ex-ministros Aloizio Mercadante e Eugênio Aragão e o advogado Cristiano Zanin Martins, que defendeu Lula na Operação Lava Jato. 

O Tribunal de Contas da União (TCU), sob presidência do ministro Bruno Dantas, decidiu supervisionar o processo de transição do governo federal em duas frentes. Uma delas se dará a partir da criação de um comitê de ministros da Corte de Contas que fará uma supervisão dos aspectos administrativos, operacionais, financeiros e orçamentários referentes à transição. Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não se manifestou para reconhecer a vitória do adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente eleito do Brasil.

Contudo, a lei obriga Bolsonaro a disponibilizar uma estrutura ao vencedor com recursos do orçamento da própria Presidência. Como órgão que atua no controle externo do governo federal, portanto, o TCU tem competência para monitorar o cumprimento dessa regra, além de ser a instituição que auxilia o Congresso Nacional no acompanhamento da execução orçamentária e financeira do País.

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Por isso, em uma segunda frente, a Corte de Contas vai abrir um processo de acompanhamento da transição, que será relatado pelo ministro Antonio Anastasia. A partir dessa ação, por exemplo, a equipe do presidente eleito poderá fazer chegar ao TCU eventuais dificuldades na obtenção de dados e informações do atual governo. Dessa forma, o tribunal atuará para assegurar que a lei e o decreto que ditam as regras da transição sejam cumpridos.

Ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente em exercício do TCU, Bruno Dantas, detalhou as medidas e afirmou que democracias civilizadas "precisam de processos de transição civilizados". "TCU tem responsabilidade quanto aos aspectos financeiros, orçamentários, operacionais. E existe uma lei e um decreto. Portanto, vamos acompanhar de perto, porque democracias civilizadas precisam de processos de transição civilizados", afirmou o presidente da Corte, que esteve presente ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar a totalização dos votos, junto de outras autoridades, como o presidente do Congresso e do Senado federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

TCU tem responsabilidade quanto aos aspectos financeiros, orçamentários, operacionais. E existe uma lei e um decreto. Portanto, vamos acompanhar de perto, porque democracias civilizadas precisam de processos de transição civilizados

Bruno Dantas, presidente em exercício do TCU.

O comitê de ministros para supervisionar a transição será composto por Dantas, na condição de presidente do TCU, pelo ministro Vital do Rêgo, que será relator das contas do primeiro ano do próximo governo, e Anastasia, que é o relator das contas da Presidência da República neste ano. Como mostrou o Broadcast, a estrutura do gabinete de transição é bancada com recursos do orçamento da própria Presidência da República. De acordo com a lei orçamentária deste ano, o petista terá R$ 3,216 milhões para trabalhar até 31 de dezembro. Por isso, a escolha de Anastasia para relatar o processo. O plano é que a área técnica da Corte proponha essa ação de acompanhamento ainda hoje, que será autorizada pelo ministro até amanhã.

Com a estrutura do comitê para supervisionar a transição, o TCU também espera poder dar apoio ao Congresso e ao presidente da Casa, Pacheco, no processo de transição de governo. A atuação que a Corte de Contas adotará sobre esse momento foi conversada ainda ontem com Pacheco, no TSE. Anastasia, que será relator do processo de acompanhamento da transição, foi senador e é aliado de Pacheco, que trabalhou para que o colega fosse escolhido para a cadeira no TCU. A entrada de Anastasia na Corte de Contas também ajudou na aproximação do presidente do Senado com os ministros do tribunal.

Pacheco é considerado no meio político um ator importante para o futuro governo de Lula. Ontem, após Lula ser consagrado vencedor do pleito, o senador afirmou que a discussão sobre rever o orçamento secreto está entre as prioridades do Congresso. O petista tem frequentemente dito que irá conversar com o Parlamento para negociar o fim do instrumento, que foi criado no governo Bolsonaro para garantir o apoio político à Presidência.

Em torno do processo de transição, como mostrou o Broadcast mais cedo, há um temor de que Bolsonaro queira dificultar a transição para o governo de Lula, mesmo com a previsão em lei. O texto legal foi criado por uma medida provisória de Fernando Henrique Cardoso justamente para a transição para o primeiro governo de Lula, em 2002, e prevê a criação de até 50 cargos para a equipe de transição a serem indicados pelo presidente eleito, que deverão ser municiados pela equipe do atual governo com informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos do governo federal.

O Ministério da Economia, que se tornou uma super pasta com o governo Bolsonaro, é visto como um órgão de peso para esse processo de transição. Como também mostrou o Broadcast nesta segunda, 31, a equipe econômica já se prepara para participar de forma "transparente" do governo de transição. Conforme fontes consultadas pelo Broadcast, os projetos e medidas que estão em estudo na pasta hoje serão repassados ao novo governo.

O presidente eleito, Lula (PT), vai ter direito a indicar dois ministros para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de 2023, primeiro ano do seu terceiro mandato no Palácio do Planalto. As vagas serão abertas com a aposentadoria da presidente da Corte, Rosa Weber, e de Ricardo Lewandowski.

Weber se aposenta em 2 de outubro e Lewandowski, em 11 de maio, datas que completam 75 anos, idade que a aposentadoria dos ministros é compulsória. 

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Atualmente o STF tem três ministros indicados por Lula: Dias Toffoli (2009), Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski (2006). Bolsonaro, por sua vez, indicou dois ministros: Nunes Marques (2020) e André Mendonça  (2021), com 50 e 49 anos, respectivamente.

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