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A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (3) que não há dúvida de que a variante Ômicron vai se propagar pelo planeta. Até o momento, conforme a OMS, ainda não houve nenhuma notificação de morte pela cepa. A entidade pediu que os governos examinem os casos detectados dentro de suas fronteiras e avaliem os riscos para tomar medidas de contenção.

"Podemos estar seguros que essa variante se expandirá. A Delta também começou em um lugar e, agora, é predominante", afirmou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, em entrevista coletiva nesta sexta-feira. "Uma vez que é detectada uma variante e se começa a vigilância, ela é encontrada mais e mais. Isso funciona assim. Quando se descobre, é porque já há uma série de casos em mais algum lugar."

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A Delta foi detectada na Índia no segundo semestre do ano passado. Hoje, representa mais de 90% dos casos de covid-19 no mundo.

A OMS, porém, fez um apelo para que o mundo não entre em pânico com a nova variante. A entidade destacou que é preciso levar em conta que a Delta foi a causadora de um aumento considerável de casos e internações em vários países, particularmente na Europa, nas últimas duas semanas.

"Os confinamentos, o fechamento de certas atividades econômicas, de mercados de Natal em partes da Europa, isso aconteceu antes da Ômicron", disse Lindmeier. "A razão foi o aumento de casos da Delta. Não percamos essa perspectiva."

Sobre as restrições de viagens impostas em alguns países, o porta-voz indicou que isso só se justifica se for medida para ganhar tempo, quando o sistema de saúde está em dificuldade. "Ao invés de fechar fronteiras e impor restrições, é preferível preparar o país e o sistema sanitário para que os casos cheguem", destacou.

Lindmeier indicou que é mais sensato reforçar a testagem de viajantes nos aeroportos. A adoção de barreiras entre países é uma estratégia que não encontra endosso na liderança da OMS.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse que a Ômicron é "muito transmissível", durante entrevista realizada em conferência, nesta sexta, 3. "Até que ponto devemos ficar preocupados?", questionou. "Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás." Swaminathan, porém, afirmou que é "cedo" para tirar conclusões sobre o comportamento da cepa. "Precisamos esperar, espero que seja mais ameno", disse. Ela destacou que o mundo está "mais preparado" para a variante por conta do avanço da vacinação.

A cientista ainda afirmou que, para se tornar dominante, a Ômicron terá de ser mais transmissível do que a variante detectada na Índia. "A Delta é responsável por 99% das infecções em todo o mundo. Essa variante teria que ser mais transmissível para competir e se tornar dominante mundialmente. É possível (que isso aconteça), mas não é possível prever", declarou. (Com agências internacionais).

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 1º, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou que ainda é cedo para afirmar que a cepa Ômicron do coronavírus é mais transmissível e se há perda de proteção das vacinas para a nova variante. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também ressaltou que a África do Sul não deveria ser penalizada por outros países por fazer o que é correto. Há uma preocupação de que outros países parem de informar rapidamente às autoridades sobre a pandemia com receio de penalizações.

"Pedimos a todos os países que tomem medidas racionais e proporcionais de redução de risco de acordo com os regulamentos internacionais de saúde, incluindo medidas para atrasar ou reduzir a disseminação da nova variante, como a triagem de passageiros antes da viagem e ou na chegada ou a aplicação de quarentena aos viajantes internacionais. A proibição geral de viagens não impedirá a disseminação internacional". A Ômicron já foi localizado em pelo menos 23 países.

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Questionada sobre Ano Novo e Carnaval no Brasil, a OMS seguiu com a mesma recomendação. "Não podemos dizer se é certo ou não manter. Existem uma série de medidas de proteção que já foram orientadas, como uso de máscaras e distanciamento social". Os especialistas da OMS reforçam que todos deveriam tomar medidas para diminuir sua exposição ao vírus". Em outro momento da coletiva, destacaram ainda: "É fato que quanto maior a circulação de pessoas, maior o número de infectados".

Vacinação

A OMS reforçou ainda para alertar que as pessoas continuem se vacinando. "As vacinas continuam a ser o meio mais eficaz de combater o vírus e casos graves da doença. Precisamos priorizar a população mais vulnerável que ainda não se vacinou por falta de suprimentos".

Os 194 Estados integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram nesta quarta-feira (1°) negociações para alcançar um acordo que melhore a prevenção e o combate de futuras pandemias, no momento em que o coronavírus volta a avançar em vários países membros.

A decisão foi aprovada por unanimidade após uma reunião excepcional de três dias da Assembleia Mundial da Saúde, o órgão de tomada de decisões da OMS que inclui todos os integrantes.

O acordo "representa um compromisso comum para reforçar a prevenção, a preparação e a resposta às pandemias, levando em consideração as lições que aprendemos", declarou a embaixadora australiana na ONU, Sally Mansfield, ao apresentar o texto.

O texto foi proposto por dezenas de países, incluindo os membros da União Europeia e os Estados Unidos. Os países já haviam estabelecido um acordo informal sobre a adoção do documento no domingo.

Agora, os membros da OMS devem abordar a elaboração do marco jurídico e decidir se o instrumento internacional será vinculante ou não. Países como Estados Unidos se mostraram relutantes a esta medida.

No fim de março, governantes de todos os continentes, incluindo a alemã Angela Merkel, o francês Emmanuel Macron, o sul-africano Cyril Ramaphosa, o chileno Sebastián Piñera ou o britânico Boris Johnson, apresentaram uma proposta de instrumento internacional vinculante que contou com o respaldo do diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus

Mas ainda resta muito caminho por percorrer antes que um tratado vinculante ou outro tipo de instrumento internacional para administrar pandemias veja a luz.

O projeto prevê em primeira instância a criação de um "órgão intergovernamental" para redigir e negociar "uma convenção, um acordo ou outro instrumento internacional da OMS sobre a prevenção, a preparação e a resposta diante da pandemias".

Um relatório intermediário é aguardado para maio de 2023, seguido de conclusões em maio de 2024.

A proibição geral de viagens não evitará a propagação da nova variante ômicron do coronavírus, alertou a OMS nesta terça-feira (30), e recomendou aos maiores de 60 anos que adiem suas viagens.

Em suas recomendações, a Organização Mundial de Saúde apontou que, até 28 de novembro, "56 países haviam aplicado medidas de viajem para tentar atrasar a importação da nova variante".

No entanto, a organização com sede em Genebra, cujas recomendações nem sempre são seguidas por seus 194 Estados-membros, advertiu que "as proibições gerais de viajar não evitarão a propagação internacional e colocarão um fardo pesado em vidas e meios de subsistência".

Além disso, essas medidas "podem ter um impacto negativo nos esforços globais de saúde durante uma pandemia ao desanimar os países de informar e compartilhar os dados epidemiológicos e de sequenciamento".

Em suas recomendações, a OMS diz que "as pessoas que não estão em boa condição de saúde ou que correm risco de desenvolver uma forma grave da covid-19 ou morrer, incluindo aquelas com mais de 60 anos ou com comorbidades - por exemplo, doenças cardíacas, câncer e diabetes -, devem ser aconselhadas a adiar suas viagens".

Em termos mais gerais, pede a todos os viajantes que "permaneçam atentos", se vacinem e sigam todas as normas de saúde pública, independentemente do seu estado de vacinação, incluindo o uso de máscaras, medidas de distanciamento físico e evitando espaços lotados e mal ventilados.

No domingo passado, o escritório regional da OMS na África pediu "fronteiras abertas", enquanto a África do Sul pediu o "levantamento imediato e urgente" das restrições de viagens ao país após a detecção da nova variante ômicron.

Um novo sequenciamento genético realizado pelo Instituto Aggeu Magalhães em pacientes que testaram positivo para a Covid-19 revela que a variante Ômicron ainda não foi detectada em Pernambuco. O estudo mostra que a linhagem Delta e suas sublinhagens continuam sendo predominantes no Estado.

Dos 42 genomas com qualidade para análise, 41 (97,6%) eram de pessoas infectadas com a variante Delta. Apenas um (2,4%) foi identificado como da linhagem da variante Gamma. As amostras foram coletadas entre outubro e início de novembro deste ano.

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O secretário Estadual de Saúde, André Longo, afirma que Pernambuco está atento a entrada de novas variantes do SARS-Cov-2 e, para isso, tem realizado uma força-tarefa para monitorar a circulação das variantes no Estado. 

"Os cuidados para evitar a circulação de novas cepas devem continuar. O uso correto de máscara, a higienização das mãos, o distanciamento social e, principalmente, a vacinação, com o esquema de duas doses e a dose de reforço, são essenciais para o enfrentamento à Covid-19", pontua Longo.

Sobre a Ômicron

Na segunda-feira (29), a  Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a nova variante ômicron representa um "risco muito elevado" para o planeta. Além disso, a OMS advertiu  que há  muitas incógnitas sobre esta variante, especialmente sobre o perigo real que representa para a população mundial.

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O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira (30) aos Estados-membros uma resposta "racional e proporcional" à ômicron, a nova variante do coronavírus que provoca pânico há vários dias.

"A resposta mundial dever ser calma, coordenada e coerente", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma reunião de informação sobre a nova variante na sede da OMS em Genebra.

"Compreendo a preocupação de todos os países por proteger seus cidadãos contra uma variante que ainda não entendemos perfeitamente. Mas também estou preocupado com o fato de que vários Estados-membros implantem medidas gerais e brutais que não são fundamentadas em evidências nem são eficazes por conta própria, e que apenas agravarão as desigualdades", afirmou.

"Pedimos a todos os Estados-membros que adotem uma resposta racional e proporcional ao risco, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional", disse, ao mencionar o instrumento jurídico de referência para a OMS e os países que integram a organização.

"Ainda temos mais perguntas que respostas sobre a ômicron", destacou.

Também disse que não se deve ficar surpreso com o fato de que o vírus evolui. "É o que os vírus fazem", insistiu.

"Quanto mais permitirmos que a pandemia se eternize, sem remediar as desigualdades no acesso às vacinas ou não aplicando medidas sociais e de saúde pública de maneira adaptada e coerente, mais possibilidades daremos ao vírus para que sofra uma mutação de um modo que não podemos antecipar nem impedir", afirmou Tedros.

A nova cepa foi detectada inicialmente na África do Sul na semana passada, mas já se propagou por todos os continentes. Isso levou muitos países a suspender as conexões aéreas com o sul da África, a instaurar dispositivos de prevenção e, no caso das nações com os maiores estoques de vacinas contra a covid-19, a aconselhar uma dose de reforço à população.

Tedros agradeceu a "Botsuana e África do Sul por terem detectado, sequenciado e alertado sobre a variante de maneira tão rápida" e se declarou "profundamente preocupado porque estes países estão sendo penalizados por terem feito o que deveriam fazer".

"Nunca mais": o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu, nesta segunda-feira (29), às nações para estabelecerem um acordo sobre pandemias para que as gerações futuras estejam melhor preparadas para combatê-las, cerca de dois anos depois do surgimento da Covid-19.

"Tudo isso vai acontecer de novo a menos que vocês, nações do mundo, se unam para dizer com uma só voz: nunca mais!", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, no início da reunião excepcional da Assembleia Mundial da Saúde, órgão de decisão supremo da OMS, que reúne 194 membros.

No domingo, os membros da OMS decidiram iniciar negociações para criar um instrumento internacional para prevenir e combater melhor as pandemias. Nessa reunião, que vai durar três dias, os membros da OMS devem confirmar oficialmente este projeto de acordo.

"Chegou a hora de superar essa pandemia e deixar uma herança para as gerações que nos sucederão", destacou Tedros.

"A emergência da ômicron nos lembra que a covid não acabou", continuou, referindo-se à nova variante do vírus, que "mostra por que o mundo precisa de um novo acordo".

O projeto de acordo dos membros da OMS prevê a criação de "um órgão intergovernamental" para redigir e negociar "uma convenção, um acordo ou outro instrumento internacional da OMS sobre a prevenção, o preparo e a resposta para pandemias".

A nova variante ômicron do coronavírus representa um "risco muito elevado" para o planeta, advertiu nesta segunda-feira (29) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que também destacou as muitas incógnitas sobre esta variante, especialmente sobre o perigo real que representa.

"Até o momento não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron", afirmou a OMS em um documento técnico, que também apresenta conselhos às autoridades para tentar frear seu avanço.

"Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada", afirma a organização, enquanto aumenta a lista de países onde a variante foi detectada, após os primeiros casos no sul da África em novembro.

"Em função das características podem existir futuros picos de Covid-19, que poderiam ter consequências severas", acrescenta a OMS, que na sexta-feira classificou a ômicron como variante de "preocupação".

As incógnitas sobre a variante são numerosas, adverte, no entanto, a OMS: o nível de contágio, e se esta é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune; o nível de proteção das vacinas anticovid existentes e a gravidade da doença, ou seja, se a variante causa sintomas mais graves.

A variante omicron do coronavírus, descoberta por pesquisadores sul-africanos, é rara e possui um elevado número de mutações, o que a tornaria altamente transmissível.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) falou na sexta-feira sobre uma variante "preocupante", que gerou pânico global e restrições aos voos internacionais.

Os cientistas trabalham 24 horas por dia para analisá-lo e tentar entender seu comportamento. É o que se sabe a partir dos elementos compartilhados por cientistas sul-africanos.

- Origens -

A origem desta nova cepa é atualmente desconhecida, mas os pesquisadores sul-africanos foram os primeiros a anunciar sua descoberta em 25 de novembro. Casos foram relatados naquele dia em Hong Kong e Botswana. Um dia depois, foi a vez de Israel e da Bélgica.

- Mutações -

Em 23 de novembro, os pesquisadores descobriram uma nova variante com uma "constelação muito incomum de mutações". Alguns conhecidos, muitos novos.

Tem "o maior número de mutações que vimos até agora", explica à AFP, Mosa Moshabela, professor encarregado de pesquisa e inovação da Universidade de KwaZulu-Natal (sudeste da África do Sul). "Alguns já foram vistos em delta e beta, mas outros são desconhecidos ... e não sabemos como essa combinação de mutações ficará."

Na proteína espícula, chave para a entrada do vírus no corpo, os pesquisadores observaram mais de 30 mutações, um elemento importante se comparado a outras variantes perigosas.

- Transmissão -

A velocidade com que novos casos diários de covid-19 estão aumentando na África do Sul, muitos relacionados ao omicron, sugere que isso se deve à forte capacidade de transmissão da cepa.

A taxa diária positiva para o coronavírus aumentou rapidamente nesta semana, de 3,6% na quarta-feira, para 6,5% na quinta-feira e para 9,1% na sexta-feira, de acordo com dados oficiais.

“Algumas das mutações que vimos no passado permitiram que o vírus se propagasse com mais rapidez e facilidade. Por isso, suspeitamos que essa nova variante se espalhe muito rapidamente”, explica o professor Moshabela.

- Imunidade e vacinas -

A julgar por alguns casos de reinfecções, "muito mais numerosas do que nas ondas anteriores" da pandemia, pode-se pensar que a variante prevalece sobre a imunidade, diz Moshabela com base nos primeiros dados disponíveis.

Isso poderia reduzir a eficácia das vacinas, a um grau que ainda não foi determinado.

- Gravidade da doença -

É o grande desconhecido. Passou-se menos de uma semana desde que a variante foi detectada, deixando muito pouco tempo para determinar clinicamente a gravidade dos casos.

Os países-membros da Organização Mundial da Saúde realizarão uma reunião excepcional em Genebra a partir de segunda-feira (29) para tentarem buscar estratégias para combater melhor uma próxima pandemia.

Essa reunião excepcional da Assembleia Mundial da Saúde - órgão supremo de decisão da organização da ONU que reúne seus 194 membros - vai durar três dias para debater apenas este assunto, em um momento em que a Europa vive a quinta onda da pandemia de covid-19 e quando o surgimento de uma nova variante é motivo de preocupação em todo o mundo.

A reunião também marca o aniversário de dois anos do início da pandemia que custou milhões de vidas e trilhões de dólares.

A gestão da covid mostrou os limites aos quais a OMS tem direito e recursos, mas a comunidade internacional está dividida.

O objetivo da reunião é debater a melhor forma de dotar a OMS de um marco jurídico para enfrentar melhor uma futura crise, seja em forma de tratado internacional ou de alguma outra fórmula.

- Desajustado -

O Regulamento Sanitário Internacional que guiou o trabalho da OMS desde 2005 não está projetado para enfrentar uma crise da envergadura da covid-19, afirma Jaouad Mahjour, vice-diretor de preparo para emergências da organização.

Seu diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus é claramente defensor de um tratado para evitar o círculo vicioso de "não fazemos nada e depois entramos em pânico".

"O caos causado por essa pandemia só destaca o porquê de o mundo precisar de um acordo internacional infalível que estabeleça as normas", disse na quarta-feira.

Mas os Estados Unidos não são a favor de um tratado e preferem um processo mais rápido.

Por outro lado, quase 70 países apoiam um tratado, afirmando que é "a única proposta substancial" que poderia garantir "uma resposta mundial rápida, conjunta, eficaz e igualitária para a próxima pandemia", segundo a carta aberta publicada pelos ministros da Saúde de 32 deles e na qual fazem um alerta: "Não podemos esperar a próxima crise para agirmos".

"Independente do que fizermos, no futuro precisamos de um compromisso sustentado no mais alto nível político", disse um diplomata da União Europeia, que pediu "um marco jurídico vinculante para estruturá-lo por completo. (...) É uma questão muito importante".

Steve Solomon, diretor jurídico da OMS, acredita que "há boas razões para pensar" que é possível encontrar uma solução coletiva.

- "Mãos à obra" -

"Isso não é algo que temos que discutir por 107 anos. Por favor, coloquem as mãos à obra", pediu na segunda-feira a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, ao revisar os progressos realizados seis meses depois da publicação de um relatório muito crítico sobre a gestão da pandemia, cuja elaboração ela co-presidiu.

O relatório propôs um acordo-quadro para a OMS, que permitiria definir rapidamente o essencial e depois ampliá-lo quando for necessário.

Um grupo de trabalho foi criado para redigir uma resolução que possa ser debatida durante a reunião que começa na segunda-feira.

Segundo Mahjour, as recomendações a serem debatidas se dividem em quatro categorias: igualdade, governança e liderança, financiamento a nível nacional e internacional, e sistemas e ferramentas para responder a uma crise sanitária mundial.

"O mundo não pode se permitir ter outra pandemia para a qual não esteja preparado", alertou.

A Organização Mundial da Saúde decidiu incluir a cepa B.1.1.259 do coronavírus como uma "variante preocupante", após análise do Grupo Técnico Consultivo sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 realizada nesta sexta-feira, 26. A variante, detectada pela primeira vez na África e já presente em ao menos três continentes, foi nomeada "Omicron" pela OMS.

De acordo com o grupo consultivo, a cepa Omicron foi reportada pela África do Sul à OMS no última dia 24, e sua primeiro infecção conhecida data de uma amostra coletada em 9 de novembro. Em comunicado, o órgão multilateral destaca que a variante possui um grande número de mutações, "algumas das quais preocupantes", e apresentou alta risco de reinfecção em comparação com outras variantes classificadas como preocupantes, segundo evidências preliminares.

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De acordo com a OMS, o surgimento da Omicron coincide com um momento de alta abrupta nos casos de covid-19 na África do Sul, e testes PCR realizados no país indicam uma maior capacidade de disseminação da cepa. Por isso, a entidade recomenda que os países aprimorem a vigilância sobre novos casos, emitem novas informações sobre a variante a uma base de dados pública e promovam estudos sobre a cepa, em nações onde há capacidade de investigação clínica.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou uma reunião de especialistas para esta sexta-feira (26) a fim de discutir se declara a nova cepa da Covid-19 localizada na África do Sul como uma "variante de preocupação".

Cientistas têm afirmado que a nova variante possui um alto número de mutações, as quais podem torná-la mais transmissível e permitir que ela contorne algumas das respostas imunes detonadas por infecção anterior ou pela vacinação.

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A variante delta do coronavírus, altamente contagiosa, reduziu a eficácia das vacinas contra a transmissão da doença para 40%, disse nesta quarta-feira (24) o chefe da OMS, pedindo às pessoas que continuem usando máscaras e respeitando as medidas de distanciamento.

"As vacinas salvam vidas, mas não evitam totalmente a transmissão da covid-19", explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus em uma coletiva de imprensa regular sobre a pandemia, que está devastando a Europa.

“Há dados que sugerem que antes da chegada da variante delta, as vacinas reduziam a transmissão em 60%, mas, com o surgimento dessa variante, caiu para 40%”, observou.

“Em muitos países e comunidades, tememos que haja um equívoco de que as vacinas acabaram com a pandemia e que as pessoas vacinadas não precisam mais tomar mais precauções”, acrescentou.

O mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia do novo coronavírus. A avaliação é da diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a brasileira Mariângela Simão. Ela abordou a situação da pandemia em conferência na abertura no Congresso Brasileiro de Epidemiologia.

“Estamos vendo a ressurgência de casos de Covid-19 na Europa. Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E isso que há subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia”, declarou Mariângela Simão.

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Segundo ela, o vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis. Mas em razão da vacinação houve uma dissociação entre casos e mortes, pelo fato da vacinação ter reduzido os óbitos decorrentes da Covid-19. Ela lembrou que a imunização reduz as hospitalizações mas não interrompe a transmissão.

A diretora avaliou que os novos picos na Europa se devem à abertura e flexibilização das medidas de distanciamento no verão, além do uso inconsistente de medidas de prevenção em países e regiões.

“O aumento da cobertura vacinal não influencia na higiene pessoal, mas tem associação com diminuição do uso de máscaras e distanciamento social. Além disso, há desinformação, mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas”, pontuou a diretora-geral adjunta da OMS.

Um problema grave, acrescentou, é a desigualdade no acesso às vacinas no mundo. “Foram aplicadas mais de 7,5 bilhões de doses. Em países de baixa renda, há menos de 5% das pessoas com pelo menos uma dose. Um dos fatores foi o fato de os produtores terem feito acordos bilaterais com países de alta renda e não estarem privilegiando vacinas para países de baixa renda”, analisou.

Outro obstáculo é a concentração em poucos países que dominam tecnologias utilizadas para a produção de vacinas, como o emprego do RNA mensageiro, como no caso do imunizante da Pfizer-BioNTech.

Mariângela Simão considera que o futuro da pandemia depende de uma série de fatores. O primeiro é a imunidade populacional, resultante da vacinação e da imunização natural. O segundo é o acesso a medicamentos. O terceiro é como irão se comportar as variantes de preocupação e do quão transmissíveis elas serão.

O quarto é a adoção de medidas sociais de saúde pública e a aderência da população a essas políticas. “Onde medidas de saúde pública são usadas de forma inconsistente os surtos continuarão a ocorrer em populações suscetíveis”, projetou.

A diretora da OMS defendeu que além das medidas de prevenção é preciso assegurar a equidade no acesso a vacinas, terapias e testagens. “É vacinas, mas não somente vacinas”, resumiu.

Américas e Brasil

Ao avaliar a situação das Américas e do Brasil, Mariângela Simão afirmou que as Américas vêm tendo um comportamento de transmissão comunitária continuada, com ondas repetidas.

Quanto ao Brasil, ela avaliou que o programa de vacinação está andando bem. Mas, a partir da situação na Europa, se mostrou receosa com o futuro da pandemia no Brasil pelas discussões em curso sobre o carnaval.

“Me preocupa quando vejo no Brasil a discussão sobre o Carnaval. É uma condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022”, alertou.

Congresso

O Congresso Brasileiro de Epidemiologia teve início nesta segunda-feira (22) e irá até a sexta-feira (26). O evento é uma promoção da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e contará com diversas palestras, debates e apresentações de trabalhos científicos. Mais informações em https://zandaeventos.com.br/epi/index.php.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde fez um alerta sobre a Europa ser o novo epicentro da Pandemia de Covid-19. O anúncio acontece por conta dos casos de infecções e mortes pelo vírus, que registrou alta em diversos países, como Alemanha, França, Dinamarca e Áustria. Vale lembrar que até mesmo países do continente asiático apresentaram o mesmo cenário nas últimas semanas.

Segundo a OMS, um dos fatores que explicam o fenômeno é a baixa adesão do plano de vacinação, que implica diretamente nas taxas de hospitalizações. Além disso, o órgão informou que apenas 47% dos cidadãos da Europa e Ásia Central já estão com o esquema vacinal completo. E ainda que existam países com mais de 70% dos habitantes completamente imunizados, outras nações ainda estão com 10%.

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De acordo com especialistas, ainda que o evento esteja em andamento no período mais frio do ano, o vírus não reage de forma diferente nessa época do ano, o que muda é apenas o comportamento das pessoas, ao ficar mais tempo em ambientes fechados. Prova disso, também foi a alta de casos de infecção e morte por Covid-19 entre janeiro e abril no Brasil, período em que as altas temperaturas estavam presentes.

 

 

O número de fumantes diminuiu constantemente nos últimos anos, mas os esforços para combater o tabagismo devem continuar diante do ativismo da indústria do tabaco, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em 2020, 1,3 bilhão de pessoas consumiam tabaco no mundo, 20 milhões a menos do que há dois anos, segundo novo relatório da instituição.

A queda deve continuar até 2025, quando são esperados cerca de 1,27 bilhão de fumantes, ou seja, aproximadamente 20% da população mundial com mais de 15 anos.

Em 2000, a proporção era de quase um terço.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comemorou o declínio, mas advertiu que "há um longo caminho a percorrer e a indústria do tabaco fará o que for preciso para defender os enormes lucros que obtém com a venda de seu produto mortal."

Segundo estatísticas da OMS, o tabaco mata mais de 8 milhões de fumantes a cada ano e 1,2 milhão de pessoas morrem devido ao tabagismo passivo.

O número de mortos continuará aumentando, apesar da redução no consumo, "porque o tabaco mata lentamente".

A OMS comemora o fato de 60 países estarem no caminho certo para atingir a meta de redução voluntária do consumo de 30% entre 2010 e 2025. É quase o dobro do que há dois anos.

"Estamos vendo grandes avanços em muitos países", disse Ruediger Krech, que dirige o departamento de promoção da saúde da OMS, ao afirmar que "essa conquista é frágil".

Segundo o relatório, com apenas US$ 1,68 de investimento per capita em medidas de acompanhamento para o abandono do tabagismo, 152 milhões de fumantes poderiam parar de fumar até 2030.

Embora os números - que não incluem os cigarros eletrônicos, que têm grande adesão - estejam diminuindo, o relatório aponta que 36,7% dos homens e 7,8% das mulheres no mundo continuavam usando o tabaco no ano passado.

A isso se somam 38 milhões de jovens entre 13 e 15 anos, ou seja, 10% do total de adolescentes dessa faixa etária.

Na Europa, 18% das mulheres continuam a usar tabaco, consideravelmente mais do que em todas as outras regiões do mundo, e "as mulheres europeias estão reduzindo seu uso mais lentamente" do que no resto do mundo.

A região oeste do Pacífico deve ter a maior taxa de consumo masculino em 2025 (45%).

Entre os virais recentes nas redes sociais, a quiropraxia despertou a curiosidade do público que passou a sofrer com dores na coluna ao assumir a rotina do home office sem condições adequadas. Considerada uma alternativa da Fisioterapia para evitar que o paciente passe por cirurgia, o tratamento ainda é pouco difundido no Brasil e encontra resistência para entrar no rol de procedimentos da Agência Nacional Brasileira (ANS). 

Após suspender os atendimentos na pandemia, o fisioterapeuta Felipe Mucarbel conta que retomou as consultas com o aumento de 30%, principalmente a partir do segundo semestre de 2020. Antes, a maioria das queixas denunciavam dores na lombar mas, desde então, a agenda é dividida com incômodos no pescoço relacionados às longas jornadas de uso de celulares.

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A falta de atividade física, de postura e de uma dieta saudável também promovem dores articulares, que a quiropraxia busca reverter através de manobras e alavancas. Casos de hipertensão e dores nos órgãos também podem ser resolvidas com o estímulo adequado dos nervos em determinadas áreas.

Tratamento

Com a consulta em torno de 30 minutos, normalmente o tratamento ocorre semanalmente, mas em casos mais graves, pode ser recomendado de duas a três vezes por semana. O objetivo é sempre o mesmo: "ficar sem a dor ou aliviar. Jamais ficar com mais dor", comenta o especialista.

"As pessoas aparecem só quando estão com dor, mas o ideal é trabalhar com a prevenção e vir pelo menos uma vez por mês", acrescenta Mucarbel, que destaca os benefícios da relação mais próxima ao paciente e do tato do quiroprata como fundamentais para investigar a causa do problema e não apenas o sintoma.

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Ele lembra que dor não é indicativo de cirurgia e esclarece que na vertente fisioterapêutica, as únicas indicações são em casos de comprometimento neurológico ou quando o paciente perde o controle dos esfíncters - conhecido como síndrome da causa equina. 

Resistência

Fundada há cerca de 130 anos nos Estados Unidos por David Palmer, a quiropraxia foi desenvolvida sob olhares de controvérsia, mas já é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar de não ser oferecida por planos de saúde no Brasil, a prática possui graduação específica e os profissionais certificados garantem resultados incontestáveis. 

A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta terça-feira (9) que aguarda ansiosamente pela "segunda geração" de vacinas contra a Covid-19, que pode incluir versões nasais ou orais.

Soumya Swaminathan explicou que essas vacinas teriam vantagens em relação às atuais, pois seriam mais fáceis de administrar do que as injeções e até mesmo o mesmo paciente poderia fazê-lo.

Segundo Swaminathan, havia 129 vacinas candidatas contra o coronavírus passando por testes em humanos em ensaios clínicos, e outras 194 ainda sendo desenvolvidas em laboratórios.

"Isso cobre todo o espectro de tecnologias", afirmou ela em uma interação ao vivo nas redes sociais da OMS. "Elas ainda estão em desenvolvimento e algumas se mostrarão muito seguras e eficazes e outras não", acrescentou.

A cientista destacou que “pode haver vantagens em algumas das vacinas de segunda geração”. "Claramente, com uma vacina oral ou intranasal, é muito mais fácil de administrar do que uma injetável", apontou.

Além disso, as vacinas de spray nasal, usadas em alguns países contra a gripe, podem promover uma resposta mais rápida à infecção. "Se há uma resposta imunológica local, ela cuidará do vírus antes que ele se estabeleça nos pulmões e comece a causar problemas", explicou.

Até agora, a OMS autorizou sete vacinas contra a Covid-19: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Sinopharm, Sinovac e, na semana passada, Bharat Biotech.

De acordo com o balanço da AFP, mais de 7,25 bilhões de doses de vacinas anticovid foram aplicadas no mundo.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, alertou nesta quinta-feira, 4, para uma nova alta nos casos de Covid-19 no mundo. Durante uma coletiva de imprensa, ele ressaltou que muitos países pobres ainda têm pouco acesso às vacinas contra o coronavírus e dependem basicamente do consórcio Covax para imunizar suas populações.

Tedros defendeu que os países desenvolvidos apliquem doses de reforço das vacinas apenas em pessoas com imunidade comprometida. De acordo com ele, a prioridade deveria ser agora o envio de imunizantes aos países mais vulneráveis.

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Ele também incentivou fabricantes de vacinas nos países pobres a solicitar à OMS uma autorização para uso dos produtos. "Não podemos terminar a pandemia sem vacinas. Mas as vacinas sozinhas não podem terminar a pandemia", declarou.

Segundo Tedros, ainda é preciso manter outras medidas de saúde pública, como o uso de máscaras e o distanciamento social.

O ritmo atual de transmissão do coronavírus na Europa é "muito preocupante" e pode causar mais meio milhão de mortes no continente até fevereiro - alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (4).

"Estamos, de novo, no epicentro", advertiu o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em entrevista coletiva virtual.

"O ritmo atual de transmissão nos 53 países que formam a região europeia é muito preocupante (...) Se mantivermos esta trajetória, poderemos ter outro meio milhão de mortos por Covid-19 na região até fevereiro", acrescentou.

Para a OMS, o aumento de casos se explica pela combinação de uma vacinação insuficiente com a flexibilização das medidas anticovid-19.

De acordo com os dados da OMS Europa, as hospitalizações ligadas ao coronavírus "dobraram em uma semana".

O número de novos casos por dia está há quase seis semanas consecutivas em alta na Europa, e o número de mortes diárias continua a subir, já há sete semanas. Esta alta é puxada, principalmente, pelos números de Rússia, Ucrânia e Romênia.

Registra-se, em média, 250.000 novos casos e 3.600 óbitos por dia, de acordo com dados oficiais coletados pela AFP.

A organização pediu que a máscara continue a ser usada.

"Dados confiáveis mostram que, se continuarmos usando em 95% a máscara na Europa e na Ásia Central, poderemos salvar até 188.000 vidas do meio milhão que corremos o risco de perder até fevereiro de 2022", frisou Kluge.

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