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Pernambuco conta, atualmente, com 78 delegacias de Polícia Civil sem nenhum delegado titular. A informação é da Associação dos Delegados de Polícia Civil de Pernambuco (Adeppe), que contou ao LeiaJá sobre a defasagem do quadro no estado. Segundo o presidente Diogo Victor, dos 500 delegados ativos, cerca de 80 podem pedir aposentadoria a qualquer momento, diminuindo mais ainda o efetivo atual. 

De acordo com o delegado, existem 200 vagas em aberto para o cargo no estado. O governo de Pernambuco abriu, em dezembro do ano passado, o edital de concurso com 45 vagas voltadas para delegados, número muito aquém do necessário para completar o quadro mínimo. “O concurso de delegados é extremamente complexo, tem várias fases: a fase objetiva, a fase subjetiva, o teste físico, a prova oral, a academia de polícia. Então, do edital até a nomeação são dois anos. Se tá ruim agora, imagina daqui a dois anos”, observou Diogo Victor. 

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Desde a paralisação de advertência de 24 horas da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), na última quarta-feira (24), a situação dos agentes de segurança pública ainda não aparentou ter alcançado melhorias, principalmente em relação ao diálogo com o Executivo. Diogo Victor afirmou ainda que a categoria busca uma conversa com a governadora Raquel Lyra (PSDB), que, desde que tomou posse, em janeiro de 2023, não recebeu pessoalmente a classe em seu gabinete. “A gente tá pedindo a sensibilização e compreensão da governadora do estado, no sentido de que a gente vive uma verdadeira guerra contra o crime organizado”, comentou. 

Sobrecarga de delegados 

O déficit de delegados no quadro do estado preocupa os que estão na ativa atualmente, devido às grandes demandas do trabalho, principalmente no interior. Segundo a Adeppe, os plantões voluntários, que serviam para suprir as vagas não preenchidas em delegacias de pequenos municípios, foram entregues, em janeiro, pela categoria à Secretaria de Defesa Social (SDS), como forma de alertar o governo sobre a situação de quem se desdobra para dar conta do trabalho. “Vou dar um exemplo: tem um colega de Palmares, ele é delegado em Ribeirão. À noite, ele vai fazer o plantão voluntário lá em Palmares respondendo por toda uma região. É um plantão voluntário, que tá mal remunerado, faz mais de dez anos que não é reajustado. Então, a gente abandonou esses plantões, a gente não aderiu mais a esse movimento”, contou Diogo. 

"O que ocorreu é que, para não haver um caos na segurança pública, alguns delegados foram nomeados para trabalhar em regime de plantão obrigatório. Então, ele saiu de sua delegacia e ficou em regime obrigatório de plantão”, continuou. O plantão obrigatório, segundo o presidente da associação, consiste na saída da atuação ordinária para exercer o cargo em outros distritos de maneira extraordinária, alterando a função, mas sem garantia de aumento salarial.  

“Em virtude dessa situação, a gente tem colega respondendo por cinco delegacias. Em Arcoverde, a Delegacia Seccional está respondendo por dez delegacias”, pontuou Diogo. 

A sobrecarga recai sobre os delegados ativos, que sentem na obrigação “Se a gente fizer só o que tá na lei, os índices vão (para níveis) absurdos, porque o que sustenta realmente é esse gás a mais, esse desdobramento, o pessoal tá sobrecarregado”, relatou um integrante da Polícia Civil, que chefia uma delegacia no Grande Recife.  

A Adeppe forneceu uma lista parcial das delegacias que não possuem delegados ativos, localizadas na região “interior 1”, que estão nos seguintes municípios: Vivência, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro, Camutanga, Glória do Goitá, Chã de Alegria, Rio Formoso, Joaquim Nabuco, Maraial, Xexéu, Cortes, Belém de Maria, São Benedito do Sul, Lagoa dos Gatos, Barra de Guabiraba, Cachoeirinha, Tacaimbó, Poção, Casinhas, Vertentes do Lério, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Jataúba, Capoeiras, Calçado, Lagoa do Ouro, Paranatama, Jucati, Palmeirina, Brejão e Terezinha. Não foi repassada a lista completa das delegacias do Sertão do estado até o fechamento da reportagem. 

A Adeppe, junto com o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) e outras frentes sindicais de categorias da corporação, se reúne na próxima terça-feira (6), no centro do Recife, para a realização de uma passeata pela segurança pública, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. As forças sindicais não descartam a possibilidade de uma paralisação às vésperas do carnaval, que tem início, na capital pernambucana, na quinta-feira (8).

A paralisação de advertência de 24 horas dos policiais civis, iniciada na manhã desta quarta-feira (24), em todo o estado, após votação em assembleia conjunta com diferentes categorias, vem surtindo efeito no Grande Recife. As delegacias localizadas em áreas centrais da capital pernambucana amanhecera abertas e continuaram suas atividades mesmo após o início da mobilização estadual, às 7h. 

Segundo informações apuradas pela reportagem, até o meio-dia foram registrados 50 boletins de ocorrência em delegacias por todo o estado. A média diária é de 1.800. “Para você ter uma ideia, 50 é o número médio apenas em Vitória de Santo Antão”, afirmou um funcionário da Polícia Civil, que preferiu não se identificar. Ainda não foi informado o número parcial de registros até o fim do dia. 

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Investigações de 10 mil homicídios em PE estão paralisadas 

Baixa procura da população 

Em uma delegacia visitada pela reportagem, uma funcionária informou que não houve registros de BO nesta quarta-feira, mas ressalta que notou uma “baixa incomum” de pessoas comparecendo em busca de atendimento. 

Na Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, uma das principiais na região, e que funciona em regime de plantão durante a madrugada, agentes afirmaram o número de registro de BOs durante a manhã foi menor do que o normal, possivelmente devido à paralisação, que foi noticiada pela mídia local. 

A paralisação de advertência dos policiais civis termina nesta quinta-feira (25), às 7h. Os sindicatos que participaram da tentativa de diálogo com o governo estadual, na última terça-feira (23), decidiram por suspender operações de policiais, delegados, escrivães, peritos criminais, médicos legistas, entre outras categorias. 

 

Ao final da assembleia, na última terça-feira (23), que decidiu pela paralisação por 24 horas das operações da Polícia Civil em Pernambuco, a partir das 7h desta quarta-feira (24), o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, afirmou que não ficou satisfeito com a tentativa de diálogo feita entre as frentes sindicais e o governo do estado. 

“A gente quer uma negociação o mais rápido possível, precisa dar uma estrutura maior à Polícia Civil para investigar os crimes. A Polícia Civil hoje, com sinceridade, tá pedindo socorro”, declarou Cisneiros. O efetivo atual no estado conta com cerca de 5.300 policiais, segundo o presidente do Sinpol. O mínimo esperado em Pernambuco é de 11 mil agentes, em diversas frentes, como delegados, peritos criminais, médicos legistas, entre outros. Cisneiros ainda informou que há cerca de 1.400 policiais com tempo para se aposentar, diminuindo ainda mais o quadro ativo. 

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“Se esses 1.400 policiais se aposentarem aí é que esvazia tudo, não vamos ter investigação aqui em Pernambuco. Por exemplo, já tem mais de 10 mil inquéritos de homicídios sem ser investigados, porque a gente não tem gente para investigar”, afirmou Cisneiros. 

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Operação padrão 

Além da paralisação de 24h, também foi votada a instituição de operação padrão para todas as categorias que estiveram presentes, o que significa que os policiais civis apenas cumprirão o mínimo exigido por lei para o exercício da profissão. 

Uma nova passeata deverá ser realizada no dia 6 de fevereiro, às vésperas do carnaval, onde será decidida uma possível paralisação total das atividades da Polícia Civil durante as festas de Momo. 

Falta de repasse financeiro 

Uma das reivindicações que os sindicatos mais repetem é a falta de investimentos diretos para um reajuste salarial. As tentativas de diálogo com a governadora Raquel Lyra (PSDB) vêm sendo frustradas desde junho de 2023. 

“Desde o ano passado a gente vem relatando essa situação à governadora. Ela disse que tinha R$ 1 bilhão para investir em segurança pública. Depois a gente foi no relançamento do Juntos pela Segurança, ela disse que tinha R$ 2,3 bilhões. Semana passada eu vi uma entrevista que já tinha R$ 3 bilhões, e isso não tá chegando na ponta. Os investimentos na polícia não estão chegando. E a gente tá pedindo socorro”, disse Áureo Cisneiros. 

Diálogo com o governo sem a governadora 

A passeata da terça-feira saiu do prédio do Sinpol, no bairro de Santo Amaro, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, no centro do Recife. A expectativa era de se reunir com Raquel Lyra para que fossem agendadas aberturas de mesas de negociação para cada uma das categorias presentes. 

Além do Sinpol, representado por Áureo Cisneiros, foi permitida a entrada de mais quatro pessoas. Uma conversa breve entre os presidentes sindicais decidiu que subiriam ao gabinete os seguintes presidentes: Diogo Melo Victor, da Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia do Estado de Pernambuco (Adeppe); Camila Reis Baleeiro, da Associação de Polícia Científica de Pernambuco (APOC-PE); Nilson Alves de Oliveira, da Associação dos Peritos Papiloscopistas Policiais Civis de Pernambuco; e Marcelo Melo, da União dos Escrivães de Polícia Civil de Pernambuco. 

As tratativas duraram pouco mais de 2 horas. No entanto, não aconteceu com a governadora, e sim com Rubens Rodrigues da Silva Júnior, secretário Executivo de Articulação e Acompanhamento, e Igor Fontes Cadena, secretário Executivo de Relações Institucionais. Entre idas e vindas dos secretários para confirmar informações com o chefe da Casa Civil, Túlio Vilaça, que não estava presente na sala de reunião, ficou definido que as mesas de diálogo teriam início em 7 de março, o que não deixou os representantes sindicais satisfeitos. 

“Em todo Pernambuco a Polícia Civil está nessa paralisação de advertência, e por quê? É muito importante a gente dizer isso ao povo, a gente não quer estragar o carnaval, não é nosso intuito, até porque se a gente paralisar as atividades a culpa não é nossa. A gente tá procurando aqui dialogar com o governo. Agora o governo não está dando sinalização concreta de que quer realmente discutir a Polícia Civil. Então, à medida que não faz isso, a gente só tem, infelizmente, com essa nova governadora, essa solução”, declarou Cisneiros, se referindo à gestora estadual, que está no mandato desde janeiro de 2023. 

Distanciamento do governo não é recente 

Em retrospecto, Cisneiros ainda afirmou que a falta de diálogo com o Executivo estadual não começou pela tucana. “Com Eduardo (Campos), por exemplo, no início do Pacto Pela Vida, ele atendia a gente, ele fazia reunião com a gente. (Ele) sempre atendia, sempre dialogava. E depois de Eduardo, nenhum outro”, relembrou o sindicalista. Após a renúncia de Eduardo Campos, assumiu o então vice, João Lyra Neto (PDT), seguido de Paulo Câmara (PSB), que assumiu o posto por dois mandatos. 

“Raquel Lyra foi lá no Sinpol, inclusive em campanha eleitoral, e disse que ia atender pessoalmente. Isso não está acontecendo, até agora nada”, disse.  

“Uma governadora que ganhou dizendo que ia dar prioridade à pauta da segurança pública, porque ela foi delegada de polícia, no entanto, tá aí, menospreza, nem quer atender, coloca secretário de segundo escalão para atender a gente”, continuou. 

Crise na segurança pública 

Cisneiros ainda comentou sobre as trocas dos comandos das Polícias Militar e Civil, determinadas pela governadora na última segunda-feira (22), afirmando que enxerga uma “crise na segurança pública”. 

“Tá muito claro pra todo mundo que há uma falta de gestão na segurança pública, e a crise é grande. Inclusive nos bastidores, sabe o que a gente tá sabendo? É que a chefe da Polícia Civil, Simone Aguiar, foi pedir, justamente, efetivo à governadora”, disse o presidente do Sinpol. 

Realidade da polícia civil em Pernambuco 

“Mais de 80% das delegacias são em casa improvisadas. Alugadas e improvisadas. Aí tem casa com goteira, casa com barata, com escorpião, não tem alojamento para os policiais. (...) E a sinalização que a governadora deu para melhorar isso? Até agora nada, não tem licitação para nada”, questionou. 

 

O Fórum dos Servidores da Segurança Pública de Pernambuco se reúne nesta terça-feira (7), às 18h, em uma Assembleia Geral, na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), para debater as recentes reivindicações feitas ao poder público por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. A assembleia aponta o indicativo de deflagrar operação padrão em toda a segurança pública no estado, quando os servidores apenas cumprem o mínimo obrigatório estabelecido em suas demandas de trabalho. 

“O massacre pela falta de estrutura, sobrecarga de trabalho e os piores salários do país já vem acontecendo há muito tempo e por isso estamos adoecendo. Esse governo tem a responsabilidade de resolver isso, ainda mais depois de todos os compromissos que assumiu com todos nós e com o povo pernambucano”, afirma o Presidente do Sinpol-PE, Rafael Cavalcanti.  

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Forças de segurança de Pernambuco protestam no Recife 

Forças de segurança realizam assembleia após ato no Recife 

Participam do Fórum os representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Associação dos Delegados de Polícia do Estado De Pernambuco (Adeppe), Sindicado dos Policiais Penais de Pernambuco (Sinpolpen-PE), Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACS), Associação de Praças da PM (Aspra), Associação de Polícia Científica de Pernambuco (Apoc-PE), Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal (Sinpocrim), Associação dos Peritos Médicos Legistas e Odontolegistas (Apemol), Associação dos Agentes de Perícia e de Medicina Legal (Apemepe) e a Associação dos Peritos Papilocopistas. 

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) organiza um ato nesta quinta-feira (26) contra ameaça de demissão do presidente da entidade, Áureo Cisneiros, da corporação policial. Durante o ato, será realizada uma assembleia da categoria que pode resultar na deflagração de uma operação padrão, quando os serviços são feitos de forma mais lenta.

O presidente do sindicato acumula 12 Processos Administrativos Disciplinares (PADs), além de um criminal. Segundo o Sinpol, todos os processos estão relacionados com o exercício da atividade sindical. Outros integrantes do sindicato também estão sendo processados.

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“Com estes ataques, o Governo do Estado tenta acabar com o sindicalismo dentro da Polícia Civil. A situação é bem semelhante com a ocorrida dentro da Polícia Militar, quando demitiram os líderes da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE) por exercer atividade sindical”, diz nota do Sinpol. 

A concentração da manifestação está marcada para as 9h30 desta quinta-feira na Praça Oswaldo Cruz, bairro da Boa Vista, área central do Recife.

Nesta terça-feira (3), esposas e familiares dos policiais e bombeiros militares de Pernambuco realizam uma caminhada na Praça do Derby, área central do Recife, às 14h. De acordo com a Associação Pernambucana de Cabos e Soldados (ACS), o encontro tem o objetivo de mobilizar a sociedade civil na luta dos PMs por melhores condições de trabalho. 

Em nota, o órgão acusou o Comando Geral da Polícia Militar de perseguição. "Queremos mostrar à população e autoridades, a insatisfação dos filhos, pais, mães, esposas e amigos dos PMs e BMs, devido as constantes e desenfreadas perseguições impostas pelo Governo de Pernambuco a presidentes e diretores das associações, além dos diversos abusos de autoridades, em repressão aos Policiais em todo estado". 

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Atuando em uma 'Operação Padrão' desde o último dia 7 de dezembro, com menos policiamento nas ruas e trabalhos mais lentos, os policiais militares e os bombeiros reivindicam aumento salarial e reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). 

O Comando Geral da PM informou que no próximo dia 4 de janeiro haverá uma negociação com os policias para entrar em um acordo sobre as propostas da categoria. A Associação de Cabos e Soldados (ACS) de Pernambuco, no entanto, nega que tenha alguma mesa de diálogo marcada para esta data. 

"Ainda não recebemos nada oficial, nenhum papel assinado e nenhum convite para essa reunião", afirmou Alberrison. O presidente da ACS acrescentou que não há diálogo com os comandantes gerais, mesmo eles dizendo que vão entregar novas propostas.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) iniciam uma Operação Padrão nesta quarta-feira (7). Com isso, os trabalhos devem ficar mais lentos e pode haver redução de policiamento na rua.

Em nota da Associação dos Cabos e Soldados (ACS), a categoria informa que não participará de plantões do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). Além disso, o texto informa que cabos e soldados não vão comandar viaturas; viaturas com documento atrasado não sairão dos quartéis; e motorista que não tiver o curso de direção defensa não poderá dirigir viatura, conforme a lei.

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Também foi orientado que a categoria não saia com coletes vencidos e que todas as ocorrências sejam obrigatoriamente encaminhadas à delegacia da área, não podendo ser resolvida no local. 

A discussão sobre greve foi adiada para a próxima sexta-feira (9), prazo dado pelos profissionais para que o governo responda sobre a pauta de reivindicações.

Entre as reivindicações dos policiais e bombeiros estão o aumento salarial e reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Na proposta deles, o salário de um salário, por exemplo, iria para R$ 4.497,84 em janeiro de 2017 e R$ 6.108,37 em julho de 2018. 

O comando da Polícia Militar está em reunião nesta manhã e ainda não há um posicionamento oficial. A Secretaria de Defesa Social do Governo de Pernambuco também não está emitindo posicionamento sobre as reivindicações. 

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--> PM e Bombeiros fazem assembleia e não descartam greve

--> Policiais e bombeiros se reúnem em ato por aumento

A Operação Padrão, iniciada pela Polícia Militar na última quarta-feira (18), continua em vigor em Alagoas. Após recusarem nessa quinta-feira (26) a proposta feita pelo governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, militares participarão de uma assembleia geral na manhã desta sexta-feira (27) na Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal).

O objetivo é decidir os rumos da mobilização dos policias que cumprem a chamada “Operação Padrão”. Com a ação em vigor em todo o estado, foi reduzido o policiamento ostensivo e militares cobram melhores condições de trabalho.

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Proposta

Na manhã dessa quinta-feira, o governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho, cancelou uma viajem à Brasília e convocou uma coletiva de imprensa para anunciar uma série de medidas para tentar pôr fim à crise na segurança pública estadual.

O orçamento destinado para o custeio dos militares atualmente é de R$ 1,4 milhão/mês, mas a partir de janeiro de 2014, anunciou o governador, será de R$ 3,9 milhão/mês. Para que o aumento possa acontecer, Vilela afirmou que haverá um remanejamento na receita prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano.

As medidas atendem algumas das exigências dos militares, como a liberação de valores em dinheiro para a alimentação (os militares poderão comer onde quiserem quando estiverem de serviço, não mais contarão com alimentação cedida pelo Estado), depósito em conta para a aquisição de fardamentos (até o limite de duas fardas por ano), renovação de 164 viaturas, compra imediata de 1,3 mil coletes à prova de balas, mil novas pistolas, 34 veículos tipo caminhonete com tração 4x4, além de reformas nos quartéis da PM e do Corpo de Bombeiros, construção de novos quartéis da PM, mobiliário, entre outros investimentos.

Ao total, serão cerca de R$ 160 milhões que serão destinados à categoria. A assessoria de comunicação do Estado informou que o valor será remanejado dentro da receita prevista para Alagoas no próximo ano.

Recusa

Durante a tarde de ontem, Vilela se reuniu com uma comissão formada por policiais e bombeiros. Uma hora antes da decisão final, o governador chegou a anunciar, em publicação no Facebook, que havia fechado um acordo com a categoria.

Ao saírem da reunião e apresentarem a proposta para os militares que passaram o dia em frente ao Palácio do Governo. Houve recusa, e por isso as lideranças marcaram a reunião que acontecerá hoje pela manhã.

Expectativa

Segundo declarou o Major Wellington Fragoso, presidente da Assomal, ao site de notícias G1 Alagoas, a expectativa é de que a categoria enxergue os benefícios que o governo propôs.  "O que vamos repassar para eles hoje é as melhorias propostas pelo governo. Além do fim do 'rancho', ou seja, refeições nos batalhões, vamos receber dinheiro para almoçar no local que seja de nossa preferência. O governo também anunciou a melhoria dos batalhões, mas noto que o que os militares querem mesmo é dinheiro no bolso, ou seja, reajuste salarial", afirmou.

Fragoso também destacou que com os investimentos equiparação salarial, o soldado passaria a ganhar R$ 3.300. "Isso é bom, porque é muito importante melhorar a base e depois fica mais fácil de ir melhorando outras patentes", disse.











* Por Alvaro Duarte

Os policiais federais que trabalham no setor de passaportes do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, em greve há mais de 20 dias, continuam com a operação padrão, emitindo apenas 30% dos documentos solicitados, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Entre as reivindicações da categoria estão a formação de um plano de cargos e carreiras, além de reajuste salarial. "Temos nível superior, porém recebemos como técnico administrativo. Queremos receber igual a um funcionário federal que possua diploma", afirma um policial que não quis se identificar.

A emissão de passaportes vem sendo acumulada desde o dia 7, data em que a greve teve início. “Só estamos confeccionando o que determina a lei. Em dias normais, emitimos 260 passaportes. Hoje só entregamos 78. Caso não haja acordo com o Governo Federal nos próximos dias, as férias do fim de ano para quem deseja ir ao exterior estarão prejudicadas, já que ainda estamos entregando os passaportes solicitados em agosto", ressalta outro policial.

As exceções para emissão dos passaportes em caráter de urgência são apenas para casos de estudo ou morte de parentes no exterior, desde que sejam comprovados através de documentos. Neste caso, os passaportes são entregues em dois dias.

Confira na reportagem abaixo mais detalhes sobre a greve da Polícia Federal.

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Os policiais federais em Pernambuco realizam nesta segunda-feira (13) uma passeata dentro do Aeroporto Internacional do Recife nesta tarde. O manifesto está marcado para as 16h30 e eles irão entregar panfletos à população explicando o motivo da Operação Padrão da categoria. 

Dentro do aeroporto, os policiais atuam em três setores: imigração, estrangeiros e passaportes. Sendo o primeiro, o responsável pelas revistas minuciosas que tem causado grandes filas no local.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de PE (Sinpef-PE), Marcelo Pires, a carta que será entregue a quem passar pelo terminal servirá para explicar a insatisfação da categoria. “Vamos dar uma explicação objetiva à população sobre a nossa postura e o motivo de estarmos realizando uma fiscalização mais detalhada,” afirmou.  

Segundo Marcelo, no setor de imigração, onde deveriam trabalhar no mínimo 12 pessoas para fiscalizar quem entra e quem sai do País, atualmente, apenas três pessoas realizam o trabalho. “A falta de fiscalização aumenta o contrabando de drogas e armas no País. Só é tirar, por exemplo, que o Brasil não produz nem cocaína, nem AR-15 (fuzil de grande potência) e vive cheio disso aqui. Tudo isso vem de fora,” explicou.

Apesar da Operação Padrão que acontece desde a última terça-feira (07), nenhuma apreensão de grande porte foi feita, conforme Pires: “O crime organizado é tão articulado que ele para enquanto a polícia realiza uma operação deste tipo. Quando eles veem que a polícia está trabalhando como deveria trabalhar,” esclareceu.

A categoria pede a estruturação das carreiras, além da igualdade dos salários dos agentes, escrivães e papiloscopistas com o dos delegados. Conforme a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a remuneração desses profissionais vai de R$ 7.514 a R$ 11.879, enquanto a dos delegados e peritos variam de R$ 13.368 a R$ 19.700.

Como estratégia de mobilização de greve anunciada para começar na próxima segunda-feira (13), o trânsito nas principais rodovias que cortam o Estado, será complicado, mais uma vez. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza nesta manhã (9), a Operação Colina, na BR 101, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR) - a iniciativa acontece desde a última quarta (8) em rodovias federais. A mobilização é nacional.

Na operação, além das recomendações de utilização de cintos de segurança, pneus reservas, chaves de segurança e outros equipamentos necessários no dia a dia dos condutores, os policiais fazem panfletagem. De acordo com o delegado representante do Sindicato dos Policiais Rodoviários em Pernambuco (SINPRF-PE), Frederico França, a ação provoca um engarrafamento de 10km para quem está vindo da Imbiribeira, BR 101 Norte e 12km na BR 101 Sul.

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Além disso, a ação serve também para denunciar as más condições das estradas de todo o País.“Nós estamos fazendo isto para que os motoristas se previnam contra acidentes. As rodovias estão altamente precárias e com a segurança devida, estão mais seguros, já que as estradas em si não dão esse suporte” explica.

Em carta aberta à população, os policiais explicam o movimento e as queixas da categoria:

“Esclarecemos inicialmente que não está ocorrendo bloqueio de rodovias, como noticiado de forma inadvertida em alguns poucos veículos da imprensa local. Após dois anos de negociações com o Governo Federal a categoria foi surpreendida com fechamento das mesmas e, apesar disso, acredita que a solução negociada é a única capaz de compatibilizar as necessidades apresentadas pela Categoria com a política e as diretrizes do Governo Federal, e por isso estamos pressionando o Governo para que retome as negociações. Em Pernambuco são 2.400 Km de rodovia sob a responsabilidade de 50 policiais por dia, ou seja, a sociedade que paga seus impostos está precariamente assistida quando o assunto é segurança pública nas rodovias federais e o que mais impressiona é que apesar de divulgarmos sistematicamente esses números o Governo Federal não toma providências para que a Polícia Rodoviária Federal tenha presença efetiva na sua área de competência.”

Os policiais rodoviários reivindicam adicional noturno, insalubridade, horas extras, direitos que são garantidos pela constituição. Além disso, os policiais cobram a presença de mais agentes nas ruas. De acordo com França, atualmente existem nove mil policiais em todo o Brasil e quatro mil vagas estão em aberto.  A categoria aguarda, até segunda (13), que o governo acate as reivindicações.

 

 

A operação padrão de agentes da Polícia Federal desencadeada nesta quinta-feira, em todo o País, ainda não afetava os passageiros dos Aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital paulista, nem sequer o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia em São Paulo (Sindpolf/SP).

Segundo o sindicato, em Congonhas, a operação padrão deve ocorrer no período da tarde. Já em Cumbica, que é um aeroporto de fronteiras, os passageiros devem sentir os efeitos da operação depois do meio-dia, considerado como horário de pico, com um aumento nas filas, principalmente no setor de imigração, de acordo com o Sindpolf.

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O protesto dos servidores da PF é contra as terceirizações em funções exclusivas da Polícia Federal e também por conta da precarização em que se encontra a questão de segurança, de acordo com o Sindpolf. No dia da operação padrão, os policiais irão alertar a população para a insegurança dos aeroportos, checar documentações e bagagens de todos os passageiros que desembarcarem ou embarcarem no país.

Haverá mais rigor na checagem de documentos, como passaporte e bilhete de passagem, entrevista com o passageiro e a checagem no sistema da PF de procurados e impedidos de deixar o País, tanto na chegada quanto na saída. Até mesmo brasileiros serão interrogados na entrada.

Os servidores da Polícia Federal farão uma nova assembleia às 13h15 desta quinta-feira, na sede do Sindicato, na Lapa de Baixo, zona oeste de São Paulo, para discutir o rumo da operação.

Voos

Segundo boletim das 8 horas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) o movimento nos aeroportos era considerado normal. Entre os 530 voos programados em todo o país no período, 26 voos registraram atrasos de mais de meia hora e 22 foram cancelados.

Em Congonhas, dois voos foram cancelados e nenhum teve atraso, entre os 32 previstos. Já em Cumbica, apenas um voo registrava atraso entre os 47 programados. Nenhum foi cancelado.

Termina na próxima sexta-feira (12), o prazo de tolerância concedido pelo Detran-PE aos condutores e proprietários de veículos prejudicados pela Operação Padrão realizada pelos funcionários do Detran-PE entre os dias 16 de maio e 21 de julho, quando o TJ-PE declarou a ilegalidade do movimento.

Para não prejudicar os clientes por causa desta demanda reprimida, o Departamento optou por estender o benefício de isenção de multas por questões de ‘prazo’ para o os dias 12, 15 e 30 de agosto, conforme cada caso requer. Confira os exemplos:

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CNH vencida há mais de 30 dias – quem teve a CNH vencida a partir do dia 16 de maio terá até o dia 12 de agosto. Excetuam-se à regra as CNHs que ainda estejam no prazo de 30 dias já previsto em lei. Por exemplo: CNH vencida no dia 20 de julho – o motorista terá até 20 de agosto para renovação.

Falta de porte de CRLV 2011 para veículos de placas 1, 2, 3 e 4, cuja obrigatoriedade de porte iniciada em 01 de julho – os usuários terão que estar de posse dos documentos a partir do dia 13 de agosto. Caso o cliente tenha pago todas as taxas há mais de 30 dias e não tenha recebido o documento, ele deve ligar para (81) 3453.1514 e procurar rastrear a entrega para buscar o CRLV em uma das unidades do Detran. Caso o documento tenha sido extraviado e o endereço informado esteja correto, o cliente receberá uma segunda via sem ônus. Quem tiver perdido o documento pode solicitar a segunda via pelo WWW.detran.pe.gov.br.

Transferência de propriedade de veículos usados – Os veículos usados devem ser transferidos no prazo de 30 dias, senão o novo proprietário está sujeito a multa. O benefício vai atingir os clientes cujo Certificado de Registro de Veículos (CRV)está datado entre os dias 16 de maio e 12 de julho. CRVs com data posterior a 12 de julho terão que transferir nos 30 dias previstos em Lei.

Primeiro emplacamento – através de Portaria, a Secretaria da Fazenda também isentará de multas as Notas Fiscais vencidas durante a Operação Padrão. Para as NF’s  emitidas entre 16 e 30 de abril de 2011, o prazo foi postergado para 15 de agosto. As NF’s emitidas entre 01 de maio e 30 de julho terão validade até 31 de agosto.

Indicação de condutor infrator e solicitação de cancelamento de infrações - os clientes que não puderam dar entrada nestes serviços e cujos prazos limite aconteceram durante a operação padrão deverão fazê-lo até o dia 12 de agosto.

Vistoria de Transporte de escolares - a vistoria semestral para veículos de transporte escolar também acontece em todas as Ciretrans Especiais e no Posto de Táxis e coletivos até o dia 12 de agosto. Quem for flagrado transitado sem o selo O veículo que for flagrado após esta data sem portar o selo será apreendido e somente liberado após passar pela vistoria. A multa é de R$ 127,69 (Art. 230, Inciso XX).

 

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