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Astrônomos profissionais e amadores em todo o sul do Pacífico usaram óculos de proteção especiais para observar ao eclipse solar desta quinta-feira (20), no qual a Lua cobriu o Sol por cerca de um minuto, em alguns locais, completamente.

Partes da Austrália, Indonésia (foto abaixo) e Timor-Leste viram momentos de escuridão em plena luz do dia devido ao eclipse total, para o deleite dos observadores curiosos.

Foto: Juni Kriswanto/AFP

Astrônomos em Exmouth, noroeste da Austrália, estacionaram suas casas móveis, montaram telescópios e utilizaram óculos com filtros especiais para observar a Lua se sobrepondo lentamente ao Sol.

"Muitas pessoas ficam viciadas naquele minuto ou mais de espacialidade misteriosa", disse John Lattanzio, da Australian Astronomical Society.

"Eles se tornam 'caçadores de eclipses' e viajam pelo mundo para repetir a experiência", acrescentou.

Quando a escuridão pairou às 11h29min48, horário local, na Austrália Ocidental (00h29min48 em Brasília), uma estranha calma se instalou.

Menos de um minuto depois, a luz se espalhou novamente.

Um pouco mais tarde, milhares de pessoas fizeram fila do lado de fora de um planetário de Jacarta para observar o Sol parcialmente coberto através de um telescópio.

Foto: Bay Ismoyo/AFP

Em Bekasi, perto da capital do país, Kristoforus Aryo Bagaskoro e sua filha de 10 anos, Angela Tara, observaram o fenômeno por meio de sua reflexão na superfície de um balde cheio de água.

"Tara não parava de falar sobre isso desde ontem, então esta manhã eu usei água para assistir na frente de nossa casa", disse Bagaskoro. "Foi um evento raro, Tara estava animada e perguntou por que estava acontecendo", acrescentou.

A menina, por sua vez, afirmou que o eclipse foi "ótimo".

O fenômeno também foi observado por milhares de pessoas no extremo leste de Timor-Leste, onde os observadores reunidos no campus da Universidade Nacional de Timor-Leste receberam óculos de proteção ultravioleta e outros fizeram fila para usar os telescópios da instituição.

Foto: Sonny Tumbelaka/AFP

Embora os eclipses sejam uma atração especial para os observadores, para os cientistas, são uma oportunidade de enxergar a coroa solar, geralmente ofuscada por seus raios brilhantes.

Foi observando a um eclipse solar que Albert Einstein desenvolveu sua hipótese sobre o desvio da luz.

A ameaça de tsunami no Oceano Pacífico por conta de uma enorme erupção vulcânica submarina diminuiu neste domingo (16), mas uma nuvem de cinzas que cobre a pequena nação insular de Tonga impediu voos de vigilância da Nova Zelândia para avaliar a extensão dos danos.

Imagens de satélite mostraram a erupção de grandes proporções ontem à noite, com uma nuvem de cinzas, vapor e gás subindo como um cogumelo acima das águas azuis do Pacífico. Um estrondo sônico pôde ser ouvido até no estado americano do Alasca.

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Em Tonga, ondas de tsunami atingiram a costa do país, enquanto habitantes correram para lugares mais altos. O fenômeno cortou a internet local, deixando sites governamentais e outras fontes oficiais sem atualizações.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse que ainda não houve relatos oficiais de feridos ou mortes em Tonga, mas alertou que as autoridades ainda não fizeram contato com algumas regiões costeiras e ilhas menores. "A comunicação com Tonga continua muito limitada. E eu sei que isso está causando uma enorme ansiedade para a comunidade tonganesa", disse.

Ardern acrescentou que a Nova Zelândia não conseguiu enviar um voo de vigilância sobre Tonga porque a nuvem de cinzas subia a 19 mil metros de altura, mas disse que espera tentar novamente amanhã, seguido por aviões de abastecimento e navios da Marinha.

Um fator complicador para qualquer esforço de ajuda internacional é que Tonga até agora conseguiu evitar surtos de covid-19. Segundo Arden, os militares envolvidos nas operações estão totalmente vacinados e dispostos a seguir quaisquer protocolos estabelecidos por Tonga.

(Com Associated Press)

O governo francês negou, nesta sexta-feira (2), qualquer acobertamento sobre os níveis de radiação no Pacífico, após os testes nucleares realizados durante várias décadas na região.

"Não houve nenhuma mentira do Estado" sobre os 193 testes nucleares realizados na Polinésia Francesa entre 1966 e 1996, declarou a ministra-delegada da Defesa, Geneviève Darrieusseq, à AFP, em paralelo a uma mesa-redonda em Paris dedicada às consequências destas provas.

Esta mesa-redonda foi convocada pelo presidente Emmanuel Macron em abril passado, após novas denúncias de que esses testes causaram poluição atmosférica e terrestre. Ambas teriam sido subestimadas pela França.

O evento, ao qual Macron compareceu na quinta-feira (1°) e partiu sem dar declarações à imprensa, teve uma resposta desigual por parte dos políticos polinésios.

Partidário da independência e representante do arquipélago no Parlamento nacional, o deputado Moetai Brotherson se negou a participar, se a França não se desculpar.

Seu partido, Tavini Huiraatira, anunciou que vai organizar um evento rival no Taiti, em 2 de julho.

Já o presidente deste arquipélago que reúne mais de 100 ilhas, Edouard Fritch, acolheu a iniciativa com satisfação.

"Sentimos que o presidente tinha uma vontade real de virar esta página dolorosa para todos nós, com os recursos que serão disponibilizados no futuro, para que os polinésios possam reconstruir a confiança que sempre tiveram na França", disse Fritch.

"Foi um sinal forte que ele enviou", acrescentou Fritch, ao comentar a promessa feita por Macron na mesa-redonda de viajar para o Taiti em 25 de julho.

Em março, o veículo investigativo on-line Disclose afirmou que a França subestimou os níveis de radioatividade, aos quais expôs a população da Polinésia Francesa.

Durante dois anos, o portal analisou cerca de 2.000 páginas de documentos militares "desclassificados" sobre os testes nucleares realizados no arquipélago do Pacífico Sul.

Historiadores pedem a abertura dos arquivos relacionados a estes testes.

"Há uma cláusula específica no código do patrimônio que diz que tudo o que tiver a ver com a energia nuclear não pode ser divulgado", explicou o historiador Renaud Meltz.

O policial suspeito de ter atingido com uma bala de borracha o olho do arrumador Jonas Correia de França, de 29 anos, durante protesto em 29 de maio no Recife é o terceiro sargento Reinaldo Belmiro Lins. A Secretaria de Defesa Social (SDS) determinou o afastamento cautelar do sargento, com recolhimento de armamento e carteira funcional.

Segundo a SDS, Reinaldo Belmiro Lins ficará à disposição do comandante da unidade, mas sem exercer funções. O afastamento dura 120 dias, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período. O policial, durante o afastamento disciplinar, recebe o salário, mas perde possíveis gratificações e deixa de cumprir jornadas extras. 

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Ao todo, foram afastados 16 policiais, sendo três oficiais e 13 praças, que vão responder a processos disciplinares na Corregedoria Geral em decorrência da atuação durante o ato pacífico de 29 de maio. Nos demais casos, os PMs permanecem nas unidades, mas realizam apenas trabalhos administrativos.

Além de Jonas Correia de França, o adesivador Daniel Campelo também foi ferido no olho durante a manifestação. Ambos perderam a visão de um dos olhos. Eles não participavam do ato. A vereadora do Recife Liana Cirne (PT) também foi agredida com spray de pimenta no rosto.

Após o episódio, o ex-secretário de Defesa Social Antonio de Pádua e o ex-comandante da PM Vanildo Maranhão deixaram os cargos. Vanildo Maranhão foi transferido para a reserva.

Os amantes da astronomia deram uma olhada no céu do Pacífico nesta quarta-feira (26) para ver uma excepcional "Super Lua vermelha", durante um espetacular eclipse lunar total.

O primeiro eclipse lunar total em dois anos coincidiu com o ponto mais próximo da Terra na órbita lunar, produzindo um espetáculo que só ocorre uma vez por década.

Qualquer pessoa que more entre a Austrália e a costa americana do Pacífico poderia ver uma enorme e brilhante lua se o céu estivesse limpo.

O evento ocorreu entre às 11h11 e 11h25 GMT (08h e 08h25 de Brasília), tarde da noite em Sydney e antes do amanhecer em Los Angeles, quando a lua estava completamente coberta pela sombra solar.

O fenômeno da lua escurecida e colorida ocorre quando, durante o eclipse, a Terra se interpõe entre a Lua e o Sol e até o satélite chegam os raios de luz que atravessaram tangencialmente a atmosfera terrestre.

Ao contrário de um eclipse solar, o eclipse lunar pode ser observado sem perigo algum para os olhos.

Este eclipse foi diferente porque ocorreu durante uma "Super Lua", quando o satélite se encontra a 360.000 quilômetros da Terra, o ponto mais próximo de sua órbita elíptica.

Nesse ponto, a Lua pode ser vista 30% mais brilhante e 14% maior do que quando se encontra distante, com uma diferença de distância de cerca de 50.000 km.

Em Sydney, onde a noite fria deixou uma visão nítida do evento, as pessoas se reuniram no porto para ter uma vista da Lua aparecendo sobre a Ópera.

"Na última vez foi uma Super Lua, no mês passado, e perdemos", conta Ken Loi, de 50 anos.

"Desta vez também aconteceu junto ao eclipse, então foi duplamente agradável e tive que vê-la antes que fosse tarde demais", acrescentou.

"Houve muito interesse", disse Andrew Jacobs, do Observatório Astronômico de Sydney, que organizou um evento com telescópios e cientistas para explicar o fenômeno.

A companhia aérea australiana Qantas realizou um voo especial de duas horas e meia, chamado de "Supermoon Scenic Flight", com direção para o leste por meio do Pacífico para oferecer uma vista espetacular do evento.

Em Hong Kong, no entanto, o céu estava parcialmente coberto por nuvens.

"Não é tão vermelha quanto eu pensava. Eu vi uma foto e a Lua estava realmente vermelha, mas agora não é tão vermelha", contou o estudante do ensino fundamental Chui Yiu-chun, que estava tentando vê-la do porto do cidade.

Jacobs tinha pesquisado anteriormente que a melhor observação seria na "Austrália, Nova Zelândia e grande parte do Pacífico. A Nova Guiné também teria uma boa visão".

"Os americanos conseguem ver o fenômeno ao nascer do sol, mas não podem necessariamente observar todas as partes do eclipse", ressalta.

"A Europa, a África e o Oriente Médio perderão completamente (a visão) desta vez", explicou.

A próxima "Super Lua vermelha" ocorrerá em 2033.

Assim que a pandemia começou, em fevereiro, quatro pessoas zarparam para um dos lugares mais remotos da Terra: o Atol Kure, no noroeste do Havaí. Eles viveram isolados por oito meses restaurando as praias da ilha. Isolados, o mundo se limitava a um pedaço de areia no meio do caminho entre EUA e Ásia. Sem TV ou internet, as únicas informações vinham de mensagens de texto via satélite e e-mails ocasionais.

Agora, eles estão de volta a uma sociedade transformada que parece tão estranha hoje quanto o isolamento da ilha parecia em março. Eles devem se ajustar ao uso de máscaras, ficar em casa e ver os amigos sem dar abraços ou apertos de mão. "Nunca vi nada assim", disse Charlie Thomas, um dos quatro da equipe.

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O grupo faz parte de um esforço do Havaí para manter o frágil ecossistema da ilha, um parque nacional onde vivem pássaros marinhos, focas havaianas, recifes de coral, tartarugas e tubarões-tigre. Todo ano, duas equipes se alternam, uma no verão, outra no inverno, com a função de remover plantas invasoras, substituí-las por espécies nativas e limpar redes de pesca e plásticos que chegam às praias.

"Antes de partirem, os membros da equipe são questionados se desejam receber más notícias quando estiverem em Kure", disse Cynthia Vanderlip, supervisora do programa. "Algumas vezes por dia, fazemos upload e download de e-mails para que eles mantenham contato com família e amigos."

Charlie, neozelandesa de 18 anos, a mais jovem da equipe, cresceu ao lado de pássaros marinhos e outros animais selvagens. Ela terminou a escola um ano mais cedo para se dedicar a trabalhos ambientais voluntários. "Estava cansada das redes sociais, de tudo o que estava acontecendo", disse Charlie, que agora está em quarentena em um hotel de Auckland, onde vive sua família.

Ao lado dela na ilha estava Matthew Butschek, de 26 anos, de Dallas. Para ele, o momento mais difícil foi lidar com a morte de um tio, que já estava doente, e do melhor amigo, de acidente de carro. "Tomei uma cerveja por ele e pensei nos bons momentos", disse. Em quarentena em Honolulu, Butschek olhava pela janela e via crianças brincando, todas de máscaras, como nos filmes apocalípticos. "Isso não é normal para mim."

Os líderes do grupo eram a bióloga Naomi Worcester, de 43 anos, e seu marido, Matthew Saunter, de 35. Naomi visitou a ilha pela primeira vez em 2010 e todos os anos está de volta. "Com tanta incerteza e emoções à flor da pele, há um medo subjacente em relação ao que o futuro pode trazer e como as pessoas podem responder", disse.

Para Saunter, que trabalha há dez anos em Kure, o isolamento não é um fator importante. "Para ter sucesso em Kure, você tem de enfrentar os problemas de frente e controlar suas emoções", disse. Ele se lembra de quando sua irmã chamou o surto de "pandemia" pela primeira vez. "Recebi um e-mail dela com a palavra ‘pandemia’ e pensei: qual a diferença entre pandemia e epidemia? Agora, é uma palavra que está no vocabulário de todos."

Dois homens, uma mulher e uma criança sobreviveram a um período de 32 dias à deriva no sul do Oceano Pacífico, informa um jornal das Ilhas Salomão.

Os sobreviventes explicaram que oito pessoas que estavam na embarcação, incluindo um bebê, morreram, de acordo com o jornal Solomon Star News.

A publicação afirma que o grupo embarcou em 22 de dezembro na província de Bougainville, em Papua Nova Guiné, para celebrar o Natal nas ilhas Carteret, a 100 quilômetros de distância.

Mas o barco virou e parte do grupo morreu afogada, explicou Dominic Stally, um dos sobreviventes. Os demais conseguiram reparar a embarcação, mas alguns faleceram nos dias posteriores, consequência da interminável deriva e das fortes correntes.

"Não podíamos fazer nada com os corpos e tivemos que abandoná-los no mar", disse Dominic Stally. "Um casal morreu e deixou um bebê. Eu cuidei do bebê, mas ele também morreu", contou. Para sobreviver, os náufragos comeram coco que flutuava na superfície e coletaram água da chuva.

De acordo com Stally, vários barcos de pesca passaram perto do grupo, mas viram a embarcação. Finalmente, em 23 de janeiro eles foram resgatados perto da costa de Nova Caledônia, depois de uma viagem à deriva de quase 2.000 quilômetros por 32 dias.

No sábado passado, os quatro sobreviventes desembarcaram no porto de Honiara, capital das Ilhas Salomão, Estado composto por centenas ilhas.

Nesta região do Pacífico, onde as distâncias entre as ilhas são enormes, casos extraordinários de sobrevivência em alto-mar são registrados com frequência.

Em janeiro de 2014, por exemplo, um pescador salvadorenho, José Alvarenga, apareceu nas Ilhas Marshall, também no Pacífico, 13 meses depois de ter embarcado na costa oeste do México ao lado de outro pescador que faleceu no mar.

O furacão Barbara se fortaleceu ao longo desta terça-feira, conforme se dirige ao oés-noroeste no Oceano Pacífico. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos informou que ele tem ventos máximos sustentados de 220 quilômetros por hora, com rajadas ainda maiores, atingindo a categoria 4.

O olho do furacão fica 1.790 quilômetros a sudoeste da Península de Baja Califórnia, no México, e avança a 20 quilômetros por hora. O Centro Nacional de Furacões americano disse que o fenômeno pode ganhar ainda mais força, mas deve começar a perdê-la a partir da quarta-feira. Fonte: Associated Press.

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O arquiteto francês Benoît Lecomte, que iniciou a primeira travessia do Pacífico a nado para alertar sobre a poluição dos oceanos com o plástico, teve que renunciar temporariamente a seu desafio em consequência das tempestades.

Desde o início da missão em uma pequena praia do leste do Japão em 5 de junho, Lecomte nadava oito horas por dia, escoltado por um veleiro.

"Dois tufões, Jongdari e Wukong, interromperam seu avanço e obrigaram o barco a retornar ao Japão", informou o site Seeker, que acompanha a expedição.

Lecomte, que mora há mais de 25 anos nos Estados Unidos, se preparou física e mentalmente para o desafio durante sete anos, período em que deixou de lado sua atividade profissional.

Ele pretendia alcançar o destino, San Francisco, a quase 9.000 km do Japão, em um prazo de seis a oito meses.

Apesar do contratempo, o francês de 51 anos afirmou que está "mais determinado do que nunca para continuar com sua histórica travessía transpacífica", indicouio Seeker, que não anunciou uma data para uma nova tentativa.

O francês já havia percorrido 800 km quando um temporal forçou a sua parada.

Ossos encontrados em uma remota ilha do Pacífico Sul que inicialmente se acreditava que pertenciam a um homem podem na verdade ser os da famosa aviadora Amelia Earhart, que desapareceu na região em 1937, de acordo com um novo estudo.

Richard Jantz, professor emérito de antropologia da Universidade do Tennessee, usou análises modernas de medição óssea para determinar se os ossos eram provavelmente os de Earhart, que desapareceu durante um voo pioneiro de volta ao mundo com o navegador Fred Noonan.

O desaparecimento de Earhart é um dos maiores mistérios da aviação, tendo fascinado historiadores por décadas e dado origem a uma série de livros, filmes e teorias.

A crença prevalecente é que Earhart, 39, e Noonan, 44, ficaram sem combustível e abandonaram seu avião Lockheed Electra no Oceano Pacífico, perto da remota Ilha Howland.

Uma das teorias mais populares é que Earhart e Noonan fizeram um pouso de emergência na deserta Ilha Gardner, agora conhecida como Nikumaroro, parte da República de Kiribati, onde ela sobreviveu brevemente como um náufrago.

Uma expedição de 1940 para a ilha encontrou um crânio humano, ossos, parte da sola do sapato de uma mulher, uma caixa para um sextante e uma garrafa de Bénédictine.

Os ossos foram enviados para Fiji e examinados em 1941 por David W. Hoodless, professor de anatomia, que determinou que pertenciam a um homem robusto. Os ossos desde então estão perdidos.

Usando um programa de computador chamado Fordisc, que estima sexo, ascendência e estatura a partir de medidas esqueléticas, Jantz reexaminou sete medições ósseas feitas por Hoodless - quatro do crânio e três da tíbia, úmero e rádio.

- 'Argumento mais convincente' -

Comparando-as com as medidas dos comprimentos ósseos de Earhart com base em fotografias e análise de suas roupas, ele determinou que os ossos eram provavelmente os da aviadora. Os ossos têm mais semelhança com Earhart do que com 99% dos indivíduos em uma grande amostra de referência, de acordo com o estudo.

"Isso apoia fortemente a conclusão de que os ossos de Nikumaroro pertenciam a Amelia Earhart", disse Jantz. "Os ossos são consistentes com Earhart em todos os aspectos que conhecemos ou podemos inferir razoavelmente".

"Até que evidências definitivas sejam apresentadas de que os restos não são os de Amelia Earhart, o argumento mais convincente é que eles são dela", afirmou. "A antropologia forense não era bem desenvolvida no início do século XX", escreveu Jantz sobre a análise anterior dos restos mortais.

"Há muitos exemplos de avaliações erradas por antropólogos do período", disse. "Podemos concordar que Hoodless pode ter trabalhado tão bem como a maioria dos analistas da época poderia ter feito, mas isso não significa que sua análise esteja correta", apontou Jantz.

O estudo, realizado em colaboração com o Grupo Internacional de Recuperação de Aeronaves Históricas (TIGHAR), foi publicado nesta semana na revista Forensic Anthropology da Universidade da Flórida.

Earhart, que ganhou fama em 1932 como a primeira mulher a voar sozinha pelo Atlântico, decolou em 20 de maio de 1937 de Oakland, Califórnia, na esperança de se tornar a primeira mulher a dar a volta ao mundo voando.

Ela e Noonan desapareceram em 2 de julho de 1937, depois de decolar de Lae, em Papua-Nova Guiné, em um voo desafiador de 4.000 quilômetros para reabastecer na Ilha Howland, um território americano entre a Austrália e o Havaí.

Um episódio surpreendente foi vivido por Nan Hauser, uma bióloga marinha durante um mergulho. Ela estava com uma equipe fazendo expedição nas ilhas Cook, no Oceano Pacífico, quando uma baleia de cerca de 22 toneladas quis defendê-la de um potencial ataque de tubarão-tigre. 

O momento foi filmado e é possível ver o animal empurrando a mergulhadora para longe do local onde estava nadando. À Time, ela contou não ter entendido a reação da baleia, mas só depois viu o tubarão e conseguiu perceber que se tratava de um ato de proteção. Ela acredita nesta hipótese por defender que as baleias são animais altruístas. 

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Junto à Nan estava uma equipe em um barco. Um drone também sobrevoava o espaço, mas foi desligado no momento em que o animal começou a empurrar a mergulhadora, temendo que o pior acontecesse. Apesar do medo, ela voltou ao barco a salvo, com apenas arranhões quase imperceptíveis. Diante da proteção, Nan voltou ao barco agradecendo à “nova amiga” e declarando “I Love you too” (eu também te amo – em português).

Veja o vídeo:

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A ilha mais nova que existe na Terra, formada a partir de lava vulcânica em uma área remota do Pacífico há três anos, pode mostrar aos cientistas as chaves para para encontrar rastros de vida em Marte, informou a Nasa. A ilha de Hunga Tonga Hunga Ha'apai surgiu 65 quilômetros ao noroeste da capital de Tonga, Nukualofa, no fim de 2014.

A princípio os cientistas esperavam que a ilha, criada por material vulcânico, fosse levada pelo mar em poucos meses. Mas a Nasa informou que a ilha mostrou que era mais resistente do que se acreditava, provavelmente porque a combinação entre as cinzas e a água quente criou uma substância parecida ao cimento conhecida como tufo vulcânico.

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Embora a ilha - que a princípio media um quilômetro de largura e dois de comprimento, com uma altura de quase 100 metros - tenha registrado uma erosão significativa, segundo as projeções pode durar entre seis e 30 anos.

Jim Garvin, diretor científico do Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, afirmou que a ilha oferece uma oportunidade pouco frequente para estudar os ciclos de vida em um espaço recentemente criado. Para ele, o ambiente de Marte é similar ao de uma ilha vulcânica recém surgida no oceano.

A análise de como a vida vai surgir nesta ilha poderia ajudar os cientistas a identificar locais onde buscar evidência de vida em Marte, afirmou o cientista. "Isto é algo que nos esforçamos muito para compreender porque pode ter produzido as condições necessárias para vida microbiana", disse.

A Coreia do Norte garantiu que continuará a realizar testes de mísseis tendo o Pacífico como alvo, após ter efetuado o lançamento de um projétil que sobrevoou o Japão antes de cair no mar. A promessa foi feita em uma comunicado divulgado pela agência estatal norte-coreana KCNA.

De acordo com a publicação, o líder do país, Kim Jong-un, expressou "grande satisfação" com o mais recente teste de míssil e disse que o lançamento é o primeiro passo de uma operação militar no Pacífico. Pyongyang também alertou que o teste "é um prelúdio significativo para conter Guam". No início do mês, a Coreia do Norte ameaçou lançar mísseis de médio a longo alcance no território de Guam, que é administrado pelos Estados Unidos e que contém bases militares americanas.

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Para Kim Jong-un, o território de Guam é uma "base avançada de invasão", sendo necessário acelerar os trabalhos para colocar a força estratégica do país em uma base moderna, "realizando mais exercícios de lançamento de mísseis balísticos". De acordo com a KCNA, o último teste foi feito com o projétil Hwasong-12, de alcance intermediário. Além disso, os exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul foram usados como justificativa pela Coreia do Norte para o último lançamento.

Apesar de ter sobrevoado o Japão, "o míssil não representou impacto na segurança dos países vizinhos", disse o líder norte-coreano. Fotos de Kim Jong-un acompanhando o teste foram divulgadas pela KCNA.

Charge: Jorge Cosme/Cortesia

A China está deslocando pela primeira vez um porta-aviões pelas águas do Oceano Pacífico para um exercício militar, segundo informou o ministério da Defesa.

A imprensa estatal chinesa informou neste domingo (25) que é a primeira vez que o navio Liaoning, que foi trazido para a marinha chinesa em 2012, está se deslocando por "águas marítimas distantes".

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O comunicado oficial afirma que o porta-aviões e outras embarcações partiram no sábado para treinamentos na região conhecida como Ásia-Pacífico, que inclui a Oceania e partes da Ásia, mas não deu detalhes da localização.

O exercício ocorre em um momento de tensão entre a China e os Estados Unidos em razão de questões relacionadas a Taiwan, ilha sobre a qual Pequim reclama domínio.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu um telefonema da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, lhe dando os parabéns pelas eleições, o que marcou a primeira vez que um presidente norte-americano ou um presidente eleito falou publicamente com um líder de Taiwan desde 1979. Trump mais tarde incomodou Pequim ao dizer que poderia reavaliar a política dos Estados Unidos em relação a Taiwan.

A China ainda apreendeu um drone de pesquisa submarina dos Estados Unidos no dia 16 de dezembro numa ação que foi vista por analistas como um alerta para Trump. Fonte: Associated Press.

Madeline se converteu em um perigoso furacão categoria 4 rumo ao Havaí, ameaçando com inundações repentinas e deslizamentos de terra devido a seus fortes ventos e chuvas torrenciais, informou a autoridade meteorológica dos Estados Unidos.

Segundo o Serviço Meteorológico Nacional, o fenômeno apresenta ventos máximos de 215 km/h e deve passar pelo arquipélago do Havaí em algum momento de quarta-feira (31), ameaçando os planos do presidente Barack Obama e outros chefes de Estado de comparecer a um Congresso Mundial de Conservação da Natureza, que acontecerá na ilha na quinta-feira.

Um casal preso há uma semana em uma ilha deserta do Pacífico foi resgatado depois que um avião que participava de sua busca avistou um sinal de S.O.S. escrito na areia, anunciaram neste domingo membros da guarda costeira americana.

Um avião da Marinha americana encontrou o casal, "que tinha um estoque limitado de comida", na ilha East Fayu, Micronésia, segundo o comunicado da guarda costeira.

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O avião decidiu sobrevoar a região após receber informações de um barco que afirmou ter visto luz na ilha à noite.

"A operação de busca de Linus e Sabina Jack foi um sucesso", diz um comunicado da embaixada dos Estados Unidos em Colonia.

"Orientamos a busca na ilha porque sabíamos que não era habitada, e que o casal tinha uma lanterna no barco."

O casal zarpou no último dia 17 da ilha de Weno, Micronésia, em uma embarcação de cinco metros. O alerta foi dado no dia seguinte, uma vez que eles não chegaram ao destino previsto, a ilha de Tamatam.

Quinze barcos e dois aviões foram mobilizados durante a semana de buscas, para cobrir 43.000 km², segundo a guarda costeira.

Um forte terremoto, com intensidade de 7,2 graus, foi registrado no Oceano Pacífico nesta sexta-feira (12), a 109 quilômetros a leste da Nova Caledônia. Autoridades afirmam que, apesar do tremor, não há risco de tsunami.

O epicentro foi identificado a 10 quilômetros de profundidade, informou o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos.

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Após analisar o tremor, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico afirmou não haver ameaça de tsunami ou ondas gigantes em decorrência do episódio. Fonte: Associated Press.

Quatro homens foram resgatados depois de passarem quase um mês à deriva no Oceano Pacífico, situação provocada por uma tempestade que desviou o curso de sua embarcação. Os homens estavam em boas condições de saúde quando chegaram às Ilhas Marshall, para onde foram transportados por um barco pesqueiro que encontrou a pequena embarcação dos náufragos a centenas de quilômetros de Majuro.

Tatika Ukenio, Boiti Tetinauiko, Bonibai Akau e Moamoa Kamwea afirmaram às autoridades que haviam zarpado em 23 de março de Kiribati, um país insular que fica a mais de 650 km das Ilhas Marshall. Os detalhes da aventura ainda são desconhecidos, mas uma tempestade desviou o grupo de seu curso e a embarcação ficou à deriva depois que os quatro decidiram desligar o motor para poupar combustível.

Os náufragos sobreviveram graças aos peixes capturados, antes de avistar, em 18 de abril, a embarcação taiwanesa "Koo's 102", de bandeira das Ilhas Marshall. Eles utilizaram o combustível restante para se aproximar do barco e chamar a atenção da tripulação.

O representante da empresa Koo, Orlando Paul, disse que os homens estavam em bom estado no momento do resgate. Por este motivo, a embarcação prosseguiu com sua missão antes de retornar para Majuro na quarta-feira. Os náufragos foram levados para um hospital da capital das Ilhas Marshall e passaram por exames. O ministério das Relações Exteriores e a Organização Internacional para as Migrações organizam o retorno do grupo a Kiribati, previsto para domingo.

Uma refugiada somali seguia nesta terça-feira em estado grave depois de tentar se imolar em Nauru, uma ilha do Pacífico para onde a Austrália envia os solicitantes de asilo, dias depois da morte de um iraniano em circunstâncias similares, indicou a imprensa australiana.

A Austrália foi muito criticada pelas organizações de direitos humanos por sua dura política em relação aos solicitantes de asilo. Sua marinha rejeita sistematicamente os barcos de clandestinos e os que conseguem chegar a sua costa são enviados a campos de detenção em Papua Nova Guiné ou Nauru - uma minúscula ilha do Pacífico - à espera de que seu pedido de asilo seja tramitado.

O ministro australiano de Imigração, Peter Dutton, explicou que o último incidente ocorreu na segunda-feira, mas acrescentou que a Austrália não mudará sua política.

"Nenhuma ação (...) levará o governo a se desviar de sua política. Não vamos permitir que as pessoas voltem a se afogar no mar", disse à imprensa em Canberra.

Os barcos de migrantes não chegam mais à costa australiana desde que o governo adotou esta política. Entre 2008 e 2013, ao menos 1.200 pessoas morreram afogadas tentando chegar à costa da Austrália.

A tempestade tropical Olaf se formou no Pacífico oriental, distante da terra firme, e poderia se tornar um furacão durante o fim de semana, informou o Centro Nacional de Furacões (CNH) americano. Às 21H00 GMT (18h de Brasília), a tempestade estava 2.670 km a sudoeste da península da Baixa Califórnia, segundo o CNH, baseado em Miami. A tempestade se deslocava a 20 km/h, com ventos de 95 km/h.

Olaf poderia virar furacão neste domingo (18), de acordo com o CNH, embora as previsões dos meteorologistas indiquem que não afetará nenhuma zona costeira.

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