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Os fãs de Beyoncé podem começar a se animar, pois parece que a cantora virá mesmo ao Brasil para aproveitar o Carnaval de 2017. Tudo começou quando Ferly Prado, a única dançarina brasileira de Beyoncé, postou um vídeo no Instagram, na última semana, pedindo que a escola Unidos da Tijuca a chamasse para participar da ala que homenageará sua chefe.

De fato, a ala existirá, já que o enredo da escola este ano será sobre a música americana, sob o título Música na alma, inspiração de uma nação, falando principalmente da música negra. Tanto é que as audições para escolher os dançarinos que farão parte da ala já foram iniciadas e parece que Ferly Prado irá mesmo fazer parte da homenagem.

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Apesar de o vídeo não citar a participação de Beyoncé, foi um pulo para que os rumores de que a cantora viria ao Brasil fazer parte da ala começassem a circular na internet. E segundo o jornal O Estado de São Paulo, os rumores estão há um passo de serem concretizados, já que a agremiação estaria mesmo em negociação com a cantora.

A assessoria de imprensa da cantora teria dito ao jornal que o convite à Beyoncé foi mesmo feito e que existe uma possibilidade real da diva do pop vir ao Brasil para o Carnaval e que as negociações com ela e sua equipe já estão em fase avançada.

Mas, calma, se você ficou tão otimista quanto a escola, melhor esperar que de fato Beyoncé se pronuncie sobre o assunto, já que Bruno Tenório, diretor do departamento da escola que está cuidando das negociações com a cantora, disse ao veículo que ainda é preciso combinar a agenda de espetáculos da cantora com o desfile, programado para 27 de fevereiro. No entanto, oficialmente na agenda de shows de Beyoncé não existe ainda nenhuma data para fevereiro de 2017. É preciso ainda pensar nos recursos para financiar a logística da cantora na cidade, como transporte, segurança e estadia.

O coreógrafo Fábio Costa, no entanto, já está se preparando pare receber Beyoncé em sua ala e disse ao veículo que orientou os dançarinos a não desmaiarem e a não abordá-la.

Procurada, a assessoria de imprensa da escola de samba não retornou o contato para comentar o assunto.

"Os atletas russos ainda têm uma possibilidade de participar dos Jogos" paralímpicos do Rio, considerou o Comitê Paralímpico Russo nesta quarta-feira, um dia depois da decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) que impede todos os atletas russos de participarem das Paralimpíadas.

Em coletiva de imprensa, o presidente do Comitê Paralímpico, Vladimir Loukine, não quis explicar os passos jurídicos que tomarão para que não sejam obrigados a cumprir a decisão do TAS. "Utilizaremos todos os meios possíveis para mostrar que temos razão e que nossos adversários estão equivocados", indicou Loukine à imprensa.

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Na terça-feira, o Tribunal Arbitral do Esporte rejeitou um recurso interposto pela Rússia depois da exclusão de seus atletas dos Jogos Paralímpicos, decidida pelo Comitê Paralímpico Internacional no dia 7 de agosto devido ao grande escândalo de doping que sacudiu o esporte russo.

O primeiro-ministro Dmitri Medvedev denunciou no Twitter "uma decisão cínica motivada pelo desejo de excluir rivais importantes", enquanto o ministro do Esporte, Vitali Mutko, falou de uma decisão "mais política do que jurídica". Loukine acrescentou que os atletas fariam uma solicitação individual ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Nos Jogos Olímpicos do Rio, a Rússia foi sancionada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que estabeleceu critérios muito rígidos para a participação de atletas no país. No total, 113 atletas foram excluídos dos Jogos, entre eles quase toda a delegação de atletismo (67 de 68), o que não impediu o país de ficar em 4º lugar no quadro de medalhas.

O governo busca formas de reduzir a participação financeira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nas concessões de infraestrutura. A indicação foi dada ontem pelo secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, após reunião com representantes da cúpula dos Transportes. A avaliação preliminar do governo é de que os projetos de concessão estão muito ancorados em recursos públicos e há necessidade de buscar outras alternativas.

"Temos alguns problemas no plano regulatório, não só sobre o financiador, mas na montagem do sistema de financiamento. Vamos ter de repensar esse modelo. É fundamental que incorporemos outros agentes financeiros, que bancos privados entrem nesse processo com financiamentos de longo prazo", comentou Moreira.

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Segundo o secretário executivo, a fatia do BNDES deverá ser revisto para as novas concessões. Pelos programas atuais, está prevista uma participação do banco público de até 50% para aeroportos; 70% para rodovias e portos; e 80% para ferrovias e hidrovias. O secretário afirmou que o governo vai convidar instituições financeiras privadas para "participar desse debate".

Moreira descartou, no entanto, que essas revisões atinjam processos já em andamento, como os editais de aeroportos e portos. As regras financeiras dos projetos já anunciados, segundo ele, estão mantidas. "Aquilo que estiver com condições legais e adequadas será mantido", disse o secretário.

O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse que os leilões de terminais portuários de passageiros já programados serão mantidos. Na semana que vem, o de Salvador deve ser licitado. "Não vamos cancelar leilões já em andamento."

Na lista de concessões de Moreira Franco, há 19 trechos de rodovias que poderão ser alvo de concessões ou parcerias público-privadas, além de 5 trechos de ferrovias e 50 terminais portuários. Além dos quatro aeroportos que já estão em análise para concessão - Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre -, avalia-se a concessão do aeroporto de Cuiabá.

Emprego

Moreira Franco disse que a prioridade do programa, que passa a ser chamado de "Crescer", será a criação de empregos e a geração de renda, e não apenas a redução do custo Brasil. Segundo ele, os investimentos em infraestrutura têm potencial de gerar três vezes mais empregos do que os feitos no setor produtivo.

Segundo Moreira, o objetivo é unir o setor público e o privado, pois a União não tem recursos para fazer investimentos em infraestrutura. "Para nós, não tem PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nem PIL (Programa de Investimentos em Logística), mas parceiras." Moreira disse que, nos próximos dias, será elaborada uma agenda objetiva, com as primeiras iniciativas, para apresentar ao Conselho do PPI.

O conselho será presidido pelo presidente em exercício, Michel Temer. Terão assento no conselho os Ministérios da Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente, Casa Civil, Transportes e o BNDES.

O acionamento do BNDES em projetos de infraestrutura foi um dos fatores que motivaram os aportes bilionários do Tesouro ao banco. Em 2015, a dívida do BNDES chegava a superar R$ 520 bilhões.

A busca dos bancos privados também fez parte das rotinas do governo petista, mas essas instituições alegaram que o volume de recursos e os prazos dos empréstimos eram muito longos, o que exigia juros elevados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A participação de estrangeiros no Mais Médicos será reduzida depois das eleições municipais. A ideia do Ministério da Saúde é renegociar, no próximo ano, o contrato feito com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para o recrutamento dos profissionais. Hoje, 73% dos que atuam são estrangeiros. A maioria é de cubanos.

A mudança não será de uma só vez. O ministro Ricardo Barros, ao assumir, afirmou apenas que iria incentivar a participação de brasileiros. A ideia de anular o contrato, recentemente prorrogado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, foi descartada, a princípio. Ele preferiu adotar uma regra de transição. Com isso, agrada ao mesmo tempo associações médicas, críticas do projeto, e prefeitos - favoráveis.

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A intenção é fazer um ajuste programado, até que o número de profissionais trazidos pela Opas se reduza de forma expressiva. Só ficariam aqueles que têm vagas consideradas de difícil preenchimento, como as dos distritos sanitários indígenas e das cidades afastadas.

Lançado há três anos em uma resposta às manifestações de rua que reivindicavam melhorias nos serviços de saúde, o Mais Médicos somente foi adiante em virtude da contratação de estrangeiros. Para driblar a resistência de médicos brasileiros, o governo permitiu que formados em outros países atuassem no Brasil sem a necessidade da validação do diploma.

Essa era a maior crítica de entidades de classe, que chegaram até mesmo a romper com o Ministério da Saúde. Para associações médicas, o ideal seria criar, em vez do Mais Médicos, uma carreira federal para a área, a exemplo da magistratura.

A lei que criou o Mais Médicos previu um prazo de três anos para que estrangeiros trabalhassem no programa sem validação do diploma. Há duas semanas, no último ato da presidente Dilma Rousseff na área de saúde, o prazo foi prorrogado. Com isso, 7 mil profissionais, que teriam de voltar agora para seus países de origem, podem permanecer no Brasil.

A medida, de acordo com a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi feita para atender a pedidos de prefeitos. O medo maior era de que, às vésperas das eleições municipais, serviços de saúde tivessem uma redução abrupta no atendimento.

Gastos - Barros ainda criticou a forma como recursos de saúde são usados. Já avisando que "não há dinheiro para tudo" nem perspectiva de reforço no orçamento, ele disse ser necessário gerir melhor a verba. De olho na indústria farmacêutica, porém, afirmou que vai também adotar medidas para tornar mais rápido o registro de medicamentos, com o aproveitamento, por exemplo, de pesquisas em outros países. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves anunciou, nesta terça-feira (3), que a legenda não indicará nomes para integrar o primeiro escalão de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB). O peemedebista é o substituto constitucional da presidente Dilma Rousseff (PT) em caso de impeachment. 

"A posição do PSDB é de não indicar nomes para o governo. Vamos deixar o presidente à vontade. É preciso que o governo Michel Temer, em assumindo, que ele tenha capacidade e credibilidade para enfrentar os problemas do país", afirmou, em entrevista após a reunião da Executiva Nacional da legenda em Brasília. O senador José Serra (PSDB-SP) é um dos tucanos já sondados para integrar a gestão federal.

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O partido, entretanto, elaborou um documento com 15 propostas para o governo. "Esta é a contribuição efetiva que o PSDB pretende dar para este governo de emergência nacional e transição. Falamos de princípios, valores e propostas. Este é o consenso dentro do PSDB, o presidente Michel Temer deve ter absoluta liberdade para construir um governo de altíssimo nível e capaz de enfrentar as dificuldades do Brasil", frisou Neves.  

O público apreciador do cinema brasileiro poderá ficar mais próximo à obras ainda inéditas, e até mesmo opinar sobre o andamento das produções, através do Teste de Audiência. O projeto chega ao Recife, pela primeira vez, nesta terça (19), na Caixa Cultural. O filme de estreia é Identidade Cotidiana, da cineasta Anna Carl Lucchese.

A dinâmica funciona da seguinte maneira: o público asistirá às produções não acabadas e uma equipe de pesquisadores estará monitorando as reações da plateia durante a exibição. Ao final do filme, será passado um questionário e também haverá um debate com cineastas e roteiristas. O objetivo é promover uma troca de ideias entre espectadores e produtores de cinema possibilitando que estes últimos tenham um retorno imediato sobre os valores dos filmes podendo até mesmo mudá-los a partir das respostas obtidas.

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As sessões serão na segunda terça-feira de cada mês até janeiro de 2017. Abrindo a programação, a cineasta Anna carl Lucchese apresenta Identidade Cotidiana. Os pesquisadores Michelle Stephanou e Eladio Oduber coordenam e monitoram a plateia para esta primeira sessão. 

Serviço

Teste de Audiência - Filme: Identidade Cotidiana

Terça (19) | 20h

Caixa Cultural (Av. Alfredo Lisboa, s/n - Bairro do Recife)

R$ 4 e R$ 2

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) divulgou uma nota, nesta quarta-feira (9), acusando o Governo de Pernambuco de estar em uma “verdadeira operação de guerra” para amenizar a participação do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), nos trâmites para a contratação do consórcio da Arena Pernambuco. Sob a ótica do colegiado, a gestão tem distorcido os fatos “na tentativa de confundir a opinião pública” e afastar a “responsabilidade” do prefeito que tentará a reeleição este ano.  

Segundo a nota, assinada pelo deputado Silvio Costa Filho (PTB), agora “que a Arena Pernambuco teve seu contrato questionado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) e passa por investigação da Polícia Federal, através da Operação Fair Play, o Governo do Estado procura ganhar tempo para encobrir suas responsabilidades e o papel dos agentes públicos envolvidos nesse processo”. A gestão anunciou a rescisão do contrato do consórcio da Arena na última sexta-feira (4). 

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O texto aponta ainda que a gestão “tenta ainda evitar o debate do contraditório”. “Para que a Verdade prevaleça, o coordenador da licitação da Arena Pernambuco, o prefeito Geraldo Júlio, precisa dar explicações sobre o contrato. Assim como devem ser ouvidos também o vice-governador Raul Henry, o procurador-geral do Estado, César Caúla, e os representantes da construtora Odebrecht”, afirma a bancada.

Veja a íntegra do texto:

O Governo do Estado colocou em prática uma verdadeira operação de guerra para ajudar o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, a fugir do debate sobre a Arena Pernambuco. E, para isso, não se constrange em distorcer os fatos, na tentativa de confundir a opinião pública.

De fato, coube ao prefeito Geraldo Júlio, na época secretário de Planejamento do Estado e presidente do Comitê Gestor das PPPs (CGPE), avaliar, aprovar e incluir o projeto Arena Pernambuco/Cidade da Copa, assim como encaminhar sua licitação. Como determina a Lei Estadual das PPPs (Lei 12.765/2005), em seu Artigo 8º:

"A contratação de Parceria Público-Privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada à sua inclusão no Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas pelo Comitê Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas – CGPE."

No entanto, para negar a responsabilidade do atual prefeito do Recife, o Governo recorre à criação de outro comitê, o Comitê Pernambucano da Copa do Mundo, em 2007, para esconder o Prefeito. A esse segundo comitê, mais amplo, cabia as ações de promoção e articulação para viabilizar a escolha da Capital Pernambucana fosse escolhida como uma das sedes da Copa de 2014, nunca foi responsável por avaliar, aprovar ou lançar a licitação da Arena Pernambuco.

Agora, que a Arena Pernambuco teve seu contrato questionado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) e passa por investigação da Polícia Federal, através da Operação Fair Play, o Governo do Estado procura ganhar tempo para encobrir suas responsabilidades e o papel dos agentes públicos envolvidos nesse processo.

Tenta ainda evitar o debate do contraditório. Tanto com a Oposição, quanto com o seu maior parceiro privado, a Odebrecht, que cobra uma conta adicional de R$ 246 milhões por ter implantado o terceiro turno nas obras de construção do estádio, dobrando o número de operários envolvidos. Dívida essa reconhecida pelo Governo, mas num valor bem menor: R$ 30 milhões.

Também procura adiar as explicações sobre os valores envolvidos no projeto, cujo valor atualizado já ultrapassa a casa de R$ 700 milhões. O Estado nega ainda o pagamento de adicional de R$ 122 milhões ao consórcio Arena Pernambuco, embora o último balancete orçamentário do Estado de 2015 registre um desembolso total de mais de R$ 140 milhões nos últimos dois anos, sendo R$ 87 milhões em 2014 e R$ 53,7 milhões no ano passado.

Para que a Verdade prevaleça, o coordenador da licitação da Arena Pernambuco, o prefeito Geraldo Júlio, precisa dar explicações sobre o contrato. Assim como devem ser ouvidos também o vice-governador Raul Henry, o procurador-geral do Estado, César Caúla, e os representantes da construtora Odebrecht. 

O Senado abriu na tarde desta quarta-feira, 24, a sessão do plenário em que os parlamentares vão discutir e votar o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser a operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal. A abertura da sessão foi feita pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), 2º vice-presidente do Senado e relator designado ontem pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, para dar parecer sobre a matéria.

A votação do mérito do projeto deve demorar, uma vez que constam cerca de 20 senadores inscritos para debater o assunto. O primeiro a falar é o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). Mais cedo, Renan disse acreditar na aprovação do projeto ainda nesta quarta.

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A falta de um sinal claro da presidente Dilma Rousseff em conversas recentes com interlocutores em relação ao projeto do senador José Serra (PSDB-SP) para o pré-sal tem liberado aliados a discutirem a proposta. O projeto de lei desobriga a Petrobras de ser a operadora única na exploração da camada do pré-sal.

Por lei, a empresa tem participação mínima de 30% em todas as áreas ainda não licitadas. A estratégia de Dilma - que a resguarda de tomar partido em uma matéria contrária ao ideário do PT e de sua base social - tem levado a um aumento da oposição à matéria no Senado.

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Em pelo menos quatro ocasiões, Dilma se posicionou de formas diversas sobre o projeto. No início do mês, ela indicou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não iria se opor publicamente a uma discussão da proposta. Só não toparia a mudança do regime de partilha.

Duas semanas depois, em reunião de líderes da base no Senado, colocou-se a favor do debate do projeto, mas ressalvou que não faltariam recursos para exploração da camada petrolífera.

No terceiro movimento, numa conversa com o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), a petista avalizou uma mudança para permitir que a Petrobras tenha direito de preferência em futuros leilões do pré-sal. A presidente disse ainda a um interlocutor do primeiro escalão ser contra, mas frisou, na ocasião, que cabe ao Congresso encaminhar a proposta. "É importante, mas não agora", disse o ministro com quem a presidente conversou.

Ele citou o fato de que a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional desencoraja por ora investimentos na exploração do pré-sal. O projeto é o terceiro item da pauta do plenário do Senado hoje, mas ainda precisa da aprovação de um requerimento de urgência para ir à votação.

A avaliação feita por petistas é que a presidente, ao não adotar uma posição clara sobre a proposta, tenta não se comprometer com uma polêmica que é tema de debate no Congresso. Ainda mais quando ainda pairam dúvidas se a iniciativa vai prosperar.

Um eventual comprometimento com a matéria, dizem, poderia levá-la a um desgaste desnecessário com os parlamentares do partido, sindicalistas simpatizantes à legenda e a sua base social, num momento em que administra crises maiores nas áreas política e econômica.

Oposição

Desde a semana passada, diante da aparente indefinição do Planalto, o PT no Senado tem feito uma série articulações para, ao menos, adiar a votação da proposta a fim de ampliar o debate.

A bancada petista pretende ouvir, na noite desta terça-feira, 23, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para discutir o projeto. O partido está dividido entre aqueles que aceitam debater o assunto e outros totalmente contrários a qualquer mudança regulatória.

No PMDB, partido do presidente do Senado e maior bancada da Casa, tampouco há consenso. Embora Renan e Eunício sejam entusiastas da proposta, outros peemedebistas, como o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MA) e Roberto Requião (PR), têm se posicionado contra o projeto.

Na reunião da bancada na terça-feira da semana passada, Lobão fez uma enfática defesa da manutenção do atual modelo.

Senadores contrários à mudança e outros defensores de, ao menos, uma maior discussão do projeto de Serra decidiram subscrever uma proposta da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) que inclui na Constituição as atuais regras de exploração do pré-sal.

Essa PEC foi apresentada na quinta-feira passada com a assinatura de 49 senadores - para tramitar, ela precisaria de pelo menos um terço de subscritores no Senado (27 dos 81). Mesmo que não signifique que todos os 49 senadores concordariam integralmente com o mérito da PEC - é tradição entre os parlamentares subscrever medidas de pares só para tramitar -, o número de apoiadores é expressivo para a Casa.

A articulação dessa proposta é semelhante à que um grupo de senadores empreendeu no ano passado na qual conseguiu desacelerar a tramitação do projeto, remetendo-a para uma comissão especial que também por falta de consenso não votou o parecer do senador Ricardo Ferraço (sem partido-ES), favorável à adoção do direito de preferência para a estatal.

"Tem muita gente querendo desacelerar o assunto", disse um senador do PMDB, reservadamente, ao jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), envolveu-se no final da tarde desta quarta-feira, 17, num bate-boca em plenário com o senador petista Lindbergh Farias (RJ) a respeito da votação do projeto do senador José Serra (PSDB-SP) - que desobriga a Petrobras de ser a operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal.

Renan disse que vai colocar em votação hoje a Medida Provisória 694/2015, o que abriria espaço para a votação em seguida do projeto do tucano. Lindbergh confrontou o presidente da Casa dizendo que isso quebraria uma regra informal adotada pelo próprio peemedebista de dar um prazo mínimo de 48 horas para que uma MP seja votada após a leitura em plenário. Essa medida provisória foi lida ontem à noite pelo primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC).

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Renan rebateu, dizendo que essa regra vale para resguardar o direito das minorias e não "salvaguardar interesses ideológicos da maioria". "Essa discussão não pode acontecer, senão teremos aqui o Senado do PT", criticou.

"Que agressão gratuita", treplicou Lindbergh. O senador petista - contrário ao projeto de Serra - disse que no Senado existem regras e que Renan não pode "rasgar o regimento". "Vossa Excelência não pode tudo", disse.

A avaliação de peemedebistas é que senadores do PT têm atuado para impedir a votação do projeto que muda as regras de exploração do pré-sal. Mas Renan e senadores ligados a ele estão dispostos a tentar votar a proposta, após terem tido sinalização da presidente Dilma Rousseff de que o projeto pode ser ao menos discutido em plenário.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse no final da tarde desta quarta-feira, 17, que tentará votar ainda hoje o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser a operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal.

Segundo ele, a matéria já foi muito discutida e o debate amadureceu. Na avaliação do peemedebista, a Petrobras está com um déficit de R$ 500 bilhões e a obrigatoriedade de ela participar de todos os investimentos do pré-sal com pelo menos 30% não faz mais sentido "absolutamente".

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O presidente do Senado rebateu os argumentos do líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), que defende um maior debate da matéria.

Logo após a reunião de líderes partidários do Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira, 16, que vai deflagrar no período da tarde a discussão sobre o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser a operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal. Ele disse que tentará votar a matéria hoje em plenário e, se não for possível, deixá-la para amanhã.

"A expectativa é que possamos deflagrar essa discussão ainda hoje. Se não concluirmos a discussão hoje, poderemos concluir amanhã com certeza e votar definitivamente amanhã", disse o presidente do Senado.

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Para o peemedebista, é preciso apreciar o "mais rapidamente possível" a questão da obrigatoriedade da Petrobras em participar do pré-sal. "Há uma cobrança da sociedade e isso é uma medida em favor da Petrobras, do interesse nacional. Precisamos resguardar o interesse estratégico do Brasil, mas é preciso acabar com a obrigatoriedade dos 30%", avaliou.

A intenção de Renan - entusiasta da proposta desde o ano passado - é apreciá-la logo após a proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) que impede que o governo federal edite qualquer norma legal que imponha ou transfira despesas para os entes regionais sem que haja a previsão de repasses financeiros necessários para o custeio.

A expectativa é que haja muita discussão sobre o projeto de Serra, uma vez que não houve consenso na reunião de líderes a respeito do teor da proposta. O senador Lindbergh Faris (PT-RJ), que participou da reunião mesmo não sendo líder da bancada, defendeu uma maior discussão do projeto de Serra. Ele disse é que preciso aprofundar as discussões diante do cenário de baixo preço do barril de petróleo. O petista, que desde o ano passado tem atuado contra a proposta, tenta evitar que o PL seja apreciado logo no plenário da Casa.

Longa conversa com Barbosa

O presidente do Senado revelou ter tido uma "longa conversa" com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sobre a necessidade de haver uma "agenda de interesse do Brasil". "Mais do que uma agenda de governo, precisamos ter uma agenda do Brasil, com a participação de todos os partidos", disse ele. O encontro, na residência oficial do Senado, não constou da agenda pública divulgada pelas duas autoridades.

Questionado se houve alguma conversa com Barbosa sobre a recriação da CPMF, Renan respondeu que não. Ele lembrou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto tramita neste momento na Câmara. "A prudência recomenda que aguardemos a tramitação na Câmara para deflagrá-la aqui, no Senado", considerou.

Na saída de reunião de líderes, o presidente do Senado informou que, também no período da tarde, vai conversar com a presidente Dilma Rousseff e também vai se encontrar com todos os blocos partidários, a fim de discutir uma agenda de votações para este ano. A intenção de Renan e de senadores é construir uma pauta de matérias que otimize os trabalhos legislativos deste primeiro semestre, uma vez que haverá eleições municipais em seguida, época em que o Congresso tradicionalmente fica esvaziado.

Renan deverá se reunir com a bancada do PSDB por volta das 15h30. O presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), que participou da reunião de líderes, deverá apresentar formalmente a pauta da legenda para este ano. Conforme mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), o tucano pretende adotar em 2016 uma atuação legislativa mais propositiva, depois que pesquisas internas apontaram queda em avaliações pessoais dele e do PSDB diante da conduta mais beligerante ao longo do ano passado.

A apresentadora Xuxa Meneghel vai fazer uma participação em Os Dez Mandamentos. A ex-Rainha dos Baixinhos vai aparecer como figurante em uma das cenas da trama de sucesso da Record. Xuxa vai interpretar uma hebreia e foi posicionada atrás de Moisés (Guilherme Winter).

Aproveitando o encontro, o ator Sidney Sampaio postou uma foto ao lado da loira – que para viver a personagem colocou uma peruca ruiva – em sua conta no Instagram. Na legenda, Sampaio publicou “Olha quem também virou uma hebreia”. Na fotografia também estão os atores Igor Cosso, Fábio Beltrão e Henrique Gotardo.

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Mar Vermelho vai se abrir em Os Dez Mandamentos 

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O elenco do Porta dos Fundos está realmente com tudo. Segundo a coluna Outro Canal eles terão a presença ilustre na segunda temporada do Porta Afora, de nada mais, nada menos que a eterna Rainha dos Baixinhos, Xuxa.

Ela será uma das entrevistadas de Fábio Porchat e Rosana Hermann e teria aceitado o convite retribuindo a visita do humorista a seu programa na Record. A atração será exibida novamente em 2016, no Multishow e com estreia prevista para março.

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A apresentadora deve gravar sua participação nos próximos dias na casa de Fábio, no Rio de Janeiro. O astro contou ao veículo o que ele espera desse encontro:

- Agora ela que vai 'incorporar' lá no 'Porta Afora, disse Fábio, que brincou de receber um espírito no programa de Xuxa.

Pelo visto, não vai ser dessa vez que veremos Tatá Werneck dando o ar de sua graça na Escolinha do Professor Raimundo, que terá um remake. A atriz contou nesta sexta-feira, dia 23, em seu Instagram que não vai poder participar da atração.

Muito obrigada pelo convite para participar do remake da Escolinha. Seria uma honra poder participar! Mas infelizmente as gravações coincidem com as últimas gravações da novela! Tenho certeza que será um sucesso, colocou a comediante na legenda da montagem que ela publicou de vários atores do programa.

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Já foi revelado quais serão os personagens de alguns atores, como o Mateus Solano, que fará o papel do Ptolomeu.

Vale lembrar, que a gatíssima está arrasando em I Love Paraisópolis, a novela das sete da Globo.

O deputado federal Raul Jungmann (PPS) apresentou requerimento na CPI dos Fundos de Pensão em que pede a convocação ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil e ex-presidente do Conselho Consultivo da Previ, Henrique Pizzolato. A Justiça italiana informou que Pizzolato deve ser extraditado para o Brasil nesta quarta-feira (7).

Condenado no processo do mensalão do PT por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato fugiu para a Itália em 2013, usando documentos de um irmão morto, para escapar da prisão. Desde então, o governo e o Ministério Público do Brasil protagonizam uma batalha jurídica para tentar extraditá-lo.

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Jungmann acredita que o ex-diretor do Banco do Brasil pode contribuir com os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito, já que em depoimento à CPI dos Correios, o petista chegou a declarar que o então chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, de quem era conhecido desde os tempos de militância no movimento sindical dos bancários, realizava frequentemente reuniões com os dirigentes dos fundos de pensão patrocinados por empresas estatais, como era o caso do PREVI, com o propósito de influenciar nas decisões de investimentos desses fundos.

O deputado do PPS menciona ainda que Henrique Pizzolato também afirmara que o então presidente da Previ, Sérgio Rosa, teria lhe confidenciado que haveria "coisa de campanha" e "interesse político" nas negociações do fundo sobre a reestruturação do setor de telecomunicações. Na época, para os parlamentares da CPMI, ficou clara a ingerência de Gushiken nos milionários fundos de pensão.

“Os fatos mencionados, somados a tantos outros desdobramentos relacionados, que levaram à condenação de Pizzolato e a investigações que se replicam até hoje envolvendo fundos de pensão de empresas estatais, demonstram a importância de esta CPI dos Fundos de Pensão tomar o depoimento do Sr. Henrique Pizzolato, para o desenvolvimento dos seus trabalhos”, justificou Raul Jungmann na proposta que precisa ser aprovada pelo colegiado.

John Green está levando os fãs à loucura com a sua passagem pelo Rio de Janeiro para o lançamento do filme Cidades de Papel, inspirado no seu livro de mesmo nome. E, ao que parece, ele vai estender os passeios ao Projac para gravar uma participação na atual temporada de Malhação, da Globo!

A notícia foi divulgada no site da trama teen, no entanto, mais informações sobre a participação do autor não foram liberadas.

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John estava na Cidade Maravilhosa acompanhado de Nat Wolff, que também participou do filme de A Culpa é das Estrelas. O ator, no entanto, teve que deixar o país após passar mal. Ele comeu um camarão que não caiu bem, cancelou seus compromissos e voltou aos Estados Unidos.

A Petrobras assinou nesta quarta-feira, 1, com a PetroRio (ex-HRT) os contratos para a venda de sua participação de 20% nas concessões dos campos de Bijupirá e Salema, atualmente operados pela Shell. Conforme o comunicado divulgado à noite, o valor da transação é de US$ 25 milhões, sujeito a ajustes comuns nesse tipo de operação.

Ainda segundo o comunicado, esses campos estão localizados na Bacia de Campos, em lâminas d'água variando de 480 a 850 m. A produção diária média é de 22 mil barris de óleo e 325 mil m3 de gás associado. O óleo extraído é do tipo leve de 28º a 31º API.

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"Esta operação faz parte do Plano de Desinvestimento da Petrobras, está relacionada à otimização do portfólio na área de Exploração e Produção e alinhada com o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019", diz a estatal.

A petroleira diz ainda que a conclusão da transação de compra e venda entre as partes está sujeita a determinadas condições precedentes, dentre as quais a aprovação da cessão de direitos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

Participação

A PetroRio, por sua vez, informou que, com a compra da participação, ficará com 100% desses campos. Isso porque a companhia já havia firmado em janeiro passado com a Shell contrato de compra e venda para adquirir 80% de Bijupirá e Salema. "Assim, após a aprovação da transação pelos órgãos reguladores, a PetroRio passará a deter 100% de participação e será a operadora dos campos", explica, por meio de fato relevante.

A companhia explica também que o valor total da transação com a Petrobras soma US$ 25 milhões, sujeito a ajustes, e será pago em dinheiro, sendo que 20% deste montante serão pagos com recursos próprios e 80% mediante operação de financiamento estruturado. A aquisição engloba a participação de 20% da Petrobras e equipamentos relacionados à operação dos campos.

Segundo a PetroRio, a aquisição é "um importante marco para a companhia, pois corrobora a estratégia de crescimento através da aquisição de campos já em fase de produção". "Estima-se que a produção advinda de BJSA (Bijupirá e Salema) aumentará consideravelmente os níveis atuais de produção da PetroRio", diz a empresa.

O receio de fracasso nos leilões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos fez o governo voltar atrás e rever a participação do BNDES. O banco estatal vai financiar até 70% dos investimentos previstos no pacote das concessões de infraestrutura que o governo pretende anunciar no início de junho. Com a suspensão dos repasses do Tesouro, a participação do banco havia sido reduzida para até 50%.

O BNDES será a fonte do financiamento de longo prazo, enquanto outros bancos devem assumir os chamados empréstimos-ponte, tipo de financiamento de curto prazo concedido ao empreendedor para garantir o início dos investimentos enquanto o crédito de longo prazo é analisado. Nos últimos pacotes, o banco de fomento também era a fonte dessas operações, que devem ficar agora a cargo das instituições de varejo, com custo de mercado.

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Essa estratégia permitirá que o financiamento de longo prazo só comece a ser desembolsado em 2017 - ou, no melhor dos cenários, no segundo semestre de 2016.

Os financiamentos de longo prazo também não serão integralmente contratados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), a taxa usada como referência para as operações do banco e que atualmente está em 6% ao ano, bem abaixo dos juros de mercado, considerando que a taxa básica (Selic) está cotada em 13,25% ao ano.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que 20% do financiamento a ser liberado pelo banco de fomento terá juros de mercado. Mesmo os 50% restantes só terão TJLP integral se o projeto oferecer como contrapartida a emissão de debêntures. O banco vai se comprometer a subscrever os títulos, caso o mercado não absorva 100% das emissões.

A instituição de juros de mercado em parte dos financiamentos do BNDES das obras de infraestrutura vai reduzir a rentabilidade dos projetos. Mas o banco não dispõe de recursos suficientes para empréstimos vultosos como estes remunerados a juros tão abaixo do mercado.

Papel

Apesar de a equipe econômica divulgar que trabalha para mudar a composição do financiamento dos projetos de infraestrutura no País - sempre com base nos bancos públicos -, a reportagem ouviu de fontes que trabalham no desenho do pacote que não há como retirar do BNDES o papel de maior financiador desses projetos.

Embora tímida, essa redução no papel do banco de fomento está sendo considerada "razoável" por fontes do governo. Resta ao BNDES desembolsar cerca de R$ 30 bilhões contratados nos últimos pacotes de concessões. Os financiamentos de longo prazo da nova rodada de concessões vão somar em torno de R$ 110 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As incertezas com os rumos da economia brasileira afugentaram os investidores do mercado imobiliário. No terceiro trimestre, apenas 20% dos compradores que adquiriram um bem tinham como objetivo o investimento, segundo a pesquisa Raio-X FipeZap: Perfil da Demanda de Imóveis. No início de 2014, esse porcentual era de 52% e, no mesmo período de 2013, 41%.

"Aparentemente, o mês de novembro foi um pouco melhor de acordo com alguns indicadores antecedentes, mas o pessimismo deve se manter", afirma Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP). Ele avalia que a deterioração do emprego e da renda deve contribuir para tornar 2015 um ano difícil para o mercado imobiliário. Há ainda no radar a elevação da taxa básica de juros, a Selic, que deve encarecer o custo dos financiamentos habitacionais.

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Zylberstajn lembra que esse comportamento mais conservador do investidor também está relacionado com as expectativas em relação aos preços. "Caiu um pouco a ficha de todo mundo e pouca gente espera ter ganho acima da inflação nós próximos anos". Segundo a pesquisa, só 16% dos entrevistados esperam um aumento de preço dos imóveis acima da inflação para os próximos dez anos.

Os investidores do mercado imobiliário são geralmente tidos como os especuladores que contribuíram para a alavancada dos preços nos últimos anos, mas Zylberstajn lembra que é importante contextualizar essa afirmação. "É preciso separar aquele que coloca para locação e o para revenda, mas os dois investidores são importantes. Para locação, é o investidor que vai alimentar esse mercado, onde existe muita gente que não tem condições de adquirir um imóvel", ressalta.

Tendência

A pesquisa ouviu 1.943 usuários do site de classificados de imóvel Zap. Além desse levantamento sobre o comportamento dos compradores, a Fipe e o site de classificados Zap divulgam mensalmente um indicador com o preço anunciado dos imóveis prontos em 20 cidades. De janeiro a novembro, o valor do metro quadrado acumula alta de 6,35% no ano, abaixo da inflação pelo IPCA no período (6,56%). E, daqui para frente, a tendência é de maior acomodação.

Há indicações para isso. O preço de locação em São Paulo, o maior mercado imobiliário do País, subiu 2,15% nos primeiros noves meses do ano, segundo o FipeZap. "Nós olhamos para o mercado de locação porque ele é mais ágil, se ajusta mais rápido, então é sinal de que no mercado de venda pode haver uma pressão de baixa em 2015", diz.

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