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O Ministério das Comunicações admite que pode haver algum ajuste na data do leilão de concessão da faixa de 700 MHz para transmissão de dados de quarta geração, o 4G. No entanto, o ministro Paulo Bernardo afirmou que a realização do leilão dificilmente passará de agosto. "A data prevista é meados de agosto. Evidente que podemos fazer algum ajuste, mas dificilmente vai sair do mês de agosto. O pessoal acha que deve ser lá pelo dia 15 ou dia 18 de agosto", contou Bernardo, após participar do seminário internacional A internet das coisas: Oportunidades e perspectivas da nova revolução digital para o Brasil, promovido pelo BNDES.

O ministro lembrou que a previsão de arrecadação do novo leilão 4G feita pelo Ministério da Fazenda é de R$ 7,5 bilhões, mas disse que o valor pode ser maior, caso haja concorrência. "Isso é uma previsão. Vamos fazer todos os cálculos de novo antes de publicar o edital. Foi estipulado um preço mínimo pelos lotes, claro que leilão é leilão, pode ser que haja uma concorrência maior e aumente a arrecadação prevista", ressaltou.

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Quanto às críticas sobre a ausência de obrigações de cobertura para as operadoras interessadas, Bernardo afirmou que o edital prevê contrapartidas como indenizações a canais de televisão que terão que liberar a faixa de 700 MHz para o 4G.

"As empresas todas em qualquer hipótese vão ter obrigações para desocupar faixa e indenizar investimentos que vão ter que ser feitos pelos setor de televisão, isso inclusive vai ser expresso em números. No edital, vai ser citado quanto que vai ser o limite do pagamento", apontou o ministro das Comunicações.

Investidores

Bernardo contou que viaja ao exterior em junho para conversar com possíveis investidores para o leilão de 4G. A delegação brasileira passará por Estados Unidos e Europa, por sugestão da própria presidente Dilma Rousseff.

"Nós vamos fazer uma viagem, conversei até com a presidente (Dilma Rousseff), falei que ia fazer, ela achou que era importante não só ir para os Estados Unidos como para a Europa também. Estou pensando em fazer uma única viagem, aí a gente vai às duas regiões de uma vez", contou Bernardo.

Diante das especulações da entrada de novas operadoras estrangeiras no País interessadas na nova faixa de 4G, Bernardo confirmou que tem mantido conversas com empresas interessadas no leilão, mas não quis revelar nomes. "Estamos conversando informalmente com muita gente. Mas não vamos divulgar nada", declarou.

O Ministério das Comunicações liberou os Correios para prestar serviços de telecomunicações como uma operadora de telefonia celular. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, assinou a portaria nº 416, autorizando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a explorar a prestação destes serviços, chamado tecnicamente de MVNO. O documento foi publicado na edição desta quinta-feira (8) do Diário Oficial da União (DOU). A previsão é que o serviço seja oferecido ainda neste ano.

Segundo a portaria, essa parceria comercial poderá ser implementada com a constituição de subsidiárias ou a aquisição de controle ou de participação acionária em empresas já estabelecidas. Ou seja, os Correios não terão infraestrutura própria. Parcerias deverão ser firmadas com empresas do setor de telecomunicações, de acordo com a regulamentação específica da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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A rede de agências dos Correios, presente em todos os municípios do país, com aproximadamente 12 mil unidades de atendimento, auxiliará o acesso do cidadão ao serviço de telefonia celular. Assim, por exemplo, o cidadão residente em uma área remota, onde não há hoje pontos de vendas de serviço móvel pessoal, poderá ter atendimento presencial para conhecer, compreender as funcionalidades e contratar o serviço de telefonia móvel dos Correios.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (6), que o Tesouro Nacional quer que a arrecadação do governo com o leilão da faixa de 700 MHz seja a melhor possível para contribuir com a meta fiscal. A frequência será licitada neste ano e será destinada para a cobertura 4G.

Bernardo afirmou ter sido procurado pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, para discutir o assunto, mas disse que o valor da outorga da faixa ainda não foi definido. "O Tesouro me procurou e não tem porque esconder isso. O Arno precisa cumprir a meta fiscal, quer saber qual é a arrecadação e até deixou claro que tem interesse de que a arrecadação seja a melhor possível", afirmou o ministro ao chegar na sede do ministério em Brasília.

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Ele reconheceu que a faixa de 700 MHz vale mais que os R$ 6 bilhões estimados no Orçamento, mas lembrou que as obrigações que as teles terão que cumprir no leilão vão reduzir a outorga. "Com certeza vale muito mais que R$ 6 bilhões, talvez até mais que R$ 12 bilhões, mas temos que considerar que vamos colocar, com certeza, a obrigação de ressarcir as despesas com interferência e liberação da frequência. E isso diminui a outorga", afirmou.

O ministro negou que o governo estude oferecer um tratamento diferenciado para as transmissões em alta definição de empresas de serviços online, como a Netflix, destinando parte da faixa para essas companhias. "Isso nós não vamos fazer de jeito nenhum. O governo é a favor da neutralidade de rede. Isso está no nosso projeto de marco civil de internet e vai ser respeitado", afirmou. "Não tem possibilidade de que uma parte da faixa não esteja submetida à neutralidade de rede. Isso pode ser desejo de alguém, mas isso não está sob cogitação de jeito nenhum."

De acordo com Bernardo, o governo trabalha com a ideia de dividir a faixa de 700 MHZ em quatro lotes nacionais. "Dois lotes é muito pouco provável, não é isso que está sendo discutido", afirmou. Segundo ele, todas teriam o mesmo tipo de obrigação. "Não estamos caminhando por aí (diferenças de obrigação entre faixas)", afirmou.

Atualmente, o mercado de telefonia celular possui cinco concorrentes - Claro, Vivo, Oi, Tim e Nextel. "Quatro lotes nacionais é o natural. Pode acontecer de não vender todos. Ninguém é obrigado a comprar. Mas pode ser que outra empresa que não esteja entre as atuais resolva comprar. Até onde eu sei, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai trabalhar com a ideia de estimular a concorrência internacional."

Bernardo disse ainda que não está definido quem vai bancar as despesas da população de baixa renda com a aquisição da TV digital ou conversores de sinal. "Não temos ainda definido se isso vai ser feito pelo governo ou se vai ser pelas empresas compradoras da frequência", afirmou.

"De qualquer forma, se nós queremos arrecadar mais, temos que criar condições para que a frequência seja usada o mais rapidamente possível. Isso quer dizer que a recepção tem que ser resolvida. Se você vende uma frequência e fala que vai levar dois anos para ser desocupada, é evidente que isso é um fator de desvalorização do produto do leilão."

Deputados do PSDB reagiram às críticas disparadas pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que atacou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em entrevista publicada na edição deste domingo do jornal O Estado de S.Paulo. "É o Aécio que vai salvar a nossa economia?", questionou Bernardo, ao comentar se a economia era a grande preocupação da campanha deste ano. Bernardo também provocou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao afirmar que "quem alavancou os grandes investimentos de Pernambuco foi o governo federal".

"Quando o presidente Lula assumiu (a Presidência da República), a inflação era de 12,7%. Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu, era de 50%, 60%. O presidente FHC teve um papel crucial ao estabelecer as bases da nossa economia: câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário, que o atual governo do PT está desintegrando", criticou o presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira.

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Para o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), a fala do ministro demonstra uma preocupação do Palácio do Planalto na condução da própria política econômica. "Quando ele (Paulo Bernardo) fala de economia, comete um ato falho: 'Quem vai salvar a economia?'. Só de perguntar já é uma demonstração inequívoca de que ele reconhece que a economia vai mal", comentou Sampaio.

Na entrevista publicada neste domingo, Bernardo também afirmou que "aquela turma da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio, da Casa das Garças (instituto que reúne ex-colaboradores do governo Fernando Henrique) acha que vai fazer a cabeça das pessoas", mas, segundo o ministro, "ninguém entende o que eles falam".

"Quem é ele para questionar a turma da PUC do Rio? Falta qualificação a ele. Ele entrou na hora errada, falou do jeito errado, demonstrando prepotência e arrogância que são as marcas do governo Dilma Rousseff", rebateu Sampaio.

Programa Social

Na entrevista, Bernardo afirmou que "a novidade é o Aécio dizer que vai adotar o Bolsa Família". "Antes, o PSDB dizia que o programa era esmola", atacou o ministro. Na opinião do presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, o ministro devia concentrar suas ações na "deterioração dos serviços de telecomunicações". "Não sei se a idade do ministro está avançando ou a memória falhando, mas quem chamou (os programas sociais) de esmola foi o próprio Lula no governo FHC", comentou Pestana.

"O Paulo Bernardo e qualquer outro ministro tem pouca margem para falar de eficiência e sobre a eleição de 2014, porque este é o pior ministério da história republicana. A Dilma sequer conseguiu atrair alguém próximo ao mercado para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior", disse Pestana.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff decidiu nomear o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, para a chefia da pasta, no lugar de Fernando Pimentel, que deixou o cargo para concorrer ao governo de Minas Gerais.

Pernambuco

Procurada pela reportagem, a assessoria do governo de Pernambuco ainda não se manifestou sobre as declarações de Paulo Bernardo.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu nesta quarta-feira (12) a isonomia tributária entre as empresas estrangeiras de tecnologia que atuam na internet, como Google, Facebook e Apple, e as empresas nacionais. Paulo Bernardo afirmou que essas grandes empresas da internet são pagas pelos serviços prestados com publicidade via cartões internacionais, o que não permite visibilidade na documentação de suas filiais brasileiras.

Dessa forma, disse o ministro, elas acabam pagando menos impostos no País. Para o ministro, o Brasil se tornou "um paraíso fiscal" para esses sites internacionais."Há um desequilíbrio do mercado", afirmou ele. "Temos que ter tratamento tributário igual", ressaltou. Os serviços de exibição de filme ofertados pela Internet, como a Netflix, também estão no alvo do governo.

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A reportagem apurou que essas companhias americanas estão no radar da Receita Federal. Segundo informou uma fonte da área econômica, o Fisco estuda mudanças na tributação para fechar brechas na legislação que estariam levando à evasão fiscal e prejudicando a concorrência com as empresas brasileiras. A avaliação da área técnica é de que existe uma "zona cinzenta" na legislação que precisa ser resolvida.

"Esse mercado precisa ser melhor regulado", disse a fonte. Em outra frente, a Receita faz uma ofensiva na fiscalização nessas companhias. O entendimento é de que as receitas ficam em outros países e esses lucros não obedecem às regras da concorrência a que todos as empresas se submetem. O forte crescimento dessas empresas no Brasil ocorreu num ambiente de condições mais privilegiadas em comparação com tratamento mais rigoroso de países europeus.

Transparência - O ministro não quis comentar informação de que a Receita está investigando a forma de pagamento das empresas, mas ponderou que é preciso maior transparência na atuação dessas companhias estrangeiras no País. Ele lembrou que outros países, como a França, já fizeram modificações na regulamentação para alcançar os sites da internet.

"É lícito discutir redução da carga tributária. Já fizemos outras desonerações, mas precisamos de transparência", defendeu Bernardo. "Do jeito que está não dá", reclamou. O ministro ressaltou que o governo fez modificações para dar mais controle a comercialização de TV de assinatura por satélite.

Crítico da atuação dessas empresas estrangeiras da internet, o ministro comparou o Brasil a um paraíso fiscal para elas. "Aqui elas pagam menos imposto. Para elas, é um paraíso fiscal", alfinetou o ministro, que tem recebido representantes dessas empresas em Brasília. Paulo Bernardo citou o caso do Google que recebeu cerca de R$ 3,5 bilhões em publicidade em 2013, só perdendo para as organizações Globo.

O ministro comparou a situação atual de desequilíbrio a duas quitandas que se instalam na mesma rua, mas que pagam tributos de forma diferente. "Uma vai quebrar e a outra ficará mais rica e abrir um supermercado", criticou.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda (3) que estuda a apresentação de um projeto de regulação da mídia, que não interfira no conteúdo do que é publicado pelos meios de comunicação. Segundo ele, o plano apresentado pelo ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Franklin Martins, precisa ser complementado, já que não apresenta questões essenciais sobre o que acontece na internet.

“O Google está se tornando o grande monopólio da mídia. A gente vê uma disputa entre as empresas de telecomunicações e TVs e, provavelmente, se durar muitos anos, o Google vai engolir os dois”, declarou em coletiva. Para ele, é necessário dar as empresas que oferecem serviços na web as mesmas responsabilidades dos veículos tradicionais.

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“Sou favorável à regulação da mídia, sempre falei isso e sempre defendi. Nós precisamos apenas chegar a um acordo sobre qual vai ser o modelo, qual vai ser a forma de conduzir, se vamos fazer um projeto único ou se vamos fazer por partes”, declarou.

De acordo com Paulo Bernardo, somente em 2013 o Google faturou R$ 3,5 bilhões de publicidade no Brasil. “E esse dinheiro tem o mesmo imposto que a mídia tradicional paga? Não acredito que tenha”, questiona.

Em nota enviada à Agência Brasil, a Google informou que paga todos os impostos devidos no Brasil. O Google destacou ainda que em 2012 recolheu mais de R$ 540 milhões em impostos para as diversas esferas do governo brasileiro.

Com informações de agências

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira, 3, que a oposição não tem "nada" a dizer e atacou os tucanos, comentando que o governo Dilma Rousseff gerou mais empregos que a administração Fernando Henrique Cardoso.

"Se você olhar além do governo, o que a oposição tem a dizer? Nada. Você olha e o que eles têm falado de emprego? Quando o PSDB governou o País, o que eles fizeram em termo de emprego? Nada. As pessoas falam assim 'Mas em 2013, gerou-se pouco emprego'. É, gerou menos do que nos anos (anteriores), mas é mais que o FHC (Fernando Henrique Cardoso) gerou em oito anos", disse Paulo Bernardo a jornalistas, após a cerimônia de posse de novos ministros, no Palácio do Planalto.

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Para o ministro, a "oposição está tentando se encontrar". "Todos os dias eles entram na internet, leem os jornais e procuram as piores notícias, as mais desfavoráveis para o governo, para ver se é por ali que eles têm de bater. Mas isso é muito pouco: ter uma oposição que só sabe ler jornal, comentar e correr atrás do que algumas matérias dizem", criticou o ministro.

Questionado sobre o desafio eleitoral nestas eleições, o ministro reiterou que "eleição presidencial" é sempre difícil. "Depois que redemocratizamos o País, não teve nenhuma reeleição fácil. Vai ser difícil, disputado, mas o que estou vendo é que por um lado a presidente Dilma se consolidou, fez o seu dever de casa, tá com um governo que é bem reconhecido e, por outro lado, temos uma oposição que não tem o que propor. Não tem alternativas para o País", avaliou Paulo Bernardo.

De acordo com o ministro, o atual quadro eleitoral aponta para uma reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Temos um quadro que indica que ela tem condições de se reeleger. Fácil, não, mas vai se reeleger", comentou Paulo Bernardo.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, avaliou nesta segunda-feira, 18, que não existem justificativas técnicas ou políticas para que não se exija a construção de datacenters no País para o armazenamento de dados de navegação dos usuários de internet. Esse é o ponto que gera mais discussão em torno da proposta de marco civil da internet que tramita no Congresso. "Não queremos imputar custos altos para as empresas do setor, tanto que o governo já abriu mão dos tributos que incidem sobre esses equipamentos", afirmou.

O ministro voltou a comentar os casos de espionagem por agências internacionais de inteligência e disse que o governo dos Estados Unidos já foi convidado para a reunião global sobre o futuro da governança da internet que será realizada em São Paulo nos dias 23 e 24 de abril do próximo ano. Essas declarações, inclusive, foram feitas durante o anúncio da realização da Conferência Internacional sobre Governança Global da Internet, em abril do próximo ano, em São Paulo.

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"Sou a favor do monitoramento pode segurança para se evitar crimes cibernéticos, mas sou contra o fato de um país quebrar o sigilo do mundo inteiro. Espionar a presidente Dilma Rousseff e a chanceler Angela Merkel (da Alemanha), ou espionar a Petrobras, não tem nada a ver com segurança nacional", completou.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse, nesta quinta-feira, 7, que a migração das rádios AM para FM, a partir de janeiro, ocorrerá primeiro nos locais onde ainda há espaço na frequência. "Em São Paulo, por exemplo, o FM já está todo ocupado, então essa transição vai demorar um pouco mais", explicou.

Onde a frequência já estiver totalmente ocupada, o governo pretende liberar a faixa dos canais analógicos de TV 5 e 6 para as rádios AM, assim que concluída a digitalização do sinal de TV.

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Segundo ele, haverá uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Ecoômico e Social (BNDES) para que as rádios com frequência AM consigam adquirir os equipamentos necessários para passar a transmitir em FM. O ministro participou pela manhã da solenidade de assinatura do decreto de migração das rádios.

Internet

Em relação ao marco civil da internet, Paulo Bernardo admitiu que pode ser melhor demorar um pouco mais para se votar a proposta para que o texto final seja melhor elaborado e atenda aos interesses tanto do setor de telecomunicações quanto dos usuários. "Queremos um texto que seja bom para todos, que garanta o negócio das empresas e a segurança e privacidade dos usuários".

Bernardo negou que a proposta de instalação obrigatória de data centers no País aumente os custos para os consumidores. Segundo ele, as operadores de telecomunicações "são empresas competitivas". Ele ainda ironizou essa desculpa de aumento de custos dada por algumas empresas de internet. "O Facebook é de graça para o usuário. Então vai aumentar o custo em quê?", questionou.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, voltou a apresentar nesta quarta-feira, 16, dados sobre o crescimento da base de usuários de serviços de banda larga móvel nos últimos anos. Ele participa de mais uma audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, para debater o projeto conhecido como Lei das Antenas, que irá disciplinar as regras para a instalação de unidades transmissoras de sinal de telefonia nos municípios.

O ministro defendeu o projeto que, segundo ele, harmoniza a legislação sobre o tema, uma vez que cerca de 250 municípios atualmente possuem regras próprias sobre a instalação da infraestrutura. "Não temos pretensão de invadir a autonomia dos municípios, mas claramente a emissão de radiação é um assunto cuja regulação deve ser federal", argumentou.

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Bernardo citou mais uma vez as soluções criativas que vêm sendo apresentadas por algumas operadoras, que têm disfarçado suas antenas para que não tenham tanto impacto visual em áreas turísticas ou históricas das cidades. "Achamos que a implantação de mais antenas é fundamental para melhorar a qualidade dos serviços", completou.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou nesta segunda-feira, 14, os 262 municípios selecionados no programa Cidades Digitais, todos com menos de 50 mil habitantes. Segundo o governo, 6,2 milhões de pessoas serão beneficiadas. Os investimentos devem chegar a R$ 201,7 milhões. O projeto faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Por meio do programa, o governo contrata empresas para construir uma rede de fibra óptica nos municípios. O objetivo é conectar órgãos públicos e ofertar pontos de acesso à internet para uso livre e gratuito em espaços públicos. O projeto inclui a implantação de aplicativos e-gov. Em 2012, 80 municípios foram contemplados.

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Bernardo voltou a falar em espionagem e informou que um decreto vai tornar obrigatório no governo o uso do e-mail criptografado, criado pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Todos os órgãos da administração pública terão de adotá-lo, exceto empresas estatais. O objetivo é evitar que autoridades sejam alvo de espionagem.

O Ministério das Comunicações será um dos primeiros a testar o e-mail, já em novembro. O decreto vai estabelecer um cronograma para que todos os órgãos envolvidos possam implantar o sistema. A presidente Dilma Rousseff quer que o sistema esteja funcional no segundo semestre de 2014.

De acordo com Bernardo, o governo vai trocar o programa da Microsoft, o Outlook, pelo Expresso, da Serpro. "Já avisamos a empresa que não vamos renovar a licença", afirmou. A proposta de Bernardo é que o dinheiro economizado com a não-renovação das licenças da Microsoft seja reinvestido nas redes do governo, como Telebrás, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Serpro e Dataprev.

O sistema vai usar a rede da Telebras, o que, segundo o ministro, dará segurança à troca de mensagens entre e-mails do governo. "As vantagens são cumprir as obrigações de um País civilizado e não deixar que as contas de e-mail sejam devassadas e invadidas, até porque uma das coisas fundamentais na correspondência, inclusive na eletrônica, é que as pessoas têm direito à privacidade", afirmou.

O ministro disse que a Serpro, juntamente com os Correios, está trabalhando para criar um e-mail seguro para a população, mas esse é um projeto autônomo. "Era inicialmente um processo comercial, que teria o aviso de recebimento e seria vendido. Agora, estamos avaliando fornecer o e-mail para as pessoas interessadas", afirmou.

Leilão

Bernardo disse ainda que o leilão da faixa de 700 MHz deve ocorrer no primeiro semestre de 2014. A frequência será destinada para o 4G. O ministro garantiu que os canais de televisão que terão de ser alocados para esvaziar o espectro não ficarão sem lugar. Também afirmou que o governo tomará cuidados para que não haja interferência entre os telefones e a TV, como apontam estudos do setor de radiodifusão. "Não pode ter interferência, nisso nós concordamos", afirmou.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira, 14, que o governo ainda não foi oficialmente notificado sobre o acordo entre a espanhola Telefónica e a Telecom Itália. "Nós estamos esperando o comunicado oficial. Temos apenas informações extraoficiais", afirmou.

O ministro disse que apenas após essa notificação o governo vai estudar o caso. Se a Telefónica decidir converter as ações preferenciais que detém da Telecom Itália em ordinárias, o grupo se tornaria dono das operadoras de telefonia celular Vivo e da Tim no Brasil. Porém, há restrições regulatórias para que isso ocorra.

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Sobre a fusão entre Oi e Portugal Telecom, o ministro disse que o governo foi consultado previamente, mas não participou do processo. "Não estabelecemos nenhum obstáculo", afirmou. Bernardo disse que o governo vai aguardar o prosseguimento do processo, que inclui a capitalização do grupo.

Enquanto Dilma Rousseff evita comentar em público a aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos e pede respeito à ex-ministra do Meio Ambiente em reuniões privadas com aliados, seus auxiliares e correligionários iniciaram ontem, 9, uma ação para minar a dupla que se uniu pelo projeto presidencial do PSB.

A estratégia consiste em mostrar as contradições da união da ex-ministra com o governador de Pernambuco. A aposta dos petistas é que haverá uma disputa entre os dois pela vaga de cabeça de chapa na campanha ao Palácio do Planalto no ano que vem.

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Coube ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, fazer ontem a mais crítica declaração do governo até agora contra a parceria de Marina com Campos. "Não sei se a chapa é competitiva. Ela (Marina) acrescenta para ele (Campos), mas se você for pensar, se ela for vice, no Brasil ninguém vota por causa do vice", afirmou o ministro logo após deixar reunião com Dilma no Palácio do Planalto ontem.

Bernardo disse ainda que ambos, por articularem uma candidatura contrária ao PT, mudaram o discurso - Marina foi ministra de Meio Ambiente de Lula e Campos, da Ciência e Tecnologia, também na gestão do ex-presidente. Para o ministro, a aliança anunciada no sábado, 5, aumentou as chances de Dilma vencer a eleição do ano que vem ainda no 1.º turno.

Horas depois da reunião com o ministro, Dilma esteve no Congresso. Questionada sobre Marina e Campos, respondeu: "Hoje estou na fase dos grandes beijos". Na segunda-feira, 7, havia dito em reunião de líderes que a parceria de Marina com Campos fosse tratada com precaução. "Marina não é qualquer pessoa", afirmou, segundo aliados.

No mesmo evento do Congresso em que Dilma disse estar numa "fase de grandes beijos", os petistas repetiam as críticas de Bernardo. "Em eleição, dois mais dois não é quatro: a redução do número de candidatos fortalece quem está no governo", afirmou o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).

"Os votos tendem a se pulverizar, é uma aliança que vai para a direita", disse o petista, lembrando a adesão ao PSB de Paulo Bornhausen, filho do ex-senador Jorge Bornhausen, e do ex-senador Heráclito Fortes (PI), ambos do antigo PFL, adversário histórico do petismo.

O secretário-geral do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), afirmou que a aliança tem incoerências que decepcionaram os militantes da Rede - partido que teve o registro negado por falta de assinaturas - e que não garantirão a transferência de votos de um para o outro. "Há um descontentamento da militância da Rede. Ele (Campos) trouxe setores muito conservadores para o partido", disse o petista, segundo quem o posicionamento do PSB em temas ambientais, como na votação do novo Código Florestal, tende a afastar os eleitores que apoiaram Marina nas eleições de 2010./ COLABORARAM DÉBORA BERGAMASCO e RICARDO DELLA COLETTA

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta (2) que a fusão entre a Portugal Telecom e a Oi/Brasil Telecom, representa a consolidação de um processo que já estava sendo desenhado desde a compra de participações na Oi pela empresa portuguesa. O acordo de intenções para fusão das operadoras foi assinado hoje. A proposta inclui no processo as holdingsda operadora brasileira, constituindo uma entidade única liderada pela companhia portuguesa.

“O caso da Brasil Telecom com a Portugal Telecom já vinha sendo anunciado. [A Portugal Telecom] já tinha entrado como sócia, e ontem anunciaram movimento de fusão entre as duas empresas. Para nós, competição é bom. Ajuda o mercado. A briga entre elas faz com que o consumidor acabe ganhando”, disse Paulo Bernardo durante audiência pública no Senado..

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Paulo Bernardo citou também a possibilidade de fusão entre outras duas grandes do setor: a Vivo, do grupo espanhol Telefônica, e a TIM, ligada à Telecom Itália. “Em 2007, [a Telefônica] passou a fazer parte de um bloco que tem controle das ações estratégicas da Telecom Itália. Dez dias atrás, anunciaram que a Telefônica pode aumentar sua participação nesse bloco. Colocaram dinheiro para pagar a dívida, o que pode ser exercício para aumento de capital. Isso pode ser anunciado em janeiro”, disse o ministro.

Bernardo lembrou que só a TIM tem 78 milhões de números de celulares no mercado. E a Vivo, cerca de 85 milhões. “O que temos de concreto é que eles têm até o final dessa semana para apresentar documentação ao Cade e à Anatel, e que há um acordo prevendo que a Vivo não pode participar das decisões estratégicas da TIM.

“Se uma empresa passar a fazer parte do bloco e começar a interferir, [a questão] pode ir ao Cade, que pode obrigar a se desfazer de uma delas”, acrescentou.

A nova empresa criada com a fusão da Portugal Telecom e Oi, a CorpCo, só avançará depois de a fusão ser aprovada por todos os acionistas das operadoras portuguesa e brasileiras, além de haver um aumento de capital na ordem de 2,3 bilhões a 2,7 bilhões de euros, e ainda aprovação das entidades de regulação. A transação está prevista para o primeiro semestre do próximo ano.

As empresas explicaram que a fusão surge na sequência da aliança estabelecida em 2010, ano em que a Portugal Telecom entrou na Oi, após a venda da participação que o grupo português detinha na brasileira Vivo à operadora espanhola Telefônica, por 7,5 bilhões de euros. A fusão irá resultar na criação de uma operadora de telecomunicações que cobrirá uma área geográfica com cerca de 260 milhões de habitantes e 100 milhões de clientes.

O presidente executivo da nova empresa será Zeinal Bava, atual presidente da Portugal Telecom. O conselho de administração para o primeiro mandato de três anos será composto por Alexandre Jereissati Legey, Amilcar Morais Pires, Fernando Magalhães Portella, Fernando Marques dos Santos, Henrique Manuel Fusco Granadeiro, José Maria Ricciardi, José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha, Nuno Rocha dos Santos de Almeida e Vasconcellos, Rafael Luís Mora Funes, Renato Torres de Faria e Sergio Franklin Quintella.

Com a fusão concluída, os acionistas da Portugal Telecom deverão ficar com 38,1% do capital da CorpCo, uma participação minoritária, e terão direito de voto. As ações da CorpCo, depois de concluída a operação, serão negociadas nas bolsas de Lisboa, São Paulo e Nova York.

O ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, criticou a infraestrutura do setor em um evento para empresários, nesta segunda-feira (30), na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo Bernardo, o País é "muito carente" em infraestrutura de telecomunicações, e que as redes são "desigualmente distribuídas."

"Na região central do Rio, devem ter 7 ou 8 redes disputando. Mas quando você vai na Baixada Fluminense, tem uma rede que normalmente são as mais antigas, de cobre. Isso vale para o território todo. O País tem uma condição extremamente difícil", afirmou.

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Bernardo citou que em mais de mil cidades não chega ainda uma rede de fibra ótica e que em outras 200 "nunca vai ter", pelas condições geográficas. "Por isso que estamos encomendando a construção de um satélite para o provimento das localidades mais distantes onde é antieconômico chegar com fibra ótica", disse.

Bernardo também afirmou que o governo trabalha para aprovar no Congresso uma lei nacional de regulamentação de antenas. "Esse é um dos gargalos do setor de telecomunicações no Brasil. Nós precisamos de qualidade, de cobertura, que o serviço tenha estabilidade", afirmou.

O ministro rebateu a pesquisa da Firjan, que indicava como 1 mbps a meta de velocidade de conexão prevista no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) para micro e pequenas empresas em 2014. A meta seria mil vezes mais lenta e menos abrangente que as estipuladas pelo Japão e Coreia do Sul.

"Nossa meta é atingir 60% dos domicílios, cerca de 40 milhões. Mesmo essa meta não é parâmetro para domicílio. A meta que impusemos era de oferecer internet de 1 mbps por R$ 35. Essa meta está sendo estimulada como estigma. Parece que colocamos que isso é um limite, e não é", afirmou Bernardo.

O pesquisador Cristiano Prado manteve os dados e disse que eles constam no documento do PNBL. O ministro convidou os empresários para se reunir no ministério e discutir a questão.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (24) que o grupo espanhol Telefónica não poderá ter o controle das operadoras Vivo e TIM no Brasil, porque isso é contra a legislação do país. Segundo ele, o governo ainda vai aguardar a formalização das negociações entre as duas empresas, anunciada nesta terça-feira, que deverá ser analisada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A espanhola Telefónica, dona da Vivo no Brasil, chegou a um acordo hoje para aumentar sua participação na Telecom Italia, proprietária da TIM no Brasil. “Claramente, o que a gente tem de forma objetiva é que uma empresa não pode controlar a outra, elas não podem fazer essa concentração. Isso significaria uma concentração muito grande nas mãos de um grupo e seria diminuir um concorrente no mercado, que para nós é uma coisa muito negativa”, disse o ministro.

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Segundo Bernardo, a Telefónica terá um prazo para vender o controle de uma das empresas para outro grupo que não poderá ser outro concorrente estabelecido no país, como a Vivo, Oi, Claro e Nextel. “Um grupo não pode controlar duas empresas desse porte no país, tem impedimento na legislação. Na hora que formalizar isso, eles vão receber um prazo para fazer a venda da empresa”, declarou.

Na avaliação do ministro, o fato relevante que foi divulgado sobre a negociação entre as empresas na Europa fala em compra de ações preferenciais, e não menciona controle de capital, mas tem uma possibilidade de conversão depois de um período. “Isso muda e afeta a operação das empresas aqui no Brasil. Vamos acompanhar”, disse.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o Marco Civil da Internet, que entrou em regime de urgência para votação, vai contemplar o trecho que trata da neutralidade das redes. Esse é um dos pontos que desagrada as teles no projeto. "O governo defende que a redação final do projeto contenha o princípio de neutralidade", afirmou durante participação em evento da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid).

Pelo texto inicial do projeto, o provedor de conexão, que liga o usuário à internet, fica proibido de diferenciar o conteúdo que trafega na web. Com a neutralidade das redes aprovada, se evita a criação de "pacotes" fechados de internet. "Sabemos da insatisfação das teles, que queriam vender linhas dedicadas para alguns serviços, como o de vídeos, mas o governo não concorda com isso", afirmou.

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O ministro comentou ainda sobre a portaria divulgada nesta quarta que destina mais faixas de espectro para pequenos e médios provedores de internet. Segundo ele, a intenção é acelerar a oferta de internet principalmente no interior do País. "Há localidades com muito potencial de crescimento, onde pequenas empresas, que ficam a margem do mercado, poderiam aumentar a competição", disse.

Bernardo citou como exemplo a Região Norte, que conta com poucas empresas prestando o serviço com baixa velocidade e a altos custos. Segundo a portaria publicada nesta quarta no Diário Oficial, os pequenos e médios provedores de internet fixa vão ter direito ainda este ano a faixa de frequência destinada ao 4G que não foi ocupada, por meio de leilões eletrônicos simplificados.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira, 18, que o cancelamento da viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos "era a resposta a ser dada neste momento", em razão das denúncias de espionagem a políticos e empresas brasileiras. "Fazer escutas e monitoramento de dados no Brasil não tem nada a ver com segurança dos EUA, isso é espionagem industrial, tentativa de obter informações", afirmou durante participação em evento da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid).

Bernardo acrescentou que o governo brasileiro aguardou por uma resposta adequada dos norte-americanos, o que "lamentavelmente" não ocorreu. "Esperávamos que eles (EUA) iam falar que não iam espionar ninguém, com monitoramento de informações e atividades de inteligência, que era apenas para se defender de ataques terroristas, o que o mundo acharia razoável", comentou.

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O ministro afirmou que o governo dos Estados Unidos deveria ter admitido que errou ao espionar os dados no Brasil, e que iriam readequar seu sistema de segurança. "Infelizmente isso não aconteceu, não tínhamos outra alternativa", afirmou, sobre o cancelamento da viagem, que ocorreria no final do mês de outubro.

Foi sepultado na tarde desta quinta-feira, 22, no Cemitério Bom Pastor, em Ribeirão Preto (SP), o corpo do empresário e ex-jogador do Botafogo-SP, José Pedro Rotiroti, mais conhecido como Pedrinho, que morreu baleado durante um assalto na tarde de quarta, 21. Ele era cunhado do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que passou pelo velório, mas não ficou para o enterro.

"Ele era muito tranquilo", disse o ministro, não acreditando que o parente tenha reagido ao roubo. "Foi chocante receber a notícia" afirmou. O ex-atleta Paulo Egídio, que jogou com Pedrinho, concorda com o ministro. "Não acho mesmo que tenha reagido, pois era uma pessoa muita calma", afirmou. Para ele, o amigo foi vítima da violência que atinge a sociedade e a maldade que vai tomando conta dos corações das pessoas.

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Pedrinho era a muito conhecido e seu sepultamento atraiu cerca de mil pessoas. Ele foi enterrado em meio a muitos aplausos e com uma bandeira do Botafogo cobrindo o seu caixão. Entre os presentes, o clima era de tristeza e revolta. Também para amigos e parentes, o empresário não reagiu ao assalto, como afirmaram os dois adolescentes envolvidos em sua morte.

Na versão dos adolescentes, de 17 e 14 anos, Pedrinho teria reagido após eles pedirem carona e anunciarem o roubo. Ao desferir um chute contra o garoto que portava a arma, ele teria sido atingido com dois tiros na cabeça. Os assaltantes ainda jogaram seu corpo para fora do carro e fugiram em alta velocidade, porém, uma motorista que passava pelo local e viu a cena acionou a Polícia Militar.

Mais de 30 policiais participaram da perseguição que terminou após o veículo Saveiro do ex-jogador estourar um pneu em uma estrada de terra. Os adolescentes ainda tentaram fugir, mas foram pegos e entregaram a arma, para em seguida confessarem o crime. Ambos já tinham passagens pela polícia e estão apreendidos.

História

Pedrinho tinha 56 anos, era casado e pai de dois filhos. Começou a jogar futebol profissionalmente em 1978 no Rio Branco de Ibitinga (SP). Mas se destacou mesmo no Botafogo, onde atuou como volante por seis anos na década de 1980. Na época atuou ao lado de jogadores como Raí e Marco Antônio Boiadeiro. Ele deixou de jogar e virou empresário no início da década de 90.

O Botafogo de Ribeirão declarou luto pela morte de Pedrinho e em seu velório o que não faltaram foram coroas de flores. Entidades, clubes, políticos e amigos enviaram suas últimas homenagens. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso, que já acredita ter solucionado. Por serem menores de idade, os adolescentes não serão levados a julgamento e devem estar livres assim que completarem os 18 anos.

Uma dupla de adolescentes, de 14 e 17 anos, confessou ter matado, em Ribeirão Preto (SP), José Pedro Rotiroti, de 56 anos, afirmaram policiais. Rotiroti é cunhado do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e ex-jogador do Botafogo local. O revólver calibre 38 usado pela dupla estava escondido debaixo de um tijolo na mata por onde fugiram após o pneu do carro que roubaram da vítima estourar.

O corpo foi levado para Instituto médico-legal (IML) apresentando uma perfuração na cabeça. Mas exames dirão quantos disparos atingiram Pedrinho, como era mais conhecido. Isso porque havia quatro cápsulas deflagradas. Policiais afirmaram que eles confessaram com tranquilidade como mataram o cunhado de Bernardo. A dupla disse que entrou no carro e que Pedrinho teria reagido com um chute, momento em que foi alvejado. O crime aconteceu na tarde desta quarta-feira, 21, numa saída da Rodovia Antônio Duarte Nogueira. O corpo foi jogado ao lado da pista com um tapete da picape Saveiro sujo de sangue.

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Uma mulher que passava de carro viu a cena e acionou a Polícia Militar (PM). Na fuga, os adolescentes ainda dirigiram por uma estrada de terra esburacada, o que ocasionou o estouro do pneu. Eles foram pegos com as camisas sujas de sangue quando abordavam outro motorista. Eles alegaram que pretendiam pedir carona, mas policiais disseram acreditar que fariam uma nova vítima.

Os adolescentes têm passagens pela polícia por roubo, furto e tráfico de drogas, tendo um deles deixado a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa) há cerca de um mês. Pedrinho jogou nos anos 1980 no Botafogo, ao lado do craque Raí e depois disso virou empresário. Ele deverá ser enterrado na tarde desta quinta-feira, 22.

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