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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) oferece em sua página na internet várias dicas ao consumidor para ajudar a escolher um plano de saúde adequado, quais empresas não podem comercializar carteiras, respostas a dúvidas frequentes e um espaço para o usuário registrar suas reclamações. Mas, mesmo com esses cuidados, os números de queixas nos últimos 6 meses indicam que os problemas no setor continuam significativos.

Nesse período foram feitas 32.539 reclamações no site da ANS. Para o advogado Julius Conforti, esse número demonstra a ineficiência da agência. "Se houvesse fiscalização prévia rigorosa e a efetiva aplicação e cobrança das multas, o número de reclamações certamente diminuiria", disse.

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Entre as principais queixas estão negativa de cobertura, rescisão de contrato e aumento da mensalidade - problema enfrentado pelo aposentado João Menon. Ele não entende o motivo do aumento em mais de 20% do plano de saúde empresarial da esposa dele. A Marítima Saúde informa que os valores reajustados foram negociados com a empresa da segurada com base nos custos e frequência de utilização. "A operadora não justificou como chegou a esse valor", disse Menon. O aposentado também reclama que a Marítima só comercializa contratos coletivos, cujos aumentos não são regulados pela ANS.

Segundo o professor de Direito do Consumidor do Mackenzie Bruno Boris, a administradora do plano de saúde deve prestar esclarecimentos sobre os motivos do aumento das mensalidades, mesmo nos contratos coletivos. "Neste caso, o consumidor deve tentar obter explicação com o ex-empregador", afirma.

Prazo para exame

O corretor de imóveis Marcelo Souza e Silva, de 43 anos, reclama da dificuldade para conseguir marcar sessões de fisioterapia usando seu plano. "Depois de 10 dias, recebi autorização para fazer as sessões em Osasco, mas moro em Jandira." Outro problema é falar com algum atendente da empresa, diz Silva.

Consultada sobre o tema, a Biovida Saúde, que administra o plano do corretor, respondeu que o objetivo da empresa é atender aos clientes com qualidade e agilidade, contando com recursos tecnológicos e profissionais devidamente preparados.

Segundo o advogado Julius Conforti, as Resoluções 259 e 269 da ANS determinam prazos específicos para a realização de exames e atendimento. "Porém, não existe nenhuma obrigatoriedade para que sejam autorizados nos prestadores de serviços escolhidos pelo consumidor."

Se houver necessidade de deslocamento do usuário a locais que não sejam limítrofes aos da área de cobertura do plano, as empresas devem garantir o transporte do cliente até um prestador apto a realizar o atendimento, assim como seu retorno, explica Conforti. "Neste caso, se não houver solução, o consumidor deve fazer uma denúncia à ANS", recomenda.

Planos de saúde individuais e familiares terão reajuste de até 9,65% - o maior aumento desde 2005, quando o porcentual foi de 11,69%. O índice máximo estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi anunciado nesta quinta-feira, 3, e vale para os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656/98, que rege seguros e planos de saúde.

O reajuste incide sobre contratos de 8,8 milhões de consumidores, o que representa 17,4% do total de 50,3 milhões de beneficiários de planos de assistência médica no Brasil.

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O índice de reajuste autorizado pela ANS pode ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato. As empresas podem cobrar o valor retroativo, caso a defasagem entre a data de aniversário e a divulgação do índice seja de, no máximo, quatro meses. O índice poderá ser aplicado aos contratos com aniversário entre maio de 2014 e abril de 2015.

Após a paralisação de advertência ocorrida na quarta-feira (2), servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (DETRAN-PE) voltaram ao trabalho. Em nota divulgada na internet, o presidente Alexandre Bulhões, do Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Sindetran), destacou que uma audiência deve ser marcada com o governador do Estado para tratar das reclamações. 

A pauta de reivindicações do sindicato tem três pilares: mudança do plano de saúde, definição da situação da atual gestão do Detran e participação de uma comissão dos servidores para definição do orçamento de 2015. Uma nota divulgada pelo Detran esclarece que o presidente do departamento, Caio Mello, se comprometeu a debater as pautas com uma comissão formada por servidores, elaborando um Termo de Referência relativo ao plano de saúde.

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A portaria com a nomeação da comissão para elaborar novo Termo de Referência deve ser publica ainda nesta semana. Na quarta-feira, apenas 30% dos serviços estavam ativos, como foi definido em assembleia. 

As operadoras de planos de saúde registraram faturamento de R$ 108 bilhões em 2013, o que representa alta de 16% frente a 2012. Já as despesas das operadoras totalizaram R$ 90,5 bilhões, um crescimento de 14,4% ante 2012. Os dados são do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), antecipados para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O instituto considera haver uma recuperação do setor em relação ao ano anterior, quando a variação das despesas havia sido superior à das receitas. Na comparação entre 2012 e 2011, o crescimento da receita foi de 12,7% ao passo que, do lado das despesas, a variação foi de 16,1%.

Com base em informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o instituto informa ainda que no ano passado o número de contratos cresceu 4,6%, com mais de 2 milhões de novos vínculos. Os contratos coletivos aumentaram em 5,7% e os individuais, 1,6%. Em dezembro, o número de usuários de planos de saúde no Brasil ultrapassou os 50 milhões. Para ter a cobertura de um plano de saúde, cada beneficiário pagou em média R$ 179,10 por mês e gerou gastos na casa dos R$ 150.

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Em função da dificuldade em conseguir marcar consultas em médicos, o empresário Fábio Figueiredo decidiu sair da zona de conforto e criar um site com o objetivo de agilizar as consultas dos médicos dos planos de saúde. "Como eu tinha muita dificuldade em marcar consultas nos planos de saúde, e vi que muitos amigos também passavam por esse problema, comecei a pesquisar mais sobre esse assunto e ver em que eu poderia cooperar para melhorar isso". Foi assim que surgiu o VelozMed, um site em que as pessoas se cadastram e marcam a consulta para a especialidade que desejam com promessa de tempo máximo de espera de uma semana. "Como o site ainda é recente, nem todas as especialidades estão cadastradas, no entanto, esperamos que com a continuidade do projeto, vários médicos entendam a necessidade e comecem a solicitar o cadastro", afirma. 

O VelozMed é totalmente gratuito tanto para o paciente quanto para o médico, e de acordo com Figueiredo, até o momento, todas as consultas foram realizadas em um tempo hábil de três dias. "Fazemos um cadastro com a agenda do médico. Assim que é solicitada a marcação da consulta ligamos para a clínica e marcamos. Até agora todas as consultas solicitadas foram realizadas no tempo de no máximo três dias, um marco excelente para quem, como eu, só conseguia uma consulta para dois meses depois. Esta ferramenta é excelente tanto para o conforto de marcar uma consulta pela internet, quanto pela velocidade em que se consegue", continua.

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Para utilizar o site é bem simples, basta se cadastrar, procurar a especialidade, o local de preferência, o plano de saúde e ver os médicos disponibilizados. Logo em seguida é só escolher o dia e horário de preferência da consulta e aguardar a confirmação. O próprio VelozMed entrará em contato com o usuário para confirmar a consulta por meio de SMS e email. 

O site além de funcionar para os recifenses, pode ser uma mão na roda para os turistas, que não tem noção de médicos e clínicas quando estão em Pernambuco. "Aconteceu um caso interessante nesta última semana, um turista de São Paulo estava precisando de um dentista, como não sabia onde procurar, entrou na internet e achou o nosso site. Ele se cadastrou e conseguiu marcar uma consulta para o mesmo dia. Como sempre procuramos ter o feedback das pessoas, entramos em contato com ele para saber como tinha sido o atendimento e a logística do site, a resposta foi positiva", finaliza. O VelozMed, até o momento, possui cadastro apenas dos médicos de planos de saúde e clínicas particulares. 

Os cirurgiões-dentistas de todo o Brasil decidiram não realizar atendimento a planos de saúde nesta sexta-feira (25). A ação é um protesto contra os abusos e ilegalidades das operadoras de odontologia. 

No estado de São Paulo, por exemplo, haverá uma assembleia para debater o problema e definir os próximos passos do movimento. “Não aceitamos mais trabalhar para planos que glosam procedimentos, colocam obstáculos à boa prática e transformam cirurgiões-dentistas e pacientes em simples engrenagens de negócios milionários e sem compromisso social”, explica o presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Claudio Miyake.

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Durante as 24 horas de interrupção da prestação de serviços aos planos odontológicos, serão realizados somente procedimentos de urgência e emergência. Apesar da mobilização ser nacional, o Sindicato dos Odontologistas no Estado de Pernambuco (SOEPE) afirmou que não há nenhuma consequência do ato para o estado de Pernambuco. 

A Fundação Procon-SP, entidades de defesa do consumidor e o Ministério Público do Estado de São Paulo encaminharam ao Senado Federal no dia 8 de abril carta aberta pedindo a retirada do artigo que altera a cobrança de multas a planos de saúde, inserido na Medida Provisória (MP) 627 sobre outro tema.

O texto, aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 2 e que tem até o dia 21 para ser aprovado pelo Senado, estabelece limites para a cobrança de multas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que, de acordo com órgãos de defesa do consumidor, estimula as empresas do setor a continuar a infringir as leis.

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Para o assessor chefe do Procon-SP, André Lopes, é lamentável que, para algo com um impacto tão grande à sociedade, tenha sido dado esse tipo de encaminhamento. "Essa medida está focada em beneficiar apenas um setor e ainda acaba com a função da ANS."

As reclamações de consumidores contra o setor são significativas. Em 2013, foram registradas 12.861 queixas no Procon. Morador de Campos do Jordão e associado da Amil, Ricardo B. Ferreira não conseguiu fazer exames no local indicado pelo plano, Hospital São Camilo, por causa da falta de um documento interno, pendente desde 2013. "Não há em Campos do Jordão nenhum outro hospital em substituição a esse", reclama. A Amil não respondeu ao jornal.

Segundo o professor de Direito do Consumidor do Mackenzie Bruno Boris, questões entre o hospital e a operadora não podem prejudicar o usuário. "Ele deve ser atendido no local indicado pela operadora, que também deve arcar com os custos ou indicar outro estabelecimento para atendê-lo."

Rede conveniada

Christiane dos Santos conta que está com dificuldade para marcar consulta com geriatra para o pai dela, de 77 anos, perto de onde mora, pois ele tem dificuldade de locomoção. "Só havia data para daqui a 2 meses pela rede da Prevent Senior." O convênio diz que prestou os esclarecimentos à cliente.

A leitora agora está com problema no atendimento domiciliar, pois o pai dela precisa trocar uma sonda urinária e o intervalo para isso está sendo maior do que o indicado, trazendo o risco de infecção.

Para a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, o caso demonstra que as medidas adotadas pela ANS não têm surtido os efeitos desejados. "É notório que as operadoras não cumprem os prazos definidos pela Resolução Normativa 259, e os consumidores continuam com dificuldades para agendar consultas e procedimentos num prazo razoável." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O relator da Medida Provisória nº 627, deputado Eduardo Cunha, afirmou nesta quarta-feira, 09, por meio de nota à imprensa que a presidente Dilma Rousseff irá vetar a emenda incluída no texto e já aprovada no plenário da Câmara alterando a aplicação de multas para planos de saúde. "A atual posição do governo contrária a este ponto da MP - embora diferente da posição durante o debate sobre o texto da MP - encerrará o assunto. A medida será vetada", disse o deputado. Segundo ele, se no momento do debate o governo tivesse se posicionado contra, ele, como relator, não teria acolhido a emenda.

Cunha esclareceu, no entanto, que o texto da MP não traz qualquer anistia aos planos de saúde. "Não preciso ficar várias vezes desmentindo um inexistente perdão às multas dos planos de saúde simplesmente porque não existe esse perdão que insistem em afirmá-lo como conteúdo do texto da MP", destaca. O Ministério da Saúde interpretou que o teto que seria estabelecido para aplicação de multas aos planos de saúde seria retroativo e representaria uma perdão de dívida das operadoras em torno de R$ 2 bilhões.

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Ele afirmou também não ser o autor da emenda, mas decidiu acatá-la depois de ter repassado o texto com o governo. O deputado também divide a responsabilidade da aprovação com os parlamentares que aprovaram o seu relatório na comissão mista e no plenário da Câmara. "No caso da MP 627, o relatório que escrevi foi distribuído com antecedência, exaustivamente debatido (sobretudo por conta da grande complexidade do tema), votado e sem destaque. Logo, a matéria passou a ser de todos. Era uma MP complexa, com mais de 100 artigos e certamente nem todos conseguiram estudar tudo. Mas, independente de qualquer opinião, o fato é que não tem anistia, perdão, nada do gênero para os operadores de planos de saúde", conclui.

A MP 627 ainda precisa ser votada pelo plenário do Senado antes de ir para sanção ou veto da presidente da República. A medida provisória tratava apenas da mudança na metodologia da apuração do lucro a partir de 2015, mas recebeu várias emendas durante a tramitação no Congresso.

A justiça concedeu a um homem, dependente químico, o direito de ter sua internação em uma clínica de tratamento custeada pelo plano de saúde Sul América. O plano terá 24 horas, a partir da decisão judicial, para cumprir a decisão, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, e ainda poderá recorrer.

De acordo com a decisão, a Sul América terá que autorizar, arcar a assumir a cobertura de todas as despesas referentes à internação do homem, com acompanhamento psiquiátrico e psicológico por seis meses, contando do dia 15 de fevereiro, quando ele se internou. O autor da ação disse que a cobertura para o tratamento de sua dependência química ao uso de múltiplas drogas havia sido negada pelo plano de saúde, que havia alegado que o contrato não cobria este tipo de tratamento.

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A justiça considerou como prova a prescrição médica apresentada aos autos, que afirmava ser necessária e urgente a internação do paciente. Na liminar proferida no dia 17 de março, o juiz Cláudio Malta de Sá Barretto Sampaio destacou lei que regula os planos e seguros privados de assistência à saúde. “O fato de o contrato excluir a cobertura para o tratamento da dependência química não pode ser sustentado pela ré para se eximir da obrigação, posto que, após a vigência da lei 9656/98, passou a ser obrigatório o atendimento a portadores de transtornos mentais, inclusive nos casos de intoxicação ou abstinência provocadas por alcoolismo, drogas ou outras formas de dependência química”, argumentou.

Ele salientou regulamentação que garante internação sem limite de tempo para o contratante. "De acordo com a ANS, a internação, sem limite de tempo, é um direito de quem contrata um plano de saúde, desde que seja uma prescrição médica”, completou. Deste modo, o juiz entendeu como desrespeito e deslealdade o ato contra o autor, não justificando os argumentos da empresa.

Após 43 dias de greve, os funcionários dos Correios retomam as atividades nesta sexta-feira (14). Na última quarta (12), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou ilegal a paralisação dos profissionais, exigindo o retorno sob penalização de multa diária de R$ 20 mil por dia de trabalho faltado.

Mesmo não concordando com a decisão, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintect-PE) orientou que os profissionais cumpram a determinação. Por conta da paralisação, os funcionários terão 15 dias de salário descontado. Os dias não comparecidos serão compensados, mas, segundo o sindicato, respeitando o repouso semanal e feriados.

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Durante o período da paralisação, e com a redução do serviço, algumas pessoas reclamaram do atraso no recebimento de contas e produtos. Os clientes tiveram que recorrer a outras alternativas para realizar o pagamento, como pegar o boleto na internet. 

Greve - A categoria luta contra a mudança do atual plano de saúde (Correios Saúde). Eles alegam que a entrada da nova empresa, a Postal Saúde, vai de encontro ao acordo coletivo de trabalho e, como consequência, seriam impostas condições precárias, encarecimento do serviço e achatamento dos salários dos trabalhadores.

Os Correios afirmaram que, desde janeiro, a operacionalização do plano de saúde já foi transferida para o Postal Saúde. Mesmo assim, a empresa garante a permanência da gestão pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).

As benesses oferecidas pelo plano de saúde do Senado, pago exclusivamente com dinheiro do contribuinte, são estendidas até mesmo a senadores que foram cassados por suspeita de envolvimento em corrupção.

Documentos obtidos pelo Estado mostram que nas tabelas de reembolso constam três notas fiscais apresentadas em nome do ex-senador Demóstenes Torres que somadas chegam a R$ 5.362,80. Na planilha a data referente aos recibos é de 20 de dezembro de 2012, cerca de seis meses após o parlamentar ter perdido o mandato no plenário da Casa por quebra de decoro. Outro caso de político que deixou o cargo sob suspeita de desvios é o do ex-senador Expedito Júnior (PSDB-RO).

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O tucano teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral sob acusação de compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Em junho de 2009 a decisão foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em outubro do mesmo ano pelo STF.

Júnior foi reembolsado em R$ 19.238,6 pelo Senado após apresentar em junho de 2012 notas referentes a um tratamento médico e odontológico para ele e a esposa. "Fiz uma cirurgia de hemorroida. Foi só essa cirurgia e minha esposa fez um check-up. Mas foi autorizado, passou antes por uma junta médica e foi feito. Acho que o Senado que pagou, né", afirmou ao Estado o tucano. O ex-senador Demóstenes foi procurado na sexta-feira e no fim de semana, mas os dois celulares que habitualmente utiliza estavam fora de área de cobertura.

Muito melhor

O plano de saúde vitalício da Casa também agracia ex-senadores e cônjuges que ocupam cargos públicos em órgãos que oferecem plano médico. O deputado federal Francisco Escórcio (PMDB-MA) em 2011 apresentou ao Senado três notas que totalizam R$ 1.800. "Utilizei até 2011 porque não tinha uma definição, que era feita por mim. Ou podia usar a Câmara ou o Senado. Não tinha nenhuma determinação contrária a isso. Preferi o plano de saúde do Senado, que era muito melhor do que o da Câmara. Mas hoje só uso a Câmara", afirma o peemedebista.

O deputado Esperidião Amin (PP-SC) também recorreu ao Senado para o pagamento de R$ 15 mil referentes a tratamentos médicos e odontológicos dele e da mulher, Angela Amin. "Se o ex-senador tem direito, por que o ex-senador investido momentaneamente em um mandato de deputado federal perde o direito?", ponderou Amin. "Eu digo que tenho o direito. E desafio, como advogado, que alguém escreva que eu não tenha. Quero ver escrever."

Os documentos também mostram que há casos em que algumas mulheres de senadores, mesmo no cargo de deputadas federais, também preferem ser atendida no plano do Senado. Entre março de 2012 e setembro de 2013, a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) fez despesas em hospitais e clínicas de referência no País que chegam a somar R$ 18 mil. Janete é casada como o senador João Capiberibe (PSB-AP).

Por meio da assessoria, a deputada informou que só faz uso da assistência à saúde do Senado quando o procedimento não pode ser feito no Departamento Médico da Câmara ou quando seu plano particular não cobre.

De 2010 a até setembro de 2013, a deputada Nice Lobão (PSD-MA) gastou R$ 9 mil como dependente do marido e ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que é senador licenciado. Em nota, a assessoria do ministro afirma que o ressarcimento de despesas médicas de Nice está de acordo com a legislação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bancado exclusivamente pelo contribuinte, o plano de saúde do Senado paga despesas que incluem implantação de próteses dentárias com ouro e até sessões de fonoaudiologia para melhorar a oratória e driblar a timidez. Alguns senadores chegam a gastar até R$ 70 mil por tratamento dentário.

Documentos obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo mostram que, nos últimos cinco anos, a Casa autorizou tratamentos milionários, principalmente odontológicos, sem fazer perícia física dos pacientes nem definir limites de cobertura. Os gastos atingiram média de R$ 6,2 milhões anuais entre 2008 e 2012 - 62% referentes a reembolso de notas fiscais e recibos. A reportagem obteve as despesas efetuadas em 2013, que ainda não foram consolidadas pelo Senado. A estimativa é que a média de gasto tenha se mantido inalterada.

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O plano de saúde do Senado é vitalício. Ele banca despesas de senadores, ex-senadores e dependentes como filhos, enteados e cônjuges. Para usufruí-lo, o parlamentar não precisa fazer nenhuma contribuição - basta que tenha exercido o cargo por 180 dias ininterruptos. Após a morte do titular, o cônjuge continua usando a carteirinha.

O plano do Senado estabelece um limite anual de R$ 25,9 mil para gastos odontológicos, mas a Casa tem pago valores acima. O caminho para ignorar as normas é invadir a cota não utilizada de outros anos.

Em ação civil pública em tramitação na Justiça Federal, o Ministério Público, ao analisar os gastos efetuados até 2010, considerou que os "desembolsos envolvem valores exorbitantes, que fogem a qualquer padrão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em greve desde o dia 29 de janeiro, os trabalhadores dos Correios se reuniram nesta segunda-feira (17) em mais uma assembleia em frente ao edifício sede da empresa no Recife, na Avenida Guararapes, no centro da cidade. De acordo com Roberto Alexandre, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (SINTECT-PE), o grupo fez um apitaço e panelaço no local, e deu seguimento à contestação da mudança do plano de saúde dos trabalhadores. Além disso, nesta assembleia, os trabalhadores foram cobrar o desconto no ticket alimentação.

“Recebemos R$ 800 de alimentação por mês e só depositaram R$ 158 este mês”, disse Roberto. Ele acrescenta ainda que a empresa considera a greve ilegal, e entrou com pedido no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para comprovar esta condição, que foi descartada pelo órgão.

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A assessoria de imprensa dos Correios voltou a afirmar que não houve nenhuma alteração no plano de saúde atual dos trabalhadores nem confirmou o desconto no valor do ticket. Também acrescentou que, em relação ao plano Correios Saúde, nenhuma mensalidade foi cobrada, já que o plano não será privatizado. Na semana passada, os trabalhadores que estavam em greve na Bahia (BA) encerraram a paralisação.

Ao todo, há 96 unidades em que a medida do TST de manter o efetivo mínimo de 40% de trabalhadores foi descumprido, o que resulta em multa diária de R$ 50 mil por dia. Ainda hoje, os Correios vão divulgar um novo balanço com número dos mutirões feitos para entrega de documentação durante os dias de greve.

Em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (31), os Correios se posicionaram sobre a paralisação dos funcionários, que acontece desde a quarta-feira (29). Segundo o documento, a empresa não vai mudar o plano de saúde, o Correios Saúde, motivo principal da greve e nem cobrar taxa de mensalidade.

Ainda conforme a nota, O Postal Saúde é descrito como uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios, e que substituiu o Correios Saúde desde o início do mês, atende a trabalhadores e dependentes, e não teve regras alteradas.

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No documento, a empresa ainda afirma que está cumprindo a determinação julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), ainda em 2013, sobre o assunto, e a movimentação começou com alguns sindicatos que se colocaram contra a Postal Saúde. Por fim, os Correios garantiram que o funcionamento está normal em todas as unidades do país.

Os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE) prometem realizar uma passeata nesta sexta-feira. A concentração será às 15h, na Praça Oswaldo Cruz, e de lá eles seguem até a sede dos Correios, na Avenida Guararapes. No local será realizada uma nova assembleia, marcada para começar à 16h.

Confira na íntegra a nota: 

Esclarecimento sobre o plano CorreiosSaúde

Os Correios reafirmam que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde. Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais.

A Postal Saúde não é um plano de saúde. É uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios. Desde o início de janeiro, o plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano não foram alteradas — o pagamento dos trabalhadores dos Correios referente a janeiro já foi realizado, no dia 25, e não houve cobrança de qualquer tipo de taxa ou mensalidade.

A empresa está cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do assunto: todas as regras do plano de saúde definidas na Cláusula 11 do Acordo Coletivo de Trabalho estão mantidas.

Parte dos sindicatos dos Correios, em algumas localidades do Brasil, iniciou um movimento de paralisação contra a Postal Saúde. Mas a maioria dos 35 sindicatos (22) não aderiu ao movimento, incluindo os maiores (São Paulo e Rio de Janeiro) e participa da Mesa Nacional de Negociação Permanente, com reuniões mensais com a empresa.

Funcionamento normal — Nesta sexta-feira (31) os Correios em todo o Brasil estão funcionando normalmente com 95,35% do efetivo total da empresa, o que corresponde a 119.591 empregados — a aferição de presença é realizada por meio de sistema eletrônico. Todas as agências estão abertas e todos os serviços estão disponíveis. Em Pernambuco, 81,1% do efetivo total da empresa está presente, o que corresponde a 3.069 empregados. Nas localidades onde há paralisação, os Correios implantaram plano de contingência e estão garantindo o funcionamento normal das atividades.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esclareceu nesta terça-feira (14), que não houve ampliação de prazo para solução de queixas de beneficiários de planos de saúde. O anúncio divulgado pela ANS foi a respeito da adoção da metodologia de solução de conflitos entre clientes e operadoras, que já era praticada para as queixas sobre cobertura assistencial (como recusa de atendimento, descumprimento de prazos máximos para procedimentos), agora também para os casos de reclamações sobre os assuntos não assistenciais (como reajuste, quebra de contrato).

Com isso, a partir de 19 de março de 2014, todas as reclamações do tipo não assistencial feitas aos canais de atendimento da ANS serão enviadas para as operadoras de planos de saúde, que terão dez dias úteis para resolver a dificuldade do cliente. No caso de queixas de natureza assistencial, o prazo para as operadoras resolverem o problema continua sendo de 5 dias.

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Entra em vigor nesta quinta (2) a ampliação da cobertura obrigatória para beneficiários de planos de saúde, que inclui 37 medicamentos orais para tratamento domiciliar de câncer, além de 50 novos procedimentos como exames, consultas e cirurgias. As mudanças foram anunciadas em outubro pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

É a primeira vez que os planos de saúde terão que cobrir os custos com medicamentos via oral para o tratamento do câncer em casa. Com essa inclusão, passam a ser ofertados remédios para o tratamento de tumores de grande prevalência na população como estômago, fígado, intestino, rim, testículo, mama, útero e ovário. De acordo com a ANS, a forma de distribuição desses medicamentos ficará a cargo de cada operadora de plano de saúde.

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Entre as inclusões na cobertura dos planos estão 28 cirurgias por videolaparoscopia (que reduzem o risco para o paciente e o tempo de internação), a obrigatoriedade de fornecimento de bolsas coletoras intestinais e urinárias para pacientes ostomizados, o tratamento de dores crônicas nas costas utilizando radiofrequência e o tratamento de tumores neuroendócrinos por medicina nuclear.

A ANS também definiu 22 critérios para o uso adequado de tecnologias no rastreamento e tratamento de 29 doenças genéticas. A medida amplia a cobertura obrigatória, com exames mais complexos.

A cobertura odontológica também foi ampliada com a inclusão de enxertos periodontais, teste de identificação da acidez da saliva e cirurgia de gengiva para facilitar a higienização dentária.

Além das inclusões, a ANS ampliou o uso de 44 procedimentos já ofertados. Entre eles, o exame PET Scan (procedimento que serve para detecção precoce de tumores ou de novos focos), que passa de três para oito indicações. O número de consultas e sessões com fonoaudiólogo e nutricionista também foi ampliado para casos específicos.

A cada dois anos, a agência revisa a lista mínima de procedimentos cobertos pelas operadoras. A ampliação atual beneficia 42,5 milhões de consumidores com plano de saúde de assistência médica e mais 18,7 milhões com planos exclusivamente odontológicos, de acordo com a ANS.

No caso de operadoras que não cumprirem a cobertura obrigatória, os consumidores devem entre em contato com o Disque ANS, no 0800 701 9656, para fazer denúncias ou comparecer a um dos 12 núcleos da agência instalados em todas as regiões do país. A ANS informa que as operadoras que não cumprirem a cobertura estão sujeitas a multa de R$ 80 mil por infração cometida.

A agência preparou um documento com perguntas e respostas para esclarecer dúvidas dos consumidores sobre o novo rol de procedimentos.

Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que reúne operadoras de planos de saúde, informou que a revisão do rol de procedimentos tem efeito sobre os custos, com previsão de crescimento das despesas das operadoras de saúde. Os impactos financeiros reais, no entanto, só poderão ser medidos a partir do próximo ano, de acordo com a federação.

“Os impactos dessas incorporações só poderão ser medidos a partir do ano subsequente ao início das novas coberturas obrigatórias, com o acompanhamento de sua execução. Mas o ideal seria que, previamente à incorporação desses procedimentos, a ANS analisasse a relação de custo-efetividade das novas incorporações, garantindo resultados assistenciais favoráveis aos beneficiários dos planos e, ao mesmo tempo, preservando o equilíbrio do sistema", diz a nota.

De acordo com a ANS, a inclusão das novas coberturas é avaliada por um ano e, caso a agência identifique impacto financeiro, este será avaliado no reajuste do ano seguinte, que é 2015. Pelas regras atuais, a ANS estabelece o reajuste apenas para os planos individuais e familiares e pode apenas sugerir o reajuste para os planos coletivos, que atendem a maior parte dos usuários.

A justiça condenou a seguradora de saúde Sul América a arcar com tratamento fisioterápico respiratório, motor e também fonoterapia diária por tempo indeterminado para uma criança excepcional que sofre de epilepsia. A decisão foi da 2ª Vara Cível do Recife e publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) dessa quarta-feira (20).

A mãe da paciente, Maria Helena Almeida Cabral, alegou que o tratamento foi negado indevidamente pelo plano de saúde e apresentou pareceres médicos atestando a necessidade do atendimento à criança, que vem apresentando piora no estado de saúde. De acordo com o processo, a Sul América negou os procedimentos sem maiores explicações.

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O juiz responsável pelo processo, Rogério Lins e Silva, afirmou que os documentos apresentados por Maria Helena são provas suficientes de que a não realização dos procedimentos médicos causarão danos irreparáveis à saúde da criança. Com isso, o magistrado determinou que seja expedido mandado em caráter de urgência para que o plano de saúde custeie a realização do procedimento médico num prazo de 48h (a contar da data da publicação da sentença no DJE).

Caso o mandado não seja cumprido imediatamente, a seguradora será submetida ao pagamento de multa diária fixada no valor de R$ 1 mil. A empresa pode contestar a ação judicial no prazo de 15 dias.

Com informações da assessoria

Nesta segunda-feira (21), em Brasília, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, junto com o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), divulgou 87 novos procedimentos que serão aceitos nos planos de saúde individuais e coletivos. Entre os procedimentos estão, 37 medicamentos orais para tratamento de diferentes tipos de câncer, 50 novos exames e consultas.

As novas incorporações entrarão em vigor a partir de janeiro de 2014. Segundo o Ministro, a inclusão dos procedimentos e medicamentos não irá impactar no aumento das mensalidades pagas pelos usuários em 2014.

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Confira a lista dos novos medicamentos e procedimentos que serão aceitos pelo plano de saúde a partir de janeiro:

- Medicamentos

- Procedimentos

O Bradesco informou, na noite desta segunda-feira (14), sua subsidiária indireta, a Bradesco Saúde, assinou contrato para aquisição de mais 6,5% do capital da Odontoprev. A Bradesco Saúde já é detentora de 43,5% do capital da empresa de planos odontológicos. Com a aquisição, a Bradesco Saúde passará a deter aproximadamente 50,01% da Odontoprev.

A participação de 6,5% será vendida por Randal Luiz Zanetti, diretor-presidente da Odontoprev. Com a transação, cujos valores não foram divulgados, Zanetti assumirá um cargo na diretoria da Bradesco Seguros.

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Em fato relevante, a Odontoprev informa que, após aprovação pelo Conselho de Administração da companhia, Zanetti deixará o cargo de diretor-presidente, que passará a ser ocupado por Mauro Figueiredo. Zanetti assumirá, após aprovação pela assembleia geral, o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração.

Além disso, o acordo de acionistas atual da companhia será rescindido e Zanetti permanecerá como acionista direto da companhia, com participação acionária equivalente a aproximadamente 1% do seu capital social total e votante.

Segundo a Odontoprev, a reorganização das participações da Bradesco Saúde e de Zanetti na companhia "é motivada, principalmente, pela visão de longo prazo com relação ao potencial do setor de saúde no Brasil, bem como pela crença do Grupo Bradesco Seguros no segmento odontológico e o fortalecimento da Odontoprev, que hoje é a maior operadora de planos odontológicos da América Latina, construída ao longo de 26 anos de atuação, com mais de 6 milhões de beneficiários atendidos atualmente e rede de cerca de 25 mil profissionais credenciados".

Mesmo com baixa adesão à greve, o sindicato dos funcionários dos Correios ainda mantém a paralisação. Após nova assembleia realizada nesta terça-feira (24), no Recife, a categoria decretou que a greve continua. Eles cobram um diálogo com a direção dos Correios e exigem a permanência do atual plano de saúde.

“Ela está querendo ganhar pelo cansaço, não querem conversar, só impor”, declarou o Diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (SINTECT-PE), Luciano Batista.

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De acordo com Luciano, os sindicatos estão protocolando um ofício para encaminhar ao Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para fazer a intervenção de diálogo entre eles. "Nós podemos até negociar os valores, mas o plano de saúde tem que permanecer", concluiu o diretor.

Uma nova assembleia foi convocada para a quinta-feira (26), na sede dos Correios, na Avenida Guararapes, área central do Recife.

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