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Com 49 votos contra a homologação do seu nome, 19 a favor e três abstenções, o Diretório Nacional do PT não acatou o recurso impetrado pelo prefeito João da Costa (PT) na tarde desta segunda feira (25). Dessa forma, a decisão da executiva nacional será mantida, e o candidato à Prefeitura do Recife e cabeça de chapa será mesmo o senador Humberto Costa (PT).

Em sua defesa, que durou cerca de 20 minutos, João da Costa fez um levantamento histórico das prévias do dia 20 de maio e criticou a postura da executiva nacional que anulou as eleições internas do PT, retirando seu nome da disputa.

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Após o julgamento do recurso, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, declarou que esse resultado não representa uma cassação do direito à reeleição do prefeito João da Costa e que ele teve pleno direito de defesa e de argumentação. “O que houve foi um entendimento político e a criação de melhores condições políticas para o PT. Essas condições passam hoje pela candidatura do senador Humberto Costa”, comenta Rui, que também falou não acreditar que o prefeito recorra à justiça comum.   

De acordo com o presidente municipal do PT de Recife, Oscar Barreto, mesmo diante dessa derrota, João da Costa obteve vantagens no debate político recebendo apenas uma contestação de sua defesa. “O prefeito perde o recurso, mas obtém 30% dos votos da diretoria nacional. Não foi uma vitória unânime. No debate político ele gnahou, isso mostra uma maior sensibilidade dos integrantes da nacional, apesar de não ganhar o recurso, ele ampliou o apoio dos membros”, comunicou Oscar.    

Ao sair da sede do PT na cidade de Brasília, o prefeito comentou a derrota sofrida e que não deve levar esse processo à justiça comum, mas precisa ouvir as lideranças do grupo político que faz parte. Ele também admitiu estar analisando um pedido de licença do partido, mas reconheceu Humberto como o candidato do PT e que essa será uma campanha cheia de problemas. “Só tenho mais seis meses como prefeito e o melhor que posso fazer é cuidar da cidade”, comentou João da Costa, que deve retornar para o Recife ainda nesta segunda-feira (25).

Já o deputado federal Fernando Ferro (PT), que também participava da reunião em Brasília, defendeu a ideia de recorrer imediatamente à justiça comum para que o prefeito tenha direito à reeleição. “Sou favorável a recorrer a todas as instâncias contra essa injustiça e esse equívoco praticado contra João da Costa”, defendeu Ferro, que também fez duras críticas à candidatura de Humberto. Segundo ele, o senador não consegue unir e ter o apoio do prefeito nem de aliados da Frente Popular. 

O atual gestor da cidade do Recife disputou as eleições internas do partido com o deputado federal Maurício Rands (PT) saindo vitorioso. Mas a prévia foi cancelada pela executiva nacional sob a alegação de "erros no processo". O Diretório Nacional do PT marcou uma nova data para a realização da prévia, mas Rands retirou sua pré-candidatura em favor de Humberto. A mesma ação não foi praticada pelo prefeito que impetrou um recurso na tentativa de garantir sua reeleição.

Poucos dias após o PSB lançar o nome do ex-secretário Geraldo Júlio (PSB) como candidato a prefeito do Recife, o PMDB divulgou uma carta à imprensa com a declaração de apoio ao candidato do governador Eduardo Campos (PSB). Essa nova aliança vem consolidar a reaproximação entre o governador e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) criando um novo cenário político. Com a retirada da candidatura a prefeito do deputado federal Raul Henry, cogita-se que ele assuma o papel de vice construindo uma chapa com Geraldo Júlio.

De acordo com o presidente Municipal do PMDB e deputado estadual, Gustavo Negromonte, o seu partido vem tentando também consolidar uma aliança com o bloco oposicionista, mas a formação de chapa com o PSB é uma boa opção. “Vemos com certa dificuldade a união entre o bloco político da oposição. Conversamos muito, agora precisamos avaliar a hipótese de não haver unidade entre este grupo. A candidatura de Geraldo Júlio é mais uma que foi apresentada ao recifense, então se faz necessário dialogar”, informou Negromonte.

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Sobre a composição de chapa com o PSB, o presidente municipal não confirmou se o seu partido assumiria o espaço de vice. “A composição de vice não seria uma condicionante, há outros espaços e o PMDB é um partido que deve ter seu espaço próprio. Mas ainda é preciso conversar com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e com Geraldo Júlio”, corroborou.         

Com esse novo cenário, a oposição, nesse período pré-eleitoral, ficará a cargo do deputado federal Mendonça Filho (DEM), o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) e o ex-deputado Raul Jungmann (PPS) que também buscam consolidar uma aliança e fortalecer a legenda.Segundo Jungmann, essa reaproximação entre o PSB e o PMDB prioriza não somente as eleições municipais deste ano, mas viabiliza 2014.

“Vejo como uma escolha do PMDB que deu prioridade ao cenário nacional de 2014. O afastamento entre o PT e o PSB reaproximou o governador Eduardo Campos do senador Jarbas Vasconcelos. Perdemos um partido importante que fazia parte do nosso campo político, de uma certa forma isso vem fragilizar a oposição. Mas ainda temos condições de chegar ao segundo turno. Vamos buscar a unidade das outras legendas ”, comentou Jungamann.

Já o também pré-candidato do PSDB, Daniel Coelho, declarou que seu nome continua na disputa e que a postura do PMDB apenas consolida a sua candidatura que já conta com o apoio do PTdoBe, até o fim da semana, outro partido deve declarar apoio à legenda. “Com essa decisão cabe a cada um buscar seu rumo. Essa vai ser uma eleição com candidaturas isoladas. Serão quatro nomes competitivos. O PSDB sempre trabalhou para se fortalecer, agora esse não é um assunto nosso, mas do PMDB. O PT vai perder capital político e despencar, temos a certeza que estaremos no segundo turno”, informou Daniel.

Confira, na íntegra, a carta em que o PMDB anuncia apoio à candidatura do PSB:

O PMDB de Pernambuco manteve, até agora, a pré-candidatura a prefeito do Recife do deputado federal Raul Henry, que tinha como propósito debater os problemas e apresentar um projeto para o futuro da cidade. Neste período, Raul envolveu milhares de pessoas num profundo debate sobre o Recife que a população tanto anseia. Essa discussão permitiu a construção de um conjunto de propostas para transformar a cidade.

É inaceitável, por exemplo, que o Recife tenha uma educação situada entre as piores do Brasil, um sistema público de saúde completamente sucateado, a total ausência de políticas para a juventude – cada dia mais ameaçada pela epidemia do crack – e a inexistência de ações voltadas para o transporte público que possam reduzir o problema do trânsito caótico. Tudo isso sem falar na estagnação econômica de uma cidade que, apesar de localizada no centro de uma região metropolitana que vive um momento de grande dinamismo, não consegue acompanhar o crescimento do Estado e nem mesmo de outras capitais da região Nordeste.

Em contrapartida, é adequado reconhecer que o governador Eduardo Campos tem realizado um trabalho para melhorar a vida da população com elevada aprovação dos pernambucanos. Um esforço que dá continuidade às transformações iniciadas pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos, que requalificou a infraestrutura do Estado e começou o processo de atração de investimentos que estão mudando a face de Pernambuco.

Nos últimos dias, o PMDB fez um grande esforço e buscou construir a unidade das oposições para viabilizar uma candidatura que pudesse representar essa perspectiva de mudança.  Apesar de ter colocado sua pré-candidatura à disposição dos outros partidos, esse objetivo não foi alcançado.

Diante desse fato e da consolidação de um cenário eleitoral que se projeta bipolarizado entre as candidaturas do PT e do PSB, o PMDB entende que quem representa, hoje, a possibilidade de mudança da atual situação de abandono da cidade é a candidatura do PSB.

Por isso, em nome do compromisso com o futuro do Recife e do espírito público que sempre norteou o caminho do partido, o PMDB declara apoio à candidatura do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado Geraldo Júlio, um técnico com reconhecida capacidade de gestão. O candidato do PSB terá amplas condições de colocar em prática as propostas que o PMDB, ao longo dos últimos meses, debateu com a população do Recife.

PMDB de Pernambuco

O xadrez político que começa a se construir em busca do palácio do Capibaribe, envolve gregos e troianos, amarelos, azuis e vermelhos. Qual o principal motivo dessa independência e desconstrução de alianças que comandam a frente popular? Seria a sede de poder, egos inflamados, interesses pessoais, problemas internos? ou tudo não passa de uma grande fogueira de vaidades que está queimando durante esse São João e montando uma peça com novos atores? De um lado a situação se divide e, do outro, a oposição se reaglutina.

O PSB que desde a década de 1990 compõe uma aliança histórica com o PT e até faz parte do governo municipal com Milton Coelho (PSB) como vice do atual prefeito João da Costa (PT), tenta uma movimentação de independência. “Esse rompimento já era previsto, pois dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Com a indicação do ex-secretário Geraldo Júlio como candidato a prefeitura do Recife, o governador tenta ganhar a simpatia dos eleitores que votavam no PT e no DEM. Tudo isso tem um ponto em comum que são as eleições de 2014. Com atitude, Eduardo se fortalece e toma uma certa independência e podendo sair como presidente, aliando-se ao PT ou aos partidos da oposição”, informou o cientista político Adriano Oliveira.

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Este é o momento que a Oposição (DEM, PSDB, PPS e PMDB) também busca se fortalecer com a reaglutinação entre as legendas. O deputado federal Mendonça Filho (DEM), um dos nomes mais fortes, poderá encabeçar essa chapa. Com a união deste grupo político cria-se mais possibilidades de se chegar ao segundo turno. “Até o momento, a oposição agiu de forma míope montando um quadro desfavorável, cerca de quatro nomes foram indicados nesse período de pré-campanhas. Agora, eles seguem o caminho certo tencionando apresentar no máximo duas candidaturas”, ressaltou Adriano.

A crise interna do PT teve seu estopim quando o atual prefeito João da Costa (PT) e o deputado federal, Maurício Rands (PT), disputaram os votos da militância na consulta interna do dia 20 de maio. A prévia foi anulada pela executiva nacional do partido que preteriu o atual prefeito e indicou o nome do senador Humberto Costa (PT) como candidato ao pleito municipal. “Essa crise tumultuou a frente popular e o PSB, em função desse imbróglio que ainda não tem um desfecho, lançou um candidato de forma pacífica. Essa atitude leva o PT ao isolamento, pois ainda não se decidiu e as legendas que fazem parte da frente popular se manifestam e tendem a apoiar o candidato do governador”, comenta o cientista político Túlio Velho Barreto.

Sendo um nome novo nesse cenário de conjunturas políticas, Geraldo Júlio, por si só não consegue reunir um capital político. Segundo Túlio Velho Barreto, existe uma tendência que vai de encontro a candidatura do PSB, mas tudo depende das articulações políticas que nesse ano serão montadas. “Vamos ver como o eleitorado se porta, pois ainda é muito cedo. Geraldo é um nome desconhecido com um perfil técnico parecido com o de João da Costa e o da presidente Dilma Rousseff. Seu capital político vai depender da capacidade de transferência de votos por parte do governador. Caso chegue a um segundo turno, a tendência é que os partidos da oposição se unam ao PSB, que tem um perfil conservador".

Ao dar entrevista a uma rádio local, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, comentou que o lançamento do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, Geraldo Júlio (PSB), por parte da sigla, não representa um enfrentamento contra o PT.

“A decisão de ter um nome nas eleições deste ano surgiu por causa do clima de incerteza e conflitos do PT dentro do município e no estado, visando a indicação de um cabeça de chapa. Não há um racha nem enfrentamento, a frente popular não pode, nesse momento, ser liderado por um Partido como o PT que perdeu as condições de conduzir esse processo, e deve ser conduzido por outras forças políticas”, ressaltou Sileno.

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Sobre o recurso impetrado pelo prefeito João da Costa (PT) contra a indicação do senador Humberto Costa (PT) pela executiva nacional do PT, ele foi enfático. “Os outros partidos aguardaram o desfecho que não chegou ao fim e o prazo das convenções termina no dia 30 deste mês. Ainda existe a possibilidade de uma decisão judicial circulando nessa discussão”, argumentou. O julgamento do recurso pelo diretório nacional do PT acontece nesta segunda (25).

No início da próxima semana, Geraldo Júlio fará uma aparição oficial como postulante à prefeitura do Recife, quando o governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos volta dos Estados Unidos. “Geraldo, figura central do governo do estado, não só no quesito administração, mas também no jogo político, é filiado ao PSB há anos, mas nunca foi colocado nessa trincheira. Daremos todo respaldo para a gestão que se iniciar no ano que vem, com essa habilidade se inaugura um novo tempo de gestão e relação política”, corroborou o presidente estadual do PSB.

Sobre a movimentação do grupo petista que faz parte do governo estadual e pode deixar à disposição os cargos por causa desse novo cenário político, Sileno pontuou: "O governador tem a prerrogativa de nomear e exonerar esse cargos, mas nós não estamos puxando essa discussão, isso ainda é especulação. Eduardo tem confiança nos seus auxiliares”, afirmou.

Na coletiva de imprensa que houve na sala de reuniões do 9º andar da Prefeitura do Recife, o prefeito João da Costa (PT), após decretar estado de alerta por causa das chuvas, não quis fazer muitos comentários sobre o julgamento do recurso pelo Diretório Nacional do PT. A reunião, que acontece na próxima segunda-feira (25) tenta reverter a decisão da executiva nacional, que acabou preterindo o atual gestor e indicando o nome do senador Humberto Costa (PT) como candidato a prefeito.

“Segunda-feira acontece a reunião do diretório nacional, em Brasília e lá estaremos todos juntos”, informou. O grupo de políticos ligados ao prefeito ganhou uma decisão na 3ª Vara Civil do Recife, emitida pelo juiz Francisco Julião, negando o pedido de arquivamento e validando as prévias do PT, disputadas entre ele e o deputado Mauricio Rands (PT) no dia 20 de Maio.

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Na ocasião, João da Costa obteve mais de 51% de votos dos militantes e filiados ao partido. “Havia um processo na justiça e entraram com uma interposição declarando ilegalidade. Defendemos a legalidade e a justiça declarou legal e legítima, isso é um argumento a mais a ser utilizado. A Direção Nacional e a justiça não encontraram problemas, a prévia faz parte do estatuto do partido e não deveria ter sido anulada”, declarou João da Costa.  

Sobre a candidatura do PSB e um possível apoio ao candidato do governador Eduardo Campos (PSB), por motivos de divisões internas do PT, o prefeito não quis se comprometer. “Eu sou do PT e vou avaliar as circunstâncias dentro do partido, se elas são confortáveis ou não”, defendeu.

Ao falar da indicação de um nome na disputa municipal, por parte do PSB, ele declarou que esse momento demonstra uma fragilidade da política local. “Nenhum partido falou que apoiaria Humberto, João da Costa ou João Paulo, nenhum me disse, o problema está no papel de cada um com a sucessão do Recife, visando 2014. Alguns companheiros acharam que era só brigar, tirar o prefeito da disputa e falar mal do governo, depois todos iriam apoiar PT. Vamos esperar a coletiva do governador”, comunicou.     

A deputada federal Luiza Erundina (PSB), indicada para compor a chapa de vice do candidato a prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, disse querer rever sua posição na disputa eleitoral. Ela ficou em desagrado com a aliança entre PT e PP no pleito municipal deste ano e também com a divulgação de fotos tiradas na casa de Maluf, onde o ex-ministro e ex-presidente Lula aparecem ao lado do deputado.

De acordo com a assessoria de campanha do Haddad, o pré-candidato deve manter-se em silêncio até travar um conversa com Erundina, esclarecendo as possíveis alianças nesse período eleitoral. As declarações da socialista não são esclarecedoras, não havendo um parecer definitivo.

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Depois que o Portal Leiajá, juntamente com o instituto de pesquisa Mauricio de Nassau (IPMN), lançou a 5ª rodada de pesquisa com os pré-candidatos a prefeito da cidade do Recife, alguns nomes que surgiram nas intenções de votos da população comentaram sobre o assunto.

Quem aparece em primeiro lugar nas intenções de votos é o senador Humberto Costa, com 35%; com 17% das intenções está o deputado federal Mendonça Filho (DEM), um dos nomes mais fortes da oposição no pleito municipal. Sobre a informação de que Humberto lidera a lista, abrindo uma vantagem que chega a 20%, ele não quis tecer comentários. “Acho estranho Humberto aparecer com uma larga vantagem, isso não reflete a minha realidade, não bate com as nossas pesquisas, não tenho o costume de fazer comentários sobre esse assunto”, criticou Mendonça Filho.

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Já o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), que aparece em terceiro lugar na consulta estimulada, disse estar satisfeito com os 5% das intenções de votos. “Ter aparecido à frente de outros candidatos que já ocuparam um lugar expressivo no cenário local mostra que somos competitivos com uma candidatura em ascensão. Sei que a pesquisa retrata um momento e fica nítido que a população anseia por renovação na política”, comentou Daniel.

Outro personagem que também surge nesse cenário de pré-candidaturas é o deputado federal Paulo Rubem (PDT), que obteve 2% dos entrevistados favoráveis ao seu nome. “São números díspares, principalmente pelo fato do senador Humberto Costa ter uma larga vantagem, isso não reflete a realidade do PT que está dividido e passa por conflitos internos. A novidade é que mesmo estando há dois anos afastado de uma campanha no Recife, o meu nome é reconhecido pela população, pois tenho história política. Estamos otimistas e vamos organizar a convenção do PDT e discutir alianças debatendo estratégias fundamentais para as eleições deste ano”, destacou Rubem. De acordo com o deputado, a convenção do PDT será definida essa semana pelo diretório nacional do partido e deve acontecer entre os dias 25 e 26 deste mês.

Até o momento, a reportagem do LeiaJá não conseguiu falar com os pré-candidatos Humberto Costa (PT), Raul Henry (PMDB) e Raul Jungmann (PPS) para repercutir a pesquisa.

Militantes de João da Costa lançam abaixo assinado de apoio ao recurso que ele encaminhou ao Diretório Nacional para anular a escolha do nome do senador Humberto Costa, como candidato do PT à Prefeitura da Cidade do Recife. O abaixo assinado será  oficialmente anexado ao recurso. O ato aconteceu neste sábado (16), no auditório do Centro Social Nossa Senhora da Soledade, localizado no bairro da Boa Vista.

Ao discursar, o prefeito João da Costa (PT) comentou a 5º rodada de pesquisa do Instituto de Pesquisa Mauricio de Nassau (IPMN), divulgada hoje (16) pelo LeiaJá, que registra o nome de Humberto Costa e Mendonça Filho liderando o ranking das eleições municipais na cidade.“A pesquisa espontânea mostra um resultado meu muito pequeno e o do companheiro Humberto muito grande. Não tenho nada contra isso, não é menosprezo, mas a gente que anda nas ruas todo dia, percebe que isso não corresponde a realidade. Então por isso que estamos aqui conversando com a militância para colher essas assinaturas e fortalecer o nosso recurso no Diretório Nacional”, defendeu João da Costa.

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 Ao falar sobre a pesquisa do IPMN, o presidente municipal do PT, Oscar Barreto argumentou que toda pesquisa tenta influenciar o eleitorado. “O prefeito aparece no lugar errado, querem influenciar na política, companheiros do próprio partido querem a derrota do PT, Acontecem erros políticos que tentam desconstruir nosso projeto, é preciso refletir sobre a nossa responsabilidade nesse processo que define o futuro político da nossa cidade”, declarou Barreto.

No voto espontâneo, caso a eleições fossem realizadas hoje, João da Costa aparece em terceiro lugar com 6% das intenções dos votos, ficando atrás do senador Humberto Costa (PT)que está em primeiro com 30% e Mendonça Filho em segundo lugar com 12%. Já no quesito administração, 36% dos entrevistados consideram uma gestão regular; 26% péssima; 20% ruim; 14% boa e 3% ótima. 2% não souberam ou não quiseram avaliar. 

O prefeito João da Costa criticou o posicionamento do presidente nacional do PT, Rui Falcão, ao conceder uma entrevista e falar sobre os problemas internos do partido. Rui defendeu a escolha do senador Humberto Costa (PT) como o candidato a prefeito da cidade do Recife mais capacitado e argumentou, ser esse, um resultado irreversível. Segundo João da Costa, a postura de Rui demonstra autoritarismo e desrespeito aos filiados.

“Até o momento o presidente nacional do PT não teve uma conversa, uma discussão política comigo, as coisas não se resolvem assim, dessa forma. Tenho meus direitos e a minha luta deve continuar. Não é o presidente quem extingue os direitos dos filiados”, defendeu o prefeito ao se referir a sua vitória em cima de Mauricio Rands, obtida com uma diferença de 553 votos na prévia do dia 20 de maio.

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De acordo com o prefeito, a executiva nacional escolheu Humberto por não ter conhecimento do cenário político na cidade do Recife. “Com uma candidatura consistente tenho a possibilidade de vencer as eleições no Recife, mas essa intervenção da executiva tira do PT as condições de conduzir esse processo eleitoral. A imposição de uma minoria não cria novas perspectivas para a frente popular.  O cenário político está mais dividido do que antes, os problemas de coligação não foram resolvidos com a imposição de uma candidatura”, ressaltou.

Caso receba uma resposta negativa referente ao recurso impetrado junto ao diretório, João da Costa confirmou a possibilidade de não ficar passivo diante de um resultado contrário ao seu interesse. “Não descarto a possibilidade de buscar na justiça comum um meio de viabilizar minha candidatura, tudo depende da forma como o partido trate o caso”, retrucou.

Ao repercutir a reunião que aconteceu nesta terça-feira, entre o ex-presidente Lula e Humberto, o prefeito foi incisivo. “Não há fatos novos, isso só vem comprovar que a decisão da executiva teve participação de Lula. Mas até o dia 25 deste mês teremos a decisão definitiva do diretório nacional que é quem escolhe o candidato.”

Ao ser entrevistado no programa Opinião Brasil do Portal LeiaJá, o pré-candidato a prefeitura do Recife, Jair Pedro (PSTU), defendeu uma candidatura independente sem financiamento de campanha com dinheiro de empreiteiras, mas com recursos dos trabalhadores. A ideia é ir às ruas fazendo um corpo a corpo junto aos movimentos populares e o sindicalismo. Ele também pretende construir uma aliança autônoma, mantendo uma chapa única, sem coligações, com partidos que compõem o quadro político da frente popular.

“Receber dinheiro de empreiteiras, empresas e do governo é amarrar nossa política. Queremos uma aliança autônoma, independente da burguesia e do capitalismo imperialista.” Ao falar do governo do estado, Jair criticou a postura do governador Eduardo Campos na forma de conduzir a política. “A hegemonia do governador tende a massacrar a classe trabalhadora, por isso nós não temos acordos nessa frente.”

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Ao comentar sobre os investimentos na área de saúde, Jair denunciou que a rede municipal não atende às necessidades da população. “Os contratos da Secretaria de Saúde são feitos sem licitação. A cidade do Recife é campeã nos casos de tuberculose. Em pleno século 21, no Brasil, outra doença vem maltratando muitas pessoas, só existem dois municípios com problemas relacionados à filariose, são elas: Recife e Belém do Pará. Com doenças tão graves assim é preciso dar uma atenção maior aos investimentos e recursos que melhorem esses serviços”, criticou.

Segundo o pré-candidato, a prefeitura do Recife foi denunciada ao Tribunal de Contas do Estado por não aplicar os 25% do orçamento em educação. “O prefeito não vem cumprindo o que está previsto na Constituição Federal, por isso está para responder no TCE sobre esse processo.”Ao ser perguntado sobre uma possível traição por parte do PSOL, antigo partido que chegou a montar uma aliança política com o PSTU, Jair comentou que a política é um debate definido pelos partidos, e que no momento, a legenda busca uma aliança com o PCB. “Já que o PSOL está se retirando, convocamos o PCB para que, publicamente, venha fazer parte da nossa campanha”, informou.

Jair também não poupou críticas ao desgaste político que o PT vem sofrendo por causa das disputas internas. “É uma batalha de titãs para controlar o orçamento da prefeitura, que hoje está em torno de cinco bilhões. A população não pode ficar refém desse jogo, existem problemas graves na mobilidade, saúde e educação, por isso queremos um projeto socialista com justiça social para o Recife.”

Em reunião realizada neste domingo, o PT de Olinda decidiu propor o nome do vereador Enildo Arantes (PT) para dividir a chapa encabeçada pelo atual prefeito Renildo Calheiros (PCdo B), nas eleições desse ano. Como presidente municipal do PT de Olinda, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) ficou em desagrado com a indicação.

Segundo a deputada, a sua legenda vem passando por uma das piores crises e alguns setores do partido utilizam práticas autoritárias que comprometem a democracia interna. “A CNB (Construindo um Novo Brasil), grupo ligado ao senador Humberto Costa, não dialoga, mas impõe goela abaixo um quadro político. A escolha de um vice é um processo delicado que não pode ser imposto. A melhor saída é negociar um nome de consenso”, defendeu a deputada, ao comentar sobre a troca do atual vice-prefeito, Orácio Reis (PT), por Enildo Arantes, que faz parte da mesma sigla.   

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A presidente do PT municipal que defendia o nome do atual vice, Horácio Reis, comentou por meio das redes sociais que ou a legenda obedece a Humberto e ao deputado federal, João Paulo, ou a indicação de alguns nomes saem de cena.

Tereza também criticou o posicionamento da CNB no âmbito nacional. “Trata-se de um projeto de uma corrente, que não deixa petistas ligados a outros grupos assumir cargo político. A postura de alguns integrantes do partido é desagregadora e só aumenta o racha interno”, desabafou.

No encontro, que serviu para discutir as eleições no município de Olinda, Enildo obteve 99 votos a favor, 68 abstenções e quatro votos contra. Ele foi escolhido com 58% dos votos e disputará as eleições deste ano como vice da chapa encabeçada pelo atual prefeito que concorre à reeleição.

Nesta segunda-feira o prefeito João da costa (PT) formalizou um recurso ao diretório nacional do partido dos trabalhadores solicitando a homologação de seu nome como candidato do PT nas eleições desse ano. De acordo com o regulamento interno, João da costa tinha até esta segunda como prazo final para encaminhar o documento a instância máxima do partido. Elaborado pela equipe jurídica do gestor, o texto defende que a executiva nacional deve intervir somente nos casos de alianças políticas e não preterindo nome de candidatos que pretendem cocorrer a reeleição.

Ao falar sobre o recurso encaminhado ao diretório nacional que fica na cidade de São Paulo, o ex-presidente estadual do PT, Jorge Perez declarou: “João da Costa cumpriu todos os procedimentos definidos pela nacional, ao se inscrever para uma consulta interna juntamente com Mauricio Rands que desistiu. Pelo regimento do partido a candidatura do prefeito deveria ser homologada, mas a nacional decidiu intervir passando por cima das regras do PT. Outro argumento que consta no texto é que no dia da reunião na semana passada em São Paulo, foi comunicado a escolha de Humberto antes do debate entre as partes.”

Com a indicação do nome do Senador Humberto Costa (PT) para candidato a prefeito que conseguiria agregar o maior número de alianças políticas, o atual gestor da cidade do Recife teve sua reeleição preterida. O argumento utilizou pela executiva foi que o prefeito não teria condições de unificar as várias tendências da sigla e reunir a frente popular.

Jorge Perez também fez comentários a respeito do desgaste político do PT na cidade do Recife. “Depois da intervenção da executiva, politicamente a situação do PT piorou. Humberto não tá conseguindo unificar o partido nem a frente popular que se movimenta em contrário, não construindo alianças que fortaleçam a legenda. Essa situação pode levar o PT a perder as eleições deste ano, esperamos que o diretório nacional reavalie o posicionamento da executiva e escolha o melhor candidato que é o prefeito João da Costa”, defendeu Perez.

As eleições internas que aconteceram no dia 20 de maio, teve como principais atores, o prefeito João da Costa que ganhou do deputado federal Mauricio Rands (PT) com uma margem de 553 votos. Mas a prévia foi anulada pela executiva nacional que declarou haver falhas nas lista com os nomes dos filiados aptos a votar. Uma nova consulta foi marcada, depois cancelada. Com a desistência de Rands, o prefeito solicitou a homologação de seu nome, mas a executiva interveio e lançou o nome de Humberto.

O diretório nacional deverá dar uma resposta se posicionando sobre o recurso ainda este mês, período das convenções partidárias.

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Ainda com uma agenda partidária recheada de polêmicas, em decorrência da "intervenção" da executiva nacional do seu partido, que o impediu de se candidatar à reeleição, o prefeito, João da Costa, fez uma pausa no debate eleitoral e cumpriu, na noite deste sábado (9), uma programação mais leve. Acompanhado da primeira dama Marília Bezerra, ele participou do 14º Baile dos Namorados, evento beneficente promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Assistência Social.  A festa beneficente tem renda voltada para ações do Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC), autarquia da PCR.  A expectativa é arrecadar mais de R$ 100 mil.

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Emílio Santiago fez um show que emocionou o público, com duração de uma hora e meia, onde mostrou as músicas do novo CD, "Só Danço Samba", pontuado por grandes sucessos de sua carreira, como Saigon e Verdade Chinesa.  Casais de várias idades não deixaram o salão de dança vazio um minuto sequer. A festa, que teve o tema “Festejando o Amor, foi embalada ainda pelos acordes da Orquestra Bravo, do maestro Alexandre Lemos. O evento foi realizado  no Arcádia do Paço, localizado no terraço do Shopping Paço Alfândega, Bairro do Recife.

O 14° Baile dos Namorados tem renda revertida para as ações assistenciais do IASC. A arrecadação da festa é aplicada, todos os anos, em ações do Instituto, que trabalha com crianças, jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade do município.  O IASC mantém 16 equipamentos, entre abrigos e Centros de Referência. O Instituto oferece ainda equipe multidisciplinar para assistência das pessoas em situação de rua e de risco.

Com informações da Assessoria da PCR

O resultado da Executiva Nacional do PT que preteriu a reeleição do prefeito João da Costa (PT) e indicou o senador Humberto Costa (PT) como candidato a prefeito nas eleições desse ano, causou fissuras que poderão ser remedadas ou não. Após a chegada dos principais atores dessa peça política no Recife, os grupos petistas que estavam divididos se reúnem na intenção de montar a unidade do partido e agregar uma nova frente popular.

“Do ponto de vista político, a decisão da executiva foi quase que unânime, já na parte jurídica foi uma decisão perfeita dentro do nosso regimento e da lei dos partidos,” comentou Humberto. Sobre a possibilidade do prefeito recorrer da decisão, o senador defendeu: “Quero olhar para frente e construir novos caminhos, pois o partido ainda tem a chapa de vereadores para eleger.” 

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No meio de todo esse impasse, o vereador Múcio Magalhães (PT), tentou amenizar a confusão que seu partido está travando e não quis tecer comentários, sendo evasivo ao falar das resoluções da executiva nacional. “Cada um entende como quer.”

Já o grupo de petistas ligados ao prefeito não poupou críticas sobre as escolhas da executiva nacional. A deputada estadual Tereza Leitão (PT) foi até o Aeroporto Gilberto Freyre recepcionar João da Costa e questionou as decisões da cúpula do PT. “Foi um processo traumático e agressivo. Não houve discussão, mas uma imposição da executiva nacional. vamos avaliar se há possibilidades de recursos e se politicamente não haverá um desgaste. Esse será o foco da reunião desta sexta-feira. Falta unidade no partido, ou o PT se resolver ou arrastaremos isso durante muito tempo e o tempo agora é ouro, pois o limite das convenções é dia 30 de junho.”

O ex-presidente estadual do PT, Jorge Perez, também esteve presente no aeroporto e falou sobre a escolha da executiva nacional. “Precisamos recuperar os instrumentos democráticos e corrigir os erros que essa direção cometeu. Não houve uma escolha das bases do partido, mas uma decisão violenta realizada pela cúpula do partido”, disse Perez.

Ao falar de uma possível adesão à candidatura de Humberto e sobre a reaglutinação do partido e da frente popular, ele comentou: “Até o momento, ele não procurou João da Costa e também não conseguiu unir a frente popular. Humberto é uma liderança histórica do partido, tem muito valor, podia ser qualquer outro nome, mas o problema é a imposição de cima pra baixo, que não ajuda a unidade.”

Ao ser indicado pela executiva nacional do PT como o candidato a prefeito da cidade do Recife, o senador Humberto Costa (PT) abre espaço, automaticamente, para que o seu primeiro suplente, o ex-governador Joaquim Francisco (PSB), assuma a vaga em Brasília. Com a indicação de Francisco, caso Humberto seja eleito, o governador Eduardo Campos (PSB) monta um quadro político que beneficia seu partido tanto no âmbito municipal quanto junto ao governo federal, pois será um dos responsáveis por indicar um vice na chapa majoritária.

Os socialistas devem trocar o atual vice-prefeito, Milton Coelho, pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. Na coletiva realizada na cidade do Recife na tarde desta quarta-feira (6), Sileno Guedes, acompanhado de Milton Coelho, declarou que o problema dos petistas não acabou. Segundo o presidente estadual do PSB, o apoio à candidatura de Humberto depende da capacidade de articular e reunir os partidos que compõem a frente popular. “Todos os outros partidos, assim como nós, ficaram no aguardo do encaminhamento que a executiva nacional daria. Agora, é preciso analisar a nova conjuntura e encontrar uma unidade para construir uma nova frente popular”, comentou Sileno. Sobre a indicação de seu nome como vice na chapa encabeçada por Humberto, ele foi evasivo: “Temos até 31 de junho para resolver essas questões”.

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Já o nome de Joaquim, caso Humberto ganhe as eleições de prefeito, sofre resistência do grupo político ligado ao PT, mas conta com um grande padrinho que é o governador Eduardo, responsável por indicá-lo para a suplência. Na coletiva da subsede do diretório nacional, Humberto foi questionado por jornalistas a respeito do tema e declarou: “Joaquim Francisco é um político respeitado em todo o Brasil. Se vier a ocupar o cargo de senador, ele deve caminhar com a base do governo. Mas só deixo o Senado caso seja eleito, e serei eleito se Deus quiser”, afirmou.

Formado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1970, Joaquim Francisco começou seu vida publica como secretário de trabalho e ação social no governo de Moura Cavalcanti. Depois, foi prefeito da cidade do Recife por duas vezes, deputado federal durante dois mandatos e governador de Pernambuco (1991-1994), além de ser ministro do interior do então presidente em exercício, José Sarney, pela legenda do antigo PFL - hoje DEM. Em 2009, a convite do governador Eduardo Campos, filiou-se ao PSB.

Ao participar da coletiva na subsede do Diretório Nacional do PT, que vai anunciar o seu nome como o candidato a Prefeito da cidade do Recife, o senador Humberto Costa declarou que já começou a fazer suas articulações políticas junto a partidos da frente popular. “Recebo a missão de reunir os partidos da frente popular e gostaria muito que o prefeito esteja no meu palanque quando começar a campanha eleitoral. Caso seja eleito será uma satisfação governar a cidade,” declarou Humberto que também comentou já estar dialogando com o senador Armando Monteiro (PTB), sobre uma reaglutinação da nova frente popular.

Até o momento o prefeito João da Costa (PT) permanece em São Paulo, mas não participa da coletiva. Sobre a não homologação de seu nome para reeleição, João da Costa detalhou. “A direção nacional tomou uma decisão, não foi uma opção colocada pelo partido. Mas vamos consultar todos os companheiros, não vou tomar uma posição individual, mas de forma coletiva e colegiada. Quando se faz avaliações e escolha política é preciso se responsabilizar por ela, pois pode dar certo ou pode dar errado.”

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*Com informações de Thabata Alves

São Paulo - Petistas começaram a chegar ao Diretório Nacional do Partido, em São Paulo, para a coletiva que vai anunciar o nome do candidato a prefeito da cidade do Recife. O senador Humberto Costa (PT) passou pelo diretório durante a manhã e retornou agora à tarde, mas preferiu não conversar com a imprensa. Ele deve se pronunciar apenas na hora da coletiva, marcada para acontecer por volta das 15h.

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O presidente estadual do PT de Pernambuco, Pedro Eugênio, chegou ao diretório agora à tarde e declarou que a decisão da executiva em lançar Humberto Costa está correta. “João da Costa tem todo o direito de recorrer à decisão, mas isso não garante que ele irá ganhar e que o grupo do resultado não será alterado”, disse.

A coletiva que acontece nesta tarde na subsede do diretório nacional, na cidade de São Paulo, deve contar com a presença do presidente nacional do partido, Rui Falcão, com o presidente estadual do PT Pernambuco, Pedro Eugênio, e o senador Humberto Costa.

Na reunião desta terça-feira (5), a executiva nacional do PT decidiu não homologar a candidatura do prefeito e escolheu o senador como candidato que consegue unir a frente popular e agregar forças políticas. João da Costa permanece na cidade de São Paulo, mas não estará presente na coletiva. Até o momento, ele ainda não confirmou se vai apoiar ou não a campanha de Humberto.

*Com informações de Thabata Alves

São Paulo - Ao deliberar sobre as eleições desse ano, a executiva nacional do Partido dos Trabalhadores escolheu, com 12 votos a favor e 5 abstenções, o senador Humberto Costa como candidato a prefeito da cidade do Recife. De acordo com uma nota divulgada pelo comissão executiva nacional, o nome do senador consegue agregar o maior número de tendências petistas e unir a frente popular que há 12 anos vem comandando a capital pernambucana. Na reunião, o prefeito João da Costa não recebeu nenhum voto contra sua candidatura.

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Ficou a cargo do secretário geral do PT nacional, Eloi Pietá, comunicar a imprensa a resolução da nacional. “Como não conseguimos resolver esse impasse interno por meio das prévias, a executiva nacional considera o nome de Humberto capaz de manter a unidade do partido e suas coligações”, declarou Eloi. Ao ser questionado se houve alguma imposição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele tentou despistar afirmando que Lula não interferiu nesse processo das eleições internas do PT no Recife.

Dez minutos antes de começar a reunião no diretório nacional, na cidade de São Paulo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, chamou o prefeito João da Costa e declarou que o nome escolhido não seria o do atual gestor. “Não tem porque continuar nessa reunião, eu já sei o resultado, essa é uma decisão do partido que deve se responsabilizar por qualquer consequência”, criticou João da Costa ao sair, uma hora após o início da reunião.

Sobre um possível apoio à candidatura de Humberto, o prefeito informou ter que dialogar com vários setores envolvidos na sua campanha. “Não sei se Humberto me quer no palanque dele. Antes de tomar qualquer decisão, preciso conversar com a militância e os líderes do partido que estão me apoiando”, comentou.

Já o deputado federal Fernando Ferro (PT), que acompanhava o prefeito, comentou: “Não vamos tomar uma atitude emocional pois toda decisão tem consequências. Vejam que coisa inusitada esse novo tipo de reunião”, ironizou Ferro. Segundo algumas informações, quando o prefeito solicitou para se retirar do recinto, houve um mal estar entre os participantes da reunião.

Segundo o pronunciamento do coordenador da comissão nacional de ética do PT, Francisco Rocha (Rochinha), o posicionamento tomado pela executiva nacional não se configura uma intervenção. “Foi uma escolha política sobre o quadro montado no Recife, sendo assim, o diretório municipal deve funcionar normalmente”, declarou.

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*Com informações de Thabata Alves

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São Paulo - O dilema petista de quem será o candidato do partido nas eleições desse ano continua e tem como palco de batalha o diretório nacional em São Paulo. Encontram-se na capital paulista defensores do prefeito João da Costa (PT) e do grupo que faz oposição e tenta emplacar a candidatura do senador Humberto Costa (PT). O presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o secretário de organização, Paulo Frasteschi, já chegaram ao recinto e até o ex-ministro, José Dirceu, marca presença no diretório. A reunião começa com quase duas horas de atraso e conta com 15 membros dos 21 convocados pelo diretório nacional.

O secretário estadual de governo, Maurício Rands, foi de táxi à subsede acompanhado do deputado federal João Paulo e de Humberto Costa. Minutos depois, por volta das 16h30, surgiu João da Costa que seguiu direto para a sala de debates sem falar com a imprensa. Em clima com ares de incerteza, a reunião teve início e dirigentes e políticos de Pernambuco tecem alguns comentários.

De acordo com o deputado federal Fernando Ferro (PT), aliado do prefeito, o melhor lugar para se resolver esse impasse seria no Recife. “Espero que a executiva do partido haja com lucidez, pois seria mais legítima a realização das prévias e a escolha feita pelos filiados. Se querem assim, vamos correr o risco”, comentou Ferro. A respeito de um possível indeferimento, ele foi enfático: “Se o prefeito vai recorrer, isso depende dele, mas eu não descarto nada, não vamos nos render.”    

Já o secretário executivo de finanças do PT de Pernambuco e coordenador de campanha do prefeito, Aluízio Camilo, não quis entrar em polêmica e tratou de amenizar os ânimos e desarmar o clima de tensão entre os companheiros. “A executiva deve julgar em cima das informações colhidas pela comissão do partido que veio para o Recife e levando em conta o que foi divulgado pela imprensa. Acredito no equilíbrio do debate”, destacou.

Sobre a aceitação ou o desacato da escolha feita pela nacional, ele detalhou: “João da Costa tem 30 anos de militância no PT. Ele era um bom soldado, agora se tornou um general que faz um boa gestão na prefeitura. O partido sairá fortalecido, toda a cidade do Recife espera por esse decisão.”

Após o comentário de alguns dirigentes, em resposta ao texto divulgado pelo grupo de Rands e João Paulo, a ala petista ligada ao prefeito João da Costa (PT) publicou um outro manifesto rebatendo as críticas. Confira em anexo:

*Com informações de Thabata Alves

São Paulo - O manifesto assinado pelo grupo do deputado federal João Paulo (PT) e do secretário estadual, Maurício Rands, está rendendo comentários de outros dirigentes petistas. O presidente municipal do PT, Oscar Barreto, presente em São Paulo para a decisão de homologação ou veto da candidatura do prefeito João da Costa, questionou o posicionamento de alguns líderes. Segundo Barreto, o texto divulgado não ajuda a manter o diálogo e a unidade do partido.

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“Não entendo, eles têm a maioria do diretório estadual e municipal e acusam o processo das prévias de fraude. Na realidade, a ala do partido que faz oposição ao prefeito não conseguiu digerir a derrota e ficam desqualificando a gestão. Não dá para chamar os outros de maloqueiros, não é possível continuar com esse nível de agressão, precisamos estabelecer o diálogo”, enfatizou Oscar, que deve voltar para o Recife ainda na noite desta terça-feira.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que terá direito a voto de minerva (que decide uma votação no caso de empate), chegou à sede nacional durante o período da manhã, mas começou a se sentir mal e acabou saindo para cuidar da saúde. Até o momento ele não retornou ao diretório.

O prefeito João da Costa (PT) ainda não marcou presença no diretório nacional. A reunião marcada para começar às 15h convocou 21 membros, entre deputados, dirigentes e representantes do partido, mas deve ter um atraso por causa de outro encontro da Câmara de Recursos do PT nacional que analisa defesas de diretórios estaduais. O quorúm (21 membros) que irá homologar ou vetar a candidatura do prefeito conta com 10 integrantes da executiva nacional.

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