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A pandemia do novo coronavírus forçou a população, para a sua própria segurança,  a ficar em isolamento social e a quarentena disparou os casos de depressão e ansiedade. Com o retorno das atividades sendo autorizado, as pessoas começam um período de readaptação às suas rotinas.

psicóloga Louise Britto, nesta entrevista ao LeiaJá, alerta para os efeitos psicológicos da retomada.

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Como a vida da quarentena pode afetar o psicológico de uma pessoa?

De muitas formas. As pessoas que tinham uma rotina de trabalho, de estudo, lazer, viagem, uma rotina normal, perderam isso e começaram a se sentir presas, destituídas da liberdade, da autonomia, que é algo que todos prezamos. E isto foi algo que não foi previamente trabalhado, foi do dia pra noite. As pessoas que moram sozinhas tendo que lidar com a solidão. Não é fácil, pois durante a rotina do dia dia a gente acaba evitando pensar em coisas que nos deixam tristes, ansiosas e angustiadas. A vida na quarentena pode afetar de todas essas formas, causando ansiedade, tristeza, não necessariamente uma patologia, doença, mas pode afetar muito a saúde mental.

Como identificar os sinais de que a sua saúde mental encontra-se em risco?

Se observar é muito importante nesse processo. Nem sempre as pessoas conseguem se escutar e ter esse autoconhecimento. Isso é muito subjetivo, vai de pessoa para pessoa. Alguns sinais podem ser ficar com vontade de continuar isolado, sem contato com as pessoas, sentir tristeza recorrente, porque ficar triste é normal assim como ficar feliz, agora é necessário prestar atenção na recorrência desse sentimento. Perder a vontade de fazer coisas que antigamente davam prazer, falta de sono ou apetite, comer muito ou não comer nada, às vezes sentir palpitações, sensação de que algo ruim vai acontecer, pensamentos recorrentes de que a pessoa vai perder o controle, de que pode morrer ou de que alguém próximo vai morrer. Esses são alguns dos sinais que podem aparecer quando a pessoa está com a saúde mental em risco.

É normal que as pessoas desenvolvam síndrome do pânico em um momento como este?

Hoje em dia as pessoas gostam de colocar nome em tudo, que tudo é doença. Não é normal que uma pessoa apresente síndrome do pânico por causa de um momento como este, é comum que tenha tristeza e ansiedade. Pessoas que já tinham algo nesse sentido, sintomas depressivos, episódios depressivos, episódios de crise de ansiedade, podem desencadear com mais facilidade uma síndrome do pânico ou uma depressão mais forte. É mais normal a saúde mental ficar abalada e existirem alguns sintomas que podem ser confundidos com uma síndrome do pânico.

O atendimento psicológico on-line na quarenta se provou um serviço eficaz para os psicólogos e seus pacientes? E qual a importância dele no momento em que nos encontramos?

O atendimento on-line foi de extrema importância para pacientes e psicólogos. Para psicólogos, porque conseguiram continuar atendendo seus pacientes, continuar colhendo, escutando e continuaram com uma fonte de renda, com certeza isso conta muito. Psicólogos que só dependem do atendimento clínico continuaram podendo atender. Já para os pacientes foi muito importante porque os que já estavam na terapia precisaram da continuidade e os que não faziam precisaram nesse momento e conseguiram esse espaço mesmo que não fosse o espaço físico. E se mostrou muito eficaz, conseguiu-se ter uma troca através do atendimento on-line, ter escuta e acolhimento. Tanto que muitos pacientes, inclusive meus, preferiram continuar na modalidade on-line mesmo com os atendimentos presenciais voltando ao normal. Ter essa ferramenta é muito importante para que os atendimentos, a escuta, o acolhimento e o suporte emocional não parem.

Para as pessoas que sofrem muito com ansiedade ou síndrome do pânico, qual a melhor maneira que elas podem se readaptar à vida após a quarentena?

Para as pessoas que já sofriam de ansiedade, síndrome do pânico, depressão, algo nesse sentido, o pós-quarentena não vai ser fácil, assim como para ninguém. O ser humano é subjetivo, cada um tem sua forma de lidar. Agora, claro, cuidando da sua saúde mental. Se identificar que já tem algo que possa desencadear, procurar uma terapia, uma psicoterapia, fazer um acompanhamento, ter esse espaço para falar sobre si, para falar sobre medos, para falar sobre angústia e se necessário o psicólogo encaminhará para um profissional da psiquiatria para fazer um tratamento medicamentoso. Não é fácil uma readaptação, é um dia após o outro mesmo, fazer sempre o que é possível, mas com certeza uma ajuda profissional é de grande valia nesse momento, para que as pessoas consigam ir voltando aos poucos para sua realidade.

Como será o retorno ao trabalho para os psicólogos? Já que muitos na verdade não deixaram de trabalhar durante essa época.

Bem, depende muito da área que o psicólogo trabalha. O atendimento na clínica, por exemplo, no consultório, está voltando aos poucos, sempre com a máscara, mantendo o distanciamento que já existe, entre o paciente e o psicólogo, um numa poltrona e o outro na outra. Sempre que entra outro paciente passar o álcool spray na poltrona. Tem aquela proteção para dar aos pacientes quando eles chegam no consultório, eles colocam tipo uma “touca de pé”, para que possa proteger. Álcool em gel sempre. E indo aos poucos, na medida do possível. Em outros ambientes como o psicólogo hospitalar, não parou. E das empresas também não, pelo menos supermercados e outro lugares que têm RH e psicólogos, o psicólogo não parou de trabalhar, mas sempre cumprindo as medidas da OMS e do Ministério da Saúde.

Por Yasmin Seraphico e Júlia Pontes.

A Universidade de Pernambuco (UPE) abriu inscrições para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher 2021 no Campus Petrolina, destinado a profissionais de enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia e serviço social. Os programas têm duração de dois anos e serão disponibilizadas cinco bolsas, uma para cada área.

As inscrições devem ser feitas através do site Upenet até o dia 27 de dezembro . Os rodízios ocorrerão em escalas de trabalho, conforme a rotina de cada serviço, totalizando 60 horas semanais de atividades, com dedicação exclusiva.

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Segundo a vice-coordenadora e docente do colegiado de fsioterapia do campus Petrolina, Ana Eliza Rios, o objetivo do programa é formar especialistas com visão uma visão interdisciplinar para promover a atenção integral à saúde da mulher em todas as fases da vida, “tanto individual como coletivamente, em ambiente hospitalar, ambulatorial e na atenção básica sob a forma de treinamento supervisionado em serviço”, afirmou ela à assessoria de comunicação da UPE.

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A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) recebe inscrições gratuitas, até 19 de dezembro, para a seleção de mestrado em psicologia. No total, 23 oportunidades estão disponíveis para o primeiro semestre de 2021, enquanto outras 21 são direcionadas ao segundo semestre do próximo ano.

Avaliação de conhecimentos metodológicos, avaliação de projeto de pesquisa e análise curricular são as etapas do processo seletivo, cujas aulas serão realizadas na unidade Petrolina da instituição de ensino, no Sertão de Pernambuco. A previsão é que o resultado final seja anunciado em 8 de fevereiro.

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De acordo com a Univasf, as linhas de pesquisa do mestrado são “Processos Cognitivos e Comportamentais” e “Processos Psicossociais”. “A primeira visa desenvolver pesquisas em nível básico e aplicado que enfocam a aprendizagem, o desenvolvimento humano e o comportamento social, realizando interlocução com conhecimentos produzidos nas Neurociências, Ciências da Computação, Etologia e Linguística. Já a linha “Processos Psicossociais” tem o objetivo de desenvolver pesquisas sobre as relações entre o ser humano e os diversos contextos sociais, com ênfase em atitudes, valores, representações sociais, relações interpessoais, processos de saúde e doença, entre outros”, informou a Universidade.

A Univasf fica na Avenida José de Sá Maniçoba, sem número, área central de Petrolina. Mais informações sobre o mestrado podem ser conseguidas no edital de abertura da seleção.

A identidade, assim como qualquer outra construção social e cultural, é construída a partir de vivências que surgem ainda na infância. Essa construção individual tem relação direta com o mundo exterior, e diante de uma sociedade conectada pelas redes sociais, onde criam-se os perfis virtuais, os usuários podem se distanciar da real personaldade, uma vez que as plataformas permitem se apresentar na web de maneira idealizada.

Perfis no Instagram, Facebook e Twitter podem mostrar personalidades bem distantes do mundo real. "Traços que não aceitamos, características que não gostamos podem ser disfarçadas e 'corrigidas' nas redes sociais", contra o psicólogo clínico Reinaldo Braga. "Nesse processo há um perigo: o que corrigimos no virtual continua a existir no real, o que pode levar a um afastamento das relações pessoais, como vemos em muitos jovens que cultivam mais amigos virtuais do que reais. Afinal, na rede, podemos ser quem quisermos", complementa.

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Neste momento, que surge a perda de identidade, já que as redes, que apresentam e alteram as chamadas imperfeições, seguem uma padronização estética, cultural e até étnica. "Criamos uma projeção do que gostaríamos de ser e negligenciamos quem somos, o que pode acarretar ansiedade e até quadros depressivos a longo prazo", explica Braga.

Segundo o psicólogo, a construção da identidade tem como base as experiências vividas, o contexto social em que se está inserido, com suas normas e leis, e os relacionamentos estabelecidos ao longo da vida. "Nos apresentamos ao mundo, agindo sobre ele, e o mundo age sobre nós, nos moldando", explica. Foi o psicólogo Carl Gustav Jung (1875-1961) estudou e formulou o conceito de persona, que é uma espécie de máscara social usada pelo ser humano em diferentes situações. "Um exemplo disso é a diferença que existe na forma como nos apresentamos no trabalho e em nossas vidas pessoais", complementa Braga.

 

Tema de diversos debates na internet, o movimento conhecido como “cultura do cancelamento” tem chamado cada vez mais atenção. O fenômeno surgiu há alguns anos como uma forma de julgar e repreender atitudes consideradas condenáveis de pessoas que, em sua maioria, têm imagem pública. 

Intensificada no mundo virtual a partir de 2017, o “cancelamento” funciona como uma espécie de tribunal em que qualquer pessoa é punida e excluída da sociedade sem encontrar brechas para justificativa e sem oportunidades para mudança de comportamento e opiniões. A prática ganhou força em todo o mundo e no Brasil existem vários exemplos, como é o caso da blogueira e influenciadora digital Gabriela Pugliesi, que foi bastante criticada após dar uma festa em meio à pandemia do coronavírus em abril deste ano.

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A nova tendência tem gerado questionamentos a respeito dos motivos que levam as pessoas a adotarem a postura de juízes e cancelarem alguém e quais os efeitos são gerados por ela. Do ponto de vista psicológico, o professor da UNAMA - Universidade da Amazônia e doutor em Psicologia Clínica pela PUC-Rio Alessandro Bacchini explica que consequências sofrem aqueles que foram afetados pela cultura do cancelamento e como a sociedade no geral lida com ela. 

O que leva uma pessoa a adotar essa postura e condenar as outras?

Antes de tudo, é importante considerar que estamos diante de um fenômeno recente em nossa cultura com as redes sociais. Este movimento nos coloca num feed infinito de coisas que nos ensina a permanecer conectados por estarmos encontrando, cada vez mais, um espelho. Faz parte de uma psicologia de grupo em Freud (1923), com diálogo estabelecido com a antropologia, que nós nos unamos ao que consideramos igual e nos afastemos e mesmo odiemos o que nomeamos como diferença. O encontro com o outro é, portanto, potencialmente conflituoso. Ocorre que, com as redes sociais, adquirimos a ilusão de que estamos cercados por iguais e de que temos o poder mágico de eliminar as diferenças com um cancelamento ou uma exposição. 

De que maneira isso afeta o psicológico de quem sofre o cancelamento?

Quem sofre o cancelamento pode viver um processo assemelhado à morte de uma parte de si mesmo, seu avatar projetado nas redes sociais. No luto, a falta de interesse pelo mundo e a impossibilidade momentânea de eleger novo objeto amoroso são exemplos de atividades de afastamento a tudo que se liga à memória do que se foi. 

Quem reproduz a cultura do cancelamento e condena outras pessoas também é afetado psicologicamente?

É afetado pela ilusão de onipotência ao tratar o outro como algo que posso eliminar de minha vida, ao passo que o que mais me incomoda no outro tem a ver com o que há de mais íntimo em mim mesmo.

Apontar os erros de outras pessoas pelo cancelamento tem algum efeito?

Talvez o efeito mais recorrente seja o ressentimento pela exclusão.

Existem pontos positivos a respeito da cultura do cancelamento?

Talvez um efeito positivo seja o posicionamento de ideias e proteção de grupos que já vivem exclusão. Mas o autoisolamento pode ser um efeito indesejado desta cultura.

Quem sofre com isso pode posteriormente praticar o mesmo? 

Pode ser que uma pessoa repita este evento traumático em suas relações posteriores, sim.

Qual seria a melhor solução para lidar com isso?

As relações pessoais são imprescindíveis. Viver em relação é lidar com o acaso e com a alteridade em seu sentido radical: o outro é estranho por ser justamente muito familiar; somos seres falantes, portanto, inauguramos nosso lugar no mundo em um jogo de aproximação e afastamento com os outros. No entanto, separar não precisa significar cancelar, aniquilar.

Isabella Cordeiro e Karoline Lima.

 

Nesta sexta-feira (6), o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma seleção com 405 vagas de residências médica, multi e uniprofissionais. O certame é direcionado a oito hospitais federais, além de um hospital militar.

O processo seletivo integra o “Exame Nacional de Residência Ebserh (Enare), coordenado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao MEC, que faz a gestão de 40 hospitais universitários federais”.

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Com provas que preveem avaliação de conhecimentos específicos, a seleção terá inscrições a partir de 23 de novembro, pela internet, de maneira gratuita. Os exames serão realizados nas cidades de Araguaína (TO), São Carlos (SP) e Lagarto (SE).

“Para a Residência Médica, o Enare prevê 304 vagas em 41 especialidades. Já para a Residência Uniprofissional foram disponibilizadas oito vagas, entre enfermeiros e físicos médicos. A Residência Multiprofissional dispõe de 93 vagas, que incluem enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, odontólogos, nutricionistas e profissionais de Educação Física. A expectativa é que, no futuro, o Exame seja estendido e passe a contar com outros hospitais, tanto da Rede Ebserh quanto outras unidades hospitalares públicas, que poderão a compor a iniciativa”, informou o Ministério da Educação.

Na visão do ministro da Educação Milton Ribeiro, a seleção centraliza o processo de escolha na rede federal de saúde, já que cada hospital tem promovido o seu processo seletivo. “Isso gerava algumas dificuldades para as instituições como critérios, etapas, datas e notas de corte diversas, risco maior de vagas ociosas, onerava e tornava os processos mais complexos, dentre outros”, opinou Ribeiro, ao site do MEC. “Com o novo exame, as universidades federais passam a ter menor possibilidade de vagas ociosas, eliminação da carga burocrática da realização, manutenção do controle programático e definições técnicas, eliminação de custos e a ampliação da qualificação da seleção”, acrescentou o Ministério.

Ainda segundo o MEC, os aprovados poderão atuar nos seguintes hospitais: Campo Grande (Humap-UFMS/Ebserh), Teresina (HU-UFPI/Ebserh), Salvador (Hupes-UFBA/Ebserh), Aracaju (HU-UFS/Ebserh), Lagarto (HUL-UFS/Ebserh), Manaus (HUGV-Ufam/Ebserh), Araguaína (HDT-UFT/Ebserh) e São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh), além do Hospital da Força Aérea Brasileira (HFAB). Mais informações podem ser obtidas por meio do site do certame.

Convidado para contracenar na 5ª temporada da série Sessão de Terapia, Rodrigo Santoro mostrou um pouco dos bastidores do projeto em seu perfil no Instagram. Para divulgar a produção, o ator comentou o cuidado com a saúde mental em tempos de pandemia e relacionou a psiquiatria com alguns de seus trabalhos.

"Faço terapia há bastante tempo. Neste ano delicado, mais do que nunca, estar nesse processo de me conhecer tem sido fundamental", escreveu Santoro, que dará vida a Davi Greco, personagem escrito especialmente para ele.

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A trama se passa em um consultório de psicanálise e, a cada episódio, a condição de um novo paciente é apresentada. Santoro será o supervisor de Caio, interpretado pelo ator e diretor da série, Selton Mello.

Ele ainda ressaltou o laço estreito com a temática ao relembrar o trabalho que o projetou nas telas de cinema. "Em Bicho de 7 Cabeças, filmamos em um pavilhão desativado de uma clínica psiquiátrica. No processo de pesquisa, tive a oportunidade de mergulhar profundamente nesse mundo e compreender melhor as suas delicadezas. Essa imersão trouxe muito significado para aquele trabalho", destacou.

Santoro ainda pontuou sobre o filme Heleno, no qual interpretou um dos principais – e mais polêmicos - jogadores da história do Botafogo. "[...] foi preciso, novamente, entender o universo da mente, seus truques e mecanismos pra me entregar e contar aquela história tão intensa", lembra.

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A pandemia da covid-19 obrigou as escolas a adotar o Ensino a Distância (EAD), com regime remoto. Muitas crianças, no entanto, enfrentam dificuldades nesse modelo, sobretudo aquelas que possuem necessidades especiais, e também no retorno às aulas presenciais.

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A administradora Rita Bezerra, de 39 anos, mãe de um filho autista, relata os problemas de adaptação do aluno. "Ele teve muita dificuldade, principalmente por conta da ansiedade, porque como tudo é no tempo dele, às vezes ele não queria fazer as atividades em casa", disse Rita.

"O material dele é adaptado para o Transtorno do Espectro Austista (TEA), e as professoas me informaram quais atividades fazer nos livros. Ele não consegue acompanhar aulas no computador, por isso faz atividades impressas ou no livro", comentou a administradora. 

Rita alega que a escola deveria dispensar maior atenção às crianças especiais nesse momento. "Antes da pandemia ele costumava frequentar aulas com crianças mais novas e passou a comparecer com jovens da idade dele, o que acabou prejudicando essa interação. Com isso, eu e o meu marido compramos um piscina de plástico para ele brincar com os irmãos e melhorar o contato", frisou.

Rose Mary, pedagoga, disse que o importante com as crianças especiais é estabelecer uma rotina. "É fundamental para as crianças ter um horário pra brincar e pra estudar", destacou. 

Rose também deu dicas sobre como os pais devem lidar com a ansiedade dos filhos por não poderem sair de casa e interagir com outras crianças. “Minha experiência como professora e mãe me fez ver que assistir filmes em família, realizar antigas brincadeiras educativas como detetive ou jogos de tabuleiro como banco imobiliário fazem você interagir com seu filho e ter um contato que ajuda no controle da ansiedade.”

Carla Guerra Teixeira, psicóloga e especialista em Saúde Mental e psicanalista em formação pelo Círculo Psicanalítico do Pará (CPPA), disse que, além dos cuidados contra a covid-19, é necessário ter cautela com os costumes criados. “Aos pais de filhos com alguma síndrome ou transtorno, é interessante pensar na mudança de rotina, já que estamos há mais ou menos sete meses sem acesso as aulas presenciais”, disse a psicóloga. 

"Então, principalmente crianças com autismo podem sentir muito mais desconforto a esse retorno do que outras que não possuem dificuldades às mudanças bruscas em seus hábitos. Um conselho seria acolher essas crianças, dando voz ao que elas têm a dizer aos pais, avós ou professores”, observou.

A psicóloga acredita na necessidade de amparo da criança para uma melhor produtividade. “O rendimento escolar, mesmo sendo presencial, é específico para cada aluno. Aquele aluno ou aluna que possui algum tipo de dificuldade, seja cognitiva, física ou comportamental, pode apresentar baixo rendimento, já que sua atenção e concentração podem sofrer desestabilidades com as mudanças do ambiente”, afirmou Carla. 

 “O importante seria realizar um acompanhamento psicopedagogo e/ou psicológico para manter um acolhimento e conduzir de forma específica, dependendo da necessidade de cada criança”, finalizou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semec), na segunda-feira (19) houve o retorno às aulas de 33% dos alunos do 6º e 7º anos, com limite de 12 alunos por turma. Essa é a terceira etapa de cinco para a volta. O quarto estágio tem previsão de início para o dia 3 de novembro.

Por Saul Anjos.

Nesta quarta-feira (23), completa-se 81 anos da morte do psicanalista Sigmund Freud (1856-1939), considerado o pai da psicanálise, uma metodologia para entender como funciona a mente e remediar os sofrimentos psíquicos.

De acordo com a pesquisa de Freud, o aparelho psíquico é constituído por três instâncias: o inconsciente, local mais profundo da mente, onde as lembranças de um indivíduo são armazenadas, mas não são acessíveis por ele; pré-consciente, que são memórias presentes, mas que exigem um esforço por parte da pessoa para acessá-la; e o consciente, com todas as lembranças de fácil acesso. Esse estudo ficou conhecido como a primeira tópica.

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Já a segunda tópica, trata-se de uma expansão da primeira. Nela, Freud desenvolveu o conceito do Id, responsável pela busca de prazeres, do ego, que tem a função de mediar os instintos primitivos do Id, com o ambiente que o ser humano vive, e o superego, que alerta o ego, baseado nos valores morais e culturais estabelecidos para um determinado indivíduo.

Importância da pesquisa

Por ser uma ciência que detalha como funciona a mente humana, a psicanálise é responsável por diversas contribuições para a humanidade. Em seus estudos, Freud conseguiu determinar que o inconsciente causava alterações no comportamento humano, e também desenvolveu o conceito da psicodinâmica da Psicologia. "Por meio de suas metodologias, Freud tratou de questões voltadas para a sexualidade, pulsões, recalques e instintos que vão além dos sonhos e desejos reprimidos", explica a psicanalista Andrea Ladislau.

Por meio dos estudos da mente humana, Freud demonstrou que o indivíduo é influenciado pela vivencia, por emoções, impulsos e crenças. "O autoconhecimento é o maior legado deixado por essas pesquisas sobre a mente. Quanto mais eu me conheço, mais leve fica meu lidar com o outro. Se somos seres desejantes é muito importante conhecer e entender nossas profundezas para que a profundeza que existe no outro não me afete a ponto de tirar meu equilíbrio", destaca a psicanalista.

Aplicação nos dias de hoje

Além de todos os conceitos que funcionam como tripé para psicanálise, a pesquisa de Freud também indica que o as ações do ser humano são baseadas em suas influências sociais, e esse fator individualiza cada caso. "Desta maneira, podemos perceber o paciente como um ser único e entender que não existe uma receita de bolo para o desenvolvimento de um transtorno neste ou naquele indivíduo", afirma Andrea.

O que vai determinar a maneira como o paciente que sofre de transtornos psíquicos irá reagir e conduzir a sua cura será a bagagem histórica e emocional. Deve-se considerar que a psicanálise busca curar o paciente através da palavra, e para isso é necessário extrair do indivíduo os traumas ocultos em seu interior. "Fazer com que ele exponha seus sentimentos e emoções de forma a conseguir objetificar a dor, o medo e as angústias que o aflige", detalha a psicanalista.

Influências da mente na saúde física

Alguns sintomas como medo, tristeza, raiva, culpa, mágoa, frustração e sentimento de rejeição deixam o corpo físico do indivíduo desprotegido e vulnerável. "O corpo e a mente não foram feitos para carregar sentimentos ruins e, quando eles se acumulam, o corpo encontra formas de manifestar os problemas, dando origem às doenças", alerta Andrea.

De acordo com a profissional, sentimentos e emoções negativas fazem com que a produção de hormônios seja alterada. Por conta disso, o cérebro passa a produzir substâncias que desestruturam o funcionamento do corpo. De maneira consequente, a pessoa desenvolve doenças, desconfortos estéticos e o problema emocional também pode gerar algumas dores físicas.

Os problemas de saúde podem se manifestar por meio de situações não resolvidas, emoções negativas ou resistência à mudanças e padrões. Todos esses sentimentos podem gerar consequências caso não sejam tratados. "A falta de consciência e de ação pode piorar ainda mais as coisas, uma vez que dá força a esses sentimentos e pode fazer com que eles acabem se tornando uma constante em sua vida", adverte Andrea.

A mente e o corpo

Para evitar maiores problemas, é necessário buscar o autoconhecimento para não ser surpreendido por doenças físicas. "A psicanálise diz, 'tudo o que não se resolve na mente, reflete no corpo'. E é a mais pura verdade. Devemos trabalhar nossas emoções e sentimentos. Usar a nossa inteligência emocional para nos libertar do que faz adoecer", aconselha a psicanalista.

Muitos problemas do corpo podem ser resolvidos por meio de cuidados com as emoções e pela busca de uma vida mais saudável. "Tudo está dentro de nós, só precisamos aprender a cuidar dos pensamentos que produzimos. A negatividade não pode dominar o ritmo de vida do indivíduo. Por isso, produza mais produtividade e aprenda a compreender seu vazio, seus medos e suas faltas", finaliza Andrea.

Como consequência das mortes causadas pela pandemia do coronavírus (Covid-19) muitas pesoas foram obrigados a lidar com a dor da perda de seus entes queridos. Apesar de o luto ser um processo que faz parte da vida humana, há situações em que ele não é elaborado de maneira apropriada, quando então pode trazer prejuízos à saúde mental. 

“Especialistas afirmam que o luto se cura sozinho em um espaço de duas semanas, onde a pessoa já demonstra sinais de religação com o mundo exterior”, comenta o psicólogo e diretor do Instituto de Saúde Mental e Comportamento (ISMC), Diogo Bonioli.

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Durante o processo de luto, a libido, que funciona como a energia que fortalece a vontade de viver de um indivíduo, fica desprovida de prazer. A consciência tenta proteger o ser humano da perda e do desprazer. “Esse processo é o que vemos como um recolhimento ou tristeza. No entanto, dentro de duas semanas, a libido começa a dar sinais de ligação a novos objetos externos e de religação aos antigos, indicando que a pessoa está lidando de modo saudável”, explica o psicólogo.

Por se tratar de uma dor pessoal, apenas as experiências passadas do próprio enlutado podem auxiliá-lo nesse momento, contudo, é importante a companhia e atenção de outra pessoa, que deve observar se o indivíduo está realmente de luto, ou se o caso não se transformou em uma melancolia.

“Caso estejamos diante de uma melancolia, será de extrema importância a companhia até o consultório de psicologia ou psiquiatria e uma vigilância sobre as necessidades básicas da pessoa tal como comer, tomar banho e vigiar sono”, aconselha Bonioli.

De acordo com o psicólogo, esse procedimento deve ser realizado pois o paciente melancólico corre o risco de prejudicar a própria vida em função do luto. O estado de luto, por si só, não leva ninguém a precisar de ajuda psicológica, mas o estado de melancolia já indica que a pessoa precisa cuidar da saúde mental.

“Melancolia é uma experiência de morte do próprio enlutado, por ter perdido o motivo do seu luto. Assim, o luto do melancólico é duplo, pois sofre a morte e a perda do seu objeto de desejo”, descreve Bonioli. O psicólogo destaca que o luto só vai necessitar de ajuda profissional no momento em que enlutado não superar a própria morte simbólica.

A universidade de Pernambuco (UPE) publicou o edital 01/2020 do Mestrado Profissional em Psicologia – Práticas e Inovação em Saúde Mental (PRISMAL), oferecido na unidade da entidade em Garanhuns. As candidaturas devem ser realizadas exclusivamente pelo endereço eletrônico selecoes.prismal@upe.br, até o dia 20 de setembro, mediante pagamento da taxa - R$ 150 - de inscrição e envio da documentação requerida.

A seleção contará com cinco etapas: relato de experiência e plano de trabalho (eliminatória), prova escrita (eliminatória e classificatória), entrevista (eliminatória e classificatória), avaliação curricular (classificatória) e teste de proficiência em língua estrangeira (obrigatória suplementar). O resultado final da seleção será publicado até 16 de outubro.

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As aulas estão previstas para começarem no dia 22 de outubro. No mestrado, são ofertadas 22 oportunidades. Mais informações podem ser obtidas no edital do curso.

No estado de São Paulo, estudantes e professores passam a ter um auxílio importante para o desenvolvimento educacional. De acordo com a administração pública estadual, 1 mil profissionais da Psicologia serão contratados para contribuir com as atividades do ambiente pedagógico.

Os atendimentos serão realizados online e ocorrem a partir do próximo mês de novembro. De acordo com a Secretaria da Educação, além de trabalhar para a melhora de todo o ambiente escolar, o auxílio dos profissionais da Psicologia passa a orientar os responsáveis pela educação a agirem em possíveis situações traumáticas ou de abusos ocorrentes entre os alunos.

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Com o empenho dos especialistas, a ação também vai elaborar instrumentos e testes psicológicos que seguirão o planejamento de cada uma das 5 mil unidades educacionais do estado.

Segundo a pasta cada escola terá, no mínimo, cinco horas semanais de atendimento. Ainda conforme o órgão, colégios que funcionam com número maior de alunos terão carga horária mais elevada com psicólogos.

Ainda segundo o poder público paulista, o atendimento remoto obedece às recomendações das autoridades de saúde em meio à pandemia do novo Coronavírus. De acordo com a Secretaria, 28% dos professores admitem estarem sofrendo ou terem sofrido algum tipo de depressão e cerca de 50% se preocupam com a saúde mental. O número é superior quando se trata dos estudantes. Conforme levantamento da pasta, 80% dos alunos compreendem que o lado emocional atrapalha os estudos.

O Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), lançou o edital de seleção para os cursos de mestrado e doutorado com ingresso em 2021. As inscrições começarão a partir do dia 31 de agosto por meio de formulário eletrônico e pelo envio das documentações exigidas no edital para o e-mail selecao.ppgpsi@ufpe.br.

Há 22 vagas para o curso de mestrado e nove vagas para o curso de doutorado, além de duas vagas adicionais destinadas a servidores da UFPE nas seguintes linhas de pesquisa “Processos Básicos em Psicologia e Neurociências”; “Processos Sociointerativos e Desenvolvimento Humano” e “Processos Psicossociais, Poder e Práticas Coletivas”.

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O processo seletivo será composto por avaliação e defesa do pré-projeto de pesquisa, como também por análise curricular. O resultado final da seleção será divulgado no dia 30 de novembro. Mais informações podem ser obtidas através do edital do programa.

A Faculdade UNINASSAU Caruaru, por meio do curso de psicologia, está realizando sua edição do Projeto Capacita. São temas apresentados em lives por uma plataforma de eventos e que trazem temáticas relacionadas à pandemia do novo coronavírus. Os interessados em participar devem enviar e-mail para a coordenação do curso de Psicologia (psicologia.cau@mauriciodenassau.edu.br), para receber o link da inscrição, que é gratuita.

 Nesta quinta-feira (13), a partir das 19h, o tema “Autismo: o cuidado no diagnóstico errado” será ministrado pela professora Waleska Paixão. Na sexta-feira (14), o tema “A importância do apoio psicológico na elaboração do luto”, acontecerá também às 19h e será ministrado pela professora Lucineide Silva.  

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A coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Caruaru, Danila Aciole, destaca que, como estamos vivendo esse momento de distanciamento social, esse projeto é uma maneira de estarmos mais perto das pessoas. “Os temas foram escolhidos para serem pertinentes à vida das pessoas e para que possam, de fato, fazer sentido para todos. Queremos mostrar que vale a pena continuar vivendo e estudando. São temas diversos, com o objetivo de levar às pessoas um desejo de aprender mais sobre a Psicologia”, afirma a coordenadora e psicóloga.

O projeto Capacita de Psicologia já havia realizado outros três outros encontros: “Uma análise sobre depressão, melancolia e suicídio”, “A masculinidade e autocuidados – aspectos sobre a saúde mental do homem” e “Os reflexos da pandemia na saúde e bem-estar do sujeito – práticas mindfulness e seus benefícios para a saúde física, mental e emocional”.

*Da assessoria

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A pandemia do novo coronavírus acarretou crises que não são apenas políticas ou econômicas. Entre as questões que surgem com a necessidade de isolamento social e normas coletivas de higiene, existe uma sensação de inadequação que está ficando conhecida como a "síndrome do palhaço". 

"O termo vem sendo utilizado por muitas pessoas que compartilham do sentimento de serem os únicos a estarem respeitando as condições necessárias, mesmo que os impactos e consequências daqueles que não respeitam ainda estejam em análise’’, explica a psicóloga Maitê Hammoud.

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Ela afirma que neste momento é comum desenvolver uma sensação de inadequação, enquanto as pessoas assistem aos amigos, familiares e pessoas públicas transitando normalmente.

É o caso da universitária Aline Santos, de 24 anos. Ela diz que observar as pessoas ao seu redor levando a vida da mesma forma, enquanto ela segue todas as recomendações e se protege do vírus, a faz refletir sobre continuar.

"Me sinto impotente e desesperada. Obviamente o vírus está circulando e preciso proteger a mim e a meu filho, porém ver todos que convivo não levando a situação a sério me faz refletir sobre o futuro dessa pandemia. É desesperador’’, desabafou a estudante, que tem um filho de um ano e meio.

A psicóloga afirma que esse sentimento tem grande chance de ser algo passageiro mas, para a manutenção da saúde mental, essas pessoas podem procurar a psicoterapia, que vai permitir o fortalecimento emocional necessário para que se mantenha o isolamento social - mesmo quando as pessoas ao redor parecem não se importar. 

"Mesmo que existam conflitos, não há nada mais precioso do que nossas vidas, e devemos manter nossa consciência tranquila, sabendo que estamos fazendo cada um sua parte", ensina a psicóloga.  

O ato de se vestir, é primeiramente cultural, sendo também, na sociedade contemporânea, uma forma de individualidade e pertencimento, considerando as tribos culturais e sociais das quais as pessoas fazem parte. As roupas que as pessoas escolhem usar podem facilitar uma possível leitura de personalidade e estilo.

"A vestimenta reflete nossa essência, nossos gostos e nosso estilo pessoal, que pode se desenvolver baseado nos segmentos da moda ou apenas por livre e espontâneo gosto’’, explica o estilista Gux Woop.

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Entre as questões envolvidas para escolher uma roupa, que deve ser prática e utilitária para enfrentar as questões diárias, o humor e as sensações do momento são fatores que influenciam  decisão.

"Vestir-se, hoje, está muito ligado a como cada um quer se apresentar para outras pessoas, como querem ser vistos e reconhecidos e principalmente: como podem ser aceitos pelas outras pessoas e a sociedade’’, diz a psicóloga Ana Carolina Boian.

Ela afirma que a escolha de cada look está relacionada à auto estima de cada um e declara que o fator "vestir-se" se refere ao "sentir-se bem", ressalvando que, ao escolher uma roupa, deve estar clara a necessidade de suprir apenas as expectativas de quem a usa.

Para realizar essa escolha de forma mais consciente, Woop sugere pesquisar sobre a psicologia das cores e como elas influenciam no humor e quem as insere. "A partir desse estudo básico, você consegue montar looks e ornar mais as cores no seu guarda-roupas, de acordo com o tipo de ocasião", ensina. 

Entre as muitas dificuldades enfrentadas pelas pessoas durante a pandemia do coronavírus, a solidão pode ser uma inimiga da saúde psicológica. Para aqueles que estão enfrentando a fase de isolamento social morando com a família, o espaço limitado da casa reduz as interações apenas aos moradores mas, para quem mora sozinho, esse momento pode ser ainda mais desafiador. 

A enfermeira Pamela Almeida (23) relata que sua relação com o momento tem sido "um pouco bipolar" - em alguns dias ela percebe que seu humor está mais alegre, em outros esse humor se deprime. 

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O mesmo tipo de variação também está sendo sentido pela esteticista Pamela Freire, (22). Ela morava com os pais, que decidiram se isolar em Santa Catarina, enquanto ela permaneceu em São Paulo.

"Estando sozinha, tive que ter a iniciativa de fazer algo para ocupar a mente. Para mim, a música é uma das melhores coisas. Também ando buscando estudar diversos assuntos que me agregam e mudem meu estilo de vida, me deixando mais focada e interessada’’, afirma a esteticista. 

A psicóloga Ana Carolina Boian explica que enfrentar o desafio da pandemia junto a outras pessoas ajuda no processo de superação, mesmo que haja momentos de estresse. Para quem está passando pela pandemia morando sozinho, manter contato com amigos e familiares é importante para a manutenção da saúde mental. 

Outra dica da psicóloga para quem mora sozinho é procurar manter uma rotina organizada entre trabalho, lazer, atividades físicas e boa alimentação. É recomendável que essas pessoas desenvolvam um projeto de vida.   

Ana Carolina explica que o ser humano é gregário, ou seja, necessita viver em comunidade, mas é possível aproveitar esse período de isolamento forçado para um momento de introspecção.

"Há também a grande oportunidade de conhecer a si mesmo e olhar para dentro. Observar suas qualidades, pontos a desenvolver, se atentar às emoções, sentimentos e ações que levam a um sofrimento também é uma forma de lidar com o isolamento sozinho’’, ensina a psicóloga. 

Pessoas que já tinham problemas como depressão e ansiedade antes da pandemia poderão ter mais dificuldade, com o agravamento dos sintomas. Nesses casos, a recomendação é manter o tratamento que já estava sendo realizado, com acompanhamento profissional. Se a pessoa ainda não estava em tratamento, a sugestão é buscar ajuda profissional. 

Até esta quinta-feira (7), o grupo Ser Educacional promove uma série de congressos on-line que debatem os efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus, em diversas áreas do conhecimento. Neste terça-feira (5), às 10h, a conferência irá tratar o papel da psicologia no atual contexto do país. As inscrições podem ser através do da internet.

A palestra será transmitida ao vivo pelo canal no YouTube do LeiaJáA conferência é aberta a toda sociedade civil e os participantes serão certificados, em até 48 horas, mediante a inscrição no curso através do site de eventos do Ser Educacional.

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Pensando em ajudar os profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate ao Covid-19, a manter o equilíbrio da saúde psíquica, a Clínica-Escola de Psicologia da Universidade UNG disponibilizará 100 vagas on-line e gratuitas para aconselhamento psicológico individual para profissionais da saúde, com sintomas de ansiedade, depressão, angústia, instabilidade emocional, dificuldades na organização dos vínculos afetivos e familiares.

Serão oferecidas até seis sessões, com duração de 30 minutos, realizada uma vez por semana. De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia da UNG, Sílvia Suely Souza Maia, a ideia é auxiliar os profissionais a enfrentarem, muitas vezes, seus próprios medos.

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“Qualquer mudança de hábito ou comportamento sempre devem ser observados com mais atenção. Um diagnóstico precoce de depressão poderá auxiliar no fortalecimento e manutenção da saúde mental do indivíduo, minimizando o sofrimento emocional e, consequentemente, uma atitude impensada”, explica.

Durante as sessões, serão trabalhados conteúdos que possam estar gerando tensionamentos emocionais trazidos por esses profissionais.

Os atendimentos serão realizados por profissionais habilitados e registrados pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP). Para efetuar a inscrição, os interessados devem enviar um e-mail para psicologia.gua@ung.br, com nome completo, idade, telefone e um breve resumo da queixa. Os atendimentos serão realizados através do aplicativo Hangouts.

Serviço:

Clínica-Escola de Psicologia da UNG

Vagas para Aconselhamento Psicológico

Inscrições: psicologia.gua@ung.br

 

* Da Assessoria de Imprensa

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