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Por Aliny Bueno

Diante da crise instaurada pela pandemia de Covid-19, como se manter emocionalmente saudável? Além dos fatores estressantes já presentes no cotidiano das grandes cidades, agora a preocupação com a pandemia e com seus impactos podem contribuir para desencadear ou agravar transtornos psicológicos como o estresse e a ansiedade. É um momento desafiador para todos. Sair de casa envolve o risco de se infectar. Por outro lado, passar semanas em isolamento e enfrentar uma quarentena também pode causar impactos na saúde mental do indivíduo.

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A psicóloga Alessandra Dinelli explica que a mudança repentina na rotina social e pessoal pode provocar sentimentos como medo, ansiedade e fobia. Ela esclarece que o fenômeno do isolamento social ocorre por diversas situações, podendo ser voluntário ou involuntário. “Trazendo um pouco mais para o contexto que estamos vivendo, por ser uma situação atípica, esse isolamento faz com que a gente fique mais ansioso, ocioso também, e perca um pouco da noção de pertencimento, principalmente porque se vê em um cenário onde toda a sua rotina é mudada de forma repentina e não pode fazer nada”, diz.

Adaptação: difícil porém necessária

Encontrar maneiras de se adaptar à nova rotina e não criar pânico contribui para tornar o período de quarentena menos penoso. O universitário Gustavo Laia, 20 anos, diz que sua rotina mudou completamente, pois sempre teve uma vida muito ativa. “Meus dias vêm sendo um teste. Sou muito ativo e gosto de sair com meus amigos e conviver, como qualquer outro. Estudava antes de a quarentena chegar, não é fácil, porém, necessário”, comenta.

O estudante conta que tem buscado no entretenimento uma forma de evitar pensamentos negativos, sem deixar de lado a preocupação com a atual situação: “Fico imaginando como está o mundo e o que eu poderia fazer para ajudar. Aí penso que o melhor é ficar em casa, sendo distraído pelos filmes”, reflete. Um dos fatores que prejudicam a mente é a incerteza de não saber o que vai acontecer. A adaptação a uma nova forma de viver pode complicada, especialmente para pessoas que já sofriam com algum distúrbio psicológico antes de a pandemia se instalar.

Ansiedade 

A psicóloga alerta que a mudança de rotina repentina e forçada, a que toda a população está exposta, pode provocar diversos sentimentos, principalmente de ansiedade. “As pessoas se sentem presas e, por estarem acostumadas a viver em uma rotina corrida e ativa, pensar e ficar em casa sem nada aparentemente para fazer, sem saber exatamente o que fazer e quando tudo vai acabar, aumenta muito o nível de ansiedade, pensamentos negativos, preocupações e sentimento de tédio. A rotina em casa de repente se torna algo massivo e difícil”, descreve.

Alessandra explica que o período de quarentena pode desencadear um quadro de ansiedade em pessoas que não apresentavam o distúrbio antes da epidemia. “Estamos vendo um número alarmante de pessoas com quadros de ansiedade. Tanto pessoas que já lidavam com isso quanto pessoas que nunca passaram por nada do tipo. A quarentena e toda a situação relacionada à pandemia têm gerado também um sentimento de pânico. Muitas pessoas têm apresentado crises de ansiedade e ataques de pânico também, com sintomas como falta de ar, insônia, tremores, medo constante de que algo ruim está para acontecer”, diz a psicóloga.

"Tortura"

A universitária Juliana Macedo tem 21 anos e sofre de ansiedade há quatro. Com as rotinas profissional e de estudos suspensas, ela agora passa a maior parte do dia sozinha em casa, o que considera quase “uma tortura”. “É complicado porque a ansiedade para ser amenizada exige o contato, o convívio. A ansiedade é não conseguir ficar sozinha e em silêncio”, conta.

Segundo Juliana, a abundância de tempo livre desperta nela uma sensação de desespero. “No meu caso, eu me ocupo até não poder mais, para não ficar em silêncio. Estou sendo obrigada a me ouvir”, relata.

Estratégias

Criar uma rotina com afazeres foi a estratégia adotada pelo auxiliar de escritório Bruno Oliveira, 25 anos. Ele conta que tem buscado praticar atividades que preencham o tempo, como forma de não pensar tanto na pandemia e para manter mente saudável: “O primeiro dia de quarentena foi tranquilo, assistindo ao noticiário e me mantendo informado sobre os casos. Já no segundo e no terceiro dias, a mente já pede convivência com outras pessoas. A leitura e as séries têm sido importantes para manter a mente oxigenada”, afirma.

Para Bruno, limitar a busca por notícias sobre a pandemia ajuda a manter a calma. “Acho que ao mesmo tempo em que é importante, também se torna prejudicial, porque acaba submergindo demais as pessoas no assunto e acho que isso pode causar um ‘parafuso’ na mente”, conta.

Infodemia: um mal contemporâneo

Televisão, sites de notícias, redes sociais e até grupos de Whatsapp trazem constantemente uma avalanche de informações e notícias sobre a pandemia. A abundância de informação, que a princípio poderia ser uma coisa boa, pode acabar se tornando prejudicial à saúde mental das pessoas.

O excesso de informação sobre algum assunto pode deixar as pessoas aflitas, em pânico e confusas sobre as atitudes que devem tomar. Esse fenômeno recebe o nome de infodemia, termo que mistura “informação” e “epidemia”.

Formada em Gestão de Recursos Humanos, Jéssica Dallo, de 24 anos, afirma que o intenso fluxo de informações sobre a nova doença tem prejudicado o seu discernimento quanto ao que acreditar. “As informações me afetam, pois às vezes nem é caso para tanto, mas a quantidade de informações que você absorve acaba te colocando na dúvida. Será que estou me preocupando demais? Será que estou me preocupando pouco? Será que eu já estou com o vírus e estou espalhando? São muitos ‘se’”, desabafa.

Dicas

A psicóloga Alessandra Dinelli dá algumas dicas para se cuidar durante o período de isolamento social. Estabelecer uma rotina, evitar o bombardeio de informações, utilizar a tecnologia para manter contato com as pessoas e fazer terapia online. Ela também recomenda que as pessoas aproveitem a quarentena para se dedicar a alguma atividade que gostem de fazer. “As pessoas podem começar a melhorar a qualidade da rotina durante a própria quarentena e saber a lidar melhor com ansiedade e com o tempo durante o período de quarentena”, aponta.

Ressignificar situações adversas é o que propõe o Plantão Psicológico da UNAMA – Universidade da Amazônia durante atendimentos on-line para colaboradores da instituição. A clínica-escola do curso de Psicologia disponibiliza a escuta psíquica como forma de acolhimento durante a pandemia do novo coronavírus. As consultas são feitas por meio de agendamento de horário pelo email atendimentoonlineunama@gmail.com.

De acordo com a responsável pela clínica-escola da UNAMA, professora Ana Carolina Peck, o serviço trabalha com o conceito de urgências psíquicas. “A escuta psicológica é uma grande aliada em diferentes momentos de nossas vidas e agora não poderia ser diferente. Em momentos de crise acabam emergindo urgências psíquicas que podem se configurar como um campo propício para o trabalho do psicólogo, visto que essa escuta qualificada pode ser um meio de possibilitar voz para a pessoa em sofrimento e proporcionar ressignificado à vivência, encontrando novas formas de se posicionar diante desse contexto que a gente está vivendo”, afirmou.

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Ana Carolina entende que, mesmo em isolamento, o paciente pode desenvolver atividades que lhe deem prazer, como ler um livro ou assistir a um filme. “Outro ponto importante para manter a saúde psíquica nesse momento é filtrar as informações em relação ao coronavírus, até porque nem todas as fontes a que nós temos acesso são seguras. Além disso, não ficar o dia inteiro lendo ou assistindo notícias relativas à pandemia, porque isso certamente irá nos adoecer. O ideal é escolher um momento do dia para nos informarmos em relação a isso, buscando sempre informações em fontes seguras”, ressaltou.

Por Alessandra Fonseca/Ascom UNAMA.

 

 

A pandemia faz o trabalho a distância virar realidade por todo o mundo. Ficar em casa privado de contato imediato, sem poder sair, pode ser chato. Psicólogos de Moscou contam como lidar com o estresse para não variar em tempos de confinamento.

Diferentes pessoas reagem de maneiras distintas à pandemia da COVID-19, que está se propagando pelo mundo. Alguns ficam tranquilos, outros preocupados, os terceiros entram em pânico. Os psicólogos asseguram que o entendimento correto da situação pode reduzir significativamente o risco à saúde. Em uma nova matéria da Sputnik, especialistas da Universidade Estatal de Psicologia e Pedagogia de Moscou (UEPPM) apresentam suas recomendações.

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O que não nos mata…

Ficar nervoso não adianta, até porque o estresse acentuado costuma ter consequências fisiológicas. Isso pode levar a várias doenças psicossomáticas que nada têm a ver com a infeção.

O apelo dos especialistas é para avaliar a situação de outro jeito, alterar a atitude e não tentar negar o problema. Há duas espécies de estresse: o eustresse, ou estresse positivo, e o distresse, ou estresse negativo. O eustresse dá força para superar obstáculos, favorece a motivação para mudança, apesar de por vezes ter o mesmo efeito fisiológico que o distresse.

"As situações de crise obrigam-nos a adotar uma postura mais madura, entendendo como natural a incerteza e a existência constante de problemas na vida, como algo que faz parte dela", explica Marina Rozenova, professora da UEPPM.

Ao adotar semelhante postura psicológica, asseguram os especialistas, nós vamos deixar de encarar automaticamente com alarme os eventos e situações desagradáveis, entendendo-os de maneira lúcida e analisando-os, o que aumenta nossas chances de evitar o insucesso.

Voltar a estar juntos

A coincidência de férias forçadas dos filhos com o trabalho a distância dos pais a partir de casa pode ser algo maravilhoso e ao mesmo tempo uma difícil prova para todos.

A condição de manter boas relações durante a quarentena familiar é se manter a mesma pessoa que você costumava ser. Responsabilidade e cuidado não são um fardo, senão um recurso energético e uma das armas mais eficazes contra o medo.

"Se as crianças estão em casa sozinhas, o melhor é planejar o dia com antecipação, alternando estudos com divertimento. Tente permanecer sempre em contato com elas para que não se sintam sozinhas ou preocupadas com as informações que veem na Internet", comenta a docente sênior da UEPPM e psicoterapeuta Nina Chuprakova.

Se você se sente "fechado em casa", os especialistas têm um conselho: tente fazer algo que você sempre quis e sempre teve que adiar: rearrume a mobília, leia um livro, organize um torneio de xadrez na família, veja fotos e vídeos antigos de sua família, tente pintar, desenhar ou escrever versos, crie uma obra-prima culinária.

Escritório em casa

Os psicólogos consideram que uma equipe de trabalho pode levar 1,5-3 meses para adaptar-se a novas condições. Uma correta avaliação psicológica da situação permitirá evitar sentimentos de ansiedade e culpa, que afetam a autoestima profissional e pessoal, alimentando o estresse.

O chefe deve demonstrar serenidade e manter uma atitude tranquila e profissional. É importante evitar reações emocionais desnecessárias, que só esgotam as forças, fazendo os empregados cometer erros.

As novas formas de interação no trabalho, ou seja, o trabalho a distância, exigem novas atitudes. Os psicólogos acreditam que qualquer espécie de contato indireto permanente durante todo o dia de trabalho (grande fluxo de e-mails, de áudio ou videochamadas) são mais esgotantes para a psique do que a comunicação normal no escritório, fazendo com que a pessoa se canse mais rápido e perca motivação para trabalhar.

Se as ações de gerenciamento forem corretas do ponto de vista psicológico, a reformatação do processo laboral não só pode minimizar as perdas, como pode fazer surgir novas ideias criativas.

Higiene mental

É vital obter informações comprovadas durante a pandemia – especialmente para quem é importante manter tudo sob controle. Já para as pessoas ansiosas é melhor dosear o acesso à informação.

Os especialistas explicam que há pessoas que precisam de um certo nível de ansiedade permanente, frequentemente alimentado por pensamentos negativos. Em situações de crise, elas podem sentir-se em posição de liderança.

Se um dos seus próximos estiver em tal estado, tente interessá-lo por uma atividade construtiva, sugira algo que o faça sentir importante fora do contexto de ansiedade.

"Como se sabe, a tranquilidade e o bom humor têm importante efeito profiláctico. Emoções positivas são capazes de proteger o organismo de doenças, já as negativas podem enfraquecê-lo. Técnicas de controle do estresse e da autossugestão podem ajudar a olhar o futuro com otimismo", diz Aleksandr Sechko, docente da UEPPM.

Da Sputnik Brasil

Para conter o novo coronavírus, o isolamento social foi a medida emergencial adotada por autoridades no mundo todo. No entanto, o que funciona como segurança para o corpo pode não ter o mesmo efeito para a mente. Pensando nisso, a psicóloga pernambucana Bruna Lima Alves resolveu oferecer sessões gratuitas de acolhimento online para ajudar pessoas do Estado a controlar a ansiedade e o medo agravados pelo isolamento.

Tendo como abordagem a psicanálise, a profissional explica que a iniciativa é uma forma de diminuir a tensão causada pela COVID-19. “A ideia inicial é oferecer o acolhimento online até o dia 15 de abril, porque não sabemos como estará a situação depois disso. A intenção é dar um apoio às pessoas, afinal, a vida de todo mundo mudou de uma hora para a outra. Antes elas tinham uma rotina, que foi alterada por causa da pandemia, e tinham atividades para ocupar a mente. Além disso, existe uma grande preocupação com a questão econômica, ninguém sabe quando o mundo vai voltar ao normal e como será esse retorno, se seus empregos estarão garantidos, se serão capazes de pagar suas contas até lá, etc.”, comenta Bruna.

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Os interessados em participar do acolhimento online devem se inscrever por meio do Instagram @psicobrunalves. Os plantões funcionarão de segunda a sexta, das 10h às 14h, e cada contemplado poderá agendar 4 sessões de meia hora cada. Contudo, Bruna explica que as sessões deverão girar em torno dos transtornos emocionais gerados em virtude da doença, e os casos de emergência não poderão ser tratados online.

Contato:

Psicóloga Bruna Lima Alves

CRP: 06-156365

(81) 99706-6504

Da assessoria

O isolamento social, necessário durante o período de quarentena estabelecido para contingência da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), tem o potencial de causar estresse devido à limitação da interação e da possibilidade de se locomover livremente como de costume. Mesmo com consciência sobre a necessidade de permanecer em casa para resguardar a si e principalmente às pessoas que fazem parte do grupo de risco, a quarentena voluntária é uma situação difícil de enfrentar, e se torna ainda mais desafiadora para pessoas que, em meio à toda a incerteza e tensão, estão estudando para prestar provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares.

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De acordo com a psicóloga, mestre em psicanálise e mentora de estudos e carreira, Soraya Matos, o isolamento não é uma situação natural para os humanos, que são seres sociais, desejam estar em grupo. Diante dessa situação, explicou ela, e com o medo de uma doença, sentimentos de tristeza e ansiedade são potencializados. “O isolamento social maximiza a ansiedade. O que eles [estudantes] tinham de rotina concreta antes, agora têm que ser responsáveis sozinhos, e aí a ansiedade vai maximizar, causar um aumento da tristeza, de dores, e isso não fortalece, em absoluto, os estudos”, afirma Soraya.

Ela também lembra que o fluxo de notícias preocupantes sobre o avanço da COVID-19 e especialmente de conteúdos falsos, as fake news, também contribuem para criar uma atmosfera de medo e tensão sobre os estudantes. Para contornar os sentimentos negativos e conseguir manter o foco nos estudos durante o afastamento físico da sala de aula, a primeira orientação da psicóloga é que os alunos entendam que não estão de férias e, durante esse período, busquem ter equilíbrio emocional e manter uma rotina com disciplina.

“É apenas uma fase que vai passar, e uma grande oportunidade também de construção e desenvolvimento de novas competências. A gente precisa trabalhar bem a nossa base emocional. Neste momento, a disciplina é essencial, a rotina com atividades físicas, estudos e resultados é essencial", disse Soraya.

Alternar os estudos com atividades relaxantes e ter com quem conversar, desabafando as angústias que fazem parte do momento de isolamento, também é uma recomendação importante apontada pela psicóloga e mentora. “É muito importante também que eles alternem os estudos com coisas prazerosas. Jogos, leituras, conversas com os amigos, atividades que possam criar buscando sair dessa sensação de ‘eu estou em casa’, não precisa ficar preso apenas à tristeza”, orientou a especialista.

Nesse contexto, Soraya também destaca a importância do papel da família na criação de um ambiente agradável e favorável aos estudos em casa durante o período de quarentena. “Nesse momento é essencial que eles tenham acolhimento e apoio, que não se tranquem nos quartos, que os pais procurem criar um campo de afetividade, criatividade, boas conversas e interesse no que eles estão estudando”, declarou a psicóloga.

Num contexto em que o fluxo de informações é grande e pode gerar ansiedade, a dica de Soraya é que os estudantes filtrem o que chega até eles e busquem formas de tornar esse conhecimento construtivo. “Fazer um filtro do que for importante e daí aproveitar para desenvolver redações, artigos, mapas mentais. Dá para desenvolver um mapa de estudos e depois se recompensar. Estuda, se recompensa. Com boas conversas, um encontro virtual com os amigos, falando com os pais, jogando, depois retornam aos estudos. Se de manhã estaria no colégio, pode assistir videoaulas, estudar pela tarde batendo e comemorando suas metas. Psicologicamente isso vai dar uma força muito grande”, afirmou Soraya.

Há, ainda, outras ações que, segundo a psicóloga, podem ajudar os estudantes a aliviar a tensão e, assim, reduzir a ansiedade durante a quarentena, como viver o presente (menos preocupações futuras), praticar atividade física regularmente, respirar de forma ordenada, ter uma boa alimentação, dormir bem, evitar pensamentos negativos, assim como ambientes e atividades estressantes, e praticar a meditação.

A pandemia do coronavírus tem colocado boa parte do mundo em quarentena. Por ter um alto nível de transmissão, o isolamento social se faz primordial para a contingência do vírus e ficar dentro de casa  tem sido a recomendação maior dos órgãos de saúde. No entanto, o isolamento pode ter consequências sérias, não só na economia mas, também na saúde emocional. Atentos a esse problema, profissionais de psicologia estão reforçando orientações e atendimentos, ainda que à distância, para manter a saúde mental da população em dia. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Em pesquisa recente, identificou-se uma verdadeira epidemia de ansiedade em solo nacional com 18,6 milhões de brasileiros convivendo com tal transtorno. Esse número pode aumentar diante de uma crise como a do coronavírus, como explica a psicóloga clínica e hospitalar, Eliane Lima: "A saúde mental (das pessoas) já está sendo afetada com essa pandemia porque somos seres sociais, naturalmente somos programados para viver com os outros, não isolados. Então, quando se impõe um isolamento, mesmo que seja como uma forma de prevenção, a tendência é a gente burlar isso". 

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Diante da orientação de restringir o convívio social, os atendimentos psicológico online surgem como uma solução para pacientes e médicos. Essa modalidade de acompanhamento já é praticada por profissionais da área, para pessoas com algum tipo de dificuldade de locomoção ou outras condições que as impossibilite de ir até um consultório. Para aumentar a possibilidade desses atendimentos, em tempos de quarentena, o Conselho federal de Psicologia autorizou as consultas online dispensando, nos meses de março e abril, o cadastro no e-Psi - plataforma  para psicólogos que atendem à distância. 

Segundo Eliane, uma situação de crise como a atual pode desencadear o  aumento da ansiedade agravando os sintomas de quem já convive com o transtorno e levando pessoas que nunca sofreram com esse tipo de problema a desenvolvê-lo. Ela ratifica a importância de se procurar um acompanhamento profissional e evitar a automedicação com antidepressivos e ansiolíticos. "Um psicólogo pode ajudar a atravessar esse momento de crise sem precisar se apoiar em meios artificiais. Existem muitos profissionais que estão oferecendo atendimento online".

Algumas plataformas de atendimento psicológico à distância também estão intensificando seus serviços. O site A Chave da Questão está disponibilizando atendimento gratuito para assinantes e não assinantes. A página oferece orientação online, grupos públicos e privados de discussão e acesso direto aos 11 profissionais da área cadastrados. Para solicitar atendimento é preciso fazer uma inscrição prévia. Um outro canal, o Vittude, também está oferecendo orientações, atendimento remoto e um ‘Diário da Quarentena’ com conteúdos sobre saúde emocional e bem-estar. 

Além disso, há outras alternativas para cuidar da saúde mental mesmo confinado em casa, como indica a psicóloga Eliane. "Há uma enxurrada de informações durante o dia inteiro, é preciso tomar cuidado com as fake news, é muito danoso para saúde mental você ficar propagando fake news. Então, é bom dar um tempo nas notícias, não é preciso passar o dia inteiro exposto a elas. Também não faz bem você ficar disseminando negativismo em cima das notícias. Se a gente está numa pandemia, todo mundo está sendo afetado e com medo, propagar o medo é péssimo. O legal de se fazer é você fazer uma live com seus amigos, pela internet, ligar para alguém, conversar. Dentro de casa fazer coisas que você gosta, como cozinhar, fazer cursos online que estão sendo disponibilizados. Fazer coisas que lhe façam bem e não achar que a todo custo vai pegar o novo coronavírus. Eu acredito que em quanto mais a gente fizer isso mais em breve a gente vai ter superado juntos essa situação".  

Profissionais da saúde

Na linha de frente do combate à pandemia do Covid-19, os profissionais da área da saúde também precisam redobrar a atenção em relação à sua saúde emocional. Médicos, técnicos de enfermagem enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, que não podem se isolar, devem buscar apoio nesse momento. "Existe uma rede de atendimento online a esses profissionais pelo SUS e é muito importante", diz Eliane. 

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Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), desde o ano de 2015 cresceu o número de crianças matriculadas na rede pública e municipal de ensino. Em 2019 foram registrados 167,8 mil crianças a mais do que em 2018, de acordo com informações divulgadas anualmente pelo Censo Escolar.

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Com o crescimento da educação infantil aumentou o números de creches que disponibilizam vagas para crianças de 0 a 3 anos, em período integral ou parcial. O ensino regular aceita crianças a partir de 4 anos completos.

Na educação infantil, são exercitadas as capacidades emocional, social, motora, cognitiva e é despertado o potencial para experimentações educacionais. Crianças que começam a estudar mais cedo tendem a desenvolver mais habilidades. 

De acordo com a psicóloga comportamental e cognitiva Priscila Franco, 25 anos, crianças de 2 a 7 anos desenvolvem atividades que estimulam a aprendizagem da linguagem, o aperfeiçoamento da coordenação motora e aprimoramento da escrita. “A escola, por sua vez, contribui enquanto instituição, e é o segundo grupo social desta criança. A família é o primeiro grupo de contato. A escola serve como introdução para o terceiro grupo: a sociedade”, informou.

"A educação abre portas para o conhecimento e o desenvolvimento pessoal. A educação pode ser a saída para as crianças se tornarem adultos bem-sucedidos, pois através do autoconhecimento e do desenvolvimento de habilidades poderão colocar em prática na comunidade”, continuou a psicóloga.

Para Priscila, a escola oferece ferramentas de integração e inclusão social com atividades extracurriculares como esporte, danças, cultura, religião e lazer. "Quanto mais crianças nas escolas envolvidas na sociedade como um todo, tendo acesso a conhecimento e preparação para a vida, menor será o envolvimento com drogas, violência, entre outros”, destacou a psicóloga.

Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) é oferecer mais educação em tempo integral para alunos da rede pública até o ano de 2024. A lei estabelece uma melhora na qualidade de ensino na educação do Brasil, informa a Agência Brasil, do governo federal.

Eliane Monteiro, 25 anos, é mãe da Leticya Gabriele, de 5 anos, matriculada na creche do governo, em Ananindeua. A mãe da menina diz que a filha desde muito nova mostrava interesse para frequentar a escola. “Quando ela começou a falar, ela pedia para ir para a creche, mas ainda não tinha idade. Quando completou três anos, a creche aceitou, eu a matriculei. Foi vontade própria dela, ela queria muito isso, foi e se encantou pela escola, e está indo até hoje”, contou.

Para Eliane, quanto mais cedo as crianças começarem a frequentar a escola, mais cedo vão mostrar interesse pelos estudos. Em casa, a mãe incentiva Leticya com tarefas. “A educação é a base para tudo, eu acho que ela começa dentro de casa, e a escola é apenas um complemento pra que tudo aconteça na vida da criança”, afirmou.

Eliane diz que nos dia de hoje, nas escolas, há pessoas para orientar alunos para evitarem o mundo da marginalidade. “Em minha opinião, uma criança ou adolescente que se envolveu com o mundo do crime não teve oportunidade de estar em uma escola ou não recebeu apoio e incentivo de sua família para viver em comunidade. Hoje já temos em algumas escolas uma assistente social responsável por isso”, observou.

Inaiara Moreira, professora do ensino Fundamental I, da rede municipal em Santa Bárbara, município da Região Metropolitana de Belém, incentiva as crianças em sala de aula através de atividades divertidas. “Na escola, os professores devem mediar atividades desafiadoras, que envolvam leitura, jogos, e contato com diferentes linguagens como música, dança e teatro, tornando a aprendizagem lúdica para as crianças”, afirmou a professora.

De acordo com Inaiara, os primeiros anos na educação básica são primordiais para a vida da criança. “É na educação infantil que a criança irá ajudá-la em toda vida escolar”, explicou.

“O município, nos últimos anos, tem investido mais em escolas de Educação Infantil, mas ainda tem muito o que melhorar nas estruturas, material para os alunos e recursos que auxiliam os professores a realizar um trabalho digno”, afirmou a servidora.

Por Suellen Cristo.

*Por Aurilene Cândida

Estudantes de todo Brasil já podem conferir a nota de corte do segundo dia de inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O sistema oferece 237 mil vagas em 128 universidades e institutos federais e estaduais espalhadas pelo país. As candidaturas podem ser feitas até as 23h59 do próximo domingo (26).

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O LeiaJá separou notas de corte do Sisu para consulta dos cursos de direito, medicina, engenharia e psicologia das Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de São Paulo (USP). Antes de conferir as notas, veja o que significa cada sigla do sistema e como identificar a qual grupo de seleção você pertence.

A0- Ampla Concorrência 

L1 - Candidatos com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a  1,5 salário mínimo que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. (Lei nº 12.711/2012).

L2 - Para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. (Lei nº 12.711/2012).

L5 - Para candidatos que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

L6 - Para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

L9 -  Para candidatos com deficiência que tenham renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

L10 - Para candidatos com deficiência autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, que tenham renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012)

L13 -  Para candidatos com deficiência que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012)

L14 -  Para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

 UFPE

Medicina - Campus Recife

A0 - A nota de corte nesta modalidade era 781,61 em 23/01/2020 à 0h.

L1 - A nota de corte nesta modalidade era  752,08 em 23/01/2020 à 0h.

L2 - A nota de corte nesta modalidade  era 725,00 em 23/01/2020 à 0h.

L5 - A nota de corte nesta modalidade  era 767,90 em 23/01/2020 à 0h.

L6 - A nota de corte nesta modalidade era 736,02 em 23/01/2020 à 0h.

L9 - A nota de corte nesta modalidade era  713,77 em 23/01/2020 à 0h.

L10 - A nota de corte nesta modalidade era 683,59 em 23/01/2020 à 0h.

L13 - A nota de corte nesta modalidade era 702,39 em 23/01/2020 à 0h.

L14 - A nota de corte nesta modalidade era 725,00 em 23/01/2020 à 0h. 

Direito - Campus Recife

A0 - A nota de corte nesta modalidade era 738,25 em 23/01/2020 à 0h.

L1 - A nota de corte nesta modalidade era 718,09 em 23/01/2020 à 0h.

L2 - A nota de corte nesta modalidade era 692,26 em 23/01/2020 à 0h.

L5 -A nota de corte nesta modalidade era 732,73 em 23/01/2020 à 0h.

L6 - A nota de corte nesta modalidade era 694,99 em 23/01/2020 à 0h.

L9 - A nota de corte nesta modalidade era 676,47 em 23/01/2020 à 0h.

L10 - A nota de corte nesta modalidade era 635,71 em 23/01/2020 à 0h.

L13 - A nota de corte nesta modalidade era 656,14 em 23/01/2020 à 0h

L14 - A nota de corte nesta modalidade era 692,26 em 23/01/2020 à 0h.

Engenheria - Campus Recife

A0 - A nota de corte nesta modalidade é 666,08 em 23/01/2020 à 0h.

L1 - A nota de corte nesta modalidade era 642,84 em 23/01/2020 à 0h.

L2 - A nota de corte nesta modalidade era 609,35 em 23/01/2020 à 0h.

L5 -A nota de corte nesta modalidade era 658,25 em 23/01/2020 à 0h

L6 - A nota de corte nesta modalidade era 607,04 em 23/01/2020 à 0h

L9 - Em 23/01/2020 não havia nota de corte nesta modalidade porque a quantidade de candidatos inscritos era inferior à quantidade de vagas.

L10 - Em 23/01/2020 não havia nota de corte nesta modalidade porque a quantidade de candidatos inscritos era inferior à quantidade de vagas.

L13 - Em 23/01/2020 não havia nota de corte nesta modalidade porque a quantidade de candidatos inscritos era inferior à quantidade de vagas.

L14 - A nota de corte nesta modalidade era 609,35 em 23/01/2020 à 0h

Psicologia - Campus Recife

A0- A nota de corte nesta modalidade era 720,80 em 23/01/2020 à 0h.

L1- A nota de corte nesta modalidade era 688,60 em 23/01/2020 à 0h.

L2- A nota de corte nesta modalidade era 671,28 em 23/01/2020 à 0h.

L5-A nota de corte nesta modalidade era 702,92 em 23/01/2020 à 0h

L6-. A nota de corte nesta modalidade era 674,97 em 23/01/2020 à 0h

L9-A nota de corte nesta modalidade era 569,07 em 23/01/2020 à 0h.

L10-A nota de corte nesta modalidade era 589,36 em 23/01/2020 à 0h.

L13-A nota de corte nesta modalidade era 608,70 em 23/01/2020 à 0h.

L14- A nota de corte nesta modalidade era 671,28 em 23/01/2020 à 0h.

USP

Medicina

A0- A nota de corte nesta modalidade era 819,15 em 23/01/2020 à 0h.

L5- A nota de corte nesta modalidade era 794,13 em 23/01/2020 à 0h.

L6- A nota de corte nesta modalidade era 757,20 em 23/01/2020 à 0h

Direito

A0- Em 23/01/2020 não havia nota de corte nesta modalidade porque a quantidade de candidatos inscritos era inferior à quantidade de vagas.

L5-A nota de corte nesta modalidade era 730,11 em 23/01/2020 à 0h.

L6- A nota de corte nesta modalidade era 707,94 em 23/01/2020 à 0h.

Engenharia Civil

A0- A nota de corte nesta modalidade era 787,39 em 23/01/2020 à 0h.

L5- A nota de corte nesta modalidade era 750,14 em 23/01/2020 à 0h.

L6- A nota de corte nesta modalidade era 719,87 em 23/01/2020 à 0h.

Psicologia

A0- Em 23/01/2020 não havia nota de corte nesta modalidade porque a quantidade de candidatos inscritos era inferior à quantidade de vagas.

L5- A nota de corte nesta modalidade era 733,82 em 23/01/2020 à 0h.

L6-A nota de corte nesta modalidade era 700,54 em 23/01/2020 à 0h.

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Sobre a mesa da reunião familiar, comidas para todos os gostos. Ao redor da estrutura, gargalhadas e memórias compartilhadas entre os mais velhos. Já os jovens acompanham, muitas vezes entediados, as conversas dos pais. Tornam-se, posteriormente, personagens do papo ao virarem pauta, principalmente quando o assunto são os seus patamares educacionais. Quando um parente tem êxito no vestibular, por exemplo, e você não foi aprovado, comparações vêm à tona. “Teu primo passou na Federal e você não” é uma frase comum entre algumas famílias. Tal comparação, contudo, ao invés de motivar, pode propagar sérios impactos psicológicos que prejudicam estudantes pressionados pela aprovação.

A cena descrita é comum. Preocupados com os filhos que buscam ingressar em uma universidade, pais insistem em apontar parentes ou amigos aprovados em vestibulares como bons exemplos. No entanto, quando o filho é reprovado e essa comparação ocorre como sinônimo de cobrança, o efeito tende a ser prejudicial, uma vez que o insucesso do estudante, aliado à pressão da família, pode atormentar a sua autoestima e, consequentemente, despertar ansiedade e fomentar decepção.

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Em alguns casos, a comparação, porém, pode brotar do próprio estudante, ocasionando os mesmos efeitos negativos das cobranças familiares. Aos 22 anos, *Júlia Santos recorda a época em que passou por pré-vestibulares e amargou reprovações em sequência. Ao ver seus amigos aprovados, a jovem confessa que se sentia feliz, entretanto também se via fracassada por não alcançar a lista de aprovação. Ela sonhava em cursar odontologia.

“Dos meus pais não sofria pressão. Eles sempre foram muito parceiros e me encorajavam. A cada ano que eu fazia Enem e via que não tinha passado, eles sempre me apoiavam, me encorajavam a fazer de novo, sempre deram muito apoio. Porém, eu me cobrava demais. Fiz pré-vestibular dois anos e meio e era difícil começar o ano tendo que estudar, tendo que começar a rotina cansativa de novo e ver que os amigos passaram e eu não passei. Me sentia fracassada, porque eu não tinha conseguido. Ficava feliz por eles e triste por mim, como se a minha hora nunca fosse chegar e a de todo mundo chegava. No segundo ano de pré-vestibular, todos os meus amigos passaram, menos eu. Fiquei me perguntando o que tinha feito de errado. Me sentia mal e decepcionada”, revela a estudante. Em 2018, Júlia, enfim, foi aprovada e, atualmente, cursa odontologia em uma instituição pública de ensino superior.

Uma sociedade que compara e o peso psicológico das comparações

De acordo com o professor de sociologia Salviano Feitoza, a sociedade costuma fazer comparações em diferentes segmentos. “Primeiro, a gente pode considerar que o ser humano tende a comparar, porque o mecanismo de comparação permite a sobrevivência. Só que a gente se organiza a partir de pressupostos de comparação que estão ligados a critérios de sucesso e de fracasso”, comenta o sociólogo.

A partir das comparações sociais, a ideia de fracasso e o conceito de sucesso são inseridos nos discursos dos grupos sociais que, costumeiramente, titulam as pessoas a partir de suas conquistas ou insucessos. “Inevitavelmente, um cara teve sucesso e outro teve fracasso”, exemplifica professor sobre a maneira como as pessoas titulam as outras. “Como há uma busca familiar pelo bem estar dos filhos, ocorre uma exigência que muitas vezes traz sofrimento para os estudantes, mas é uma forma que a família tem de cuidado com aquele jovem”, acrescenta.

Para Feitoza, é necessário o entendimento de que cada indivíduo, em seu processo educacional e profissional, tem um momento certo para chegar ao seu objetivo. Essa caminhada é individual, fato que não deveria instigar comparações, uma vez que os casos se diferem. “O ideal para as famílias é entender que cada um vai encontrar o seu lugar em um determinado tempo”, endossa o professor de sociologia.

A pedagoga e psicóloga Erica Mota também identifica que a humanidade possui o costume de fazer comparações, sejam elas benéficas ou negativas. As instituições, segundo a especialista, também caem no erro de instigar competições seguidas de ranqueamentos. Escolas são exemplo dessa competitividade, ao publicitarem os alunos com as melhores notas nos vestibulares e nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Hoje a gente vive em um mundo muito competitivo e isso gera uma série de questões psicológicas. Termina o jovem se atropelando porque ele ainda não tem discernimento de lidar com certas coisas que são inerentes à idade. Muitos ainda não sabem o que ser quando crescer. Muitas escolas têm competitividade dentro das próprias escolas, incentivando o costume de ranquear. Termina sendo uma competição generalizada, de escola para escola, aluno para aluno, região para região. A gente vive em um mundo, do macro ao micro, que é competitivo, comparativo e ranqueado”, opina Erica.

A especialista acredita que as comparações e principalmente a pressão desequilibrada por aprovação em cima de um jovem estudante podem ocasionar ansiedade desenfreada. “A ansiedade trava o aprendizado. Além da questão química, há as questões sociais. Muitos ficam reclusos, perdem o interesse, porque acham que não estão à altura dos demais estudantes”, argumenta.

Para a pedagoga, as comparações entre um estudante aprovado e um aluno à margem da aprovação são ineficazes no processo educacional, tendo em vista que cada aluno possui um momento exato e particular para absorver os conteúdos trabalhados nas aulas. “Cada aluno tem um tempo de aprendizagem, os estímulos são diferenciados e os resultados têm que ser os mesmos. Se você não tiver cuidado e com a saúde mental em dia, termina entrando em colapso que pode prejudicar na hora da prova”, finaliza a pedagoga.

O peso psicológico a partir das comparações é latente. De acordo com o psicólogo Dino Rangel, o estudante alvo da comparação, decepcionado em decorrência da reprovação, pode sofrer consequências contra a sua autoestima. O especialista alerta que os pais e amigos devem abolir essas atitudes e priorizar incentivos e frases de alento. Confira no vídeo:

Na fila para contar ao Papai Noel do Shopping Higienópolis o que pretende ganhar no Natal, José Luiz, de 3 anos, parecia animado. Mas, ao chegar a vez dele, o humor mudou: o menino decidiu não se aproximar e ficar em pé, guardando uma distância segura do bom velhinho. "Ele não é nada tímido. Mas acho que essa deve ser uma das primeiras experiências dele com essa figura", contou a avó Silvia Cataldo, de 67 anos.

Apesar de a maioria das crianças agir com familiaridade e desenvoltura, empilhando uma lista de pedidos que deixariam qualquer papai (Noel ou não) de cabelo em pé, também teve quem repetisse José Luiz - e segurasse a mão do personagem natalino com insegurança, que abrisse o berreiro ou, simplesmente, ficasse mudo.

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Esse medo pontual do Papai Noel pode se transformar em fobia? Embora não seja reconhecida oficialmente pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), feito pela Associação Americana de Psiquiatria, os medos relacionados às festas de fim de ano e à própria figura de Noel estão cada vez mais presentes no dia a dia dos consultórios e na experiência de quem interpreta o personagem de barba branca e gorro vermelho.

"Eu não gosto quando os pais insistem. Acho que tem de respeitar o tempo das crianças. O Noel é uma figura que deve conquistar a confiança. E precisa ser visto como amigo", disse Cláudio Altruda, de 79 anos, Noel de shopping há mais de 26 anos.

Psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica e Terapia Cognitivo Comportamental pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Elaine Di Sarno compara o medo de Papai Noel com a clássica fobia de palhaço. "São figuras muito diferentes daquilo que as crianças mais novas estão acostumadas. Elas não têm ideia de quem é aquele velhinho de barba branca, uma figura vermelha que fica tocando um sino... Aí, as crianças são obrigadas a se apresentar ao Noel, falar com ele, interagir... Algumas acabam desenvolvendo um medo que pode se desdobrar para a vida adulta", disse. Aliás, na vida adulta, segundo Elaine, esse tipo de fobia acaba se transformando no estresse de fim de ano, na vontade de ficar sozinho em datas como Natal e ano-novo.

Para a psicanalista especialista em programação neurolinguística (PNL) e constelação familiar Taís Ribeiro, a fobia de Natal também se reflete em medos peculiares como o do pisca-pisca e de árvores de Natal. "Parece estranho, mas já tratei casos assim. Na maioria das vezes, diria em 80% dos casos são traumas de infância", contou. "Não ajuda quando os pais ficam contando histórias do 'homem do saco', aquela figura que viria capturar a criança se ela fizesse alguma má-criação. A figura do 'homem do saco' pode ser confundida com o Papai Noel na cabeça das crianças", completou.

Os casos mais graves, que se transformam em ansiedade na vida adulta, podem nascer de diversas fontes. "Conheço uma pessoa que tinha medo de Noel porque um dia flagrou um tio de quem não gostava fantasiado de bom velhinho", falou Taís. "Teve uma que o pai bebia muito durante o Natal e estragava a festa. Fazia coisas terríveis como gritar com a mulher, dar um soco no bolo e atirar um peru pela janela", lembrou.

De acordo com a especialista, algumas situações só conseguem ser "atacadas" com hipnose, com o paciente conseguindo "ressignificar" alguns momentos importantes da própria vida.

O psicólogo Carlos Alberto Vieira pontua que é importante resgatar a diferença entre medo e fobia. "No primeiro, o sujeito está diante de algo que apresenta alguma razão objetiva no risco que se atribui àquilo que está em questão, enquanto que na fobia não há razão concreta a ameaçar o sujeito."

Segundo ele, em ocasiões típicas do período natalino é mais comum encontrar adultos que apresentam algum tipo de desconforto, ou de sofrimento, mesmo em função de situações relacionadas à solidão. "Pode ser um desconforto decorrente de uma experiência de atualização, podemos assim chamar, de um período de luto vivido no passado, ou mesmo uma experiência em que o sujeito faz um balanço da sua vida e de si mesmo, colocando questões importantes em perspectiva, num momento de avaliação das coisas naquela altura da vida, podendo vir à tona uma sensação de medo por algo que se dê em um contexto de incerteza referente ao seu futuro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, recentemente, que o curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Redenção recebeu nota 05, maior desempenho emitido pelo órgão. Na sua avaliação, o MEC levou em consideração o desempenho da Instituição nos quesitos organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial, além da infraestrutura. 

O ranking se baseia ainda no Conceito Preliminar de Curso (CPC), construído a partir de oito componentes que refletem a qualidade da graduação, agrupados em três dimensões. São elas: desempenho dos estudantes (nota no Enade, entre outros fatores) e corpo docente (nota de proporção de mestres e doutores entre os professores, por exemplo).

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Para a diretora da unidade, Lilian Guimarães, a nota já era esperada devido ao trabalho que vem sendo realizado pela Instituição e é a reafirmação da prestação de um serviço de excelência e qualidade. “Estamos imensamente felizes pelo reconhecimento de nosso empenho e mais satisfeitos ainda por que sabemos que essa nota reflete diretamente no currículo dos nossos alunos. A partir da qualidade do nosso curso, eles poderem ser melhor avaliados no mercado de trabalho, que é nosso principal foco, formar excelentes profissionais e garantir que eles tenham a melhor colocação possível na carreira”, destaca.

A UNINASSAU Redenção segue com novos projetos para a área na Pós-Graduação e em desenvolvimento de pesquisas.

*Da assessoria de comunicação

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No último domigo (8) foi celebrado o Dia da Justiça no Brasil. Comemorado desde o ano de 1940, a data é reservada para homenagear profissionais que atuam no Poder Judiciário em todo o país. Fora da esfera jurídica, outras áreas também podem contribuir para que o trabalho de procuradores, desembargadores e juízes seja executado com imparcialidade e precisão para cumprimento da lei. Para conhecer alguns pontos de vista acerca da justiça, o LeiaJá falou com especialistas das áreas de Comunicação, Filosofia, Psicologia e Direito para saber como estes segmentos podem cooperar com a fluidez da justiça brasileira.

Para a coordenadora do curso de Comunicação Social da Universidade Guarulhos (UNG), Flavia Delgado, o segmento é essencial para o funcionamento pleno da justiça em um estado democrático de direito. "A Comunicação Social tem papéis interdependentes e entrelaçados na relação com a justiça. Não existe democracia sem ambos, são irmãos gêmeos univitelinos", considera. Ainda de acordo com Flavia, é possível exemplificar alguns pontos que a área exerce em relação à justiça. "A fiscalização quanto ao cumprimento efetivo das leis para que sejam aplicadas a todos; a informação que ao noticiar fatos como mudanças de ordenamentos jurídicos, tornam os cidadãos aptos a exercerem seus direitos; o acesso às informações por campanhas publicitárias, pois quando este é o meio de conscientização quanto ao exercício da cidadania, passa a ser mais um papel importante que a comunicação social exerce", declara.

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No campo filosófico, também há espaço para considerações. Segundo o filósofo Aleandro Boian, a justiça é um dos pontos primordiais para os estudos abrangentes da Filosofia. "A justiça é considerada a maior de todas as virtudes por visar o 'bem do outro'. Todos trazemos o sentimento da justiça, e a Filosofia nos auxilia para que assim possamos praticá-la em relação a si mesmo e ao próximo", explica.

Para Boian, a Filosofia se dispõe a caminhar lado a lado ao conceito de interação social para a manutenção da ordem. "Vemos como justo e correto o respeito a igualdade dos cidadãos, princípios básicos que mantém a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal, a virtude que rege as relações dos homens e a disposição de caráter, tornando os homens propensos a desejar o correto", afirma o filósofo.

Outra ciência que pode apresentar suas contribuições para com a justiça é a Psicologia. Segundo o psicólogo Reinaldo Braga, o bem comum almejado pela justiça depende de alguns fatores para que ambas caminhem no mesmo sentido. "Conviver em sociedade pressupõe que todos tenham, teoricamente, os mesmos direitos e que sejam respeitados física e psicologicamente", comenta.

Para o sócio-fundador da Árvore da Vida Psicologia, a justiça entre os homens depende da eliminação de alguns resquícios que, mesmo após um longo período evolutivo dos seres humanos, ainda insistem em fazer parte do cotidiano das pessoas. "Entender essa nova condição é deixar para trás a vida primitiva instintiva e se inserir em uma nova ordem, regida por conceitos éticos e morais. Se notarmos como as noções de lei e justiça mudaram desde os primórdios, veremos cada vez mais a tentativa do ser humano em aplicar e aperfeiçoar esse conceito abstrato de justiça e criar condições mais igualitárias a todos", ressalta Braga.

De acordo com a coordenadora do curso de Direito da UNG, Luciana Aparecida Guimarães, os estudiosos da Lei devem buscar a justiça social. "Justiça para o Direito significa o que é justo. Nem sempre a justiça é a ideal, nem sempre vai agradar a todos, mas ela tem que ser justa", destaca.

Ainda segundo Luciana, as decisões e os entendimentos jurídicos devem passar segurança e credibilidade à sociedade. "O aspecto social da justiça é dar a cada um aquilo que realmente é seu e não aquilo que se entende que é o certo, por isso muitos questionam as ações, as perspectivas judiciais e o quanto as sentenças retratam a injustiça, o quanto o processo é moroso e traduz nas incertezas e nas inseguranças, mas pode ter certeza que a justiça sempre será feita", completa.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado nos dias 3 e 10 de novembro, envolve milhares de estudantes que se prepararam o ano todo para a prova, nas escolas e em cursinhos preparatórios. Muitos deles se queixam dos desgastes físicos e mentais que enfrentam.

Samara Sena, estudante de um cursinho na Universidade Federal do Pará (UFPA), está tentando há três anos conseguir uma boa nota para ingressar em uma universidade. “Minha rotina para ir ao cursinho é muito cansativa, porque eu faço dentro da UFPA e eu tenho que pegar ônibus que demoram muito, principalmente pelas distâncias dos locais", disse.

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A estudante informa que sai de casa às 13 horas, todos os dias, e só volta às 19 horas. "Quando eu chego em casa, eu tento revisar as coisas que eu estudei no cursinho para estar sempre informada e não repetir os erros dos outros anos. Todos anos que passei fazendo Enem foram deprimentes, porque tudo depende de uma prova. Se não passar, é um ano jogado fora, porque eu poderia estar trabalhando, enfim, buscando outras alternativas. Nesse último ano acabei adquirindo ansiedade”, ressalta.

Muitos estudantes já sabem da dificuldade. São várias questões envolvendo assuntos de Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e a prova de Redação.

A psicóloga e excoordenadora do curso de Psicologia da UNAMA Gabriela Nascimento ressalta a importância de um plano de estudos durante a preparação do candidato. “Estudar não é algo tão simples, vai envolver um planejamento. É claro que cada um de nós tem uma forma de aprender, mas é necessário que cada um possa elaborar um plano de estudos que vai envolver os horários, tanto que eu devo sentar para me dedicar ao aprendizado daquele conteúdo, quanto desenvolver atividades de lazer”, destaca a psicóloga.

De acordo com Gabriela, atividades de lazer são importantes para os estudantes que vão fazer o Enem, principalmente àqueles que sentem preocupação e estresses constantes, como dificuldades para dormir. O lazer pode proporcionar bons níveis de relaxamento que podem beneficiar os estudantes a fazer uma boa prova. Proporciona uma boa saúde sem deixar a dedicação aos estudos.

A ansiedade e a segurança começam a tomar conta dos estudantes. A psicóloga dá dicas para os estudantes fazerem uma boa prova. “O aluno deve lembrar que durante todo o processo de um ano ele fez o que era possível. Estudou, aprendeu e adquiriu conhecimentos. Ficar ansioso minutos antes da prova não vai ajudá-lo”, conclui.

Samara já está apreensiva e sabe o curso que quer fazer. “Eu conheci professores maravilhosos e acabei me identificando muito com Filosofia. Eu acho um curso muito legal. Da filosofia surgiu tudo. Tudo que tem no mundo. Sou uma pessoa de perguntar muito das coisas, de questionar do porquê disso e muitas outras coisas que acontecem na minha vida. E creio que neste ano eu vou passar, eu sinto. Me preparei bastante”, conclui a estudante.

Por Cristian Corrêa.

Com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na porta, os fantasmas emocionais rondam os candidatos. Um deles, a ansiedade está no topo da lista.

A ansiedade apresenta sintomas físicos e cognitivos. Causa desde o aumento de batimentos cardíacos, suor, dores de cabeça, até dificuldade de atenção, apreensão e uma série de reações.

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Segundo Gabriela Souza de Nascimento, psicóloga, mestra e doutora em Teoria de Comportamento, o indivíduo ansioso pode apresentar baixo rendimento em suas atividades. “É muito comum alunos ficarem ansiosos próximo de exames. Existem pessoas que ficam em um nível de ansiedade tão grande que acabam tendo baixo rendimento”, disse.

De acordo com a psicóloga, muitas vezes os estudantes acabam se sentindo ansiosos porque irão ser colocados em teste. “A pessoa se prepara estudando vários assuntos, mas não sabe se todos os conteúdos vão ser cobrados. O ideal é que o estudante consiga criar um plano de estudo que se adeque a ele”, destacou.

Na visão de Alexandre Pereira, estudante que irá prestar o Enem, o nervosismo de fazer a prova atrapalha e nessas horas é difícil de se controlar. “Adquiri ansiedade quando comecei a me preparar para o Enem. É grande o cansaço para tirar uma boa nota e conseguir o tão sonhado curso. Às vezes fico trêmulo e com vontade de chorar. Nessas horas, meus pais são com quem eu mais conto. Uma palavra positiva é confortante nessas horas”, afirmou.

Para a psicóloga, não é normal o estudante estar o tempo todo ansioso e ter dificuldade para se concentrar no conteúdo. “É necessário ir em busca de um profissional que atue na área da saúde mental. Quando isso começa a ocorrer de uma forma frequente, observa-se um prejuízo no cotidiano do indivíduo. Então é o momento de ir atrás de ajuda”, explicou.

Com reportagem de Quezia Dias.

Nessa quinta-feira (10), Sheila Mello surpreendeu os fãs com uma novidade. A ex-dançarina do grupo É o Tchan revelou através de uma postagem no Instagram que está fazendo faculdade. A loira comemorou o início das aulas no curso de psicologia. "Mais um desafio rumo ao conhecimento e amor ao próximo, com essa nova formação, agora em psicologia", escreveu.

"Louquinha para costurar minha colcha de retalhos entre dança, arte cênica, bioenergética e psicologia. Muitas ideias aqui cozinhando...", completou. A notícia da fase educacional da loira foi recebida com alegria pelos internautas. "Que bacana, garota! Eu também quero fazer psicologia. Sucesso, sempre! Um grande beijo. Sempre sua fã! Beijinhos", comentou uma seguidora de Sheila.

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Em agosto de 2018, Sheila Mello anunciou o fim do casamento com o ex-nadador olímpico Fernando Scherer, o Xuxa. Na época, ela afirmou: "A parceria de homem e mulher acabou entre e o Fernando e eu. Ficam o amor e o respeito para sermos os melhores parceiros e cuidarmos do bem mais precioso da nossa vida, que é a Brendinha".

Confira:

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Pessoas com altas habilidades, comumente chamadas de “superdotados”, representam cerca de 10% do todo da população, mas apenas 0,3% são efetivamente identificadas e recebem o acompanhamento educacional mais adequado, de acordo com a professora, psicóloga e especialista em educação especial e psicologia Thiane Araújo. A declaração foi dada na Bienal do Livro de Pernambuco, realizada no Centro de Convenções dpo Estado.

Thiane Araújo trabalha no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS), que presta apoio a esta população no sistema de educação do Recife. Ela explica que, apesar de não serem pessoas com deficiência, os estudantes com altas habilidades se encaixam nos grupos que têm direito ao atendimento de educação especial. Araújo ainda faz questão de destacar que, ao contrário do que se pensa, não são apenas os “alunos brilhantes” que se enquadram na superdotação. 

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De acordo com a especialista, a identificação de uma pessoa com altas habilidades/superdotação se dá através da constatação de capacidades acima da média, fácil aprendizagem e velocidade de pensamento, além de uma alta criatividade e grande envolvimento com as tarefas, que consiste não apenas em fazer algo muito bem mas no desejo de fazer bem feito e se dedicar ao acabamento do trabalho. Além do perfil de altas habilidades acadêmicas, há também outros tipos de superdotação e, segundo a psicóloga, o desafio está em identificar e apoiar o desenvolvimento dos que têm um perfil criativo/produtivo, que seria aquele ligado à dança, música, artes e outras áreas. 

            O processo de avaliação para identificação por meio dos NAAHS é feito através de encaminhamento. A partir do momento em que se suspeite que a criança ou adolescente pode ter altas habilidades, deve ser realizado um relatório pedagógico que é enviado à Gerência de Educação Especial para, aí sim, chegar ao NAAHS. Lá, os pais e a criança passam por entrevistas antes de se iniciar um processo de avaliação e observação qualitativa de até seis meses e, constatando-se a superdotação, inicia-se o processo de atendimento de educação especial. 

            Além do NAAHS, que atende crianças de 1 ano e meio a 16 anos e 11 meses na rede pública de ensino e com 20% de vagas para estudantes de escolas privadas. Thiane recomenda o acompanhamento de um(a) profissional de psicologia para melhor avaliar o desenvolvimento do fenômeno da superdotação e altas habilidades no caso particular de cada criança ou jovem. 

Acompanhamento gratuito é direito

Thiane lembra também que todo estudante com altas habilidades tem direito assegurado pela Lei 13.234 de 29 de dezembro de 2015, ao serviço de educação especial prestado gratuitamente tanto em escolas públicas quanto privadas. No entanto, explica que é comum ver escolas cobrarem taxas extras para oferecer o serviço aos estudantes, mesmo se dizendo inclusivas. 

Ela aconselha os pais ou responsáveis pelos estudantes a buscar a construção de um diálogo com a escola, mas salienta que o direito é legítimo e legalmente garantido, sendo possível partir para a briga por ele não apenas dentro dos espaços de educação mas também na justiça, através, por exemplo, de denúncias ao Ministério Público. 

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Na última semana, a rede social Instagram começou a notificar usuários com idade abaixo dos 13 anos que seus perfis serão deletados da plataforma. De acordo com as regras do aplicativo, crianças abaixo dessa idade não podem ter perfil pessoal, mesmo com a autorização dos pais. A medida levantou a questão sobre a participação do público adolescente no ambiente virtual.

A psicóloga e consultora educacional da Escola de Inteligência, Mariana Catalan Andrade, explica que a má administração das redes sociais na infância pode causar consequências ruins na vida de crianças e adolescentes. A ansiedade, por exemplo, é um dos fatores que os pais mais devem se preocupar. Quanto mais os pais conseguirem retardar esse contato dos filhos com as redes sociais, mais seguros eles estarão.

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"A criança acaba tendo uma necessidade neurótica de que o conteúdo que ela posta seja curtido, e isso acaba gerando uma doença social. Pesquisas mostram que o nível de infelicidade das pessoas aumentou após o uso das redes sociais. Imagine esse impacto na vida de uma criança, que ainda está formando a sua identidade e sua relação com o mundo", explica Mariana.

A popularidade precoce também pode afetar as crianças. Por isso, é essencial que os pais criem uma ponte entre o mundo virtual e o mundo presencial para que os pequenos saibam lidar com os desafios e alegrias de se relacionarem com outros seres humanos, já que nas rede sociais os relacionamentos começam e acabam com um clique, assim como a popularidade. "Apesar das redes sociais fazerem parte do cotidiano da vida de muitas crianças, adolescentes e adultos, o relacionamento presencial entre pessoas torna-se primordial de ser aprendido e repensado", afirma Mariana.

Essa política de acesso as redes sociais e o monitoramento mais rigoroso das plataformas pode levar a muitas exclusões de perfis. Com isso, muitas crianças podem desenvolver uma sensação de falta de amigos e até isolamento. "Com essa situação, os pais devem promover aprendizado sobre relações humanas e situações de frustações nessas relações. É interessante que eles conversem com os filhos sobre como manter relacionamentos presenciais e, acima de tudo, mostrar às crianças como eles fazem para manter amigos fora das redes sociais", orienta a psicóloga.

A especialista ressalta que, caso a família perceba mudanças de comportamento que diferem muito do habitual da criança, é importante buscar ajuda de um profissional, como por exemplo, psicólogos. E, mesmo que os filhos já tenham idade para ter perfis nas redes sociais, os pais devem ficar atentos a possíveis seguidores com intenções duvidosas.

Pesquisa on-line realizada pela Associação Nova Escola com mais de cinco mil educadores, entre junho e julho de 2018, identificou que 66% dos professores já precisaram se afastar do trabalho por questões de saúde, principalmente mental. Segundo o site, professores sofrem de ansiedade, estresse, dores de cabeça, insônia, dores nos ombros e alguns afirmaram ter depressão.

Segundo levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o brasileiro está entre as populações mais estressadas do mundo; 70% da população ativa sofre com o estresse

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A psicóloga Anne Lisboa, palestrante e empreendedora, disse que o fato de os professores adoecerem mentalmente não ser divulgado com frequência ocorre porque questões pedagógicas têm mais importância do que assuntos sobre saúde na rotina escolar. Segundo Anne, o assunto está sendo mais abordado por causa do adoecimento frequente de professores e colaboradores das instituições educacionais.  

Para mudar esse quadro, Anne Lisboa disse que alunos podem contribuir com professores e vice-versa. “É importante que a família possa desenvolver práticas educativas com os próprios filhos, para que essa educação possa ser refletida na escola. Todos podem ajudar, sim, sempre que quiserem e tiverem consciência de sua importância nesse contexto muito especial, que é a escola”, explicou Anne.

“As instituições podem contribuir com enfoque maior na saúde mental de seus colaboradores, através de projetos de qualidade de vida na empresa, implantados por psicólogos em parceria com os gestores da escola e outros profissionais da área. Sempre é possível!”, disse a psicóloga sobre o incentivo das escolas com os seus profissionais.

Segundo a psicóloga, não há um momento específico para que o professor perceba que precisa de ajuda. A ação preventiva é melhor. ”O momento ideal é estar sempre cuidando de si, principalmente da saúde emocional, fator gerador tanto de saúde como de adoecimento. É necessário buscar auxílio especializado quando o sujeito reduz a energia para viver, acordar, trabalhar, apresentando um estado de pouca motivação e entusiasmo diante da sua própria vida, dentre outros fatores, dependendo de cada caso. Por isso, sempre é necessário buscar práticas de autoconhecimento para identificar quando estamos nos sentindo bem ou quando precisamos de auxílio especializado”, frisou.

 

 

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O curso de Psicologia da UNAMA - Universidade da Amazônia promoveu na quarta-feira (18), em alusão ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio criado em 2015a palestra "Saúde Mental e Suicídio". O evento, que reuniu mais de 200 pessoas, ocorreu no campus Alcindo Cacela, em Belém.

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Nos últimos anos, houve aumento no número de pessoas com diagnóstico de depressão e também no índice de suicídios. Segundo estudo da Organização Pan-Americana da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS Brasil), cerca de 800 mil pessoas se matam todos os anos no mundo. Diante da relevância do assunto, os professores de Psicologia, com apoio do Núcleo de Responsabilidade Social da UNAMA, convidaram profissionais para debater o tema.

Para Ana Carolina Peca, coordenadora de estágio de Psicologia da UNAMA, as demandas para atendimento psicológico estão cada vez maiores. "Há dois anos a nossa demanda semestral era de 400 pessoas; agora são mais de 1.600 pessoas por semestre. É um aumento significativo e isso denota o tamanho do sofrimento das pessoas", afirmou.

Segundo Alessandro Bacchini, coordenador do curso de Psicologia da UNAMA, a comunidade pode contar com o atendimento profissional oferecido pela clínica psicológica da universidade. "Temos acompanhamento voltado para pessoas de baixa renda. Trabalhamos também com plantão psicológico, com grupos vivenciais (com demandas das escolas), rodas de conversas com pais de crianças autistas. Só é cobrada uma taxa simbólica de R$ 10,00, mas quem não tiver condições de pagar a taxa faz uma cartinha e a gente consegue baixar, porque o que importa para a gente é ajudar", disse o coordenador.

A primeira palestrante foi Dorotea Albuquerque Cristo, professora da UNAMA e psicóloga da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde), que falou sobre a atenção e o cuidado que as pessoas precisam ter com sinais aparentemente simples, como fazer as coisas que os outros querem só para ser aceito em determinado grupo, mas que podem ser determinantes para o caso de depressão. Segundo a profissional, é preciso que os profissionais de Psicologia ouçam seus pacientes com empatia. Não apenas os psicólogos, mas todos os que estiveram ao lado de pessoas que queiram desabafar algo que está incomodando. 

Márcio Valente, professor de psicologia da UNAMA, falou sobre as pesquisas que fez baseadas no holocausto judeu, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele citou que falar o que se vive, ou o que se viveu, é a forma de ressignificar o que a pessoa está sentindo, evitando, assim, a depressão, mas para isso é preciso que alguém esteja disposto a ouvir. “É uma escuta que acolhe aquilo que é tão difícil de perceber, ou seja, aquela pessoa que está próximo a mim está sofrendo. Mais que escutar, é apoiar e ter a atitude de auxiliar a pessoa a procurar ajuda, o que não estamos conseguindo fazer, porque não temos tempo para perceber que algo não está bem”, disse o professor.

A professora Elizabeth Samuel Levy abordou o tema “Será que sofremos mais hoje?". Durante a palestra, ela citou vários motivos que mostram que as pessoas estão sofrendo mais. Segundo ela, síndrome do pânico e neurose de angústia são os casos com maior frequência nas clínicas, e a maioria entre jovens.

José Jacob, empresário paraense, falou sobre a dor que sentiu ao perder sua filha para o suicídio, em 2017. Ele disse que percebeu que tinha algo errado com a filha e tentou buscar ajuda em um retiro de dez dias, no Rio de Janeiro. “No retiro ela teve um surto e tivemos que voltar a Belém. Foi aí que começou o verdadeiro pesadelo, porque na volta, no avião, ela fez um gesto que nunca tinha feito. Pegou minha mão, me abraçou e ficou quietinha ali comigo. Depois que chegamos, no dia seguinte, ela fez outra coisa que nunca tinha feito: bateu na porta do meu quarto e me convidou para tomar café”, disse, com lágrimas nos olhos, ao recordar que na tarde daquele mesmo dia receberia o telefonema de que ela havia se jogado do apartamento onde morava com a avó paterna.

O empresário relatou que precisou vencer o sentimento de culpa e entendeu que precisava fazer algo para ajudar pessoas que passaram por situações parecidas e a tentar evitar que isso se repetisse. José criou o Instituto Ana Carolina, em julho deste ano, que ajuda as pessoas que com depressão ou familiares e amigos das vítimas do suicídio.

Para Enzo Walker, aluno do 8° semestre do curso de Psicologia da UNAMA, a palestra foi importante para mostrar que é preciso ter o autocuidado e o olhar carinhoso com o próximo. “Procure escutar o próximo e, mais importante, procure mostrar que você se importa, que você tem amor e carinho por essa pessoa, porque só assim as relações se fortalecem”, disse o estudante.

Rachel Abreu, antropóloga e membro do Núcleo de Responsabilidade Social da UNAMA, disse que o evento trouxe discussões sobre as causas e consequências do suicídio. Segundo ela, os transtornos não são elementos banais e é extremamente necessário que sejam analisados. "É importante que a academia faça essa discussão, não apenas no Setembro Amarelo, mas ao longo do ano. Que a gente consiga ter uma sensibilidade maior de perceber os nosso alunos, os nossos colegas de trabalho e o nosso mundo para que se evite que algo mais conflitante venha ocorrer com as pessoas que estão ao nosso redor”, concluiu Rachel, ressaltando a satisfação de ver o auditório lotado durante toda a programação.

O mês de setembro é dedicado a uma campanha de conscientização mundial em prol do combate ao suicídio. Lançado em 2014 no Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), junto com o Conselho Federal de Medicina e em parceria com o Centro de Valorização à Vida (CVV), o ‘Setembro Amarelo’ estimula a empatia com quem sofre de problemas psíquicos e emocionais, e principalmente, que as ações e campanhas promovidas no período sejam realizadas durante todo o ano. De frente nesta luta estão os profissionais da saúde mental. Para eles, falar sobre o assunto é um ponto essencial para evitar a perda precoce de vidas. 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o suicídio como a segunda causa da morte de jovens entre 15 a 29 anos, perdendo somente para os acidentes de trânsito. Contar com a ajuda de psicólogos, psiquiatras e psicopedagogos para perceber algum tipo de comportamento fora do comum pode ser primeiro passo. E esses profissionais, sempre dispostos a ouvir relatos, muitas vezes tristes, como se sentem a cada atendimento realizado? O LeiaJá conversou com alguns deles para entender como é cuidar de outras pessoas e trazer para elas novas possibilidades de vida. 

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Para o psicoterapeuta Alessandro Rocha, conseguir tratar uma pessoa com depressão, por exemplo, lhe traz uma sensação de leveza, de contribuição. “É marcar ou se deixar marcar pela aquela pessoa. Cuidar das emoções, da saúde emocional, da saúde psicológica é uma necessidade de todos. A gente procura fazer de forma imparcial, mas de alguma maneira a gente fica envolvido na emoção”. 

Já Rosemeri Souza atua como psicopedagoga. Seu consultório recebe mães e pais preocupados com o desempenho escolar dos filhos. Ela busca primeiro entender como as relações familiares podem estar afetando o aprendizado, antes mesmo de partir para a indicação de um tratamento psicológico. “É bem gratificante, faz valer o nosso trabalho, os estudos de anos. Na verdade a profissão da gente é um chamado, para cuidar do outro, trazer esse olhar com o coração. Muitas vezes a criança chega no consultório e ela precisa ir além do terapêutico, ela precisa que a gente chegue naquela necessidade afetiva que ela tem. É um trabalho de parceria com os pais também. Tem somado muito. Pessoalmente eu me sinto enriquecida”, contou.

A psiquiatra Adriana Zenaide atende pacientes em Recife e em Caruaru, Agreste de Pernambuco, auxiliando na busca da qualidade de vida ou a cura dos indivíduos. De acordo com ela, sua função é diagnosticar e tratar de forma correta, orientando para a necessidade de tratamentos multidisciplinares, muito em busca do alívio dos sofrimentos alheios. “Eu sou apaixonada pelo que eu faço. Você devolver o sorriso de uma pessoa é a coisa mais gratificante que existe. Essa é uma missão que a gente abraça e leva para vida, que muita gente acha pesado, mas é recompensador quando a gente vê o resultado final. Eu sou muito realizada com o que faço”, encerrou a médica. 

Ajuda especializada a baixo custo

Falar de problemas psicológicos, como dito pelos especialistas, é muito importante. Contudo, mesmo sendo indicado procurar alguém de confiança para desabafar, pessoas em sofrimento emocional e psíquico precisam buscar ajuda especializada. Diversas entidades, sobretudo as universidades, que formam novos profissionais para o mercado de trabalho, possuem clínicas escolas com atendimento a baixo custo, algumas até de graça.

Uma dessas instituições é a UNINASSAU-Centro Universitário Maurício de Nassau. A clínica atende alunos e funcionários, porém também está aberta ao público externo, e com preços acessíveis. Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 08h às 22h. Os valores são de R$ 13 para a comunidade em geral, e R$ 6 para alunos da casa. Funcionários não pagam.

Há duas modalidades de acompanhamento. A primeira é o plantão, gratuito, destinado a pacientes que estejam precisando de cuidados imediatos.  Após esse primeiro contato, é possível agendar até duas consultas por mês. A segunda modalidade é a demanda sistemática, procedida por agendamento semanal.

O responsável técnico da clínica é o professor Isaac Alencar Pinto, que fez questão de enfatizar que o trabalho é feito com dedicação de toda uma equipe. “A gente trabalha dando supervisão, eu acompanhando enquanto supervisor, todos os atendimentos que os estagiários fazem. É muito importante porque a gente está colaborando na construção de um profissional de psicologia ético, comprometido com a escuta do outro, com o acolhimento oferecido ao outro. É muito satisfatório porque a gente tem a possibilidade de a partir da nossa ferramenta principal de trabalho, que é a escuta e e a fala, poder oferecer algum tipo de alívio para esse sofrimento”, explicou o professor. 

Junto com a psicóloga clínica Tatiana Nunes Cavalcanti, professora atuante na clínica escola, Isaac Alencar conta como é trabalhar dedicando-se ao próximo. Assista:

Para mais informações sobre o atendimento da clínica escola ligue para  (81) 3412-6371. O espaço fica na Rua Ana Angélica, 45, bairro do Derby, área central do Recife.

 

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