Representantes da operadora de telefonia celular Oi estiveram reunidos na manhã de hoje (20) com a Superintendência de Serviços Privados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esta é a terceira reunião após a agência reguladora ter determinado a suspensão da venda de novos chips e modens da Tim, da Claro e da própria Oi a partir da próxima segunda-feira (23).
Na data estão programadas (sem horário definido) reuniões com a TIM e com a Claro, que também foram alvos da suspensão. Além das três operadoras, a Anatel promete reunir-se com outras empresas que estão cumprindo medidas cautelares, no caso a Vivo, a CTBC (que opera no Norte de São Paulo e em Minas Gerais) e a Sercomtel (que opera no Paraná). Todas as operadoras de serviço de telefonia celular no país, não só as três punidas com a suspensão das vendas, deverão apresentar plano de investimento e melhoria da qualidade dos serviços de rede e do atendimento dos call centers para os próximos dois anos.
##RECOMENDA##As suspensões estipuladas pela Anatel se aplicam apenas à venda de novos chips e modens. Os aparelhos e linhas antigos continuam funcionando normalmente. Em caso de falhas e problemas com os serviços, o consumidor deve procurar a operadora, a Anatel e o Procon estadual ou municipal.
A agência reguladora informou ainda que não foi notificada, até o momento, de qualquer pedido de mandado de segurança contra a suspensão aplicada à TIM. A operadora anunciou que pretende recorrer à Justiça para manter as vendas em 18 estados e no Distrito Federal.
Para o superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, a decisão de suspensão é “dura”, mas “vai mudar paradigma”, e as operadoras já “entenderam” as exigências da Anatel.
O ministro interino das Comunicações, Cezar Alvarez, concorda. Segundo ele, o relatório da Anatel servirá de base para as empresas de telefonia móvel melhorarem o serviço. “Houve descompasso que é fruto de erro de cálculo dessas empresas. É evidente que houve falha das empresas, descasaram a infraestrutura do arrojo dos planos. Se alguém vai tipificar essa falha, fazer juízo de mérito, ou adjetivar boa fé ou má fé, não é responsabilidade nossa [governo]", argumentou Alvarez. "A medida extrema amadureceu a ponto de trazer requalificação das empresas para o cidadão brasileiro. Queremos que elas [as operadoras] sejam liberadas, melhorem o atendimento e voltem a vender. A Anatel mostra exatamente onde estão os problemas para que elas construam soluções, sejam criativas”, completou.