Ocorrida no final da noite da última quinta-feira, 19, uma fuga de 41 presos da Penitenciária Estadual de Segurança Máxima de Alcaçuz, em Nísia Floresta (RN), na região metropolitana de Natal, causou a exoneração do coordenador do Sistema Penitenciário, José Olímpio da Silva, do diretor do presídio, major Marcos Lisboa, e do vice-diretor, Wellington Marques. Essa foi a maior fuga da história de Alcaçuz.
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, 20, o secretário de Estado da Justiça e da Cidadania, Fábio Luís Monte de Hollanda, disse que tudo será investigado e que há suspeita de negligência. "Já abrimos uma sindicância para apurar as possíveis negligências no caso e os culpados serão exemplarmente punidos. O problema não foi falta de pessoal nem de estrutura", disse Hollanda.
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Também durante a entrevista, o comandante da PM, coronel Francisco Araújo, afirmou que os presos estavam soltos na ala e que as celas estavam sem os cadeados. Ele esteve na ala por volta das 5 horas de ontem. " A fuga ocorreu à noite e os agentes penitenciários só se deram conta às 2h30 de sexta-feira, quando PMs chegaram ao presídio com três presos recapturados", disse. Os três presos recapturados reclamam das mudanças no sistema de visitas, falta de veículos para levá-los ao médico e alimentação precária.
Em 5 de novembro de 2000, fugiram da penitenciária 28 presos, em ação liderada pelo assaltante José Valdetário Benevides, o "Valdetário Carneiro". Armas de grosso calibre foram utilizadas na fuga. Além de Benevides, fugiram Cimar Carneiro, primo de Valdetário, e Benito Muradás, acusado de assassinato, sequestro e estelionato.
Após a fuga dos 41 presos, o coronel Severino Gomes Reis Neto, ex-comandante da PM, foi colocado como o novo Coordenador de Administração Penitenciária. O tenente-coronel Zacarias Figueiredo de Mendonça Neto, ex-comandante do 4º Batalhão da PM, é o novo diretor de Alcaçuz. O major Francisco de Assis Ferreira dos Santos fica como o novo vice-diretor de Alcaçuz.