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Nesta terça-feira (25), o Projeto de Lei 5500/13, do Executivo, que destina 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação, deverá ser analisado no plenário da Câmara dos Deputados, a partir das 16h. A decisão sobre a pauta de votação desta terça-feira (25) depende da reunião de líderes partidários, que começou às 11h30.

O projeto ganhou novamente destaque após a defesa da presidente Dilma Rousseff, ao longo da semana passada, em resposta aos protestos ocorridos em várias cidades do país.

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O Palácio do Planalto encaminhou a proposta ao Congresso em maio deste ano. Ao mesmo tempo, também está sendo analisada, em urgência constitucional, o projeto de lei do ex-deputado Brizola Neto, que prevê distribuição dos royalties também para infraestrutura e saúde. Os textos estão trancando a pauta do Plenário.

Com informações da Agência Câmara de Notícias




Na manhã desta terça-feira (28), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o projeto de lei que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE). O objetivo do PNE é destinar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para políticas educacionais e estabelecer metas para educação brasileira nos próximos dez anos.

De acordo com informações do Ministério da Educação (MEC), parte do projeto de lei enviado pela presidenta Dilma Rousseff ao Congresso, foi incorporado ao texto do plano. Após a provação do CAE, com 83 emendas, o projeto receberá análise nas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Educação, Cultura e Esporte (CE), antes de ser votado em Plenário.



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Reunindo

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Reunindo vereadores, representantes de movimentos estudantis e secretários municipais, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), sancionou na tarde desta quinta-feira (16) a lei municipal que destina 100% dos recursos dos royalties do pré-sal para educação, ciência e tecnologia. A solenidade foi realizada no gabinete municipal do chefe do executivo e contou também com a presença do vereador petista, Henrique Leite.

Durante o evento, o presidente da União dos Estudantes de Pernambuco, (UEP), Thauan Fernandes, ressaltou a importância da destinação dos recursos, mas frisou que ainda é preciso mais. “Esse é mais um passo histórico, mas a educação pernambucana precisa passar por uma verdadeira revolução e radicalização”, cobrou Fernandes.

Também presente na sanção, o líder do governo na Câmara do Recife, Gilberto Alves (PTN) elogiou a iniciativa e comentou a participação dos vereadores neste processo. “Essa pauta teve 100% de aprovação dos parlamentares na Casa Municipal. E assim como o Thauan falou esse sim é um ato de radicalização de como a gente pode agir com o futuro do Recife e de todo o Estado de Pernambuco”, pontuou.

Último a discursar, Geraldo Julio tomou a palavra e seguiu um depoimento futurístico. “Com esse ato a gente olha para frente. Precisamos de um país que tenha educação de outro nível, outro padrão, porque não dá para ficar no patamar que o pais está. Precisamos melhorar a gestão com mais profissionais, e mais recursos investidos”, declarou o prefeito.

Para o município receber de fato os valores correspondentes a R$30 milhões a mais para a educação, é necessário ainda, que a ministra do Supremo Tribunal Eleitoral, Cármen Lúcia, leve a pauta ao plenário e seja votada e aprovada para obtenção dos recursos. 

EstadoNo final de abril o governador Eduardo Campos (PSB) sancionou uma lei semelhante à assinada hoje, porém, que destina os 100% dos recursos do royalties para educação, ciência e tecnologia  do Estado.

 

 

A presidente da República, Dilma Rousseff, incluiu, nesta segunda-feira (6) o projeto de lei de destino dos royalties do petróleo à educação em seu rol de apelos pela aprovação no Congresso. Na sexta-feira (3), em Uberaba (MG), Dilma havia pedido aos parlamentares que aprovassem a Medida Provisória dos Portos. "Temos dois consensos no Brasil: MP dos Portos e destinação dos royalties do petróleo", disse a presidente durante a posse da diretoria da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), em São Paulo (SP).

A presidente lembrou que a MP 592, sobre a distribuição de royalties de petróleo, foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) após o veto à distribuição igualitária dos recursos entre estados e citou a necessidade de contratos antigos serem cumpridos. "O Brasil tem de respeitar contratos, gostando ou não dos contratos".

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Ela justificou, portanto, o envio do novo projeto na última semana sobre o tema. "A destinação dos royalties de petróleo para a educação é decisiva. Vamos dar passos à frente", afirmou.

Ainda no discurso desta segunda-feira (6), Dilma apelou de novo para a aprovação da MP dos Portos, "que amplia a competitividade do País, pelo impacto na logística, que abrirá os portos ao investidor privado e assegurará ao investidor o direito de exportar as cargas", disse. "Isso é essencial para quebrar monopólio", concluiu.

A presidente Dilma Rousseff encaminhou nesta quinta-feira ao Congresso Nacional projeto de lei que trata da destinação de royalties do petróleo para a área de educação. O despacho foi publicado em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União de quinta-feira, dois dias depois de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ter se antecipado e sancionado lei estadual que direciona os recursos pernambucanos dos royalties para educação. Campos é visto dentro do Palácio do Planalto como um potencial concorrente de Dilma nas eleições do ano que vem.

Em pronunciamento na rede nacional de TV e rádio, feito na quarta-feira, 1º, em comemoração ao Dia do Trabalhador, a presidente disse que "a mais decisiva" das medidas que está tomando na área de educação é a que "determina que todos os royalties, participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam usados, exclusivamente, na educação".

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"A educação deve ser uma ação permanente em todos os instantes da vida de uma pessoa. Ela começa na creche, passa pela escola de tempo integral, pelo ensino médio, pela qualificação profissional, pela universidade, o mestrado, o doutorado e tem que prosseguir, de forma ininterrupta, até o fim da vida", afirmou a presidente. "É importante que o Congresso Nacional aprove nossa proposta de destinar os recursos do petróleo para a educação. Peço a vocês que incentivem o seu deputado e o seu senador para que eles apoiem esta iniciativa."

A MP 592, que destinava recursos do petróleo para a educação, perderá vigência nos próximos dias, após o impasse criado com a liminar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia de suspender a nova distribuição das receitas do petróleo.

Conforme determinado no projeto de lei enviado ao Congresso pelo Planalto, serão destinados exclusivamente para educação "as receitas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, provenientes dos royalties e da participação especial relativas aos contratos celebrados a partir de 3 de dezembro de 2012 (), sob os regimes de concessão e de partilha de produção", quando a exploração ocorrer em "plataforma continental, no mar territorial ou na zona econômica exclusiva".

O projeto de lei também faz referência ao artigo 214 da Constituição, que trata da elaboração de um Plano Nacional de Educação (PNE) a cada dez anos. O último PNE patina no Congresso Nacional há dois anos e meio, devido à polêmica discussão sobre a porcentagem do PIB que deve ser destinada à área.

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Representantes de quatro movimentos estudantis do Estado de Pernambuco estiveram presentes nessa terça-feira (30), na sanção da lei que destinou 100% dos recursos do royalties do pré-sal para educação, ciência e tecnologia no Estado. A solenidade realizada pelo governador Eduardo Campos (PSB) na sede provisória do governo em Olinda, foi um momento também de reivindicações de melhorias.

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Membros da União Nacional dos Estudantes (UNE), União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Metropolitana de Estudantes Secundaristas (UMES) discursaram sobre a conquista da destinação dos recursos. Apesar da comemoração, os estudantes também fizeram cobranças e demonstraram que não irão cessar de lutar pelos direitos estudantis.

Para a diretora da UEP e estudante de medicina veterinária, Bruna Barbosa, a sanção da lei é um meio para garantir o que na verdade, os estudantes têm direito. “Isso é um grande avanço, mas para realmente ser implementada é preciso que a gente esteja junto com o governo cobrando para que haja essas melhorias e que a prática possa condizer com a teoria, com a realidade”, reforçou a estudante acrescentando outra reivindicação. “Cobramos 10% do PIB para educação então, só os 100% dos royalties ainda não é suficiente. É importante, mas ainda é preciso mais”, solicitou. 

Segundo o presidente da UMES, Jader Cleiton, os recursos são relevantes, mas existem outras lutas que precisam ser travadas. “O dinheiro pode garantir algumas transformações na sociedade, mas nossa luta vai continuar. Passe livre para os estudantes, 100% dos royalties nacional para a educação e mais lutas por uma educação pública de qualidade são algumas pretensões”, descreveu.

Outra estudante que também cobrou mais ações para a educação foi a presidente da UBES, Manuela Braga. “Pela primeira vez essa riqueza vai ser destinada para a educação, mas temos muitas lutas para travar nos 26 Estados brasileiros. Além disso, a gente tem que ultrapassar grandes barreiras como o piso salarial dos professores e a falta de bibliotecas e de laboratórios nas escolas”, solicitou.

Com a sanção da lei de nº 14.960/13, o Estado de Pernambuco investirá cerca de R$ 15 milhões a mais em educação, além dos 25% dos recursos que já são exigidos por lei. 

Possível candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB) se antecipou e foi o primeiro governador a sancionar lei que destina 100% dos recursos dos royalties do pré-sal para educação, ciência e tecnologia. "Não há como disputar, no mundo, se a gente legar uma subeducação à maioria do povo brasileiro", pontuou, durante a assinatura da Lei 14.960/2013, que ocorreu nesta terça-feira em evento que teve a participação de entidades estudantis - União Nacional dos Estudantes (UNE), União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES), União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), União Brasileira os Estudantes Secundaristas (UBES) - e da Federação Internacional das Universidades Católicas.

Se aprovado o modelo de divisão igualitária entre os Estados, Pernambuco, que recebe atualmente R$ 15 milhões ao ano de royalties de petróleo, passaria a receber cerca de R$ 345 milhões, o que representa 10% do orçamento estadual da educação (R$ 3,5 bilhões).

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Nesta segunda-feira, 29, a presidente Dilma Rousseff, defensora da mesma tese, anunciou que irá enviar nova Medida Provisória ao Congresso propondo a destinação dos royalties do pré-sal para a educação. "A lei federal vai disciplinar a utilização de recursos para a parte federal, do governo federal; os Estados e Municípios terão de fazer seus projetos de lei para destinar os recursos e nós fomos o primeiro a tomar a iniciativa", disse Campos. Ele ainda destacou que os recursos dos royalties não compõem a base da receita, representam dinheiro a mais. "Vamos continuar a botar os 25% do orçamento na educação".

Unanimidade

Em Pernambuco, todos os 49 deputados estaduais - inclusive os de oposição - votaram a favor do projeto de lei. Campos lamentou a falta de condição de entendimento no Congresso sobre a pauta. "As riquezas do pré-sal precisam servir para a unidade e o futuro do Brasil", disse. Ele lembrou que o governo federal esteve perto de um acordo e que a presidente chegou a pedir ao parlamento que não votasse a matéria, tentando ganhar mais tempo visando ao entendimento. "Não foi possível, terminou indo para o Judiciário".

Representantes de todas as entidades estudantis aprovaram a iniciativa do governador. O presidente da Federação das Universidades Católicas, Pedro Rubens, pediu urgência na divisão com os Estados dos recursos dos royalties. "Não são os pais das crianças que querem dar educação aos filhos para que eles tenham um lugar na sociedade, como antigamente", afirmou. "É o Brasil que precisa de gente qualificada para poder avançar".

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (29), em Campo Grande (MS), que o governo vai enviar uma nova proposta para uso dos recursos dos royalties na educação. O objetivo é que os recursos do pré-sal sejam usados exclusivamente nessa área. "Vamos insistir nisso, vamos teimar. O Brasil tem de destinar essa sua grande riqueza para ser gasta em educação."

Dilma reiterou que o Brasil vem dando vários passos importantes. "Distribuímos renda, elevamos a classe média, tivemos várias ações no sentido de valorizar o trabalho", afirmou. "O Brasil evoluiu muito mas tem uma coisa que é crucial para darmos o salto que necessitamos pra nos transformar em um País de classe média e em uma nação desenvolvida", completou a presidente, dizendo que este "salto" só será dado por meio da educação.

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"Se falarem para vocês que é só o PIB crescer, acreditem parcialmente. Se falarem que é importante que a gente descubra o petróleo do pré-sal, aumente a indústria, tudo isso vocês concordem parcialmente", afirmou Dilma, que emendou: "Tem uma coisa sem a qual não daremos nenhum salto: e essa coisa chama-se educação, educação e educação".

Interior

Dilma também disse que "o Brasil mudou". A presidente afirmou que, no passado, para um governante passar recursos a outro, ele tinha de ter a mesma visão política, o mesmo credo ou até a mesma "convicção futebolística" para poder passar recursos. Hoje, Dilma disse que o País passou a ter uma relação clara com Estados e municípios. "Respeitamos prefeitos e governadores porque todos fomos eleitos por voto popular."

A presidente fez as declarações durante a cerimônia de entrega de 300 ônibus escolares a 78 municípios de Mato Grosso do Sul, pelo programa Caminho da Escola. A presidente também disse que é importante dar atenção às localidades do interior do País e não só às zonas urbanas. Ela disse que o Estado é especial pois é um dos maiores produtores agrícolas do País. "Além de dar importância à zona urbana, que é geralmente a tendência nos demais Estados da Federação, nós temos de dar importância para o interior", afirmou.

Um acordo da base do governo no Congresso fará com que a Medida Provisória editada pela presidente Dilma Rousseff para direcionar para a educação 100% dos recursos dos royalties do pré-sal perca a validade no dia 12 de maio. Com isso, a vinculação legal deixará de existir. A justificativa dos parlamentares é de que como a questão da distribuição entre os entes da federação será alvo de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) é preciso esperar essa decisão antes de debater o destino dos recursos.

O discurso da aplicação dos royalties na educação foi o eixo do pronunciamento da presidente sobre o tema. O relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), porém, desagradou o governo ao propor a aplicação imediata de recursos. Segundo o parlamentar, as mudanças feitas na MP fariam com que a educação recebesse R$ 7 bilhões a mais já em 2013. O governo, porém, argumenta que as receitas já estão comprometidas com outras áreas e propõe a destinação para a educação apenas de recursos de campos que ainda serão licitados.

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A vinculação integral de recursos para a educação sofre forte resistência também de prefeitos e governadores. Eles desejam ter liberdade para manejar o dinheiro novo. Bancadas de outras áreas, como saúde e ciência e tecnologia, também têm protestado contra a intenção anunciada pelo Executivo.

Alternativa

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC), afirmou que o governo não abrirá mão da ideia de destinar os recursos para educação. Segundo ela, uma alternativa é incluir o tema no Plano Nacional de Educação, em tramitação no Senado. O Plano prevê ampliação dos gastos para 10% do Produto Interno Bruto em 10 anos. "Esse assunto virou uma paixão, os ânimos ficam exacerbados, a questão foi judicializada", disse.

O embate no Supremo envolve a disputa entre Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, que estimam perdas de R$ 89 bilhões até 2020 e os demais entes da federação. O Congresso derrubou um veto da presidente e determinou que os recursos do petróleo explorado no mar devem ser divididos desde já entre todos. Liminar da ministra Cármen Lúcia suspendeu a aplicação dos novos porcentuais. Ela prometeu levar o tema ao plenário com brevidade, mas não há ainda data para análise do mérito.

 

Prefeitos de municípios filiados à Associação Brasileira de Municípios com Terminais Marítimos, Fluviais, Terrestre de Embarque e Desembarque de Petróleo e Gás Natural (Abramt) se reuniram nesta quarta-feira em Brasília para discutir medidas que visem barrar a nova partilha de royalties, aprovada pelo Congresso. Uma delas será a solicitação da inclusão da associação nas ações diretas de inconstitucionalidade como terceira interessada no processo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo impetraram alegando a inconstitucionalidade da nova lei.

A Abramt quer mostrar as peculiaridades dos municípios diretamente afetados com a nova partilha. O presidente da associação, Ernane Primazzi, (PSC), diz ser importante que os municípios que serão atingidos se unam para conseguir manter a atual distribuição dos royalties, já esses municípios são os mais suscetíveis a sofrerem problemas, como foi o caso de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, que teve 11 praias poluídas devido a um vazamento de óleo causado pela Transpetro/Petrobras, no último dia 5, afetando diretamente o ecossistema da região do litoral norte, o setor pesqueiro e interferindo no turismo da região.

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"Esse momento é de unir forças e lutar juntos pelo direito da população dessas cidades. Por isso nosso pedido será um reforço para a ação que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo já impetraram na justiça", reforçou o presidente da Abramt, que é prefeito de São Sebastião. Primazzi declara que a nova lei prejudicará as cidades que já têm em seu planejamento o recurso dos royalties, que é uma compensação para possíveis impactos ambientais.

Primazzi aguarda a finalização de um relatório com os impactos causados no município pelo vazamento de óleo, elaborado por uma equipe técnica da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que deve ser apresentado na próxima semana. O prefeito e presidente da associação diz que está tentando agendar uma reunião com presidente da empresa Transpetro, Sérgio Machado, na sede da subsidiária no Rio de Janeiro, sem sucesso. "Isso significa que eles não querem nos atender. Não me resta outra alternativa a não ser tomar as medidas cabíveis em relação a unidade em São Sebastião", ameaçou, sem, no entanto, afirmar quais seriam essas medidas.

O deputado estadual da Bahia, Carlos Gaban (DEM) parabenizou o Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia (IAF) por requerer o seu ingresso na ação direta de inconstitucionalidade - ADI 4917, movida pelo Estado do Rio de Janeiro sobre a decisão da redistribuição dos royalties do petróleo. O democrata se mostrou indignado pela falta de ação do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que segundo o parlamentar representa ‘o silêncio do governo’.

A solicitação do IAF permite que a instituição possa participar intervindo durante o curso procedimental, através de apresentação de memoriais e realização de defesa oral, com o objetivo de resguardar os interesses dos 417 municípios baianos.

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Para o democrata, a atitude do IAF poderia ter sido realizada pelo governo da Bahia. “Felizmente, existem representações que tomam providências no lugar do Estado”, afirmou Gaban. “Não consigo entender a omissão da Procuradoria Geral do Estado que não tomou nenhuma providência com relação ao veto da Presidente da República que prejudicará a Bahia”, acrescentou deputado.

Segundo o IAF os Estados que atualmente são beneficiados pelos royalties de petróleo querem, além de toda a rede econômica derivada da indústria do petróleo continuar a serem os únicos “donatários perpétuos” dos royalties gerados, que são bens de toda a federação e que devem, portanto, serem utilizados para diminuir as imensas desigualdades regionais que oprimem o país.

Já o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), argumenta que a Lei dos Royalties sancionada pela presidenta Dilma Rousseff é inconstitucional e pede a concessão de liminar ao Supremo Tribunal Federal.

*Com informações da assessoria.

 

 

O Ministro da Educação (MEC), Aloizio Mercadante, vai à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (3), para falar sobre a Medida Provisória 592/12, que destina 100% dos royalties de petróleo para a educação. O debate será às 14h30, no Senado.

Na última segunda-feira (25), o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que o Congresso Nacional interpôs recurso contra a decisão da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu parte da distribuição igualitária dos royalties entre os estados, que entraria em vigor após o Congresso ter derrubado vetos da presidente da República à Lei dos Royalties. A decisão da ministra, em ação direta de inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pelo governo do Rio de Janeiro, tem caráter liminar e ainda deve ser analisada pelo Plenário do Supremo.

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Na decisão, Carmen Lúcia argumenta que os estados e municípios produtores de petróleo fizeram planejamento orçamentário com as normas antes vigentes, sem contar com a alteração provocada pela lei e pela derrubada dos vetos. Esses vetos preservavam os contratos já em vigor e as receitas dos estados produtores.

*Com informações da Câmara de Notícias

Uma semana depois de a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter suspendido a aplicação da nova redação da Lei dos Royalties, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), questionou nesta segunda-feira a decisão. No agravo regimental, elaborado pela Advocacia do Senado e apresentado ao STF, Renan contestou o fato de o Legislativo não ter sido notificado para prestar informações antes de Lúcia conceder a liminar (decisão temporária) e acusa o tribunal de ter agido como "instância revisora" de uma resolução tomada pelo Parlamento.

No recurso, o Senado sustenta que o "Supremo Tribunal Federal não pode se constituir em instância revisora das decisões políticas do Poder Legislativo, sob pena de subverter a harmonia e a independência dos Poderes da República". Além disso, alega que a determinação da ministra do STF sustou a aplicação da lei e isso pode trazer prejuízos a alguns governos de Estados. A liminar impede que sejam beneficiados Estados que não são produtores de petróleo e gás. Prevalece o modelo atual, no qual os recursos dos royalties são concentrados nas unidades da Federação e cidades produtoras.

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Lúcia concedeu a decisão temporária por entender que haveria riscos financeiros para os governos estaduais e que o despacho não poderia aguardar uma deliberação do plenário da Corte. O agravo levado pelo Senado ao Supremo questiona o fato de a decisão ter sido tomada apenas pela ministra, sem avaliação dos demais membros do STF. De acordo com os advogados do Senado, que elaboraram o agravo interno, somente o conjunto dos ministros do Supremo poderia se manifestar sobre o tema e decidir pela suspensão ou não dos artigos da legislação.

"No mérito, argumentou-se (na liminar de Lúcia) que o art. 20, parágrafo 1.º da Constituição assegura aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios participação nos resultados (natureza remuneratória) e compensação pela exploração do petróleo e do gás natural, bens de propriedade da União, incumbindo à legislação ordinária a definição dos modelos distribuição e dos porcentuais respectivos. Nesse sentido, defendeu-se ser prerrogativa precípua do Congresso Nacional tanto a definição quanto a alteração dessas regras, considerando, especialmente, as variações de produção e de preço do barril de petróleo", diz o recurso judicial.

A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta segunda-feira o uso dos royalties do petróleo para a educação, durante a cerimônia de entrega do trecho Floresta - Serra Talhada do Sistema Adutor Pajeú, no Sertão de Pernambuco. "Nenhum governador, nenhum prefeito têm dinheiro suficiente para pagar professor no Brasil", destacou.

Quando começou a falar sobre educação e foi aplaudida, Dilma retrucou: "Não adianta bater palma. Eles não têm de onde tirar o recurso. Só tem um lugar de onde a gente pode tirar esse dinheiro, que é dos royalties do petróleo. O dinheiro sai da onde tem dinheiro, que é dos recursos originários da exploração do petróleo."

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De acordo com ela, além de construir escolas, é preciso investir na valorização dos professores e na qualidade do ensino. "Nenhum país do mundo virou uma nação desenvolvida sem escola em tempo integral", disse. "Construir escola faz parte, mas é preciso valorizar aquele que ensina e formá-lo melhor", acrescentou.

Dilma reafirmou o projeto de construção de dez institutos técnicos federais até 2014. A presidente afirmou que é importante aprovar a medida provisória (MP) sobre a questão dos royalties. "Temos de fazer isso nos próximos dez anos", disse, em referência ao investimento necessário em instrução no País. "Temos de garantir que as crianças saibam fazer as contas de aritmética, ler um texto simples e interpretar."

Um grupo de deputados de Estados não produtores de petróleo protocolaram uma proposta de emenda constitucional (PEC) para incluir na carta magna a divisão dos royalties de forma mais igualitária. O objetivo é ter uma alternativa caso o Supremo Tribunal Federal (STF) derrube a nova lei aprovada, suspensa temporariamente por decisão monocrática da ministra Cármen Lúcia.

"Vamos botar para andar rápido se o Supremo referendar essa decisão da Cármen", disse o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), primeiro signatário da proposta. Segundo ele, a proposta foi protocolada com mais de 200 assinaturas. A Secretaria-Geral da Mesa ainda não conferiu as assinaturas. Para ser aceita, a PEC precisa da adesão de 171 deputados.

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A proposta protocolada destina 30% dos recursos para a União e divide os outros 70% entre Estados e municípios pelos critérios dos fundos de participação, sem fazer qualquer reserva de recursos para os produtores, beneficiados pela divisão atual. A proposta é inspirada na emenda Ibsen Pinheiro, aprovada em 2010 e vetada pelo presidente Lula. O texto é ainda mais prejudicial aos produtores do que a lei suspensa pelo STF, porque nesta há uma reserva maior de recursos para estes.

Integrantes do governo afirmam que a nova lei dos royalties só acarretará impactos financeiros para os Estados a partir de maio. A informação consta inclusive de parecer da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e contradiz a avaliação da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia.

A ministra, que concedeu a liminar suspendendo os efeitos da lei na divisão dos royalties, afirmou que tomou a decisão por considerar que havia risco financeiro iminente para os Estados produtores, prejudicados pela nova sistemática de rateio do dinheiro. "Os royalties são distribuídos mensalmente. Então, na virada do mês eles têm que saber qual é a regra que vale. Essa é a razão", afirmou a ministra ontem antes da sessão de Turma do Supremo.

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O governo contesta a decisão. Integrantes do Executivo afirmam que o dinheiro é dividido com defasagem de dois meses. Portanto, o impacto da nova lei só será sentido pelos Estados a partir de maio. Portanto, argumentam que a decisão da ministra gerou mais impacto no campo político, beneficiando especialmente Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nas finanças dos Estados, afirmam, o efeito é zero.

Além dessa discussão, colegas da ministra no Supremo, reservadamente, contestam a decisão de Cármen Lúcia de suspender sozinha a lei por meio de liminar. Dizem que a ministra poderia ter levado o processo nesta quarta-feira ao plenário e o assunto seria decidido por todos os ministros.

A lei que rege o assunto determina que a "medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal". A lei abre exceção para o período do recesso do Judiciário, quando apenas o presidente do STF permanece de plantão. Nesses casos, havendo urgência, a liminar poderia ser concedida.

Ministros da Corte e assessores do governo afirmam que a decisão da ministra também será contestada por esse ponto. A ministra alegou, ontem, que em razão da urgência do caso decidiu monocraticamente. "Nesses sete anos, numa única ocasião me aconteceu isso", disse Cármen Lúcia.

A nova divisão dos royalties decorrentes da exploração de petróleo transfere recursos de Estados e municípios produtores para aqueles que não produzem. Espírito Santo e o Rio de Janeiro são os mais prejudicados. Em sua decisão, a ministra já se antecipou no julgamento de mérito ao dizer que a nova lei interfere no pacto federativo, argumento usado pelos Estados que perderão recursos.

"A alteração das regras relativas ao regime de participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural ou da compensação pela exploração, sem mudança constitucional do sistema tributário, importa em desequilibrar o tão frágil equilíbrio federativo nacional e em desajustar mais ainda o regime financeiro das pessoas federadas sem atenção aos princípios e às regras que delineiam a forma de Estado adotada constitucionalmente", afirmou a ministra.

O governo do Rio anunciou que retomou nesta terça-feira os pagamentos e contratos com fornecedores e prestadores de serviço em função da suspensão da nova lei de distribuição dos royalties. Os pagamentos foram suspensos no início do mês, após a aprovação da lei que dividia os recursos provenientes dos royalties do petróleo entre Estados produtores e não produtores. A lei foi suspensa na segunda-feira (18) pelo Supremo Tribunal Federal em uma decisão liminar da ministra Cármen Lúcia.

Após a aprovação da lei que redistribuía os royalties, o governador suspendeu todos os pagamentos a prestadores de serviço, estimados em R$ 470 milhões, e também repasses de R$ 1,8 bilhão a empreiteiras com obras no Estado. As empresas fornecedoras chegaram a ameaçar com a interrupção dos serviços, como fornecimento de merenda escolar, vigilância e limpeza.

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Em nota, a secretaria estadual da Fazenda do Rio informou que retomou todos os pagamentos "dentro dos critérios normais, inclusive realizando aqueles que haviam sido suspensos nos dias 7 e 18 passados". Responsável pela ação, o procurador do Estado do Rio, Luís Roberto Barroso afirmou que a suspensão dos pagamentos era "natural". "Quem não tem receita, não pode fazer despesa. Restabelecido o ingresso dessa receita, o caminho é restabelecer os pagamentos".

Para o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), a liminar foi um "alívio" nas finanças do Estado. "Julgamos que o parecer foi consistente, equilibrado e responsável. A ministra Carmem Lúcia reconheceu todos os nossos argumentos e isso nos dá uma confiança maior de que os demais ministros vão seguir a mesma linha", afirmou.

Nesta terça, o procurador Luís Roberto Barroso se reuniu com o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, e outros ministros para discutir os termos da ação e cobrar a marcação do julgamento em plenário. Segundo ele, os ministros foram "receptivos" aos argumentos. "A mudança é uma clara violação de princípios constitucionais e causa um colapso nas finanças de Estados e municípios em pleno exercício fiscal", afirmou o procurador.

A suspensão da nova lei também causou apreensão no setor de petróleo e gás em relação aos leilões de áreas de exploração. O temor era que a revogação da lei inviabilizasse três rodadas de leilões, previstas para este ano, retomadas pelo governo federal após quase cinco anos. A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou nesta segunda que a liminar não interfere no cronograma.

"O que foi decidido em liminar é que a medida provisória deixa de ter valor enquanto o STF não decide a questão dos royalties e a gente volta à Lei do Petróleo", disse. Segundo a executiva, nada muda para as empresas que participarão das rodadas. "Para as empresas não importa quem recebe. As empresas querem saber o quanto elas pagam. E elas pagam um valor estipulado em lei para o Tesouro Nacional", disse Magda.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, informou aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que o plenário do tribunal deverá julgar em abril o recurso contra a nova distribuição dos recursos do petróleo - royalties. Nesta segunda-feira (18), a ministra do STF Cármen Lúcia decidiu suspender a regra, como foi definida pelo Congresso, em decisão provisória (liminar) atendendo aos Estados produtores que entraram com o recurso.

"O Congresso fez sua parte. O processo legislativo se conclui com a apreciação dos vetos. Não vou entrar no mérito da ministra Cármen Lúcia. É competência dela conceder liminar como é competência do Congresso apreciar os vetos", disse Renan Calheiros. "Nosso esforço é para manter a decisão do Congresso Nacional e vamos dar todas as informações que são importantes para isso", continuou. "Nós fizemos a nossa parte. Democraticamente derrubamos o veto", afirmou Henrique Alves.

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Os dois estiveram com Barbosa discutindo a criação de tribunais de Justiça. "Ele (Barbosa) externou a preocupação com o gigantismo e o crescimento desordenado da Justiça Federal", afirmou Calheiros.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), evitou polemizar com o Supremo Tribunal Federal (STF) em torno da decisão de caráter provisório (liminar) da ministra Cármen Lúcia de suspender a nova distribuição das receitas do petróleo - royalties e participação especial definida pelos parlamentares. Henrique Alves negou que haja mal-estar entre os dois Poderes.

"Ela (ministra Cármen Lúcia) fez de maneira respeitosa. No seu voto, ela manifestou a prerrogativa do Parlamento de votar as leis", disse Alves. "Vamos aguardar a manifestação final do Supremo de maneira respeitosa", disse o presidente da Câmara.

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Mais cedo, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), cobrou um posicionamento da Casa à respeito do que considerou uma ingerência do Judiciário nas decisões do Congresso.

O procurador do Estado do Rio, Luís Roberto Barroso, informou nesta terça-feira que se reunirá com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para discutir os termos da ação movida pelo Estado contra a divisão dos royalties do petróleo entre Estados produtores e não produtores.

Responsável pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que garantiu a suspensão da nova distribuição dos royalties, em decisão liminar publicada nesta segunda-feira (18) pela ministra Cármem Lúcia, o procurador irá cobrar o julgamento da ação no plenário do Supremo.

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"Vou expor as razões do Rio na ação contra a mudança nos royalties, que é uma clara violação de princípios constitucionais e causa um colapso nas finanças de Estados e municípios em pleno exercício fiscal", afirmou o procurador. Segundo ele, a liminar garante ao Rio uma situação "confortável, pois com a lei suspensa espera-se que o pagamento seja realizado normalmente."

Barroso também irá cobrar do ministro uma data para o julgamento da ação. A previsão do procurador é que o processo seja julgado após o feriado de Páscoa, mas ainda não há uma definição. Na liminar, a ministra Carmem Lúcia informou que não colocaria o projeto em votação neste mês para dar mais tempo de apreciação aos ministros.

O procurador já esteve com os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski na manhã desta terça-feira e deve visitar os demais ministros do STF apresentando seus argumentos e um resumo da ação. "Foi uma visita de cortesia profissional, extremamente cordial", afirmou. Segundo o procurador, os ministros foram "receptivos" à sua apresentação.

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