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Candidato a governador de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta terça-feira (21), que pretende, caso seja eleito, realizar um esforço concentrado nos primeiros meses de gestão para recuperar a malha viária estadual, principal meio utilizado pelas empresas para escoar suas produções. Ao participar do Diálogo da Indústria com os candidatos a Governador de Pernambuco, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o petebista classificou o assunto como "emergencial". 

Armando citou que a requalificação da malha viária é um dos "desafios velhos" da infraestrutura pernambucana e pode ser determinante para a recuperação da competitividade e os investimentos empresariais no Estado. 

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"Na infraestrutura, como pontos de estrangulamento, temos um gravíssimo problema de mobilidade urbana e a qualidade da malha viária de Pernambuco", observou.  "Tenho percorrido o Estado e temos um cenário de deterioração da malha viária do Estado. Há obras que se arrastam por muito tempo", completou. 

Segundo Armando, a ideia dele é criar um "plano emergencial para a requalificação da malha viária" com recursos do Estado.  

“Estou fazendo um levantamento cuidadoso, considerando cada uma das regiões, sobre quais são aquelas PE’s que estão mais deterioradas e são mais  importantes no ponto de vista da circulação de pessoas e de mercadorias. Vamos fazer este mapeamento, que não é difícil de ser feito, para poder sair com um plano emergencial indicando as prioridades e os critérios. Imaginando que possa, na perspectiva de um ano a um ano e meio, fazer isso avançar de maneira significativa", explicou, em conversa com a imprensa depois da sabatina. 

Aos empresários, que vez ou outra reforçavam a dificuldade que existe no escoamento da produção, o candidato também comentou que a BR-232 "é uma rodovia tronco em Pernambuco" e não está a contento em diversos trechos, além disso também tratou dos problema urbanos como os corredores de transportes e "o ramal da copa que não foi feito". "Tudo o que foi feito esta se deteriorando", disparou. 

Implantação do Arco Metropolitano

Sobre a questão da construção do Arco Metropolitano, que vem se arrastando e é considerado essencial para o polo industrial instalado em Goiana, na Região Metropolitana do Recife, Armando disse que daria prioridade. 

"Teremos que ter o Arco Metropolitano porque não se muda o modal com uma perspectiva que não seja de décadas. Tenho muito cuidado com essas coisas [de forma de financiamento], quero verificar a atualização dos custos do projeto, se tem alternativas mais econômicas ou não, se é possível fazer no regime de concessão ou não, no regime de PPP. É preciso se debruçar sobre o projeto, agora que é prioritário, é mesmo prioritário. Quando chega em Abreu e Lima a BR vira uma via urbana, uma rua", salientou. 

Já quanto à prazos para a resolução do problema, ele negou estabelecer uma meta. "Fiquei traumatizado com o debate de 2014 porque eu vi tanta promessa, tanto prazo. Tenho muita dificuldade de ficar assumindo prazo e a gente ser desmoralizado depois", complementou, fazendo uma crítica direta ao governador Paulo Câmara (PSB) contra quem disputou na última eleição.

Na sabatina, Armando ainda disse aos empresários que pretende simplificar o processo burocrático entre as empresas e o Estado, além de estimular a inovação e tecnologia. O candidato também tratou da questão educacional, como forma de capital humano e para ampliar a redução do desemprego em Pernambuco.

Candidata do PSOL a governadora de Pernambuco, a advogada Dani Portela afirmou, nesta terça-feira (21), que pretende, se eleita, realizar auditorias no Estado diante da política fiscal adotada pela administração e a composição da máquina pública. Ao participar, na manhã de hoje, de uma sabatina com empresários que integram a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Dani disse que o atual inchaço da gestão atrapalha no âmbito do investimento público e, consequentemente, na atração das empresas. 

"Vemos uma máquina repleta de pessoas e de secretarias. Hoje o Estado tem mais de 25 secretarias, vemos que o tamanho da máquina, infelizmente, é do tamanho do palanque que se forma. Se você faz um raio-x da eleição deste ano, você vê partidos com ideologias diferentes unidos por tempo de TV, todos contemplados na máquina pública. Quanto maior for a radiografia, maior é a hipertrofia da máquina. Precisamos falar, com transparência, que além da reforma tributária o Estado precisa de uma [reforma] administrativa ampla", argumentou, logo depois de defender a necessidade de uma reforma tributária no país.  

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"Isso diminui a possibilidade do Estado voltar a investir. Não temos margem porque precisamos fazer uma reforma administrativa urgente. É uma das primeiras ações que qualquer um que assuma aquela cadeira deve fazer. Porque precisamos subdividir em várias secretarias? Também é necessário fazer uma auditoria se essas secretarias são oportunas" completou a candidata.

Dani explicou aos empresários que, no ato do registro da candidatura, ela já iniciou a construção de uma equipe para realizar as auditorias. Sobre a questão fiscal, a psolista pontuou que sonegar impostos em Pernambuco é fácil. " Infelizmente sonegar em Pernambuco acaba sendo viável. Temos um passivo de dívida acumulada de quase R$ 17 bilhões. Imagina se tivéssemos este valor disponível para investir?", indagou. "O endividamento precisa ser feito não para ampliar a máquina, mas para investir no Estado", completou. 

A adoção dessas medidas, para Dani vai fazer com que o "Estado passe a influenciar os empresários a investir e assim retomar a geração de empregos". 

Dani Portela foi a primeira postulante a participar da quarta edição do Diálogos da Indústria com os Candidatos ao Governo de Pernambuco, organizado pela Fiepe. Além dela, ainda hoje também vão participar da sabatina o senador Armando Monteiro (PTB), o governador Paulo Câmara (PSB) e o ex-deputado Maurício Rands (Pros). Os quatro candidatos foram convidados a partir do critério de integrar um partido com ao menos cinco deputados na Câmara Federal.

Candidato do MDB à Presidência da República, o ex-ministro Henrique Meirelles participou de uma sabatina sobre suas propostas para a área da saúde no 28º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais, em Brasília, nesta quarta-feira, 15. Ele estava acompanhado do seu candidato a vice, Germano Rigotto. Segundo Meirelles, nenhum dos outros candidatos aceitou o convite para o evento.

Em indireta aos adversários, criticou discursos extremistas. "O Brasil está cansado da briga ideológica de extremos que querem se destruir e arriscam destruir o Brasil junto com eles", disse.

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O emedebista afirmou ainda que não formou alianças na disputa eleitoral para manter uma gestão independente e "não quer dever favores para ninguém". Não mencionou, no entanto, sua dificuldade para conseguir apoio devido aos baixos índices de popularidade nas pesquisas de intenção de voto.

"Vamos fazer governo independente e técnico como o povo quer", declarou. "Uma das razões pelas quais o nosso projeto, a nossa candidatura não formou uma coalizão de partidos é exatamente porque queremos manter a independência", disse em outro momento.

Em sua fala, Meirelles destacou que pretende adotar escolha técnica para a pasta da saúde e que priorizará pessoas com "compromisso de ficar durante todo o governo" na função. Ele citou o caso do ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros, que deixou o mandato antes do término para entrar na disputa eleitoral, mas ressaltou que pelo menos os cargos de segundo e terceiro escalão foram preservados e que isso "já é um avanço".

Falou ainda sobre sua atuação no comando do Banco Central, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando que manteve os diretores indicados durante o governo anterior para garantir a continuidade da gestão, e que foi criticado pelo PT por causa disso. A continuidade nos cargos, disse ele, será compromisso de sua gestão.

Para melhorar a área da saúde, afirmou que acabará com o desemprego e que isso fará com que as pessoas possam, de fato, cuidar da própria saúde. "Vamos organizar a casa, cuidar da saúde. O que eu quero para a saúde e para o país é retomar a confiança." Falou ainda que quer investir em saneamento básico para "começar com a prevenção".

Ele reafirmou que, se eleito, criará um cartão de saúde para cada brasileiro, que conterá todo o histórico médico do paciente desde a infância, além de informatizar o sistema.

O ex-prefeito de São Paulo e coordenador do programa de governo do PT, Fernando Haddad, minimizou neste domingo, 29, a falta de alianças do partido, até agora, para as eleições de outubro. "Não acredito que o isolamento vai acontecer, acredito que alguma aliança haverá", disse, antes da participação no evento Conhecer Eleições 2018, sobre Ciência, Tecnologia e Educação, em São Paulo. Segundo ele, a fragmentação da esquerda se deve à "prisão injusta de Lula".

"Se Lula fosse candidato, realmente tenho dúvidas que Ciro, Boulos e Manuela tivessem colocado suas candidaturas - com todo respeito", afirmou. "Estariam todos reunidos em torno do Lula", completou. Sobre a possibilidade de uma aliança com Ciro no primeiro turno, Haddad admitiu ser difícil. "Ele deu declarações recentes de que seria muito difícil", disse.

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O ex-prefeito ironizou a negativa do empresário Josué Gomes para o posto de vice na chapa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo Haddad, a negativa ao tucano não pode ser entendida como uma vitória do PT ou da esquerda. "Foi uma vitória pessoal do próprio Josué".

Haddad voltou a afirmar que não será candidato e que a partir do dia 6 pretende voltar a dar aulas no Insper. Para Haddad, o "apelo pelo Lula candidato vai crescer nos próximos dias". "As pessoas querem votar no Lula", emendou.

Haddad afirmou que o quadro eleitoral ainda é confuso, mas "eleição é encruzilhada" que vai decidir os rumos do País por décadas.

A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, mais jovem vencedora do Nobel da Paz, defendeu nesta quarta-feira (11) o legado da vereadora carioca Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro em março passado.

Malala, que completa 21 anos nesta quinta (12), faz sua primeira visita oficial ao Brasil e já passou por São Paulo, Salvador e Rio. Durante uma "sabatina" com internautas no Twitter, a jovem foi perguntada se ela se inspira em alguma mulher brasileira.

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Na resposta, Malala disse que esteve com integrantes da rede feminista "Nami", com quem pintou um retrato de Marielle. "Como ativista, sei que ela inspirou muitas mulheres e garotas brasileiras e sei que elas levarão seu legado adiante", escreveu a paquistanesa.

Marielle, vereadora do Psol crítica da violência policial e da intervenção militar no Rio, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, enquanto voltava de um evento. Até hoje não se sabe quem mandou matá-la.

Malala, em 2012, quase teve o mesmo destino. Já conhecida por defender o direito das meninas ao ensino, a então adolescente foi baleada na cabeça por um militante do Talibã, no Vale do Swat, Paquistão. A jovem ficou à beira da morte, mas se recuperou em um hospital do Reino Unido, país onde vive até hoje.

Em 2014, venceu o Nobel da Paz ao lado do ativista indiano Kailash Satyarthi - os dois países asiáticos protagonizam um conflito de mais de 60 anos pela posse da Caxemira.

Pelé - Na sabatina, Malala também trocou mensagens com Pelé, cuja conta no Twitter perguntou o que pode ser feito para garantir oportunidades para garotas no esporte.
    "Olá, Pelé. Encontrei hoje no Brasil jogadoras incríveis na praia no Rio. Elas me contaram que o esporte as ajuda a lidar com dificuldades em suas vidas e lhes dá confiança. Devemos apoiar as mulheres atletas para que as garotas tenham mais modelos", disse.

Da Ansa

Depois de sinalizar, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que poderia abrir mão de sua postulação à Presidência da República, a deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila (PCdoB) disse nesta quarta-feira (6) que a tendência no campo da esquerda é a pulverização em quatro nomes.

Manuela ponderou que o cenário não é o que ela deseja, mas que seu partido fez todos os gestos que podia em prol de uma união com os pré-candidatos do PT, do PDT e do PSOL: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso em Curitiba, o ex-ministro Ciro Gomes e Guilherme Boulos.

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"Exaurimos os nossos gestos. Acredito que o desfecho será termos quatro pré-candidaturas. Somos oponentes, adversários estão do lado de lá", disse durante sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense e pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional).

Manuela não se considera um óbice à união entre os autointitulados progressistas, mas afirmou que a "vida real" é diferente e que considera um avanço ter assinado um programa com propostas comuns para a crise nacional com Lula, Ciro e Boulos.

Propostas

Manuela disse ser contra a venda da participação pública nas empresas estatais e acusou o governo de querer promover o desmonte do Estado. Manuela considera que o Brasil vive um processo de desindustrialização "severo" e que não é possível repensar a retomada da atividade industrial entregando o controle das atividades energéticas a multinacionais.

Ela argumentou que os bancos públicos são fundamentais para disputar as tarifas de juros no mercado com as instituições privadas e propôs desenvolver mecanismos de controle contra a corrupção nas estatais.

"Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Eletrobrás são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil e retomada do crescimento da economia. Privatização não é um debate moral, é um debate estratégico sobre o que o Brasil precisa ou não para se desenvolver como nação. Se a Petrobras é tão importante, temos que garantir que esteja imune a atos de corrupção."

Manuela disse que, num eventual governo comunista, poderá haver interferência do governo no Banco Central do Brasil, reduzindo a autonomia informal dada ao banco atualmente. "O Banco Central tem que fazer parte do projeto de desenvolvimento do País. O Estado mínimo só é mínimo para o povo brasileiro, mas é máximo para garantir juros altos para os bancos. A quem serve a autonomia total do BC. Só serve para o sistema financeiro, não serve pera o povo brasileiro."

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, chamou o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), seu virtual adversário e hoje um dos líderes nas pesquisas de intenção de voto, de "tresloucado" e "despreparado". Em sua fala, também disse que Bolsonaro é um "câncer" que deve ser "extirpado" da política nacional. Ciro criticava o fato de seu oponente não ter defendido tributação sobre lucro de grandes empresas e de pessoas de alta renda.

"Os democratas têm obrigação de extirpar esse câncer enquanto ele ainda tem condição de ser extirpado", afirmou Ciro. O pedetista afirmou que defende uma reforma tributária para cobrir os gastos públicos crescentes. Ele pregou ainda a tributação progressiva sobre renda e herança e afirmou que, se eleito, vai propor a redução de impostos para classe média e classe trabalhadora e impostos sobre distribuição de lucros e dividendos.

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"Como Bolsonaro vai fazer? De onde virá o dinheiro para resolver os buracos? Pega um tresloucado desses, um boçal despreparado, e desorienta do debate." Em outro momento, o pedetista perguntou quais tinham sido as propostas de Bolsonaro para a reforma da Previdência e disse que iria procurar no YouTube o vídeo com a participação do parlamentar.

O pré-candidato do PSL e capitão da reserva do Exército participou pouco antes de Ciro de sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense e pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.

O ex-ministro da Fazenda, por sua vez, afirmou que o atual sistema previdenciário nacional é irreformável e disse que estuda propostas viáveis que tenham como base um salário mínimo para todos os trabalhadores como transição e que facilitem a capitalização.

Ele afirmou que as corporações públicas travam a extinção dos privilégios nas propostas de reforma da Previdência. Ele chamou de selvageria o último texto proposto pelo governo Michel Temer: "Não é reforma coisa nenhuma. Com toda essa selvageria, economizaria R$ 362 bilhões em dez anos, e o déficit nesse ano foi de R$ 180 bilhões".

Ciro defendeu que o presidente eleito deve propor reformas na primeira hora e sugeriu a convocação de plebiscitos e referendos para que o povo vote propostas que não andem no Congresso.

Ao falar sobre os ataques ordenados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em capitais, Ciro disse que o "terror virou a linguagem das facções criminosas" e que o comando das ações está em presídios de São Paulo impune.

"Temos que criar um sistema nacional de segurança hierarquizado com inteligência", afirmou. O ex-governador do Ceará disse que as polícias já mapearam as cadeias do crime e que hoje o narcotráfico é financiado pela burguesia brasileira e estrangeira.

A pré-candidata ao Palácio do Planalto Marina Silva (Rede) se posicionou nesta quarta-feira contra a privatização da Petrobras e dos bancos oficiais Caixa e Banco do Brasil. Em sabatina promovida pelo Sindicato Nacional de Auditores Fiscais e o jornal Correio Braziliense, Marina disse ainda que é preciso fazer uma reforma da Previdência que não olhe apenas o lado do empregador e defendeu um sistema tributário mais simplificado. "Em primeiro lugar, não sou favorável às privatizações da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Agora acho que é possível que algumas empresas sejam privatizadas", disse.

Sobre a Eletrobras, a pré-candidata não expressou especificamente ser contra a venda da estatal, mas questionou o processo de privatização da empresa que vem sendo feito pelo governo. "A gente não vende a joia da família para jantar fora", comentou.

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Marina afirmou que o governo do presidente Michel Temer (MDB) só prejudicou o debate da Previdência e isso por oportunismo e por querer atender apenas a uma parte da sociedade. "É preciso uma reforma da Previdência devido ao grande déficit, mas não se pode ouvir apenas o lado do empregador. Muitos grupos com poder de pressão não foram atingidos pela proposta do governo", disse a pré-candidata, sem citar que grupos seriam esses.

Após a sabatina, Marina disse em entrevista que não pretende fazer "um embate" com o pré-candidato Jair Bolsonaro, que hoje está na dianteira das pesquisas, mas pretende mostrar suas visões diferentes da do concorrente, especialmente na área da segurança pública.

"É preciso ter firmeza para resolver a falta de segurança pública, mas esse problema não se resolve com mais violência, nem distribuindo armas para as pessoas", avaliou. Marina disse que é preciso encontrar uma solução para o alto índice de homicídios no País e acabar com os poderes de "bandidos" que, das prisões, controlam tráficos de drogas e de armas.

Ao falar sobre a campanha eleitoral, Marina disse que é a única que tem se posicionado contra a divulgação de notícias falsas. "O Ciro, o Bolsonaro e o Alckmin jamais terão de mim qualquer atitude de desconsideração e de desconstrução de imagem", disse, referindo-se aos pré-candidatos do PDT, PSL e PSDB à Presidência, respectivamente.

A ex-senadora ainda se queixou da disputa de 2014, quando teria sido vítima da então concorrente petista Dilma Rousseff e do marqueteiro João Santana. "Quem inventou o 'fake news' não foi o Trump (Donald Trump, presidente dos Estados Unidos), foi a Dilma e o João Santana".

A uma pergunta sobre o que ela tinha mudado de 2014 para cá, Marina optou em apontar mudanças na concorrência: "Naquelas eleições, existiam aqueles que disputavam poder em estruturas criminosas na Petrobras, no Banco do Brasil e por meio de venda de medidas provisórias. Agora, muitos não estão disputando eleições, mas salvo-condutos", disse.

Marina citou que atualmente cerca de 200 parlamentares do Congresso Nacional estão sendo investigados no âmbito da Operação Lava Jato.

Pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou nesta quarta-feira, 6, em sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense, que o fato de ter participado do governo do presidente Michel Temer (MDB) não atrapalha sua candidatura. Isso porque, segundo ele, os eleitores estão olhando a trajetória e o histórico dos candidatos.

"Absolutamente (não atrapalha). O que importa é a trajetória de sucesso. Fizemos um trabalho que gerou uma recuperação enorme do País, saímos de uma recessão enorme e o País voltou a crescer.", afirmou o emedebista, que foi lançado como pré-candidato do partido pelo próprio Temer, que desistiu de tentar reeleição.

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Meirelles afirmou que a população tem consciência de que ele, como ministro da Fazenda de Temer, teve um "papel central" no processo das reformas tocadas pelo governo e na condução da economia. "Diferente de alguém que estava fora e tem outras questões e outros focos de trabalho", declarou.

'Tirando o rótulo'

Em entrevista ao Estadão/Broadcast publicada no último domingo, 3, Meirelles havia afirmado que queria "tirar o rótulo" de candidato do governo e do mercado à Presidência da República. Ele disse que sua candidatura não "representa especificamente" o governo Temer e, sim, seu currículo pessoal e sua atuação na iniciativa privada e no setor público.

"Estou tirando o rótulo. Por exemplo, não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília. A minha proposta é a proposta do meu histórico", afirmou Meirelles. "Não estou tentando tirar um rótulo. Estou tentando tirar qualquer rótulo que não seja a minha proposta, meu histórico."

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira, 6, que a base aliada está desorganizada em razão de uma "desarticulação grande" do governo do presidente Michel Temer (MDB).

Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Maia disse que ele e os líderes partidários, e não a Secretaria de Governo, têm negociado diretamente com a equipe econômica a votação de uma agenda microeconômica para ser votada ainda este ano na Casa.

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"Se a agenda da Câmara está atrasada, é porque, de fato, há uma desarticulação grande do governo com sua própria base", declarou Maia em sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense. "A base está desorganizada, o governo está desarticulado", reforçou.

O presidente da Câmara ressaltou que tem trabalhado, "de forma semanal", com a equipe econômica para discutir uma pauta de projetos microeconômicos para tentar colaborar com a recuperação do PIB no segundo semestre. "Nada está sendo feito de forma isolada. Não tem nenhuma agenda que vá ao encontro de nenhuma irresponsabilidade", declarou.

Maia prometeu apresentar, em até três semanas, relatório do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. A ideia, disse, é votar a matéria pelo menos na comissão especial. Enquanto durar a intervenção federal na área de segurança no Rio, PECs não podem ser votadas no plenário da Câmara e do Senado nem promulgadas.

Intervenção

Rodrigo Maia afirmou, ainda, que a intervenção federal na área de segurança do Estado do Rio de Janeiro foi feita sem diagnóstico claro, planejamento e orçamento. O parlamentar fluminense, contudo, previu que, até o final do ano, a situação vai melhorar.

"A intervenção acabou sendo necessária pela desarticulação do Estado do Rio. Acredito que ela tenha sido feita sem diagnóstico claro, sem planejamento e sem orçamento", afirmou na sabatina. Ele lembrou que a intervenção foi decretada em fevereiro, mas somente há duas semanas o orçamento para a ação foi aprovado no Congresso.

Apesar das críticas, o presidente da Câmara afirmou que a intervenção deve trazer avanços. Um dos principais, avaliou, deve ser a integração das forças de segurança federais e estaduais. "De agora até o final do ano vai melhorar. Ainda aposto, pela qualidade do interventor, por estar com a estrutura administrativa montada, que ele vai ter condições", declarou Maia.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado começou há pouco a sabatinar a subprocuradora Raquel Dodge. Em sua exposição inicial de 10 minutos, ela ressaltou que sua gestão no comando do Ministério Público Federal será pautada pelo diálogo e respeito às instituições e pela firmeza e serenidade no exercício das atribuições constitucionais, inclusive no enfrentamento da corrupção.

“A democracia precisa de instituições fortes, que exerçam suas atribuições com segurança, com base na lei, em poderes que atuem em harmonia na direção da Justiça. A proteção do interesse público e o enfrentamento da corrupção continuarão a ser prioridade do Ministério Público Federal e terão todo o apoio necessário”, destacou.

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Raquel Dogde disse ainda que buscará agir “sempre em busca do cumprimento da Constituição de e da lei, com imparcialidade”.

Indicada pelo presidente Michel Temer para procuradora-geral da República, se aprovada no Senado, ela será a primeira mulher nessa função e tomará posse em 17 de setembro quando termina o mandato de Rodrigo Janot.

Cada senador terá dez minutos para fazer perguntas e ela terá o mesmo tempo para responder. Há ainda a possibilidade de réplica e tréplica. Se a tradição do Senado for mantida a expectativa, segundo o presidente da comissão, senador Edson Lobão (PMDB-PI) é de que a sabatina dure entre sete e 10 horas.

Caso seja aprovada na CCJ, a intenção do presidente do Senado é levar a indicação ainda nesta quarta-feira para o plenário. Tudo vai depender do quórum da sessão. São necessários pelo menos 41 senadores para que a votação ocorra. Tanto na CCJ quanto no plenário, a indicação precisa de maioria simples, metade mais um dos presentes, para ser aprovada

Corpo a corpo

Desde que foi indicada para o cargo de procuradora-geral da República, Raquel Dodge visitou gabinetes de vários senadores. Esses encontros são uma tradição para indicados a esse posto e, segundo Raquel Dodge, servem para demonstrar respeito à instituição.

A subprocuradora não conseguiu visitar os 81 senadores. Ontem (11), na véspera de sua sabatina, se encontrou com a bancada do PSD e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira.

Histórico

Com 587 votos, Raquel Dodge foi a segunda mais votada em uma escolha feita entre procuradores de todo o país. Na primeira colocação ficou o vice-procurador Eleitoral, Nicolao Dino, com 621 votos, e em terceiro Mauro Bonsaglia, com 564 votos.

A lista tríplice foi criada em 2001 e é defendida pelos procuradores da República como um dos principais instrumentos de autonomia da carreira. De acordo com a Constituição, o presidente da República pode escolher qualquer um dos mais de 1,4 mil membros da carreira em atividade para o comando da PGR.

Mestre em direito pela Universidade de Harvard e integrante do Ministério Público Federal há 30 anos, Raquel Dodge é subprocuradora-geral da República e atua em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça.

Pelo terceiro biênio consecutivo, ela ocupa uma cadeira do Conselho Superior do Ministério Público. A possível futura procuradora-geral da República foi procuradora federal dos Direitos do Cidadão adjunta e auxiliou a redação do 1° Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.

A sabatina de Raquel Dodge, indicada pela Presidência da República para o cargo de Procuradora-Geral da República (PGR), foi marcada para a próxima quarta-feira (12), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Nesse mesmo dia, haverá a votação também da indicada. O relatório foi lido pelo senador Roberto Rocha (PSB-MA), na reunião desta quarta-feira (5). O relator destacou o que chamou de “louvável trajetória” da indicada no parecer. O presidente da comissão, senador Edison Lobão (PMDB-MA), concedeu vista coletiva após a leitura.

Raquel Dodge deverá ocupar o posto a partir do dia 18 de setembro, quando termina o mandato do atual procurador, Rodrigo Janot, em caso de aprovação pelo Senado após sabatina na CCJ. O mandato é de dois anos.

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Experiência

Como determina o Regimento Interno do Senado, na mensagem consta uma argumentação feita pela própria procuradora à respeito da sua indicação. Neste documento, a indicada invoca o testemunho de seus próprios colegas, que a elegeram para integrar a lista tríplice à direção da PGR, como uma demonstração de preparo técnico e condição moral para exercê-lo.

Raquel Dodge lembra os 30 anos como membro do Ministério Público Federal (MPF), tanto na defesa dos direitos humanos quanto na área criminal. Ela também lembrou sua eleição para coordenadoria da área criminal do MPF (2010-2014), e para outros três mandatos no Conselho Superior.

O fato de oficiar desde 2008 em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça (STJ) também é citado em sua trajetória, o que somados aos seus quatro anos coordenando a área no MPF, lhe concede uma "ampla experiência no combate à criminalidade".

Além das áreas de direitos humanos e de combate ao crime, a procuradora também menciona outras áreas nas quais atuou no MPF, como na defesa do patrimônio público, dos índios e minorias (demarcação de terras, resolução de conflitos, construção de escolas e saúde indígena), do meio ambiente, do consumidor e da ordem econômica e eleitoral. "Tudo isso me deu um amplo e profundo conhecimento de todas as áreas em que atua o Ministério Público Federal", acrescentou.

Casos

Em sua trajetória na área criminal, a procuradora ainda cita sua participação nas equipes que investigaram e processaram Hildebrando Pascoal e o Esquadrão da Morte no Acre (em 1999), assim como na operação Caixa de Pandora, que resultou na primeira prisão de um governador de estado em pleno exercício do cargo (no caso a prisão preventiva de José Roberto Arruda em 2009, então governador do Distrito Federal).

Na área da tutela coletiva, também é destacado por Raquel Dodge o conjunto de ações sob sua alçada que resultaram em repasses orçamentários maiores para a área de saúde pública.

O senador Roberto Rocha (PSB-MA) será o relator da indicação de Raquel Dogde para o cargo de procuradora-geral da República, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A escolha foi feita pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE). A procuradora deve substituir Rodrigo Janot, que termina o mandato em 17 de setembro. A sabatina para confirmar Raquel Dogde no cargo será antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho.

Após sabatina na CCJ, a indicação de Raquel Dogde precisa ser aprovada pelo plenário do Senado.

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Na lista tríplice enviada ao presidente da República, Michel Temer, o vice-procurador Eleitoral, Nicolao Dino, foi o candidato mais votado pelos membros do Ministério Público Federal em todo o país, com 621 votos, seguido de Raquel Dodge (587 votos) e Mauro Bonsaglia (564 votos).

Mestre em Direito pela Universidade de Harvard e integrante do Ministério Público Federal há 30 anos, Raquel Dodge é subprocuradora-geral da República e atua em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pelo terceiro biênio consecutivo, ela ocupa uma cadeira do Conselho Superior do Ministério Público. Raquel Dogde foi procuradora federal dos Direitos do Cidadão Adjunta e participou da redação do 1° Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.

A sabatina do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no último dia 21, requentou o debate político sobre a forma de escolha dos ministros da Corte hoje feita pelo presidente da República com aprovação do Senado. O próprio Moraes propõe em tese de doutorado um modelo distinto ao que está em vigor no País.

Pesquisadores em Direito Constitucional ouvidos pela reportagem defendem atualização da lei brasileira em favor de maior participação de representantes sociais e políticos no processo de seleção dos magistrados. Já no Legislativo, existem atualmente 24 proposições de mudança desse processo em tramitação no Congresso desde 2001. Os dados fazem parte da pesquisa do consultor legislativo do Senado, Roberto da Silva Ribeiro.

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Criado à semelhança do modelo norte-americano, o processo brasileiro estabelece que, para ser um dos 11 ministros do Supremo, é preciso ser indicado pelo presidente da República e, ato seguinte, ter indicação aprovada em sabatina por senadores. De acordo com os requisitos constitucionais, o pretendente deve ter notório saber jurídico e reputação ilibada. O mandato se estende até a aposentadoria compulsória aos 75 anos.

O principal risco que esse formato tem oferecido, segundo os pesquisadores, é a prevalência de critério essencialmente político na escolha do nome pelo chefe do Executivo potencializada pelo descompromisso do Senado em, de fato, testar as capacidades técnicas do postulante, já que o candidato pode ser encarado como um aliado que não precisa ser tratado com rigor. "Embora as últimas sabatinas tenham melhorado, ainda é um mecanismo pró-forma", afirma Marcelo Figueiredo, professor da PUC-SP.

Já nos Estados Unidos, a arguição dos candidatos à Suprema Corte no Senado é considerada bem mais severa. "Lá, o candidato é altamente escrutinado sobre sua vida profissional e pessoal", diz Figueiredo, acrescentando haver vários casos de não aprovação de indicados ao Supremo nos EUA.

"Aqui no Brasil, somente um nome foi rejeitado, um médico, no período da Primeira República (1889-1930)", diz o autor do livro Teoria da Justiça Constitucional, André Ramos Tavares, professor de Direito na USP e na PUC-SP. Para ele, o modelo de escolha de ministros do STF no Brasil está falido. "É um formato essencialmente político. Depositamos toda a confiança no presidente da República, mas hoje ele já não é essa 'força motriz do presidencialismo', como já escreveu Alexandre de Moraes. O presidente hoje é refém das coalizões", afirma Tavares.

Constituinte. Entusiasta da mudança, Tavares questiona o abandono de uma antiga proposta em defesa de novas normas para o STF pensada pelo partido que ocupou 13 anos o Palácio do Planalto, o PT. "Na Constituinte, o partido brigou por um Tribunal Constitucional (estrutura do Judiciário que só julga matérias constitucionais)", destaca. A ex-presidente Dilma Rousseff teve cinco oportunidades de requentar o debate com suas cinco indicações de ministros ao Supremo.

Dentre as propostas de atualização do modelo brasileiro, vindas tanto do Legislativo como do meio acadêmico, a de ampliar as vozes de quem deve indicar os nomes é a mais predominante. "Não interessa a ninguém que o Supremo seja uníssono", diz Tavares.

A procuradora do Estado e vice-presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, Maria Garcia, defende até uma campanha entre instituições em prol de mudanças. "Do jeito que está, é nomeada uma pessoa que nem sempre passou pelo jurídico, ou que passou, mas tem carreira meramente política."

Em tramitação. No Legislativo, a proposta que se encontra em estágio mais avançado é a de emenda à Constituição (PEC) 35, de 2015, do senador Lasier Martins (PSD-RS) por estar pronta para deliberação pelo plenário do Senado. O parlamentar propõe que os ministros do STF sejam escolhidos a partir de uma lista tríplice elaborada pelos tribunais superiores, Tribunal de Contas da União, procurador-geral da República e pelo presidente da Ordem dos Advogados da União (OAB). Estabelece também um mandato de 10 anos e inelegibilidade por cinco anos após o término do mandato.

Para o consultor legislativo, no entanto, a proposta mais "meritória" é a do hoje governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA). O texto defende a participação de várias partes, como colegiados de faculdades de Direito, OAB, Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público, Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça e as duas Casas do Congresso. Dino propõe um mandato dos ministros do STF de 11 anos sem recondução. "A proposta confere maior legitimidade democrática ao processo, na medida em que faculta a participação dos órgãos de representação popular, bem como fortalecendo a autonomia do Judiciário", diz Ribeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Magno Malta (PR/ES) perguntou ao ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes se ele 'não tem vergonha' de ter feito lobby para ser aprovado ministro do Supremo Tribunal Federal. "O sr. que está servindo um governo, o sr. não tem vergonha de ter feito um lobby de gabinete em gabinete (no Senado)? É hipocrisia demais", provocou Malta.

A arguição do senador capixaba ocorreu mais de sete horas depois de iniciada a sabatina de Moraes na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Moraes ouviu as indagações de Magno Malta. O senador lembrou que o candidato de Temer era filiado ao PSDB até dias atrás, quando foi indicado para o Supremo.

"Vou fazer dezesseis anos aqui (no Senado) e todos os ministros (do Supremo) que aqui foram indicados foram no meu gabinete. Alguns acompanhados pelos seus respectivos senadores, e muitos estão sentados aqui", disse o senador.

"Se isso é lobby, o indivíduo foi lá levar o seu currículo que é o que menos interessa. Porque o indivíduo, quando chega na condição de ser indicado para um tribunal superior, é porque currículo ele tem", seguiu Magno Malta. "Eu quero saber o posicionamento do indivíduo, eu quero que ele fale, que ele faça reverberar para a sociedade as suas crenças para que nós possamos saber quem está indo para o Supremo."

"Alguns chegam aqui e vendem a mãe. Porque mentem tanto e, quando põe a toga, chega lá no Supremo é completamente diferente. Ah, mas o sr. é ligado a um partido político. Nisso aí Temer errou, ter indicado você, sinceramente. Ele poderia ter aprendido com Lula."

Com ironias, o senador citou o ministro Dias Toffoli, que chegou à Corte máxima por indicação do ex-presidente petista. "Lula indicou um rapaz que ninguém sabia quem era, o PT não o conhecia, jovem, nem o Brasil. Eles não sabiam. Ele (Lula) indicou assim, para mostrar que não é igual os outros, indicou um rapaz chamado Toffoli, você o conhece? Ele não era do PT, ele não tinha ficha assinada no PT, ele não trabalhou na liderança do PT na Câmara, ele não foi advogado do PT, ele não foi da Advocacia-Geral da União."

'Ah, brincadeira tem hora. A gente fica perdendo tempo com hipocrisia. Eu quero relembrar a Nação, exatamente porque há uma amnésia coletiva."

Alexandre de Moraes disse nesta terça-feira, 21, que a condução coercitiva impede 'o mal maior'. "Eventualmente, entre a intimação (do suspeito) que pode gerar uma supressão de provas e a decretação de uma prisão temporária ou preventiva, a jurisprudência vem construindo esse meio intermediário que seria a condução coercitiva", declarou Moraes, que está sendo sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

"A questão de condução coercitiva deve ser analisada caso a caso, quem analisa no momento a necessidade ou não de uma condução coercitiva é o magistrado da causa", disse Moraes, que foi ministro da Justiça durante nove meses e licenciou-se do cargo depois que o presidente o indicou para ocupar a cadeira que foi de Teori Zavascki.

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"O juiz analisa perante os requisitos. Os tribunais vêm corroborando. O juiz pode, eventualmente, determinar de imediato uma condução se entender que eventual intimação pode gerar uma supressão de provas. Esse é o entendimento que os tribunais vêm tendo atualmente", disse.

Para Moraes, a condução não é decretada pelo fato do investigado não atender a intimação da autoridade policial. "Às vezes, o magistrado entende que na intimação pode haver uma supressão de provas. A lei determina primeiro a intimação, mas exatamente para impedir o mal maior, a condução coercitiva pode ser decretada."

Os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado estão sabatinando o indicado do presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moares, negou que tenha cometido plágio em livro e que tenha envolvimento com o PCC.

Ao responder à perguntar sobre a suposta cópia de trechos de uma obra do jurista espanhol Francisco Lorente, Moraes disse que essa é uma informação inverídica, inventada por “uma pessoa rancorosa” por não ter sido aprovada em processo de seleção para professor da Universidade de São Paulo. "Absolutamente difamatório", frisou. Segundo ele, a viúva de Francisco Rubio foi induzida por um repórter a afirmar que ele teria cometido plágio. “Mesmo assim, o que ela disse foi que ‘se’ tivesse havido a cópia, não seria algo bom”.

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Sobre as acusações de envolvimento com o PCC, ele informou aos senadores que a história foi disseminada na internet em 2015, quando ele assumiu a Secretaria de Segurança Pública em São Paulo, e que se trata de uma “calúnia”. "Algo difamante. Ações principais por indenizações foram ajuizadas porque não posso permitir ofensas à minha honra. Ingressei contra outros sites, mas parece erva daninha. As informações vão proliferando", disse.

Conflito de interesses

Sobre a atuação da esposa, Viviane de Moraes, que é advogada, ele disse que não há qualquer conflito de interesse. Mais cedo, senadores da oposição usaram esse argumento para tentar adiar a sabatina, mas a questão de ordem foi indeferida pelo presidente do colegiado, o senador Edison Lobão (PMDB-MA).

"A minha esposa é advogada. E eu pergunto: qual é o problema?”, disparou. “Minha esposa tem que abdicar de todos os cargos e ficar em casa, mesmo não querendo?", questionou. Moraes disse ainda que dois dos três filhos estão cursando direito e que não vê impedimento na futura atuação deles e o trabalho dele, caso tenha o nome aprovado para o Supremo.

Imparcialidade

Ao responder ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre a sua capacidade de agir com neutralidade, Moraes disse acreditar que está plenamente "capacitado" e que mesmo a sua indicação pelo presidente Michel Temer não teria influência em sua atuação, como se tivesse que fazer "um favor político". "Me julgo capaz de atuar com absoluta neutralidade e imparcialidade dentro do que manda a Constituição, além das questões partidárias. O objetivo único é aplicar a Constituição, e a Constituição é apartidária".

Ele disse ainda que não há incoerência em aceitar a indicação, mesmo tendo defendido, em sua tese de doutorado, que ministros de Estado não fossem indicados ao STF por não terem condições de exercerem com isenção o cargo. "Se aprovado for, atuarei com absoluta independência e imparcialidade. Jamais atuarei no sentido de que a indicação tenha qualquer ligação de favor político".

Em fala inicial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, defendeu que a Justiça brasileira seja mais célere. Ele está sendo sabatinado nesta terça-feira (21) como parte do processo de indicação ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Acredito e sempre acreditei, ao prever o princípio da eficiência, na necessidade da razoável duração dos processos e celeridade processual. Um país de alta litigiosidade precisa de mecanismos para garantir celeridade processual", disse ele, ressaltando que há cerca de 100 milhões de processos no país ainda não concluídos. O jurista defendeu também que as audiências de conciliação sejam mais utilizadas para evitar a judicialização de casos.

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Em declaração de cerca de 30 minutos, Moraes apresentou a sua atuação jurídica, salientando  “a flagrante e urgente necessidade de aproximar a Justiça do povo brasileiro com a aplicação rápida e segura da Constituição e da lei”. Rebatendo as críticas à sua indicação, ele disse ainda que sempre pautou a carreira profissional na "ética e respeito ao ideal republicano".

“Reafirmo minha independência, meu compromisso com a Constituição Federal e minha devoção pelas liberdades individuais”, frisou.

Moraes irá responder às perguntas dos senadores e depois terá o nome votado pelo plenário da CCJ. Sendo aprovado pela maioria simples, a indicação seguirá para a apreciação do plenário do Senado.

O presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), acredita que essa votação será realizada até esta quarta-feira (22), caso a sessão na CCJ se estenda até a noite.

Logo após o início da sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em que será sabatinado o indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a oposição apresentou requerimentos para tentar adiar a sabatina. No entanto, as questões de ordem apresentadas foram indeferidas pelo presidente do colegiado, o senador Edison Lobão (PMDB-MA).

O primeiro pedido foi do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que alegou que Moraes não informou ao Senado que a esposa dele é sócia de um escritório de advocacia que lida com áreas que são da responsabilidade da Corte.

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Ao fazer a contradita, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ressaltou que não há vínculo entre o trabalho em um escritório de advocacia "porque o advogado é livre, sem vínculo, sem subordinação, sem constrangimento". O relator da indicação de Moraes na CCJ, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), também seguiu esse discurso e lembrou que o documento assinado pelo indicado se refere à sua atividade atual, que é a de ministro de Justiça - da qual ele está licenciado. Em seguida, Lobão indeferiu a questão de ordem e o plenário manteve a decisão.

A segunda questão de ordem foi feita pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) questionando a reputação de Alexandre de Moraes. Ela citou uma investigação, que está sendo feita em sigilo, sobre supostos pagamentos indevidos a uma empresa em nome de Moraes quando ele era secretário de Transportes de São Paulo. Em manifestação, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o STF arquivou de forma liminar a investigação e que o caso pode ser questionado pelos senadores durante a sabatina.

Novamente, o presidente do colegiado, Lobão indeferiu a questão de ordem e o plenário também manteve a decisão.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também pediu que a sabatina fosse adiada para que a população pudesse participar efetivamente, após diversas manifestações negativas da sociedade civil sobre a indicação de Moraes. Lobão também indeferiu a questão de ordem.

Em seguida, Alexandre de Moraes foi chamado à sala de reuniões da CCJ, onde ele faz o pronunciamento inicial, para em seguida ser sabatinado pelos senadores. Já há 25 senadores inscritos para fazer perguntas.

Integrantes da cúpula do PSDB traçaram nesta segunda-feira, 20, a estratégia que irão adotar na sabatina do ministro licenciado do ministério da Justiça Alexandre de Moraes, para o Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão está prevista para ser realizada nesta terça-feira, 21, a partir das 10 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Segundo integrantes da bancada do PSDB, partido ao qual Moraes foi filiado, a ideia é se concentrar apenas em questões técnicas e evitar temas polêmicos que deverão ser explorados por integrantes da oposição. "Vamos ficar muito mais na área técnica. Não vamos ficar questionando assuntos que não são pertinentes, como qual é a linha ideológica dele. Não há porque perguntar isso", afirmou o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC).

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De acordo com ele, não foi discutida dentro da bancada e por parte de lideranças da base aliada uma estratégia para encurtar o tempo da sabatina com intuito que a votação da indicação também seja feita amanhã pelo plenário do Senado.

Durante a sessão, cada senador terá dez minutos para formular seus questionamentos, e Moraes terá o mesmo tempo para responder. São previstas também réplica e tréplica, de cinco minutos cada. A sabatina não tem limite de tempo. A última, realizada em março de 2015 com Edson Fachin, durou mais de 12 horas.

"Não há nenhuma combinação no sentido de abreviar o debate. Acho que a melhor forma para não ter nenhum quesito depois é fazer a sabatina com total liberdade para todos se colocarem. Também não temos nenhuma preocupação quanto a possíveis ataques da oposição. Em sabatina não cabe a nenhum senador fazer a defesa ou ajudar", considerou o tucano.

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