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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sabatina na próxima terça-feira, 24, os quatro indicados ao cargo de conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade): os advogados Lenisa Prado, Luiz Augusto Hoffmann e Sérgio Costa Ravagnani, além do economista Luiz Henrique Bertolino Braido.

De acordo com a assessoria do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), outros dois indicados serão sabatinados no dia 1º de outubro: o superintendente-geral Alexandre Cordeiro, e o procurador-geral, Walter Agra. Ambos foram apontados pelo presidente Jair Bolsonaro para serem reconduzidos ao cargo.

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Na terça-feira, 17, foram lidos na comissão os relatórios de cada um dos indicados e concedidas vistas coletivas - o que é praxe no processo de sabatina. Antes de serem nomeados por Bolsonaro, os indicados precisam da aprovação da CAE e do plenário do Senado.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) leu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta-feira (18), o relatório à indicação de Antônio Augusto Brandão de Aras para o cargo de procurador-geral da República, na vaga decorrente do término do mandato de Raquel Dodge. A sabatina do indicado na CCJ foi marcada para a próxima quarta-feira (25), a partir das 9h.

Os integrantes da comissão vão sabatinar o subprocurador e, caso a indicação seja aprovada, seguirá para análise em Plenário. A gestão do procurador-geral tem duração de dois anos, sendo permitida a recondução.

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Lista tríplice

A indicação de Augusto Aras quebrou uma tradição seguida desde 2003, segundo a qual o nome é escolhido pelo presidente da República a partir de uma lista com os três mais votados em seleção interna dos procuradores. O presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu indicar um nome fora da lista tríplice, definida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Advocacia

Segundo o relatório de Eduardo Braga, o indicado declarou ser sócio do escritório de advocacia Aras e Advogados Associados S.S. Tal fato é permitido pelo direito brasileiro, já que Aras ingressou no MPF antes da promulgação da Constituição de 1988. Nesse caso, o membro do Ministério Público admitido antes da Carta pode exercer a advocacia, desde que não advogue contra a União.

No entanto, para ocupar o cargo e durante o período do mandato, deverá licenciar-se do exercício da advocacia e da sociedade, compromisso que foi reafirmado por Aras em carta dirigida ao relator.

“Se for honrado com a aprovação dessa alta Casa Legislativa, devolverei minha carteira de advogado à Ordem dos Advogados do Brasil, assim como retirar-me-ei da sociedade Aras Advogados Associados, certo ainda de que jamais exerci a advocacia contra a União, autarquias e fundações, obedecendo sempre os impedimentos legais previstos na Lei 8.906, de 1994”, reafirmou Aras na carta.

Biografia

Aras nasceu em Salvador (BA), em 4 de dezembro de 1958. Graduou-se bacharel em direito pela Universidade Católica de Salvador, em 1981; mestre em direito econômico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2000, com a dissertação A Causa e os Contratos; e doutor em direito constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 2005, com a tese Fidelidade Partidária: a perda do mandato parlamentar.

O indicado foi admitido por concurso público como professor da Faculdade de Direito da UFBA, onde lecionou por 18 anos. Atualmente é professor da Universidade de Brasília (UnB), onde leciona as disciplinas de direito eleitoral e direito empresarial, e da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU).

Ingressou no Ministério Público Federal (MPF) por concurso público, tendo tomado posse em 1987, no cargo de procurador da República. Em 1993, foi promovido a procurador regional da República e, desde 2011, é subprocurador-geral da República.

*Da Agência Senado

A sabatina do subprocurador Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, para ocupar o cargo de procurador-geral da República, poderá ocorrer no final de setembro, segundo a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadora Simone Tebet (MDB-MS). No entanto, ela adianta que a reforma da Previdência (PEC 6/2019) e a PEC Paralela (PEC 133/2019) continuam sendo prioridades do colegiado.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou um convite a Augusto Aras para participar da reunião de líderes desta terça-feira (10). As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

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*Da Agência Senado

 

O procurador especial Robert Mueller será interrogado no Congresso americano, na quarta-feira (24), sobre seu relatório detalhando as ligações entre a campanha eleitoral de Donald Trump e a tentativa da Rússia de interferir nas eleições de 2016, bem como as ações do presidente para obstruir esta investigação.

A 16 meses das eleições presidenciais em que Trump aspira a um segundo mandato, há muita coisa em jogo com essa aparição de Mueller, a primeira do procurador especial diante dos congressistas.

Os democratas esperam que o depoimento tenha impacto negativo na imagem de Trump, e alguns congressistas esperam até que as declarações de Mueller forneçam elementos importantes para iniciar um processo de impeachment contra o presidente.

A relutância de Mueller a se envolver com a política e com os planos dos republicanos de converter a audiência, que será televisionada, em uma disputa partidária digna de um reality show, ameaça deixar os americanos tão confusos quanto ficaram diante do relatório de mais de 400 páginas apresentado por ele em abril passado.

"As pessoas têm o direito de ouvir a verdade, da parte de Mueller, sobre o mau comportamento de Trump e sobre os atuais riscos para a segurança nacional", declarou Adam Schiff, congressista democrata e presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, uma das duas comissões que ouvirão Mueller na quarta-feira.

- Trump, absolvido ou não -

Finalizado em março depois de mais de dois anos de investigações sobre a suposta interferência russa para favorecer Trump nas eleições de 2016, o relatório Mueller documentou inúmeros casos de contato entre membros da campanha do atual presidente e agentes de Moscou, mas concluiu que não havia motivos para fazer acusações de conspiração criminal contra o presidente.

De acordo com o documento, Trump também tentou obstruir a investigação pelo menos dez vezes, mas Mueller se absteve de recomendar acusações criminais. À época, alegou que as políticas do Departamento de Justiça impedem que se acuse um presidente em exercício.

Trump, que em várias ocasiões descreveu a investigação de Mueller como uma "caça às bruxas" e como uma "fraude", declarou-se absolvido após a divulgação do relatório.

"O caso está encerrado! Obrigado", escreveu o presidente no final de maio, depois que Mueller falou publicamente pela primeira vez a respeito de sua investigação.

Margaret Taylor, especialista em governança da Brookings Institution, um think tank localizado em Washington, disse que a audiência é uma oportunidade para a opinião pública entender claramente o alcance das descobertas de Mueller.

"Não acho que os americanos entendam completamente as tentativas sistemáticas do Kremlin de interferir (na eleição de 2016) e como a campanha de Trump reagiu a isso", declarou Taylor em uma entrevista.

"Acho que há uma grande parte do país que só ouve o presidente dizer 'não houve conluio, não ouve obstrução', e para eles a história acaba aí", completou.

- A esfinge Mueller -

A esperada aparição de Mueller começa na quarta-feira, às 8h30, em Washington (10h30 de Brasília), no Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes (Deputados). Depois, seguirá no Comitê de Inteligência, a partir do meio-dia (horário local).

Os membros democratas e republicanos se revezarão em suas perguntas, em turnos de cinco minutos cada.

Mueller é considerado um osso duro de roer. O procurador cultiva uma reputação de "esfinge" por sua extrema reserva e já declarou no passado que preferia não testemunhar sobre o caso no Congresso.

Além disso, os representantes republicanos tentarão cortar qualquer tentativa de exposição ordenada e desviar a discussão para outras questões, apelando para minar a credibilidade de Mueller e os fundamentos de sua investigação.

"O trabalho fala por si, e o relatório é meu testemunho", afirmou Mueller em maio.

"O que ele não fará é ir além de seu relatório, como já disse", declarou à CNN o ex-vice-diretor do FBI Andrew McCabe, que trabalhou com Mueller.

McCabe destacou, porém, que, se as perguntas forem feitas de forma inteligente, especialmente as ligadas a sua opinião sobre se Trump violou (ou não) a lei, talvez os democratas possam tirar algum proveito disso.

Alguns especulam que Mueller, de 74, diretor do FBI por 12 anos, pode estar pronto para purgar alguns sentimentos depois de receber repetidos ataques por parte de Trump por suas descobertas.

"Se ele decidir que chegou ao fim de sua carreira e está chateado com a forma como seu relatório foi tratado, então, talvez ele seja mais loquaz", conclui Taylor.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, partiu para o ataque na tarde desta quarta-feira, 15, durante audiência na Câmara para explicar os cortes na Educação. Ao defender o uso de recursos recuperados de corrupção na área, afirmou ter a ficha limpa, não ter passagem pela polícia e ter sua carteira assinada. Em seguida, de forma irônica, provocou os deputados: "Fui bancário. Carteira assinada. Viu, azulzinha, não sei se vocês conhecem", afirmou, provocando vaias de parte dos parlamentares que assistia a audiência. Um coro se formou, com deputados gritando "demissão".

Weintraub foi convocado por parlamentares para explicar o contingenciamento na área da educação. Numa exposição de 30 minutos, uma versão revista da que ele expôs no Senado há alguns dias, o ministro defendeu a prioridade para creches e educação básica, irritando os parlamentares, por não falar diretamente sobre o contingenciamento determinado pelo governo.

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Diante das primeiras críticas ouvidas dos deputados Paulo Pimenta e Orlando Silva, Weintraub não ficou na defensiva e adotou um discurso também agressivo. Citou a ex-presidente Dilma Rousseff, numa referência a manobras nas contas que levaram ao pedido de impeachment. Mais tarde, a líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), questionou, dentre outros temas, se o ministro havia dito e se mantinha a fala de que "comunistas mereciam uma bala na cabeça".

"Eu sou comunista e estou aqui, ministro", disse Feghali. E ele, mais uma vez, aumentou o tom. "Não tenho passagem pela polícia por ameaça, agressão. Não tenho processo trabalhista. Minha ficha é limpíssima, não tenho mácula. Tiveram que voltar 30 anos na minha vida para obter um boletim ruim porque eu tinha arrebentado o meu braço, obtido de forma ilegal", disse. "Outra coisa, bala na cabeça, quem prega, não é esse lado aqui."

Diante dos gritos ele elevou o tom para falar sobre o ex-presidente Lula que, ressaltou "hoje está preso." O ministro afirmou que uma colega teria sido demitida por influência do ex-presidente, que teria pedido o cargo da funcionária à presidência do banco Santander, depois de ela fazer críticas ao ex-presidente. "O amigo do banqueiro e o Lula que pediu a cabeça da colega de profissão. Foi o Lula que humilhou e falou que era para o banco pagar o bônus para ele." Minutos depois, mais calmo, ele disse estar "aberto ao diálogo."

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, prometeu nesta quarta-feira, 24, ao participar de sabatina na rádio CBN, dobrar o contingente da Polícia Federal. "A PF é uma das coisas mais baratas do País frente ao resultado que dá. É uma polícia que dá lucro para o País", disse, citando a atuação da corporação nas fronteiras - mas sem fazer nenhuma referência à operação Lava Jato.

Para Haddad, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não entende de segurança, embora seja identificado com o tema. O petista criticou a proposta de redução da maioridade penal do adversário e afirmou que ela pode aumentar o problema, pois fará com que o crime organizado passe a recrutar integrantes cada vez mais jovens. "Ele (Bolsonaro) nunca aprovou um projeto de segurança em 28 anos de mandato", disse Haddad.

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Na sabatina, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que o PT fez ajustes em seu programa no segundo turno para contemplar pontos levantados pelos partidos que passaram a apoiar sua candidatura, como o PSOL. Também alterou temas que, segundo ele, estavam sendo explorados por Bolsonaro nas redes sociais. "Adversário pinça frase do programa, distorce, põe na internet e não vem para o debate para me deixar responder", acusou.

Ao responder as perguntas dos ouvintes, Haddad prometeu, entre outras coisas, cortar o auxílio moradia dos juízes.

Gás mais barato

O candidato do PT prometeu controlar o preço do gás de cozinha, como já havia feito em outras ocasiões, mas garantiu que não interferirá nos preços dos outros derivados da Petrobras. Segundo ele, é possível fixar o preço do botijão, que é item da cesta básica, em R$ 49, valor cerca de 35% menor que os atuais R$ 75.

Para o candidato do PT, o governo de Michel Temer já interferiu na política de preços da Petrobras ao criar o subsídio para o diesel, após a greve dos caminhoneiros. Atuar no segmento de gás é uma medida de cunho social, já que o botijão é item da cesta básica.

"Os caminhoneiros têm poder de fogo muito grande. Pararam o País e quase derrubaram o governo Temer. A dona de casa não tem. Vou cuidar da dona de casa. Vou controlar o preço do gás. No que não é item da cesta básica, não (vou interferir)", afirmou Haddad.

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, criticou a ausência do adversário Jair Bolsonaro nos tradicionais debates promovidos pelas televisões, e afirmou que isso acontece porque Bolsonaro "é um tolo" e não teria condições de defender uma ideia. Segundo ele, em quase 30 anos de mandato parlamentar Bolsonaro não fez nada para ajudar a população, e não seria agora que iria se destacar com propostas.

Entre os pontos que gostaria de debater está a segurança pública, que para Haddad não é um simples "dar uma arma para cada um", como pretende o adversário. O candidato do PT defendeu a criação de uma segurança pública única federalizada, e lembrou que apesar de dizer que vai tornar o País mais seguro, em 30 anos Bolsonaro não fez nada.

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"Ele (Bolsonaro) nunca fez nada pela segurança pública em sete mandatos. Nunca aprovou nada pelo Rio de Janeiro, nunca fez nada pelo Brasil. Ele diz que vai apertar tudo, mas apertar o que?", perguntou. "A minha proposta é de fácil compreensão, quero dobrar o efetivo das forças estaduais para proteger o cidadão como apoio da Polícia Federal. O crime não é mais local, é nacional", afirmou durante sabatina no jornal O Globo.

Outros temas, como a privatização, na avaliação de Haddad, também poderiam ser debatidos, mas afirmou que não está "no radar", apesar de admitir que poderia fazer algumas concessões, como planejava em São Paulo na época em que foi prefeito. "E em São Paulo eu organizei um processo de concessão do Anhembi, mas o Doria quis vender", lembrou.

Perguntado sobre uma possível privatização ou eliminação dos Correios, Haddad observou que apesar da evolução tecnológica que reduziu expressivamente a importância do serviço, em alguns lugares apenas os Correios têm acesso. Ele afirmou que para reduzir a falta de tecnologia nesses lugares pretende lançar um programa semelhante ao "Luz para Todos", que levou energia elétrica para milhares de brasileiros, o "Banda Larga para Todos".

Ele também se disse contra acabar com a reeleição, mas garantir a recondução única, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos.

Às vésperas da votação do segundo turno, Haddad avaliou que fez uma boa campanha e que se perder o pleito não vai ligar para dar parabéns a Bolsonaro, mas espera que o candidato do PSL ligue para se desculpar das ofensas cometidas durante a campanha. Haddad porém, afirmou que ainda não se deu por vencido. "Fiz uma boa luta até aqui e tenho até sábado para reverter o quadro", declarou.

Temor

Haddad disse que, ao contrário do ex-adversário Ciro Gomes (PDT), não vai deixar o País se Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de votos, vencer o pleito, mas admitiu, brincando, que também vai chorar.

Na sabatina, Haddad afirmou que mais do que a vitória de Bolsonaro, teme as pessoas que "sairão dos porões" se ele for eleito. "A gente tem medo do que vem com ele, ele próprio é um soldadinho de araque", afirmou a jornalistas. "Eu vou lutar em qualquer circunstância, mesmo sendo ameaçado", completou, afirmando não temer tanto o candidato, mas as pessoas "que vão sair dos porões" junto com o Bolsonaro, que já declarou admirar torturadores.

"Regimes autoritários criam fantasmas para vender uma vacina que não existe, temo muito o que pode acontecer se ele vencer, lamento inclusive por vocês (jornalistas) que vão perder a liberdade de expressão", avaliou.

Haddad informou durante a entrevista que ele e sua família estão sendo ameaçados por apoiadores do candidato do PSL e que condena as táticas usadas para enganar o eleitorado, citando o caso da bíblia que ganhou em um comício em Fortaleza e que posteriormente foi supostamente encontrada por um aliado de Bolsonaro no lixo. "Felizmente o ministro que me deu fez questão de vir até o Rio e me dar outra, mas isso (de jogar no lixo) nunca existiu", esclareceu Haddad.

O candidato também reclamou da divulgação pelo adversário de que seria ateu. "O Bolsonaro disse na TV que eu sou ateu, e ninguém faz nada sobre isso, e quem olha isso não vota no Haddad. E por acaso não sou, sou cristão, sou batizado, escolhi casar na igreja, batizei meus filhos na igreja", afirmou.

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 23, que a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PSL) no dia 6 de setembro acabou por beneficiar a campanha do capitão reformado e aumentou suas chances de se eleger. "Ninguém quer ser esfaqueado para ganhar uma eleição. O fato é que ele subiu dez pontos em uma semana no nosso tracking, isso é fato. Estava entre 18 e 19, o (candidato do PSDB Geraldo) Alckmin estava subindo, indo para o segundo turno com o PT, e ele (Bolsonaro) foi para 28 em dez dias, subiu um ponto por dia", afirmou o petista, em sabatina promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico e pela revista Época.

Ao responder sobre a dificuldade de conseguir apoios no segundo turno, Haddad afirmou que o PT nunca teve expectativas de trazer o PSDB para a fase final da eleição. O ex-prefeito de São Paulo lamentou o fato de Ciro Gomes (PDT) não estar a seu lado na campanha. "Fiz minha parte para defender o que considero um projeto democrático de País, sabendo que, em caso de vitória, preciso ampliar o governo para ser mais representativo da sociedade", disse.

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"Eu trabalhei com pessoas do PSDB tanto no Ministério da Educação quanto na Prefeitura (de São Paulo). Talvez eu seja o petista mais bem relacionado hoje com o PSDB. Eu não sei qual vai ser o futuro do PSDB na eventualidade de o Bolsonaro ganhar. Eles têm raiz social democrata, o que, na minha opinião, deveria ser valorizada. Acho lamentável que o PSDB tenha aderido à negação do que representa", continuou.

O candidato do PT respondeu sobre a participação do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (entre 2005 e 2012) em sua campanha, a despeito dos casos de corrupção na empresa - foi questionado se isso não seria um "mau sinal" para o eleitor.

"Ele não responde por nenhum desvio de recurso, não foi delatado por absolutamente ninguém. Foram delatados os diretores, que tinham 25, 30 anos de Petrobras. Eram de carreira, com dinheiro em paraíso fiscal. Gabrielli não tem nada a ver com (Nestor) Cerveró, Paulo Roberto Costa". Ao ser perguntado sobre os leilões do pré-sal, declarou que "não é papel desse governo definir leilão, e sim do governo eleito".

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, acusou nesta terça-feira, 23, o general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL), de ter cometido torturas durante a ditadura militar. Ele se referiu a uma afirmação feita pelo compositor Geraldo Azevedo num show na Bahia no último fim de semana criticando Bolsonaro e o vice. O artista pernambucano contou no palco que foi preso duas vezes durante a regime ditatorial, e que Mourão "era um dos torturadores".

"Bolsonaro nunca teve nenhuma importância no Exército. Mas o Mourão foi, ele próprio, torturador. O Geraldo Azevedo falou isso. Ver um ditador como eminência parda de uma figura como Bolsonaro deveria causar temor em todos os brasileiros minimamente comprometido com o Estado Democrático de Direito", disse Haddad em sabatina promovida pelos jornais O Globo e Valor Econômico e a revista Época.

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Quando perguntado sobre o emprego da palavra "fascista" para classificar o oponente, Haddad reiterou o que tem dito. "Ele tem como vice um torturador. Tem como ídolo um torturador, que é (o general Brilhante) Ustra. Para mim, isso é fascismo. Se vocês quiserem dar outro nome pra adocicar o Bolsonaro... Estamos diante de um bárbaro, que não respeita ninguém há 30 anos. É o pior dos porões".

Ao comentar a suposta compra de pacotes de envios de mensagens via WhatsApp para beneficiar Bolsonaro, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, ele fez um mea-culpa: "Cometemos um erro estratégico porque não supomos que iam usar WhatsApp para financiar campanha. A gente imaginava que as redes sociais teriam papel de impulsionamento, mas o que aconteceu no primeiro turno e pode acontecer agora não tem nada a ver. Estão driblando o velho caixa dois e criando um novo caixa dois. É o empresário pagar do próprio bolso para fazer emissão em massa de mensagens. Não imaginávamos", disse o ex-prefeito.

O candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) defendeu fazer uma reforma da Previdência no País, mas disse que detalhes como idade mínima e alíquota de contribuição terão de ser discutidos em uma "mesa de negociação" após o início de um eventual governo.

"Não tem tabu de discutir todas as variáveis, mas tem que sentar e negociar. Tem várias partes envolvidas", declarou Haddad, durante sabatina promovida por Folha de S.Paulo, UOL e SBT na capital paulista.

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O candidato afirmou que há "coisas úteis" na proposta apresentada pelo governo Michel Temer, mas ponderou que "os pobres pagarem a conta da crise não é razoável". O candidato defendeu que os regimes próprios de Previdência deveriam ser o objetivo inicial da reforma. "Muitos governadores e prefeitos não vão conseguir pagar suas contas", justificou.

Banco Central

Na sabatina, Fernando Haddad declarou ter uma "boa relação pessoal" com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, mas disse que o convite para um eventual governo está condicionado à concordância com as bases do programa de governo.

Ele reforçou que pretende promover uma reforma bancária já no primeiro ano de gestão, aumentando impostos para bancos que cobram juros mais altos do consumidor e reduzindo para instituições que forneçam crédito barato à população. Nas palavras de Haddad, Ilan veria essa ideia com "bons olhos".

Com a reforma bancária, Haddad disse entender que o papel do BNDES pode ser "repensado" e que os subsídios da instituição para empresas e setores específicos não precisariam existir nesse cenário. "Entendo que, com a reforma bancária que vamos fazer, os juros para o tomador final vão cair muito no Brasil", declarou.

Bolsonaro

Após o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) acusar o PT de tentar promover uma "fraude" nas eleições de outubro, Haddad cobrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifeste em relação às declarações, dadas no domingo (16) pelo deputado no hospital onde está internado.

"Espero que o TSE se manifeste em elação a essas acusações que estão sendo feitas porque, na verdade, quem garante a lisura do processo é o TSE", disse Haddad, durante sabatina. "TSE não é petista, acabou de cassar a candidatura do presidente Lula desautorizando a ONU", afirmou o presidenciável do PT.

Ao comentar declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, Fernando Haddad afirmou que pessoas no governo do presidente Michel Temer "falam pelos cotovelos". Após o ataque contra Jair Bolsonaro, o militar disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, que a legitimidade de quem for eleito em outubro poderá ser questionada.

"Quem comanda as Forças Armadas é o presidente da República. Hoje acontece essa dispersão porque não há autoridade. Como você tem um presidente que não tem nenhuma autoridade, fala todo mundo pelos cotovelos", disse o candidato do PT.

Haddad prometeu ainda, em um eventual governo, demitir qualquer funcionário de cargo de confiança que defenda intervenção militar. "Se for cargo de confiança, está na rua no dia seguinte. Não se brinca com a democracia", declarou. Se um militar da ativa fizer a defesa, pontuou, sofrerá ato disciplinar como está previsto em regimento.

Lava Jato

Haddad defendeu punição contra "delator mentiroso" ao falar sobre a Operação Lava Jato. O presidenciável negou intenção em cortar as investigações no País, mas defendeu mudanças na legislação que envolve colaborações premiadas.

"Temos que estabelecer regras mais precisas sobre as punições para o delator mentiroso (...). Na regra geral, o corruptor é o que mais mentiu, então nós temos que corrigir algumas pequenas falhas para evoluir nas investigações", defendeu o ex-prefeito de São Paulo.

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, comentou a prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e a operação que teve como alvo o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), acusado de corrupção. Em sabatina ao jornal O Globo na manhã desta quinta-feira, 13, Alckmin se disse surpreso com os acontecimentos e afirmou que "as pessoas citadas devem se explicar".

"Toda a sociedade brasileira quer que se punam os culpados e absolvam os inocentes. Não passamos a mão na cabeça de ninguém", disse o ex-governador de São Paulo.

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O candidato afirmou também que foi o único do partido que votou contra a reeleição de Aécio Neves (PSDB) na sigla e que, na época, "não tinha denúncia nenhuma contra ele". "Foi prorrogado contra a minha posição (direção do partido), assim como fui contra ingressar no governo Temer", declarou. Alckmin disse também que nunca teve liderança no partido e que se dedicou oito anos ao governo do Estado.

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, negou uma mudança de tom com o PT após recuo nas pesquisas eleitorais. "Eu estou no mesmo tom", disse, durante sabatina à CBN, nesta quinta-feira, 13.

Marina tem recuado nas últimas pesquisas de intenção de voto e perdeu espaço para concorrentes do mesmo espectro político, como Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). A estratégia inevitável, segundo especialistas, seria tentar abocanhar parte desse eleitorado de esquerda e buscar o voto dos "petistas desiludidos" com os escândalos de corrupção.

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A ex-ministra voltou a associar Haddad à ex-presidente Dilma Rousseff. "Dilma foi indicada pelo presidente Lula. Chancelada pelo presidente Lula e agora está sendo apagada, como se não houvesse governo Dilma/Temer", disse, reforçando que, por causa da impopularidade de Temer, o partido quer apagá-la.

O recuo nos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto foi amenizado por Marina, que reconheceu dificuldades diante da falta de recursos e pouco tempo de TV. Mas contrapôs: "Fiquei estável em segundo lugar durante muito tempo. E as pessoas não me consideravam. Diziam que eu não era viável".

A candidata voltou a negar a pecha de que não se posiciona sobre temas polêmicos. "Quem não está debaixo do guarda-chuva vermelho ou azul, não existe. Eu não me posiciono como o PT se posiciona, como o PSDB se posiciona. A sociedade está percebendo que existe algo além desses guarda-chuvas", disse.

Sobre a cláusula de barreiras e o possível dois pesos e duas medidas da candidata ao defender a redução de partidos, mas, ao mesmo tempo, demandar mais tempo de TV para a Rede, uma sigla pequena e recém criada, Marina esclareceu: "defendo cláusula de barreira, mas não pena de morte para os partidos". A candidata afirmou que o sistema é desenhado para favorecer grandes siglas e que o objetivo é "só pode ganhar um partido que vai ser contra a Lava Jato".

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira, 12, que o posicionamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com relação à definição da candidatura petista deve ser relativizado por sua condição de preso. Em sabatina no jornal O Globo, ele criticou o PT pela decisão de só anunciar Fernando Haddad na terça-feira (11) - o que chamou de "desatino" -, mas eximiu Lula (preso pela Lava Jato após condenação em segunda instância).

"O Lula a gente tem que relativizar, ele está isolado, é muito doído. Somos amigos, já brigamos, eu o apoiei em todos os momentos dos últimos 16 anos, abri mão de ser candidato (a presidente). Eu aguentei em nome do Brasil. Agora, o Lula perdeu os grandes amigos, Márcio Thomaz Bastos, Luiz Gushiken morreu, o (Antonio) Palocci está preso, o José Dirceu sofreu esse constrangimento, ele perdeu Dona Marisa. Hoje, está cercado de puxa-sacos, perdeu a percepção genial da realidade."

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O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira, 12, que o candidato do PT, Fernando Haddad, se eleito, será "presidente por procuração de Lula", comparando o ex-prefeito de São Paulo à ex-presidente Dilma Rousseff em termos de "inexperiência" para ocupar o Palácio do Planalto.

Ciro criticou o PT por só ter anunciado Haddad no lugar do ex-presidente Lula nesta terça-feira, 11, e afirmou que o partido "só pensa em si, não no Brasil". O pedetista participa de sabatina no jornal "O Globo".

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Ao comentar o convite que recebeu do PT para ser vice de Lula quando a candidatura do petista foi posta em xeque pela Lei de Ficha Limpa, disse: "Veio Dilma, Roberto Requião intermediando essa conversa. O Brasil não precisa de presidente por procuração. Sou amigo de 30 anos do Lula, estive na luta contra o impeachment, dois terços dos votos do Ceará foram contra, fui ministro dele. Mas o Brasil não aguenta outra Dilma", afirmou.

Sem atacar Haddad, Ciro disse que o candidato não tem estofo para ocupar o Planalto por não conhecer o Brasil. "Haddad, não por demérito dele, não conhece o Brasil, não tem experiência, até ele saber onde fica a cabeça do cachorro, o Vale do Jequitinhonha, o Alto Solimões... Fica difícil. Minha crítica é a essa dinâmica, que se aproveita dessa generosa gratidão pela obra do Lula que o povo tem, para de repente você agora nomear uma pessoa. A gente já viu esse filme".

Para Ciro, o PT põe seus interesses acima das demandas nacionais. "O brasileiro tem que separar o justo interesse do PT e o interesse nacional, visto pelo ângulo mais progressista, solidário ao pobre, (que pensa nas) questões do petróleo, Eletrobras, que estarão em jogo no voto agora. O PT muitas vezes dá demonstração de que só pensa em si. Neste casso, é flagrante isso. Todos eles sabiam que Lula não poderia ser presidente. Em vez de respeitar a inteligência do povo, manipularam", acusou.

Participando da sabatina da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife, nesta terça-feira (11), o governador Paulo Câmara (PSB) falou sobre assuntos diversos como a questão da segurança pública. O pessebista garantiu que a violência tem diminuído em Pernambuco mês após mês e chegou a afirmar que uma das principais avenidas da capital pernambucana, a Agamenon Magalhães, teve uma redução de 50%. Ele disse que o número era “irrisório” com relação aos anteriores. 

Para embasar seu argumento, o governador falou que a Operação Cerne, que segundo ele intensificou o policiamento no centro da cidade, continua funcionando diariamente e também abrangendo os bairros de Santo Amaro e São José. Apesar das reclamações de quem passa pela localidade sobre a quantidade de policiais na área, ele garantiu que foi montada uma “força-tarefa” para atuar no centro. 

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O governador também disse que o número de assaltos a ônibus diminuiu em 44% no mês de agosto. “O trabalho tem que continuar”, falou ressaltando que deve ser intensificado nos meses de outubro, novembro e dezembro. “Todo mês a segurança vai reduzir. A gente não vai deixar subir mais não”. Ainda na sua fala, o pessebista pontuou que estava muito determinado para fazer nos próximos quatro anos o que a crise não deixou fazer. “Eu não tenho dúvidas de que o Brasil vai melhorar”. 

Ainda na área da segurança, Câmara falou que agora toda delegacia tem um efetivo completo para cumprir as metas estabelecidas e citou a criação do Bope. “Um batalhão de prontidão 24 horas para casos extremos”. Também prometeu a realização de concurso anualmente para 500 vagas, no mínimo, podendo chegar até mil por prova. 

Emprego

O governador contou que pretende fazer "um pacto com a sociedade" para a geração de emprego de forma que os pernambucanos retomassem os empregos que foram tirados com a crise. 

“Pernambuco foi um estado muito afetado pela crise, em termos proporcionais foi o estado que mais foi afetado e a retomada do emprego que essa crise tirou é fundamental, por isso que a gente se preocupa em ampliar as parcerias com o comércio, com o setor de serviços, com a indústria, conversar muito para saber no que o estado pode ajudar na retomada desses empregos”, salientou. 

Ele voltou a falar que Pernambuco está crescendo o dobro do Brasil. “O Brasil melhorando a gente vai ter condições de nos próximos quatro anos retomar esses em pregos e isso é fundamental para que Pernambuco continue a fazer o que tem que ser feito em favor da sua população”.

 

Diante de uma plateia de dirigentes de câmaras de lojistas de cidades pernambucanas, o candidato a governador Armando Monteiro (PTB), afirmou que se for eleito pretende abrir um canal de diálogo permanente com o micro e pequeno empresariado. Na avaliação do petebista, o ambiente que se oferece no Estado para as empresas "é hostil". 

"Precisamos de uma política que trate de maneira amigável o empresário. É claro que o Estado precisa arrecadar, mas é preciso que se encontre o ponto de equilíbrio", afirmou o senador, durante uma sabatina promovida pela Federação dos Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE), no Recife.

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"Quando se fala em estimular a economia tenho dito que naquilo que depende da ação do governo a minha proposta é rever a substituição tributária. Tenho compromisso com isso. Os micro e pequenos é quem geram empregos, sempre tive essa compreensão. O mais importante que o governante deve fazer é oferecer um ambiente melhor para o setor poder operar", acrescentou. 

Armando disse que pretende implantar um sistema online para simplificar e fornecer os documentos aos empresários. "É preciso que o pagamento de tributos seja mais simples. Se não podemos reduzir os tributos é preciso que se reduza os custos das empresas simplificando o pagamento dos tributos", completou, citando que através do sistema online serão reduzidos cerca de 36 medidas burocráticas. Na visão de Armando, a cultivar brasileira é formada na burocracia e o governo dele deve criar uma assessoria que lide com a redução desses processos com o empresariado. 

Além disso, o candidato defendeu a criação de um Código Estadual de Defesa do Contribuinte e de um Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte. “Vamos verificar se isso se vincula ao Gabinete do Governador ou a Secretaria da Fazenda. Será um conselho paritário, com membros do setor produtivo e da Fazenda, para ser um fórum permanente de discussão de todos os temas que afetam a vida das empresas e se relacionam com a tributação. Hoje em Pernambuco mudam a toda hora a legislação causando um grande prejuízo a quem empreende”, alfinetou. 

Capacitação

Aos lojistas, Armando também observou que entre os atuais desafios do governo está a capacitação do capital humano e pontuou desafios na área da educação. "Na área da educação Pernambuco tem desafios muito grandes. No ensino médio avançou, no fundamental tem uma defasagem séria", observou o petebista, ao ironizar a propaganda do governo de Paulo Câmara (PSB) que aponta o Estado com a melhor educação do país.

Considerando que apenas 8% da população faz o ensino médio com atribuição técnica, o candidato voltou a dizer que pretende firmar parcerias com os municípios para melhorar o quadro. "A sociedade espera um longo ciclo para que se devolva a sociedade o que receberam ao longo do processo de formação. O desafio que temos de universalizar as escolas de tempo integral e ampliar a ligação do ensino médio com o técnico", afirmou Armando, dizendo ainda que pretende firmar uma parceria com o "Sistema S" para a capacitação de novos profissionais para melhorar o capital humano. 

O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) voltou a falar do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante sabatina promovida em pelo O Estado de S.Paulo em parceria com a Faap, em São Paulo. O pedetista detonou Bolsonaro ao falar que uma possível vitória do capitão da reserva será um “suicídio coletivo”.

A declaração aconteceu no momento em que Ciro falava sobre bom desempenho de Bolsonaro nas pesquisas de intenções de votos. Bolsonaro tem ficado em primeiro lugar em um cenário sem o ex-presidente Lula. O ex-governador do Ceará disse acreditar que o sucesso de Bolsonaro nas pesquisas é alavancado pelos “ricos, brancos, machos, basicamente esse lado mais truculento da sociedade, esse lado mais egoísta”.

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Apesar de falar sobre a boa colocação do rival, em seguida, Ciro disparou. “Mas, daí até ele ganhar a eleição, eu acho que o povo brasileiro não cometerá esse suicídio coletivo”, falou no evento realizado nessa segunda-feira (3). 

Ciro Gomes ainda ressaltou que Bolsonaro é um produto da elite brasileira. “Ele está interpretando um papel e a elite brasileira cobra ele no texto que ele decorou. Ele quer negar a política, como diálogo, como tolerância...Bolsonaro assumiu um personagem de teatro, ele sabe que um em cada cinco brasileiros, mais ou menos, é homofóbico, é misógino, é contra cota para negro, tem horror a pobre. Ele decorou esse papel”.

Na entrevista, ao ser questionado sobre uma possível nova paralisação dos caminhoneiros, ele também afirmou que em seu governo, caso eleito, “ninguém vai fechar estradas”. “Ninguém no meu governo vai fechar estrada para impedir pessoas doentes de transitar, para impedir de galinha chegar viva”, avisou. Ele ainda se comprometeu com uma política de preço séria na Petrobras. 

 

 

A sabatina do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, no Jornal Nacional, da TV Globo, foi marcada por polêmicas e por dois momentos de discussões intensas com os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.

A primeira discussão foi feita durante resposta a uma pergunta sobre a diferença salarial entre homens e mulheres. Bolsonaro disse que esta é uma questão que já está resolvida na Constituição. Renata Vasconcellos rebateu e perguntou o que ele pode fazer sobre o tema se for eleito e ele insinuou que o salário dela era menor do que o de Bonner.

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"Meu salário não te diz respeito", afirmou Renata. "O salário do senhor é pago com dinheiro público. Eu posso lhe garantir que jamais aceitaria receber um salário menor que um homem em uma função semelhante à minha."

Bolsonaro a interrompeu e disse que a Globo "vive em grande parte de recursos da União".

Em discussão posterior, Renata e Bonner tentaram evitar que Bolsonaro exibisse a cartilha "Aparelho Sexual e Cia", que, segundo ele, foi distribuída em escolas públicas.

Em outro momento, Bolsonaro disse que as falas do General Hamilton Mourão (PRTB), vice dele, sugerindo ação militar "estão em consonância com o que grande parte da população acredita". Em seguida, ele leu trecho de editorial do fundador da Globo, Roberto Marinho, em apoio ao Golpe Militar de 31 de março de 1964.

Ao final do telejornal, Bonner leu nota em que as Organizações Globo reconhecem que o apoio ao governo militar foi um erro. O texto é o mesmo lido pela jornalista Miriam Leitão em sabatina com o candidato no começo do mês, na Globonews.

     

O Roda Viva Pernambuco irá entrevistar, nesta terça-feira (28), a candidata a governadora de Pernambuco Simone Fontana (PSTU). A sabatina de hoje compõe a série de entrevistas que estão sendo realizadas com os candidatos ao Governo de Pernambuco. O programa inicia, às 22h15, na TV Nova Nordeste/TV Cultura, no Canal 22.1 (HDTV). 

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Nesta terça, o Portal LeiaJá, representado pela editora de política Thabata Alves, irá participar da bancada do programa. Também irão compor a cientista política Priscila lapa, Sávio Gabriel, Diario de Pernambuco; Pedro Soares, cientista político e Jairo Lima, da Folha de Pernambuco e Wellington Ribeiro, do Blog Ponto de Vista. 

A versão pernambucana segue o mesmo estilo do Roda Viva Nacional com convidados semanais, que respondem às perguntas de uma bancada formada por jornalistas e críticos. A mesa de debate também é destacada com um chargista, que apresenta desenhos sobre o tema tratado ao longo do debate. Pernambuco é o primeiro estado a receber uma versão do programa conhecido em rede nacional. 

A entrevistada desta noite, em 2016, foi candidata à Prefeitura do Recife. Professora da rede estadual, ela já foi candidata a senadora e a vereadora do Recife. Na última eleição, Simone Fontana tinha como uma das propostas valorizar os servidores da educação através do pagamento do piso salarial e também melhorar as condições de trabalho. 

Na próxima terça-feira (4), o candidato a governador entrevistado será Julio Lóssio (Rede). Já no dia 11 de setembro, será a vez do governador Paulo Câmara (PSB) participar do programa. Maurício Rands (PROS) e Armando Monteiro (PTB) participam do debate, respectivamente, no dia 18 e 25 de setembro. A escolha das datas foi feita mediante sorteio. 

Devido ao impasse jurídico referente à campanha do PT à Presidência, o jornal O Estado de S. Paulo decidiu suspender a sabatina com o candidato a vice pelo partido, Fernando Haddad, marcada originalmente para a próxima quinta-feira, dia 30.

No momento em que a questão estiver resolvida na Justiça Eleitoral, uma nova data será marcada para que o candidato do PT ao Planalto seja entrevistado.

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A série Estadão-Faap Sabatinas com os presidenciáveis continua nesta terça, dia 28, com duas entrevistas: às 10h, João Amoêdo, do Partido Novo, responderá a perguntas dos jornalistas do Estadão. Às 14h, será a vez de Marina Silva, da Rede.

Os dois eventos, gratuitos e restritos a convidados, terão transmissão ao vivo pelos sites do Estado e da Faap, pelos canais do jornal e da fundação nas redes sociais.

A série de sabatinas continua na semana que vem, com Ciro Gomes (PDT), em 4 de setembro; Henrique Meirelles (MDB), no dia 5; e Geraldo Alckmin (PSDB), no dia 6. As três entrevistas serão realizadas sempre das 10h às 12h.

A campanha de Jair Bolsonaro (PSL) recusou o convite do jornal Estado e da Faap para participar da série de sabatinas.

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