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O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que não se vê como adversário do PT, partido que deteve a hegemonia da esquerda por anos, e defendeu a necessidade de "construir projeto de esquerda renovado". As declarações foram dadas durante a segunda sabatina do Estadão nas eleições municipais da capital paulista, realizada nesta sexta-feira (16).

Boulos afirmou ainda que os projetos do presidente Jair Bolsonaro e dos tucanos João Doria, governador do Estado, e Bruno Covas, atual prefeito, estão "destruindo o País". "Por que eu vou ter o PT como adversário? Eu tenho que ter como adversário quem está destruindo o País com um projeto autoritário e quem está destruindo o Estado e a cidade com um projeto elitista", disse, em referência aos oponentes políticos.

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"Trabalhei muito para que a gente tivesse unidade de esquerda nessa eleição", alegou, defendendo que o grande desafio da atual disputa é derrotar o bolsonarismo, em primeiro lugar, e o "Bolso-Doria" - a maneira como ele se refere às políticas tucanas - em segundo lugar. Boulos é atualmente o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás justamente do candidato bolsonarista, Celso Russomanno (Republicanos) e do tucano Covas. Na pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada na quinta-feira, 15, o candidato do PSOL aparece 10% das intenções de votos enquanto Russomanno e o atual prefeito têm 25% e 22%, respectivamente.

"A nossa candidatura é aquela que se mostra capaz de evitar uma tragédia Bolso-Doria no segundo turno", defendeu, salientando o fato de que é o candidato da esquerda mais bem colocado. "Mesmo uma semana depois do início da propaganda eleitoral, onde eu tenho só 17 segundos, eu cresci 2 pontos (porcentuais). Cresci na (pesquisa) mesmo sem debate", afirmou.

Sobre o fato de pontuar bem entre os eleitores com maior renda e grau de escolaridade, apesar de apresentar uma pauta direcionada às periferias, Boulos afirmou que essa é a fatia do eleitorado que já o conhece. "Ninguém pode dizer que vai votar em quem não conhece. A minha taxa de conhecimento entre as pessoas de maior escolaridade é 80%", disse.

Ainda sobre a unidade das esquerdas, o candidato do PSOL se recusou a classificar o quarto colocado nas pesquisas, Márcio França (PSB), como um candidato desse campo. "Eu não vejo o Márcio França no campo da esquerda, ele é aquela velha biruta de aeroporto", afirmou, acrescentando o oponente socialista já foi vice-governador do tucano Geraldo Alckmin e chegou a apoiar Doria na disputa pela Prefeitura em 2016. "Como o (presidente Jair) Bolsonaro não quis apoiar ele aqui em São Paulo, ele ficou órfão e veio recorrer à esquerda", argumentou.

A chapa Boulos-Luiza Erundina recebeu o apoio do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da recém-criada Unidade Popular (UP), além de artistas historicamente ligados ao PT, como Caetano Veloso e Chico Buarque.

De terça-feira (20) a sexta-feira (23) da próxima semana, a Federação Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio) promoverá debates entre candidatos ao cargo de prefeito (a) dos municípios de Olinda e Jaboatão dos Guararapes. As sabatinas serão transmitidas através do YouTube e o critério adotado para selecionar quem iria participar dos debates foi a representação do partido no Congresso Nacional. 

Na posição de postulantes à Prefeitura de Olinda, participarão Marcos Freire Jr (Rede), Armando Sérgio (Avante), Celso Muniz (MDB), Guto Santa Cruz (PDT), João Paulo (PCdoB), Jorge Federal (PSL) e Professor Lupércio (Solidariedade). Arnaldo Delmondes (PCdoB), Anderson Ferreira (PL), Maíra Vilar (PDT), Belarmino Silva (Avante) e Daniel Alves (MDB) são os escolhidos para debater as propostas de gestão para Jaboatão dos Guararapes.

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As sabatinas aos candidatos serão conduzidas por Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE; Milton Tavares de Melo, presidente do Sindnorte; e Felipe Freire, presidente do Sindicom Jaboatão. Confira a programação de debates transmitidos pelo YouTube da Fecomércio:

Prefeituráveis de Olinda

20/10 – 15h – Marcos Freire Jr (Rede)

20/10 – 17h – Armando Sérgio (Avante)

20/10 – 19h – Celso Muniz (MDB)

21/10 – 15 h – Guto Santa Cruz (PDT)

21/10 – 17h – João Paulo (PCdoB)

21/10 – 19h – Jorge Federal (PSL)

21/10 – 20h - Professor Lupércio (Solidariedade)

Prefeituráveis de Jaboatão dos Guararapes

22/10 – 15h – Arnaldo Delmondes (PCdoB)

22/10 – 19h – Anderson Ferreira (PL)

23/10 – 15h – Maíra Vilar (PDT)

23/10 – 17h – Belarmino Silva (Avante)

23/10 – 19h – Daniel Alves (MDB)

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Em sabatina virtual realizada pelo Estadão nessa quinta-feira (15), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição, nacionalizou a campanha ao criticar o presidente Jair Bolsonaro por reduzir repasses federais à capital paulista. Segundo Covas, Bolsonaro "virou as costas à cidade" e o candidato apoiado pelo presidente, Celso Russomanno (Republicanos), que é deputado federal, não ajudou a cidade a buscar recursos.

"O presidente podia aproveitar então, já que está dedicado e focado na campanha do Celso Russomanno, (para explicar) por que ele diminuiu as transferências voluntárias à cidade de São Paulo em 97%, quando comparado o último ano da gestão (Michel) Temer com o ano de 2020", disse Covas. Transferência voluntária é o nome que se dá ao repasse de recursos da União. A conta exclui transferências obrigatórias, como repasse de dinheiro para o Sistema Único de Saúde (SUS).

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Procurado para comentar o assunto, o Planalto não respondeu.

DORIA E PSDB

Questionado sobre a ausência do governador João Doria (PSDB) na campanha, Covas garantiu que seu colega de chapa em 2016 deve aparecer nas peças da propaganda eleitoral. "Não tenho nenhum problema em mostrar pessoas que me apoiam. Não escondo meus apoiadores", disse o prefeito.

OBRAS

Covas negou que tenha deixado obras para este ano com intenção de angariar apoio eleitoral. Reportagem do Estadão mostrou que a previsão de gastos para obras e compras de equipamentos neste ano, R$ 10,6 bilhões, é 30% maior do que a média dos três anos anteriores - R$ 8,1 bilhões. "Não dá para governar a cidade apenas por três anos, sou prefeito até o dia 31 de dezembro e não vou ter receio de continuar a governar a cidade de São Paulo só porque vão levantar a possibilidade de que as ações são eleitoreiras.".

Entre as obras, há a reforma de 627 mil metros quadrados de calçadas. Segundo o prefeito, essas intervenções são resultado de um plano municipal que teve início há três anos e identificou os trechos mais utilizados e que estavam em piores condições.

RENDA MÍNIMA

O prefeito afirmou que há recursos em caixa para pagar uma complementação do auxílio emergencial federal para um milhão de pessoas até o fim do ano. Ele reiterou seu apoio a um projeto de lei do vereador Eduardo Suplicy (PT) que trata da transferência de renda. O Estadão mostrou ontem que Covas fez uma articulação nas redes sociais para que o projeto seja votado até dia 22.

Programas de transferência de renda são propostos por outros cinco candidatos à Prefeitura. Questionado se falar disso agora era uma reação a seus concorrentes, o prefeito disse que o assunto não havia discutido antes pois havia incerteza sobre a situação orçamentária. "Fomos tratando a cada semana com uma nova avaliação das contas públicas."

VOLTA ÀS AULAS

O prefeito reiterou sua decisão de reabrir escolas municipais apenas para atividades extracurriculares, sem o retorno de aulas com conteúdo curricular. Ele disse que a gestão municipal aguarda o resultado de pesquisas que devem mostrar quantos alunos e professores estão imunizados contra a covid-19.

"Estamos seguindo o recomendado pela área da Saúde. Não tenho satisfação em determinar fechamento de escola, mas sou responsável pela saúde dos alunos na rede municipal."

VALE DO ANHANGABAÚ

Alvo de críticas, a reforma do Anhangabaú foi defendida pelo prefeito como um investimento na retomada econômica da cidade. Os concorrentes de Covas têm questionado o valor da obra, calculado em torno de R$ 100 milhões. O tucano diz que o valor foi orçado durante a gestão de Fernando Haddad (PT) e apenas executado agora. "Levantamentos da Prefeitura mostram que, entre revalorização da região e geração de emprego e renda, nós temos um ganho na cidade de R$ 250 milhões por ano."

PERIFERIA

Covas refutou reclamações de que não fez obras na periferia e disse que a marca de sua gestão foi o investimento social. Ele diz que destinou R$ 900 milhões para construção de moradia, urbanização de favelas e regularização fundiária no orçamento municipal de 2021, que ainda deve ser aprovado pela Câmara.

"Só em Paraisópolis ampliamos os cinco equipamentos que a Prefeitura tem na área da saúde. Os 12 CEUs que nós inauguramos são na periferia da cidade", disse Covas. "Toda ação de ampliação de leitos hospitalares é para poder atender a população da periferia."

MORADOR DE RUA

Covas também foi questionado sobre proposta do seu plano de governo que prevê um hospital exclusivo para morador de rua e que, como o Estadão mostrou ontem, é considerado excludente por especialistas. "Eu disse que seria um hospital de referência e que ajudaria a rede a atender a população de rua." A campanha disse que vai corrigir o plano entregue à Justiça.

REPRESENTATIVIDADE

Ao responder uma pergunta sobre representatividade em seu secretariado, o prefeito afirmou que não está satisfeito com a falta de diversidade na gestão e que pretende aumentar o número de negros em cargos de gestão. "Não há nenhum secretário negro. Secretárias mulheres há cinco. E há a comandante da GCM, uma mulher negra".

TRATAMENTO

Desde 2019, Covas faz tratamento de um câncer metastático no sistema digestivo. Ele disse ontem que seus últimos exames foram "bastante otimistas" e que o tratamento de imunoterapia tem surtido efeito. "Os médicos estão animados, estou liberado para qualquer atividade e trabalho, sem restrições. Estou confiante."

O prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Bruno Covas (PSDB), aproveitou a sabatina do Estadão para as eleições 2020 nesta quinta-feira (15), para nacionalizar a campanha e criticar a queda no repasse de recursos federais pelo governo Jair Bolsonaro à capital paulista. Covas disse que Bolsonaro "virou as costas à cidade", e que o presidente deve explicações pela diminuição no envio de recursos. A declaração serviu de crítica também a seu principal concorrente na disputa, Celso Russomanno (Republicano), que é apoiado pelo presidente.

"O presidente podia aproveitar então, já que está dedicado e focado na campanha do Celso Russomanno, (para explicar) por que ele diminuiu as transferências voluntárias à cidade de São Paulo em 97%, quando comparado o último ano da gestão Temer com o ano de 2020", disse Covas aos jornalistas do Estadão.

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"Ele podia explicar por que virou as costas para a cidade de São Paulo nesses dois anos, e o candidato dele pode (Russomanno) explicar por quê, nesses dois anos, ele não ajudou a cidade de São Paulo a buscar esses recursos que foram reduzidos pela administração federal", disse o prefeito. Ele disse, no entanto, que apesar da queda em repasse de recursos voluntários, a Prefeitura conseguiu um total de R$ 2,5 bilhões com os governos estadual e federal para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Covas também evitou classificar a queda nos repasses como um "boicote deliberado", mas deixou aos espectadores a conclusão. "Vocês podem classificar o que é isso", disse.

Questionado sobre a ausência do governador João Doria (PSDB) em peças da sua propaganda política, ele disse que Doria ainda deve aparecer nos vídeos da campanha para mostrar obras que a gestão municipal tem feito em conjunto com o governo estadual. "Não tenho nenhum problema em mostrar pessoas que me apoiam, não escondo meus apoiadores."

O Senado fará a sabatina do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 21 de outubro. A data foi fechada em reunião de líderes partidários na manhã desta terça-feira (6).

O indicado do presidente Jair Bolsonaro para a vaga do decano Celso de Mello, que se aposenta no dia 13, será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de uma votação secreta no colegiado e no plenário, que pode acontecer no mesmo dia, a depender da duração da arguição. Para ser aprovado, Kassio Marques precisa de, no mínimo, 41 votos favoráveis entre os 81 senadores.

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A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), deve anunciar o relator da indicação na próxima quinta-feira, 8. Um dos cotados é o líder do MDB, Eduardo Braga (AM). Tebet pode, no entanto, escolher outro nome ou assumir a relatoria.

Indicado para o Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Jorge Oliveira deve ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no dia 20. Indicados de Bolsonaro para agências reguladoras, por sua vez, serão ouvidos por senadores no dia 19.

Bolsonaro volta a defender Kassio

Como vem fazendo desde a semana passada, Bolsonaro voltou a rebater críticas à indicação. O presidente destacou que Kassio tem sido acusado de "tudo" e tratado como "um dos bandidos mais procurados do Brasil". "Impressionante. Tudo que se aproxima de mim... Acusaram o cara de tudo, parecia até que ele era um dos bandidos mais procurados do Brasil", disse.

A escolha do mandatário para a vaga na Corte tem sido criticada por aliados do governo e apoiadores do governo.

Na saída do Alvorada nesta terça, em conversa com apoiadores, o presidente elencou e rebateu críticas direcionadas ao desembargador, como a de que ele teria possíveis ligações com o PT. Kassio atua no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) desde 2011, quando foi escolhido pela então presidente Dilma Rousseff. Bolsonaro destacou que a escolha ocorreu por "lista tríplice" e que todos os desembargadores passaram pelo mesmo processo durante o governo petista.

Bolsonaro também voltou a ressaltar que Kassio não foi responsável por decisão envolvendo o terrorista italiano Cesare Battisti. Ele citou que o STF, em 2009, decidiu sobre o assunto, votando que competia ao presidente da República autorizar, ou não, a extradição de Battisti.

A delegada Patrícia Domingos (Podemos), candidata à Prefeitura do Recife, foi a entrevistada do LeiaJá na sabatina desta terça-feira (22). Parte da Polícia Civil de Pernambuco e ex-titular da extinta Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), a candidata apresentou diversas propostas no âmbito da segurança pública, dentre elas, a construção de uma nova imagem da guarda municipal diante da população, através de treinamento, redistribuição das forças e armamento da corporação. 

Segundo Patrícia, a segurança pública é a prioridade do seu governo, e ela mesma capitaneia as propostas para a pasta. A candidata falou sobre a guarda municipal ser utilizada para “chicotear e multar” a população, atuando de forma afastada da segurança. “Nós temos um quadro com 1.926 guardas municipais, dos quais 600 estão lotados na (Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife) CTTU. A primeira providência será a redistribuição do efetivo da guarda municipal, priorizando a segurança do cidadão. Nós queremos que a guarda do Recife seja modelo para o Brasil, e que promova paz e segurança”, disse.  

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Sobre o armamento da guarda, a candidata se mostrou a favor e cede lugar à proposta em sua agenda política. Para ela, armar a guarda municipal, ato permitido pela legislação federal, só não foi feito ainda pois o governo atual age “sob motivações ideológicas”, sem pensar no bem estar das pessoas. “Se hoje o segurança de um banco e de instituições privadas podem trabalhar armados, por que um guarda municipal, que faz a nossa segurança, não pode portar uma arma de fogo?”, questionou, em comparação. 

A crítica quanto à atuação do governo Geraldo Júlio não limitou-se à segurança pública. Patrícia Domingos chamou a administração atual de “desastrosa, e, quiçá, criminosa”. “Vivenciamos, por oito anos, o Recife ser enterrado e tratado como a capital do atraso. A cidade tem um precário sistema de saúde, um precário sistema de educação; a criança sai da escola uma analfabeta funcional. As ruas da cidade foram abandonadas”, comentou. A delegada mencionou ainda as investigações federais contra funcionários da administração pessebista. Figura importante no combate à corrupção na cidade, diz estar disposta a acabar com o “jogo de poder” instaurado na PCR. 

Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB), também na disputa pela Prefeitura do Recife, foram mencionados junto ao nome de Geraldo Júlio. “O Recife não tem dono”, disse, referindo-se ao suposto “monopólio” das famílias Arraes e Campos 

Na educação, Patrícia prioriza três pontos de urgência no seu programa. Pretende investir na valorização (salarial) e qualificação dos professores, categoria, segundo ela, esquecida. Dizendo que pretende mudar o foco da educação da “aprovação para o aprendizado”, a candidata também tem a intenção de investir em escolas de tempo integral, de forma gradativa, estimulando a absorção do cronograma sem dar espaço ao crime e marginalização durante o tempo ocioso dos alunos, sobretudo os em situação de maior vulnerabilidade. 

A delegada também garantiu que, no seu governo, a merenda na rede municipal oferecerá, no mínimo, duas refeições por dia aos alunos. 

Sobre a possibilidade de ser a primeira prefeita do Recife, ela diz que “já está mais do que na hora” e que a capital precisa da “sensibilidade e cuidado da gestão feminina”. 

Outras pastas foram discutidas durante a conversa. Para saber de todas as propostas do candidata, assista à entrevista completa, no canal do LeiaJá no YouTube:

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A candidata Patrícia Domingos (Podemos) é a entrevistada do LeiaJá nesta terça-feira (22). A sabatina com a delegada, que concorre ao comando da Prefeitura do Recife, será transmitida no canal do Youtube do portal, às 10h. 

Patrícia participa da disputa tendo como candidato a vice Leo Salazar (Cidadania). Os dois formam a chapa majoritária da Coligação 'Liberta Recife'.

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado vai sabatinar três indicados para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nesta terça-feira (3), às 14h. Além do juiz de Direito Paulo Marcos de Farias — indicado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) —, os senadores avaliarão os nomes dos promotores de Justiça Moacyr Rey Filho e Ediene Santos Lousado.

O mandato de conselheiro do CNMP é de dois anos, permitida uma recondução. Depois de passar pela comissão, as indicações serão votadas pelo Plenário do Senado.

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Aprovado pelo STF para representar a instituição no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Paulo Marcos de Farias poderá assumir o posto do conselheiro Valter Shuenquener, cujo mandato termina em maio de 2020.

Entre outras funções, foi juiz instrutor do STF em 2015 e 2016; juiz instrutor do Superior Tribunal de Justiça em 2014 e 2015; juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, em 2013.

Indicado para compor o Conselho Nacional do Ministério Público, na vaga destinada a membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Moacyr Rey Filho é promotor de Justiça desde 2004. Foi assessor de políticas institucionais da Procuradoria-Geral de Justiça do MPDFT e membro auxiliar da Comissão de Acompanhamento Legislativo e Jurisprudência. Atualmente é chefe de gabinete da Procuradoria-Geral.

Já o nome de Ediene Lousado foi sugerido pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG). A indicada iniciou a carreira no Ministério Público da Bahia em 1993, tendo atuado, durante 18 anos, nas Promotorias de Justiça de Bom Jesus da Lapa, Itiúba, Caravelas, Ilhéus e Barreiras.

Exerceu, durante quatro anos, o cargo de secretária-geral do Ministério Público do Estado da Bahia. Em 2016 tomou posse como procuradora-geral de Justiça da Bahia, cargo que ocupará até o dia 6 de março.

CNMP - O CNMP executa a fiscalização administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público no Brasil e de seus membros. Criado em 30 de dezembro de 2004 pela Emenda Constitucional 45, teve sua instalação concluída em 21 de junho de 2005. A sede fica em Brasília.

*Da Agência Senado

Foi aprovada no Plenário do Senado nesta terça-feira (12) a indicação do diplomata Eduardo Augusto Ibiapina de Seixas para o cargo de embaixador do Brasil junto à República de Chipre, a terceira mais populosa ilha do Mediterrâneo. A nomeação (MSF 48/2019) recebeu 51 votos favoráveis, 3 contrários e duas abstenções.

Ibiapina nasceu em 1954, em São Roque (SP). É formado em Ciências Econômicas no Centro Ensino Unificado de Brasília (CEUB), em 1978. Ingressou na carreira diplomática em 1976. Desde então, foi cônsul-geral em Paris e em Toronto, embaixador em Beirute e cônsul-Geral em Madrid. Desde 2015, é embaixador do Brasil em Bucareste.

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Em sabatina realizada pela Comissão de Relações Exteriores (CRE), em setembro, o diplomata destacou que o Chipre descobriu recentemente a terceira maior jazida de gás natural conhecida em todo o mundo (o campo Glafkos), e empresas brasileiras do setor podem se beneficiar das oportunidades que se abrem. Ele destacou também que empresas cipriotas já dispõem de um estoque de investimentos na economia brasileira que chega a U$ 645 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões).

República de Chipre

A República de Chipre, cuja capital é Nicósia, repousa na intersecção de três continentes, a Europa, do qual oficialmente faz parte, a Ásia e a África, tendo o grego como língua oficial. Em 1960, conquistou sua independência e em 2004 foi aceita na União Europeia. Estima-se que a população total gira em torno 1,2 milhão de pessoas, distribuídas em uma área total de 9,3 quilômetros quadrados.

Brasil e Chipre mantêm relações diplomáticas desde 1966, quando trocaram embaixadas cumulativas: a do Brasil, em Tel Aviv; a de Chipre, em Lisboa. Com o propósito de intensificar o diálogo e de expandir as relações econômico-comerciais, os dois países decidiram pela troca de embaixadas residentes: a criação oficial da Embaixada da República de Chipre em Brasília ocorreu em 4 de agosto de 2009; a Embaixada do Brasil em Nicósia foi criada em janeiro de 2010.

Já as relações comerciais entre os dois países vêm desde 2008, tendo saldo favorável ao Brasil de US$ 44,7 milhões. A situação superavitária do Brasil com o Chipre resulta principalmente das exportações de óleo combustível, sucedido pela exportação de tubos metálicos e café.

*Da Agência Senado

 

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) deverá ouvir, nesta quinta-feira (10), três diplomatas de carreira que foram indicados pelo Ministério das Relações Exteriores para exercerem o cargo de embaixador em países amigos.

O ministro Eduardo Ricardo Gradilone Neto foi indicado para a embaixada brasileira na Eslováquia. A ministra Vera Lúcia dos Santos Caminha Campetti foi indicada para a embaixada na República de Barbados. E o ministro Carlos Ricardo Martins Ceglia foi indicado para a embaixada brasileira na Turquia.

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Os três são formados pelo Instituto Rio Branco, sendo todos diplomatas de carreira, com grande experiência acumulada em missões no exterior, em diversos países e em organizações internacionais. Seus relatórios de indicação, respectivamente elaborados pelos senadores Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Telmário Mota (Pros-RR) e Daniella Ribeiro (PP-PB), foram todos favoráveis e seus nomes devem ser aprovados após a sabatina de cada um dos indicados.

Novas indicações

A CRE também deverá receber para vista coletiva os relatórios das indicações dos diplomatas Cláudio Raja Gabaglia Lins e Ruben Antônio Correa Barbosa, ambos elaborados pelo senador Jacques Wagner (PT-BA). Cláudio Raja Gabaglia Lins está sendo indicado para a embaixada brasileira nas Bahamas. Por sua vez, Ruben Barbosa está sendo indicado para a embaixada no Cazaquistão, acumulando também as representações junto ao Quirquiztão e ao Turcomenistão.

Além das indicações dos novos embaixadores, a Comissão de Relações Exteriores também votará a aprovação de três acordos internacionais e a proposta de criação de um grupo parlamentar Brasil-Países Árabes.

*Da Agência Senado

 

Após ter o nome aprovado pelo Senado nesta quarta-feira, 25, o subprocurador-geral da República Augusto Aras foi nomeado para exercer o cargo de procurador-geral da República, na vaga decorrente do término do primeiro mandato de Raquel Dodge. O Decreto presidencial com a nomeação de Aras está publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Aras passou hoje por sabatina dos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que aprovou sua indicação. Em seguida, o plenário do Senado também aprovou o nome de Aras com 68 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção.

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Em uma reunião amigável, com pouco enfrentamento, Aras criticou temas caros ao governo de Jair Bolsonaro, como ao defender "correções" na Operação Lava Jato. Também elogiou a lei de abuso de autoridade ­- "pode produzir um bom efeito" - e se disse a favor do compartilhamento de informações entre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o Ministério Público.

A sabatina, que começou pouco após as 10h, durou 5h30min, menos do que o previsto e também mais curta do que a de antecessores no cargo - a sabatina de Raquel Dodge levou quase 8h, enquanto a de Rodrigo Janot, 10h30.

O Senado aprovou a indicação do subprocurador-geral da República Augusto Aras ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) com 68 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção. Dois senadores não votaram no plenário porque estavam ausentes: Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Jader Barbalho (MDB-PA). Mais cedo, o nome teve aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Durante a sabatina, Aras criticou temas caros ao governo do presidente Jair Bolsonaro, como a Operação Lava Jato, disse que a Lei de Abuso de Autoridade "pode produzir um bom efeito" e defendeu a legalidade do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) - atual Unidade de Inteligência Financeira - informarem casos de irregularidades.

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No plenário, o indicado acompanhou a sessão que aprovou seu nome, conversou com senadores, posou para fotos e gravou vídeos ao lado de parlamentares. Agora, a mensagem de aprovação será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro, a quem cabe oficializar a nomeação.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 25, com 23 votos favoráveis, 3 contrários e um voto em branco, a indicação do subprocurador-geral da República Augusto Aras ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A indicação ainda depende de uma votação no plenário da Casa, o que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira. No plenário, ele precisará de no mínimo 41 votos favoráveis. A sabatina durou pouco mais de cinco horas.

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que Aras reúne "todas as condições" para ser aprovado no plenário e exercer o cargo na PGR.

Abuso de autoridade

Após o Congresso derrubar 18 vetos do presidente Jair Bolsonaro à lei do abuso de autoridade, o subprocurador Augusto Aras afirmou que a legislação - após a decisão dos parlamentares - "pode produzir um bom efeito". 

"Acredito que temos no Brasil, hoje, uma lei de abuso de autoridade que pode alcançar, sim, a finalidade social a que se dirigia à norma e pode, sim, produzir um bom efeito, porque é preciso que quem trate com a coisa pública tenha o respeito devido ao cidadão", disse Augusto Aras.

Deltan e a Lava Jato

Na sabatina, Augusto Aras criticou o coordenador da força tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, sobre a condução da operação durante as investigações. Em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, Aras declarou que faltou "cabeça branca" à Lava Jato para conter o que classifica como excessos. O termo é usado para classificar políticos da velha guarda nos partidos políticos.

"Talvez, se tivesse lá alguma cabeça branca, talvez dissesse para ele (Dallagnol), para os colegas, jovens como ele, que nós poderíamos fazer tudo como ele fez, mas com menos holofote, com menos ribalta", declarou Aras.

O subprocurador defendeu estender a estrutura da Lava Jato para mais Estados no País, mas respeitando o princípio da impessoalidade.

 

Indicado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o subprocurador Augusto Aras defendeu a liberdade de expressão como indispensável à democracia. "Eu prefiro ter o direito de resposta a haver censura prévia", declarou, afirmando que foi "injustamente atacado" com declarações que teriam sido atribuídas a ele nos últimos dias.

"Quando falham os Poderes, quando falham as instituições, literalmente resta a voz das ruas, que é essa que faz a democracia", disse Aras nesta quarta-feira, 25, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

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Aras criticou o que apontou como ativismo judicial e como corporativismo no Ministério Público. Ele fez referências a punições do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra integrantes das instituições. Para o subprocurador, membros do MP não estão compreendendo "que seu dever não é levar para a vida pública seus caprichos pessoais, não é levar para a vida pública seus humores, suas vontades porque isso se faz no campo privado".

Ao ser perguntado sobre abuso de poder, ele rejeitou o rótulo de que membros do MP sejam corporativistas quando integrantes são punidos. "O Ministério Público é talvez a única instituição no aspecto punitivista que não seja corporativista."

O subprocurador Augusto Aras disse, nesta quarta-feira (25), que não acredita na cura gay e defendeu a validação constitucional do casamento entre pessoas do mesmo sexo. 

Aras fez a defesa ao responder um questionamento do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que o sabatina hoje pela indicação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), para o comando da Procuradoria Geral da República (PGR). 

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Contarato indagou Augusto Aras sobre as teses de uma carta da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), assinada pelo indicado a PGR, que diz que "deve ser facultado a qualquer pessoa tornar-se paciente em tratamento de reversão sexual, por motivos religiosos ou não".

Aras salientou que a “cura gay é uma dessas artificialidade pela qual eu não tenho nenhuma consideração de ordem científica porque reconheço duas coisas: na medicina, o gênero homem e mulher, e que na vida pessoal, cada um faça na idade adequada a sua escolha e seja respeitado".

Outro item da carta observa que "a instituição familiar deve ser preservada como heterossexual e monogâmica". Quanto a este quesito, o senador perguntou: "O senhor não reconhece a minha família procurador? Eu tenho uma subfamília? Essa carta estabelece cura gay. Eu sou doente, procurador?".

Por sua vez, o subprocurador disse que não chegou a ler todo o documento da Anajure. "Depois, cobrado, li, e vi que o artigo 7 tinha um enfoque que já foi superado pelas decisões do STF. Eu não quero de nenhuma maneira dizer que alguém não tenha família. Tenho amigos que têm um casamento homoafetivo. Sou um homem que estuda culturas, não posso deixar de compreender fenômenos culturais e humanos", disse.

“A minha única ressalva é de ordem formal. Eu me sentiria muito mais confortável com uma legislação, uma norma constitucional, em que eu não leia nessa Constituição homem e mulher e sim pessoa, cidadã, cidadão", acrescentou Aras.

Ao ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o subprocurador Augusto Aras, indicado ao cargo de Procurador-Geral da República, reforçou o papel de independência do Ministério Público. Segundo ele, “não há alinhamento no sentido de submissão a nenhum dos Poderes, mas há evidentemente o respeito". Aras destacou que o Ministério Público defende a separação dos Poderes. “Para que haja independência dos Poderes, é preciso ter harmonia", afirmou.

O subprocurador também disse ser contra o que chamou de “ativismo judicial”. Nesse sentido destacou que temas como aborto, descriminalização da maconha são relevantes e “devem ter atenção do Congresso e não de ativismo judicial".

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Crime organizado

Em sua fala inicial na sabatina, Augusto Aras reforçou que a principal tarefa do Ministério Público Federal deve ser o enfrentamento ao crime organizado "de colarinho branco ou sem colarinho" que, segundo ele, constitui-se no maior entrave à consecução do pacto social, "quando saqueia os cofres públicos e priva a população de serviços essenciais ou quando disputa o domínio de tráfico de drogas e de armas, constrói um Estado paralelo e obriga a manter um constante enfrentamento à ação rápida e eficaz junto à Justiça".

Sobre a Operação Lava Jato, o subprocurador avaliou ser um importante marco no combate à corrupção. “As boas práticas ali desenvolvidas devem ser estendidas a todo o Ministério Púbico e a todos os níveis da esfera política, aprimorando-se métodos e sistemas sempre dentro da ordem jurídica”, defendeu. Aras disse ainda que o mérito individual dos procuradores deverá ser sempre reconhecido, mas a “confiança da sociedade deve sempre se voltar para as instituições em homenagem ao princípio da impessoalidade”.

" A Lava Jato é um marco, mas toda experiência nova traz dificuldades. Sempre apontei os excessos, mas sempre defendi a Lava Jato. Outras operações anteriores não tiveram o mesmo sucesso, mas deram origem à Lava Jato”, lembrou.

Meio Ambiente

Ao falar sobre o papel do Ministério Público na defesa do direito ambiental, o indicado disse que desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, o mundo despertou para o desafio de compatibilizar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental.

Augusto Aras disse o Estado brasileiro tem legislação moderna, pois abraçou o conceito de desenvolvimento sustentável com a preservação do acervo natural, assim como de proteção aos bens imateriais. Mas ele indicou que pretende conduzir essas questões sem ideologias. “Esse Ministério Público moderno e desenvolvimentista deve atuar de forma interdisciplinar e com respaldo dos meios técnicos adequados, afastando-se de caprichos pessoais que caracterizam o arbítrio e a ilegalidade”, afirmou.

Rito

Durante a sabatina, membros ou não da CCJ inscritos têm dez minutos para fazer suas perguntas e o indicado o mesmo tempo para resposta. Há ainda tempo para réplica e tréplica de senadores por cinco minutos.

Como a decisão da CCJ serve apenas para instruir a votação em plenário, mesmo que na comissão o indicado não alcance a maioria simples dos votos, ou seja, metade mais um dos presentes, o nome será submetido ao plenário da Casa, onde precisará do apoio de, no mínimo, 41 dos 81 senadores.

Ambas as votações são secretas. No plenário, a votação deve seguir em regime de urgência ainda hoje. A gestão do procurador-geral tem duração de dois anos, sendo permitida a recondução.

 

Após pouco mais de um hora de sabatina, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado abriu a votação da indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República (PGR). O subprocurador é sabatinado, nesta terça-feira, 25, por senadores do colegiado. Mais tarde, a Casa deve fazer a votação no plenário.

A votação da indicação é secreta. Como o Broadcast Político revelou, o discurso de Aras e as conversas realizadas com senadores nas últimas semanas agradaram aos parlamentares, até mesmo da oposição. No Senado, a expectativa é que o nome seja aprovado com larga margem de vantagem. Para ser oficializado no cargo, Aras precisa ser aprovado por 14 votos na CCJ, dos 27 titulares presentes, e por 41 senadores no plenário.

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O subprocurador Augusto Aras fez uma avaliação de que a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, para a embaixada brasileira em Washington, não configura nepotismo. Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira, Aras citou uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata sobre o tema com a interpretação de que a restrição não se estende a agentes políticos.

A indicação de Eduardo Bolsonaro, anunciada mas ainda não oficializada pelo presidente da República, se transformou em uma guerra de pareceres no Senado. O principal ponto de divergência entre técnicos legislativos é interpretar se o cargo de embaixador é uma indicação política ou de Estado. Ao longo dos últimos 11 anos, ministros do Supremo Tribunal Federal têm entendido que a nomeação de parentes para cargos de natureza política não se enquadra como nepotismo.

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"A súmula que disciplina o nepotismo não a estende a agentes políticos. Em todos os Estados e municípios, há filhos e parentes de primeiro e segundo grau ocupando cargo de secretaria de Estado, secretaria de município sem que isso atinja nenhum valor constitucional", declarou Aras. Ele reforçou que o Senado poderá decidir o que pensa em torno do tema e, batendo a mão em um livro com a Constituição Federal, prometeu respeitar a decisão dos senadores.

Meio ambiente

No meio ambiente, Augusto Aras foi lembrado pelo relator da indicação na CCJ, Eduardo Braga (MDB-AM), do discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU. O subprocurador defendeu um alinhamento entre desenvolvimento econômico, proteção ao meio ambiente e distribuição igualitária dos recursos naturais aos cidadãos. "Nós temos aí sim desenvolvimento sustentável, a proteção ao meio ambiente, e temos enfim não um discurso vazio ou desnecessário, mas temos um discurso científico, didático e técnico."

Lava Jato

Sobre a Operação Lava Jato, o subprocurador defendeu o cerne da operação, mas criticou o que apontou como excessos. Ele citou que experiências anteriores à investigação, como os casos Satiagraha e Banestado, não foram bem-sucedidas. "É um modelo passível de correções, esperamos que possamos fazer juntos", declarou, defendendo uma atuação tanto interna no Ministério Público quanto no Congresso.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de procurador-geral da República, o subprocurador Augusto Aras passa nesta quarta-feira, 25, por sabatina realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Aras é o primeiro indicado ao cargo desde 2003 que não fazia parte da lista tríplice encaminhada ao presidente pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que tradicionalmente vinha sendo respeitada pelos últimos mandatários. Ele afirmou que o "alinhamento" com o governo não significa submissão.

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"Não há alinhamento no sentido de submissão a nenhum dos Poderes, mas de respeito que deve a relação desses Poderes", afirmou Aras defendendo que "não existe independência" entre os Poderes sem "harmonia".

Logo na abertura, Aras, que falou inicialmente por 12 minutos e vinte segundos, anunciou que abriu mão da sociedade em um escritório de advocacia que mantinha na Bahia. Apesar de exercer um cargo no Ministério Público, o subprocurador podia manter atuação na esfera privada porque entrou na instituição antes de 1988, quando a Constituinte criou o Ministério Público. Ele também disse que entregou seus documentos de advogado à OAB.

Aras afirmou que pretende levar o modelo da Lava Jato aos demais Estados para ampliar o combate à corrupção no País. "Boas práticas da Lava Jato devem ser estendidas a todos os níveis de atuação, aprimorando métodos. Mérito individual dos procuradores deve sempre ser reconhecido, mas a confiança da sociedade deve se voltar às instituições em homenagem ao princípio da impessoalidade", afirmou o subprocurador.

Levantando a Constituição pela primeira vez na sabatina, Aras afirmou ainda que o ativismo judicial deve ser combatido "respeitando a Constituição" para garantir a independência e harmonia entres os Poderes. O subprocurador citou a discussão sobre a descriminalização da maconha e o aborto, temas caros ao presidente Jair Bolsonaro, como questões que não devem ser tratadas na Justiça. "Cabe ao Parlamento debater sobre essas questões", afirmou.

Aras foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 5 e, desde então, percorreu os gabinetes de 78 dos 81 senadores. Apenas o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) não aceitou recebê-lo, afirmando que seria "perda de tempo". Outros dois parlamentares não tiveram encontro com o subprocurador, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) e a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), ambos afastados das atividades por licença médica.

A sabatina de Aras começou às 10h e tem previsão de ser encerrada por volta das 18h, quando será iniciada a sessão do Congresso convocada para analisar vetos do presidente Bolsonaro a projetos como o que acaba com a cobrança de bagagens pelas companhias aéreas no País. Em 2017, a sabatina da antecessora, Raquel Dodge, durou 7h54. A recondução do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em 2015, teve a duração de 10h27.

Se aprovado na sabatina, o nome de Augusto Aras terá que ser votado no Plenário do Senado, onde é necessário maioria absoluta, ou seja, mais de 41 votos para confirmar a indicação do presidente.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado iniciou na manhã desta quarta-feira, 25, a sessão para sabatinar o subprocurador Augusto Aras, indicado pelo presidente da Jair Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República (PGR). Para ser oficializado no cargo, ele precisa ser aprovado pela maioria de votos no colegiado, que tem 27 titulares.

No plenário, onde a votação deverá ocorrer ainda nesta quarta-feira, o subprocurador precisa de, no mínimo, 41 votos dos 81 senadores.

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Após ser indicado pelo presidente ao cargo, no início de setembro, Aras percorreu gabinetes em busca de apoios. Ele conversou com 78 senadores.

Os únicos que não o receberam foram Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que recusou a audiência, Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Jader Barbalho (MDB-PA) - ambos afastados para cuidados médicos.

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