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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão virtual, deferiu a extradição do empresário norte-americano Carlos Nataniel Wanzeler, um dos donos da empresa TelexFree. A decisão segue entendimento firmado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em diversos pareceres, elaborados a partir do pedido de Extradição 1.630, de autoria do governo dos Estados Unidos.

O pedido de extradição foi feito em abril deste ano pelos EUA, em razão do mandado de prisão expedido pelo Tribunal Federal do Estado de Massachusetts. Em fevereiro, o empresário foi preso preventivamente no Brasil. Desde março, Wanzeler tentou, por diversas vezes, revogar a prisão cautelar. Em uma das ocasiões, invocou a pandemia de covid-19. Em todos os pedidos, houve indeferimento pelo ministro relator, Ricardo Lewandowski, seguindo entendimento do Ministério Público Federal (MPF).

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No último pedido, feito em julho, a defesa do norte-americano – que chegou a ter cidadania brasileira – alegou vários motivos para que a extradição fosse rejeitada e que houvesse a substituição da prisão por outras medidas cautelares. Solicitou alternativamente o deferimento condicionado do pedido de extradição, com expressa inclusão no acórdão da necessidade de novo compromisso dos EUA no qual se assegurasse a não imposição de pena superior a 30 anos.

A defesa também pleiteou que a entrega de Wanzeler somente ocorresse após a superação do estado de calamidade pública e emergência sanitária, decorrentes da pandemia de covid-19, e depois do término dos processos em trâmite no Brasil – um relativo à perda da cidadania brasileira e outro de natureza penal. Em parecer, a PGR afirmou que o fato de o primeiro não ter transitado em julgado não impede a extradição, pois “os recursos interpostos pelo extraditando naqueles autos não possuem efeito suspensivo e a decisão administrativa que declarou a perda de sua nacionalidade brasileira continua válida e eficaz”.

O pedido de extradição não se refere aos mesmos fatos pelos quais o empresário responde a processo penal no Brasil. O caso nos Estados Unidos é sobre fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro supostamente operadas por Wanzeler em solo norte-americano a partir da empresa Telexfree. Já as investigações brasileiras visam apurar a gestão ilegal de instituições financeiras, comércio ilegal de valores imobiliários e crimes de estelionato praticados em solo brasileiro.

O deferimento da extradição pelo STF diz respeito apenas ao delito de fraude eletrônica, no qual se verificou o requisito da dupla tipicidade, ou seja, a correspondência entre os tipos penais previstos na legislação dos dois países. Esse tipo penal corresponde, na legislação brasileira, ao crime de estelionato.

Como condição para a extradição, a Segunda Turma estabeleceu que os Estados Unidos devam assumir, em caráter formal, perante o governo brasileiro, o compromisso de não impor, quanto a todos os delitos, pena privativa de liberdade superior a 30 anos de prisão. Também condicionou a entrega de Wanzeler à conclusão dos processos penais aos quais ele responde no Brasil ou ao cumprimento da respectiva pena privativa de liberdade.

O colegiado determinou, ainda, a necessidade de descontar da eventual pena a ser cumprida nos EUA o período em que o empresário permanecer preso no Brasil em razão da prisão cautelar para fins de extradição, ressalvada a possibilidade de execução imediata da decisão, por força de ordem discricionária do presidente da República.

Da assessoria do MPF, com informações do STF

 

Os fundadores da Telexfree, Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, foram condenados cada um a 12 anos e seis meses de prisão por gestão fraudulenta de instituição financeira e por operar instituição financeira sem a devida autorização. As informações são do jornal A Gazeta.

 Os dois condenados também deverão pagar 412 dias-multa. O valor a ser pago por Costa chega a R$ 2 mil por dia, totalizando R$ 1,02 milhão; enquanto a multa diária de Wanzeler é de R$ 3 mil, chegando ao total de R$ 1,53 milhão.

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 A mesma decisão também absolveu Lyvia Mara Wanzeler, filha de Carlos Wanzeler. Os três foram absolvidos da acusação de negociar títulos ou valores mobiliários sem autorização, referente à negociação de um empreendimento hoteleiro no Rio de Janeiro.

 Na sentença, o juiz federal Vitor Berger Coelho destaca que Carlos Costa e Carlos Wanzeler foram responsáveis por planejar meticulosamente a criação da Telexfree e elaborar regras complexas nos contratos de adesão. Ambos planejaram a viabilizaram a criação de uma moeda eletrônica para movimentar valores de investidores à margem do Sistema Financeiro Nacional, diz o documento.

 Segundo o juiz, Costa foi o principal responsável por angariar os clientes por meio da divulgação de vídeos na internet denominados 'Plantão Telexfree'. 

 Carlos Costa não deverá ser preso no momento por se tratar de decisão em primeira instância. Carlos Wanzelar está detido no Rio de Janeiro a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), visto que ele aguarda o resultado do pedido de extradição feito pelos Estados Unidos. A Justiça decidiu que Wanzeler perdeu a nacionalidade brasileira ao optar pela norte-americana.

 Os empresários foram presos em operação da Polícia Federal (PF) em dezembro de 2019. A polícia investigava a possível prática de lavagem de dinheiro. Os dois respondem a outros crimes envolvendo a Telexfree que tramitam na Justiça Federal, como formação de pirâmide financeira.

O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) sentenciou, nessa quinta-feira (6), a empresa Ympactus Comercial S/A, conhecida popularmente como Telexfree, a devolver o dinheiro de todas as pessoas que investiram no sistema de pirâmide financeira. O documento também proíbe a Telexfree a fazer novos contratos sob pena de multa de R$ 100 mil por cada um deles. A decisão foi emitida pela juíza Thaís Khalil e não cabe recurso. Confira a sentença na íntegra.

Segundo o TJ-AC, o valor devolvido aos divulgadores deve passar por reajuste monetário. Para evitar tumultos, os investidores podem pedir o pagamento na cidade de origem. A sentença também obriga a Telexfree a disponibilizar o acesso dos usuários aos seus escritórios virtuais, no prazo de dez dias, para que eles possam se informar se possuem um valor a receber.

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Mas a plataforma só estará acessível para fins de consulta, de modo que permanecem vedadas novas adesões ou qualquer tipo de pagamento ou movimentação referente à rede Telexfree.

As pessoas que recompraram pacotes de Voip, sistema de telefonia pela internet vendido pela Telexfree, também devem ter os valores restituídos. Porém, a empresa deve deduzir quaisquer bonificações que tenham recebido. A Telexfree também deve pagar indenização de R$ 3 milhões por danos extrapatrimoniais coletivos.

A Procuradoria da República no Espírito Santo ajuizou três denúncias na Justiça Federal contra dois dos sócios-proprietários da empresa Ympactus Comercial S.A, popularmente conhecida como Telexfree, Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler. Mais 19 pessoas foram acusadas por envolvimento com o funcionamento da empresa no Brasil e crimes contra o sistema financeiro. Apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no início do mês, duas das três denúncias foram aceitas na semana passada e tornadas públicas hoje (20).

Costa, Wanzeler e a filha deste último, Lyvia Mara Wanzeler, são acusados de sonegação fiscal de quase R$ 90 milhões e de prestar informações falsas à Receita Federal. De acordo com a Procuradoria da República no Espírito Santo, a fraude causou "grave dano à coletividade" e foi constatada após as autoridades encontrarem indícios de irregularidades na inscrição da empresa no Simples Nacional.

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O trio também foi denunciado por crimes contra a economia popular – praticados por meio da implementação de um esquema semelhante à pirâmide financeira (Artigo 2 da Lei 1.521/51) – e por negociar valores mobiliários (contratos de adesão à Telexfree e a promessa de venda do empreendimento hoteleiro Best Western Tijuca Telexfree) sem registro e sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que motivou a acusação de operarem instituição financeira clandestina. Pirâmides são esquemas em que cada novo participante paga uma certa quantia para poder fazer parte e, posteriormente, recebe uma porcentagem do valor pago por cada novo integrante que ele mesmo convence a ingressar no esquema. Invariavelmente, chega um momento em que a oferta deixa de atrair novos interessados e quem ainda não recebeu sua parte fica com o prejuízo.

Os 19 denunciados são acusados de crimes contra a economia popular e de operar instituição financeira clandestina. Para os procuradores da República, Costa e Wanzeler eram os reais mentores do suposto esquema, pois compartilhavam todas as decisões administrativas e de condução do negócio. Segundo o MPF, o sócio norte-americano da Telexfree, James Matthew Merril, está negociando os termos de seu acordo de colaboração nos Estados Unidos e, por isso, não foi denunciado. As autoridades brasileiras aguardam o fechamento do acordo para verificar seus termos e decidir o que fazer em relação a Merril.

As denúncias são os primeiros resultados de uma investigação conjunta entre a Procuradoria da República no Espírito Santo, Polícia Federal e Receita Federal. Também houve compartilhamento de informações e de provas com as autoridades dos Estados Unidos e com a Justiça e o Ministério Público do Acre.

Além da condenação dos acusados, o MPF/ES pede que a Justiça mantenha o arresto dos bens (dinheiro, carros, aeronave, imóveis, entre outros) obtido nas medidas cautelares e executados na Operação Orion (deflagrada em 24 de julho de 2014), e, caso condenados, que determine a perda definitiva desses bens.

Um dos advogados de Costa e de Wanzeler, Marcelo Turbay Freiria, informou à Agência Brasil que a defesa ainda não teve acesso formal às denúncias e que, por isso, não vai se manifestar sobre o mérito do processo. Apesar disso, Turbay Freiria reafirmou que os fatos já apurados demonstram a inconsistência das acusações do MPF.

Procuradores dos Estados Unidos descobriram nesta semana cerca de US$ 20 milhões dentro de um colchão de um brasileiro, Cléber Rene Rizério Rocha, de 28 anos, em uma cidade perto de Boston, no Estado de Massachusetts. O dinheiro foi apreendido na última quinta-feira.

Rizério Rocha foi detido após comparecer no Tribunal de Boston e os procuradores o acusarem de crime de lavagem de dinheiro em um esquema associado à empresa TelexFree, que pediu falência em 2014 após provocar prejuízo de US$ 1,8 bilhão para cerca de um milhão de pessoas, muitos delas imigrantes brasileiros nos EUA, segundo o processo do caso.

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A TelexFree é acusada no processo de operar um esquema de pirâmide financeira que atraiu milhares de participantes nos EUA e ao redor do mundo. Inicialmente criada como uma empresa para vender serviços de telefonia pela internet, a companhia, segundo o processo, oferecia a abertura de contas para "promotores comerciais". Estas contas davam direito a publicação de anúncios onlines. Os participantes recebiam créditos pelos anúncios publicados e também por conseguirem novos membros. A promessa era de retornos de 200% a 250% para quem vendesse os pacotes e atraísse novos associados.

Fundação

A TelexFree foi fundada pelo brasileiro Carlos Wanzeler e o norte-americano James Merrill. Este último se declarou culpado em uma audiência em outubro de 2016 e pode ser sentenciado a dez anos de prisão. A decisão judicial sai no mês que vem. Wanzeler, segundo documento divulgado esta semana pela Corte de Boston, está foragido no Brasil e não pode ser extraditado. Quando pediu falência, em 2014, a TelexFree devia cerca de US$ 5 bilhões aos participantes, mas tinha registrado nos livros US$ 120 milhões.

No esquema, Rizério Rocha atuava como um entregador do dinheiro, transferindo os recursos da TelexFree ainda escondidos na região perto de Boston, para contas no Brasil por meio da utilização de contas em Hong Kong, de acordo com os documentos oficiais. Recentemente, ele voou do Brasil para Nova York e, na quarta-feira, entregou uma mala contendo US$ 2,2 milhões em um restaurante para uma testemunha que está cooperando com as investigações e, por isso, não teve o nome revelado.

Após o encontro, os procuradores seguiram o brasileiro até um apartamento na cidade de Westborough, que fica cerca de 50 quilômetros de Boston, onde ele foi preso. Na noite do mesmo dia, voltaram ao local e encontraram o dinheiro escondido no colchão. Pelo crime, o brasileiro pode pegar até 20 anos na prisão, mais três anos de liberdade vigiada, além de ter que pagar multa de US$ 250 mil.

A prisão de Rizério repercutiu na imprensa dos Estados Unidos, sobretudo em Boston. O jornal The Boston Globe destacou que mais de 119 mil pessoas lesadas pelo esquema já processaram a TelexFree. Procurados pela mídia, os advogados de Rocha e de Wanzeler não responderam os pedidos de entrevista.

Katia Wanzeler, mulher do também brasileiro Carlos Wanzeler, cofundador da empresa TelexFree, foi presa no Aeroporto Internacional de Nova York - informa o jornal The Boston Globe. Ela tentava fugir para o Brasil, onde o marido pode estar. A Justiça dos Estados Unidos o considera foragido.

Carlos Wanzeler teria conseguido fugir para o País pelo Canadá. Katia supostamente tentava fazer o mesmo trajeto. A reportagem diz que ela devia comparecer a um tribunal nesta quinta-feira, 15, para esclarecimentos.

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O americano James Merrill, outro fundador da TelexFree, foi preso no último dia 9, em Massachusetts. A empresa, que vende plano de telefonia pela internet nos Estados Unidos, é investigada no Brasil por suspeita de pirâmide financeira.

Mais de um milhão de pessoas teriam sido atraídas pelo esquema de investimentos apenas no País. Só nos Estados Unidos, a TelexFree teria conseguido arrecadar mais de US$ 1 bilhão.

Um dos fundadores da Telexfree, o americano James Matthew Merril, foi preso nesta sexta-feira (9) em Massachusetts, nos Estados Unidos. Ele é acusado de fraude eletrônica junto com o brasileiro Carlos Nataniel Wanzeler, também fundador da empresa. A Telexfree é investigada no Brasil e nos EUA como sistema de pirâmide financeira. Se condenados, os dois suspeitos podem pegar até 20 anos de prisão. 

A Telexefree foi criada no ano de 2002 nos Estados Unidos, mas o investimento teve seu auge no ano passado quando a empresa conseguiu atrair mais de 1 milhão de brasileiros com a promessa de lucrarem com a venda de pacotes de telefonia VoIP e colocação de anúncios na internet. Mas as autoridades brasileiras e americanas consideraram que a venda do serviços tratava-se apenas de uma fachada para o exercício da pirâmide financeira. 

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De acordo com os acusados, a empresa teria arrecadado ceca de R$ 3 bilhões em todo o mundo, mas até o mês passado as autoridades americanas que investigam o negócio apenas haviam encontrado registros de R$ 674 milhões. A Telexfree chegou a anunciar um patrocínio ao Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio. Em dezembro de 2013, a empresa havia contratado a dupla Bruno e Marrone para um concerto num cruzeiro de luxo.

Uma porta-voz da Telexfree informou ao Portal IG que não comentaria sobre o assunto. De acordo com eles, James Merrill deixou a presidência da empresa em abril, às vésperas de o grupo entrar com um pedido de recuperação judicial.

Com informações do IG 

A juíza substituta da 4ª Vara da Justiça Federal em Goiânia (JF), Luciana Laurenti Gheller negou o pedido feito pela BBOM (Embrasystem) para a liberação de mais de R$ 200 milhões da empresa, bloqueados judicialmente desde o dia 5 de julho de 2013. A decisão acolhe parecer do Ministério Público Federal em Goiás (MPF) pela manutenção do bloqueio dos bens e valores da empresa.

Segundo divulgou o MPF em Goiás, a BBOM queria a liberação dos R$ 200 milhões alegando que R$ 33 milhões seriam para aquisição de 163.555 rastreadores, e o restante seria dividido em pagamentos de tributos (mais de R$ 140 milhões), de empregados (R$ 8,7 milhões), na manutenção da empresa (R$ 15,5), e em despesas operacionais (R$ 2,2 milhões).

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O MPF considerou o valor dos tributos "totalmente descompassado da realidade", e sobre o qual não há notícia de cobrança judicial ou extrajudicial que justificasse a liberação de montante tão elevado. Além disso, o objetivo principal da ação judicial dos procuradores da República em Goiás, tem linha oposta, e visa que o dinheiro da empresa seja utilizado para reparar os danos causados aos consumidores e investidores.

Em decisão do dia 24, divulgada nesta segunda-feira (31), pelo MPF, a juíza observou que a BBom não juntou ao pedido de desbloqueio sequer os demonstrativos originais de apurações de contribuições, enquanto uma liminar anterior era clara quanto à demonstração da regularidade dos recolhimentos. Para ela, a empresa apenas confessou débitos "estranhamente estratosféricos", sem dar sinais concretos de que pretendia fazer esta quitação.

Conforme o MPF, a Justiça Federal também indeferiu uma solicitação da Justiça do Trabalho de São José do Rio Preto/SP que pretendia liberar parte do dinheiro bloqueado visando o pagamento de débitos trabalhistas da BBOM.

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Um dos assuntos que movimenta as páginas dos cadernos de economia dos jornais brasileiros dos últimos meses é o chamado Marketing Multinível (MM). Novas empresas e investidores surgiram no mercado e chamaram atenção também da justiça, para saber se a prática é legal ou não. Além da justiça e do mundo econômico, o assunto tem o envolvimento político com a defesa de alguns parlamentares pelo desbloqueio das instituições participantes deste processo como TelexFree, BBOM, Priples e outras. Na capital pernambucana, uma pesquisa revelou que a maioria dos recifenses acreditam que essas empresas sejam pirâmides financeiras e que provocam o endividamento das pessoas. 

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Entre os dias 2 e 3 de setembro o Instituto Maurício de Nassau (IPMN) entrevistou 623 pessoas do Recife com 16 anos ou mais, sobre Marketing Multinível. Apesar do clamor de parte da sociedade com protestos em redes sociais e nas ruas, e ainda, com mais de 60% dos participantes garantir investir nas empresas caso voltem a funcionar, muitas pessoas afirmaram que a prática tem como consequência prejuízo, problemas na justiça, entre outras coisas.

Na política, o assunto também tem suas repercussões. Alguns deputados federais como Sílvio Costa (PTB-PE), Lourival Mendes (PTdoB-MA) e Silas Câmara (PSD-AM) que inclusive criou o Projeto de Lei de n° 6170/2013 para regulamentar as atividades de operador de Marketing Multinível no Brasil, defendem a causa. O parlamentar estadual do Acre, Moisés Diniz (PCdoB) também é favorável à existência da iniciativa. “Eu fiz uma audiência pública na Câmara Federal sobre a TelexFree e a BBOM e agora fiz um requerimento a Aneel (Agência Reguladora de Energia Elétrica) solicitando uma nota técnica para verificar se a TelexFree é uma empresa que vende sistemas de telefonia voip”, confirmou Silvio Costa.

O parlamentar pernambucano demonstrou ser favorável ao desbloqueio, mas não descartou a investigação das empresas. Sem timidez, ele disse que a BBOM é uma pirâmide financeira e prometeu adicionar emendas ao Projeto de Lei de n° 2.126/2011  – que cria o marco regulatório da Internet. “Quando eu for votar (marco regulatório) vou apresentar várias emendas e estou buscando sugestões”, disse, prometendo ainda acrescentar regularizar o Marketing Multinível e sugerir discussões sobre provedores de conexões e de conteúdos.

Diferente do apoio do político, a mostra exibiu alguns números negativos. Do total de entrevistados, 57,2% acreditam que as empresas de MM são pirâmides financeiras e apenas 17,8% são contrários a isso. Os resultados mostram também a aceitação das pessoas em relação à decisão judicial para bloquear as atividades. Neste aspecto, 55%, 54%, 54% e 50% das pessoas responderam sim para as empresas Priples, BBOM, Multiclik e Telex Free, respectivamente. “Toda pirâmide é uma ilha de ilusão quem entra primeiro se dá bem, quem entra por fim se dá mal”, concordou neste aspecto, Sílvio Costa. Já nos Estados Unidos da América (EUA) a empresa TelexFree, por exemplo, permanece funcionamento sem problemas e até agora não há constatações de envolvimento político.

Outros números apontados pelos participantes da apuração do IPMN são as consequências deste meio de trabalho. O endividamento ficou em primeiro lugar. Neste quesito 68% das pessoas responderam sim e apenas 19% não. Não souberam ou não responderam alcançaram 14%. Outros problemas expostos foram: prejuízo (67%), problemas na justiça (58%), problemas familiares (56%), problemas com conhecidos (55%), etc.

Em meio às posições desfavoráveis, a pesquisa apontou ainda que mais de 21% das pessoas investiram R$ 2 mil ou mais e se caso a justiça desbloquear a atividade, 61,5% das pessoas disseram continuar investindo, 28,2% não irão mais aplicar valores nestas empresas e apenas 10,3% não souberam ou não responderam. Estes dados andam em comum com a opinião de alguns deputados em relação ao Marketing Multinível.

Para o parlamentar Lourival Mendes é preciso aprofundar melhor o processo de discussão. “A principio nós defendemos os investidores porque entendemos que eles não podem ficar prejudicados. Eu acho que Brasil de qualquer forma contribuiu para que esta situação chegasse onde chegou e nós estamos em defesa do povo que acreditou e que investiu neste sonho. Como membros do Congresso Nacional estamos fazendo nossa parte e vamos ouvir todos os segmentos para depois chegar aos favoráveis e aos negativos para ser possível implantar este mercado multinível no Brasil”, pontuou o parlamentar anunciando realizar nos próximos dias uma audiência na Câmara Federal para tratar do assunto.

Outros deputados como Perpétua Almeida (PC do B-AC) e Acelino Popó (PRB-BA) prometeram criar desde o dia 21 de agosto uma frente parlamentar para acompanhar o caso. O grupo também deverá ser responsável pelo marco regulatório.

Tendo como principal característica a famosa propaganda “boca a boca”, o Marketing Multinível ainda continua gerando uma série de discussões, depois do bloqueio da maioria das empresas. A maioria das pessoas que já ouviram falar sobre essa forma de negócio, acredita que investir nesse tipo de ramo não é sustentável. Visão diferente dos divulgadores que afirmam que a falta de informação sobre as atividades do mercado criam um pré-julgamento negativo das empresas. 

O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) realizou uma pesquisa para testar vários parâmetros do Marketing Multinível, inclusive a confiabilidade. As entrevistas foram realizadas no início do mês de setembro deste ano com 623 pessoas de várias idades. Os resultados apontaram que 63,7% das pessoas que responderam conhecer as empresas, não investiriam nelas porque não acreditam que o investimento gere um lucro fixo. 

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“Esse tipo de investimento tem seus riscos sim, para investir nesse ramo precisa se dedicar muito, porque você vai ganhar muito mais dinheiro que um trabalho convencional, além de ganhar reconhecimento”, afirma o estudante de biologia, Rodrigo Carvalho, de 21 anos. Ele era um dos divulgadores da TelexFree e conta que no início ele não confiava na rede, mas após procurar informações sobre ela, mudou de ideia.

“Ela nunca me deixou na mão e garante uma atenção grande com os seus divulgadores, esclarecendo dúvidas e mostrando qual é a real situação que a empresa apresenta”, disse. A corporação que ainda está passando por processos no MPF, que bloqueou todas as atividades. “Eu acho que no começo ela dependia de novos cadastros para se capitalizar, mas com o passar do tempo ficou mais consolidada, deixando a imagem de pirâmide para trás. O que a TelexFree deveria ter feito para se sustentar, era investir em publicidade na internet, já que esse o meio de comunicação mais usado no mundo, utilizando os produtos de grandes empresas, como a Apple”, diz o estudante. 

Já o economista do IPMN, Djalma Silva Guimarães, afirma que é com o trabalho que gera o valor. “O produto da TelexFree é uma coisa que não tem valor muito menos sustentabilidade teórica”, conta.  Ainda segundo ele, muitos utilizam de outros recursos para disfarçar o crime.  “A linha é muito sensível entre uma coisa e outra, porque o marketing multinível é uma forma de engajar uma pessoa à realizar uma tarefa, o seu ganho vai acontecer através de venda de coisas de físicas ou um serviço, diferente do que está sendo realizado dentro dessas empresas. Na verdade arrumaram um novo nome para a atividade da pirâmide financeira”, garantiu. 

Rodrigo Carvalho, investidor da Telexfree, concorda em parte com o que diz o economista. “A Priples, por exemplo, não tinha como pagar 60% do seu investimento apenas com publicidade, assim como a BBOM que não cumpriu com que prometia, e isso corta com a credibilidade com a empresa”, diz o futuro biólogo.

Já o administrador Williams Sérgio, 27 anos, pensou em largar o trabalho fixo para se dedicar exclusivamente a BBOM. “A melhor e mais confiável é a BBOM. Tem o rastreador como seu principal produto, onde são feitos contratos anuais com outras empresas para alugá-los podendo assim pagar uma porcentagem aos seus afiliados”, defende.

Segundo ele, o Marketing Multinível realmente existe e rende muitos benefícios e outros lugares do mundo. “Ele está sendo ensinado na Universidade de Harvard, e em Stanford, nos Estados Unidos, ou seja, se esse modelo de negócio não fosse sustentável, como é que a faculdade de HARVARD, uma das melhores do mundo, estaria ensinando como utilizar o serviço? Ainda mais nos EUA que é rigoroso em termo de fiscalização e praticamente não existe corrupção”, afirma Williams Sérgio.

No entanto, Williams aceita que algumas das empresas que tiveram os bens bloqueados podem estar enganando o investidor. “Acredito que no meio de tantas que surgiram nesses últimos meses, tem algumas que sejam pirâmide com certeza. Mas cabe ao Ministério investigar e tomar os procedimentos necessários”.

O economista Djalma Guimarães explica que independente do produto oferecido, a forma de trabalhar do sistema acarreta em pirâmide. “É uma multiplicação muito perversa dos lucros para os produtos vendidos. O marketing Multinível é uma forma de maquiar a pirâmide”, diz. “Pode ser pessoalmente ou através da internet, a pirâmide se forma quando a maior parte da receita que você adquire se deriva do simples fato de colocar novas pessoas dentro do sistema. Os divulgadores utilizam de inúmeros argumentos para convencer o contrário”, explica o especialista. 

A pesquisa do IPMN também apontou que 61,5% dos divulgadores que investiram nas empresas de Marketing Multinível dizem ter conseguido recuperar o dinheiro. “Não me arrependo de ter investido, até porque isso foi uma experiência nova, conheci pessoas influentes e recuperei o meu dinheiro. Caso libere o lucro e a as atividades da empresa voltar, com certeza retornaria a trabalhar nela”, contou Rodrigo Carvalho. 

Mas Williams Sérgio não teve a mesma sorte, pois só readquiriu 50% do valor investido. “Teria recuperado 100% se a empresa não tivesse sido bloqueada. Mas assim que for liberada, terei o dinheiro novamente”, confia. 

Assim como estas pessoas, muitos divulgadores que tiveram o seu dinheiro preso esperam a liberação das operações para continuar investindo. A pesquisa apontou que 61,5% voltariam a aplicar seu dinheiro nesse ramo. “Quem entrou nesse tipo de negócio, por mais tenham perdido, continuaria investindo para recuperar o dinheiro. Mas acredito que só tem duas maneiras de quebrar o ciclo da pobreza, estudar e trabalhar duro”, finaliza Djalma Guimarães.

 

A empresa TelexFree pagou multa de R$ 4.062,00 à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por prestação não autorizada de serviços de telecomunicações. Segundo a Anatel, para comercializar planos de minutos de voz sobre protocolo de internet (VoIP), a Telexfree precisa de autorização de prestação e exploração do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) expedida pela Anatel.

O descumprimento resultou na abertura de processo administrativo na Anatel. A empresa foi notificada no dia 13 deste mês e já pagou a multa. A Telexfree não tem nenhum tipo de autorização da Anatel e aguarda o processo de anuência prévia para a compra da empresa Simternet, que já tem uma autorização de SCM na agência.

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No mês passado, o Tribunal de Justiça do Acre impediu o funcionamento da Telexfree e a realização de pagamentos e novas adesões, por suspeita do uso do modelo de pirâmide financeira, proibido no país.

A empresa, que atua no Brasil desde março do ano passado, vende planos de minutos de voz sobre protocolo de internet (VoIP), que permitem ligações para telefones fixos e celulares de 40 países, por US$ 49,90 mensais.

Em um bate papo entre amigos, num programa de televisão ou no ambiente de trabalho. Se o assunto é a TelexFree ou qualquer outra empresa do segmento, sempre há polêmica e opiniões distintas sobre se a companhia é ou não uma pirâmide financeira. Mesmo diante de pontos de vistas diferentes, judicialmente, a empresa que vendia anúncios próprios, está proibida de atuar. A proibição “esquentou” mais a discussão entre quem acredita que a trata-se de um meio de ganhar dinheiro fácil e aqueles que acham que é um trabalho como outro qualquer.

Sem se ater a um pré-julgamento, outro debate sobre a atuação da empresa diz respeito à aplicação dos ganhos financeiros de quem entrou na rede financeira. Alguns apenas usaram dinheiro para adquirir bens, como carros, motos ou lanchas. Outros, vislumbrando negócios empreendedores e atentos à possibilidade de a TelexFree parar de atuar, resolveram investir o dinheiro de outra forma.

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Heitor Cavalcanti, de 25 anos, em 2008 “ganhava a vida” como motoboy e realizava serviços técnicos em hospitais. Na época, juntando as duas funções, sua renda girava em torno de R$ 1.800 mensais. Em outubro do ano passado, por meio de um amigo, o rapaz conheceu a TelexFree e resolveu investir. Seja instituição de marketing multinível ou pirâmide financeira, o certo é que a empresa mudou a vida de Heitor.

“Na melhor época da minha rede, cheguei a tirar por mês cerca de R$ 22 mil. Eu não vejo a TelexFree como uma pirâmide financeira, pelo fato de que os usuários têm que vender voips. O problema é que os próprios divulgadores começaram a divulgar errado, o que prejudicou o trabalho de quem vendia os produtos corretamente”, comenta Heitor.

Exceção empreendedora

O jovem rapaz pensou e resolveu aplicar bem o que ganhou com a TelexFree. Antes mesmo da empresa parar de funcionar, Heitor investiu dinheiro em três empreendimentos. “A gente tem que ter várias torneiras, porque, quando algumas pararem de pingar, haverá outras pingando”, brinca.

Na cidade de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, o agora empresário, juntamente com seu pai, Manassés Gonçalves, 48, Heitor instalou três empresas próprias. Há uma metalúrgica, que entrará em funcionamento nos próximos dois meses. Com a ajuda de um amigo, a outra empresa é uma fábrica de bolachas, que distribuirá os produtos para os comerciantes da região. O terceiro empreendimento é o mais curioso, não pelo fato de ser uma lanchonete de sanduíches, mas sim, pelo nome do estabelecimento.

“Criei também a TelexBurguer. Abrimos de domingo a domingo, das 18h às 6h, e o nosso foco em fazer entregas. Aqui, nenhuma lanchonete que vende hambúrgueres faz entre em domicílio”, explica Heitor. Para dar gosto e qualidade aos sanduíches, o empresário contratou os serviços do estudante de gastronomia Anderson Roberto dos Santos, 24. Ele é responsável por criar os molhos e temperar as carnes dos sanduíches. O estabelecimento fica na Rua Coronel José Duarte, sem número, no centro da cidade.

Para o pai de Heitor, que também foi investidor da TelexFree, é importante que usuários desse tipo de empresa resolvam investir o que ganham. “Nós não podemos nos acomodar. É muito importante sempre trabalhar e buscar gerar mais dinheiro”, opina.

De acordo com o economista Djalma Silva Guimarães, o caso de Heitor é uma exceção. “É um sistema de ganhar dinheiro fácil. O usuário vai vendo o dinheiro crescendo e investe cada vez mais. O rapaz utilizou o que ganhou de maneira correta. É importante também ter um plano de negócio para o empreendimento dar certo. É preciso ter vocação para ser empreendedor”, complementa.

Segundo Guimarães, além do empreendedorismo, existem outros meios para aplicar o que se ganhar nessas possíveis pirâmides financeiras. “Quem não quer empreender pode, por exemplo, aplicar o dinheiro em um título de previdência privada”, indica o economista.

A realização de "marketing multinível" promovido por empresas como TelexFree, BBOM e tantas outras, será discutido na Câmara Federal dos Deputados em Brasília, ainda neste mês. A audiência pública promovida pelo deputado federal Sílvio Costa (PTB) em conjunto com representantes do Ministério Público Federal, Poder Judiciário, Polícia Federal e a Secretaria de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda ocorrerá no dia 21 de agosto, no plenário da Comissão de Desenvolvimento Econômico, às 10h.

Durante anúncio da audiência nessa quinta-feira (8), o deputado convidou os  representantes legais das demais empresas para participarem do encontro e destacou que o principal objetivo é recuperar os investimentos das pessoas que acreditam na idoneidade destas instituições, para que, juntos, seja encontrada uma solução para os divulgadores e investidores não fiquem no prejuízo. 

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Na página de seu Facebook o petebista explica que a audiência é fruto de um requerimento conjunto de sua autoria, e dos deputados federais pelo Acre, Perpétua Almeida (PCdoB) e Gladson Camelli (PP). “Espero contar com o apoio dos senhores divulgadores para que convençam os representantes legais da BBom a participarem dessa Audiência Pública. Esclareço ainda que o Sr. Carlos Costa, representante legal da TelexFree já confirmou sua presença”, informou o parlamentar.

Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), o protesto em frente ao aeroporto foi encerrado. A manifestação envolvendo investidores das empresas suspeitas de pirâmide financeira havia bloqueado os dois sentidos da Av. Mascarenhas de Morais. Porém, apesar do termino da manifestação, o tráfego continua congestionado nos dois sentidos.

 

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Cerca de mil investidores de diversas empresas de marketing multinível estão reunidas nas proximidades do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Eles estão seguindo em carreata, que já concentra mais de 100 veículos, em direção ao Aeroporto Internacional do Guararapes, onde prometem bloquear duas faixas da via. 

O ato desta segunda-feira (5) e contrário aos bloqueios de novas adesões e liberação de pagamento de empresas como a Telexfree e BBOM. A última a ser investigada sob a suspeita de atuar no esquema de Pirâmide Financeira foi a Priples. Neste final de semana dois sócios da empresa foram presos.

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De acordo com o administrador e divulgados da TelexFree, Geraldo Marques, de 24 anos, a mobilização também pretende desfazer a imagem de obter dinheiro fácil. “Queremos hoje uma resposta, por a partir disso podemos tomar algum tipo de providência. O maior problema é que marketing multinível no Brasil não é reconhecido. Nos Estados Unidos 42% das pessoas vivem disso”, afirmou.

Com informações de Rhayanna Fernandes

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) voltou a rejeitar recurso que pretendia a retomada das atividades da empresa TelexFree. O caso foi analisado ontem (29) pela 2ª Câmara Cível, mas a decisão foi divulgada apenas hoje (30). O funcionamento da TelexFree foi suspenso em junho após suspeita de prática de pirâmide financeira, proibida pela legislação brasileira.

No recurso ao TJAC, a empresa alegava que a decisão tomada pela corte no dia 8 de julho precisava ser reformada por violar questões técnicas. O colegiado entendeu, no entanto, que não havia erros a serem corrigidos, e sim inconformismo com o resultado do julgamento.

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Os desembargadores seguiram voto do relator, Samoel Evangelista, que alegou ter encontrado motivação suficiente para formar a sua convicção, sem precisar analisar todas as questões levantadas pela empresa. Ele também destacou que o caso foi examinado pelo tribunal em várias oportunidades e que os precedentes citados pela defesa foram superados.

O modelo de pirâmide financeira se mantém por meio do recrutamento progressivo de pessoas, até chegar a níveis que tornam o retorno financeiro insustentável. Após intervenção do judiciário acriano, interessados no desfecho do processo envolvendo a TelexFree chegaram a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, mas todos os recursos foram negados.

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Os divulgadores da rede de marketing multinível Telexfree, insatisfeitos com a determinação da justiça de suspender pagamentos e adesão de novos contratos, promovem uma nova carreata neste domingo (30). Na manhã de ontem eles realizaram o mesmo movimento no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

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De acordo com a analista financeira Camila Queiroz, de 25 anos, cerca de 10 mil carros saíram, por volta das 8h da manhã de hoje, da Avenida Caxangá e seguem novamente para Boa Viagem. Os veículos, que possuem adesivos e bandeiras com o nome das redes, estão complicando o trânsito no local. “A Telexfree é uma empresa 100% segura. É uma instituição que tem suas despesas como as outras. Estou satisfeita em fazer parte dela”, argumentou a divulgadora.

Júnior Ferreira, 30, também é a favor da reabertura da empresa. “Creio que esse fechamento seja mais por questões políticas. A Telexfree mudou vidas. Hoje tem pessoas de boas condições que podem colocar os filhos numa escola particular”, garantiu.

Desde que a juíza de direito, Thais Queiroz B. de Oliveira Abou Khalil, do Ministério Público do Estado do Acre, proibiu novas adesões à rede, a Telexfree foi obrigada a suspender os pagamentos dos divulgadores que se espalham por todo o Brasil. No site da empresa, uma mensagem informa aos clientes todas as determinações da justiça.

Confira o comunicado na íntegra:

Por força de decisão judicial proferida em 13 de junho de 2013, pela Juíza de Direito Thais Queiroz B. de Oliveira Abou Khalil, nos autos de Ação Cautelar Preparatória nº 0005669-76.2013.8.01.0001, ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Acre, em trâmite na 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco-AC, estão proibidas novas adesões à rede Telexfree, na condição de partner ou divulgador; estão vedados os recebimentos, pela Telexfree, de Fundos de Caução Retornáveis e Custos de Reserva de Posição; estão proibidas as vendas de kits de contas VOIP 99Telexfree nas modalidades ADCentral e ADCentral Family; estão proibidos os pagamentos, aos partners e divulgadores, de comissões, bonificações e quaisquer vantagens oriundas da rede Telexfree (decorrentes de vendas de contas VOIP 99 Telexfree, de novos cadastramentos, de postagens de anúncios, de formação de binários diretos ou indiretos, de royalties, de Team Builder, dentre outras porventura devidas); que o descumprimento a qualquer das determinações acima enseja o pagamento de multa de R$100.000,00 (cem mil reais) por cada novo cadastramento ou recadastramento e por cada pagamento indevido.

Com informações de Nathan Santos

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Mais um protesto é realizado na capital pernambucana, desta vez quem tomou às ruas do Recife foram os investidores da rede de marketing multinível, Telexfree. Cerca de 50 pessoas se encontraram no 2° jardim de Boa Viagem, na manhã deste sábado (29), para protestar contra a ação da juíza do Ministério Público do Acre que instaurou o inquérito e bloqueou os serviços da rede. 

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O professor de educação física, Gleibisson Sinô, de 28 anos, afirma que a rede além de ser legalizada, todos os investidores pagam impostos. “Se fosse ilegal não pagaríamos mais de R$ 50 milhões para o governo. Existe uma coisa chamada investimento e ele só inicia quando você descobre uma oportunidade de receber algo por ele, tem seu risco assim como a bolsa de valores e tantos outros investimentos”, enfatizou.

Em relação os diversas reclamações que os cidadãos, de diferentes lugares do Brasil, fizeram ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), o jovem professor explicou: “Isso é um pouco irônico, imagina um sistema financeiro que todos estão falando que faz pirâmide oculta colocando os próprios divulgadores contra a empresa. É fácil a gente jogar um contra o outro, mas eu quero que provem quando não receberam, porque eu pago na hora, isso não existe”, garantiu. 

Gleibisson ainda conta que a empresa é uma forma de crescimento financeiro e pessoal. “Diferente dos jogos de azar, que você pode ganhar ou perder, a Telexfree é empresa que honra com os seus compromissos, paga aos seus divulgadores, tornando ele um trabalho honesto e dando aos ‘pobres’ uma chance de poder crescer na vida”, explicou. 

Assim como ele, o ex-recepcionista, Nilton Bandeira, de 33 anos, afirma que a rede de marketing multinível mudou a sua vida. “Deixei o meu emprego há um ano e meio, e dedico o meu tempo apenas para a Telexfree. Durante esse tempo eu já conquistei uma casa de praia, um apartamento, dois carros e outros objetos pessoais, comprei tudo à vista”, contou.

Ele ainda falou que nesse curto espaço de tempo já pagou mais de R$ 40 mil em impostos e assim como ele, a maioria das dos investidores vão recorrer a uma ação contra o estado do Acre. “Eu já adiantei 47 anos da minha aposentadoria, para ter o que tenho hoje”, finalizou. 

Segundo os manifestantes, o protesto vai percorrer, em carreata, as principais via das cidade até chegar à sede da Rede Globo. Não pretendem fechar o trânsito. 

Os investidores das redes Telexfree, Priples e BBOM prometem ir às ruas neste sábado (29) para protestar contra o bloqueios de suas contas feito pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), por indícios de formação de pirâmide financeira. A manifestação está marcada para acontecer às 10h, no 2° Jardim de Boa Viagem, área central do Recife. 

Nesta última sexta-feira (28), o Diário Oficial da União (DOU), publicou a decisão do bloqueio contra a empresa Ympactus Comercial Ltda, a Telexfree. Segundo o órgão, a empresa estaria violando princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor.

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O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, instaurou processo administrativo contra a empresa Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.) por indícios de formação de pirâmide financeira. A decisão está em despacho do DPDC publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 28.

Segundo informações do Ministério, O DPDC recebeu no início do ano denúncias contra a empresa de vários órgãos estaduais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, principalmente Procon e Ministério Público do Acre. A empresa estaria violando princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o dever de transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de veicular publicidade enganosa e abusiva.

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"A prática de esquemas de pirâmides, além de crime, acarreta danos irreparáveis aos consumidores. As empresas que incorrerem nessas práticas também serão sancionadas com base no Código de Defesa do Consumidor", alertou Amaury Oliva, diretor do DPDC, em nota emitida pelo Ministério. Se confirmada a prática abusiva, a empresa poderá ser multada em mais de R$ 6 milhões.

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