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Mais de 22 mil pessoas morreram de Covid-19 em unidades de pronto atendimento (UPAs) do País desde o início da pandemia, após ficarem internadas por mais tempo do que o recomendado por não conseguirem leitos em hospitais. Cerca de 10% das vítimas tinham menos de 60 anos e nenhum fator de risco associado. O levantamento, feito pelo Estadão com base nos dados do sistema de internações Sivep-Gripe, do Ministério da Saúde, leva em consideração pacientes que ficaram internados por dois dias ou mais nessas unidades, prática vedada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Embora tenham estrutura para dar o primeiro atendimento e estabilizar pacientes graves, as UPAs não devem manter o doente por mais de 24 horas, conforme a Resolução 2.079 do CFM, de 2014. Depois desse período, se necessário, a pessoa deve ser encaminhada a um hospital de referência. A resolução também proíbe "a permanência de pacientes intubados no ventilador artificial em UPAs, sendo necessária a imediata transferência a serviço hospitalar". Não foi o que aconteceu durante a pandemia no Brasil. Desde março do ano passado, as UPAs do País já acumulam 22.463 mortes de pacientes com covid-19 que ficaram internados por mais de 24h. Quase metade desses óbitos, 10.779, foi registrada nos quatro primeiros meses deste ano. O tempo médio de internação foi de 11,6 dias, mas em alguns casos a permanência foi de mais de cem.

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Segundo Ederlon Rezende, membro do conselho consultivo da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e coordenador da UTI do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, as UPAs não têm condições de manter pacientes internados porque estrutura, equipamentos e equipes não são adequados para o manejo de doentes graves. "A partir da primeira estabilização, o paciente tem de ser transferido, em especial os que necessitam de UTI."

O especialista explica que, como esse tipo de unidade é voltado ao atendimento somente das urgências, a estrutura não é tão completa. "Esses pacientes precisam de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas especializados. A ventilação mecânica, por exemplo, precisa ser ajustada a cada caso porque pode lesionar o pulmão se for feita por alguém sem especialização."

O 1º vice-presidente do CFM, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, explica que a resolução do conselho que proíbe internações superiores a 24 horas tem como objetivo aumentar a segurança do paciente. "As UPAs também não costumam ter estrutura para fazer exames importantes no acompanhamento de um doente com covid, como uma tomografia."

Rezende destaca ainda que a sobrecarga nessas unidades pode levar ao desabastecimento de insumos. "Se ela receber uma demanda maior do que está acostumada, pode faltar oxigênio", explica o intensivista. O insumo chegou a faltar de forma pontual em algumas UPAs da capital paulista no período de pico de internações, em março - conforme funcionários, o sistema não estava preparado para um aumento expressivo e repentino de demanda e não pôde ser reabastecido a tempo.

Internações

Ao todo, o suporte ventilatório invasivo foi usado por 7,1 mil pacientes que ficaram internados em UPAs por mais de 24 horas. Outros 10 mil foram submetidos à ventilação não invasiva e 1.638 não chegaram a usar nenhum tipo de ventilação. Não há informações sobre 2,3 mil pacientes.

A média de idade das vítimas é de 67 anos e 70% delas tinham comorbidades. A maioria das mortes, 5,8 mil, está concentrada na faixa dos 70 a 79. Há ainda um grupo de 2.278 pessoas, cerca de 10% do total, com menos de 60 anos e sem nenhum fator de risco associado. A maior parte dos óbitos, 51%, foi entre pessoas negras, grupo que inclui pretos e pardos.

Dentre as unidades analisadas, a que registrou mais mortes por covid foi a UPA Campo Limpo, na zona sul paulistana. Segundo a Prefeitura, a unidade é referência no atendimento de covid. Desde março do ano passado, 484 pessoas morreram no local por causa da doença.

Recursos

Questionado sobre a internação de pacientes graves, o Ministério da Saúde informou que "não autorizou a adaptação de UPAs para centro de atendimento à covid-19", mas que forneceu apoio financeiro, em caráter extraordinário e temporário, a municípios que solicitaram recursos para custear leitos de suporte ventilatório pulmonar para atender pacientes leves e moderados. O investimento, diz a pasta, foi de R$ 57,9 milhões.

O ministério disse ainda que, para evitar a saturação das UPAs, "atua constantemente na ampliação do número de leitos tanto de UTI quanto de suporte ventilatório em estabelecimentos de saúde." "Até o momento, já foi autorizado o custeio para mais de 22 mil leitos de UTI exclusivos para o atendimento de pacientes com covid-19, com investimento de R$ 2,2 bilhões", disse o órgão, em nota.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo disse que a resolução do CFM "foi instituída em momento livre de pandemia, situação que exige a adoção de medidas emergenciais" e destacou que, com o surgimento da covid-19, as 16 UPAs da cidade foram estruturadas para que as emergências se transformassem em UTIs capazes de suportar a alta demanda de pacientes com coronavírus. A pasta disse ainda que ampliou de 507 para 1.453 o número de vagas de terapia intensiva na cidade e ninguém ficou sem atendimento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A atuação de um grupo criminoso que superfaturava prestação de serviços a diversas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Rio de Janeiro acabou prejudicando o atendimento à população no período pré-pandemia, ajudando a agravar a situação atual no estado. A constatação é do Ministério Público (MP), que deflagrou nesta quinta-feira (14) a Operação Favorito, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e Polícia Civil.

“O desvio de quase R$ 4 milhões é um cálculo que diz respeito a um período anterior à pandemia. Certamente houve prejuízos no atendimento, na medida em que eram recursos que seriam destinados ao financiamento das atividades nas UPAs e que foram destinados para o desvio de agentes criminosos”, disse o procurador Eduardo Santos de Carvalho, em coletiva pela internet.

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A operação, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje, teve objetivo de cumprir cinco mandados de prisão e 25 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que praticou o crime de peculato, ao desviar R$ 3,95 milhões em recursos públicos da saúde.

De acordo com a denúncia, os valores foram repassados à Organização Social Instituto Data Rio (IDR) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para a administração de UPAs. O desvio dos recursos, segundo o MP, se deu através de pagamentos superfaturados à empresa Dorville Refeições Ltda, atualmente denominada Dorville Soluções e Negócios Ltda, para fornecimento de alimentação às unidades de saúde.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias contra Luiz Roberto Martins, Luciano Leandro Demarchi, Lisle Rachel de Monroe, Carla dos Santos Braga e Leandro Braga de Sousa e em seus endereços e locais ligados a eles na capital, Teresópolis, Paracambi e Nova Iguaçu. A operação resultou na prisão dos cinco alvos.

Foi apreendido com os suspeitos pouco mais de R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo, sendo que a maior parte, cerca de R$ 1,5 milhão, estava com Luiz Roberto Martins, ex-presidente do IDR e atual presidente do Conselho de Administração da OS, apontado como o chefe da organização.

Segundo o MP, Luiz Roberto "exercia poder decisório sobre a administração do IDR, com o auxílio de Luciano e Lisle, que exerciam as funções de superintendente de serviços de saúde e superintendente financeiro e administrativo da OS, respectivamente".

A Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) de Guarulhos deu início à implementação do Circular da Saúde: linha de ônibus que atende exclusivamente cinco unidades de saúde da cidade. O serviço foi inaugurado na manhã desta terça-feira (13).

A linha 356 passa pelos terminais Cecap, Taboão e Urbano Rodoviária e outros nove pontos de integração. Além disso, atende as UPAs Paraíso e Paraventi; a Maternidade Jesus, José e Maria; o Hospital Municipal de Urgências (HMU); e o Hospital Geral de Guarulhos. O itinerário tem 18,6 quilômetros de extensão, percorridos em aproximadamente 70 minutos. A linha 356 possui quatro veículos, que farão 40 viagens entre 5h30 e 23h, num intervalo de, em média, 25 minutos entre um carro e outro. 

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O investimento da STT na linha é de R$ 38.542,00 por veículo. “A Circular da Saúde é mais uma conquista da população guarulhense. A um custo baixo, atenderá o munícipe que mais precisa do transporte público para ir ao médico nos postos de saúde ou hospitais da cidade, além de dar acesso à linha Jade 13 da CPTM, favorecendo o acesso a São Paulo. O projeto foi desenvolvido pelos técnicos da STT, representados pelo diretor Oscar Kaari, e faz parte das diretrizes do governo do prefeito Guti”, diz o secretário de pasta em exercício, Ticiano Neves.

Confira as unidades atendidas:

UPA Paraíso;

UPA Paraventi;

Maternidade Jesus, José e Maria;

Hospital Municipal de Urgências;

Hospital Geral

Pontos de integração

Praça Oito de Dezembro;

Av. Silvestre Pires de Freitas;

Cidade Martins;

Av. Brigadeiro Faria Lima;

Maternidade JJM/Santa Clara;

Av. Dr. Renato A.Maia;

Av. Tiradentes;

Praça Ver. Antonio Grotkovski;

HMU/Bom Clima;

Terminal Cecap;

Terminal Urbano – Rodoviária;

Terminal Taboão.

A Prefeitura Municipal de João Pessoa define esta semana a data de divulgação de dois editais para os concursos públicos do Instituto de Previdência Municipal (IPM) e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb). A previsão é que as provas sejam realizadas ainda este ano. O edital para a contratação de profissionais para trabalhar nas UPAs de Cruz das Armas e Bancários será lançado no início do próximo ano.

Na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, serão ofertadas 70 vagas para profissionais de nível médio, na função de agente de controle urbano. Já no Instituto de Previdência do Município, serão disponibilizadas 60 vagas para os cargos de suporte administrativo e previdenciário, assistente de tecnologia da informação, além de técnico previdenciário, destinado para profissionais das áreas de Contabilidade e Enfermagem. O Instituto também vai selecionar servidores para a categoria de Analista Previdenciário, que reunirá funções de nível superior: administrador, advogado, analista de informática, arquivologista, assistente social, atuário, contador, economista, médico-perito e psicólogo.

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Segundo o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), a reunião que iria acontecer nesta segunda-feira (23) foi adiada e até esta sexta-feira (27) as datas devem ser definidas.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quinta-feira, 5, a ampliação em R$ 93,2 milhões em recursos para 46 Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h). O repasse será recebido por 43 cidades das cinco regiões.

Segundo a pasta, existem atualmente no País 562 UPAs em funcionamento, com capacidade de atender 130 mil pacientes por dia - 223 estão em obras com verbas já empenhadas e outras 165 unidades foram concluídas, mas estão sem funcionar.

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“É melhor dois do que nenhum. O Brasil precisa cair na real”. Foi assim que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quinta-feira (29), as novas regras para o funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Ele se referia ao principal ponto da mudança, que permite que as unidades funcionem com metade dos médicos exigidos anteriormente. 

Segundo Barros, a quantidade desses profissionais na equipe das unidades ficará a escolha dos prefeitos. O ministro disse que o Governo Federal não tem capacidade de contratar pessoal. “É melhor uma UPA funcionando com um médico de dia e um de noite do que ela fechada. Estou absolutamente seguro de que estamos fazendo o melhor para a saúde”. 

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Outra medida polêmica prevista é de que poderão ser compartilhados os equipamentos entre as UPAs. Ele explicou que as alterações foram aprovadas na comissão Tripartite, que inclui representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde. A previsão é de que a portaria seja publicada, no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (30).

Segundo o Ministério da Saúde, 165 UPAs estão fechadas atualmente porque os municípios não conseguem custear as exigências mínimas necessárias. “Muitos preferem paralisar as obras quando elas estão quase prontas porque não tem dinheiro”, disse Barros. 

Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) poderão funcionar com um número menor de médicos do que o mínimo exigido atualmente. A mudança, anunciada nesta quinta-feira, 29, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, é a estratégia encontrada pela pasta para tentar colocar em operação unidades que estão construídas e que estão fechadas por falta de interesse dos municípios.

No modelo mais simples, UPAs poderão funcionar com apenas dois profissionais. Metade do que o obrigatório no modelo em vigor. "É melhor dois médicos do que nenhum", respondeu o ministro, ao ser questionado se a alteração não colocaria em risco a qualidade de atendimento. "O Brasil precisa cair na real. Os municípios não têm capacidade de contratar médicos. É melhor do que UPA fechada", concluiu.

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Atualmente, existem no País três tipos de UPAs. A mais simples, classificada de nível I, tem de ofertar 4 médicos, 7 leitos e fazer, pelo menos, 150 atendimentos por dia. A de nível 2 exige a presença de 6 médicos, responsáveis por realizar 250 atendimentos diários. O nível mais alto tem de apresentar no mínimo 15 leitos, 9 médicos e fazer uma média diária de 350 atendimentos.

A nova regra, que será publicada amanhã no Diário Oficial, amplia as opções de UPAs para oito níveis. No mais baixo, serão necessários apenas dois médicos, que deverão se dividir para trabalho em turnos 12 horas. As exigências para UPAs do maior porte da tabela não foram alteradas. Elas poderão funcionar com um mínimo de 9 médicos.

Falta de interesse

Estão em funcionamento no País 520 UPAs. Outras 165 unidades concluídas não foram inauguradas. De acordo com ministério, por falta de interesse dos municípios em colocá-las em operação. Há ainda outras 275 UPAs em construção.

Segundo o ministro, em 170 unidades pelo menos 90% das obras já foram concluídas, mas prefeitos evitam inaugurá-las, justamente por não ter condições de custear o serviço. Barros espera que com a mudança prefeitos sintam-se motivados a inaugurar as unidades.

As UPAs são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e o atendimento de emergência dos hospitais. De funcionamento 24 horas, oferecem, por exemplo, aparelhos de imagem e exames de diagnóstico, além de leitos para internação. Assim que o programa foi criado, o ministério recebeu uma extensa lista de municípios interessados em participar do programa. No entanto, diante da necessidade de municípios ofertarem uma contrapartida - incluindo aí o pagamento de profissionais - o programa emperrou. Muitos prédios foram construídos e, mesmo com equipamentos, ficaram sem uso.

Há pelo menos seis meses o governo tenta encontrar uma solução para o problema. Entre as propostas apresentadas estava dar outro destino para instalações. O Tribunal de Contas da União, no entanto, não permitiu a mudança.

A alternativa encontrada, no entanto, vai na contramão do que é defendido por especialistas em redes de saúde: concentrar o atendimento mais complexo, como exames de imagem, para evitar ociosidade de equipamentos. No modelo apresentado pelo ministério será possível, por exemplo, que o município opte por fatiar o atendimento de uma UPA que já está em funcionamento com outra, que está para ser inaugurada. A regra permite que a capacidade de atendimento de uma UPA que já está em funcionamento seja reduzida, com menor exigência de profissionais. Amplia-se o número de prédios (e de fachadas), os aparelhos (e custos) envolvidos, mas não o número de profissionais disponíveis para fazer o atendimento.

O número de atendimento mínimo exigido de cada médico foi mantido.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) das cidades de Arcoverde e Belo Jardim, interior pernambucano, estão realizando processo seletivo para a contratação de 10 médicos. Os interessados em participar da seleção devem enviar currículos, até 17 de julho, para os e-mails upae.arcoverde@hcp.org.br e upae.belojardim@hcp.org.br.

Para a cidade de Arcoverde, as vagas disponíveis são para cardiologista, endocrinologista, gastroenterologista, oftalmologista e médico ultrassonografista. Já em Belo Jardim, as oportunidades são para cardiologista, endoscopista, ginecologista, gastroenterologista e oftalmologista. De acordo com a organização do processo seletivo, o salário e detalhes sobre a jornada de trabalho serão informados no decorrer da seleção.

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Surgidas em 2010 como solução para desafogar o atendimento da saúde pública no Estado, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) passam por delicado momento no início deste mês de maio. Demissões em massa são confirmadas nas UPAs administradas pela Fundação Professor Martiniano Fernandes (IMIP Hospitalar). Profissionais dos expedientes noturnos são os mais afetados. 

Uma funcionária – que prefere não se identificar – demitida nesta quarta (6), da UPA de Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, conta detalhes da situação. “O Serviço Social da noite foi extinto, três pessoas foram demitidas. Através da gestora, soubemos que todas as unidades precisam diminuir 10% dos custos. Com isso, a UPA de Engenho Velho só vai ter um maqueiro durante o dia, assim como odontologia não vai funcionar à noite”. 

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Segundo a profissional de saúde, o atendimento será absolutamente afetado. “Quem chegar lá à noite, não vai ter serviço. Casos de violência doméstica, por exemplo, onde o maior índice de casos é à noite, de madrugada. As pessoas terão que esperar até o outro dia para ter atendimento?”, questiona ao lembrar que, com apenas um maqueiro, o acolhimento necessário é praticamente impossível.

Demitida da UPA de Barra de Jangada, também em Jaboatão, outra assistente social aponta que o IMIP irá tirar os plantões noturnos de Serviço Social de todas as UPAs de sua administração. Tais unidades são as de Barra de Jangada, Engenho Velho, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Paulista, São Lourenço da Mata, Caruaru, Petrolina e Igarassu. “Em todos os setores, teve pelo menos um corte aqui. Rouparia, pessoal de coleta, técnicos de imobilização, enfermaria. Das 22h às 7h da manhã, a unidade ficará descoberta”, disse a funcionária demitida da UPA de Barra de Jangada. 

IMIP confirma redução de custos em todas as UPAs

Por meio de nota, o IMIP não especificou a quantidade de pessoas demitidas, mas confirmou o corte nos gastos. Segundo a Organização Hospitalar (OS) que gerencia nove UPAs na Região Metropolitana, a ação foi resultado de uma decisão do Governo estadual. Confira a nota, na íntegra:

“A Fundação Professor Martiniano Fernandes – IMIP HOSPITALAR, entidade responsável pela gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Barra de Jangada, Cabo de Santo Agostinho, Engenho Velho, Olinda, Paulista, São Lourenço da Mata, Caruaru, Petrolina e Igarassu, vem a esclarecer que:

Recebeu o Oficio 085/2015, da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, no qual faz menção ao Decreto Estadual nº 41.466/2015, cujo o objeto é a redução dos gastos públicos. O referido ofício comunica também que haverá prorrogação das metas atuais e que não haverá reajuste do valor do repasse relativo a inflação do ano de 2014. Em decorrência disso, está sendo realizado um plano emergencial de redução de custos em todas as unidades, sem que haja interferência na qualidade da assistência oferecida para a população pernambucana.”

A presidente, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira (13), em entrevista a rádios locais de Uberlândia (MG), que o governo federal vai entregar sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na região. Ela ressaltou que o governo também trabalha para fortalecer a rede hospitalar e a oferta de ambulâncias. "Nós vamos fazer sete UPAs na região e vamos introduzir esse serviço de ambulância. Além disso, temos procurado fortalecer a rede hospitalar. O Triângulo Mineiro passa a ser um centro de procura", disse. Ela ressaltou que a saúde da população deve ser colocada em primeiro lugar.

Dilma afirmou também que há hoje na região 190 postos de saúde, sendo 58 deles em Uberlândia, dos quais 19 estão sendo modernizados. Serão construídos ainda mais 30 postos de saúde na região. "Nós queremos que os médicos atendam a rede básica, nos postos e nas UPAs. E que atendam a semana inteira", afirmou, ao fazer referência ao programa Mais Médicos. "Na região foram solicitados 41 médicos e essa demanda vai ser atendida a partir de agora, sucessivamente", completou.

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A presidente voltou a dizer que o programa prioriza os brasileiros e, à medida que os formados no País não são suficientes, é aberta a fase de inscrição dos estrangeiros. "Ficou visível na primeira que os médicos que se inscreveram não foram trabalhar, uma parte deles. Então vamos agora preencher com médicos estrangeiros", disse.

Ao ser questionada sobre a preocupação com a saúde das mulheres, Dilma reforçou que desde 2011 sua administração focou na questão da saúde da mulher. "É um compromisso meu até porque eu sou a primeira presidenta mulher", disse. Dilma participa nesta manhã de formatura de 1.800 alunos do Pronatec Brasil Sem Miséria em Uberlândia.

Os funcionários do Hospital Miguel Arraes (HMA) e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Olinda irão receber treinamento de desenvolvimento de trabalho em equipe. As aulas serão ministradas nesta quinta-feira (11), no auditório do HMA, localizado me Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A ação ocorre através de palestras e dinâmicas sobre o Desenvolvimento do Trabalho em Equipe de Saúde (DTES). O objetivo do trabalho é desenvolver relações interpessoais e motivar a equipe para alcançar um maior comprometimento e excelência nos resultados, buscando a constante melhoria no atendimento ao usuário.

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Com informações da assessoria

ALAGOAS - O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (12) a construção de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do tipo 3, que ofertam o serviço de internação, inédito na capital alagoana. As novas unidades das UPAs serão construídas nos bairros do Trapiche da Barra e em Benedito Bentes e terão o apoio do Minstério da Saúde.

De acordo com o prefeito, essas novas unidades de Pronto Atendimento tem como objetivo distribuir o fluxo de pessoas para não sobrecarregar o atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE), o que ocorre com frequência. Cada unidade das UPAs contarão com uma área de 1.400m² e com a capacidade de até 30 internações.

Cerca de R$ 4 milhões serão gastos nas obras que ainda não tem data para ser iniciada. A estimativa é que o custo mensal de cada uma das unidades seja em torno de R$ 1 milhão, o que será dividido entre o Ministério da Saúde, o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió.

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Por Flávia Yezzi

O prefeito da cidade do Recife, Geraldo Julio, lançou no inicio da manhã desta terça-feira (29) as primeiras quatro Upinhas 24h. No total, serão 20 unidades erguidas durante o seu mandato. O evento aconteceu no Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife e contou com a presença do secretário de saúde, Jailson Correia, o presidente da câmara de vereadorres, Vicente André Gomes e o representante do governo do estado, Antonio Carlos Figueira, no lugar de Eduardo Campos que não pode comparecer ao evento.

No local do evento, o prefeito vai assinou o decreto de desapropriação de outros terrenos no Córrego do Jenipapo, Fundão e na Bomba do Hemetério, que também ganharão as unidades médicas. A construção de cada Upinha custará cerca de R$ 1,8 milhão ao Executivo municipal. “Esta ação é muito importante para o nosso povo sofrido. O Córrego estava prejudicado, agora muitas crianças e mulheres terão um funcionamento de qualidade e respeito. Estamos precisando disso, saúde é vida”,  desabafou a líder comunitária do Córrego do Jenipapo, Iranete Correia, de 56 anos, conhecida popularmente por “Nete”. 

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As Upinhas terão funcionamento 24 horas e vão oferecer atendimento de ambulatório e emergência para casos menos graves. Cada uma terá três consultórios médicos, três consultórios odontológicos, três equipes do Programa de Saúde da Família e salas de observação, nebulização e sutura. Além disso, haverá espaço para coleta de exames e aplicação de medicamentos e um auditório.

“Estamos fazendo um avanço grande, em que 500 mil pessoas serão beneficiadas. Estamos tornando real o que o povo escolheu para a sua vida”, enfatizou Geraldo Julio. Os terrenos escolhidos ficam nas Regiões Político Administrativas 2 e 3, o primeiro é propriedade da Empresa de Manutenção Limpeza Urbana (Emlurb). O prefeito ainda anunciou que durante as obras haverão concursos para selecionar os profissionais da saúde. Geraldo informou que ainda este mês serão anunciadas novas ações.

Será liberado nesta quarta-feira (15), pelo Ministério da Saúde, R$ 219 milhões para a implantação da primeira etapa do Plano de Ação da Rede de Atenção às Urgências de Pernambuco. Deste total, R$ 112,6 milhões serão aplicados, de imediato, na rede.

O Plano beneficia 21 municípios pernambucanos e visa potencializar a organização da rede para gerar impactos positivos no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além dos recursos que vão possibilitar a ampliação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), habilitação e qualificação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e das portas de entrada de Urgências, o programa de Atenção Domiciliar, o custeio de salas de estabilização, além de leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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Serão R$ 6 milhões para o custeio anual de cinco novas UPA’s de porte I e R$ 15,9 milhões para o custeio de três novas unidades de porte III, além da qualificação. Estas unidades são equipadas para realizar atendimentos de complexidade intermediária.

Já para o Serviço de Atenção às Urgências (SAMU) serão repassados R$ 10,9 milhões por ano para habilitação de novos serviços e ampliação dos existentes no estado e municípios. A medida prevê ainda a qualificação de uma equipe que proporcionará maior agilidade no atendimento aos primeiros socorros à população.

Para o programa Melhor em Casa (Atenção Domiciliar), foi aprovado também pelo Ministério da Saúde o repasse anual de R$ 15,7 milhões para o custeio de 35 equipes multiprofissionais, que resultará na melhoria dos serviços prestados à população. Outros R$ 167,4 milhões de investimento vão ser aplicados no custeio das ações e serviços da qualificação das portas de entrada de urgência, destinando R$ 21,6 milhões para o Hospital Restauração.

Do total de recursos, R$ 81,1 milhões serão aplicados na habilitação de 180 novos leitos, sendo 83 de UTI tipo II, 50 de UTI tipo III e 47 de UTI coronariana. Além disso, R$ 33,8 milhões serão repassados para a qualificação de 323 leitos de UTI tipo II e III.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (16), durante o programa de rádio Café com a presidenta, que até 2014 o governo federal "vai investir R$ 2,7 bilhões para construir mais 900 Unidades de Pronto Atendimento em parceria com os estados e com as prefeituras". O objetivo é amenizar a demanda nas emergências dos grandes hospitais públicos.

Segundo ela, também serão investidos, no mesmo período, cerca de R$ 3,5 bilhões para construir e equipar quase quatro mil novas Unidades Básicas de Saúde, os chamados postos de saúde, e reformar e ampliar outras 21 mil em todo o Brasil.

"Nós sabemos que o desafio é imenso, porque quase 140 milhões de brasileiros e brasileiras dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde, o SUS. E isso significa que o nosso grande desafio é garantir que esse atendimento seja de qualidade para todos", frisou.

Por Adriana Cavalcante

O tema saúde pública sempre desperta análise negativa, recheada de reclamações e críticas de mau atendimento. Mas de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgada nesta quinta-feira (22), com exclusividade, pelo Portal LeiaJá, o recifense vive um momento diferenciado, com um elevado grau de aprovação desses serviços. O estudo, realizado nos dias 06 e 07 de dezembro, tem margem de erro de 5% e ouviu 480 usuários na capital pernambucana.

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Com foco nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Samu e Farmácias Populares, o levantamento surpreende. Em relação às UPA’s, 55,2% avaliam como bom e ótimo a prestação do serviço. O Samu alcança a aprovação de 73,6% dos entrevistados e a Farmácia Popular atinge o teto de 80,0%, entre bom e ótimo.

A pesquisa também abordou a comparação na gestão da saúde do atual governo estadual em relação a períodos anteriores. E o resultado é igualmente positivo, com o registro de 61% entre bom e ótimo, na comparação.

Outros aspecto tratado é o perfil dos usuários dos três programas focados pela pesquisa – tendo sido aferido itens como renda familiar, escolaridade, e empregabilidade.

UPA’s - Apesar da satisfação dos recifenses, vale ressaltar que a mostra é um retrato do momento. Nas UPA’s, 64,8% dos entrevistados disseram já ter sido atendido pessoalmente em uma delas. Eles elogiaram basicamente a limpeza, localização, e respeito por parte dos funcionários.

Mas nem tudo são flores. Ao mesmo tempo, itens como tempo de espera para o atendimento, estrutura para acompanhantes (porque o paciente só tem direito a um familiar por perto) ficaram no ranking das insatisfações.

Para o economista do Instituto de Pesquisa da Maurício de Nassau, Djalma Guimarães, essa aparente contradição na avaliação, na verdade, é compreensível “porque por mais que demore o atendimento e isso comprometa a agilidade do processo, o atendimento, no entanto, é mais humano. E parece que é isso que conta”.

Ainda no caso das UPA’s, foco inicial do estudo, chama a atenção às diferenças do nível de aprovação entre uma e outra unidade, das seis pesquisadas. Mesmo o sistema funcionando em rede. 



 

Mas, segundo Djalma Guimarães, por mais que o modelo seja único e funcione em rede, o diferencial, na avaliação feita pelo usuário, pode estar associado a fatores como demanda maior numa ou noutra unidade e a própria gestão existente em cada uma delas.

Durante o lançamento da nova Política Estadual, nesta segunda-feira (21), o governador Eduardo Campos anunciou que Pernambuco vai ganhar 10 grandes Unidades de Pronto Atendimento em 2012, as chamadas UPAs Especialidades (UPAEs). De acordo com o governador, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também será ampliado e deverá ser estendido para todos os municípios. O Governo do Estado vai investir mais de R$ 170 milhões nas ações.

As UPAEs vão oferecer atendimento gratuito em 14 áreas. Cardiologia, endocrinologia, dermatologia, gastroenterologia, urologia, infectologia e nefrologia são algumas delas. Petrolina vai ganhar a primeira unidade, que vai contar também com atendimento em urgência clínica e odontológica. Serão investidos R$ 18 milhões em obras e equipamentos.

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Outro modelo de UPAE será construído em Recife, Garanhuns e Caruaru. A nova unidade terá capacidade para realizar cirurgias de baixa complexidade, onde os pacientes são liberados em até 24h. São procedimentos como operação de catarata, adenóide, biópsias, retiradas de hérnias, entre outras. Deverão ser investidos R$ 20 milhões em cada uma dessas unidades.

Os demais municípios a ganhar UPAEs são Arcoverde, Caruaru, Palmares, Limoeiro, Ouricuri, Salgueiro e Serra Talhada. Cada uma delas receberá R$ 16 milhões em investimentos.

Samu – Também foi anunciada a ampliação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que atende hoje apenas 38 cidades em Pernambuco. Até o final de 2012, todos os municipios serão cobertos pelo serviço do 192. O Governo do Estado vai adquirir 150 novas ambulâncias para somar as 104 existentes hoje.

 

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