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Representantes da Anistia Internacional e da ONG Redes da Maré estão distribuindo panfletos com orientações aos moradores do Complexo da Maré para conscientizá-los de seus diretos e garantias individuais. Os panfletos alertam os moradores para denunciarem possíveis invasões de residências sem mandados judiciais e revistas truculentas pelas forças de segurança que ocuparam a região na madrugada deste domingo (30).

Após a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado do Rio numa praça na Vila do Pinheiro, um membro da Cruz Vermelha soltou uma pomba branca para celebrar a paz. "Que as crianças e moradores tenham uma vida tranquila daqui para frente e que essa mudança traga mais educação, saúde e melhores condições de vida para todos da Maré", disse Gilberto de Almeida, da Cruz Vermelha.

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O comandante do Batalhão de Choque, tenente coronel Andre Vidal, disse que as forças de segurança foram bem recebidas pelos moradores. "Cumprimos o objetivo primeiro, que foi a tomada pacífica do terreno. A população nos recebeu com sorrisos e aplausos".

As favelas Parque União e Nova Holanda, até então dominadas pelo Comando Vermelho, ficarão ocupadas pelo Batalhão de Operações Especiais. As comunidades que eram controladas pelo Terceiro Comando Puro serão patrulhadas pelo Batalhão de Choque. Já as favelas Praia de Ramos e Parque Roquette Pinto, que eram dominadas por milicianos, ficarão sob a Polícia Rodoviária Federal, devido à proximidade com a superintendência da PRF. O esquema funcionará até o próximo fim de semana, quando todas as 16 favelas da Maré serão ocupadas pelo Exército.

Pelo menos três sedes de Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs) foram atacadas por criminosos na noite desta quinta-feira (20), na Zona Norte do Rio. Uma delas foi incendiada e seu comandante, baleado. Outro PM foi ferido com uma pedrada. Dois suspeitos foram baleados e um deles foi preso.

O tumulto começou na UPP de Manguinhos, por volta das 18h30. Policiais da unidade tinham ido até um prédio abandonado, que havia sido ocupado por invasores, com a intenção de cumprir uma ordem de desocupação. A retirada dos invasores começou pacífica, mas um grupo passou a atacar os policiais com pedradas. Um soldado foi ferido a pedrada e o tumulto aumentou, exigindo a intervenção do Batalhão de Choque.

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Traficantes se aproveitaram da confusão e atacaram policiais e a sede da UPP. Houve troca de tiros, durante a qual o capitão Gabriel de Toledo, comandante da UPP, foi baleado na coxa direita. Levado inicialmente ao Hospital Federal de Bonsucesso, na mesma região, ele foi submetido a exames e depois transferido para o Hospital da Polícia Militar, onde seria operado durante a madrugada.

Criminosos também atacaram dois carros da PM e o contêiner onde funcionava a UPP, ateando fogo a eles. O incêndio atingiu a rede elétrica e deixou sem eletricidade parte do conjunto de favelas, composto por 13 comunidades.

Por conta do tumulto e da troca de tiros, a circulação de trens da Supervia no ramal de Saracuruna, que passa perto da comunidade, foi interrompida por volta das 19h30 e regularizada apenas às 22h. A avenida Leopoldo Bulhões, principal via das imediações de Manguinhos, também foi interditada.

Outros ataques

Por volta das 20h, criminosos atacaram outra UPP, a Camarista-Méier, situada no complexo de favelas de Lins de Vasconcelos e inaugurada em 2 de dezembro de 2013. A unidade foi atingida a tiros por bandidos, mas ninguém foi atingido.

O terceiro ataque foi à UPP do Alemão. Policiais foram surpreendidos por bandidos e houve tiroteio. Dois suspeitos foram baleados. Um deles conseguiu fugir, mas o outro foi preso. Seu nome não havia sido divulgado até a noite.

Um quarto ataque (à UPP Arará e Mandela, vizinha de Manguinhos) também chegou a ser divulgada por moradores através das redes sociais, mas não havia sido oficialmente confirmada.

Em nota, o governo do Estado do Rio afirmou que mantém "o firme compromisso assumido com as populações das comunidades e com a população de todo o Estado do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação".

Ataques de criminosos a policiais e sedes de UPPs têm se tornado cada vez mais frequentes. Toledo foi o segundo oficial de UPP baleado neste mês. No dia 13, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Alves, de 27 anos, morreu baleado na testa, no Parque Proletário, na Penha (zona norte). Desde que as UPPs começaram a ser implantadas, em 2008, 11 policiais que atuavam nessas unidades foram mortos.

Menos de 12 horas depois de o tenente Leidson Acácio Alves Silva, de 27 anos, ter sido assassinado num ataque de traficantes na Favela Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha (zona norte do Rio de Janeiro), bandidos atiraram contra PMs na Rocinha (zona sul), por volta das 9h desta sexta-feira (14).

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, os PMs estavam em patrulhamento na localidade conhecida como Terreirão, quando se depararam com um grupo de criminosos armados. Os traficantes efetuaram disparos na direção dos policiais, que revidaram. Não houve feridos. Em seguida, os atiradores fugiram. Ninguém foi preso.

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Facebook - Na madrugada desta sexta-feira, a mulher do tenente Leidson Acácio, Jaqueline Oliveira, escreveu em seu perfil no Facebook uma mensagem para o marido. Ele foi assassinado no final da noite dessa quinta-feira (13), após ter sido baleado na cabeça por traficantes.

"Me lembro bem a primeira vez que eu te olhei nos teus olhos eu encontrei, ternura e amor como eu nunca vi igual. Meu amor é muito mais do que eu podia imaginar... Se uma lágrima cair do meu olhar, não leve a mal, é o meu coração querendo te encontrar...", diz a mensagem, ilustrada com uma foto do casal.

Subcomandante da UPP Vila Cruzeiro, o tenente Leidson Acácio foi morto com um tiro na cabeça, por volta das 22h30 de quinta. Ele fazia um patrulhamento com outros policiais na Rua 10, na divisa entre as favelas Vila Cruzeiro e Parque Proletário, quando foi baleado por traficantes. O oficial chegou a ser levado com vida ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu ao ferimento na testa. Os criminosos fizeram quatro ataques simultâneos a PMs em pontos diferentes da região. O tenente Acácio estava na Polícia Militar há pouco mais de três anos, e era lotado na UPP Vila Cruzeiro há três meses.

Policiais militares ocuparam, no início da manhã desta quinta-feira (13) a comunidade da Vila Kennedy, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. A operação, que conta com a participação de 270 homens de seis batalhões, tem por objetivo preparar o terreno para instalar a 38ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado.

Segundo a Secretaria de Segurança, não houve confrontos e a comunidade foi ocupada em apenas 20 minutos. Neste momento, policiais militares estão dentro da comunidade, em busca de armas, drogas e suspeitos. Uma central móvel de identificação de pessoas da Polícia Civil foi montada no local.

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A polícia pede a ajuda dos moradores, para que colaborem com os agentes e andem com documentos de identificação. Denúncias sobre armas, drogas e criminosos podem ser feitas para os telefones do Disque-Denúncia (2253-1177) e dos batalhões de Choque (2332-8486) e de Operações Especiais (2334-3983).

Denúncias sobre abusos policiais podem ser feitas à Ouvidoria da Polícia (3399-1199) e à Corregedoria da Polícia Militar (2332-2341).

Dois suspeitos de envolvimento com o tráfico morreram após uma troca de tiros com policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Coroa/Fallet/Fogueteiro, no Morro da Coroa, região central do Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira, 12. Os PMs faziam um patrulhamento na localidade conhecida como Serra Pelada quando se depararam com um grupo de cerca de 20 bandidos armados. Os criminosos abriram fogo e os PMs reagiram. Iuri da Silva, de 20 anos, e Julio Cesar de Assis Barros, de 31, foram baleados. Os dois foram levados ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiram. Com a dupla, foram apreendidos um fuzil calibre 5.56 e uma pistola 9 mm. O registro do caso foi feito na 5ª Delegacia de Polícia (Lapa).

Policiais da 11ª Delegacia de Polícia, na Rocinha, zona sul do Rio, e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) prenderam, nesta terça-feira, 11, o traficante Paulo Roberto Santos, conhecido como Bradock, de 44 anos. Ele é apontado como um dos coordenadores do ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, em 16 de fevereiro.

Segundo o delegado titular, Gabriel Ferrando, contra Santos foi cumprido um mandado de prisão por associação ao tráfico, tráfico de drogas e tentativa de homicídio. O criminoso, que foi capturado na comunidade, também possui anotações criminais por homicídio, roubo e tráfico de drogas.

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Dois policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Polícia Militar (PM) na Rocinha, na zona sul do Rio, foram baleados na madrugada desta terça-feira, em confronto com um grupo armado. O clima ficou tenso na Rocinha até o dia amanhecer. Por volta de 5h, um protesto de moradores fechou a Autoestrada Lagoa-Barra, em São Conrado, na saída do Túnel Zuzu Angel. Os manifestantes colocaram fogo em lixo e teriam jogado pedras em carros que passavam pelo local.

Os policiais foram socorridos e passam bem, segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora. Um deles foi atingido no braço, de raspão, e liberado após ser atendido. Já o outro policial ferido foi atingido no abdome, teve que ser levado ao Hospital Central da Polícia Militar, mas tem estado de saúde estável.

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O confronto ocorreu na Estrada da Gávea, esquina com a Rua da Cachopa, na localidade da Rocinha conhecida como Macega. Segundo a assessoria de imprensa da PM, uma equipe da UPP circulava pela área quando se defrontou com um grupo de seis a oito homens armados de pistolas, dando início ao tiroteio, por volta de 4h.

Em seguida, um homem atirou num transformador de luz, deixando parte das casas da Rocinha sem energia elétrica. Alguns estabelecimentos comerciais também foram depredados, ainda de acordo com a PM.

Baile

O jornal comunitário "Rocinha Notícias" publicou em sua página no Facebook que policiais da UPP encerraram um baile funk na Via Ápia, principal rua da Rocinha, na parte baixa da comunidade, mas a PM descartou relação entre o caso e o protesto da madrugada.

Segundo a assessoria de imprensa da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, policiais intervieram para encerrar o baile funk por volta de 3h. A ação contra a festa seguiu-se a reclamações, por telefone, de moradores da Rocinha, incomodados com o barulho. O baile havia sido autorizado pela UPP, mas o horário máximo de tolerância era 1h.

Para conter a manifestação, os policiais da Rocinha receberam reforço de agentes de outras UPPs da zona sul e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq). Os manifestantes foram dispersados com bombas de efeito moral e a via foi liberada.

Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) também foram acionados. Até o fim da manhã, ninguém havia sido preso e a PM seguia fazendo buscas na Rocinha para encontrar o grupo armado.

RIO - Moradores do Morro São João, no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro, incendiaram três ônibus durante um protesto no final da noite de quarta-feira (12).

O fogo atingiu fios de alta tensão e se espalhou para três lojas da Rua Barão do Bom Retiro, a principal do bairro, que foi interditada na altura da Rua Araújo Leitão, sentido Méier. Foram destruídos um açougue, uma papelaria e uma imóvel comercial que está fechado.

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O protesto foi realizado após a morte de um adolescente de 17 anos durante um suposto tiroteio entre traficantes e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora. A favela possui uma UPP desde 2011.

Quatro suspeitos de atear fogo aos ônibus foram detidos e encaminhados à 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo). Bombeiros do Quartel de Vila Isabel foram mobilizados para debelar as chamas. A Rua Barão do Bom Retiro foi interditada no final da noite e foi liberada ao trânsito por volta das 5h.

Mais dois suspeitos foram mortos nesta quarta-feira, 05, durante duas operações promovidas pela Polícia Militar em favelas do Rio de Janeiro para combater o tráfico de drogas. Uma das mortes ocorreu no Complexo da Maré, na zona norte, onde 12 pessoas foram presas. A outra foi na comunidade do Rola, em Santa Cruz, na zona oeste, onde duas pessoas foram presas.

No Rola foram apreendidas 123 trouxinhas de cocaína e 163 de maconha, 101 sacolés de uma substância conhecida como desirée e dois rádios transmissores. Na Maré, um balanço parcial divulgado nesta tarde dava conta da apreensão de uma pistola. Também houve uma incursão policial em Costa Barros, na zona norte, onde policiais recuperaram um caminhão roubado.

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Morro do Juramento

Embora a PM do Rio afirme que os seis supostos traficantes mortos na terça-feira, 04, durante operação no morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte, foram baleados durante troca de tiros com PMs, a Polícia Civil também investiga a hipótese de as vítimas terem sido executadas.

Os 20 PMs do 41º Batalhão (Irajá) serão intimados a prestar depoimento, e os 19 fuzis que eles portavam durante a operação serão submetidos a exames de confronto balístico para determinar de quais armas partiram os tiros que mataram os suspeitos. As informações são do delegado Deoclécio de Assis, da 27ª DP (Vicente de Carvalho). Por enquanto, porém, o caso é investigado como autos de resistência (mortes de suspeitos em confronto com a polícia).

Após a operação de terça-feira, a PM informou que os suspeitos foram socorridos e morreram a caminho do hospital. Mas duas fotos publicadas em rede social mostram as vítimas deitadas no chão em meio a poças de sangue, no local do confronto. Após analisar essas imagens, o legista aposentado Leví Inimá de Miranda, que trabalhou na Polícia Civil do Rio e no Exército, afirmou que, ao contrário do informado pela PM, os seis suspeitos morreram no local do suposto confronto. Segundo ele, ao retirá-los da favela e levá-los ao hospital, os PMs pretendiam desfazer o local do crime para dificultar a perícia.

"Nas fotos está claro que todos já estavam mortos, pela posição dos corpos no chão, pela quantidade de sangue incompatível com a vida e pelo comportamento dos PMs, que não demonstravam estar preocupados em socorrer os feridos. Além disso, não há nenhuma arma na foto. Por que os PMs desfizeram o local do crime? Para esconder a execução", disse o perito. A PM afirmou ter apreendido com os suspeitos quatro fuzis AK-47, duas pistolas, granadas e drogas.

As duas fotos foram veiculadas pelo perfil "PMERJ FEM" no site Facebook na terça-feira à tarde, mas à noite foram retiradas. A legenda das fotos afirmava se tratar de uma resposta às mortes da soldado Alda Castilho, de 26 anos, atacada por traficantes na frente da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no complexo da Penha, na zona norte, domingo à tarde, e do soldado Rogério Rocha dos Santos Junior, que trabalhava na UPP Camarista - Méier, também na zona norte, e morreu baleado durante uma tentativa de assalto no sábado à noite, quando estava de folga. A Polícia Militar informou que esse perfil no Facebook não é oficial. As fotos foram anexadas ao inquérito da 27ª DP e serão confrontadas com o laudo pericial.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio pediu informações à Polícia Civil e também vai investigar a suspeita de execução. Três dos seis mortos não tinham anotações criminais.

Já chega a seis o número de mortos na operação da Polícia Militar no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Dez pessoas foram baleadas no confronto, e seis suspeitos morreram a caminho do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Dois PMs estão entre os feridos. Foram apreendidos quatro fuzis AK-47, duas pistolas, granadas e drogas.

O objetivo da operação é prender os traficantes do Comando Vermelho que participaram no domingo do ataque à base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Parque Proletário, no Complexo da Penha, zona norte, que resultou na morte de uma soldado.

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Quatro pessoas foram baleadas, entre elas dois policiais militares, durante um ataque de traficantes à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, na tarde desse domingo (2). Todos foram levados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.

Baleada na barriga, a soldado Alda Rafael Castilho não resistiu. Atingido na coxa, o também soldado Marcelo Gilliard foi medicado. Ele será transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio. Seu estado de saúde é estável.

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Um casal que estava dentro de um carro que se encontrava próximo à UPP também foi atingido por balas perdidas. Baleada na cabeça, Elaine Marques foi operada e encontra-se em estado grave. Seu marido, Antonio Marcos Travesso, foi medicado e recebeu alta.

Os atiradores passaram em frente ao contêiner que serve de base da UPP num carro branco. Testemunhas disseram que outros dois carros deram cobertura à ação. Após o ataque, todos escaparam. O policiamento na região foi reforçado com policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. O contêiner atacado já foi periciado. Os investigadores vão requisitar imagens de duas câmeras de segurança que ficam nas proximidades.

Na noite de 2 de novembro, o policial Melquisedeque Basílio, de 29 anos, morreu ao ser baleado em frente à UPP Parque Proletário. Ele estava com outros dois PMs, patrulhando a localidade conhecida como Vacaria, quando foi atingido nas costas por cerca de 15 bandidos armados. Ninguém foi preso. Além do policial, foram atingidos por balas perdidas outros dois moradores da favela: Manoel de Araújo, de 39 anos, e um menor de idade.

O conjunto de favelas da Penha é vizinho ao Complexo do Alemão. As comunidades foram ocupadas pelas forças de segurança em novembro de 2010, após uma onda de ataques a ônibus e postos policiais que levou pânico à cidade. A região ficou permanente ocupada pelo Exército até meados de 2012, quando foram inauguradas oito Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs): quatro na Penha, e outras quatro no Alemão.

Um tumulto generalizado na Rocinha (São Conrado, zona sul do Rio), no local conhecido como Largo do Boiadeiro, deixou duas pessoas feridas no final da manhã desta quarta-feira (25). Um dos feridos é um policial militar ainda não identificado, que foi atacado com pauladas. O outro, Alex Duarte Monteiro, de 21 anos, levou um tiro no rosto. Nenhum dos dois corre risco de morrer. De acordo com testemunhas, o rapaz teria sido atingido por um PM.

O distúrbio teve início quando PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela avistaram supostos traficantes no largo. Houve troca de tiros e, segundo a Polícia Militar, os bandidos deixaram no lugar uma mochila com drogas. Ainda segundo a versão oficial, os PMs foram hostilizados e agredidos por moradores com pauladas, barras de ferro e garrafas de vidro quando tentavam pegar a mochila. Um carro da PM chegou a ser apedrejado.

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Nesse momento, policiais teriam disparado tiros para o alto. Uma das balas teria atingido Monteiro. A situação então se agravou e foi preciso reforço da PM para conter os mais exaltados. Morador da Rocinha, Alex foi atendido no posto de saúde da comunidade. O policial está no Hospital Central da Polícia Militar, no bairro do Estácio, na região central.

Moradores da favela Mandela 2 e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos, zona norte, se envolveram em uma confusão por volta das 21h desta quarta-feira, 18, que terminou com a morte de José Joaquim de Santana, de 81 anos. Santana levou um tiro na cabeça quando estava na varanda de casa e morreu no local. Segundo moradores o disparo foi feito pelos policiais.

Revoltados com a morte do idoso, moradores fecharam a Avenida Leopoldo Bulhões, em Bonsucesso, zona norte, por cerca de 30 minutos.

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De acordo com o Comando das UPPs, os agentes da unidade do Arará/Mandela revistavam três suspeitos na localidade conhecida como Predinhos e encontraram uma quantidade ainda não contabilizada de maconha. Enquanto levavam os detidos para a delegacia, a população atirou pedras e objetos contra os policiais e uma viatura para impedir a ação. Os PMs chegaram a usar gás de pimenta contra os moradores.

Durante a confusão, os policiais fizeram diversos disparos para o alto e um dos tiros atingiu Santana. O comandante da UPP Arará/Mandela, capitão Paulo Ramos, abriu inquérito para verificar a ocorrência. O policial já foi identificado, mas não teve o nome revelado, e a arma dele foi colocada à disposição para ser periciada. Todos os policiais envolvidos na confusão serão afastados das operações de rua até a conclusão do inquérito.

Quatro policiais tiveram ferimentos leves. O policiamento foi reforçado na região com agentes de diversas UPPs. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH).

Nesta quinta-feira, 19, a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) comemora cinco anos de implantação da primeira UPP, na comunidade Santa Marta, em Botafogo, zona sul.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), comentou nesta segunda-feira (2) que os ataques às UPPs de São Carlos (ontem), em Manguinhos (na quarta-feira passada) e na Rocinha, onde tiroteios foram registrados no sábado, são tentativas de retomar territórios.

"É uma tentativa do poder paralelo sempre de enfrentamento e retomar territórios. Cabe a nós respondermos. E temos respondido permanentemente. E são situações distantes. Gente, não vamos nos iludir. A Rocinha tem 100 mil habitantes. Talvez tenha sido o maior entreposto urbano de venda de droga da América Latina, ao lado do maior poder aquisitivo da cidade. Estamos com a presença permanente lá trazendo enormes prejuízos aos negócios dos traficantes e portanto há uma reação deles. Estamos lá para enfrentá-los", afirmou o governador.

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Já o coronel Frederico Caldas, coordenador das UPPs, acredita que a presença dos policiais militares é que tem provocado a reação dos criminosos.

"A presença constante da PM nas comunidades faz com que os confrontos aconteçam. Hoje há 250 comunidades ocupadas e não se pode reduzir o processo de pacificação a apenas um confronto. É preciso compreender que esse processo leva tempo. Temos que conviver com algumas realidades. Seria ótimo acabar com o tráfico por decreto, mas não é assim. O consumo da droga só aumenta no Brasil e no mundo. E os confrontos são inevitáveis. Mas as respostas dadas pela polícia são rápidas e imediatas", disse.

Na noite deste domingo (1º), a Unidade da Polícia Pacificadora (UPP) de São Carlos, na zona norte, foi atacada a tiros. Nenhum policial foi ferido. O incidente ocorreu depois de um intenso tiroteio entre traficantes no local e a intervenção dos policiais militares.

O comandante das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, pediu nesta quarta-feira (6) desculpas à família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que foi torturado e morto por policiais militares na Rocinha, zona sul do Rio. “Nós devemos desculpas à família. De uma maneira humilde e humanitária. O que nós temos aqui é apresentar desculpas à família por este sofrimento, porque é inaceitável que um agente público tenha este comportamento”, disse o policial durante discurso no lançamento da cartilha Cidadão com Segurança – Respeito Mútuo entre Cidadão e Polícia, na quadra da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, na zona sul do Rio.

O coronel disse que é inaceitável que haja na polícia um instrumento de abuso e de excesso, ainda mais porque o cidadão espera que o policial seja o principal defensor das leis e da cidadania e não aquele que vai, de alguma maneira, desrespeitar o cidadão que ele deve servir. “Nós também não compactuamos com desvio de conduta, nós também não compactuamos com os excessos. Nós entendemos que a Justiça deve ser feita pelas mãos daqueles que têm o dever de fazer cumprir a lei”, disse.

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Para o comandante das UPPs, o que aconteceu na Rocinha foi um absurdo. “É inaceitável que o policial tenha um comportamento que não seja em consonância e em observância com o que está previsto na lei, nem na Rocinha, e nem em lugar algum. O que aconteceu aqui foi um absurdo. O que aconteceu aqui na Rocinha foi um absurdo. Se ninguém disse isso até agora, eu digo. Isso foi um absurdo e é inaceitável que este tipo de comportamento de alguma maneira seja feito por um Policial Militar, por um agente público, um agente da lei. Não estou fazendo aqui um julgamento. O julgamento cabe à Justiça e nós acreditamos na Justiça. Acreditamos no trabalho isento que foi feito pela Polícia Civil”, analisou.

Falando como comandante das UPPs, Caldas acrescentou que a cartilha lançada hoje, de alguma forma, joga luz sobre os diretos do cidadão. “Observando o que está aqui, nós não teremos mais um novo caso Amarildo”, disse.

A cartilha foi produzida em parceria pelos ministérios públicos do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), Federal (MPF) e Militar (MPM) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e trata dos direitos e deveres do cidadão em contato com um policial e o que ele deve fazer em caso de abuso da polícia.

O subprocurador-geral de Direitos Humanos do MP-RJ, Ertulei Matos, disse que o caso Amarildo é emblemático para a coletividade e aproximou o Ministério Público das polícias Civil e Militar. "Não devolvemos a vida de Amarildo, mas responsabilizamos 25 pessoas que denegriram a imagem da Polícia Militar do Rio de Janeiro", disse.  

A cartilha mostra que todo cidadão tem o direito de ser tratado com respeito, sem ser xingado, agredido, ameaçado ou humilhado. Também não pode ser forçado a confessar um crime e deve ser levado à delegacia apenas se houver alguma suspeita fundamentada. O policial só pode usar a força física quando a pessoa resiste à prisão e, mesmo assim, com moderação.

Quanto aos deveres, o cidadão tem que respeitar os policiais, identificar-se sempre que seus dados forem solicitados e atender às intimações feitas pela polícia. Também deve permitir, sem resistir, ser revistado, mesmo que considere a revista desnecessária, podendo depois apresentar uma reclamação aos órgãos competentes (à Corregedoria da Polícia ou ao Ministério Público).

No fim das investigações e das denúncias do Ministério Público do Rio no caso Amarildo, 25 policiais da UPP da Rocinha são acusados de participar da tortura do ajudante de pedreiro no dia 14 de julho.

Um policial foi morto na noite desse sábado (2) em frente à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, que integra o Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Melquisedeque Basílio, de 29 anos, morreu alvejado pelas costas após uma patrulha com outros dois policiais militares. Segundo a PM, eles foram surpreendidos por criminosos armados quando percorriam a localidade de Vacaria, na Penha. Houve troca de tiros e outras duas pessoas foram baleadas, ambos moradores da região.

O policial chegou a ser socorrido por outros militares e encaminhado ao hospital Getúlio Vargas, mas quando chegou ao local, por volta 20 horas, já estava morto. Manoel de Araújo, de 39 anos, e um menor de idade também foram atendidos no hospital.

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Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 homens armados estavam na localidade quando os policiais faziam a patrulha. Dois homens, que seriam traficantes de acordo com a PM, também foram baleados, mas fugiram.

Após a morte do policial, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizaram uma operação no morro. Moradores relataram novos tiroteios durante a noite. Na última semana, outros dois policiais já haviam ficado feridos após confrontos com criminosos armados na região de Vila Cruzeiro, também no Complexo da Penha.

Moradores da Rocinha relataram uma manhã de tiroteios na favela neste domingo (3). De acordo com os moradores, o confronto começou por volta das 6h30 da manhã, na Rua 1. Segundo a Polícia Militar, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) realizavam uma patrulha no local quando se depararam com um grupo armado. Ainda de acordo com a Polícia Militar, ninguém ficou ferido.

Os militares realizam uma patrulha pela comunidade para localizar os criminosos foragidos. Nesse sábado (2), dia de Finados, os familiares do pedreiro Amarildo de Souza fizeram uma caminhada pelo bairro para pedir que os policiais acusados entreguem o corpo do pedreiro, que está desaparecido desde julho.

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Um tiroteio na favela do Pavão-Pavãozinho (Copacabana, zona sul do Rio) deixou uma pessoa morta e outra ferida na madrugada desta quinta-feira (24). A comunidade recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) há quatro anos e, segundo relato de moradores, este foi o tiroteio mais intenso desde então.

A vítima fatal não foi identificada até o momento. Moradores da favela dizem que ele não tinha conexão com o tráfico e se revoltaram porque o socorro teria demorado tempo demais. Como a ambulância não conseguiria subir a comunidade, eles tiveram de improvisar uma maca para conduzir a vítima até a esquina da Rua Sá Ferreira com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, mas quando a equipe de saúde chegou com a ambulância o baleado já havia morrido.

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A outra pessoa, que teria ligações com o tráfico, foi ferida com gravidade, mas fugiu do local. Policiais do 19º Batalhão de Polícia Militar (Copacabana) tiveram de intervir para evitar que o trânsito fosse fechado pelos moradores do Pavão-Pavãozinho.

O policial militar Anderson Dias Brazuna, de 34 anos, foi morto ontem à noite após levar um tiro no peito no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O policial era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Cidade de Deus, região próxima ao local onde ele foi atingido. Segundo a Polícia Militar, ele fazia uma ronda quando dois homens em uma moto passaram atirando. O PM ainda foi encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na comunidade, mas não resistiu aos ferimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) anunciou ontem que o complexo de favelas da Maré, também na zona norte do Rio, deve receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) até o primeiro semestre de 2014. Em agosto, o comandante da Polícia Militar do Rio, coronel José Luís Castro Menezes, avaliou que serão necessários 1,5 mil policiais na operação do complexo, que reúne 16 favelas. Na região do Lins, os investimentos devem chegar a R$ 500 milhões em obras de infraestrutura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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