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A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) através de suas redes sociais denunciou uma ação policial que vem sendo realizada nesta segunda-feira (17), no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Na denúncia, ela expõe uma conversa do WhatsApp entre uma moradora do local e o jornalista Rene Silva, na qual a mulher diz que foi amedrontada por agentes da operação e que algumas crianças foram ameaçadas de morte por esses mesmos policiais.

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''Polícia ameaçando matar crianças na Maré é inaceitável! Chega de chacinas! Depois do horror que a deputada @renatasouzario passou na sexta-feira, juntamente com mulheres e crianças, a PM do governador Cláudio Castro repete o terror na Maré. Operações desastradas como essa aterrorizam as famílias pobres na comunidade e são sempre abusivas!'', escreveu a parlamentar.

Benedita através da publicação também relembrou o tiroteio que aconteceu na comunidade no exato momento em que era realizada uma palestra sobre o impacto da violência armada na vida das mulheres da região. O evento foi realizado na tarde da última sexta-feira (14), e contou com a participação da deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ).

Renata participava do encontro na Casa das Mulheres da Maré, com cerca de 70 mulheres, quando o lançamento foi abruptamente interrompido por uma intensa troca de tiros. As participantes tiveram que correr para dentro da sede da ONG buscando proteção contra os tiros. Segundo a deputada, os disparos partiram de um helicóptero da Polícia.

Foto: Didi Rodrigues/Flickr

A deputada entrou em contato com o governador carioca Cláudio Castro (PL-RJ), para denunciar a situação ameaçadora. “Vim aqui convidada para falar dos impactos da violência na vida das mulheres e está se armando uma operação gigante, de improviso, no horário de saída das crianças da escola. Já tem gente baleada aqui na Maré e gostaria que o senhor fosse sensível a isso e visse o que está acontecendo. Estou aqui dentro da ONG em uma situação delicadíssima, com mulheres desesperadas”, falou Renata Souza para o gestor.

A ação de hoje, denunciada por Benedita da Silva, é a terceira operação policial que acontece na região só no mês de abril. Escolas e unidades de saúde da região não estão funcionando.

 

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22) um convite para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comparecer à comissão na próxima terça-feira (28).   O requerimento é de autoria dos deputados Gervásio Maia (PSB-PB), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Rubens Pereira Júnior (PT-MA).

Também foram aprovados, em conjunto, requerimentos de autoria dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Caroline de Toni (PL-SC), que previam a convocação do ministro – quando ele é obrigado a comparecer, sob risco de cometer crime de responsabilidade – mas a convocação foi transformada em convite. Outros deputados subscreveram os requerimentos.

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Flávio Dino deverá esclarecer as mudanças na política de controle de armas do governo federal; explicar as ações adotadas no âmbito de seu ministério e do governo após os ataques ocorridos no dia 8 de janeiro; esclarecer a visita que fez ao Complexo da Maré, no último dia 13, e as manifestações de discriminação social e racial e criminalização da pobreza relacionadas ao episódio; além de fazer um balanço dos primeiros meses de atuação à frente do ministério, citando prioridades e diretrizes para o resto do ano.  

O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), queria, a princípio, convocar o ministro. “Ele [Flávio Dino] precisa esclarecer os acontecimentos de 8/1, a ida dele ao Complexo da Maré sem segurança e também a tentativa de intimidação de parlamentares, peticionando o Supremo Tribunal Federal para nos censurar”, disse o parlamentar. Jordy é um dos seis parlamentares contra quem o ministro entrou com notícia-crime por fake news junto ao STF.  O deputado Marco Feliciano (PL-SP), por sua vez, quer que o ministro explique por que houve sigilo das câmeras de filmagem do Palácio do Planalto nos eventos do dia 8, além de esclarecer as mudanças na política de armamento.

Ministro à disposição O deputado Bacelar (PV-BA) disse que o ministro virá ao Legislativo tantas vezes quantas seja chamado. “As comissões irão contribuir com a gestão do ministro. A vinda de ministros será atividade rotineira, até porque nós somos da democracia, da conversa, da negociação”, afirmou.   

Um dos autores do requerimento aprovado nesta quarta, Rubens Pereira Júnior reforçou a disposição por parte do governo. “Nós não vamos blindar nenhum ministro, nós queremos ministro fazendo debate das políticas públicas. Quanto mais debate, mais ganha a sociedade.”

No requerimento, o deputado afirma que a regulação da posse e do porte de armas é um tema ligado aos direitos e às garantias fundamentais, “pois as armas são instrumentos evidentemente capazes de ameaçar direitos, inclusive o direito à vida”. 

Com relação à visita de Dino à Maré, diz que, “por incrível que pareça, a presença do ministro na região periférica da cidade do Rio de Janeiro foi criticada, de maneira que leva a crer que alguns consideram que os que vivem nessas regiões são ‘bandidos’, em indiscretíssima manifestação de ódio social e racial e discriminação contra a população mais pobre do País”.

*Da Agência Câmara de Notícias

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) negou as acusações do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), de que ele teria utilizado de uma narrativa racista para comentar a visita feita pelo ministério ao Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O parlamentar chamou a ação de "golpe baixo" e disse entender o questionamento como parte de sua atividade legislativa. 

Em uma entrevista ao UOL, Dino revelou que entrará com processo contra o deputado por racismo e quebra de decoro. O parlamentar associou o ministro da Justiça e da Segurança Pública ao crime organizado por visitar o complexo prisional.  

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"A princípio, nem cogitei entrar com representações porque essa gente não merece muita atenção. Mas fiz uma reflexão quanto à agressão a milhares de pessoas sérias e honestas que, só por serem pobres, estão sendo estigmatizadas de modo vil e covarde. Em primeiro lugar, há racismo. Além disso, há quebra de decoro, porque é uma mentira deslavada que fui me reunir com os chefes do tráfico. A outra mentira delirante é que estava sem proteção policial", disse o chefe da pasta federal. O ministro condenou as declarações do filho de Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que na próxima segunda-feira (20) entrará com ações contra ele.  

Em resposta, Eduardo disse que é dever do deputado "questionar presença de MJ em território dominado pelo tráfico sem forte aparato policial, sem imprensa, cuja notoriedade nas redes só foi dada depois, é dever do deputado". "O que o Ministro da Justiça foi fazer lá?", indagou. 

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), usou as redes sociais, na quinta-feira (16), para anunciar que irá propor ações e representações contra "discursos abusivos" sobre sua ida ao Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio. De forma indireta, o ministro se referia à declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) feita na tribuna da Câmara sugerindo que Dino teria envolvimento com o tráfico da região.

"Diante de discursos absurdos sobre visita que fiz a uma entidade comunitária na Favela da Maré, em respeito à imensa maioria de gente honesta que lá reside, irei propor ações e representações. Não admito agressões covardes contra pessoas pobres. E farei mais visitas a comunidades", escreveu Dino.

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Na quarta-feira (15), Eduardo também disse em suas redes sociais que Dino entrou no Complexo da Maré com apenas 2 carros e não houve trocas de tiros com criminosos. A mensagem do deputado dá a entender que o ministro teria conexão com crime organizado carioca, capaz de facilitar sua entrada.

O parlamentar prometeu ainda convocar Dino para prestar depoimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para responder determinadas dúvidas sobre o ocorrido. Eduardo é membro suplente do grupo parlamentar. "Vamos convocá-lo na Com. Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo!", disse.

Em resposta à possível convocação, Dino afirmou não ter "medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos".

A presença do ministro da Segurança Flávio Dino em um evento na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, nessa segunda-feira (13), deixou deputados da direita revoltados. A oposição criticou a entrada na comunidade sem escolta e convocou o gestor para se explicar à Comissão de Segurança Pública, na Câmara. 

A comitiva do ministro chegou ao local em dois veículos oficiais, mas sem nenhuma viatura caracterizada. Dino foi convidado a participar do lançamento dos dados sobre os impactos da violência na Maré em 2022 e ouviu de lideranças da região as principais demandas relacionadas à segurança da comunidade. 

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Em sua fala no evento, o gestor ressaltou que “só é possível planejar e executar ações boas e corretas ouvindo as pessoas certas” e comentou sobre a importância de acompanhar os casos de violência para traçar propostas de enfrentamento. “Nós acreditamos que esse boletim é um elemento importante, uma espécie de mapa do caminho que vai nos ajudar a combater a violência no Brasil e implantar uma cultura plena da paz”, reiterou. 

Deputados cariocas do partido de Bolsonaro, como Hélio Lopes, Carlos Jordy e o filho Eduardo encabeçam o requerimento junto com Otoni de Paula (MDB-RJ) para cobrar as explicações do ministro na Câmara. O núcleo de conservador não apresentou provas, mas apontou uma possível relação entre o atual governo federal e o crime organizado. A convocação foi protocolada e aguarda aprovação.  

Flávio Dino rebateu os deputados e publicou uma foto do encontro. Ele indicou certo preconceito com a comunidade e afirmou que a extrema-direita odeia lugares onde moram pessoas pobres.

"Soube que representantes da extrema-direita reiteraram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres. Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado. Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos", escreveu o ministro. 

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A dentista e tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Renata de Carvalho Gil Lopes, mulher do diretor-presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb), Flavio Lopes, foi baleada de raspão no tórax e no pescoço ao entrar por engano na Vila do João, uma das favelas do Complexo da Maré, na zona norte do Rio na tarde desta terça-feira (29). Ela foi medicada e passa bem.

Renata dirigia seu Volvo XC60 pela Avenida Brasil, seguindo de Bonsucesso em direção à Barra da Tijuca, quando perdeu a entrada da Linha Amarela (via expressa que leva à Barra) e, seguindo orientações de um aplicativo de trânsito, entrou na Vila do João, onde teve o carro alvejado por pelo menos dez tiros. Ao se deparar com os criminosos, Renata saiu do veículo com as mãos para o alto e anunciou que estava perdida e entrou por engano na favela.

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Autorizada a ir embora, ela reassumiu a direção do veículo e dirigiu por cerca de 20 quilômetros até um hospital particular na Barra da Tijuca, onde foi atendida. Ela fez exames e foi liberada.

A Polícia Militar foi acionada, mas os criminosos não haviam sido localizados até a publicação desta reportagem. A Polícia Civil também já começou a investigar o caso, que foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), mas deve ser investigado pela 21ª DP (Bonsucesso), área onde o fato ocorreu.

Sete em cada dez moradores do Complexo da Maré, entrevistados em uma pesquisa sobre saúde mental disseram ter medo frequente de que uma pessoa querida seja atingida por um tiro. O estudo das organizações não governamentais (ONGs) People’s Palace Projects e Redes da Maré sobre saúde mental mostra que o receio está relacionado à frequência com que esses moradores se veem expostos à violência: 44% relataram que estiveram em meio a um tiroteio nos 12 meses anteriores à entrevista, e 32% passaram por isso mais de uma vez.

Além de presenciar tiroteios, os moradores também contaram com frequência que viram pessoas feridas pela violência. Chega a 17% a proporção de entrevistados que testemunharam alguém ser baleado ou assassinado no ano anterior à pesquisa, e um quarto dos moradores disse ter presenciado um espancamento ou agressão física.

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A pesquisa foi realizada entre 2018 e 2020 e ouviu 1.411 moradores da Maré acima de 18 anos. As respostas dos entrevistados indicam que a violência já atingiu seu círculo social, uma vez que um em cada quatro relatou que alguém próximo já foi baleado ou assassinado. No caso de 13% dos entrevistados, mais de uma pessoa próxima foi ferida ou morta pela violência armada.

Os pesquisadores avaliam que essas experiências produzem traumas, afetam a saúde mental e reduzem a confiança dos moradores nas instituições. Segundo o estudo, 55,6% dos moradores estão sempre com medo de alguém próximo ser atingido por uma bala perdida, 15,3% sentem esse medo muitas vezes, e 14,1%, algumas vezes. Somente 8,7% disseram não ter esse medo, e 6,3%, raramente.

Quando perguntados sobre si mesmos, metade dos moradores (50,2%) afirmou que sempre tem medo de ser atingido por um tiro. Apesar de 67,3% dizerem que não têm medo de circular na Maré, 55,1% afirmam já ter sentido medo de falar o que pensam ou sentem no complexo de favelas.

"A discussão sobre saúde mental de moradores de favelas e periferias, no contexto da violência a que esses territórios são submetidos, é urgente e fundamental" avalia Eliana Silva, diretora da Redes da Maré. A ONG promove, a partir de hoje (23), a 1ª Semana de Saúde Mental da Maré, a Rema Maré, que vai até 28 de agosto. Entre as ações previstas estão a distribuição do Guia de Saúde Mental da Maré e intervenções artísticas.

Depressão e ansiedade

A pesquisa mostra que um terço dos moradores enfrenta impactos da violência em sua saúde mental. Os problemas mais comuns são episódios depressivos (26,6%) e ansiedade (25,5%). Entre as pessoas que estiveram em meio a tiroteios, 12% relatam pensamentos suicidas.

Os efeitos da exposição à violência também são frequentemente físicos, já que há relatos de sintomas como dificuldade para dormir (44%), perda de apetite (33%), vontade de vomitar e mal-estar no estômago (28%) e calafrios ou indigestão (21,5%). Também há impactos relatados em doenças crônicas, como hipertensão arterial.

O cotidiano de violência se traduz ainda em prejuízos às atividades dos moradores e no acesso a serviços públicos. Segundo a pesquisa, 26,5% da população tiveram algum problema no trabalho, escola ou universidade, devido a situações de violência na Maré nos 12 meses anteriores à entrevista.

Bem-estar

A pesquisa sobre saúde mental também buscou entender que atividades os entrevistados procuram para o seu bem-estar. Os pesquisadores constataram percentuais acima de 80% para a satisfação dos moradores com as relações familiares e amizades. Para os responsáveis pelo estudo, redes de apoio formadas por pessoas como familiares e vizinhos são fundamentais para lidar com adversidades, incluindo a violência.

A prática religiosa foi relatada por 71% dos moradores, sendo os católicos (30%) e os evangélicos pentecostais (28,5%) os maiores grupos. Já o esporte faz parte da vida de 46% dos adultos da Maré, destacando-se a caminhada (28,4%), o futebol (23,6%) e a ginástica e/ou musculação (18,7%).

Sete em cada dez entrevistados afirmaram conhecer ao menos um espaço cultural no complexo de favelas, mas só 18% afirmaram frequentar algum deles ao menos uma vez por mês.

Dentro de casa, as formas de cultura mais consumidas (ao menos uma vez na semana) são televisão (92,5%), música na internet (67,2%), vídeos na internet (64,3%), música por outros meios (46,3%), filmes ou séries na internet (44,8%), filmes ou séries em outros meios (44%), escrita (26,7%), leitura de livros de papel (25,6%), leitura de livros digitais (9,1%) e pintar (3,2%).  

Fora de casa, os moradores relataram com mais frequência que fotografaram (27,9%), ouviram música ao vivo (15,8%), dançaram (15,7%) e cantaram/tocaram instrumentos (10,3%).

Nesta terça-feira (16), a Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu, no Complexo da Maré, grande quantidade de droga. Na embalagem, os mascotes dos Jogos Olímpicos 2016, Tom e Vinícius, personalizam os produtos ilícitos, vendidos a R$ 100.

Segundo a Polícia, a maconha apreendida foi resultado de uma operação realizada na Vila do João, parte do conjunto de favelas da Zona Norte onde uma viatura da Força Nacional foi metralhada, na semana passada, resultando na morte do soldado Hélio Andrade. Objetivo da ação é prender dois suspeitos de atirar nos agentes.

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A corporação não fala em retaliação ou vingança, mas as informações iniciais dão conta de que três suspeitos foram mortos (nenhum relacionado aos mandados de prisão em aberto). 

Esta é a terceira vez que a Polícia apreende drogas personalizadas com o símbolo da Rio 2016. Os outros casos aconteceram no próprio Complexo da Maré, em junho, e também na Lapa, no mês passado, onde cocaína era vendida com os arcos olímpicos na embalagem.

Depois da megaoperação desta quinta-feira, 11, o Complexo da Maré segue com policiamento reforçado nesta sexta-feira, 12. A Polícia Militar informou que não há operação em andamento. O Ministério da Justiça, procurado desde cedo pela reportagem, não respondeu se a Força Nacional está nas comunidades do conjunto.

Na tarde de quarta-feira, uma equipe da Força Nacional de Segurança foi atacada por traficantes no complexo. O soldado Hélio Andrade, de 35 anos, foi baleado na testa, e morreu na noite desta quinta.

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Com o apoio do Exército, 200 agentes de segurança - entre integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (unidade de operações especiais e Contra-Terrorismo), do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio e da força de elite da Força Nacional de Segurança - ocuparam nesta quinta a Vila do João, na Maré, de madrugada. Foi onde ocorreu o ataque a tiros à FNS.

Eles buscaram os dois autores dos tiros já identificados e os três homens apontados como chefes do tráfico: Thiago da Silva Folly, o TH, Alexandre Ramos do Nascimento, o Pescador, e Paulo Sergio Medeiros da Cunha, o Paulinho PL. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levem à prisão deles. Foram utilizados blindados e helicópteros.

Foram recuperados quatro carros e uma pistola de ar comprimido e apreendidos munições, 158 papelotes de maconha, que seriam vendidos a R$ 100 cada; 301 sacolés de cocaína que custariam R$ 5 e R$ 10; 80 sacolés e 580 pinos de cocaína de R$ 50 cada; 40 trouxinhas de maconha. Ninguém foi preso.

Um tiroteio na localidade conhecida como Inferno Verde, na comunidade Nova Brasília, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, deixou ferido um agente da Unidade Polícia Pacificadora (UPP), nesta desta sexta-feira (12).

De acordo com a UPP, os policiais foram recebidos a tiros durante uma ação de policiamento de rotina no início da manhã desta sexta. O agente ferido, que não teve o nome divulgado, foi atingido por estilhaços e socorrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também zona norte. Até as 10 horas, não havia informações sobre prisões ou apreensões.

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O perfil Voz da Comunidade no Facebook dizia que o teleférico do Alemão chegou a ter o funcionamento paralisado. O Batalhão de Polícia Militar de Olaria (16º BPM) e UPPs da região foram acionados para reforçar o patrulhamento na comunidade.

Um integrante da Força Nacional que foi baleado no Complexo da Maré, nesta quarta-feira (10), após adentrar a comunidade por engano em um carro da corporação, faleceu no fim da noite desta quinta. Ele estava internado em estado grave e não resistiu aos ferimentos, segundo a informação confirmada por Alexandre de Moraes, ministro da Justiça.

Atingido no rosto por um tiro de arma longa, o soldado Hélio Andrade, da Polícia Militar de Roraima, ficou em estado grave após entrar por engano em uma zona de traficantes enquanto fazia uma ronda. Ele foi encaminhado para cirurgia de urgência no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da capital fluminense. O procedimento terminou por volta das 21h, após 4h30 de duração. Na noite desta quinta-feira, porém, o soldado veio a falecer.

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"Quero expressar meus sentimentos aos familiares do soldado Hélio Vieira, que sofreu um ataque covarde e, infelizmente, morreu hoje em decorrência dos ferimentos. Soldado Vieira é um verdadeiro herói do nosso País. Nosso Presidente da República, Michel Temer, decretará luto oficial pela morte de nosso herói. Honra e Dignidade aos nossos policiais", afirmou o ministro em conta nas redes sociais.

A Força Nacional cercou os acessos das favelas do Complexo da Maré, na zona norte do Rio, na manhã desta quinta-feira, 11. Agentes fazem revistas a moradores e veículos que circulam na região. Os acessos à Vila do João e à Vila dos Pinheiros foram bloqueados por carros da corporação, com integrantes fortemente armados. Homens do exército também foram deslocados para a Favela do Timbau. A operação já provoca lentidão na Linha Amarela.

A ação é uma resposta ao ataque a três militares da corporação, na quarta-feira, 10, por criminosos. Eles entraram por engano, de carro, na favela Vila do João, uma das mais violentas do conjunto. Hélio Andrade, da Polícia Militar de Roraima foi atingido no rosto.

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Andrade passou por uma cirurgia de emergência na noite de quarta-feira, que durou 4h30. Ele está internado no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da capital fluminense. Seu estado de saúde é estável.

O capitão Allen Marcos Rodrigues Ferreira, da Polícia Militar do Acre, que também estava no carro, foi ferido por estilhaços e socorrido no Hospital Municipal Evandro Freire, mas foi liberado. O terceiro militar, o soldado Rafael Pereira, do Piauí, não teve ferimentos.

O Complexo da Maré reúne 16 comunidades, com uma população de cerca de 130 mil pessoas. A Vila do João é um dos principais setores do bairro. Em março deste ano, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou que a Maré não receberia a Unidade de Polícia Pacificadora que era prevista, por causa da crise financeira do Estado.

O Ministério da Justiça informou já ter identificado dois suspeitos dos disparos, mas ninguém foi preso ainda.

Agentes da Força Nacional foram feridos a tiros nesta quarta-feira (10) na Vila do João, localidade do Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério da Justiça, eles entraram por engano na comunidade e foram recebidos a tiros por homens armados. Um dos militares está internado em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte. Os outros feridos foram encaminhados para o Hospital Sousa Aguiar, no Méier, e para o Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, ambos na zona norte.

O comandante da Força Nacional de Segurança, coronel Alexandre Aragon, encaminhou-se para o hospital para acompanhar a situação do agente gravemente ferido. A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídio da Capital está no local em diligência.

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Nesta terça-feira, 30, militares do Exército e da Marinha que integravam a Força de Pacificação deixaram definitivamente o Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, dando fim a uma ocupação de 15 meses. Uma formatura no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) marcou a saída dos militares.

Os militares saíram das dez comunidades que ainda estavam sob responsabilidade das Forças Armadas, todas dominadas pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). Todo o complexo já está ocupado pela PM, com um efetivo de apenas 400 policiais, 13% do grupamento de 3 mil militares que atuaram até esta terça-feira.

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Em entrevista durante a solenidade que marcou o fim da Operação São Francisco, como foi batizada a ação do Ministério da Defesa na Maré, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, demonstrou pessimismo com a possibilidade de o complexo vir a ser pacificado em pouco tempo. "São pessoas que não estão dispostas a entregar seus locais, mas o Estado tem que mostrar que é mais forte. Dizer que você vai acabar com o Comando Vermelho, com outras facções, isso é muito difícil. Mas temos informações de que essas facções estão muito combalidas com essas ações."

A PM informou que manterá 21 pontos fixos de patrulhamento no complexo. As vias expressas próximas às favelas - Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha - têm o policiamento intensificado. Até o primeiro trimestre de 2016, a Maré deverá receber quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), já com bases fixas e não em contêineres, como foi feito nas 38 unidades já implantadas na região metropolitana. Ao todo, 1.620 PMs atuarão na Maré.

Um policial militar do 22º Batalhão, que atua no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, postou no último sábado (4), na rede social Facebook um vídeo de 33 segundos em que, dentro de uma viatura da PM, anuncia estar a caminho de uma operação e diz que vai fazer "bandido mimi (dormir)" com seu "neném", como se refere ao fuzil que usa em serviço.

Nas imagens, o PM fala para o colega que dirige a viatura, tratado como Silva, que "a bala vai comer". O motorista não se manifesta, mas pelo rádio do carro alguém conversa com o policial. Não foi divulgada a data em que o vídeo foi gravado.

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Em nota, a Polícia Militar afirma que "o vídeo foi enviado à corregedoria para tomar as devidas providências". Os policiais envolvidos "foram identificados e ouvidos pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, que instaurou uma averiguação para apurar o caso". Eles "receberão, antes de tudo, novamente, orientações educativas quanto à postura esperada deles enquanto servidores públicos", segundo a PM.

A Força de Pacificação do Exército no complexo de favelas da Maré informou na manhã deste sábado (29) que instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a morte do cabo Michel Augusto Mikami, de 21 anos. O corpo do militar, baleado na cabeça ontem à tarde durante confronto na Maré, foi velado durante a madrugada e transferido para Vinhedo (SP), onde nasceu o jovem. Mikami foi o primeiro militar das Forças Armadas morto desde o início do processo de "pacificação" das favelas cariocas.

Nesta manhã, o perfil da presidente Dilma Rousseff (PT) no Facebook republicou a nota de pesar divulgada ontem à noite pelo Palácio do Planalto: "Foi com pesar que recebi a notícia da morte de Michel Augusto Mikami, cabo do Exército, baleado na cabeça por bandidos". "Ele morreu no cumprimento do dever, na missão de pacificação empreendida pelo Exército Brasileiro. Quero expressar minha dor e minha solidariedade à família e aos amigos de Michel", encerrou a nota.

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O responsável pela morte do militar ainda não foi identificado. De acordo com a Força de Pacificação, ele seria "um suposto envolvido com facções criminosas". Ainda segundo o Exército, a ocupação da Maré hoje segue o planejamento usual. Mikami morreu por volta das 13h40 de ontem durante ação de patrulhamento na área da Vila dos Pinheiros. Colegas do militar velaram o corpo dele nesta madrugada, no Hospital Central do Exército, para onde o jovem chegou a ser encaminhado ontem.

"A Força de Pacificação continuará no cumprimento de sua missão, a fim de contribuir para o restabelecimento da paz social no Complexo da Maré. Atuando de acordo com as leis, como tem feito desde o princípio", informou o Exército.

Polícia Civil

Ontem à noite, um policial civil foi morto no bairro Humaitá, na Zona Sul do Rio. Segundo a Polícia Civil, o agente foi baleado "ao abordar um criminoso que havia acabado de roubar uma moto". A corporação informou ainda que a motocicleta foi recuperada, foi feito um retrato falado do criminoso e equipes da 10ª Delegacia de Polícia, em Botafogo (onde o caso foi registrado), estão fazendo buscas para encontrar o assassino.

Moradores do Complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio, ficaram no meio de intensos tiroteios neste sábado, 20. Bandidos da facção Amigos dos Amigos (ADA) teriam tentado ocupar as favelas controladas pela facção Terceiro Comando Puro (TCP). Desde março, o conjunto de favelas é ocupado pela Força de Pacificação composta por Exército e Marinha.

O grupo da ADA teria saído da favela Parque Alegria, no Complexo do Caju, na zona portuária, onde há uma Unidade Polícia Pacificadora (UPP), para retomar o controle do Conjunto Esperança e da Vila do João. De acordo com moradores, os traficantes teriam chegado em vans, com armamento pesado e atirando para o alto.

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Houve pelo menos três tiroteios intensos envolvendo os invasores e os traficantes locais. O trânsito foi suspenso por alguns instantes na Avenida Brasil e na Linha Vermelha. Seis tanques dos Fuzileiros Navais foram usados para reforçar o policiamento no local que também contou com apoio da Polícia Militar e a mobilização de mais homens do Exército.

A Festa da Primavera da Escola Municipal Teotônio Vilela, no Conjunto Esperança, foi suspensa por causa dos intensos tiroteios. Quem estava no local precisou se jogar no chão para se proteger, eles precisaram se abrigar nas salas de aula e ficaram horas na unidade.

Prisão - No fim da tarde deste sábado (20), o traficante Paulo Castilho Correia Filho, de 24 anos, conhecido como Playboy, foi preso por policiais da UPP Caju. Integrante da ADA e suspeito de ser um dos articuladores da invasão, ele estava em uma moto, na Avenida Brasil, altura da favela Vila do João, e tentou retornar quando viu uma motopatrulha.

Não houve disparo de arma de fogo durante a ação e Playboy foi reconhecido pelos militares. Na 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), os policiais verificaram que contra o preso havia um mandado de prisão por tráfico de drogas.

Penha - No complexo da Penha, na zona norte, um policial militar da UPP foi baleado na virilha durante troca de tiros com traficantes do Parque Proletário. Ele foi atingido no Hospital Getúlio Vargas e segue em quadro estável.

Depois de uma reunião de duas horas com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ministro da Defesa, Celso Amorim, e representantes do Comando Militar do Leste, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta terça-feira, 29, a prorrogação da presença das Forças Armadas no Complexo da Maré, na zona norte do Rio. Os militares estão responsáveis pela segurança no conjunto de favelas desde 5 de abril.

Segundo Cardozo, a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que inicialmente vigoraria de 5 de abril a 31 de julho, será estendida por prazo indeterminado. Está marcada para o dia 11 de agosto uma nova reunião em que será definido um cronograma de transição até que o complexo de favelas seja ocupado totalmente pelas forças de segurança do Estado do Rio.

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"Nossa avaliação é de que a ação é muito bem-sucedida e por isso entendemos a necessidade de prorrogação. Vamos prorrogar a ação por mais alguns dias, mas já discutindo a transição", afirmou Cardozo. Segundo Celso Amorim, a ocupação da Maré conta com 2.400 militares das Forças Armadas. Os ministros informaram que, para as eleições de outubro, vários Estados receberão reforço federal, mas esclareceram que essa iniciativa não significa necessariamente que as forças de segurança ficarão na Maré por mais dois meses.

As Forças Armadas vão atuar com 2.500 militares do Exército e da Marinha a partir do próximo sábado, 5, na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Complexo da Maré, na zona norte do Rio. Serão 2.050 homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército e 450 da Marinha. Darão apoio à ocupação 200 PMs do Rio e uma equipe avançada de policiais civis da 21ª DP (Bonsucesso).

A ocupação vai contar com blindados do Exército e da Marinha, além de diversas outras viaturas para transporte de tropa e logística, motocicletas e aeronaves do Comando de Aviação do Exército.

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Caso necessário, a Aeronáutica também poderá participar da Força de Pacificação, que será comandada pelo general de brigada Roberto Escoto, comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista. A base será montada no quartel do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio), na Avenida Brasil, nas imediações do Complexo da Maré.

Inicialmente, a GLO está prevista para terminar no dia 31 de julho, mas poderá ser prorrogada. Os militares aturarão em quinze favelas da Maré, com área aproximada de dez quilômetros quadrados. Mais detalhes serão divulgadas em entrevista na tarde desta quinta-feira, 3, do general de brigada Ronaldo Lundgren, chefe do Centro de Operações do Comando Militar do Leste. A Maré foi ocupada pela PM, com apoio de blindados da Marinha, no último domingo.

O Comando Militar do Leste divulgará, em entrevista coletiva às 14h desta quinta-feira (3), detalhes da ocupação militar do Complexo da Maré que deverá começar a partir do próximo sábado. A Operação de Garantia da Lei e da Ordem foi autorizada pela presidente Dilma Rousseff e deverá durar pelo menos até 31 de julho.

As forças de segurança estaduais ocupam a região desde o fim de semana passado, mas não têm efetivo para continuar no local por muito mais tempo. Por isso, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que deixa o cargo hoje para disputar as eleições de 2014, pediu a ajuda das Forças Armadas para manter a segurança até que possa ser instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora.

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