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Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) afirmou, neste sábado (6), que as mensagens trocadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol sobre ações da Lava Jato, que vêm sendo vazadas pelo The Intercept, não causaram desconforto para o ex-juiz diante da gestão federal. Na ótica do emedebista, as conversas são oriundas de uma ação criminosa que precisa ser apurada.

“Até aqui as mensagens que foram vazadas ainda não criaram nenhuma situação de desconforto para o ministro Sérgio Moro. Elas são claramente provenientes de uma ação criminosa que é preciso se apurar para saber de onde partiu e quem são seus autores, mas vamos aguardar”, disse, em conversa com o LeiaJá, após participar da convenção do MDB de Pernambuco no Recife. 

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“É lamentável que toda figura pública do ministro esteja sendo colocado à crítica da sociedade pelo trabalho que ele fez, que tem o respaldo da sociedade brasileira, que é o combate à corrupção”, acrescentou o senador, pontuando ainda que é “preciso apurar de onde partiu, se foi uma ação de hacker, quem contratou e como foi”. 

Apesar disso, Fernando Bezerra também ressaltou que era preciso considerar a credibilidade do jornalista Glenn Greenwald. “Por detrás desse vazamento também temos que respeitar. É um jornalista que é acreditado, tem todo um trabalho reconhecido pela imprensa internacional. Então é muito cedo para posicionamentos definitivos”, argumentou.

Desde o dia 9 de junho o site The Intercept tem divulgado conversas de Moro com Dallagnol. O periódico disse ter tido acesso a trocas de mensagens privadas com  gravações em áudio, vídeos, fotos e documentos judiciais a partir de uma fonte confiável. As últimas revelações aconteceram nessa sexta-feira (5) quando, através da revista Veja, foram expostas articulações que sugerem que Moro teria orientado procuradores e retardado a inclusão de provas em casos investigados pela Lava Jato.  

O conteúdo também revelou que o ministro foi contra o fechamento de um acordo de delação premiada entre o MPF e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), e expressou conselhos dados pelo apresentador Fausto Silva para os procuradores sobre como se portarem diante da imprensa para falar das investigações dos casos de corrupção. Faustão confirmou a conversa com o então juiz. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, divulgou uma nota nesta sexta-feira (5) criticando o vazamento de troca de mensagens entre ele e o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. As conversas foram publicadas pela revista Veja, a partir de um conteúdo recebido pelo jornal The Intercept. No texto, Moro diz que “não há qualquer elemento que ateste a autenticidade das supostas mensagens”.

O ex-juiz responsável pelos casos da operação na primeira instância de Curitiba elencou na nota cinco itens apontados pela reportagem dos quais contesta, como a eventual interferência em um possível acordo de delação premiada entre o Ministério Público Federal e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB). Contudo, não cita o trecho em que disse a Dallagnol ter recebido conselhos do apresentador Fausto Silva sobre a postura dos procuradores federais. À revista Veja, Faustão confirmou a conversa. 

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Além disso, no comunicado em sua defesa, Sérgio Moro destaca que “sempre foi e será um defensor da liberdade de imprensa”, mas “repudia-se com veemência a invasão criminosa dos aparelhos celulares de agentes públicos com o objetivo de invalidar condenações por corrupção ou para impedir a continuidade das investigações”. 

Veja o texto na íntegra:

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente. Lamenta-se que a Revista Veja se recusou a encaminhar cópia das mensagens antes da publicação e tenha condicionado a apresentação das supostas mensagens à concessão de uma entrevista, o que é impróprio. De todo modo, alguns esclarecimentos objetivos:

1 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de quebra de parcialidade por suposta mensagem na qual teria solicitado manifestação urgente do Ministério Público para decidir sobre pedido de revogação de prisão preventiva de José Carlos Bumlai. A prisão preventiva de José Carlos Bumlai foi decretada em 19 de novembro de 2015. Houve pedido de revogação da prisão ao final do mês de dezembro. O recesso Judiciário inicia em 19 de dezembro. Então, a manifestação do Ministério Público era necessária, como é em pedidos da espécie, para decidir o pedido da defesa. A urgência decorre da natureza de pedido da espécie e, no caso em particular, pela proximidade do recesso Judiciário que se iniciaria em 19 de dezembro. Então, a solicitação de urgência, se autêntica a mensagem, teria sido feita em benefício do acusado e não o contrário. Saliente-se que o ministro, como juiz, concedeu, em 18 de março de 2016, a José Carlos Bumlai o benefício de prisão domiciliar para tratamento de saúde, o que foi feito em oposição ao MPF. Os fatos podem ser verificados no processo 5056156-95.2015.4.04.7000 da 13ª Vara Federal de Curitiba.

2 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de quebra de parcialidade por suposta mensagem de terceiros no sentido de que teria solicitado a inclusão de fato e prova em denúncia do MPF contra Zwi Skornicki e Eduardo Musa na ação penal 5013405-59.2016.4.04.7000. Não tem o ministro como confirmar ou responder pelo conteúdo de suposta mensagem entre terceiros. De todo modo, caso a Veja tivesse ouvido o ministro ou checado os fatos saberia que a acusação relativa ao depósito de USD 80 mil, de 7 de novembro de 2011, e que foi incluído no aditamento da denúncia em questão, não foi reconhecido como crime na sentença proferida pelo então juiz em 2 de fevereiro de 2017, sendo ambos absolvidos deste fato (itens 349 e 424, alínea A e D). A absolvição revela por si só a falsidade da afirmação da existência de conluio entre juiz e procuradores ou de quebra de parcialidade, indicando ainda o caráter fraudulento da suposta mensagem.

3 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de ter escondido fatos do ministro Teori Zavascki em informações prestadas na Reclamação 21802 do Supremo Tribunal Federal e impetrado por Flávio David Barra. Esclareça-se que o então juiz prestou informações ao STF em 17 de setembro de 2015, tendo afirmado que naquela data não dispunha de qualquer informação sobre o registro de pagamentos a autoridades com foro privilegiado. Tal afirmação é verdadeira. A reportagem sugere que o então juiz teria mentido por conta de referência a suposta planilha constante em supostas mensagens de terceiros datadas de 23 de outubro de 2015. Não há qualquer elemento que ateste a autenticidade das supostas mensagens ou no sentido de que o então juiz tivesse conhecimento da referida planilha mais de 30 dias antes. Então, é evidente que o referido elemento probatório só foi disponibilizado supervenientemente e, portanto, que o então juiz jamais mentiu ou ocultou fatos do STF neste episódio ou em qualquer outro.

4 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de ter obstaculizado acordo de colaboração do MPF com o ex-deputado Eduardo Cunha. O ocorre que eventual colaboração de Eduardo Cunha, por envolver supostos pagamentos a autoridades de foro privilegiado, jamais tramitou na 13ª Vara de Curitiba ou esteve sob a responsabilidade do ministro, então juiz.

5 - Acusa a Veja que o ministro, então juiz, de ter comandado a Operação Lava Jato por conta de interferência ou definição de datas para operações de cumprimento de mandados de prisão ou busca e apreensão. Ocorre que, quando se discutem datas de operações, trata-se do cumprimento de decisões judiciais já tomadas, sendo necessário que, em grandes investigações, como a Lava Jato, haja planejamento para sua execução, evitando, por exemplo, a sua realização próxima ou no recesso Judiciário.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública sempre foi e será um defensor da liberdade de imprensa. Entretanto, repudia-se com veemência a invasão criminosa dos aparelhos celulares de agentes públicos com o objetivo de invalidar condenações por corrupção ou para impedir a continuidade das investigações. Mais uma vez, não se reconhece a autenticidade das supostas mensagens atribuídas ao então juiz. Repudia-se ainda a divulgação distorcida e sensacionalista de supostas mensagens obtidas por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente, sem que previamente tenha sido garantido direito de resposta dos envolvidos e sem checagem jornalística cuidadosa dos fatos documentados, o que, se tivesse sido feito, demonstraria a inconsistência e a falsidade da matéria. Aliás, a inconsistência das supostas mensagens com os fatos documentados indica a possibilidade de adulteração do conteúdo total ou parcial delas.

O vazamento de novas conversas trocadas por meio de aplicativos entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol provocou repercussão nas redes sociais nesta sexta-feira (5). No Twitter, a hashtag mais comentada no país é '#MoroSuaCasaCaiu'. 

As mensagens divulgadas em reportagem da revista Veja sugerem que o ex-juiz responsável pelos casos da operação na primeira instância de Curitiba orientou os procuradores, retardou a inclusão de provas em processos e cobrou manifestações no Ministério Público Federal (MPF).

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As conversas também revelam que o ministro foi contra o fechamento de um acordo de delação premiada entre o MPF e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), e expressou conselhos dados pelo apresentador Fausto Silva para os procuradores sobre como se portarem diante da imprensa para falar das investigações dos casos de corrupção. 

Deputados e senadores também estão usando a hashtag no microblog para desferir criticas contra o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Revista Veja revela que Moro cometeu sim ilegalidades, além do conluio com o MPF e outros, atuou para evitar delações, crimes que poderiam ser revelados,  esclarecidos e punidos se perderam pelo caminho na atuação seletiva, parcial e criminosa do juiz.#MoroSuaCasaCaiu”, declarou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

“Fora dos autos (e dentro do Telegram), @SF_Moro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. #MoroSuaCasaCaiu”, comentou o líder do PT no Senado, Humberto Costa.

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Uma nova leva de diálogos do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol, divulgada nesta sexta-feira (5) aponta que o ex-juiz recomendou que o Ministério Público Federal (MPF) não fechasse um acordo de delação premiada com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), preso desde 2016. 

O novo vazamento de mensagens trocadas pelo ministro foi publicado pela revista Veja em parceria com o jornal The Intercept, que iniciou a divulgação das conversas no último dia 9

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Em uma das mensagens, Moro, que foi responsável pelos casos da operação na primeira instância em Curitiba, questiona Dallagnol sobre rumores que teriam surgido sobre uma possível delação de Cunha e exprime: “sou contra”. O diálogo, de acordo com a reportagem, foi registrado em 5 de julho de 2017. 

Veja a conversa:

Moro (às 23:11): Rumores de delação do Cunha... Espero que não procedam

Dallagnol (às 23:14):  Só rumores. Não procedem. Cá entre nós, a primeira reunião com o advogado para receber anexos (nem sabemos o que virá) acontecerá na próxima terça, estaremos presentes e acompanharemos tudo. Sempre que quiser, vou te colocando a par

Moro (às 23:28): Agradeço se me manter informado. Sou contra, como sabe.

Uma possível delação de Eduardo Cunha foi especulada diversas vezes nos bastidores da Lava Jato. Na época em que foi registrada a conversa entre Moro e Dallagnol, divulgada pela Veja e o The Intercept, notícias registraram a possibilidade do emedebista falar sobre os esquemas de corrupção investigados pela operação.  Uma eventual delação dele, segundo políticos, poderia estremecer a atuação de alguns caciques. 

O site The Intercept disse ter tido acesso a trocas de mensagens privadas com  gravações em áudio, vídeos, fotos e documentos judiciais tanto de Moro quanto de procuradores da investigação. 

Além da negativa diante de Cunha, os novos trechos revelados através da revista sugerem ainda que Moro também cobrou manifestação do MPF sobre a investigação do caso de pecuarista José Carlos Bumlai. Outra conversa também mostra o momento em que Deltan Dallagnol avisa a procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu. O acusado em questão é Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras para a construção de plataformas de petróleo.  

Em nota, o ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que Sérgio Moro "não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente e que configuram violação da privacidade de agentes da lei com o objetivo de anular condenações criminais e impedir novas investigações. Reitera-­se que o ministro sempre pautou sua atuação pela legalidade”.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em entrevista ao site Sul21 de Porto Alegre, que o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro está se transformando em um “boneco de barro” e vai “desmilinguir”. 

A observação de Lula foi feita após ser questionado sobre como avaliava as recentes conversas do ex-juiz com procuradores da Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol, sobre acusações que pesam contra o petista. A troca de mensagem foi vazada pelo jornal The Intercept.

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“Estamos vivendo um momento sui generis no Brasil. O Moro está se transformando em um boneco de barro. Ele vai se desmilinguir. Como Moro e a força tarefa da Lava Jato, envolvendo procuradores e delegados da Polícia Federal, inventaram uma grande mentira para tentar me colocar aqui onde estou, eles agora têm que passar a vida inteira contando dezenas e dezenas de mentiras para tentar justificar o que eles fizeram”, ressaltou Lula na entrevista que aconteceu nessa quarta-feira (3) e já teve a primeira parte divulgada

Para Lula, agora, tanto Moro quanto Dallagnol tentam “passar para a sociedade a ideia de que, quem está criticando o Moro, é contra a investigação de corrupção”. 

“Eles agora tentam salvaguardar o comportamento do Moro e da força tarefa acusando os que são contra eles de serem favoráveis à corrupção. O dado concreto aqui é que estou falando do meu caso e no meu caso eu posso olhar para você como se estivesse falando para o Moro e dizer ‘Moro, você é mentiroso. Dallagnol, você é mentiroso e os delegados que fizeram o inquérito são mentirosos’”, disparou o ex-presidente. 

“Eu sei que é difícil e duro falar isso. É uma briga minha, um cidadão de 73 anos de idade, contra o aparato do Estado, contra a Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público e uma parte do Poder Judiciário. Somente quem sabe que eu estou dizendo a verdade é o Moro, o Dallagnol, o delegado que fez o inquérito e Deus”, acrescentou.

Indagado sobre quais são essas mentiras, Lula respondeu que todas as acusações são falsas. “Sabem que não sou dono do apartamento, das mentiras que precisaram contar para trazer o caso para Curitiba, porque pela denúncia deveria ter sido julgado em São Paulo, Eles sabem que não sou dono do sítio de Atibaia. Acontece que não era possível dar um golpe na Dilma e deixar o Lula ser candidato em 2018, era preciso tirar o Lula da jogada”, argumentou.

O líder-mor petista também ironizou a memória de Sérgio Moro e ponderou que o ex-juiz que assinou sua sentença deveria entregar o celular para ser periciado pela Polícia Federal. 

“O Moro deveria mostrar que é um homem decente entregando o celular dele à Polícia Federal que é subordinada a ele. O Dallagnol poderia entregar o celular dele. Enquanto está sob suspeita, o Moro poderia pedir licença do Ministério da Justiça e não ficar se escondendo atrás do cargo. Se ele mentiu, precisa ter coragem de assumir o que fez. A Lava Jato é uma operação que se transformou em um partido político”, alfinetou.

“Quando a gente ia prestar depoimento, ele fazia perguntas sobre fatos de quinze, vinte anos atrás. Só faltava perguntar: ‘quando você estava no útero da sua mãe, você se mexia para a direita ou para a esquerda?’. Ele agora esquece tudo, não sabe mais o que falou no telefone. Ele sabe da conversa dele com o Dallagnol e da conversa do Dallagnol com os procuradores. Só falta coragem para assumir”, complementou.

Ainda na avaliação de Lula, “Moro tem que ter a coragem de dizer a verdade. Nem que seja no dia da extrema unção ele vai ter que pedir desculpa a sociedade brasileira pela mentira desvairada que ele contou ao meu respeito”.

Os governadores do Nordeste divulgaram uma carta, na manhã deste domingo (30), tratando como fatos 'de muita gravidade' os vazamentos de conversas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. No documento, divulgado pelo governo da Bahia, os gestores afirmam que as conversas vazadas são 'anormais' e "configuram um flagrante desrespeito às leis, como se os fins justificassem os meios".

A carta trata como de 'extrema gravidade' o diálogo em que o procurador Deltan Dallagnol sugere uma busca e apreensão na residência do então governador da Bahia, hoje senador, Jaques Wagner alegando uma 'questão simbólica'. "Ou seja, ao lixo o direito", diz o documento.

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Leia a carta na íntegra:

"ABUSOS DEVEM SER INVESTIGADOS

As seguidas revelações de conversas e acordos informais entre membros do Judiciário e do Ministério Público, em Curitiba, divulgadas pelo Theintercept.com e outros veículos de comunicação, são de muita gravidade. As conversas anormais configuram um flagrante desrespeito às leis, como se os fins justificassem os meios. 

Não se trata de pequenos erros; são vidas de seres humanos e suas histórias que se revelam alteradas em julgamentos fora das regras constitucionais, legais e éticas. Todos sabem que um juiz deve ser imparcial e por isso não pode se juntar com uma das partes para prejudicar a outra parte. Acreditamos que a defesa da real imparcialidade dos juízes é um tema de alto interesse inclusive para eles próprios. Assim, manifestamos nossa confiança de que a imensa maioria dos magistrados e membros do Ministério Público que, com seriedade e respeito à lei fazem o verdadeiro combate à corrupção e outros crimes, podem apoiar as necessárias investigações nesse caso.

Agora, um dos trechos das conversas divulgadas destacam o Procurador Deltan Dallagnol sugerindo busca e apreensão na residência do hoje Senador pela Bahia, Jaques Wagner. E a justificativa do coordenador da Lava Jato? "Questão simbólica", ou seja, ao lixo o direito. É mais uma revelação de extrema gravidade.

É inadmissível uma atuação que se denuncia ilegal entre membros do Ministério Público e do Judiciário, combinando previamente passos de uma importante investigação, com o intuito de perseguir e prender pessoas. Em discurso recente, na Cúpula Pan-Americana de Juízes, o Papa Francisco já demonstrou a sua preocupação com atos abusivos e de perseguição por meio de processos judiciais sem base legítima.

Reivindicamos a pronta e ágil apuração de tudo, com independência e transparência. É preciso também avaliar o afastamento dos envolvidos. Defendemos, ainda, a revisão ou anulação de todo e qualquer julgamento realizado fora da legalidade.

Outrossim, sublinhamos a relevância de o Congresso Nacional concluir a votação do Projeto de Lei sobre Abuso de Autoridade.

Apoiamos firmemente o combate à corrupção, porém consideramos que também é uma forma de corrupção conduzir processos jurídicos desrespeitando deliberadamente a lei.

Governadores do Nordeste do Brasil"

Antes do então juiz federal Sérgio Moro assumir o Ministério da Justiça do Governo Bolsonaro, as especulações geraram aflição nos procuradores do Ministério Público Federal. Novas mensagens da "Vaza Jato" mostram que os magistrados temiam que o aceno positivo de Moro 'queimasse' a Lava Jato e confirmasse, perante a opinião pública, que a operação tinha finalidades políticas. 

Novas divulgações do The Intercept mostram que no dia 1º de novembro, cerca de uma hora antes de Sérgio Moro aceitar publicamente o convite do presidente Jair Bolsonaro para se tornar o ministro da justiça, integrantes da Lava Jato alegaram que, aceitando ao cargo político, o então juiz colocaria dúvidas da legitimidade da operação. "Acho péssimo. Só dá ênfase às alegações de parcialidade e partidarismo", escreveu a procuradora da força-tarefa, Laura Tessler, de acordo com o The Intercept.

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Já o também procurador Antônio Carlos Welter alegou que Moro enquanto ministro da justiça "vai ter que explicar todos os arroubos do presidente, vai ter que engolir muito sapo e ainda vai ser profundamente criticado por isso. Veja que um dos fundamentos do pedido feito ao comitê da ONU para anular o processo do Lula é justamente o de falta de parcialidade do juiz (sic)", disse Antônio.

Ele ainda falou que o aceno positivo de Moro ao cargo confirmaria para muitas pessoas a "teoria da conspiração". A "Vaza Jato" mostra que no dia 25 de outubro de 2018, a três dias do segundo turno das eleições presidenciais, os procuradores Jerusa Viecili e Paulo Roberto Galvão lamentaram que Sérgio Moro e a força-tarefa estavam passando a impressão de que estavam favorecendo o então candidato Jair Bolsonaro. 

A alegação era de que a força-tarefa não estava se manifestando diante de alguns posicionamentos dos candidatos à presidência. "Acho muito grave ficarmos em silêncio quando um dos candidatos manifesta-se contra a nomeação do PGR da lista tríplice, diante de questões ideológicas. Mais grave ainda, assistirmos passivamente, ameaças à liberdade de imprensa quando nós somos os primeiros a afirmar a importância da imprensa para o sucesso da Lava Jato (sic)", escreveu Jerusa Viecili. 

Com o passar dos dias e com os fortes indícios de que Moro iria aceitar o Ministério da Justiça, alguns procuradores começaram a admitir que as reclamações de perseguição por parte da Lava Jato contra o PT estavam se solidificando com o aceno político de Sérgio Moro. Além disso, os procuradores temiam que todo o trabalho da Lava Jato estaria sendo contaminado pelo aceno do juiz federal à Bolsonaro. 

Quando, enfim, confirmado que integraria o grupo de ministro do Governo Federal eleito, o procurador da República do Distrito Federal, Peterson de Paula Pereira disse: "Fica claro que ele (Moro) tinha Lula como troféu". Deltan Dallangnol também se expressou preocupado com a ocupação do cargo por Sérgio Moro, relatando que via com preocupação as alegações de parcialidade que viriam. "Tenho medo do corpo que isso possa tomar na opinião pública", escreveu Dellangnol.

Você já ouviu a palavra do Telegram, hoje? Nos últimos dias, o país inteiro descobriu que um dos usuários mais assíduos do aplicativo de mensagens azulzinho era Ministro da Justiça, Sergio Moro. Após as conversas particulares do ex-juiz terem sido vazadas para a imprensa, a ferramenta voltou aos holofotes e atraiu a curiosidade de milhares de pessoas sobre seu funcionamento e - principalmente - sobre a sua segurança.

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Os usuários do Telegram (e ele próprio) defendem aos cinco ventos da internet que não há serviço melhor para trocar mensagens. Porém, se você ainda tem dúvidas, ou só começou a ouvir falar na ferramenta há pouco tempo, confira 10 motivos que vão te mostrar que o Telegram é, na verdade, um dos melhores mensageiros para usar atualmente.

Ocupa menos espaço

Um dos benefícios de instalar o Telegram em smartphones Android ou iOS é o tamanho. Por ser uma ferramenta baseada em nuvem o aplicativo ocupa um espaço pouco significativo no aparelho. Não é preciso baixar fotos ou vídeos para visualizá-los e todas as conversas podem ser acessadas em diversas plataformas compatíveis com o app.

Acelerador de áudios

Sabe aquele amigo que manda áudios imensos, com mais de três minutos? Ele não vai ser mais um problema. Se você não gosta de passar muito tempo escutando esse tipo de mensagem o Telegram tem uma função de ouvir o áudio no “rapidinho”. É possível acelerar sem precisar pular partes da faixa tentando achar a parte que realmente você vai ter que responder.

Privacidade é importante

Se você procura por privacidade o aplicativo oferece uma série de medidas para garantir que seus segredos estejam seguros. É possível chamar colegas para “Chats Secretos”, específicos por dispositivo, com mensagens, fotos e vídeos que se autodestroem, bloquear seu aplicativo com uma senha e colocar uma verificação em duas etapas, para proteger ainda mais suas conversas.

Uma vez que você tenha habilitado a verificação em duas etapas, para acessar o app será preciso o código SMS e sua senha para entrar. Também é possível definir um e-mail para recuperação, que ajudará caso você esqueça sua senha.

Não tem grupo da família, mas se quiser pode

Uma das partes mais complicadas de viver no WhatsApp é participar dos grupos de família. É provável que a maioria dos seus parentes ainda não tenha migrado para o Telegram e, por isso, se você estiver enjoado das correntes, piadas e gifs de bom dia de seus tios e primos, o aplicativo ainda é um lugar seguro.

Porém, se você quiser levar todo mundo para o Telegram é importante saber que os grupos da ferramenta suportam até 200 mil pessoas. Nele é possível editar e apagar mensagens, fixar tópicos importantes, silenciar o grupo, torná-lo público, customizar bots e até mesmo impedir que os membros publiquem tipos específicos de conteúdo.

É sempre pioneiro

Apesar de muitas dessas funcionalidades já serem vistas em aplicativos de mensagens, geralmente é no telegram que elas chegam primeiro. Por possuir código aberto, muitos desenvolvedores sugerem melhorias para o app, que testa e repassa para os usuários. Um exemplo disso é que, muito antes do WhatsApp os stickers, gifs e a tela de vídeo em miniatura do YouTube já eram utilizados por lá.

Visto por último só para quem você quiser

Exatamente! Não existe "ou tudo ou nada" no Visto por Último" do Telegram. Você pode escolher exatamente quem pode ver você online. As pessoas só podem ver seu status online se você estiver compartilhando seu Visto por Último com elas. Você verá, no entanto, um Visto por Último aproximado que varia entre Visto recentemente - abrange qualquer período entre 1 segundo e 2 ou 3 dias; Visto na última semana - entre 2, 3 e sete dias; Visto no último mês - entre 6, 7 dias e um mês; Visto há muito tempo - mais de um mês (isso também é sempre exibido para usuários bloqueados).

Atalhos de emojis e vídeos

Quer procurar um gif ou vídeo e não sabe como? Digite o @gif ou @vid + do que você gostaria de encontrar e na sua própria janela o app vai lhe dar opções de conteúdo. Esses atalhos são boots.  Os bots são feitos por desenvolvedores terceiros usando a API e plataforma de Bots do Telegram. Você pode encontrar como usar alguns deles na internet.

Código aberto

O Telegram é aberto por questões ideológicas de seus desenvolvedores Pavel e Nikolai Durov. Qualquer um pode verificar seu código-fonte, protocolo e a API. Inclusive, a plataforma encoraja especialistas em segurança a auditar seu sistema e gerar feedbacks. O objetivo de seus criadores não é gerar lucro, mas criar um app que misture segurança, confiabilidade e velocidade em qualquer rede.

Não precisa adicionar para falar

Se você quiser falar com alguém pelo Telegram o contato não precisa estar salvo no seu telefone. Basta digitar o nome de usuário delas no campo de busca. Elas também poderão encontrar você da mesma forma (mas antes é preciso criar o nome de usuário). Mas não se preocupe, se alguém lhe adicionar e mandar mensagens indesejadas é possível denunciar o perfil. As contas denunciadas só podem enviar mensagens para pessoas que têm o número delas salvo como um contato.

Eles têm um prêmio para quem conseguir hackear o app

E por fim e não menos importante, o Telegram acredita tanto no seu esquema de segurança anti-hackers que há um prêmio para quem conseguir invadir o aplicativo. Qualquer um que afirme que as mensagens do Telegram podem ser decifradas pode enviar um relatório detalhado de como conseguiu - para provar sua afirmação - e a plataforma irá premiar o hacker com US$ 300 mil. Eles também oferecem recompensas para vulnerabilidades identificadas com sucesso em nossos aplicativos e protocolo.

 

O grupo de juristas Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD) protocolou, na noite do último sábado (15), uma notícia-crime com o pedido de prisão preventiva do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, além dos procuradores federais Deltan Dallagnol, Laura Gonçalves Tessler, Carlos Gernando dos Santos Lima e Maurício Gotardo Gerum. 

Segundo a petição, Moro e a equipe de procuradores da Operação Lava-Jato estão manipulando a imprensa e podem estar destruindo provas para encobrir crimes como corrupção passiva, prevaricação e violação de sigilo funcional. 

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"O ex-juiz e os procuradores da autodenominada Força-Tarefa Lava-Jato de Curitiba/PR se valeram dos cargos públicos para fabricar denúncias criminais e processos judiciais com o fim de obtenção de vantagens pessoais, o que tem vindo a público através de conteúdos obtidos em arquivos digitais, divulgados pelo site The Intercept, revelando conversas entabuladas entre o juiz SÉRGIO FERNANDO MORO e os procuradores federais, demonstrando fortes indícios de atuação ilegal, imoral e criminosa por parte dos Noticiados, na condução da Operação Lava Jato", diz trecho do documento. 

O Coletivo de Advogados sustenta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há um ano e dois meses na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, pode ser considerado inegavelmente o maior alvo da Lava Jato. Segundo a notícia-crime, até o presente momento é possível imputar, em tese, a prática dos seguintes crimes:

a) Organização criminosa, art. 2º, Lei 12.850/13;

b) Corrupção passiva, art. 317, CP;

c) Prevaricação, art. 319, CP;

d) Violação de sigilo funcional, art. 325, CP;

e) Crimes contra o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito, arts. 13, 14 e 26, Lei 7170/83.

Desde o último domingo (9), publicações do site The Intercept Brasil descortinou uma nova crise no Governo Bolsonaro, em especial no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Trechos de conversas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de outros procuradores, têm sido consideradas irregulares e que ferem a imparcialidade necessário de um juiz. 

O site The Intercept Brasil publicou novos trechos das conversas privadas envolvendo o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro com procuradores da Lava-Jato no caso do Triplex. O novo pedaço da conversa vazada traz um diálogo entre Moro e procurador Carlos Fernando do Santos Lima logo após o primeiro depoimento do ex-presidente Lula. O então juiz sugere à acusação que faça uma nota contra o que ele considerou "showzinho" da defesa do ex-presidente Lula.

SUGESTÃO

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"O que achou?", perguntou Moro para Carlos Fernando no dia 10 de maio de 2017. "Achei que ficou muito bom. Ele começou polarizando conosco, o que me deixou tranquilo. Ele cometeu muitas pequenas contradições e deixou de responder muita coisa, o que não é bem compreendido pela população. Você ter começado com o Triplex desmontou um pouco ele", respondeu o procurador da República.

Minutos depois Moro então sugere: “Talvez vcs devessem amanhã editar uma nota esclarecendo as contradições do depoimento com o resto das provas ou com o depoimento anterior dele". Os vazamentos mostram que a partir daí que Carlos Fernando procurou marcar uma entrevista com a Globo.

Será que não dá para arranjar uma entrevista com alguém da Globo em Recife amanhã sobre a audiência de hoje?”, perguntou em um grupo denominado ‘Analise de Clipping’ que estão inseridos assessores de imprensa do Ministério Publico Federal do Paraná. Os assessores questionaram a necessidade da entrevista: “Rito normal do processo…vcs nunca deram entrevista sobre audiência…vai servir pra defesa bater…mais uma vez…”, disse um dos assessores.

PROCURADORES

Carlos copiou a resposta negativa dos assessores e iniciou uma conversa com o outro procurador, Deltan Dallagnol. “Então temos que avaliar os seguintes pontos: 1) trazer conforto para o juízo e assumir o protagonismo para deixá-lo mais protegido e tirar ele um pouco do foco; 2) contrabalancear o show da defesa”, disse Deltan.

Esses seriam porquês para avaliarmos, pq ng tem certeza...O “o quê” seria: apontar as contradições do depoimento... E o formato, concordo, teria que ser uma nota, para proteger e diminuir riscos. O JN vai explorar isso amanhã ainda. Se for para fazer, teríamos que trabalhar intensamente nisso durante o dia para soltar até lá por 16h”, completou.

Ambos procuradores seguiram a sugestão do ex-juiz e voltaram a reforçar o pedido para os assessores. Mas antes de falar no grupo com os assessores, Dallagnol conversou com Moro.

Caro, parabéns por ter mantido controle da audiência de modo sereno e respeitoso. Estamos avaliando eventual manifestação. A GN acabou de mostrar uma série de contradições e evasivas. Vamos acompanhar”, elogiou Deltan; Moro respondeu: “Blz. Tb tenho minhas dúvidas dá pertinência de manifestação, mas eh de se pensar pelas sulilezas (sic) envolvidas”, salientou.

Dallagnol reforçou no grupo ‘Analise de Clipping’. “Caros, mantenham avaliando a repercussão de hora em hora, sempre que possível, em especial verificando se está sendo positiva ou negativa e se a mídia está explorando as contradições e evasivas. As razões para eventual manifestação são: a) contrabalancear as manifestações da defesa. Vejo com normalidade fazer isso. Nos outros casos não houve isso. b) tirar um pouco o foco do juiz que foi capa das revistas de modo inadequado”, afirmou Deltan.

Um dos assessores rebateu. “Quem bate vai seguir batendo. Quem não bate vai perceber a mudança de posicionamento e questionar. É uma parte do processo. Na minha visão é emitir opinião sobre o caso sem ele ter conclusão…e abrir brecha pra dizer que tão querendo influenciar juiz. Papel deles vai ser levar pro campo político. Imprensa sabe disso. E já sabe que vcs não falam de audiências geralmente. Mudar a postura vai levantar a bola pra outros questionamentos. Pq resolveram falar agora? Pq era o ex-presidente? E voltar o discurso de perseguição…é o que a defesa fez, faz…pq não tem como rebater a acusação. Acusação utilizar da mesma estratégia pode ser um tiro no pé”, concluiu.

O debate no grupo "Filhos de Januário 1" sobre a sugestão de Moro seguiu noite a dentro, os procuradores foram cautelosos para a decisão, mas por fim foi acatada pelos procuradores. A nota foi emitida e divulgada no dia 11 de maio por volta das 15h. Dallagnol informou a Moro por volta das 22h doa dia 11.

Informo ainda que avaliamos desde ontem, ao longo de todo o dia, e entendemos, de modo unânime e com a ascom, que a imprensa estava cobrindo bem contradições e que nos manifestarmos sobre elas poderia ser pior. Passamos alguns relevantes para jornalistas. Decidimos fazer nota só sobre informação falsa, informando que nos manifestaremos sobre outras contradições nas alegações finais”, disse.

POSICIONAMENTO DE MORO

Na manhã deste sábado (15) Moro se defendeu dos vazamentos do 'The Intercept Brasil' através de uma nota: “O Ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece a autenticidade e não comentará supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa de hackers e que podem ter sido adulteradas e editadas. Reitera-se a necessidade de que o suposto material, obtido de maneira criminosa, seja apresentado a autoridade independente para que sua integridade seja certificada.

Arte produzida por Jorge Cosme, do Crise dos 25.

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